O documento discute projetos de mediação da leitura em bibliotecas de colégios de aplicação no Brasil. Resume que o objetivo é apresentar a importância dessas ações e o desenvolvimento de projetos para viabilizá-las, identificar ações de mediação realizadas, e verificar se projetos atendem também à comunidade externa. Descreve que a pesquisa envolveu 17 bibliotecas, utilizando questionários e análise de conteúdo, e conclui ressaltando a relevância das ações de mediação e a necessidade de mais projet
1. A REALIZAÇÃO DE PROJETOS VOLTADOS PARA A MEDIAÇÃO DA LEITURA NAS
BIBLIOTECAS DOS COLÉGIOS DE APLICAÇÃO
TATYANNE CHRISTINA GONÇALVES FERREIRA VALDEZ / BIBLIOTECÁRIA, UF RJ
ALBERTO CALIL JÚNIOR / PROF. DR., UNIRIO
EIXO TEMÁTICO : 03
Rio de Janeiro
2016
3. OBJETIVO GERAL
Apresenta informações sobre a importância das ações de mediação da leitura e o
desenvolvimento de projetos para viabilizar essas ações nas bibliotecas dos colégios
de aplicação das IFES.
4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Identificar quais são as ações de mediações da leitura realizadas pelas
bibliotecas dos colégios de aplicação das IFES.
Constatar a existência da parceria entre bibliotecários e professores nas
atividades voltadas para a mediação da leitura.
Verificar se essas bibliotecas realizam projetos culturais ou científicos e se
também são voltados para a comunidade externa, por meio de projetos de
extensão.
5. METODOLOGIA
Universo da pesquisa: 17 bibliotecas dos colégios de aplicação das IFES
Abordagem qualitativa e caráter exploratório
Minayo (2012) divide a pesquisa qualitativa em três etapas:
Fase exploratória – BENANCIB; BRAPCI; BDTD/IBICT; LIBES; Portal CAPES;
Anais (SNBU, CBBD, 1º Fórum de Pesquisa em Biblioteca Escolar).
Trabalho de campo – Questionário (e-mail).
Análise e tratamento do material empírico e documental – técnica de análise
de conteúdo temática ou categorial (BARDIN, c1977).
6. Mediação da Leitura na Biblioteca Escolar
Biblioteca do CAp/UFRGSBiblioteca do CAp/UFRJ Biblioteca do CAp/UFRJ
7. Mediação da leitura
A importância da leitura por meio de ações mediadoras (CASTRO FILHO, 2012; RODRIGUES, 2013).
“O bibliotecário deve ser cúmplice efetivo e afetivo do leitor, se dispondo a discutir e trocar ideias
a respeito do que lêem” (ALMEIDA JUNIOR, BORTOLIN 2007, p. 11) .
O papel do bibliotecário e do professor na mediação da leitura (ALMEIDA; COSTA; PINHEIRO, 2012;
GOMES; BORTOLIN, 2011).
“[...] capacidade de estabelecer com os livros uma relação afetiva, emotiva e sensorial, e não
simplesmente cognitiva” (PETIT, 2009, p. 58).
O uso de ações artísticas e literárias que contemplam a mediação da leitura (KUHLTHAU, 2004).
A mediação da leitura literária na biblioteca escolar (BORTOLIN, 2013).
A leitura de textos informativos nas atividades de mediação (CAMPELLO, 2009; ALMEIDA JUNIOR,
BORTOLIN 2009).
8. Projetos na Biblioteca Escolar
Thiry-Cherques (2008), possui vários significados, qual seja, é utilizado como sinônimo de intenção,
vontade, disposição, dentre outros.
“Uma organização transitória que compreende uma seqüência de atividades dirigidas à geração de
um produto singular em um tempo dado” (THIRY-CHERQUES, 2008, p. 15).
Um projeto é uma “ação social planejada, estruturada em objetivos, resultados e atividades,
baseados em uma quantidade limitada de recursos e de tempo” (ARMANI, 2000, p. 18).
O Sistema de Informação e Gestão de Projetos (SIGProj) tem como propósito auxiliar a gestão,
avaliação e a divulgação de projetos de extensão, pesquisa, ensino desenvolvidos nas universidades
brasileiras,esse sistema está sob a coordenação do Ministério da Educação (SIGPROJ, 2016).
Castro Filho (2012) defende a necessidade da biblioteca estabelecer junto a direção pedagógica
projetos educativos, de maneira que o acervo da biblioteca esteja inserido nas ações da escola.
9. O CAMPO DE ESTUDO
• 17 Colégios de Aplicação das
Universidades Federais
Fonte: http://www.condicap.org.br/
13. ANÁLISE DOS DADOS E RESULTADOS
Grupo Os Tapetes Contadores de Histórias na
Biblioteca CAp/UFRJ
14. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Relevância das ações de mediação da leitura nas bibliotecas dos colégios de aplicação, pois
inseridas no contexto acadêmico, também possuem a incumbência de desenvolver projetos
que atendam o tripé ensino, pesquisa e extensão, além de contribuir no processo de
aprendizagem e na construção do conhecimento.
Em virtude do baixo número de desenvolvimento de projetos, percebe-se que as atividades
de mediação da leitura são realizadas sem o auxilio e os recursos oferecidos pela execução de
um projeto.
As bibliotecas devem buscar informações para obter diversos apoios por meio dos editais de
fomento a eventos e extensão divulgados pelas pró-reitorias das universidades.
Interlocução permanente entre os profissionais que atuam nessas instituições, a fim de
multiplicar suas experiências e saberes para outras esferas da educação básica.
15. REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Waldinéa Ribeiro; COSTA, Wilse Arena da; PINHEIRO, Mariza Inês da Silva. Bibliotecários Mirins e
a mediação da leitura na biblioteca escolar. Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina, Florianópolis
, v.17, n.2, p.472-490, jul./dez., 2012. Disponível em: < http://revista.acbsc.org.br/racb/article/viewFile/812
/pdf_1>. Acesso em: 15 fev. 2014.
ALMEIDA JÚNIOR, Oswaldo Francisco; BORTOLIN, Sueli. Bibliotecário: um essencial mediador de leitura. In:
SOUZA, R. J. (Org.). Biblioteca escolar e práticas educativas. Campinas: Mercado de Letras, 2009. p. 205-
218.
______.; ______. Mediação da Informação e da Leitura. In: SEMINÁRIO EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 2.,
2007, Londrina. Anais... Londrina: Universidade Estadual de Londrina, 2007.
ARMANI, Domingos. Como elaborar projetos. São Paulo: Tomo editorial, 2000.
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, c1977.
16. REFERÊNCIAS
BORTOLIN, Sueli. A ética na mediação da leitura na biblioteca escolar. Ensino Em Re-Vista, v.20, n.2,
p.423-434, jul./dez. 2013a. Disponível em: <http://www.seer.ufu.br /index.php/emrevista/article/
viewFile/23717/13051>. Acesso em: 20 maio 2014.
CAMPELLO, Bernadete Santos. Letramento informacional no Brasil: práticas educativas de bibliotecários
em escolas de ensino básico. 2009. 208 f. Tese (Doutorado em Ciência da Informação)–Escola de Ciência
da Informação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2009.
CASTRO FILHO, Cláudio Marcondes de. Roger Chartier e práticas de leitura: uma abordagem para o campo
da informação. In: SEGUNDO, José Eduardo Santarem; SILVA, Márcia Regina da; MOSTAFA, Solange Puntel
(Org.). Os pensadores e a Ciência da Informação. Rio de Janeiro: E-papers, 2012. p. 25-36.
GOMES, Luciano Ferreira; BORTOLIN, Sueli. Biblioteca escolar e mediação da leitura. Semina: Ciências
Sociais e Humanas, Londrina, v. 32, n. 2, p. 157-170, jul./dez. 2011.
17. REFERÊNCIAS
KUHLTHAU, Carol. Como usar a biblioteca na escola: um programa de atividades para o ensino fundamental. 2. Ed.
Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
MINAYO, Maria Cecília de Souza. O desafio da pesquisa social. In: MINAYO, Maria Cecília de Souza; DESLANDES, Suely
Ferreira; GOMES, Romeu. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 32. ed., Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.
PETIT, Michèle. A arte de ler ou como resistir à adversidade. São Paulo: Ed. 34, 2009.
RODRIGUES, Maria Antonieta Sampaio. A literatura na formação cultural: a literatura como mediadora. Dissertação
(mestrado em Letras)–Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, 2013. 168f.
SIGPROJ Sistema de Informação e Gestão de Projetos. Disponível em: < http://sigproj1.mec.gov.br/index.php
?goTo=what&plataforma=%3C?=%20$plataforma%20?%3E> . Acesso em: 30 out. 2016.
THIRY-CHERQUES, Hermano Roberto. Projetos culturais: técnicas de modelagem. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2008.