O documento apresenta uma discussão sobre a esquizofrenia, incluindo suas perspectivas, descrição clínica, sintomas, subtipos, causas e tratamento. A esquizofrenia é caracterizada por delírios, alucinações, pensamento desorganizado e outros sintomas que afetam o funcionamento normal. Sua prevalência é de aproximadamente 1% e envolve fatores genéticos e ambientais. O tratamento envolve medicamentos e terapias para melhorar os sintomas e funcionamento do paciente.
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Aspectos da Esquizofrenia
1. Instituto Superior de ciencias de Saúde de Maputo
Licenciatura em Serviço Social 3ª Edição 2022
I Semestre, do 2º Ano
Disciplina : Psicopatologia
Tema:
1 Aspectro de Esquizofenia
1.1 Perspetivas sobre Equizofrenia
1.2 Descrição clinica,sintomas e subtipos
1.3 Causas e tratamento..
6º Grupo
Discente :
1. Armando Pédro Jonas
2. António Marcos Matica
3. Eduardo Lázaro
4. Fanuel Huo
5. Marta Sumburane
6. Neusa Nhavene
7. Pedro Cariaco António
Docente: Basilio Domingos
Maputo, Agosto 2022
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2. Conteúdos
Introdução
1. Objectivos de trabalho
2. Metodologia
3. Perspectivas sobre a esquizofrenia
4. Descrição clínica, sintomas e subtipos
5. Transtorno esquizoafetivo
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3. Este trabalho apresenta inicialmente uma breve Perspectivas sobre a esquizofrenia descrição
da esquizofrenia, sinais e subtipos.
A Esquizofrenia é uma patologia psiquiátrica com uma prevalência mundial aproximada de
1% e que provavelmente engloba várias patologias. Não parece distinguir raça, sexo ou
idade, mas manifesta-se geralmente na idade adulta, podendo apresentar três fases
sintomatológicas: a fase prodrómica, a fase psicótica e a fase residual. O curso da patologia
é variável, assim como a extensão dos sintomas. De patologia com um prognósticode
demência inevitável no século XIX, passou a condição psiquiátrica extensamente estudada,
em que a hipótese de remissão completa, apesar de diminuta, encontra-se documentada.
Introdução
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4. 1.1 Objectivos Geral
Definir a esquizofrenia.
1.2 Objectivos específicos:
i. Explicar os marcos históricos da esquizofrenia;
ii. Identificar sinais sintomas e subtipos da esquizofrenia;
iii. Descrever sinais sintomas e subtipos da esquizofrenia;
iv. Detalhar o tratamento da esquizofrenia.
2. Metodologia
Para a realização do trabalho , foi usada a metodologia de pesquisa bibliográfica. desenvolvida a partir de
material já elaborado, constituido principalmente de livros, artigos ciêntifico.
Objectivos do trabalho
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5. Esquizofrenia é uma síndrome complexa reconhecida há muitos anos. Talvez a melhor e mais antiga
descrição desse transtorno tenha sido publicada em 1809 por John Haslam em seu livro Observations on
Madness and Melancholy. Inúmeras personagens históricas durante o século XlX e o início do século XX
contribuíram para a evolução das definições e possíveis causas deste espectro de transtornos.
O transtorno esquizofrênico caracteriza-se por apresentar distorções funcionais em vários graus e de forma
simultânea. O principal distúrbio perceptivo são as alucinações auditivas, escuta de vozes quando o paciente
está sozinho e não há ninguém por perto. Podem ocorrer, mas não muito freqüentemente, alucinações visuais
(visões irreais), olfativas (odores diferentes) ou táteis (sensação de ”formigamento”). Em conseqüência
dessas alterações, o indivíduo perde o senso de identidade pessoal, e tem extrema dificuldade de estabelecer
contato social, ficando isolado em seus pensamentos e fantasias, ou ouvindo alucinações (Andreasen, 2000).
Perspectivas sobre a esquizofrenia
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6. Descrição da Esquizofrenia
Caracterizada por um amplo espectro de disfunções cognitivas e emocionais que incluem delírios e
alucinações, discurso e comportamento desorganizados e emoções inapropriadas. Os sintomas da
esquizofrenia podem ser classificados como; positivos, negativos e desorganizados.
Sintomas positivos
Caracterizados por distorção do funcionamento normal das funções psíquicas que incluem:
Delirios;
Alucinações;
Pensamento incoerente;
Agitação psicomotora;
Afeto incongruente.
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7. Sintomas Negativos
Caracterizados por perda de funções psíquicas ou indicam a ausência ou insuficiência do comportamento normal.
Eles incluem:
Apatia;
Pobreza de pensamento ou fala (isto é, limitação);
Retraimento emocional e social;
Deficiências intelectuais e de memoria;
Embotamento afectivo;
Isolamento social;
Falta de motivação;
Anedonia (incapacidade de sentir prazer).
Sintomas de desorganizados
Incluem comportamentos erráticos que afectam a fala, o comportamento motor e as reações emocionais, discurso
confuso, comportamento imprevisível e emotividade inadequada.
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8. Descrição clinica da esquizofrenia
Descrição dos principais sintomas da esquizofrenia
Delírios Crenças irrealistas e bizarras não compartilhadas por outras pessoas na cultura.
Alucinações Eventos sensoriais sem base em qualquer evento externo (ouvir vozes. ver coisas
que não existem).
Anedonia
Falta de prazer , indiferenças em relação a actividades tipicamente consideradas
normais, ex: interagir socialmente, sair ao passeio com amigos, ter relações sexuais
que antes era considerado normal.
Problemas comportamentais
i. Caminhar com excitação, agitação intenso;
ii. Afecto inadequado;
iii. Ignorar higiene pessoal.
Isolamento
i. Falta de resposta emocional {discurso plano, pouca mudança nas expressões
faciais);
ii. Respostas atrasadas e breves na conversação;
iii. Perda de prazer em actividades prazerosas (comer, socialização, sexo).
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9. Subtipos da Esquizofrenia
De acordo com Kraepelin, existem três tipos de esquizofrenia que foram historicamente identificadas:
I. Paranóide (delírios de grandeza ou perseguição);
II. Desorganizado (ou hebefrênico; emocionalidade ingênua e imatura) e;
III. Catatónico (alternância entre imobilidade e grande agitação).
Outros transtornos psicóticos
Transtorno esquizofreniforme
De acordo com DSM-5, o transtorno esquizofreniforme incluem:
► Surgimento dos sintomas psicóticos proeminentes dentro de quatro semanas da primeira mudança percebida
no comportamento ou funcionamento habitual;
► Confusão ou perplexidade;
► Bom funcionamento social e ocupacional pré-mórbido (antes do episódio psicótico) e;
► Ausência de afeto embotado ou plano (Garrabe & Cousin, 2012). 3/18/2023 9
10. Transtorno esquizoafetivo
O prognóstico é similar àquele das pessoas com esquizofrenia Os critérios do DSM-5 para o transtorno
esquizoafetivo incluem:
i. Presença de um transtorno do humor,
ii. Delírios ou alucinações
Transtorno delirante
A principal característica do transtorno delirante é uma crença persistente contrária à realidade, na ausência
de outras características da esquizofrenia. O DSM-5 reconhece os seguintes subtipos delirantes:
i. Erotomaníaco;
ii. ciumento,
iii. persecutório e somático. O tipo erotomaniaco de delirio constitui a crença irracional de que uma pessoa é
amada por outra, geralmente de status superior. Alguns dos indivíduos que perseguem celebridades
aparentam ter o transtorno delirante erotomaníaco.
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11. Transtorno psicótico breve
De acordo com o DSM-5, o transtorno psicótico breve, é caracterizado pela
presença de um ou mais sintomas positivos, como:
i. Delírios,
ii. Alucinações,
iii. Discurso ou comportamento desorganizados durante um mês ou menos.
Muitas vezes o transtorno psicótico breve é precipitado por situações extremamente
estressantes.
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12. Prevalência da esquizofrenia
A prevalência de uma patologia corresponde ao número de casos novos e antigos da doença, numa
população, num determinado momento - prevalência instantânea ou durante um período de tempo
definido - prevalência de período (who, 1998; kay, et al., 2006; tandon, et al., 2008).
A prevalência de qualquer condição é influenciada por fatores como: a incidência, a duração da
patologia e as diferentes taxas de mortalidade e migração da população em estudo. Apesar de ocorrerem
vários graus de remissão, a recuperação completa na Esquizofrenia é incomum.
Ao nível mundial a taxa de prevalência da esquizofrenia ao longo da vida é grosseiramente equivalente
para homens e mulheres e estima-se estar entre 0,2% e 1,5% da população geral, o que significa que o
transtorno afectará cerca de l % da população em algum ponto (Jablensky, 2012).
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13. As causas da esquizofrenia são ainda desconhecidas. Porém, há consenso em atribuir a desorganização da
personalidade, verifi cada na esquizofrenia, à interação de variáveis culturais, psicológicas e biológicas,
entre as quais destacam-se as de natureza genética.
A esquizofrenia ocorre mais comumente entre membros da família de indivíduos afetados, como parentes
de primeiro grau e gêmeos homozigóticos, sugerindo que a proximidade genética contribui para seu
surgimento.
Fatores ambientais como tensão psicológica, complicações obstétricas, problemas nutricionais e mesmo
infecções viróticas do cérebro também podem contribuir para o aparecimento ou agravamento da
esquizofrenia.
Causas da esquizofrenia
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14. Tratamento da esquizofrenia
O tratamento da Esquizofrenia assenta em três vertentes principais:
i. A terapêutica farmacológica (na fase psicótica aguda e na manutenção da patologia);
ii. A terapêutica não farmacológica ou intervenção psicossocial, incluem :
iii. A promoção da adesão à terapêutica.
Normalmente, o tratamento envolve drogas antipsicóticas que costumam ser administradas
com uma variedade de tratamentospsicossociais, com a meta de reduzir a recidiva e melhorar
as habilidades deficientes e a adesão à medicação. A efetividade do tratamento é limitada
porque a esquizofrenia é tipicamente um transtorno crônico.
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15. Tipos de tratamento
Terapia individual, em grupo
ou familiar
Podem ajudar o paciente e a família a compreender a doença e os
fatores que desencadeiam os sintomas. Ensinar habilidades de
comunicação às famílias. Proporcionar recursos para lidar com os
desafios emocionais e práticos.
Treinamento de habilidades
sociais
Pode ocorrer em ambiente hospitalar ou comunitário. Ensinar à
pessoa com esquizofrenia habilidades sociais, de autocuidados e
vocacionais.
Medicamentos
Medicamentos neurolépticos podem ajudar pessoas com
esquizofrenia: Clarificam o pensamento e percepções da realidade -
Reduzem alucinações e delírios O tratamento medicamentoso deve
ser consistente para ser efectivo. Dosagens irregulares podem
agravar os sintomas existentes e criar novos sintomas.
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16. Uma abordagem integrativa do tratamento de outros transtornos
Tratamento Descrição
Psicofarmacologia
colaborativa
Uso de medicamentos antipsicóticos para tratar os principais sintomas do
transtorno (alucinações, delírios), assim como uso de outros medicamentos para
os sintomas secundários (por exemplo, medicamento antidepressivo para pessoas
com depressão secundária).
Tratamento
comunitário
assertivo
Fornecer suporte na comunidade, com ênfase nos casos menores para os
prestadores de cuidados médicos, serviços na comunidade e não em uma clínica,
com cobertura 24 horas
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17. Psicoeducação familiar Auxiliar os membros da família, incluindo orientação sobre
o transtorno e como administrá-lo, ajudando-os a reduzir o
estres e a tensão no lar e fornecendo apoio social.
Emprego apoiado Fornecer apoio suficiente antes e durante o emprego, de
modo que a pessoa possa encontrar e manter um trabalho
significativo.
Gestão da doença e recuperação Ajudar o indivíduo a se tornar um participante activo no
tratamento, incluindo fornecer orientação sobre o
transtorno, ensinar estratégias de uso efectivo da medicação
para colaborar com os clínicos e lidar com os sintomas
quando eles recorrem.
Tratamento integrado de
transtornos
Tratar o uso coexistente de substância.
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18. Conclusão
Apesar de todas as interrogações sobre a Esquizofrenia, alguns factos sobre a patologia já se encontram
estabelecidos, pelo menos de modo parcial. Alguns fatores parecem desempenhar um papel relevante na
etiologia da doença, como a genética e determinados fatores ambientais.
Demonstrou-se que existem sintomas que ocorrem em maior extensão nos indivíduos esquizofrénicos
(sintomas positivos: alucinações, delírios e desorganização de pensamento, demonstrada por
comportamentos erráticos e sintomas negativos: avolição, anedonia e afeto embotado), apesar de não os
podermos considerar patognomónicos da Esquizofrenia.
Por ser um transtorno que altera o modo geral de funcionamento do indivíduo (desde como a pessoa
pensa até o modo como ela se comporta), isso afeta diretamente seu cotidiano e suas relações
interpessoais. Assim, o transtorno não atinge somente a pessoa diagnosticada, mas também seus
familiares e cuidadores.
Conclui-se que A família desempenha também um papel fundamental e deve ser educada para ajudar os
doentes. Num futuro (que se espera próximo) além de terapêuticas efetivas no tratamento de toda a
sintomatologia esquizofrénica, espera-se que a prevenção passe de provável a possível.
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Referencias Bibliográfica
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Gulbenkian; 1997.
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5. Dalgalarrondo P. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Porto Alegre: Artes
Médicas Sul; 2000.
6. Google academico.