O documento discute esquizofrenia, incluindo sua história, causas, sintomas, tipos e tratamento. A esquizofrenia é um transtorno mental grave que afeta o pensamento, sentimentos e comportamento e causa dificuldade em distinguir realidade de imaginação. Fatores genéticos e ambientais podem contribuir para sua ocorrência.
4. HISTÓRIA DA ESQUIZOFRENIA
A esquizofrenia nem sempre teve esse nome. No
século XIX, quando começou a ser observada e
estudada, recebeu o nome de “demência precoce”, do
psiquiatra alemão Emil Kraepelin, e era caracterizada
por observar comportamentos atípicos em jovens. Já
no século XX, Eugen Bleuler, outro psiquiatra
importante, renomeou essa condição para
esquizofrenia (esquizo = fragmentada ou divisão,
frenia = mente), como a conhecemos até hoje.
5. O QUE É ESQUIZOFRENIA?
A esquizofrenia é um transtorno
mental grave que muda o modo
como a pessoa pensa, sente e
se comporta socialmente. Além
disso, a pessoa com esse
transtorno perde a noção da
realidade e tem dificuldades de
entender a diferença entre o
imaginário e o que é real.
6. CAUSAS
As causas exatas da esquizofrenia ainda são
desconhecidas. Acredita-se que esse distúrbio possa surgir como
resultado da interação de fatores genéticos, cerebrais e
ambientais. Algumas pessoas podem ter a tendência de
desenvolvê-la com o passar dos anos, já outras, um evento
estressante ou emocional pode desencadear um episódio
psicótico.
Fatores hereditários - A sua predisposição pode ocorrer nas
famílias. Parentes de primeiro grau de um esquizofrênico, por
exemplo, têm mais chances de desenvolver a doença. Por
isso, se um dos pais tiver esquizofrenia, os filhos têm até 10% de
chance de desenvolvê-la.
7. Fatores ambientais - A exposição a certas infecções virais;
complicações da gravidez e do parto, como o uso de cigarro durante
a gestação, o baixo peso ao nascer e a hipóxia (falta de oxigênio)
durante o parto; más condições socioeconômicas; e o uso de certas
drogas psicoativas ou psicotrópicas, como a maconha e
metanfetamina.
Alterações neuroquímicas – Pessoas com esquizofrenia também
tendem a ter diferenças nas substâncias químicas do cérebro
chamadas neurotransmissores, como a dopamina e o glutamato, que
são responsáveis por controlar a comunicação cerebral. Nelas, eles
costumam ser ou muito ativos ou não ativos o suficiente.
8. TIPOS DE ESQUIZOFRENIA
Hoje se fala em 6 tipos diferentes de esquizofrenia, a
simples, paranoide, desorganizada, catatônica, residual
e indiferenciada.
• Esquizofrenia simples: geralmente está relacionada
com transtornos de personalidade. Tem sintomas de
isolamento social, apatia e tristeza costumam ser
mais frequentes do que as alucinações e delírios.
• Esquizofrenia paranoide: é o subtipo mais comum de
esquizofrenia, estão presentes neste caso os
sintomas de alucinação e delírio.
• Esquizofrenia desorganizada: tem o comportamento
mais infantil e comportamentos fora de contexto.
9. • Esquizofrenia catatônica: é o tipo mais raro e é um quadro
de paralisação do corpo físico.
• Esquizofrenia residual: é mais comuns em pessoas com
histórico de outros transtornos mentais. Ela pode
manifestar mudanças no comportamento, emoções e na
interação social, de forma mais branda que nos outros.
• Esquizofrenia indiferenciada: apresenta traços dos outros
subtipos, mas não se encaixa em nenhum deles. A pessoa
pode ter qualquer um dos sintomas citados antes, mas sem
de fato ser possível que o profissional da saúde faça um
diagnóstico concreto com alguns dos outros subtipos.
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11. SINAIS E SINTOMAS
Comportamentos que são sinais precoces de
esquizofrenia incluem: Ouvir ou ver algo que não estar lá,
sensação constante de estar sendo observado,
posicionamento corporal estranho, mudança na
personalidade, mudança na higiene corporal e
incapacidade de dormir.
Os sintomas de esquizofrenia podem variar de pessoa
para pessoa, não havendo um sintoma específico desse
transtorno, no entanto é possível que existam alucinações,
dificuldade de concentração e delírios também são
sintomas.
12. As pessoas podem ter:
No comportamento: Agitação, agressão, automutilação,
hiperatividade, isolamento social e comportamento
compulsivo.
Na cognição: Amnésia, confusão mental, delírio,
desorientação, invenção de coisas e crença de que os
pensamentos não são seus.
Sintomas psicológicos: Alucinação, depressão, medo,
paranoia e desconfiança ou ouvir vozes.
No humor: Ansiedade, apatia, descontentamento geral, perda
de interesse ou prazer nas atividades.
Na fala: Distúrbio da fala, fala circunstancial, fala incoerente
ou fala rápida e frenética.
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14. DIAGNÓSTICO
O médico psiquiatra faz o diagnóstico da doença a partir
dos sinais e sintomas.
Não existe um exame específico que diga se a pessoa
sofre ou não de esquizofrenia. Mas, psicólogos e
psiquiatras podem dar o diagnóstico a partir da
observação comportamental.
15. TRATAMENTO
O tratamento da esquizofrenia é baseado nas
particularidades de cada paciente. Na maioria dos casos, o
psiquiatra prescreve o uso de medicações, como os
antipsicóticos, e a associação com terapias com diversos
tipos de profissionais, como fonoaudiólogos, psicólogos,
assistentes sociais e fisioterapeutas já que a doença atinge
diversas esferas do corpo humano, como a capacidade de se
expressar, costuma ser necessário por toda a vida, já que
apenas um pequeno número de pacientes apresentam uma
recuperação completa.
16. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
O atendimento da enfermagem deve ir muito além, acolhendo e
escutando o paciente com atenção e cuidado. O enfermeiro que
está tendo o primeiro contato com um paciente que sofre de
transtornos mentais deve aprender a direcionar a sua atenção em
primeiro lugar no paciente e nas suas necessidades.
Sabendo disso o enfermeiro deve:
• Dar atenção ao discurso do usuário sem julgamento;
• Avaliar problemas relacionados a fala e a comunicação do
usuário;
• Avaliar as questões familiares da pessoa;
• Caso haja necessidade de contenção física, ou
medicamentosa, explicar a pessoa a função terapêutica, nessa
condição o usuário deve ser avaliado de 1 em 1 hora.