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EMERGENCIAS PSIQUIÁTRICAS
1. O QUE SÃO EMERGENCIAS PSIQUIÁTRICAS
• As urgências e emergências psiquiátricas podem ser definidas como: “qualquer alteração de
natureza psiquiátrica em que ocorram alterações do estado mental, as quais resultam em risco atual
e significativo de morte ou injúria grave, para o paciente ou para terceiros, necessitando de
intervenção terapêutica imediata. As definições de emergências psiquiátricas sugerem ainda a
presença de perturbação urgente e grave de conduta, afeto ou do pensamento, bem como
enfrentamento mal adaptativo.
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EMERGENCIAS PSIQUIÁTRICAS
2. PRINCIPAIS CAUSAS DE EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS
Muitas são as causas que podem levar a pessoa a apresentar um dos quadros de emergências
psiquiátricas, entre elas:
• Abuso de álcool e/ou drogas;
• Abstinência de álcool e/ou drogas;
• Doenças psiquiátricas como mania e esquizofrenia;
• Transtornos neurológicos (problemas em certas áreas do cérebro);
• Efeitos colaterais de alguma medicação;
• Problemas clínicos - infecções, falta de oxigenação do sangue, tumores, derrame, problemas nos rins
e no fígado, deficiência de vitaminas, traumatismos (lesões decorrentes de acidentes em geral),
convulsões ou efeitos cerebrais pós-cirurgias
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3. FORMAS DE ABORAGEM:
Abordagem atitudinal
No manejo atitudinal das pessoas em risco de manifestar comportamento agressivo ou violento, é
preciso
• Manter-se em postura vigilante e em prontidão para a ação
• Evitar movimentos bruscos
• Respeitar o espaço físico do paciente (evitar toque)
• Evitar confronto direto
• Estar atento à linguagem não verbal (ex.: evitar olhar desafiador ou submisso)
• Reduzir os estímulos
• Afastar fatores avaliados como estressores ou desestabilizadores
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3. FORMAS DE ABORAGEM:
Abordagem verbal
O manejo verbal complementa o manejo atitudinal e pode ser realizado para reduzir a agressividade e
agitação do cliente. Ao dialogar com o cliente deve-se:
• Utilizar linguagem simples, clara e concreta
• Evitar elevar o tom de voz
• Evitar confronto direto
• Estimular expressão verbal de sentimentos
• Assegurar ao paciente que você pretende ajuda-lo a controlar os próprios impulsos
• Evitar promessas, ameaças, opiniões pessoais, manipulação ou faltar com a verdade
• Explicar as condutas terapêuticas
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4. A CONTENÇÃO
É importante, antes de tudo, realizar a diferenciação de contenção e agressão, uma vez que as atitudes
tomadas pelo profissional podem ser semelhantes entre os dois atos.
Contenção
• A contenção consiste na utilização de meios físicos ou farmacológicos para impedir comportamentos
destrutivos. Tem como objetivo controlar o comportamento do indivíduo para preservar sua própria
segurança e integridade ou de terceiros, portanto, caracteriza-se como intervenção de segurança e
não como recurso terapêutico.
Agressão
• A agressão pode ser definida basicamente como um ato intencional que causa dano físico ou mental
em alguém. Sendo um ato de cunho criminoso, não deve ser utilizado de forma alguma no ambiente
pré ou intra hospitalar.
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4. CONTENÇÃO FÍSICA
A contenção física envolve técnicas desenvolvidas para restringir movimentos corporais e evitar
comportamentos destrutivos. Pode ser dividida ainda em físicas e fisico-mecânicas.
Contenção física
Utiliza-se do próprio corpo para restringir os movimentos do paciente.
Contenção mecânica
Utiliza-se de meios externos para a contenção, como por exemplo, cordas, algemas, ataduras e etc.
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5. CONTENÇÃO FARMACOLÓGICA
A contenção química consiste na utilização de fármacos para impedir comportamentos destrutivos. A via
oral é preferível para a aplicação da contenção química, sempre que possível e que o paciente esteja
colaborativo. Em caso de paciente não cooperativo, o medicamento pode ser administrado por via
intramuscular.
1. FÁRMACOS MAIS UTILIZADOS:
Para a contenção química comumente são empregados benzodiazepínicos, antipsicóticos típicos e
atípicos ou combinações desses fármacos.
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6. CONCLUSÃO
O cuidado em emergências psiquiátricas é complexo e desafiador. As emergências psiquiátricas
podem ocorrer em todos os contextos de assistência e possuem diversidade nas apresentações
clínicas, complexidade e evolução. Além disso, requerem atuação imediata e a formação adequada
reflete diretamente na forma como os profissionais da saúde tratarão desses casos específicos.
A capacitação é a forma mais eficaz de se preparar para lidar com as emergências psiquiátricas e
cabe a cada um buscar a melhor forma de atuar para a melhor assistência prestada a suas vítimas.