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Hanseníase

Prof. Ismael Costa
Autor: Ismael Costa

                ismac@globo.com
  www.blogprofismael.blogspot.com
Referências Bibliográficas




3               by Ismael Costa
HANSENÍASE (LEPRA)
    Doença infecto-contagiosa, crônica, curável,
    causada pelo bacilo de Hansen. Esse bacilo é
    capaz de infectar grande número de pessoas (alta
    infectividade), mas poucos adoecem, (baixa
    patogenicidade). O poder imunogênico do bacilo é
    responsável pelo alto potencial incapacitante da
    hanseníase.
    O comprometimento dos nervos periféricos
    é a característica principal da doença, dando-
    lhe um grande potencial para provocar
    incapacidades físicas que podem, inclusive, evoluir
    para deformidades.
4                               by Ismael Costa
Cont.

    A hanseníase ainda constitui relevante problema de
    saúde pública, a despeito da redução drástica no
    número de casos - de 17 para cinco por 10 mil
    habitantes - no período de 1985 a 1999.
    Embora o impacto das ações, no âmbito dessa
    endemia, não ocorra em curto prazo, o Brasil reúne
    atualmente condições altamente favoráveis para a sua
    eliminação como problema de saúde pública,
    compromisso assumido pelo País em 1991 - a
    ser cumprido até 2005 - e que significa alcançar um
    coeficiente de prevalência de menos de um
    doente em cada 10 mil habitantes.



5                                by Ismael Costa
Reservatório
 O ser humano é reconhecido como a única fonte de infecção,
 embora tenham sido identificados animais naturalmente
 infectados – o tatu, o macaco mangabei e o chimpanzé.
 Os doentes com muitos bacilos (multibacilares-MB)
 sem tratamento – hanseníase virchowiana e
 hanseníase dimorfa – são capazes de eliminar grande
 quantidade de bacilos para o meio exterior (carga
 bacilar de cerca de 10 milhões de bacilos presentes na mucosa
 nasal).
DEFINIÇÃO DE CASO DE HANSENÍASE
     Um caso de hanseníase é uma pessoa que apresenta
     uma ou mais de uma das seguintes características e
     que requer quimioterapia:
     lesão(ões) de pele com alteração de
     sensibilidade;
     espessamento de nervo(s) periférico(s),
     acompanhado de alteração de sensibilidade;
     baciloscopia positiva para bacilo de Hansen.



 7                               by Ismael Costa
AGENTE ETIOLÓGICO
    A hanseníase é causada pelo Mycobacterium
    leprae, ou bacilo de Hansen, que é um parasita
    intracelular obrigatório, com afinidade por células
    cutâneas e por células dos nervos periféricos, que se
    instala no organismo da pessoa infectada, podendo se
    multiplicar.
    O tempo de multiplicação do bacilo é lento,
    podendo durar, em média, de 11 a 16 dias. O
    homem é reconhecido como única fonte de infecção
    (reservatório), embora tenham sido identificados
    animais naturalmente infectados.
8                                by Ismael Costa
MODO DE TRANSMISSÃO

A principal via de eliminação do bacilo, pelo indivíduo
doente de hanseníase, e a mais provável porta de entrada
no organismo passível de ser infectado são as vias
aéreas superiores, o trato respiratório. No entanto,
para que a transmissão do bacilo ocorra, é necessário
um contato direto com a pessoa doente não
tratada.
O aparecimento da doença na pessoa infectada pelo
bacilo, e suas diferentes manifestações clínicas dependem
dentre outros fatores, da relação parasita / hospedeiro e
pode ocorrer após um longo período de
incubação, de 2 a 7 anos. A hanseníase pode atingir
pessoas de todas as idades, de ambos os sexos, no
entanto, raramente ocorre em crianças.
9                               by Ismael Costa
SINAIS E SINTOMAS DERMATOLÓGICOS

  A hanseníase manifesta-se através de lesões de pele que
  se apresentam com diminuição ou ausência de
  sensibilidade. As lesões mais comuns são:
  Manchas pigmentares ou discrômicas
  Placa.
  Infiltração
  Tubérculo
  Nódulo



 10                              by Ismael Costa
Aula de hanseníase
SINAIS E SINTOMAS NEUROLÓGICOS

     dor e espessamento dos nervos periféricos;
     perda de sensibilidade nas áreas inervadas por
     esses nervos, principalmente nos olhos, mãos e pés;
     perda de força nos músculos inervados por
     esses nervos principalmente nas pálpebras e nos
     membros superiores e inferiores.
     A neurite, geralmente, manifesta-se através de um
     processo agudo, acompanhado de dor intensa e
     edema.



12                               by Ismael Costa
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA
A avaliação neurológica deve ser realizada no momento
do diagnóstico, semestralmente e na alta do tratamento,
na ocorrência de neurites e reações ou quando houver
suspeita das mesmas, durante ou após o tratamento PQT
e sempre que houver queixas.
Os principais nervos periféricos acometidos na
hanseníase são os que passam:
pela face - trigêmeo e facial, que podem causar
alterações na face, nos olhos e no nariz;
pelos braços - radial, ulnar e mediano, que podem
causar alterações nos braços e mãos;
pelas pernas - fibular comum e tibial posterior, que
podem causar alterações nas pernas e pés.

13                             by Ismael Costa
Diagnóstico Diferencial

 As principais doenças dermatológicas são:
 Eczemátide (Pitiríase alba, dartro volante)
 Pitiríase Versicolor (“pano branco
 Vitiligo
 Dermatofitoses (Tinea corporis):
 • Doenças neurológicas: as principais são a:
  síndrome do túnel do carpo; meralgia parestésica;
 neuropatia alcoólica,
 neuropatia diabética ,
 lesões por esforços repetitivos (LER/DORT).


14                                  by Ismael Costa
Classificação operacional para fins de
tratamento quimioterápico.

 Paucibacilares (PB): casos com até 5 lesões de pele;
 Multibacilares (MB): casos com mais de 5 lesões de
 pele.
 O diagnóstico da doença e a classificação operacional do
 paciente em Pauci ou em Multibacilar é importante para
 que possa ser selecionado o esquema de tratamento
 quimioterápico adequado ao caso.




 15                             by Ismael Costa
Classificação – formas clínicas
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

A baciloscopia é o exame microscópico onde se
observa o Mycobacterium leprae, diretamente nos
esfregaços de raspados intradérmicos das lesões
hansênicas ou de outros locais de coleta
selecionados: lóbulos auriculares e/ou cotovelos,
e lesão quando houver.
 A baciloscopia negativa não afasta o diagnóstico
da hanseníase. Mesmo sendo a baciloscopia um dos
parâmetros integrantes da definição de caso, ratifica-
se que o diagnóstico da hanseníase é clínico.



17                               by Ismael Costa
TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO PQT

  A poliquimioterapia (PQT) é constituída pelo
 conjunto dos seguintes medicamentos: rifampicina,
 dapsona e clofazimina, com administração
 associada.
 Para crianças com hanseníase, a dose dos
 medicamentos do esquema-padrão é ajustada, de
 acordo com a sua idade. Já no caso de pessoas com
 intolerância a um dos medicamentos do esquema-
 padrão, são indicados esquemas alternativos.
    A alta por cura é dada após a
 administração       do    número       de    doses
 preconizadas pelo esquema terapêutico.

 18                          by Ismael Costa
Esquema Paucibacilar (PB)
     medicação:
     - rifampicina: uma dose mensal de 600 mg
     (2 cápsulas de 300 mg) com administração
     supervisionada,
     - dapsona: uma dose mensal de 100mg
     supervisionada       e   uma    dose    diária
     autoadministrada;
     duração do tratamento: 6 doses mensais
     supervisionadas de rifampicina.
     critério de alta: 6 doses supervisionadas em
     até 9 meses.

19                            by Ismael Costa
Aula de hanseníase
Esquema Multibacilar (MB)
     medicação:
     rifampicina: uma dose mensal de 600 mg (2 cápsulas de
     300 mg) com administração supervisionada;
     clofazimina: uma dose mensal de 300 mg (3 cápsulas de
     100 mg) com administração supervisionada e uma
     dose diária de 50mg auto-administrada; e
     dapsona:      uma       dose   mensal       de  100mg
     supervisionada e uma dose diária autoadministrada;
     duração     do     tratamento: 12       doses  mensais
     supervisionadas de rifampicina;
     critério de alta: 12 doses supervisionadas em até 18
     meses.

21                                 by Ismael Costa
Aula de hanseníase
Esquema alternativo




23                    by Ismael Costa
EFEITOS COLATERAIS - RIFAMPICINA

- cutâneos: rubor de face e pescoço, prurido e rash cutâneo
generalizado;
- gastrointestinais: diminuição do apetite e náuseas. Ocasionalmente,
podem ocorrer vômitos, diarréias e dor abdominal leve;
- hepáticos: mal-estar, perda do apetite, náuseas, podendo ocorrer
também icterícia. São descritos dois tipos de icterícias: a leve ou
transitória e a grave, com danos hepáticos importantes.
A medicação deve ser suspensa e o paciente encaminhado à
unidade de referência se as transaminases e/ou as bilirrubinas
aumentarem mais de duas vezes o valor normal;
 A coloração avermelhada da urina não deve ser confundida
com hematúria. A secreção pulmonar avermelhada não deve
ser confundida com escarros hemoptóicos. A pigmentação
conjuntival não deve ser confundida com icterícia.



24                                    by Ismael Costa
Efeitos colaterais da Clofazimina

cutâneos: ressecamento da pele, que pode evoluir para
ictiose, alteração na coloração da pele e suor.
Nas pessoas de pele escura a cor pode se acentuar, e
em pessoas claras a pele pode ficar com uma coloração
avermelhada ou adquirir um tom acinzentado, devido à
impregnação e ao ressecamento.
Estes efeitos ocorrem mais acentuadamente nas lesões
hansênicas e regridem, muito lentamente, após
a suspensão do medicamento;


25                           by Ismael Costa
Efeitos colaterais da Dapsona:

     - cutâneos: síndrome de Stevens-Johnson,
     dermatite esfoliativa ou eritrodermia;
     - hepáticos: icterícias, náuseas e vômitos;
     - hemolíticos: tremores, febre, náuseas, cefaléia, às
     vezes choque, podendo também ocorrer icterícia
     leve, metahemoglobinemia, cianose, dispnéia,
     taquicardia, cefaléia, fadiga, desmaios, náuseas,
     anorexia e vômitos;
     - outros efeitos colaterais raros podem ocorrer,
     tais como insônia e neuropatia motora periférica.

26                               by Ismael Costa
Efeitos colaterais – outros (medicamentos para
estados reacionais)
 • efeitos colaterais da talidomida:
 - teratogenicidade;
 - sonolência, edema unilateral de membros inferiores, constipação
 intestinal, secura de mucosas e, mais raramente, linfopenia;
 - neuropatia periférica, não é comum entre nós, podem ocorrer
 em doses acumuladas acima de 40 g, sendo mais freqüente em
 pacientes acima de 65 anos de idade.
 • efeitos colaterais dos corticosteróides:
 - hipertensão arterial;
 - disseminação de infestação por Strongiloides stercoralis;
 - disseminação de tuberculose pulmonar;
 - distúrbios metabólicos: redução de sódio e depleção de potássio,
 aumento das taxas de glicose no sangue, alteração no metabolismo
 do cálcio, levando à osteoporose e à síndrome de Cushing;
 - gastrointestinais: gastrite e úlcera péptica;
 - outros efeitos: agravamento de infecções latentes, acne
 cortisônica e psicoses.
 27                                  by Ismael Costa
ACOMPANHAMENTO DAS
INTERCORRÊNCIAS PÓS-ALTA

 É importante diferenciar um quadro de estado reacional de um
 caso de recidiva. No caso de estados reacionais a pessoa deverá
 receber tratamento anti-reacional, sem reiniciar, porém, o
 tratamento PQT. No caso de recidiva, o tratamento PQT deve
 ser reiniciado.
 Somente os casos graves, assim como os que apresentarem
 reações reversas graves, deverão ser encaminhados para
 hospitalização.
  É considerado um caso de recidiva, aquele que completar
 com êxito o tratamento PQT, e que depois de curado
 venha eventualmente desenvolver novos sinais e
 sintomas da doença. A maior causa de recidivas é o
 tratamento PQT inadequado ou incorreto.

 28                                by Ismael Costa
SITUAÇÕES ESPECIAIS
Hanseníase e gravidez
  As alterações hormonais da gravidez causam diminuição
da imunidade celular, fundamental na defesa contra o
Mycobacterium leprae. Portanto, é comum que os
primeiros sinais de hanseníase, em uma pessoa já
infectada, apareçam durante a gravidez e puerpério,
quando também podem ocorrer os estados reacionais e
os episódios de recidivas.
A gravidez e o aleitamento materno não contra-indicam
a administração dos esquemas de tratamento
poliquimioterápico da hanseníase que são seguros tanto
para a mãe como para a criança.
SITUAÇÕES ESPECIAIS

Hanseníase e tuberculose
   Existe uma alta incidência de tuberculose no país, por isso
recomenda-se especial atenção aos sinais e sintomas da mesma,
antes e durante o tratamento de hanseníase, a fim de evitar cepas
de Mycobacterium tuberculosis resistentes à rifampicina. Na
vigência de tuberculose e hanseníase, a rifampicina deve
ser administrada na dose requerida para tratar
tuberculose, ou seja, 600 mg/dia.
Hanseníase e aids
   A rifampicina na dose utilizada para tratamento da hanseníase
(600 mg/mês), não interfere nos inibidores de protease usado no
tratamento de pacientes com aids. Portanto, o esquema PQT
padrão não deve ser alterado nesses doentes.
ACOMPANHAMENTO DAS
    INTERCORRÊNCIAS PÓS-ALTA
É importante diferenciar um quadro de estado reacional de um
caso de recidiva. No caso de estados reacionais a pessoa deverá
receber tratamento anti-reacional, sem reiniciar, porém, o
tratamento PQT. No caso de recidiva, o tratamento PQT deve
ser reiniciado.
Somente os casos graves, assim como os que apresentarem
reações reversas graves, deverão ser encaminhados para
hospitalização.
 É considerado um caso de recidiva, aquele que completar
com êxito o tratamento PQT, e que depois de curado
venha eventualmente desenvolver novos sinais e
sintomas da doença. A maior causa de recidivas é o
tratamento PQT inadequado ou incorreto.
Aula de hanseníase
ESTADOS REACIONAIS OU REAÇÕES
     HANSÊNICAS
Os estados reacionais ou reações hansênicas são reações
do     sistema     imunológico       do    doente    ao
Mycobacterium leprae. Apresentam-se através de
episódios inflamatórios agudos e sub-agudos.
Os estados reacionais ocorrem, principalmente,
durante os primeiros meses do tratamento
quimioterápico da hanseníase, mas também podem
ocorrer antes ou depois do mesmo, nesse caso após a cura
do paciente. Quando ocorrem antes do tratamento,
podem induzir ao diagnóstico da doença.
   Os estados reacionais são a principal causa de
lesões dos nervos e de incapacidades provocadas
pela hanseníase.

33                             by Ismael Costa
a) Reação tipo 1 ou reação reversa
     É quadro clínico, que se caracteriza por
 apresentar novas lesões dermatológicas (manchas ou
 placas), infiltração, alterações de cor e edema nas
 lesões antigas, bem como dor ou espessamento dos
 nervos (neurites).
 b) Reação tipo 2
    É quadro clínico manifestado principalmente como
 Eritema Nodoso Hansênico (ENH) que se caracteriza
 por apresentar nódulos vermelhos e dolorosos, febre,
 dores articulares, dor e espessamento nos nervos e
 mal-estar generalizado. Geralmente as lesões antigas
 permanecem sem alteração.
34                           by Ismael Costa
Aula de hanseníase
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Hanseníase é Doença de Notificação Compulsória em
todo o Território Nacional.
Considera-se como contato intradomiciliar toda e
qualquer pessoa que resida ou tenha residido
com o doente, nos últimos cinco anos.
A vigilância de contatos, portanto, compreende a
busca sistemática de novos casos de hanseníase
entre as pessoas que convivem com o doente, a
fim de que sejam adotadas medidas de prevenção em
relação às mesmas: o diagnóstico e o tratamento
precoces.
36                         by Ismael Costa
VACINAÇÃO BCG (BACILO DE
CALMETTE-GUÉRIN)

Nos estudos realizados no Brasil e em outros países
para verificar o efeito protetor da BCG na hanseníase,
o nível de proteção variou de 20 a 80%, e sugeriu uma
maior proteção para as formas multibacilares da
doença.
Recomendações:
A aplicação de duas doses da vacina BCG-ID a todos
os contatos intradomiciliares dos casos de
hanseníase;
Serão aplicadas 2 doses ID, na inserção do deltóide D.
37                            by Ismael Costa
38   by Ismael Costa
Atribuições do enfermeiro/psf
 • Identificar sinais e sintomas da hanseníase e avaliar os casos suspeitos
 encaminhados para a unidade de saúde;
 • Realizar consulta de enfermagem, solicitar exames complementares e prescrever
 medicações, conforme protocolos ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo
 gestor municipal, observadas as disposições legais da profissão;
 • Preencher completamente, de forma legível, a ficha individual de notificação para
 os casos confirmados de hanseníase;
 • Avaliar e registrar o grau de incapacidade física em prontuários e formulários, no
 diagnóstico e acompanhamento, na periodicidade descrita neste caderno;
 • Orientar o paciente e a família para a realização de auto-cuidados;
 • Orientar e/ou realizar técnicas simples de prevenção de incapacidades físicas;
 • Realizar exame dermatoneurológico em todos os contatos intradomiciliares dos
 casos novos, orientá-los sobre a hanseníase e importância do auto-exame; registrar
 em prontuários e fichas/boletins de acompanhamento e realizar a vacinação com o
 BCG os contatos sem sinais da doença;


39                                                by Ismael Costa
• Realizar assistência domiciliar, quando necessário;
 • Planejar, gerenciar, coordenar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS;
 • Orientar os auxiliares/técnicos de enfermagem, ACS e ACE para o
 acompanhamento dos casos em tratamento;
 • Contribuir e participar das atividades de educação permanente dos membros da
 equipe quanto à prevenção, manejo do tratamento, ações de vigilância
 epidemiológica, combate ao estigma, efeitos adversos de medicamentos/
 farmacovigilância e prevenção de incapacidades;
 • Enviar mensalmente ao setor competente as informações epidemiológicas
 referentes à hanseníase da área de abrangência da unidade de saúde, nos devidos
 formulários;
 • Analisar os dados e planejar as intervenções juntamente com a equipe de saúde;
 • Encaminhar ao setor competente a ficha de notificação e boletins de
 acompanhamento, conforme estratégia local;
 • Realizar ou demandar a realização de curativos aos auxiliares sob sua orientação e
 supervisão;


40                                              by Ismael Costa
• Observar a tomada da dose supervisionada e orientar acerca de efeitos adversos
 dos medicamentos;
 • Realizar a programação e pedidos de medicamentos e controlar o estoque em
 formulário específico e encaminhá-lo ao nível pertinente;
 • Desenvolver ações educativas e de mobilização envolvendo a comunidade e
 equipamentos sociais (escolas, conselhos de saúde, associações de moradores, etc.),
 importância do auto-exame e relativas ao controle da hanseníase e combate ao
 estigma.




41                                             by Ismael Costa
Autores: Mara Gonçalves e
Ismael Costa.
Ed. Águia Dourada

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Aula de hanseníase

  • 2. Autor: Ismael Costa ismac@globo.com www.blogprofismael.blogspot.com
  • 4. HANSENÍASE (LEPRA) Doença infecto-contagiosa, crônica, curável, causada pelo bacilo de Hansen. Esse bacilo é capaz de infectar grande número de pessoas (alta infectividade), mas poucos adoecem, (baixa patogenicidade). O poder imunogênico do bacilo é responsável pelo alto potencial incapacitante da hanseníase. O comprometimento dos nervos periféricos é a característica principal da doença, dando- lhe um grande potencial para provocar incapacidades físicas que podem, inclusive, evoluir para deformidades. 4 by Ismael Costa
  • 5. Cont. A hanseníase ainda constitui relevante problema de saúde pública, a despeito da redução drástica no número de casos - de 17 para cinco por 10 mil habitantes - no período de 1985 a 1999. Embora o impacto das ações, no âmbito dessa endemia, não ocorra em curto prazo, o Brasil reúne atualmente condições altamente favoráveis para a sua eliminação como problema de saúde pública, compromisso assumido pelo País em 1991 - a ser cumprido até 2005 - e que significa alcançar um coeficiente de prevalência de menos de um doente em cada 10 mil habitantes. 5 by Ismael Costa
  • 6. Reservatório O ser humano é reconhecido como a única fonte de infecção, embora tenham sido identificados animais naturalmente infectados – o tatu, o macaco mangabei e o chimpanzé. Os doentes com muitos bacilos (multibacilares-MB) sem tratamento – hanseníase virchowiana e hanseníase dimorfa – são capazes de eliminar grande quantidade de bacilos para o meio exterior (carga bacilar de cerca de 10 milhões de bacilos presentes na mucosa nasal).
  • 7. DEFINIÇÃO DE CASO DE HANSENÍASE Um caso de hanseníase é uma pessoa que apresenta uma ou mais de uma das seguintes características e que requer quimioterapia: lesão(ões) de pele com alteração de sensibilidade; espessamento de nervo(s) periférico(s), acompanhado de alteração de sensibilidade; baciloscopia positiva para bacilo de Hansen. 7 by Ismael Costa
  • 8. AGENTE ETIOLÓGICO A hanseníase é causada pelo Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, que é um parasita intracelular obrigatório, com afinidade por células cutâneas e por células dos nervos periféricos, que se instala no organismo da pessoa infectada, podendo se multiplicar. O tempo de multiplicação do bacilo é lento, podendo durar, em média, de 11 a 16 dias. O homem é reconhecido como única fonte de infecção (reservatório), embora tenham sido identificados animais naturalmente infectados. 8 by Ismael Costa
  • 9. MODO DE TRANSMISSÃO A principal via de eliminação do bacilo, pelo indivíduo doente de hanseníase, e a mais provável porta de entrada no organismo passível de ser infectado são as vias aéreas superiores, o trato respiratório. No entanto, para que a transmissão do bacilo ocorra, é necessário um contato direto com a pessoa doente não tratada. O aparecimento da doença na pessoa infectada pelo bacilo, e suas diferentes manifestações clínicas dependem dentre outros fatores, da relação parasita / hospedeiro e pode ocorrer após um longo período de incubação, de 2 a 7 anos. A hanseníase pode atingir pessoas de todas as idades, de ambos os sexos, no entanto, raramente ocorre em crianças. 9 by Ismael Costa
  • 10. SINAIS E SINTOMAS DERMATOLÓGICOS A hanseníase manifesta-se através de lesões de pele que se apresentam com diminuição ou ausência de sensibilidade. As lesões mais comuns são: Manchas pigmentares ou discrômicas Placa. Infiltração Tubérculo Nódulo 10 by Ismael Costa
  • 12. SINAIS E SINTOMAS NEUROLÓGICOS dor e espessamento dos nervos periféricos; perda de sensibilidade nas áreas inervadas por esses nervos, principalmente nos olhos, mãos e pés; perda de força nos músculos inervados por esses nervos principalmente nas pálpebras e nos membros superiores e inferiores. A neurite, geralmente, manifesta-se através de um processo agudo, acompanhado de dor intensa e edema. 12 by Ismael Costa
  • 13. AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA A avaliação neurológica deve ser realizada no momento do diagnóstico, semestralmente e na alta do tratamento, na ocorrência de neurites e reações ou quando houver suspeita das mesmas, durante ou após o tratamento PQT e sempre que houver queixas. Os principais nervos periféricos acometidos na hanseníase são os que passam: pela face - trigêmeo e facial, que podem causar alterações na face, nos olhos e no nariz; pelos braços - radial, ulnar e mediano, que podem causar alterações nos braços e mãos; pelas pernas - fibular comum e tibial posterior, que podem causar alterações nas pernas e pés. 13 by Ismael Costa
  • 14. Diagnóstico Diferencial As principais doenças dermatológicas são: Eczemátide (Pitiríase alba, dartro volante) Pitiríase Versicolor (“pano branco Vitiligo Dermatofitoses (Tinea corporis): • Doenças neurológicas: as principais são a: síndrome do túnel do carpo; meralgia parestésica; neuropatia alcoólica, neuropatia diabética , lesões por esforços repetitivos (LER/DORT). 14 by Ismael Costa
  • 15. Classificação operacional para fins de tratamento quimioterápico. Paucibacilares (PB): casos com até 5 lesões de pele; Multibacilares (MB): casos com mais de 5 lesões de pele. O diagnóstico da doença e a classificação operacional do paciente em Pauci ou em Multibacilar é importante para que possa ser selecionado o esquema de tratamento quimioterápico adequado ao caso. 15 by Ismael Costa
  • 17. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL A baciloscopia é o exame microscópico onde se observa o Mycobacterium leprae, diretamente nos esfregaços de raspados intradérmicos das lesões hansênicas ou de outros locais de coleta selecionados: lóbulos auriculares e/ou cotovelos, e lesão quando houver. A baciloscopia negativa não afasta o diagnóstico da hanseníase. Mesmo sendo a baciloscopia um dos parâmetros integrantes da definição de caso, ratifica- se que o diagnóstico da hanseníase é clínico. 17 by Ismael Costa
  • 18. TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO PQT A poliquimioterapia (PQT) é constituída pelo conjunto dos seguintes medicamentos: rifampicina, dapsona e clofazimina, com administração associada. Para crianças com hanseníase, a dose dos medicamentos do esquema-padrão é ajustada, de acordo com a sua idade. Já no caso de pessoas com intolerância a um dos medicamentos do esquema- padrão, são indicados esquemas alternativos. A alta por cura é dada após a administração do número de doses preconizadas pelo esquema terapêutico. 18 by Ismael Costa
  • 19. Esquema Paucibacilar (PB) medicação: - rifampicina: uma dose mensal de 600 mg (2 cápsulas de 300 mg) com administração supervisionada, - dapsona: uma dose mensal de 100mg supervisionada e uma dose diária autoadministrada; duração do tratamento: 6 doses mensais supervisionadas de rifampicina. critério de alta: 6 doses supervisionadas em até 9 meses. 19 by Ismael Costa
  • 21. Esquema Multibacilar (MB) medicação: rifampicina: uma dose mensal de 600 mg (2 cápsulas de 300 mg) com administração supervisionada; clofazimina: uma dose mensal de 300 mg (3 cápsulas de 100 mg) com administração supervisionada e uma dose diária de 50mg auto-administrada; e dapsona: uma dose mensal de 100mg supervisionada e uma dose diária autoadministrada; duração do tratamento: 12 doses mensais supervisionadas de rifampicina; critério de alta: 12 doses supervisionadas em até 18 meses. 21 by Ismael Costa
  • 23. Esquema alternativo 23 by Ismael Costa
  • 24. EFEITOS COLATERAIS - RIFAMPICINA - cutâneos: rubor de face e pescoço, prurido e rash cutâneo generalizado; - gastrointestinais: diminuição do apetite e náuseas. Ocasionalmente, podem ocorrer vômitos, diarréias e dor abdominal leve; - hepáticos: mal-estar, perda do apetite, náuseas, podendo ocorrer também icterícia. São descritos dois tipos de icterícias: a leve ou transitória e a grave, com danos hepáticos importantes. A medicação deve ser suspensa e o paciente encaminhado à unidade de referência se as transaminases e/ou as bilirrubinas aumentarem mais de duas vezes o valor normal; A coloração avermelhada da urina não deve ser confundida com hematúria. A secreção pulmonar avermelhada não deve ser confundida com escarros hemoptóicos. A pigmentação conjuntival não deve ser confundida com icterícia. 24 by Ismael Costa
  • 25. Efeitos colaterais da Clofazimina cutâneos: ressecamento da pele, que pode evoluir para ictiose, alteração na coloração da pele e suor. Nas pessoas de pele escura a cor pode se acentuar, e em pessoas claras a pele pode ficar com uma coloração avermelhada ou adquirir um tom acinzentado, devido à impregnação e ao ressecamento. Estes efeitos ocorrem mais acentuadamente nas lesões hansênicas e regridem, muito lentamente, após a suspensão do medicamento; 25 by Ismael Costa
  • 26. Efeitos colaterais da Dapsona: - cutâneos: síndrome de Stevens-Johnson, dermatite esfoliativa ou eritrodermia; - hepáticos: icterícias, náuseas e vômitos; - hemolíticos: tremores, febre, náuseas, cefaléia, às vezes choque, podendo também ocorrer icterícia leve, metahemoglobinemia, cianose, dispnéia, taquicardia, cefaléia, fadiga, desmaios, náuseas, anorexia e vômitos; - outros efeitos colaterais raros podem ocorrer, tais como insônia e neuropatia motora periférica. 26 by Ismael Costa
  • 27. Efeitos colaterais – outros (medicamentos para estados reacionais) • efeitos colaterais da talidomida: - teratogenicidade; - sonolência, edema unilateral de membros inferiores, constipação intestinal, secura de mucosas e, mais raramente, linfopenia; - neuropatia periférica, não é comum entre nós, podem ocorrer em doses acumuladas acima de 40 g, sendo mais freqüente em pacientes acima de 65 anos de idade. • efeitos colaterais dos corticosteróides: - hipertensão arterial; - disseminação de infestação por Strongiloides stercoralis; - disseminação de tuberculose pulmonar; - distúrbios metabólicos: redução de sódio e depleção de potássio, aumento das taxas de glicose no sangue, alteração no metabolismo do cálcio, levando à osteoporose e à síndrome de Cushing; - gastrointestinais: gastrite e úlcera péptica; - outros efeitos: agravamento de infecções latentes, acne cortisônica e psicoses. 27 by Ismael Costa
  • 28. ACOMPANHAMENTO DAS INTERCORRÊNCIAS PÓS-ALTA É importante diferenciar um quadro de estado reacional de um caso de recidiva. No caso de estados reacionais a pessoa deverá receber tratamento anti-reacional, sem reiniciar, porém, o tratamento PQT. No caso de recidiva, o tratamento PQT deve ser reiniciado. Somente os casos graves, assim como os que apresentarem reações reversas graves, deverão ser encaminhados para hospitalização. É considerado um caso de recidiva, aquele que completar com êxito o tratamento PQT, e que depois de curado venha eventualmente desenvolver novos sinais e sintomas da doença. A maior causa de recidivas é o tratamento PQT inadequado ou incorreto. 28 by Ismael Costa
  • 29. SITUAÇÕES ESPECIAIS Hanseníase e gravidez As alterações hormonais da gravidez causam diminuição da imunidade celular, fundamental na defesa contra o Mycobacterium leprae. Portanto, é comum que os primeiros sinais de hanseníase, em uma pessoa já infectada, apareçam durante a gravidez e puerpério, quando também podem ocorrer os estados reacionais e os episódios de recidivas. A gravidez e o aleitamento materno não contra-indicam a administração dos esquemas de tratamento poliquimioterápico da hanseníase que são seguros tanto para a mãe como para a criança.
  • 30. SITUAÇÕES ESPECIAIS Hanseníase e tuberculose Existe uma alta incidência de tuberculose no país, por isso recomenda-se especial atenção aos sinais e sintomas da mesma, antes e durante o tratamento de hanseníase, a fim de evitar cepas de Mycobacterium tuberculosis resistentes à rifampicina. Na vigência de tuberculose e hanseníase, a rifampicina deve ser administrada na dose requerida para tratar tuberculose, ou seja, 600 mg/dia. Hanseníase e aids A rifampicina na dose utilizada para tratamento da hanseníase (600 mg/mês), não interfere nos inibidores de protease usado no tratamento de pacientes com aids. Portanto, o esquema PQT padrão não deve ser alterado nesses doentes.
  • 31. ACOMPANHAMENTO DAS INTERCORRÊNCIAS PÓS-ALTA É importante diferenciar um quadro de estado reacional de um caso de recidiva. No caso de estados reacionais a pessoa deverá receber tratamento anti-reacional, sem reiniciar, porém, o tratamento PQT. No caso de recidiva, o tratamento PQT deve ser reiniciado. Somente os casos graves, assim como os que apresentarem reações reversas graves, deverão ser encaminhados para hospitalização. É considerado um caso de recidiva, aquele que completar com êxito o tratamento PQT, e que depois de curado venha eventualmente desenvolver novos sinais e sintomas da doença. A maior causa de recidivas é o tratamento PQT inadequado ou incorreto.
  • 33. ESTADOS REACIONAIS OU REAÇÕES HANSÊNICAS Os estados reacionais ou reações hansênicas são reações do sistema imunológico do doente ao Mycobacterium leprae. Apresentam-se através de episódios inflamatórios agudos e sub-agudos. Os estados reacionais ocorrem, principalmente, durante os primeiros meses do tratamento quimioterápico da hanseníase, mas também podem ocorrer antes ou depois do mesmo, nesse caso após a cura do paciente. Quando ocorrem antes do tratamento, podem induzir ao diagnóstico da doença. Os estados reacionais são a principal causa de lesões dos nervos e de incapacidades provocadas pela hanseníase. 33 by Ismael Costa
  • 34. a) Reação tipo 1 ou reação reversa É quadro clínico, que se caracteriza por apresentar novas lesões dermatológicas (manchas ou placas), infiltração, alterações de cor e edema nas lesões antigas, bem como dor ou espessamento dos nervos (neurites). b) Reação tipo 2 É quadro clínico manifestado principalmente como Eritema Nodoso Hansênico (ENH) que se caracteriza por apresentar nódulos vermelhos e dolorosos, febre, dores articulares, dor e espessamento nos nervos e mal-estar generalizado. Geralmente as lesões antigas permanecem sem alteração. 34 by Ismael Costa
  • 36. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA Hanseníase é Doença de Notificação Compulsória em todo o Território Nacional. Considera-se como contato intradomiciliar toda e qualquer pessoa que resida ou tenha residido com o doente, nos últimos cinco anos. A vigilância de contatos, portanto, compreende a busca sistemática de novos casos de hanseníase entre as pessoas que convivem com o doente, a fim de que sejam adotadas medidas de prevenção em relação às mesmas: o diagnóstico e o tratamento precoces. 36 by Ismael Costa
  • 37. VACINAÇÃO BCG (BACILO DE CALMETTE-GUÉRIN) Nos estudos realizados no Brasil e em outros países para verificar o efeito protetor da BCG na hanseníase, o nível de proteção variou de 20 a 80%, e sugeriu uma maior proteção para as formas multibacilares da doença. Recomendações: A aplicação de duas doses da vacina BCG-ID a todos os contatos intradomiciliares dos casos de hanseníase; Serão aplicadas 2 doses ID, na inserção do deltóide D. 37 by Ismael Costa
  • 38. 38 by Ismael Costa
  • 39. Atribuições do enfermeiro/psf • Identificar sinais e sintomas da hanseníase e avaliar os casos suspeitos encaminhados para a unidade de saúde; • Realizar consulta de enfermagem, solicitar exames complementares e prescrever medicações, conforme protocolos ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor municipal, observadas as disposições legais da profissão; • Preencher completamente, de forma legível, a ficha individual de notificação para os casos confirmados de hanseníase; • Avaliar e registrar o grau de incapacidade física em prontuários e formulários, no diagnóstico e acompanhamento, na periodicidade descrita neste caderno; • Orientar o paciente e a família para a realização de auto-cuidados; • Orientar e/ou realizar técnicas simples de prevenção de incapacidades físicas; • Realizar exame dermatoneurológico em todos os contatos intradomiciliares dos casos novos, orientá-los sobre a hanseníase e importância do auto-exame; registrar em prontuários e fichas/boletins de acompanhamento e realizar a vacinação com o BCG os contatos sem sinais da doença; 39 by Ismael Costa
  • 40. • Realizar assistência domiciliar, quando necessário; • Planejar, gerenciar, coordenar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS; • Orientar os auxiliares/técnicos de enfermagem, ACS e ACE para o acompanhamento dos casos em tratamento; • Contribuir e participar das atividades de educação permanente dos membros da equipe quanto à prevenção, manejo do tratamento, ações de vigilância epidemiológica, combate ao estigma, efeitos adversos de medicamentos/ farmacovigilância e prevenção de incapacidades; • Enviar mensalmente ao setor competente as informações epidemiológicas referentes à hanseníase da área de abrangência da unidade de saúde, nos devidos formulários; • Analisar os dados e planejar as intervenções juntamente com a equipe de saúde; • Encaminhar ao setor competente a ficha de notificação e boletins de acompanhamento, conforme estratégia local; • Realizar ou demandar a realização de curativos aos auxiliares sob sua orientação e supervisão; 40 by Ismael Costa
  • 41. • Observar a tomada da dose supervisionada e orientar acerca de efeitos adversos dos medicamentos; • Realizar a programação e pedidos de medicamentos e controlar o estoque em formulário específico e encaminhá-lo ao nível pertinente; • Desenvolver ações educativas e de mobilização envolvendo a comunidade e equipamentos sociais (escolas, conselhos de saúde, associações de moradores, etc.), importância do auto-exame e relativas ao controle da hanseníase e combate ao estigma. 41 by Ismael Costa
  • 42. Autores: Mara Gonçalves e Ismael Costa. Ed. Águia Dourada