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Farmacologia do
sistema
respiratório
Profa. Ms. Carla Thiciane V. de Melo
Função e Estrutura do Sistema Respiratório
Órgãos:
Função e Estrutura do Sistema Respiratório
Pulmões:
Função e Estrutura do Sistema Respiratório
Brônquios:
Função e Estrutura do Sistema Respiratório
Regulação da Respiração:
 Controlada pelo centro respiratório no bulbo
 influxo da ponte
 Centros superiores do SNC e aferentes vagais
do pulmão
 Fatores que afetam o centro respiratório:
 PCO2 - ação em quimiorreceptores bulbares
 PO2 - ação em quimiorreceptores (glomos
paraaórticos e carótidos)
OBS: Um grau moderado de controle voluntário pode se
superpor à regulação automática da respiração.
Função e Estrutura do Sistema Respiratório
Controle Neuro-Humoral normal:
 Vias Eferentes
• nervos parassimpáticos - ACh
• nervos simpáticos – NOR
• adrenalina circulante
• neurônios NANC
 Vias Aferentes
• receptores de estiramento
• fibras C sensoriais não-mielinizadas
• receptores de irritação
Função e Estrutura do Sistema Respiratório
Vias Eferentes – Inervação Parassimpática:
 Gânglios situados nas paredes dos brônquios e
bronquíolos
 Fibras pós-ganglionares inervam:
 Músculo liso das vias aéreas
 Músculo liso vascular
 Glândulas
Função e Estrutura do Sistema Respiratório
Vias Eferentes – Inervação Parassimpática:
 Tipos de receptores muscarínicos
 M1 localizados nos gânglios (céls. pós-
sinápticas)
 M2 localizados nas terminações pré-sinápticas
de neurônios
 M3 localizados no músculo liso brônquico e nas
glândulas
 Efeitos
 broncoconstrição e secreção de muco
Função e Estrutura do Sistema Respiratório
Vias Eferentes – Inervação Simpática:
 inervação dos vasos sanguíneos e glândulas
 NOR – constrição dos vasos sanguíneos
 NOR – inibição das secreções
 β2 – relaxamento do músculo liso, inibição de
mastócitos
e da depuração mucociliar
 efeitos causados pelas catecolaminas circulantes
OBS: Não existe inervação simpática no músculo liso
brônquico.
Função e Estrutura do Sistema Respiratório
Vias Eferentes – Mediadores NANC:
 Inibitório
 NO – relaxante nas vias aéreas
 iNOS e cNOS são encontradas nas vias aéreas
 Excitatórios
 Neuropeptídios –– Subst. P e Neurocinina A
 permeabilidade vascular
 induz a secreção de muco
 espasmógenos
Função e Estrutura do Sistema Respiratório
Vias Aferentes
Receptores de Irritação e Fibras C:
 respondem a substâncias exógenas e
estímulos químicos (amônia, dióxido de enxofre,
fumaça de cigarro...)
 respondem a mediadores inflamatórios e a
estímulos físicos
 causam tosse, broncoconstrição e secreção de
muco
 liberação de neuropeptídios excitatórios;
Distúrbios da Função Respiratória
• Asma;
• DPOC (bronquite crônica +
enfisema);
• Tosse;
DPOC
•Doença pulmonar obstrutiva crônica;
• Síndrome (bronquite crônica + enfisema)
• Bronquite: inflamação dos brônquios e
bronquíolos (poluição do ar, cigarros);
• Enfisema: distensão e lesão do tecido
pulmonar;
• Tratamento paleativo: ipratrópio, salbutamol
e corticosteróides
Tosse
•Mecanismo reflexo-protetor;
• Remoção de material estranho e as secreções;
• Antitussígenos: deprimem o centro da tosse
• Codeína (diminui a secreção nos
bronquíolos, espessamento do escarro)
• Dextrometorfano;
• Folcodina;
“Doença inflamatória crônica
caracterizada por obstrução – reversível
– recorrente do fluxo de ar nas vias
aéreas em resposta a estímulos que,
por si só, não são nocivos e não afetam
os indivíduos não asmáticos”
Asma
Epidemiologia
Maior prevalência: Austrália, Irlanda Reino Unido, EUA, N. Zelândia
Menor prevalência: China, Grécia, Rússia
Brasil: prevalência superior a 20% (8º lugar)
Fortaleza – 2.339 crianças - 15,8% (Campos, 1998)
ISAAC. Eur Respir J. 1998; 12:35-335
www.asmabronquica.com.br
Epidemiologia
Mortalidade é baixa, magnitude crescente, em diversos
paises s regiões. Nos paises em desenvolvimento vem
aumentando últimos 10 anos correspondendo a 5-10%
das mortes por causa respiratória;
No Brasil, em 2000, a taxa de mortalidade por asma ou
associada foi de 2,29/100.000 hab (maioria evitáveis);
É 3ª ou 4ª causa de internamento no SUS, em 2005 das
internações por problemas respiratórios 18,7% , foram
por asma.
Os custos do SUS com internações, em 2005 foi de a 96
milhões de reais o que correspondeu a 1,4% do gasto
total anual com todas as doenças.
IV Diretrizes Brasileiras para Manejo da Asma, 2006
Distúrbios da Função Respiratória
ASMA BRÔNQUICA
 Aspectos importantes:
• hiperresponsividade brônquica – tendência das
vias aéreas doentes para reagir com estímulos
que não causam respostas nas vias aéreas
normais.
• broncoconstrição – contração das vias aéreas,
causando obstrução da passagem de ar.
Desenvolvimento da Asma
Mudanças estruturais
Desenvolvimento da Asma - Características
Asma Crônica:
 tosse, dispnéia, sibilos
 sensação de constrição no tórax – aperto no peito
 dificuldade de respirar o ar
 alivia com o uso de broncodilatadores
Asma Grave Aguda:
 não é facilmente revertida, podendo ser fatal
 exige tratamento imediato
Distúrbios da Função Respiratória
ASMA Crônica - Classificação:
1.Asma Leve ou intermitente
2.Asma leve persistente
3.Asma moderada persistente
4.Asma persistente grave
Distúrbios da Função Respiratória
ASMA BRÔNQUICA - Classificação:
Asma leve ou intermitente: Sintomas < 1 vez
por semana
Asma persistente leve: Sintomas > 1 vez por
semana e < 1 vez por dia
Asma persistente moderada: Sintomas diários,
mas não contínuos
Asma persistente grave: Crises asmáticas
diárias e contínuas
Como reconhecer?
As manifestações clínicas são decorrentes
do processo inflamatório desencadeados na
crise asmática – é a
resposta do organismo a uma agressão
– Sibilância (chiado no peito)
– Tosse (geralmente seca)
– Dor torácica (aperto no peito)
– Dispnéia (dificuldade respirar)
– Limitação aos esforços
– Despertares noturnos
Asma alérgica
- Mesmas alterações (hiperreatividade brônquica e
broncoconstrição);
-Ocorre sensibilização prévia;
-Duas fases:
- Fase imediata: resposta inicial à provocação do
alérgeno, ocorre de modo abrupto, sendo
causada pelo espasmo do músculo liso
brônquico;
- Fase tardia: reação inflamatória progressiva,
influxo de linfócitos Th2
Diagnóstico Funcional
 registro de volume ou fluxo de expiração forçada
Dignóstico Funcional
 ESPIROMETRIA
• método funcional para confirmação do
diagnóstico
• permite a medida da capacidade vital forçada
(CVF) e o volume expiratório forçado em um
segundo (FEV1)
• a obstrução das vias aéreas caracteriza-se por
uma redução da relação FEV1/CVF abaixo de 90%
do valor previsto.
• o diagnóstico é confirmado pela presença de
obstrução ao fluxo aéreo que desaparece ou
melhora significativamente após adição de
broncodilatador
Quantificação da Hiper-responsividade
Brônquica
 FEV1 – volume expiratório forçado em um segundo
Fase imediata
A fase imediata da asma é a
redução no diâmetro das vias
respiratórias devido à contração
do músculo liso
(broncoconstrição) congestão
vascular, edema da parede
brônquica e secreções espessas
e viscosas E.R. MacFadden, Jr. (2002)
www.pueri.com.br
www.hsw.uol.com.br
Fase tardia
A principal característica da fase tardia da asma é a
INFLAMAÇÃO BRÔNQUICA resultante de um amplo
e complexo espectro de interações entre células
inflamatórias, mediadores e células estruturais da
mucosa respiratória.
IV Diretrizes Brasileiras para Manejo da Asma, 2006
www.nlm.nih.gov
Fisiopatologia:
 da sensibilidade da traquéia e dos brônquios
 estreitamento generalizado das vias aéreas
 contração do músculo liso das vias aéreas
 espessamento da mucosa – edema
 infiltração celular
 produção de muco viscoso
Desenvolvimento da Asma
Fisiopatologia
ESTREITAMENTO OU OBSTRUÇÃO DA LUZ BRÔQUICA
INFLAMAÇÃO BRÔNQUICA BRONCOESPASMO
EDEMA DE MUCOSA HIPERSECREÇÃO BRÔNQUICA
Desenvolvimento da Asma
Características Fisiológicas e Patológicas:
Distúrbios da Função Respiratória
ASMA ALÉRGICA
 processo imune – produção de células
inflamatórias e mediadores e anticorpos (IgE)
 células envolvidas
Eosinófilos Mastócitos Linfócitos T e
B
Desenvolvimento da Asma
Imunologia:
Desenvolvimento da Asma
Imunologia:
Desenvolvimento da Asma
Sensibilização ao alérgeno
 Recrutamento e ativação das células Th2
 Produção e liberação de citocinas – ativação de
células B
 Produção de IgE
 produção de IL-5 – ativação de eosinófilos
 produção de IL-4 e IL-13 – expressão de
receptores de IgE nos mastócitos
 produção de mediadores inflamatórios
• histamina, leucotrienos, prostaglandinas
• interleucinas 4, 5, 9 e 13
Desenvolvimento da Asma
Fase Imediata do Ataque de Asma:
 resposta inicial ao alérgeno
 causada pelo espasmo do ML brônquicos
 liberação de espasmógenos pelos mastócitos
• histamina, LTC4, LTD4
• PGD2, IL-4, IL-5, IL-13 e TNF-α
 atração de leucócitos (eosinófilos e MN)
 ocorre um sistema de “amplificação”
Desenvolvimento da Asma
Fase Tardia do Ataque de Asma:
 reação inflamatória progressiva –
influxo de Th2 e eosinófilos
 migração de células inflamatórias
habituais e Th2;
 provocam lesão e perda do epitélio –
base da hiper-reatividade (fibras C e
receptores irritantes mais acessíveis)
Desenvolvimento da Asma
Fase Tardia do Ataque de Asma:
Th2
 produção de leucotrienos;
 Produção de citocinas (IL-3, IL-5, IL-8);
 Liberação de fatores de crescimento
 Eosinófilos: Produção e liberação de proteínas
tóxicas
• proteína catiônica dos eosinófilos (ECP)
• proteína básica principal (EMBP)
• neurotoxina derivada de eosinófilos
Desenvolvimento da Asma
Remodelamento das Vias Aéreas:
 desenvolvimento de mudanças estruturais nas
vias aéreas
 como conseqüência de inflamação crônica
 é acompanhada de inflamação grave das vias
aéreas
 pode ser acompanhada de fibrose
 é causada por obstrução da passagem de ar –
não reversível
Desenvolvimento da Asma
Remodelamento das Vias Aéreas:
Fenômenos:
• deposição de colágeno subepitelial;
• acumulação de Miofibloblastos
• hiperplasia e hipertrofia do ML das vias aéreas
• hiperplasia glandular
• disrupção epitelial
Resumo das Fases da asma
Alérgeno ou
estímulo inespecífico
FASE IMEDIATA
+
Mastócitos, cél.
mononucleares
LTC4, LTD4,
Histamina e
PGD2
+
BRONCOESPASMO
Quimiotaxinas
quimiocinas
FASE TARDIA
Infiltração de células Th2,
que liberam citocinas,
monócitos e eosinófilos
LTC4, LTD4,
neuropeptídeos,
NO, adenosina
EMBP, ECP
+
Inflamação
das vias aéreas
+
Hiper-
reatividade
das vias aéreas
+
Lesão epitelial
+
BRONCOESPASMO,
SIBILOS E TOSSE
Terapia Medicamentosa
Broncoespasmo pode ser revertido por:
– drogas capazes de reduzir a IgE ligada aos
mastócitos (anticorpo anti-IgE);
– Impedir a degranulação de mastócitos (cromolina
e nedocromil, agentes simpatomiméticos);
– bloquear a ação dos produtos liberados
(antagonistas dos receptores de histamina e
leucotrienos);
– inibir o efeito da Ach na estimulação vagal
(antagonistas muscarínicos)
– relaxar diretamente o músc. Liso das vias aéreas
(agonistas b2-adrenérgicos, xantinas)
Terapia Medicamentosa
Hiper-reatividade brônquica:
– ligada a inflamação das vias aéreas;
– Corticosteróides inalatórios e sistêmicos;
– Associado ou não a agonistas b2-adrenérgicos;
Classes de Fármacos
Fármacos que relaxam diretamente
o músculo liso das vias aéreas:
- Agentes simpaticomiméticos;
- Metilxantinas
Agentes Simpaticomiméticos
Não-seletivos (b1e b2-adrenérgicos)
– adrenalina, efedrina e isoproterenol
Seletivos (agonistas b2-adrenérgicos) :
– ação curta (utilizados quando necessários)
Salbutamol, terbutalina
– ação prolongada (administrados de modo regular)
salmeterol, formoterol
Agentes Simpaticomiméticos
Broncodilatação
Inibição da degranulação de mastócitos
Diminuição da permeabilidade capilar
Aumento do transporte mucociliar
Estímulo da adenilato ciclase: aumento do
AMPc
Efeitos:
Agentes simpaticomiméticos
Mecanismo de ação: estimulação da
adenilato ciclase e aumento do AMPc
Agentes Simpaticomiméticos
Adrenalina
 broncodilatador de ação rápida;
 subcutânea ou inalada;
 broncodil. máxima dentro de 15 minutos,
com duração de 60-90 minutos;
 taquicardia, arritmia, agravamento da
angina do peito;
 raramente prescrita;
Agentes Simpaticomiméticos
Efedrina
 droga mais antiga no tratamento da asma;
 maior duração de ação do que adrenalina;
 efeitos centrais mais pronunciados, menor
efeito
 raramente utilizada;
Agentes Simpaticomiméticos
Isoproterenol
 broncodilatador potente;
 broncodil. máxima dentro de 5 minutos,
com duração de 60-90 minutos;
 taxa de mortalidade elevada no Reino
Unido, na década de 60, foi atribuída ao
isoproterenol (arritmias);
Agonistas β2
• Ação curta: Salbutamol e terbutalina
- Via inalatória: início de ação 5-15 min
- Dilatação máxima em 30 min
- Duração de ação: 4-6h
- Terbutalina: apresentação oral e sc
- broncodilatação equivalente a do
isoproterenol
Terbutalina
Salbutamol
Agonistas β2
Ação prolongada: Salmoterol e formoterol
- Duração do efeito de 12h
- São utilizados de modo regular
- Associação com corticosteróides no
controle da asma crônica;
Formoterol
Salmoterol
Agonistas β2
Formoterol
- Rapidamente absorvido
- Alta lipossolubilidade
- Potente inibidor da liberação de
histamina dos basófilos e dos mastócitos.
Agonistas β2
Ação prolongada:
Agonistas β2-adrenérgicos
 atualmente, são os mais utilizados;
 broncodilatadores de ação longa;
 inibem a liberação de mediadores
mastocitários e outros mediadores
inflamatórios
Agonistas β2-adrenérgicos
Efeitos indesejáveis dos agonistas β2-
adrenérgicos resultam de sua absorção
sistêmica;
Inalação resulta em maior efeito local com
menor toxicidade sistêmica;
Associação com corticosteróides reduz
tolerância induzida por agonistas β2;
Efeitos Colaterais dos Agonistas β2
RESULTANTES DA ABSORÇÃO
SISTÊMICA
•Tremor
• Aumento da glicose plasmática
• Aumento dos ácidos graxos
• Taquicardia
NIH, 1997
Toxicidade
– Tolerância
– Perda do efeito broncoprotetor
– Arritmias cardíacas, hipoxemia
Agentes simpaticomiméticos
Cafeína
teofilina
Metilxantinas
Teofilina, teobromina, cafeína
Aminofilina: complexo teofilina-etilenodiamina
Menos usadas no controle da asma aguda
(fármacos mais eficazes)
Baixo custo
Mecanismos de ação:
– Inibidores de fosfodiesterase
Aumentam AMPc intracelular
Estimulação cardíaca
Relaxamento de musculatura lisa
– Inibidores de receptores de adenosina
Broncodilatação
Inibição da liberação de histamina
– Efeito anti-inflamatório
Metilxantinas
Efeitos farmacológicos:
– SNC:
Aumento do alerta e diminuição da fadiga
Nervosismo, insônia, tremores
Convulsões
– Cardiovascular:
Cronotropismo e inotropismo positivos
Vasodilatação, exceto cerebral
Aumento da resistência periférica (liberação
de catecolaminas)
Metilxantinas
Efeitos farmacológicos:
– TGI:
Aumenta secreção ácida e enzimática
– Renal:
Diuréticos fracos (aumento da filtração
glomerular e da redução da reabsorção
tubular de sódio)
– Musculatura lisa:
Broncodilatação (não há tolerância)
– Musculatura esquelética:
Aumenta força contrátil e reduz fadiga
(diafragma)
Metilxantinas
Usos clínicos:
– Broncoespasmo agudo (fármaco de 2ª
linha)
– Asma noturna e induzida por exercício
(liberação prolongada)
– DPOC
Metilxantinas
Farmacocinética:
– Apresentação: oral (liberação
prolongada); não pode ser inalada;
aminofilina (e.v.)
– Bem absorvida TGI
– Metabolismo hepático: variação individual
e por faixa etária
– Meia-vida: 8 horas (adulto): variável
Metilxantinas
Dosagem sérica:
– Estreita faixa terapêutica:
Concentrações terapêuticas: 5-20 mg/l
Anorexia, náuseas, vômitos, cefaléia,
ansiedade ocorrem em [ ] > 15-20 mg/l
Arritmias e convulsões: [ ] > 40 mg/l
Metilxantinas
Interações medicamentosas
– Concentração plasmática é diminuída por
indutores enzimáticos:
Rifampicina, fenobarbital, fenitoína e
carbamazepina
– Concentração plasmática aumentada por
inibidores enzimáticos:
Anticoncepcionais orais, eritromicina,
ciprofloxacina, fluconazol e cimetidina
Metilxantinas
Fármacos que inibem o efeito da
acetilcolina na estimulação vagal
- Antagonistas muscarínicos
Participação parassimpática nas
respostas broncomotoras;
Desenvolvimento de um potente agente
anti-muscarínico pouco absorvido
(aerossol) nas vias aéreas, não estando
associado a efeitos atropínicos sistêmicos;
Brometo de ipratrópio
Antagonistas muscarínicos
• Antagonista competitivo não-seletivo Ach;
• Efeito terapêutico na asma: bloqueio do
receptor M3 (broncodilatação e diminuição do
muco)
• Nas doses administradas, inibem apenas a
parte da resposta mediada pelos receptores
muscarínicos;
Antimuscarírinos: mecanismo de ação
Usos clínicos:
– Broncoespasmo agudo: efeito em 1h, dura 5h
– DPOC
– Intolerância aos b2-adrenérgicos
Antagonistas muscarínicos
Sulfato de atropina:
– forma de aerossol;
– Aumento do calibre das vias aéreas em
condições basais com persistência de 5h;
– Deposição do aerossol na boca:
ressecamento local;
– Efeitos adversos sistêmicos: retenção
urinária, visão turva, agitação;
Antagonistas muscarínicos
Brometo de ipratrópio
– Composto de amônio quaternário;
– Pouco absorvido e não penetra no SNC;
– Efeito máximo: 1-2h; Duração do efeito: 3-5h;
– Eficácia menor que os agonistas b-adrenérgicos;
Valor clínico potencial:
– pacientes que não toleram os agonistas b-
adrenérgicos;
– Não tem efeito sobre a fase tardia da asma;
Antagonistas muscarínicos
C
H
CH2
O
O
N
+
CH3
OH
CH
CH3
Ipratrópio
Usos clínicos:
– Broncocontrição causada por ar frio, toxicantes
inalados;
– Intolerância aos b2-adrenérgicos
– Bronquite crônica
– DPOC
Antagonistas muscarínicos
Associações
– Antagonistas muscarínicos + glicocorticóides:
Tratamento de asma crônica e severa.
– Antagonistas muscarínicos + agonistas β2:
em emergência asmática;
Antagonistas muscarínicos
Tônus brônquico
Broncodilatação
Broncoconstricção
+
+ Acetilcolina
Adenosina
Teofilina
-
Brometo de Ipratrópio
-
+ AMPc
AC
PDE
ATP
AMP
b2-ago
+
Teo
-
Classes de Fármacos
Fármacos capazes de reduzir a IgE ligada
aos mastócitos
(anticorpo anti-IgE);
Omalizumab (anticorpo monoclonal murino
humanizado);
Diminui a quantidade de IgE circulante;
Impede a ligação da IgE aos mastócitos;
Eficaz nas duas fases da asma:
– inicial: falta de estimulação dos mastócitos;
– Tardia: infra-regulação dos receptores de IgE
nos mastócitos e redução da estimulação Th2
Anticorpo anti-IgE
Administração parenteral:
– SC (a cada 2 a 4 semanas)
Alto custo;
Casos graves:
– Permite reduzir a dose esteróides para o
controle da doença;
Efeitos colaterais:
– Pode induzir respostas alérgicas
Anticorpo anti-IgE
Fármacos que bloqueiam a ação
dos produtos liberados
- Inibidores das vias dos
leucotrienos;
Evidência da participação dos leucotrienos
– Inflamação
– Anafilaxia
– LTB4 (quimiotaxia neutrófilos)
– LTC4 e LTD4: broncoconstrição, hiperreatividade
brônquica, edema e hipersecreção
Inibidores da via dos leucotrienos
•Zileuton (zyflo®) ►inibe a 5-lipoxigenase
(eosinófilos, mastócitos, macrófagos e
basófilos);
•Zafirlucaste (Accolate®) e Montelucaste
(singulair®)► antagonistas do receptor de
LTD4;
• Bem absorvidos via oral.
• Antes da refeição.
Inibidores da via dos leucotrienos
Antagonista do receptor cisteinil-
leucotrieno (CisLT)
Ações farmacológicas:
– Impedem a asma induzida por aspirina, por
exercício e por estimulação antigênica;
– Diminuem ambas respostas iniciais e tardias a
alérgenos inalados;
– Reduzem a eosinofilia do escarro;
– Atividade broncodilatadora menor que a do
salbutamol
Inibidores da via dos leucotrienos
Ações farmacológicas:
– Eficácia na prevenção de crises e na frequência
das exacerbações: igual aos corticosteróides
– Menos eficazes sobre os sintomas:
Calibre das vias aéreas;
reatividade bronquica;
inflamação;
Inibidores da via dos leucotrienos
Hiper-responsividade brônquica
Hipersensibilidade Hiper-reatividade
Resposta normal a
níveis anormalmente
baixo de estímulos
(contração com
demasiada rapidez)
Resposta exagerada a
níveis normais ou
altos de estímulos
(respondem muito
vigorosamente)
Comodidade posológica: via oral
– Zileuton (600mg 4x dia);
– Montelucaste (10 mg 1 x dia)
– Zafirlucaste (20 mg 2x dia)
Efeitos colaterais:
– Hepatotoxidade: zileuton
– Síndrome de Churg-Strauss:
vasculite sistêmica, caracterizada por agravamento
da asma, infiltrados pulmonares e eosinofilia
Inibidores da via dos leucotrienos
Fármacos que impedem a
degranulação de mastócitos
- Cromolina (cromoglicato
dissódico): Intal®
- nedocromil: Tilade ®
Cromoglicato dissódico e nedocromil sódico; (sais
estáveis, insolúveis e de ↓ biodisponibilidade)
Não exercem nenhum efeito sobre a
musculatura lisa das vias aéreas;
Ineficazes na reversão do broncoespasmo
asmático; ↓ reatividade brônquica (uso crônico)
Inibe a asma induzida por antígenos,por
exercício físico, pela aspirina;
Cromolina e nedocromil
Cromolina e nedocromil
Mecanismo de ação:
– Estabilizadores de mastócitos: Inibe a liberação de
histamina dos mastócitos no pulmão;
Obs.: Inibe o aparecimento da resposta tardia, mesmo
quando administrado após a resposta inicial;
– Outros mecanismos (evidências):
Diminui a resposta eferente autonômica quando estimulada
pelos “receptores de irritantes”;
Suprime a resposta das fibras C sensoriais;
Inibe a liberação de citocinas pré-formadas das células T
Cromolina e nedocromil
Usos clínicos:
– Administração única: ação preventiva antes do
exercício ou contato inevitável com alérgeno
– Administração regular (2 a 4 inalações, 2 a 4
vezes ao dia): reduzem a intensidade de
sintomas e a necessidade de
broncodilatadores;
– Rinoconjuntivite alérgica (spray nasal e gotas
oculares)
Cromolina e nedocromil
Farmacocinética:
– Pouco absorvido TGI;
– Inalação (aerossol): solução nebulizada ou na forma de
pó;
– Cerca de 10% absorvido na circulação;
– Meia-vida: 90 min;
– Excretado na forma inalterada: bile e urina
Efeitos adversos (leves)
– Irritação da garganta, tosse, boca seca, sensação de
constrição no tórax e sibilos.
– Efeitos graves (raros): infiltração pulmonar com
eosinofilia e anafilaxia;
– Ausência de toxicidade: uso em crianças
Fármacos anti-inflamatórios
- Corticosteróides
Corticosteróides
Utilizados no tratamento desde 1950;
Efeito anti-inflamatório (inibição da
produção de citocinas);
Inibem infiltração linfócitos e eosinófilos
Corticosteróides
Reduzem reatividade brônquica
Diminuem freqüência das exacerbações
Aumentam calibre das vias aéreas
– Não relaxam diretamente o músculo liso
– Potencializam efeito dos b2-adrenérgicos
Corticosteróides
Corticosteróides sistêmicos (CS)
– prednisona;
Corticosteróides inalatórios (CI)
– beclometasona;
– fluticasona;
– budesonida
Corticosteóides
Atuam nos receptores tipo IV
Mecanismo de ação
Efeitos sobre os receptores
Altera a transcrição dos genes das citocinas IL-1,
TNF-α, IL3, IL4, IL6, IL8.
Reduz a quantidade de mastócitos no pulmão, através
da redução da expressão de IL-3.
Reduz a quantidade de eosinófilos e linfócitos
Diminui a formação de mediadores inflamatórios por
inibição da fosfolipase A2.
Regulação crescente dos receptores b2
Diminuição da permeabilidade vascular
Diminuição da secreção de muco
Corticosteróides – Uso clínico
Eficácia na melhora de todos os índices
– Gravidade sintomas
– Calibre vias aéreas
– Reatividade brônquica
– Número de crises
– Qualidade de vida
Via sistêmica (oral, parenteral): crises
Corticosteróides – Uso clínico
Via inalatória: preferida
– Dose matutina, após o pico de ACTH:
menos inibição do eixo HHA
– Dose vespertina: melhor controle noturno
– Corticóides lipofílicos: menos absorção
– Beclometasona: 4 aplicações 2 vezes/dia
(400mcg) equivale a 10-15mg prednisona
– Desmame CS e CI em dose elevada
Pacientes com sintomas graves:
– tratamento inicial com CS (30mg/dia
prednisona 3 semanas). Após a melhora,
iniciar CI.
Pacientes com sintomas mais leves:
– mas não controlados com BD: iniciar CI
Pacientes cujos sintomas são
inadequadamente controlados com CI:
– Adicionar agonista b2-adrenérgico de ação
prolongada à terapia
Terapia com corticosteróides –
Uso clínico
Corticosteróides
Efeitos colaterais: CI
– Supressão supra-renal (doses altas)
– Candidíase oral: lavagem bucal profilática
– Rouquidão: miopatia aguda cordas vocais
– Adultos: osteoporose e catarata (incomum)
– Crianças: diminuem velocidade crescimento
– Não alteram estatura final do adulto
Manejo da asma
Gravidade da asma Características
clínicas
Alívio a curto
prazo
Controle a longo
prazo
Intermitente leve
(etapa 1)
- Sintomas < 2
vezes/semana
Agonista b de
ação curta,
quando
necessário, antes
de exposição
esperada
Nenhuma
medicação
necessária
Persistente leve
(etapa 2)
- Sintomas > 2
vezes/semana
Agonista b de
ação curta,
quando
necessário
- Preferido:
corticóide inalado
em baixas doses;
- Alternativa:
modificador de
leucotrienos,
estabilizadores de
mastócitos ou
teofilina
Manejo da asma
Gravidade
da asma
Características
clínicas
Alívio a curto
prazo
Controle a longo prazo
Persistente
moderada
(etapa 3)
- Sintomas
diários
Idem Preferido: esteróide inalado (dose
baixa a interm) + agonista b
inalado de ação longa;
Alternativas:
- Corticóide inalado (dose interm)
apenas;
- Corticóide inalado + teofilina;
- Corticóide inalado + modificador
da via de leucotrienos
Persistente
grave
(etapa 4)
- Sintomas
contínuos
Idem Preferido: esteróide inalado em
altas doses + agonista b inalado
de ação longa;
Alternativa: corticisteróide via oral
se necessário
NEP PS PS
EP + espaçador Compressor
Válvula
Máscara ou
bocal
Nebulizador
Máscara ou
bocal
Dispositivos Inalatórios
Caso clínico 1
A.H.G. estudante, raramente participa das atividades físicas da escola pois
apresenta dificuldade de respirar. Acorda várias vezes durante a noite com
tosse e sensação de constrição no tórax, piados e muita secreção, e, mais de
três vezes por semana apresenta os mesmos sintomas. Geralmente faz uso
de Berotec® nebulizado para alívio das crises mas sente que não consegue
mais respirar confortavelmente após a administração do fármaco, além de
apresentar muitos tremores. Foi ao médico que diagnosticou asma moderada
e iniciou terapia com uma associação de fármacos, devido a intensidade das
crises. Sendo assim, responda:
a) A que classe de fármacos pertence o Berotec®? Qual o seu mecanismo de
ação?
b) Por que A.H.G. passou a não respirar melhor após a administração desse
fármaco? Explique o mecanismo.
c) Por que A.H.G apresentou tremores? Explique o mecanismo.
d) Após o diagnóstico de asma moderada o médico receitou uma associação
de fármacos? Que provável associação seria esta?
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  • 2. Função e Estrutura do Sistema Respiratório Órgãos:
  • 3. Função e Estrutura do Sistema Respiratório Pulmões:
  • 4. Função e Estrutura do Sistema Respiratório Brônquios:
  • 5. Função e Estrutura do Sistema Respiratório Regulação da Respiração:  Controlada pelo centro respiratório no bulbo  influxo da ponte  Centros superiores do SNC e aferentes vagais do pulmão  Fatores que afetam o centro respiratório:  PCO2 - ação em quimiorreceptores bulbares  PO2 - ação em quimiorreceptores (glomos paraaórticos e carótidos) OBS: Um grau moderado de controle voluntário pode se superpor à regulação automática da respiração.
  • 6. Função e Estrutura do Sistema Respiratório Controle Neuro-Humoral normal:  Vias Eferentes • nervos parassimpáticos - ACh • nervos simpáticos – NOR • adrenalina circulante • neurônios NANC  Vias Aferentes • receptores de estiramento • fibras C sensoriais não-mielinizadas • receptores de irritação
  • 7. Função e Estrutura do Sistema Respiratório Vias Eferentes – Inervação Parassimpática:  Gânglios situados nas paredes dos brônquios e bronquíolos  Fibras pós-ganglionares inervam:  Músculo liso das vias aéreas  Músculo liso vascular  Glândulas
  • 8. Função e Estrutura do Sistema Respiratório Vias Eferentes – Inervação Parassimpática:  Tipos de receptores muscarínicos  M1 localizados nos gânglios (céls. pós- sinápticas)  M2 localizados nas terminações pré-sinápticas de neurônios  M3 localizados no músculo liso brônquico e nas glândulas  Efeitos  broncoconstrição e secreção de muco
  • 9. Função e Estrutura do Sistema Respiratório Vias Eferentes – Inervação Simpática:  inervação dos vasos sanguíneos e glândulas  NOR – constrição dos vasos sanguíneos  NOR – inibição das secreções  β2 – relaxamento do músculo liso, inibição de mastócitos e da depuração mucociliar  efeitos causados pelas catecolaminas circulantes OBS: Não existe inervação simpática no músculo liso brônquico.
  • 10.
  • 11. Função e Estrutura do Sistema Respiratório Vias Eferentes – Mediadores NANC:  Inibitório  NO – relaxante nas vias aéreas  iNOS e cNOS são encontradas nas vias aéreas  Excitatórios  Neuropeptídios –– Subst. P e Neurocinina A  permeabilidade vascular  induz a secreção de muco  espasmógenos
  • 12. Função e Estrutura do Sistema Respiratório Vias Aferentes Receptores de Irritação e Fibras C:  respondem a substâncias exógenas e estímulos químicos (amônia, dióxido de enxofre, fumaça de cigarro...)  respondem a mediadores inflamatórios e a estímulos físicos  causam tosse, broncoconstrição e secreção de muco  liberação de neuropeptídios excitatórios;
  • 13. Distúrbios da Função Respiratória • Asma; • DPOC (bronquite crônica + enfisema); • Tosse;
  • 14. DPOC •Doença pulmonar obstrutiva crônica; • Síndrome (bronquite crônica + enfisema) • Bronquite: inflamação dos brônquios e bronquíolos (poluição do ar, cigarros); • Enfisema: distensão e lesão do tecido pulmonar; • Tratamento paleativo: ipratrópio, salbutamol e corticosteróides
  • 15. Tosse •Mecanismo reflexo-protetor; • Remoção de material estranho e as secreções; • Antitussígenos: deprimem o centro da tosse • Codeína (diminui a secreção nos bronquíolos, espessamento do escarro) • Dextrometorfano; • Folcodina;
  • 16. “Doença inflamatória crônica caracterizada por obstrução – reversível – recorrente do fluxo de ar nas vias aéreas em resposta a estímulos que, por si só, não são nocivos e não afetam os indivíduos não asmáticos” Asma
  • 17. Epidemiologia Maior prevalência: Austrália, Irlanda Reino Unido, EUA, N. Zelândia Menor prevalência: China, Grécia, Rússia Brasil: prevalência superior a 20% (8º lugar) Fortaleza – 2.339 crianças - 15,8% (Campos, 1998) ISAAC. Eur Respir J. 1998; 12:35-335 www.asmabronquica.com.br
  • 18. Epidemiologia Mortalidade é baixa, magnitude crescente, em diversos paises s regiões. Nos paises em desenvolvimento vem aumentando últimos 10 anos correspondendo a 5-10% das mortes por causa respiratória; No Brasil, em 2000, a taxa de mortalidade por asma ou associada foi de 2,29/100.000 hab (maioria evitáveis); É 3ª ou 4ª causa de internamento no SUS, em 2005 das internações por problemas respiratórios 18,7% , foram por asma. Os custos do SUS com internações, em 2005 foi de a 96 milhões de reais o que correspondeu a 1,4% do gasto total anual com todas as doenças. IV Diretrizes Brasileiras para Manejo da Asma, 2006
  • 19. Distúrbios da Função Respiratória ASMA BRÔNQUICA  Aspectos importantes: • hiperresponsividade brônquica – tendência das vias aéreas doentes para reagir com estímulos que não causam respostas nas vias aéreas normais. • broncoconstrição – contração das vias aéreas, causando obstrução da passagem de ar.
  • 21. Desenvolvimento da Asma - Características Asma Crônica:  tosse, dispnéia, sibilos  sensação de constrição no tórax – aperto no peito  dificuldade de respirar o ar  alivia com o uso de broncodilatadores Asma Grave Aguda:  não é facilmente revertida, podendo ser fatal  exige tratamento imediato
  • 22. Distúrbios da Função Respiratória ASMA Crônica - Classificação: 1.Asma Leve ou intermitente 2.Asma leve persistente 3.Asma moderada persistente 4.Asma persistente grave
  • 23. Distúrbios da Função Respiratória ASMA BRÔNQUICA - Classificação: Asma leve ou intermitente: Sintomas < 1 vez por semana Asma persistente leve: Sintomas > 1 vez por semana e < 1 vez por dia Asma persistente moderada: Sintomas diários, mas não contínuos Asma persistente grave: Crises asmáticas diárias e contínuas
  • 24.
  • 25. Como reconhecer? As manifestações clínicas são decorrentes do processo inflamatório desencadeados na crise asmática – é a resposta do organismo a uma agressão – Sibilância (chiado no peito) – Tosse (geralmente seca) – Dor torácica (aperto no peito) – Dispnéia (dificuldade respirar) – Limitação aos esforços – Despertares noturnos
  • 26. Asma alérgica - Mesmas alterações (hiperreatividade brônquica e broncoconstrição); -Ocorre sensibilização prévia; -Duas fases: - Fase imediata: resposta inicial à provocação do alérgeno, ocorre de modo abrupto, sendo causada pelo espasmo do músculo liso brônquico; - Fase tardia: reação inflamatória progressiva, influxo de linfócitos Th2
  • 27. Diagnóstico Funcional  registro de volume ou fluxo de expiração forçada
  • 28. Dignóstico Funcional  ESPIROMETRIA • método funcional para confirmação do diagnóstico • permite a medida da capacidade vital forçada (CVF) e o volume expiratório forçado em um segundo (FEV1) • a obstrução das vias aéreas caracteriza-se por uma redução da relação FEV1/CVF abaixo de 90% do valor previsto. • o diagnóstico é confirmado pela presença de obstrução ao fluxo aéreo que desaparece ou melhora significativamente após adição de broncodilatador
  • 29. Quantificação da Hiper-responsividade Brônquica  FEV1 – volume expiratório forçado em um segundo
  • 30. Fase imediata A fase imediata da asma é a redução no diâmetro das vias respiratórias devido à contração do músculo liso (broncoconstrição) congestão vascular, edema da parede brônquica e secreções espessas e viscosas E.R. MacFadden, Jr. (2002) www.pueri.com.br www.hsw.uol.com.br
  • 31. Fase tardia A principal característica da fase tardia da asma é a INFLAMAÇÃO BRÔNQUICA resultante de um amplo e complexo espectro de interações entre células inflamatórias, mediadores e células estruturais da mucosa respiratória. IV Diretrizes Brasileiras para Manejo da Asma, 2006 www.nlm.nih.gov
  • 32. Fisiopatologia:  da sensibilidade da traquéia e dos brônquios  estreitamento generalizado das vias aéreas  contração do músculo liso das vias aéreas  espessamento da mucosa – edema  infiltração celular  produção de muco viscoso
  • 33. Desenvolvimento da Asma Fisiopatologia ESTREITAMENTO OU OBSTRUÇÃO DA LUZ BRÔQUICA INFLAMAÇÃO BRÔNQUICA BRONCOESPASMO EDEMA DE MUCOSA HIPERSECREÇÃO BRÔNQUICA
  • 34. Desenvolvimento da Asma Características Fisiológicas e Patológicas:
  • 35. Distúrbios da Função Respiratória ASMA ALÉRGICA  processo imune – produção de células inflamatórias e mediadores e anticorpos (IgE)  células envolvidas Eosinófilos Mastócitos Linfócitos T e B
  • 38. Desenvolvimento da Asma Sensibilização ao alérgeno  Recrutamento e ativação das células Th2  Produção e liberação de citocinas – ativação de células B  Produção de IgE  produção de IL-5 – ativação de eosinófilos  produção de IL-4 e IL-13 – expressão de receptores de IgE nos mastócitos  produção de mediadores inflamatórios • histamina, leucotrienos, prostaglandinas • interleucinas 4, 5, 9 e 13
  • 39.
  • 40. Desenvolvimento da Asma Fase Imediata do Ataque de Asma:  resposta inicial ao alérgeno  causada pelo espasmo do ML brônquicos  liberação de espasmógenos pelos mastócitos • histamina, LTC4, LTD4 • PGD2, IL-4, IL-5, IL-13 e TNF-α  atração de leucócitos (eosinófilos e MN)  ocorre um sistema de “amplificação”
  • 41.
  • 42.
  • 43. Desenvolvimento da Asma Fase Tardia do Ataque de Asma:  reação inflamatória progressiva – influxo de Th2 e eosinófilos  migração de células inflamatórias habituais e Th2;  provocam lesão e perda do epitélio – base da hiper-reatividade (fibras C e receptores irritantes mais acessíveis)
  • 44. Desenvolvimento da Asma Fase Tardia do Ataque de Asma: Th2  produção de leucotrienos;  Produção de citocinas (IL-3, IL-5, IL-8);  Liberação de fatores de crescimento  Eosinófilos: Produção e liberação de proteínas tóxicas • proteína catiônica dos eosinófilos (ECP) • proteína básica principal (EMBP) • neurotoxina derivada de eosinófilos
  • 45.
  • 46. Desenvolvimento da Asma Remodelamento das Vias Aéreas:  desenvolvimento de mudanças estruturais nas vias aéreas  como conseqüência de inflamação crônica  é acompanhada de inflamação grave das vias aéreas  pode ser acompanhada de fibrose  é causada por obstrução da passagem de ar – não reversível
  • 47.
  • 48. Desenvolvimento da Asma Remodelamento das Vias Aéreas: Fenômenos: • deposição de colágeno subepitelial; • acumulação de Miofibloblastos • hiperplasia e hipertrofia do ML das vias aéreas • hiperplasia glandular • disrupção epitelial
  • 49.
  • 50.
  • 51. Resumo das Fases da asma Alérgeno ou estímulo inespecífico FASE IMEDIATA + Mastócitos, cél. mononucleares LTC4, LTD4, Histamina e PGD2 + BRONCOESPASMO Quimiotaxinas quimiocinas FASE TARDIA Infiltração de células Th2, que liberam citocinas, monócitos e eosinófilos LTC4, LTD4, neuropeptídeos, NO, adenosina EMBP, ECP + Inflamação das vias aéreas + Hiper- reatividade das vias aéreas + Lesão epitelial + BRONCOESPASMO, SIBILOS E TOSSE
  • 52. Terapia Medicamentosa Broncoespasmo pode ser revertido por: – drogas capazes de reduzir a IgE ligada aos mastócitos (anticorpo anti-IgE); – Impedir a degranulação de mastócitos (cromolina e nedocromil, agentes simpatomiméticos); – bloquear a ação dos produtos liberados (antagonistas dos receptores de histamina e leucotrienos); – inibir o efeito da Ach na estimulação vagal (antagonistas muscarínicos) – relaxar diretamente o músc. Liso das vias aéreas (agonistas b2-adrenérgicos, xantinas)
  • 53. Terapia Medicamentosa Hiper-reatividade brônquica: – ligada a inflamação das vias aéreas; – Corticosteróides inalatórios e sistêmicos; – Associado ou não a agonistas b2-adrenérgicos;
  • 54. Classes de Fármacos Fármacos que relaxam diretamente o músculo liso das vias aéreas: - Agentes simpaticomiméticos; - Metilxantinas
  • 55. Agentes Simpaticomiméticos Não-seletivos (b1e b2-adrenérgicos) – adrenalina, efedrina e isoproterenol Seletivos (agonistas b2-adrenérgicos) : – ação curta (utilizados quando necessários) Salbutamol, terbutalina – ação prolongada (administrados de modo regular) salmeterol, formoterol
  • 56. Agentes Simpaticomiméticos Broncodilatação Inibição da degranulação de mastócitos Diminuição da permeabilidade capilar Aumento do transporte mucociliar Estímulo da adenilato ciclase: aumento do AMPc Efeitos:
  • 57. Agentes simpaticomiméticos Mecanismo de ação: estimulação da adenilato ciclase e aumento do AMPc
  • 58. Agentes Simpaticomiméticos Adrenalina  broncodilatador de ação rápida;  subcutânea ou inalada;  broncodil. máxima dentro de 15 minutos, com duração de 60-90 minutos;  taquicardia, arritmia, agravamento da angina do peito;  raramente prescrita;
  • 59. Agentes Simpaticomiméticos Efedrina  droga mais antiga no tratamento da asma;  maior duração de ação do que adrenalina;  efeitos centrais mais pronunciados, menor efeito  raramente utilizada;
  • 60. Agentes Simpaticomiméticos Isoproterenol  broncodilatador potente;  broncodil. máxima dentro de 5 minutos, com duração de 60-90 minutos;  taxa de mortalidade elevada no Reino Unido, na década de 60, foi atribuída ao isoproterenol (arritmias);
  • 61. Agonistas β2 • Ação curta: Salbutamol e terbutalina - Via inalatória: início de ação 5-15 min - Dilatação máxima em 30 min - Duração de ação: 4-6h - Terbutalina: apresentação oral e sc - broncodilatação equivalente a do isoproterenol
  • 63. Agonistas β2 Ação prolongada: Salmoterol e formoterol - Duração do efeito de 12h - São utilizados de modo regular - Associação com corticosteróides no controle da asma crônica; Formoterol Salmoterol
  • 64. Agonistas β2 Formoterol - Rapidamente absorvido - Alta lipossolubilidade - Potente inibidor da liberação de histamina dos basófilos e dos mastócitos.
  • 66. Agonistas β2-adrenérgicos  atualmente, são os mais utilizados;  broncodilatadores de ação longa;  inibem a liberação de mediadores mastocitários e outros mediadores inflamatórios
  • 67. Agonistas β2-adrenérgicos Efeitos indesejáveis dos agonistas β2- adrenérgicos resultam de sua absorção sistêmica; Inalação resulta em maior efeito local com menor toxicidade sistêmica; Associação com corticosteróides reduz tolerância induzida por agonistas β2;
  • 68. Efeitos Colaterais dos Agonistas β2 RESULTANTES DA ABSORÇÃO SISTÊMICA •Tremor • Aumento da glicose plasmática • Aumento dos ácidos graxos • Taquicardia
  • 70. Toxicidade – Tolerância – Perda do efeito broncoprotetor – Arritmias cardíacas, hipoxemia Agentes simpaticomiméticos
  • 71. Cafeína teofilina Metilxantinas Teofilina, teobromina, cafeína Aminofilina: complexo teofilina-etilenodiamina Menos usadas no controle da asma aguda (fármacos mais eficazes) Baixo custo
  • 72. Mecanismos de ação: – Inibidores de fosfodiesterase Aumentam AMPc intracelular Estimulação cardíaca Relaxamento de musculatura lisa – Inibidores de receptores de adenosina Broncodilatação Inibição da liberação de histamina – Efeito anti-inflamatório Metilxantinas
  • 73. Efeitos farmacológicos: – SNC: Aumento do alerta e diminuição da fadiga Nervosismo, insônia, tremores Convulsões – Cardiovascular: Cronotropismo e inotropismo positivos Vasodilatação, exceto cerebral Aumento da resistência periférica (liberação de catecolaminas) Metilxantinas
  • 74. Efeitos farmacológicos: – TGI: Aumenta secreção ácida e enzimática – Renal: Diuréticos fracos (aumento da filtração glomerular e da redução da reabsorção tubular de sódio) – Musculatura lisa: Broncodilatação (não há tolerância) – Musculatura esquelética: Aumenta força contrátil e reduz fadiga (diafragma) Metilxantinas
  • 75. Usos clínicos: – Broncoespasmo agudo (fármaco de 2ª linha) – Asma noturna e induzida por exercício (liberação prolongada) – DPOC Metilxantinas
  • 76. Farmacocinética: – Apresentação: oral (liberação prolongada); não pode ser inalada; aminofilina (e.v.) – Bem absorvida TGI – Metabolismo hepático: variação individual e por faixa etária – Meia-vida: 8 horas (adulto): variável Metilxantinas
  • 77. Dosagem sérica: – Estreita faixa terapêutica: Concentrações terapêuticas: 5-20 mg/l Anorexia, náuseas, vômitos, cefaléia, ansiedade ocorrem em [ ] > 15-20 mg/l Arritmias e convulsões: [ ] > 40 mg/l Metilxantinas
  • 78. Interações medicamentosas – Concentração plasmática é diminuída por indutores enzimáticos: Rifampicina, fenobarbital, fenitoína e carbamazepina – Concentração plasmática aumentada por inibidores enzimáticos: Anticoncepcionais orais, eritromicina, ciprofloxacina, fluconazol e cimetidina Metilxantinas
  • 79. Fármacos que inibem o efeito da acetilcolina na estimulação vagal - Antagonistas muscarínicos
  • 80. Participação parassimpática nas respostas broncomotoras; Desenvolvimento de um potente agente anti-muscarínico pouco absorvido (aerossol) nas vias aéreas, não estando associado a efeitos atropínicos sistêmicos; Brometo de ipratrópio Antagonistas muscarínicos
  • 81. • Antagonista competitivo não-seletivo Ach; • Efeito terapêutico na asma: bloqueio do receptor M3 (broncodilatação e diminuição do muco) • Nas doses administradas, inibem apenas a parte da resposta mediada pelos receptores muscarínicos; Antimuscarírinos: mecanismo de ação
  • 82. Usos clínicos: – Broncoespasmo agudo: efeito em 1h, dura 5h – DPOC – Intolerância aos b2-adrenérgicos Antagonistas muscarínicos
  • 83. Sulfato de atropina: – forma de aerossol; – Aumento do calibre das vias aéreas em condições basais com persistência de 5h; – Deposição do aerossol na boca: ressecamento local; – Efeitos adversos sistêmicos: retenção urinária, visão turva, agitação; Antagonistas muscarínicos
  • 84. Brometo de ipratrópio – Composto de amônio quaternário; – Pouco absorvido e não penetra no SNC; – Efeito máximo: 1-2h; Duração do efeito: 3-5h; – Eficácia menor que os agonistas b-adrenérgicos; Valor clínico potencial: – pacientes que não toleram os agonistas b- adrenérgicos; – Não tem efeito sobre a fase tardia da asma; Antagonistas muscarínicos
  • 86. Usos clínicos: – Broncocontrição causada por ar frio, toxicantes inalados; – Intolerância aos b2-adrenérgicos – Bronquite crônica – DPOC Antagonistas muscarínicos
  • 87. Associações – Antagonistas muscarínicos + glicocorticóides: Tratamento de asma crônica e severa. – Antagonistas muscarínicos + agonistas β2: em emergência asmática; Antagonistas muscarínicos
  • 89. Classes de Fármacos Fármacos capazes de reduzir a IgE ligada aos mastócitos (anticorpo anti-IgE);
  • 90. Omalizumab (anticorpo monoclonal murino humanizado); Diminui a quantidade de IgE circulante; Impede a ligação da IgE aos mastócitos; Eficaz nas duas fases da asma: – inicial: falta de estimulação dos mastócitos; – Tardia: infra-regulação dos receptores de IgE nos mastócitos e redução da estimulação Th2 Anticorpo anti-IgE
  • 91. Administração parenteral: – SC (a cada 2 a 4 semanas) Alto custo; Casos graves: – Permite reduzir a dose esteróides para o controle da doença; Efeitos colaterais: – Pode induzir respostas alérgicas Anticorpo anti-IgE
  • 92. Fármacos que bloqueiam a ação dos produtos liberados - Inibidores das vias dos leucotrienos;
  • 93. Evidência da participação dos leucotrienos – Inflamação – Anafilaxia – LTB4 (quimiotaxia neutrófilos) – LTC4 e LTD4: broncoconstrição, hiperreatividade brônquica, edema e hipersecreção Inibidores da via dos leucotrienos
  • 94.
  • 95. •Zileuton (zyflo®) ►inibe a 5-lipoxigenase (eosinófilos, mastócitos, macrófagos e basófilos); •Zafirlucaste (Accolate®) e Montelucaste (singulair®)► antagonistas do receptor de LTD4; • Bem absorvidos via oral. • Antes da refeição. Inibidores da via dos leucotrienos
  • 96.
  • 97. Antagonista do receptor cisteinil- leucotrieno (CisLT)
  • 98.
  • 99. Ações farmacológicas: – Impedem a asma induzida por aspirina, por exercício e por estimulação antigênica; – Diminuem ambas respostas iniciais e tardias a alérgenos inalados; – Reduzem a eosinofilia do escarro; – Atividade broncodilatadora menor que a do salbutamol Inibidores da via dos leucotrienos
  • 100. Ações farmacológicas: – Eficácia na prevenção de crises e na frequência das exacerbações: igual aos corticosteróides – Menos eficazes sobre os sintomas: Calibre das vias aéreas; reatividade bronquica; inflamação; Inibidores da via dos leucotrienos
  • 101. Hiper-responsividade brônquica Hipersensibilidade Hiper-reatividade Resposta normal a níveis anormalmente baixo de estímulos (contração com demasiada rapidez) Resposta exagerada a níveis normais ou altos de estímulos (respondem muito vigorosamente)
  • 102. Comodidade posológica: via oral – Zileuton (600mg 4x dia); – Montelucaste (10 mg 1 x dia) – Zafirlucaste (20 mg 2x dia) Efeitos colaterais: – Hepatotoxidade: zileuton – Síndrome de Churg-Strauss: vasculite sistêmica, caracterizada por agravamento da asma, infiltrados pulmonares e eosinofilia Inibidores da via dos leucotrienos
  • 103. Fármacos que impedem a degranulação de mastócitos - Cromolina (cromoglicato dissódico): Intal® - nedocromil: Tilade ®
  • 104. Cromoglicato dissódico e nedocromil sódico; (sais estáveis, insolúveis e de ↓ biodisponibilidade) Não exercem nenhum efeito sobre a musculatura lisa das vias aéreas; Ineficazes na reversão do broncoespasmo asmático; ↓ reatividade brônquica (uso crônico) Inibe a asma induzida por antígenos,por exercício físico, pela aspirina; Cromolina e nedocromil
  • 105. Cromolina e nedocromil Mecanismo de ação: – Estabilizadores de mastócitos: Inibe a liberação de histamina dos mastócitos no pulmão; Obs.: Inibe o aparecimento da resposta tardia, mesmo quando administrado após a resposta inicial; – Outros mecanismos (evidências): Diminui a resposta eferente autonômica quando estimulada pelos “receptores de irritantes”; Suprime a resposta das fibras C sensoriais; Inibe a liberação de citocinas pré-formadas das células T
  • 106. Cromolina e nedocromil Usos clínicos: – Administração única: ação preventiva antes do exercício ou contato inevitável com alérgeno – Administração regular (2 a 4 inalações, 2 a 4 vezes ao dia): reduzem a intensidade de sintomas e a necessidade de broncodilatadores; – Rinoconjuntivite alérgica (spray nasal e gotas oculares)
  • 107. Cromolina e nedocromil Farmacocinética: – Pouco absorvido TGI; – Inalação (aerossol): solução nebulizada ou na forma de pó; – Cerca de 10% absorvido na circulação; – Meia-vida: 90 min; – Excretado na forma inalterada: bile e urina Efeitos adversos (leves) – Irritação da garganta, tosse, boca seca, sensação de constrição no tórax e sibilos. – Efeitos graves (raros): infiltração pulmonar com eosinofilia e anafilaxia; – Ausência de toxicidade: uso em crianças
  • 109. Corticosteróides Utilizados no tratamento desde 1950; Efeito anti-inflamatório (inibição da produção de citocinas); Inibem infiltração linfócitos e eosinófilos
  • 110. Corticosteróides Reduzem reatividade brônquica Diminuem freqüência das exacerbações Aumentam calibre das vias aéreas – Não relaxam diretamente o músculo liso – Potencializam efeito dos b2-adrenérgicos
  • 111. Corticosteróides Corticosteróides sistêmicos (CS) – prednisona; Corticosteróides inalatórios (CI) – beclometasona; – fluticasona; – budesonida
  • 112. Corticosteóides Atuam nos receptores tipo IV Mecanismo de ação
  • 113. Efeitos sobre os receptores Altera a transcrição dos genes das citocinas IL-1, TNF-α, IL3, IL4, IL6, IL8. Reduz a quantidade de mastócitos no pulmão, através da redução da expressão de IL-3. Reduz a quantidade de eosinófilos e linfócitos Diminui a formação de mediadores inflamatórios por inibição da fosfolipase A2. Regulação crescente dos receptores b2 Diminuição da permeabilidade vascular Diminuição da secreção de muco
  • 114. Corticosteróides – Uso clínico Eficácia na melhora de todos os índices – Gravidade sintomas – Calibre vias aéreas – Reatividade brônquica – Número de crises – Qualidade de vida Via sistêmica (oral, parenteral): crises
  • 115. Corticosteróides – Uso clínico Via inalatória: preferida – Dose matutina, após o pico de ACTH: menos inibição do eixo HHA – Dose vespertina: melhor controle noturno – Corticóides lipofílicos: menos absorção – Beclometasona: 4 aplicações 2 vezes/dia (400mcg) equivale a 10-15mg prednisona – Desmame CS e CI em dose elevada
  • 116. Pacientes com sintomas graves: – tratamento inicial com CS (30mg/dia prednisona 3 semanas). Após a melhora, iniciar CI. Pacientes com sintomas mais leves: – mas não controlados com BD: iniciar CI Pacientes cujos sintomas são inadequadamente controlados com CI: – Adicionar agonista b2-adrenérgico de ação prolongada à terapia Terapia com corticosteróides – Uso clínico
  • 117. Corticosteróides Efeitos colaterais: CI – Supressão supra-renal (doses altas) – Candidíase oral: lavagem bucal profilática – Rouquidão: miopatia aguda cordas vocais – Adultos: osteoporose e catarata (incomum) – Crianças: diminuem velocidade crescimento – Não alteram estatura final do adulto
  • 118. Manejo da asma Gravidade da asma Características clínicas Alívio a curto prazo Controle a longo prazo Intermitente leve (etapa 1) - Sintomas < 2 vezes/semana Agonista b de ação curta, quando necessário, antes de exposição esperada Nenhuma medicação necessária Persistente leve (etapa 2) - Sintomas > 2 vezes/semana Agonista b de ação curta, quando necessário - Preferido: corticóide inalado em baixas doses; - Alternativa: modificador de leucotrienos, estabilizadores de mastócitos ou teofilina
  • 119. Manejo da asma Gravidade da asma Características clínicas Alívio a curto prazo Controle a longo prazo Persistente moderada (etapa 3) - Sintomas diários Idem Preferido: esteróide inalado (dose baixa a interm) + agonista b inalado de ação longa; Alternativas: - Corticóide inalado (dose interm) apenas; - Corticóide inalado + teofilina; - Corticóide inalado + modificador da via de leucotrienos Persistente grave (etapa 4) - Sintomas contínuos Idem Preferido: esteróide inalado em altas doses + agonista b inalado de ação longa; Alternativa: corticisteróide via oral se necessário
  • 120. NEP PS PS EP + espaçador Compressor Válvula Máscara ou bocal Nebulizador Máscara ou bocal Dispositivos Inalatórios
  • 121. Caso clínico 1 A.H.G. estudante, raramente participa das atividades físicas da escola pois apresenta dificuldade de respirar. Acorda várias vezes durante a noite com tosse e sensação de constrição no tórax, piados e muita secreção, e, mais de três vezes por semana apresenta os mesmos sintomas. Geralmente faz uso de Berotec® nebulizado para alívio das crises mas sente que não consegue mais respirar confortavelmente após a administração do fármaco, além de apresentar muitos tremores. Foi ao médico que diagnosticou asma moderada e iniciou terapia com uma associação de fármacos, devido a intensidade das crises. Sendo assim, responda: a) A que classe de fármacos pertence o Berotec®? Qual o seu mecanismo de ação? b) Por que A.H.G. passou a não respirar melhor após a administração desse fármaco? Explique o mecanismo. c) Por que A.H.G apresentou tremores? Explique o mecanismo. d) Após o diagnóstico de asma moderada o médico receitou uma associação de fármacos? Que provável associação seria esta?