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A PERCEPÇÃO DO ENFERMEIRO DA
UNIDADE DE EMERGÊNCIA MEDIANTE A
CONTENÇÃO MECÂNICA AO PACIENTE
PSIQUIÁTRICO
AMANDA BARBOSA MONTEIRO VASQUES PEREIRA
Orientadora
Maria José Leonardo
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO
 RESUMO
O estudo ressalta a contenção mecânica e a sua
necessidade em pacientes agressivos e que dificultam
o atendimento da equipe de enfermagem.
A contenção mecânica tem sido muito utilizada na
unidade de emergência como meio facilitador do
atendimento de enfermagem e médica. E tem
acometido principalmente pacientes psiquiátricos que
estão mais susceptíveis a alteração de
comportamento
 INTRODUÇÃO
De acordo com as pesquisas realizadas e as citações
referenciadas neste trabalho, esta pesquisa apresenta
aos enfermeiros, os conhecimentos científicos
necessários para atuarem na contenção mecânica em
um paciente psiquiátrico no atendimento de urgência
e emergência.
Nas unidades de emergência aparecem muitos
pacientes psiquiátricos que apresentam períodos de
agitação e agressividade, o enfermeiro mediante a
essa situação reconhece a necessidade de uma
intervenção para minimizar os efeitos adversos. A
contenção mecânica é utilizada para conter esses
pacientes, e promover melhora no atendimento
prestado.
 NEUROSES E SUAS CLASSIFICAÇÕES
“A Neurose é chamada neurose por toda a psicopatologia leve, onde a pessoa tem a
noção (mesmo que vaga) de seu problema. Ele tem contato com a realidade, porém
há manifestações psicossomáticas, que são notadas por este, e que servem de aviso
para a pessoa procurar um tratamento psicológico, ou psiquiátrico. É um fator
comum a ansiedade exacerbada. Existe inúmeras classificações menores, para citar
algumas temos:
 Transtorno Obsessivo Compulsivo / TOC;
 SÍNDROME DO PÂNICO;
 FOBIAS;
 TRANSTORNOS DE ANSIEDADE;
 DEPRESSÃO;
 SÍNDROME DE BURNOUT;
 DISTÚRBIO BIPOLAR DE ÂNIMO;
FREUD citou, em uma de suas obras, que todas as pessoas têm um pouco de neurose
em si. É normal no ser humano ser um pouco neurótico, sendo apenas o excesso
chamado de patológico.
 PSICOSE E SUAS CLASSIFICAÇÕES
A PSICOSE se caracteriza por uma intensa fuga de
realidade. É, como a filosofia e as artes chamam, a
loucura, propriamente dita. Pode ser classificada de
três formas:
1) pela manifestação,
2) pelo aspecto neurofisiológico,
3) pela intensidade.
 MANIFESTAÇÃO:
a) ESQUIZOFRENIA: Paranoide / Desordenada / Simples / Indiferenciada
b) TRASTORNO DE AFETO BIPOLAR.
Ambas as psicoses listadas precisam de auxílio medicamentoso, adjunto de auxílio
psicoterápico, para diminuir os sintomas e ajustar o comportamento.
 ASPECTO NEUROFISIOLÓGICO:
a) Funcional;
b) Orgânica.
 INTENSIDADE:
Como intensidade entendemos a agressividade e impulsividade do doente em:
a) Aguda: fase de surto;
b) Crônica: é a fase de relaxamento do doente
“Segundo Espinosa, o aparecimento das doenças mentais está ligado, dependendo do
modelo teórico que o analise, a diferentes fatores, seguindo diferentes hipóteses. A
prevalência dos transtornos mentais é variável quando considerado o sexo das
pessoas por ele afetadas”
 TIPOS DE CONTENÇÃO
Em um estudo os enfermeiros foram observados e constataram-
se seis modalidades de Contenção:
 Contenção Química
 Contenção Verbal
 Contenção Não-Verbal
 Contenção Afetiva
 Contenção Mecânica
 Contenção Biológica
A contenção era presente e mediava a relação nas situações em
que o enfermeiro parecia considerar necessário estabelecer
 CONTENÇÃO MECÂNICA
 Contenção mecânica é uma ação terapêutica, na medida em que o profissional com
competência, critério e responsabilidade limita as manifestações de
comportamento de outra pessoa, com o objetivo de desenvolver padrões de
comportamento socialmente mais aceitos, mesmo quando essas são manifestações
em unidades que não sejam psiquiátricas. Uso de um dispositivo físico
(equipamento) para restringir o movimento de uma pessoa ou um movimento ou
função normal de seu corpo.
 A contenção mecânica deve ser prescrita pelo médico ou pelo Enfermeiro e deve se
considerar que, do ponto de vista ético e legal, aumenta a responsabilidade da
equipe sobre o contido, visto que perde a autonomia e a equipe assume a tutela do
paciente, agora considerado indefeso de outrem.
 A contenção mecânica foi baseada nessa lógica que surgiram os serviços de
urgência psiquiátrica, com a finalidade de adaptar o indivíduo desajustado,
promovendo o atendimento no momento crítico, objetivando controlá-lo, para
devolver ao sujeito o seu estado normalizado, prevenindo, assim, o agravo da
“doença mental”, as “internações desnecessárias” e todos os seus gastos
financeiros.
A NECESSIDADE DA CONTENÇÃO
MECÂNICA
Quando não obtiver o controle da situação pela intervenção verbal,
pode ser necessária a contenção física. Para isso, temos que
solicitar o apoio de outras pessoas da equipe ou espectadores
que demonstrem preparo para colaborar. Se possível, promova a
contenção conhecida por “grupo de oito”, isto é, oito pessoas
imobilizam suavemente o paciente, contendo-o dois a dois em
nível de cabeça, ombro, quadril e pernas. Lembrando de manter
contato verbal contínuo com a vítima durante a contenção,
tentando acalmá-la, informando que a medida tomada se destina
a protegê-la.
 CONTENÇÃO MECÂNICA EM
PACIENTES PSIQUIÁTRICOS
Os pacientes psiquiátricos destacam-se pela alteração na
saúde mental e por isso ficam mais suscetíveis ao
comportamento inadequado como a agressividade e
agitação. Segundo alguns autores, nos portadores de
deficiência mental mais, freqüentemente se fazem uso de
técnicas de contenção, inclusive para proteger o
profissional e a equipe de qualquer trauma ou injúria. E
ainda, quando o paciente necessita ser contido para
receber algum medicamento e não tem auto-controle para
isso e quando o paciente estava em auto-agressão ou
agredindo alguém, como medida rotineira mesmo sem a
necessidade desta.
 A AÇÃO DA ENFERMAGEM NA
CONTENÇÃO MECÂNICA
 A equipe de Enfermagem para atender de forma apropriada à
emergência psiquiátrica e obter sucesso deve atuar de forma
integrada e planejada. Todos os pacientes devem ser acolhidos;
no entanto é preciso reforçar a necessidade das pessoas
portadoras de transtorno mental, visto que, neste momento,
apresentam-se desestruturados e sem vínculos.
 Devemos verificar nos pacientes agressivos e psiquiátricos:
- Patologia;
- Ferimentos;
- Hematomas;
- Manchas na pele;
- Edemas;
- Queixas de dor;
 Avaliar a causa aparente para as alterações apresentadas (uso de álcool, drogas, transtorno
mental psiquiátrico) e iniciar a intervenção; e Manejar verbalmente.
 Contenção mecânica. Necessária se, mesmo com as medidas acima, a violência for
iminente.
 Obrigatoriamente exige um número suficiente de técnicos.
 Ao iniciar o procedimento de contenção mecânica: pedir para o paciente deitar e explicar
o propósito da contenção, não atendendo, não barganhar; utilizar cincos pessoas uma para
cada membro e uma para a cabeça; Após contenção, supervisão a cada 15 minutos e
tentativa de falar com o paciente a cada 2 horas; (15) Ele não poderá permanecer sozinho,
as contenções devem ser averiguadas com freqüência para verificar se o paciente está
bem, e ele deve ser amparado nas necessidades fisiológicas. (14) Nova entrevista médica
após contenção; Decidir pelo uso ou não de medicamentos (a contenção pode resultar em
melhora da agitação sem uso do medicamento). (16) Se o paciente necessitar ficar contido
mais do que 12 horas, a comissão de ética do hospital deve ser comunicada. (14)
 Quando o paciente está sob contenção mecânica, procurar primeiramente fazer contato
com ele, avaliando as possibilidades de removê-la.
 Caso perceba que isto ainda não é seguro, avisá-lo de que a contenção será mantida, pois
há o risco de novamente agitar-se. Nestas circunstancias fazer a entrevista mesmo com o
paciente contido. (17)
 Atenção especial deve ser reservada a pacientes dependentes de opióides, pois esses
pacientes podem apresentar um discurso persuadível que negue sua condição e que, não
raro, mobiliza e aciona familiares, amigos e autoridades para manter-se longe do
tratamento.
 Exigem do médico um ânimo e uma postura inabalável para mantê-los em tratamento. (14)
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
 O estudo teve motivação pela necessidade de mostrar a percepção do Enfermeiro da
unidade de emergência mediante a contenção mecânica ao paciente psiquiátrico. A
pesquisa apresentou vários tipos de contenção e especificou a contenção mecânica,
como sendo a que envolve o paciente pelo corpo. Daí a necessidade de atenção do
Enfermeiro mediante a este paciente, além de constringido um paciente psiquiátrico.
 A contenção mecânica tem sido conseqüência da mudança de comportamento do
paciente mediante ao atendimento da assistência de enfermagem quanto da médica.
Por isso, a contenção só pode ser prescrita pela Enfermeira ou pelo médico que tem
capacitação científica e prática.
 O Enfermeiro, como o líder da equipe, está preparado e capacitado para educar sua
equipe multidisciplinar sobre as medidas de contenção mecânica. Deve estar bem
atento quando um paciente com características psiquiátricas surgir na unidade de
emergência prevê prováveis alterações de comportamento.
 A equipe de enfermagem sempre está atenta a possíveis alterações de comportamento
do paciente, tanto para se precaver de acidentes quanto para evitar auto-agressão do
paciente.
 O paciente com necessidade de contenção mecânica após o acontecimento, se não
entendimento antes da contenção, fica informado da sua importância como
auxiliador para melhoria da qualidade do atendimento da assistência ao mesmo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 ESPINOSA AMF. Guias Práticos de Enfermagem.
Psiquiatria. São Paulo: McGraw-Hill; 2002. p. 05-18.
 Artigonal – Diretório de Artigos Gratuitos. O que é uma
Doença Mental? [internet]. São Paulo: Artigonal [2009].
[citado 20 janeiro 2009]. Disponível em:
http://www.artigonal.com/saude-e-beleza-artigos/o-que-
e-uma-doenca-mental-730354.html
 CAVALCANTE, M. B. G.; HUMEREZ, D. C. A
Contenção na assistência de Enfermagem como ação
mediadora na relação enfermeiro-paciente. Acta Paul.
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 SANTIEIRO, K. Proteção No Controle De Crises
Comportamentais Em Pessoas Com Autismo. Psychiatry
On-line Brazil. Dezembro de 2004 - Vol.9 - Nº 12
 FORTES, H.; PACHECO, G. dicionário médico, Rio de
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 FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua
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 MOFFATT, A. Terapia da Crise: teoria temporal do
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 MATSUMOTO, I. O Olhar Da Enfermagem Frente As
Emergências Psiquiátricas. CENTRO
UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS -
UNIFESO, 2009;
 JARDIM, K. , DIMENSTEIN, M. Risco e crise:
pensando os pilares da urgência psiquiátrica. Psicologia
em Revista, Belo Horizonte, v. 13, n. 1, p. 169-190, jun.
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 MANUAL DO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
– SIATE /CBPR. Emergências Psiquiátricos. Cap. 24,
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 WEDDELL, J. A., SANDERS, B. J., JONES, J. E.
Problemas dentários da criança deficiente. In: McDonald
RE, Avery DR. Odontopediatria. 5. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan; 2001. p.413-35.
 OLIVEIRA, A. C. B. Aceitação dos pais/responsáveis
em relação aos métodos de contenção utilizados em
crianças e adolescentes, portadores de deficiência
mental, durante o atendimento odontológico. Belo
Horizonte; 2002. [Dissertação de Mestrado – Faculdade
de Odontologia – Universidade Federal de Minas
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 ASSUMPÇÃO JR. F. B, Sprovieri MH, Assumpção TM.
Deficiência mental em São Paulo: perfil de uma
população atendida institucionalmente. Pediatr Mod
1999 nov.; 35 (11): 883-892.
 Marco Antônio Pacheco, M.A.; Neto, A. C.; Menezes,
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Funcionamento De Uma Unidade De Internação
Psiquiátrica De Um Hospital Geral. R. Psiquiátrica. RS,
25'(suplemento 1): 106-114, abril 2003;
 KERNBERG, OF. Diagnóstico e Manejo Clínico de
pacientes com potencial Suicida. In: Kernberg, OF.
Transtornos Graves de Personalidade. Estratégias
Psicoterapêuticas. Porto Alegre, Artes Médicas, 1995:
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PROTOCOLOS DA UNIDADE DE EMERGÊNCIA. Hospital São
Rafael – Monte Tabor. 10. Ed. Brasília. Ministério da Saúde, 2002;
CORDIOLI, A. V. Avaliação do Paciente em Psiquiatria: a Entrevista
Psiquiátrica. Psicoterapias: abordagens atuais. Artmed: Porto Alegre,
2002.
CERVO, A.L.; BERVIAN, P.A.; SILVA, R, Metodologia científica. 6
ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007;
SEVERINO, A.J. Metodologia do trabalho científico. 23.ed. Rev. e
atualizada. São Paulo: Cortez, 2007;
MARCONI, M.A.; LAKATOS, E.M. Técnicas de pesquisa.
Planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de
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Atlas, 2008.

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A percepção do enfermeiro sobre contenção mecânica em pacientes psiquiátricos

  • 1. A PERCEPÇÃO DO ENFERMEIRO DA UNIDADE DE EMERGÊNCIA MEDIANTE A CONTENÇÃO MECÂNICA AO PACIENTE PSIQUIÁTRICO AMANDA BARBOSA MONTEIRO VASQUES PEREIRA Orientadora Maria José Leonardo UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO
  • 2.  RESUMO O estudo ressalta a contenção mecânica e a sua necessidade em pacientes agressivos e que dificultam o atendimento da equipe de enfermagem. A contenção mecânica tem sido muito utilizada na unidade de emergência como meio facilitador do atendimento de enfermagem e médica. E tem acometido principalmente pacientes psiquiátricos que estão mais susceptíveis a alteração de comportamento
  • 3.  INTRODUÇÃO De acordo com as pesquisas realizadas e as citações referenciadas neste trabalho, esta pesquisa apresenta aos enfermeiros, os conhecimentos científicos necessários para atuarem na contenção mecânica em um paciente psiquiátrico no atendimento de urgência e emergência. Nas unidades de emergência aparecem muitos pacientes psiquiátricos que apresentam períodos de agitação e agressividade, o enfermeiro mediante a essa situação reconhece a necessidade de uma intervenção para minimizar os efeitos adversos. A contenção mecânica é utilizada para conter esses pacientes, e promover melhora no atendimento prestado.
  • 4.  NEUROSES E SUAS CLASSIFICAÇÕES “A Neurose é chamada neurose por toda a psicopatologia leve, onde a pessoa tem a noção (mesmo que vaga) de seu problema. Ele tem contato com a realidade, porém há manifestações psicossomáticas, que são notadas por este, e que servem de aviso para a pessoa procurar um tratamento psicológico, ou psiquiátrico. É um fator comum a ansiedade exacerbada. Existe inúmeras classificações menores, para citar algumas temos:  Transtorno Obsessivo Compulsivo / TOC;  SÍNDROME DO PÂNICO;  FOBIAS;  TRANSTORNOS DE ANSIEDADE;  DEPRESSÃO;  SÍNDROME DE BURNOUT;  DISTÚRBIO BIPOLAR DE ÂNIMO; FREUD citou, em uma de suas obras, que todas as pessoas têm um pouco de neurose em si. É normal no ser humano ser um pouco neurótico, sendo apenas o excesso chamado de patológico.
  • 5.  PSICOSE E SUAS CLASSIFICAÇÕES A PSICOSE se caracteriza por uma intensa fuga de realidade. É, como a filosofia e as artes chamam, a loucura, propriamente dita. Pode ser classificada de três formas: 1) pela manifestação, 2) pelo aspecto neurofisiológico, 3) pela intensidade.
  • 6.  MANIFESTAÇÃO: a) ESQUIZOFRENIA: Paranoide / Desordenada / Simples / Indiferenciada b) TRASTORNO DE AFETO BIPOLAR. Ambas as psicoses listadas precisam de auxílio medicamentoso, adjunto de auxílio psicoterápico, para diminuir os sintomas e ajustar o comportamento.  ASPECTO NEUROFISIOLÓGICO: a) Funcional; b) Orgânica.  INTENSIDADE: Como intensidade entendemos a agressividade e impulsividade do doente em: a) Aguda: fase de surto; b) Crônica: é a fase de relaxamento do doente “Segundo Espinosa, o aparecimento das doenças mentais está ligado, dependendo do modelo teórico que o analise, a diferentes fatores, seguindo diferentes hipóteses. A prevalência dos transtornos mentais é variável quando considerado o sexo das pessoas por ele afetadas”
  • 7.  TIPOS DE CONTENÇÃO Em um estudo os enfermeiros foram observados e constataram- se seis modalidades de Contenção:  Contenção Química  Contenção Verbal  Contenção Não-Verbal  Contenção Afetiva  Contenção Mecânica  Contenção Biológica A contenção era presente e mediava a relação nas situações em que o enfermeiro parecia considerar necessário estabelecer
  • 8.  CONTENÇÃO MECÂNICA  Contenção mecânica é uma ação terapêutica, na medida em que o profissional com competência, critério e responsabilidade limita as manifestações de comportamento de outra pessoa, com o objetivo de desenvolver padrões de comportamento socialmente mais aceitos, mesmo quando essas são manifestações em unidades que não sejam psiquiátricas. Uso de um dispositivo físico (equipamento) para restringir o movimento de uma pessoa ou um movimento ou função normal de seu corpo.  A contenção mecânica deve ser prescrita pelo médico ou pelo Enfermeiro e deve se considerar que, do ponto de vista ético e legal, aumenta a responsabilidade da equipe sobre o contido, visto que perde a autonomia e a equipe assume a tutela do paciente, agora considerado indefeso de outrem.  A contenção mecânica foi baseada nessa lógica que surgiram os serviços de urgência psiquiátrica, com a finalidade de adaptar o indivíduo desajustado, promovendo o atendimento no momento crítico, objetivando controlá-lo, para devolver ao sujeito o seu estado normalizado, prevenindo, assim, o agravo da “doença mental”, as “internações desnecessárias” e todos os seus gastos financeiros.
  • 9. A NECESSIDADE DA CONTENÇÃO MECÂNICA Quando não obtiver o controle da situação pela intervenção verbal, pode ser necessária a contenção física. Para isso, temos que solicitar o apoio de outras pessoas da equipe ou espectadores que demonstrem preparo para colaborar. Se possível, promova a contenção conhecida por “grupo de oito”, isto é, oito pessoas imobilizam suavemente o paciente, contendo-o dois a dois em nível de cabeça, ombro, quadril e pernas. Lembrando de manter contato verbal contínuo com a vítima durante a contenção, tentando acalmá-la, informando que a medida tomada se destina a protegê-la.
  • 10.  CONTENÇÃO MECÂNICA EM PACIENTES PSIQUIÁTRICOS Os pacientes psiquiátricos destacam-se pela alteração na saúde mental e por isso ficam mais suscetíveis ao comportamento inadequado como a agressividade e agitação. Segundo alguns autores, nos portadores de deficiência mental mais, freqüentemente se fazem uso de técnicas de contenção, inclusive para proteger o profissional e a equipe de qualquer trauma ou injúria. E ainda, quando o paciente necessita ser contido para receber algum medicamento e não tem auto-controle para isso e quando o paciente estava em auto-agressão ou agredindo alguém, como medida rotineira mesmo sem a necessidade desta.
  • 11.  A AÇÃO DA ENFERMAGEM NA CONTENÇÃO MECÂNICA  A equipe de Enfermagem para atender de forma apropriada à emergência psiquiátrica e obter sucesso deve atuar de forma integrada e planejada. Todos os pacientes devem ser acolhidos; no entanto é preciso reforçar a necessidade das pessoas portadoras de transtorno mental, visto que, neste momento, apresentam-se desestruturados e sem vínculos.  Devemos verificar nos pacientes agressivos e psiquiátricos: - Patologia; - Ferimentos; - Hematomas; - Manchas na pele; - Edemas; - Queixas de dor;
  • 12.  Avaliar a causa aparente para as alterações apresentadas (uso de álcool, drogas, transtorno mental psiquiátrico) e iniciar a intervenção; e Manejar verbalmente.  Contenção mecânica. Necessária se, mesmo com as medidas acima, a violência for iminente.  Obrigatoriamente exige um número suficiente de técnicos.  Ao iniciar o procedimento de contenção mecânica: pedir para o paciente deitar e explicar o propósito da contenção, não atendendo, não barganhar; utilizar cincos pessoas uma para cada membro e uma para a cabeça; Após contenção, supervisão a cada 15 minutos e tentativa de falar com o paciente a cada 2 horas; (15) Ele não poderá permanecer sozinho, as contenções devem ser averiguadas com freqüência para verificar se o paciente está bem, e ele deve ser amparado nas necessidades fisiológicas. (14) Nova entrevista médica após contenção; Decidir pelo uso ou não de medicamentos (a contenção pode resultar em melhora da agitação sem uso do medicamento). (16) Se o paciente necessitar ficar contido mais do que 12 horas, a comissão de ética do hospital deve ser comunicada. (14)  Quando o paciente está sob contenção mecânica, procurar primeiramente fazer contato com ele, avaliando as possibilidades de removê-la.  Caso perceba que isto ainda não é seguro, avisá-lo de que a contenção será mantida, pois há o risco de novamente agitar-se. Nestas circunstancias fazer a entrevista mesmo com o paciente contido. (17)  Atenção especial deve ser reservada a pacientes dependentes de opióides, pois esses pacientes podem apresentar um discurso persuadível que negue sua condição e que, não raro, mobiliza e aciona familiares, amigos e autoridades para manter-se longe do tratamento.  Exigem do médico um ânimo e uma postura inabalável para mantê-los em tratamento. (14)
  • 13. CONSIDERAÇÕES FINAIS:  O estudo teve motivação pela necessidade de mostrar a percepção do Enfermeiro da unidade de emergência mediante a contenção mecânica ao paciente psiquiátrico. A pesquisa apresentou vários tipos de contenção e especificou a contenção mecânica, como sendo a que envolve o paciente pelo corpo. Daí a necessidade de atenção do Enfermeiro mediante a este paciente, além de constringido um paciente psiquiátrico.  A contenção mecânica tem sido conseqüência da mudança de comportamento do paciente mediante ao atendimento da assistência de enfermagem quanto da médica. Por isso, a contenção só pode ser prescrita pela Enfermeira ou pelo médico que tem capacitação científica e prática.  O Enfermeiro, como o líder da equipe, está preparado e capacitado para educar sua equipe multidisciplinar sobre as medidas de contenção mecânica. Deve estar bem atento quando um paciente com características psiquiátricas surgir na unidade de emergência prevê prováveis alterações de comportamento.  A equipe de enfermagem sempre está atenta a possíveis alterações de comportamento do paciente, tanto para se precaver de acidentes quanto para evitar auto-agressão do paciente.  O paciente com necessidade de contenção mecânica após o acontecimento, se não entendimento antes da contenção, fica informado da sua importância como auxiliador para melhoria da qualidade do atendimento da assistência ao mesmo.
  • 14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS  ESPINOSA AMF. Guias Práticos de Enfermagem. Psiquiatria. São Paulo: McGraw-Hill; 2002. p. 05-18.  Artigonal – Diretório de Artigos Gratuitos. O que é uma Doença Mental? [internet]. São Paulo: Artigonal [2009]. [citado 20 janeiro 2009]. Disponível em: http://www.artigonal.com/saude-e-beleza-artigos/o-que- e-uma-doenca-mental-730354.html  CAVALCANTE, M. B. G.; HUMEREZ, D. C. A Contenção na assistência de Enfermagem como ação mediadora na relação enfermeiro-paciente. Acta Paul. Enf., São Paulo, v. 10, n.2, p. 69-73, 1997;  SANTIEIRO, K. Proteção No Controle De Crises Comportamentais Em Pessoas Com Autismo. Psychiatry On-line Brazil. Dezembro de 2004 - Vol.9 - Nº 12  FORTES, H.; PACHECO, G. dicionário médico, Rio de Janeiro, Ed. F. M. de Mello, 2005;  FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua Portuguesa. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2006;  MOFFATT, A. Terapia da Crise: teoria temporal do psiquismo. 2. ed. São Paulo, Cortez, 1983;  MATSUMOTO, I. O Olhar Da Enfermagem Frente As Emergências Psiquiátricas. CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS - UNIFESO, 2009;  JARDIM, K. , DIMENSTEIN, M. Risco e crise: pensando os pilares da urgência psiquiátrica. Psicologia em Revista, Belo Horizonte, v. 13, n. 1, p. 169-190, jun. 2007;  MANUAL DO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR – SIATE /CBPR. Emergências Psiquiátricos. Cap. 24, 2008;  WEDDELL, J. A., SANDERS, B. J., JONES, J. E. Problemas dentários da criança deficiente. In: McDonald RE, Avery DR. Odontopediatria. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2001. p.413-35.  OLIVEIRA, A. C. B. Aceitação dos pais/responsáveis em relação aos métodos de contenção utilizados em crianças e adolescentes, portadores de deficiência mental, durante o atendimento odontológico. Belo Horizonte; 2002. [Dissertação de Mestrado – Faculdade de Odontologia – Universidade Federal de Minas Gerais].  ASSUMPÇÃO JR. F. B, Sprovieri MH, Assumpção TM. Deficiência mental em São Paulo: perfil de uma população atendida institucionalmente. Pediatr Mod 1999 nov.; 35 (11): 883-892.  Marco Antônio Pacheco, M.A.; Neto, A. C.; Menezes, F.; Krieger, C. A.; Bersano, L.; Gil, A. Aspectos Do Funcionamento De Uma Unidade De Internação Psiquiátrica De Um Hospital Geral. R. Psiquiátrica. RS, 25'(suplemento 1): 106-114, abril 2003;  KERNBERG, OF. Diagnóstico e Manejo Clínico de pacientes com potencial Suicida. In: Kernberg, OF. Transtornos Graves de Personalidade. Estratégias Psicoterapêuticas. Porto Alegre, Artes Médicas, 1995: 216-224.
  • 15. PROTOCOLOS DA UNIDADE DE EMERGÊNCIA. Hospital São Rafael – Monte Tabor. 10. Ed. Brasília. Ministério da Saúde, 2002; CORDIOLI, A. V. Avaliação do Paciente em Psiquiatria: a Entrevista Psiquiátrica. Psicoterapias: abordagens atuais. Artmed: Porto Alegre, 2002. CERVO, A.L.; BERVIAN, P.A.; SILVA, R, Metodologia científica. 6 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007; SEVERINO, A.J. Metodologia do trabalho científico. 23.ed. Rev. e atualizada. São Paulo: Cortez, 2007; MARCONI, M.A.; LAKATOS, E.M. Técnicas de pesquisa. Planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 7.ed. São Paulo: Atlas, 2008.