O documento discute as condições de saúde, doenças e agravos, destacando que dependem de fatores socioeconômicos, culturais e ambientais. Classifica as doenças em transmissíveis e não transmissíveis, e descreve em detalhes a dengue, chikungunya, hanseníase e AIDS/HIV.
2. As condições de saúde dos
indivíduos e da coletividade dependem
das condições econômicas, sociais,
culturais, ambientais e políticas
existentes, ou seja, dos determinantes
sociais de saúde, pois a grande maioria
das doenças ocorre devido às
condições de nascimento, vida,
moradia, trabalho e envelhecimento.
3. Doenças e as condições de saúde - as
doenças têm sido estudadas e classificadas
como Infecciosas ou Transmissíveis e
Doenças e Agravos Não Transmissíveis
(DANT).
• Doenças Infecciosas ou Transmissíveis
caracterizam-se por serem desencadeadas por
agente infeccioso específico, que pode
do organismo parasitado para o sadio,
havendo ou não fase intermediária no
ambiente.
4. São muitos os fatores que contribuem
para que as doenças transmissíveis ainda
comprometam a saúde humana no mundo.
• Podemos citar a urbanização acelerada,
• alterações ambientais,
• bem como a migração e o acesso mais
entre continentes, países e regiões.
5. DENGUE
• É um dos maiores problemas de saúde pública do
mundo. É hoje uma das doenças mais frequentes
no Brasil, atingindo a população em todos os
estados, independentemente da classe social.
• A transmissão se dá pelo mosquito transmissor da
doença, o Aedes Aegypti.
6. DENGUE
• Erradicado em vários países do continente
americano, retornou na década de 1970 por
causa das mudanças sociais e ambientais
decorrentes da urbanização e da precária
vigilância e controle sobre o mosquito.
7. • O mosquito, após picar o homem infectado, fica apto a
transmitir o vírus depois de 8 a 12 dias de incubação.
• A transmissão ocorre enquanto houver presença de vírus
no sangue do homem.
• O período tem início um dia antes de surgir a febre e vai
até o 6º dia da doença. Não há transmissão por contato
direto de um doente ou de suas secreções com uma
pessoa sadia, nem por fontes de água ou alimento.
• O tratamento é realizado por meio da hidratação
adequada, devendo-se considerar os sinais e sintomas
apresentados pelo paciente para classificar a forma da
dengue e decidir condutas
8. •A infecção pelo vírus dengue pode ser
assintomática ou sintomática.
•Três fases clínicas podem ocorrer: febril,
crítica e de recuperação.
9. FASE FEBRIL
• A primeira manifestação é a febre que
tem duração de dois a sete dias, ge-
ralmente alta (39oC a 40oC), de início
abrupto, associada à cefaleia, à adinamia,
às mialgias, às artralgias e a dor
retroorbitária.
10. • O exantema está presente em 50% dos casos,
é predominantemente do tipo máculo-
papular, atingindo face, tronco, não
poupando plantas de pés e palmas de
mãos, podendo apresentar-se sob outras
formas com ou sem prurido, frequentemente
no desaparecimento da febre.
• Anorexia, náuseas e vômitos podem estar
presentes.
11. FASE CRÍTICA
• Tem início com a defervescência da febre,
entre o terceiro e o sétimo dia do início da
doença, acompanhada do surgimento dos
sinais de alarme.
12. DENGUE COM SINAIS DE ALARME
• Os sinais de alarme devem ser
rotineiramente pesquisados e valorizados,
bem como os pacientes devem ser
orientados a procurar a assistência médica
na ocorrência deles.
• A maioria dos sinais de alarme é resultante
do aumento da permeabilidade vascular, a
qual marca o inicio do deterioramento
clínico do paciente e sua possível evolução
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14. DENGUE GRAVE
• As formas graves da doença podem manifestar-se
com extravasamento de plasma, levando ao
choque ou acúmulo de líquidos com
desconforto respiratório, sangramento grave ou
sinais de disfunção orgânica como o coração, os
pulmões, os rins, o fígado e o sistema nervoso
central (SNC).
• O extravasamento plasmático também pode ser
percebido pelo aumento do hematócrito, quanto
maior sua elevação maior será a gravidade e por
exames de imagem.
15. • O choque ocorre quando um volume crítico de plasma é
perdido através do extravasamento e leva de 24 a 48 horas,
devendo a equipe assistencial estar atenta à rápida mudança
das alterações hemodinâmicas.
16. FASE DE RECUPERAÇÃO
• Nos pacientes que passaram pela fase crítica
haverá reabsorção gradual do conteúdo
extravasado com progressiva melhora clínica.
• Alguns pacientes podem apresentar um rash
cutâneo acompanhado ou não de prurido
generalizado.
17. ASPECTOS CLÍNICOS NA CRIANÇA
• A Dengue na criança pode ser assintomática ou
apresentar-se como uma síndrome febril clássica viral,
ou com sinais e sintomas inespecí cos: adinamia,
sonolência, recusa da alimentação e de líquidos,
vômitos, diarreia ou fezes amolecidas.
• Nos menores de 2 anos de idade os sinais e os
sintomas de dor podem mani- festar-se por choro
persistente, adinamia e irritabilidade, podendo ser
confundidos com outros quadros infecciosos febris,
próprios da faixa etária.
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22. • Os sinais e sintomas são clinicamente parecidos aos
da dengue – febre de início agudo, dores
articulares e musculares, cefaleia, náusea, fadiga
exantema. A principal manifestação clínica que a
difere são as fortes dores nas articulações, que
muitas vezes podem estar acompanhadas de
edema. Após a fase inicial a doença pode evoluir
em duas etapas subsequentes: fase subaguda e
crônica.
23. CHICUNGUNYA
• A viremia persiste por até dez dias após o surgimento das
manifestações clínicas.
• A transmissão se dá através da picada de fêmeas dos
mosquitos Aedes Aegypti e Aedes albopictus infectadas
pelo CHIKV.
• Casos de transmissão vertical podem ocorrer quase que
exclusivamente no intraparto de gestantes virêmicas e,
muitas vezes, provoca infecção neonatal grave.
24. FASE AGUDA OU FEBRIL
• A fase aguda ou febril da doença é caracterizada
principalmente por febre de início súbito, e surgimento
de intensa poliartralgia, geralmente acompanhada de
dores nas costas, rash cutâneo (presente em mais de
50% dos casos) cefaleia e fadiga, com duração média
de sete dias.
• Outros sinais e sintomas descritos na fase aguda de
chikungunya são dor retroocular, calafrios, conjuntivite
sem secreção, faringite, náusea, vômitos, diarreia,
dor abdominal.
25. • A poliartralgia tem sido descrita em mais de 90% dos
pacientes com chikungunya na fase aguda.
26. FASE SUBAGUDA
• Durante esta fase a febre normalmente
desaparece, podendo haver persistência ou
agravamento da artralgia, incluindo
poliartrite distal, exacerbação da dor
articular nas regiões previamente
acometidas na primeira fase e tenossinovite
hipertrófica subaguda em mãos, mais
frequentemente nas falanges, punhos e
tornozelos
27. FASE CRÔNICA
• O sintoma mais comum nesta fase crônica é o
acometimento articular persistente ou
recidivante nas mesmas articulações atingidas
durante a fase aguda, caracterizado por dor com
ou sem edema, limitação de movimento,
deformidade e ausência de eritema.
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29. HANSENÍASE
• É outra doença transmissível muito antiga.
Mais conhecida como Lepra, se caracteriza
por levar a comprometimentos neurológicos
e incapacidades, e é causada pelo bacilo
Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen.
30. HANSENÍASE
• O Brasil é o segundo lugar no mundo em
casos da doença. São muitas as dificuldades
no combate e controle à Hanseníase, sendo
possível destacar a existência de regiões de
extrema pobreza como condição de
perpetuação da doença, com dificuldade de
acesso a serviços de saúde nas áreas de
maior ocorrência.
31. • A transmissão ocorre pelo contato íntimo e
prolongado de indivíduo suscetível com paciente
portador de bacilos de Hansen, e se dá por meio da
inalação de bacilos por tosse ou espirro, ou seja,
pelas vias aéreas superiores.
• O período de incubação é longo, podendo durar
até sete anos, ou seja, o indivíduo pode estar
infectado sem manifestação de sintomas. Pacientes
do tipo multibacilar (muitos bacilos) sem
tratamento podem transmitir a doença, portanto, a
melhor forma de interromper a transmissão é o
diagnóstico e tratamento precoce.
32. • No caso de um dos familiares apresentar a doença,
os demais familiares devem passar por exames para
detecção precoce.
• Dentre as manifestações clínicas da doença, temos
lesões de pele com alteração na sensibilidade;
acometimento de nervos periféricos com ou sem
espessamento, associado a alterações de
sensibilidade, perda de força e/ou alterações de
sudorese no local das manchas, principalmente nos
nervos da face, mãos e pés; diminuição ou queda de
pelos, principalmente das sobrancelhas.
33. • O diagnóstico da hanseníase é clínico, por
meio do exame dermatoneurológico. Já o
acompanhamento e tratamento é feito com
poliquimioterapia (associação de
medicamentos como a rifampicina, a dapsona
e a clofazimina) nas Unidades Básicas de
Saúde.
34. AIDS
• Outra doença transmissível que surgiu no final da
década de 1970 e início da década de 1980 foi a
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - SIDA,
mais conhecida AIDS/HIV, transmitida pelo vírus da
imunodeficiência humana (HIV). Esta doença
compromete a resposta imunológica, tornando o
indivíduo suscetível a quadros de infecções que
são responsáveis pelos casos de morte em seus
portadores.
35. • É uma doença sexualmente transmissível, que além
da propagação direta pelas mucosas e secreções,
envolve também a transmissão indireta pelas
seringas e agulhas contaminadas.
• A transmissão do vírus ocorre por relação sexual,
transfusão de sangue ou produtos sanguíneos
contaminados, da mãe para o filho durante parto,
no aleitamento materno, por meio de seringas e
agulhas contaminadas, ou acidentalmente pelo
contato do sangue contaminado com mucosas ou
ferimentos de pele.
36. • Dentre os sintomas, estão: febre, perda de
peso, falta de ar e diarreia crônica, com
quadros de lesões em mucosas e pele, com
presença sistemática de infecções
oportunistas.
37. • A prevenção da doença consiste no uso de
preservativo durante relações sexuais, de
seringas e agulhas descartáveis, de luvas
para manipular feridas e líquidos corporais,
bem como testar o sangue e hemoderivados
para transfusão.
• As mães infectadas pelo vírus (HIV positivas)
devem usar antirretrovirais durante a
gestação para prevenir a transmissão para o
bebê e não devem amamentar seus filhos.
38. • A distribuição dos medicamentos é gratuita
no Brasil, bem como a realização dos testes
para detecção da presença do vírus, que são
realizados pelo Sistema Único de Saúde
(SUS), de forma gratuita e sigilosa.