2. A catatonia é
O
que
é?
Critérios
diagnósticos
Tratamento
Prognóstico
A incidência estimada principalmente em pacientes psiquiátricos internados com
doenças agudas
Aproximadamente 10 %, mas as estimativas variam de 5 a 20 %, com base em
alguns estudos prospectivos (1,2)
Conceito
Definição
Mecanismo
fisiopatológico
Epidemiologia
Os mecanismos subjacentes não são totalmente claros
Teoria: perturbação das ligações neuronais entre os gânglios
basais, o córtex e o tálamo
Pensa-se que a dopamina, o GABA e o glutamato são os
principais intervenientes
Emergência psiquiátrica
Uma síndrome neuropsiquiátrica marcada
pela incapacidade de se mover
normalmente, apesar da plena
capacidade física para fazê-lo
Origina-se de kata-, do grego -
“abaixo, para baixo, de volta,
contra” -, e de tonus, do latim -
“tensão muscular, tônus”
1- Taylor MA, Fink M. Catatonia in psychiatric classification: a home of its own. Am J Psychiatry 2003; 160:1233.
2- Seethalakshmi R, Dhavale S, Suggu K, Dewan M. Catatonic syndrome: importance of detection and treatment with lorazepam. Ann Clin Psychiatry 2008; 20:5.
Doenças
associadas
3. A catatonia é.
Aspectos
Histórico
1916
Catatonia como
subtipo da
Esquizofrenia
Blueler
Catatonia maligna
Jovens: mutismo,
rigidez, stupor ou
excitação, febre e
disfunção
autonômica
1934
Staduder
1874
Considerava a catatonia uma
entidade nosológica distinta
Karl Kahlbaum
Síndrome caracterizada por
alterações motoras + fase de
doença progressiva que incluiria
ainda estágios de mania,
depressão e psicose, com típico
desfecho demencial
Loucura/ insanidade de tensão
1899
Emil Kraepelin
Catatonia não era uma
entidade diagnóstica
independente, mas
subtipo de uma demência
precoce
Critérios
diagnósticos
Doenças
associadas
Tratamento
Prognóstico
4. A catatonia é.
Aspectos
Histórico
Século XX
CID-9 e o DSM-III: catatonia um subtipo da
esquizofrenia
CID 10 e DSM IV
Catatonia continua a ser incluída como uma
forma de esquizofrenia
2013
DSM V
Condição não independente, mas associada a outro
transtorno mental, a outra condição médica e/ ou não
especificada
Título separado no capítulo sobre Espectro da
Esquizofrenia e Outros Transtornos Psicóticos
aparece em três formas no DSM-5: “catatonia associada a
outro transtorno mental”, “transtorno catatônico devido a
outra condição médica” e “catatonia não especificada”
Critérios
diagnósticos
Doenças
associadas
Tratamento
Prognóstico
5. A catatonia é.
Aspectos
Histórico
2022
CID 11
Classificou a catatonia na mesma hierarquia que transtornos
de reconhecida importância na psiquiatria, como os de
humor e os de ansiedade. Definiu catatonia como “uma
síndrome primariamente de distúrbios psicomotores” e a
subdividiu em três clusters sintomáticos de atividade
psicomotora reduzida, aumentada ou anormal, exigindo pelo
menos três sintomas para seu diagnóstico
Critérios
diagnósticos
Doenças
associadas
Tratamento
Prognóstico
6. Aspectos
Históricos
Critérios
diagnósticos/
DSM
V
Movimentos repetitivos, anormalmente
frequentes e não voltados a metas
10
1
Estupor
(i.e., ausência de atividade
psicomotora; não se relaciona
ativamente com o ambiente)
2
Catalepsia
Indução passiva de uma
postura mantida contra a
gravidade
4
Mutismo
Resposta verbal ausente
ou muito pouca
5
Negativismo
Oposição ou ausência de resposta a
instruções ou aos estímulos externos
8 Caretas
6
Postura
Manutenção espontânea e ativa
de uma postura contrária à
gravidade
7
Maneirismo
Caricatura esquisista e
circunstancial de açoes
normais
9
Ecopraxia
Imitação dos movimentos
de outra pessoa
Estereotipias
DSM V
Três ou mais dos seguintes
sintomas
3
Resistência leve ao
posicionamento pelo
examinador
Fexibilidade cérea
Doenças
associadas
Tratamento
Prognóstico
7. Aspectos
Históricos
Imitação da fala de outra pessoa
12
11
Agitação não
influenciada por
estímulos externos
Ecolalia
Doenças
associadas
Tratamento
Prognóstico
Critérios
diagnósticos/
DSM
V
O Manual não trata a catatonia como uma classe independente,
mas reconhece:
a) catatonia associada a outro transtorno mental (i.e., transtorno
do neurodesenvolvimento, transtorno psicótico, transtorno
bipolar, transtorno depressivo e outro transtorno mental),
b) transtorno catatônico devido a outra condição médica e
c) catatonia não especificada.
9. Aspectos
Históricos
Escalas
Doenças
associadas
Tratamento
Prognóstico
BFCRS
BFCRS- Adaptada
Existem escalas que podem auxiliar no diagnóstico e acompanhamento dos pacientes
Modified Rogers Catatonia Scale; Rogers Catatonia Scale; Bush-Francis Catatonia Rating
Scale (BFCRS)
Escalas diagnósticas
Bush-Francis Catatonia Rating Scale (BFCRS) foi desenvolvida em 1996 e engloba 23 itens
A mais encontrada em estudos
Ela possibilita um exame sistemático, definições operacionais e uma escala de gradação quantitativa
dos sinais motores catatônicos
Os primeiros 14 itens de rastreio. O achado de dois sinais determina um caso.
Quando aplicada em pacientes internados, os itens mais comumente encontrados incluíram
mutismo, imobilidade, olhar fixo (do inglês “staring”), retraimento/recusa social (do inglês
“withdrawal”), postura e negativismo
Foi traduzida e validada para uso no Brasil por pesquisadores da UFRJ em 2013
10. Aspectos
Históricos
Escala
BFSCI
Doenças
associadas
Tratamento
Prognóstico
A tool for measuring the presence and severity of catatonic behaviors
Some variation from the DSM-5 criteria
(BFSCI: Catatonia can be diagnosed by the presence of two or more of the first 14 signs listed below)
1. Excitement
Extreme hyperactivity, and constant motor unrest, which is apparently nonpurposeful; not to be
attributed to akathisia or goal-directed agitation
2. Immobility/stupor
Extreme hypoactivity, immobility, and minimal response to external stimuli
3. Mutism
Verbal unresponsiveness or minimal responsiveness
4. Staring
Fixed gaze, little or no visual scanning of environment, and decreased blinking
5. Posturing/catalepsy
Spontaneous maintenance of posture(s), including mundane (e.g., sitting/standing for long
periods without reacting)
6. Grimacing
Maintenance of odd facial expressions
7. Echopraxia/echolalia
Mimicking of an examiner’s movements/speech
Modified from Bush G, Fink M, Petrides G et al: Catatonia—I: rating scale and standardized
examination, Acta Psychiatr Scand 93:129–136, 1996.
11. Aspectos
Históricos
Doenças
associadas
Tratamento
Prognóstico
8. Stereotypy
Repetitive, non–goal-directed motor activity (e.g., finger-play, or repeatedly touching, patting, or
rubbing oneself); the act is not inherently abnormal but is repeated frequently
9. Mannerisms
Odd, purposeful movements (e.g., hopping or walking on tiptoe, saluting those passing by, or
exaggerating caricatures of mundane movements); the act itself is inherently abnormal
10. Verbigeration
Repetition of phrases (like a scratched record)
11. Rigidity
Maintenance of a rigid position despite efforts to be moved; exclude if cogwheeling or tremor
present
12. Negativism
Apparently motiveless resistance to instructions or attempts to move/examine the patient;
contrary behavior; doing the exact opposite of the instruction.
13. Waxy flexibility
During reposturing of the patient, the patient offers initial resistance before allowing
repositioning, similar to that of a bending candle
14. Withdrawal
Refusal to eat, drink, or make eye contact
Modified from Bush G, Fink M, Petrides G et al: Catatonia—I: rating scale and standardized
examination, Acta Psychiatr Scand 93:129–136, 1996.
Escala
BFSCI
12. Aspectos
Históricos
Doenças
associadas
Tratamento
Prognóstico
15. Impulsivity
Sudden inappropriate behaviors (e.g., running down a hallway, screaming, or taking off clothes)
without provocation; afterward, gives no or only facile explanations
16. Automatic obedience
Exaggerated cooperation with the examiner’s request or spontaneous continuation of the
movement requested
17. Mitgehen
“Anglepoise lamp”: arm raising in response to light pressure of finger, despite instructions to the
contrary
18. Gegenhalten
Resistance to passive movement that is proportional to the strength of the stimulus; appears
automatic rather than willful
19. Ambitendency
The appearance of being “stuck” in indecisive, hesitant movement
20. Grasp reflex
Per neurologic examination
21. Perseveration
Repeatedly returns to the same topic, or persistence with movement
22. Combativeness
Usually aggressive in an undirected manner, with no, or only facile, explanation afterward
23. Autonomic abnormality
Abnormal temperature, blood pressure, pulse, or respiratory rate, and diaphoresis
Modified from Bush G, Fink M, Petrides G et al: Catatonia—I: rating scale and standardized
examination, Acta Psychiatr Scand 93:129–136, 1996.
Escala
BFSCI
37. Aspectos
Históricos
Critérios
diagnósticos
Doenças
associadas
Tratamento
Prognóstico
“Em unidades psiquiátricas de internação aguda, a catatonia ocorre com mais
frequência no contexto de transtorno bipolar ou depressão maior unipolar...”
4- Taylor MA, Fink M. Catatonia in psychiatric classification: a home of its own. Am J Psychiatry 2003; 160:1233.
“Um estudo com 148 pacientes com catatonia encontrou as seguintes patologias
subjacentes: transtorno bipolar ou depressão maior unipolar em 46 %, transtorno psicótico
em 26 %, condição médica geral em 20 % e outro transtorno psiquiátrico em 8 % dos
pacientes”
5- Rosebush PI, Mazurek MF. Catatonia and its treatment. Schizophr Bull 2010; 36:239
“Uma revisão de relatos de casos descobriu que a catatonia ocorreu em mais de 100
condições médicas gerais; estes incluíram distúrbios infecciosos, metabólicos,
neurológicos e reumatológicos”
6- Daniels J. Catatonia: clinical aspects and neurobiological correlates. J Neuropsychiatry Clin Neurosci 2009; 21:371
“Um estudo de 136 pacientes tratados em uma unidade de terapia intensiva com
ventilação mecânica e/ou vasopressores descobriu que a catatonia estava presente em
aproximadamente 35 por cento”
7- Wilson JE, Carlson R, Duggan MC, et al. Delirium and Catatonia in Critically Ill Patients: The Delirium and Catatonia Prospective Cohort Investigation. Crit
Care Med 2017; 45:1837.
38. Aspectos
Históricos
Critérios
diagnósticos
Doenças
associadas
Tratamento
Prognóstico
A distinção entre a etiologia subjacente ou associada pode ser útil para orientar o
tratamento
Catatonia primária
- Associada a doenças "psiquiátricas"/neurocomportamentais
Catatonia secundária
- Associada a condições médicas "não psiquiátricas
- Doenças infecciosas, metabólicas, neurológicas e reumatológicas
- Pode ocorrer com ou sem delirium
41. Aspectos
Históricos
Critérios
diagnósticos
Diagnóstico
diferencial
Tratamento
Prognóstico
Ambas apresentam
distúrbios motores e
stupor; instabilidade
autonômica na forma
maligna
Encefalite
Anti-NMDA
01
Ambas apresentam
delirium, instabilidade
autonômica, rigidez,
aumento de CPK, Reduçao
do ferro
Síndrome
neuroléptica
maligna
02
Ambas podem
apresentar delirium,
instabilidade
autonômica, rigidez e
hipertermia
Síndrome
serotoninérgica
03
Ambas podem
apresentar
instabilidade
autonômica, rigidez e
hipertermia
Hipertermia
maligna
04
42. Aspectos
Históricos
Critérios
diagnósticos
Diagnóstico
diferencial
Tratamento
Prognóstico
Pode ter mutismo; mas
sintomas focais e
achados positivos em
neuroimagem
AVE
05
Ausência de fala em
indivíduo vigil; recusa em
falar com algumas pessoas
mas fala com outras
Mutismo
seletivo
06
Ambas podem
apresentar mutismo e
hipocinesia
Demência
avançada
07
Pode apresentar
imobilidade, rigidez,
produção reduzida de
fala. Pode apresentar
resposta a L-Dopa
Doença de
Parkinson avançada
sem tratamento
08
43. Aspectos
Históricos
Critérios
diagnósticos
Exames
complementares
Tratamento
Prognóstico
Painel metabólico completo
Exames toxicológicos
Autoanticorpos
Sorologias infecciosas
CK
RNM
EEG
Cinética do ferro:
• - Estudos tem mostrado que o baixo nível de ferro sérico tem sido associado
a catatonia, particularmente na catatonia maligna
Podem ajudar a identificar a potencial etiologia da
disfunção da rede neuronal que está na origem dos
sintomas catatônicos:
45. Aspectos
Históricos
Critérios
diagnósticos
Doenças
associadas
Tratamento/
Suporte
Prognóstico
Suporte familiar e orientações sobre a síndrome
Suporte nutricional
Anticoagulação
Medidas de precaução contra broncoaspiração
Controle de sinais vitais
Hidratação
Mobilização precoce
Tratamento da doença de base
Remoção de quaisquer agentes suspeitos de causar catatonia
- Antipsicóticos, metoclopramida
Reiniciar os agonistas da dopamina interrompidos abruptamente
46. Aspectos
Históricos
Critérios
diagnósticos
Doenças
associadas
Terapia
farmacológica/EC
T
Prognóstico
“Em uma revisão de relatos de casos de 104 episódios catatônicos tratados
com monoterapia com benzodiazepínicos, 70% regrediram”
9- Hawkins JM, Archer KJ, Strakowski SM, Keck PE. Somatic treatment of catatonia. Int J Psychiatry Med 1995; 25:345.
Na catatonia não maligna — Com base em estudos prospectivos abertos e séries
de casos, recomenda-se o tratamento inicial com um benzodiazepínico
Existem poucos estudos randomizados avaliando os benzodiazepínicos ou ECT
para catatonia aguda
O tratamento de primeira linha é baseado no uso de benzodiazepínicos ou terapia
eletroconvulsiva (ECT), dependendo do subtipo de catatonia, urgência clínica e
disponibilidade de tratamentos
47. Aspectos
Históricos
Critérios
diagnósticos
Doenças
associadas
Terapia
farmacológica/EC
T
Prognóstico
“Embora alguns estudos relatem altas taxas de resposta de resposta ao ECT, as
respostas parciais à terapia com benzodiazepínicos são comuns, especialmente na
esquizofrenia catatônica”
11- Penland HR, Weder N, Tampi RR. The catatonic dilemma expanded. Ann Gen Psychiatry. 2006 Sep 7;5:14. doi: 10.1186/1744-859X-5-14. PMID:
16959040; PMCID: PMC1578553.
“Para pacientes que não respondem a um benzodiazepínico dentro de uma
semana, a ECT é o tratamento de escolha”
10- Fink M, Taylor MA. The catatonia syndrome: forgotten but not gone. Arch Gen Psychiatry 2009; 66:1173
50. Aspectos
Históricos
Critérios
diagnósticos
Doenças
associadas
Tratamento
Prognóstico
A catatonia retardada ou excitada em pacientes com
transtorno bipolar ou depressivo subjacente ou transtorno
tóxico-metabólico geralmente se resolve com o tratamento da
síndrome catatônica mais a condição subjacente
Pode persistir por anos, principalmente em pacientes com
esquizofrenia. Além disso, pacientes com catatonia maligna
podem ficar com morbidade permanente (por exemplo, déficits
cognitivos, síndromes de apatia e estenoses de membros).
A catatonia parece ter um prognóstico geralmente
favorável, especialmente os subtipos retardado e
excitado. O prognóstico a longo prazo parece estar ligado
à natureza e gravidade do distúrbio psiquiátrico ou médico
geral subjacente
51. Aspectos
Históricos
Critérios
diagnósticos
Doenças
associadas
Tratamento
Prognóstico
A catatonia retardada ou excitada em pacientes com
transtorno bipolar ou depressivo subjacente ou transtorno
tóxico-metabólico geralmente se resolve com o tratamento da
síndrome catatônica mais a condição subjacente
Pode persistir por anos, principalmente em pacientes com
esquizofrenia. Além disso, pacientes com catatonia maligna
podem ficar com morbidade permanente (por exemplo, déficits
cognitivos, síndromes de apatia e estenoses de membros).
A catatonia parece ter um prognóstico geralmente
favorável, especialmente os subtipos retardado e
excitado. O prognóstico a longo prazo parece estar ligado
à natureza e gravidade do distúrbio psiquiátrico ou médico
geral subjacente
52. Aspectos
Históricos
Critérios
diagnósticos
Doenças
associadas
Tratamento
Resumo
A catatonia é uma síndrome comportamental marcada pela incapacidade de se
mover normalmente, apesar da plena capacidade física para fazê-lo. A síndrome
está associada a muitos distúrbios psiquiátricos, neurológicos e médicos gerais
Definição
1
A incidência estimada em pacientes psiquiátricos
internados com doenças agudas é de aproximadamente
10%.
Epidemiologia
2
A avaliação clínica inicial para determinar o distúrbio
subjacente deve incluir história, estado mental e exame físico,
além de exames laboratoriais guiados pelos sintomas e
achados do exame
Avaliação
3
Buscar tratar a doença de base, benzodiazepínico/ECT,
cautela com uso de antipsicóticos
Tratamento
4
53. Aspectos
Históricos
Critérios
diagnósticos
Doenças
associadas
Tratamento
Resumo
Referências
1- Taylor MA, Fink M. Catatonia in psychiatric classification: a home of its own. Am
J Psychiatry 2003; 160:1233.
2- Seethalakshmi R, Dhavale S, Suggu K, Dewan M. Catatonic syndrome:
importance of detection and treatment with lorazepam. Ann Clin Psychiatry 2008;
20:5.
3- Bush G, Fink M, Petrides G et al: Catatonia—I: rating scale and standardized
examination, Acta Psychiatr Scand 93:129–136, 1996.
4- Taylor MA, Fink M. Catatonia in psychiatric classification: a home of its own. Am
J Psychiatry 2003; 160:1233.
5- Rosebush PI, Mazurek MF. Catatonia and its treatment. Schizophr Bull 2010;
36:239
6- Daniels J. Catatonia: clinical aspects and neurobiological correlates. J
Neuropsychiatry Clin Neurosci 2009; 21:371
7- Wilson JE, Carlson R, Duggan MC, et al. Delirium and Catatonia in Critically Ill
Patients: The Delirium and Catatonia Prospective Cohort Investigation. Crit Care
Med 2017; 45:1837.
8- from Philbrick KL, Rummans TA: Malignant catatonia, J Neuropsychiatry Clin
Neurosci 6:1–13, 1994.
9- 12- Hawkins JM, Archer KJ, Strakowski SM, Keck PE. Somatic treatment of
catatonia. Int J Psychiatry Med 1995; 25:345.
10- Fink M, Taylor MA. The catatonia syndrome: forgotten but not gone. Arch Gen
Psychiatry 2009; 66:1173
11- Penland HR, Weder N, Tampi RR. The catatonic dilemma expanded. Ann Gen
Psychiatry. 2006 Sep 7;5:14. doi: 10.1186/1744-859X-5-14. PMID: 16959040;
PMCID: PMC1578553.