A hanseníase, também conhecida como lepra, é uma doença infecciosa causada pelo bacilo Mycobacterium leprae que danifica nervos e pele. Ela é contagiosa e tem um longo período de incubação, podendo causar incapacidades se não tratada. Os sintomas incluem manchas na pele com alteração de sensibilidade e diminuição do suor. O tratamento é feito com poliquimioterapia e é fundamental para a cura e interrupção da transmissão.
2. SOBRE A LEPRA
Lepra, hanseníase, morfeia, mal de Hansen ou mal de Lázaro é uma doença infecciosa
causada pelo bacilo Mycobacterium leprae(também conhecida como bacilo-de-hansen) que
causa danos severos a nervos e a pele. A denominação hanseníase deve-se ao descobridor do
microrganismo causador da doença, dr. Gerhard Hansen. O termo lepra está em desuso por
sua conotação negativa histórica.
A lepra é uma doença contagiosa, que passa de uma pessoa doente, que não esteja em
tratamento, para outra. Demora de dois a cinco anos, em geral, para aparecerem os primeiros
sintomas. O portador de hanseníase apresenta sinais e
sintomas dermatológicos eneurológicos que facilitam o diagnóstico. Pode atingir crianças,
adultos e idosos de todas as classes sociais, desde que tenham um contato intenso e
prolongado com bacilo. Pode causar incapacidade ou deformidades, quando não tratada ou
tratada tardiamente, mas tem cura. O tratamento geralmente é fornecido por sistemas
públicos de saúde (como o brasileiro Sistema Único de Saúde).
3. SINAIS E SINTOMAS
• Essa bactéria, assim como o da tuberculose, é bastante lento para se
reproduzir a ponto de causar sintomas, de modo que o tempo de
incubação após a infecção é de 2 a 7 anos.
• Um dos primeiros efeitos da lepra, devido ao acometimento dos nervos, é
a supressão da sensação térmica, ou seja, a incapacidade de diferenciar
entre o frio e o quente no local afetado. Mais tardiamente pode evoluir
para diminuição da sensação de dor no local.
• A lepra indeterminada é a forma inicial da doença, e consiste na maioria
dos casos em manchas de coloração mais clara que a pele ao redor,
podendo ser discretamente avermelhada, com alteração de sensibilidade
à temperatura, e, eventualmente, diminuição da sudorese sobre a mancha
(anidrose). A partir do estado inicial, a lepra pode então permanecer
estável (o que acontece na maior parte dos casos) ou pode evoluir para
lepra tuberculóide ou lepromatosa, dependendo da predisposição
genética particular de cada paciente. A lepra pode adotar também vários
cursos intermediários entre estes dois tipos de lepra, sendo então
denominada lepra dimorfa.
4. TRATAMENTO
• O tratamento é fundamental para cura, fechando a fonte de
infecção e interrompendo a cadeia de transmissão da doença. O
tratamento de um caso de hanseníase compreende tanto o tratamento
quimioterápico específico - a poliquimioterapia (PQT), seu
acompanhamento, com vistas a identificar e tratar as possíveis
intercorrências e complicações da doença e a prevenção e o tratamento
das incapacidades físicas.
O indivíduo, após ter o diagnóstico da doença, deve ser orientado
quanto aos procededimentos a serem realizados para o tratamento. Deve,
periodicamente, ser avaliado pela equipe de saúde para acompanhar a
evolução de suas lesões de pele, do seu comprometimento neural,
verificando se há presença de neurites ou de estados reacionais. Quando
necessárias, são orientadas técnicas de prevenção de incapacidades e
deformidades. São dadas orientações sobre os auto cuidados que ela
deverá realizar diariamente para evitar as complicações da doença, sendo
verificada sua correta realização.