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“Normalidade” e diagnóstico em
psicopatologia
Júlio César Hoenisch
Source: Literature reference OR My own text
O conceito de saúde e de
normalidade em psicopatologia é
questão de grande controvérsia
(Almeida Filho, 2000).
Sobre a “normalidade” em
saúde mental
 Problema exclusivo da psicopatologia,
mas de toda a medicina (Almeida Filho,
2001);
 tome-se como exemplo a questão da
delimitação dos níveis de tensão arterial
para a determinação de hipertensão ou de
glicemia, na definição do diabete.
Source: Literature reference OR My own text
O conceito de normalidade em
psicopatologia também implica a
própria definição do que é saúde e
doença mental.
Source: Literature reference OR My own text
Desdobramentos do conceito de
“normalidade” em diferentes instancias
 1. Psiquiatria legal ou forense.
 2. Epidemiologia psiquiátrica
 3. Psiquiatria cultural e etnopsiquiatria
 4. Planejamento em saúde mental e políticas de
saúde
 5. Orientação e capacitação profissional
 6. Prática clínica
Source: Literature reference OR My own text
Normalidade funcional

Tal conceito baseia-se em aspectos
funcionais e não necessariamente
quantitativos. O fenômeno é considerado
patológico a partir do momento em que é
disfuncional, produz sofrimento para o
próprio indivíduo ou para o seu grupo
social.
Source: Literature reference OR My own text
 Anormalidade positiva e negativa: ex
 Inteligência
 Toda patologia é “anormalidade”, mas
nem toda anormalidade é patologia.
Source: Literature reference OR My own text
Normal e Patológico
Princípios gerais do diagnóstico
psicopatológico
 Diagnostico vem do grego, que significa
“via de conhecimento”.
 Em saúde mental, muitos abusos ocorrem
com esse instrumento, sobretudo seu uso
par fins de rótulo estigma e segregação.
Source: Literature reference OR My own text
Veneno ou antídoto?
 Entretanto, a diferença entre o veneno e o
antídoto reside na dose.
 O diagnóstico pode ser e é um
instrumento que articula o universal e o
particular, na busca de uma compreensão
do sujeito em sua singularidade.
Source: Literature reference OR My own text
Lembrar que:
 Nenhum critério é por si só indicador de
conduta anormal.
 Nenhum critério é por si só suficiente para
definir uma conduta como anormal.
 A anormalidade deve ser definida por
vários critérios.
 Um sintoma isolado não é patológico, pois
pode ser encontrado em determinadas
circunstâncias em pessoas normais (Por
exemplo: Alucinações).
Source: Literature reference OR My own text
Quando um sintoma é
patológico?
 Qualquer modificação indesejável de uma
função, ou mudança negativa na estrutura de
um órgão ou sistema do corpo (prejuízo);
 Tem qualidade diferente.
 Não é encontrado nas pessoas saudáveis
Source: Literature reference OR My own text
Source: Literature reference OR My own text
Portanto, no diagnóstico em
psicopatologia…
Os dados advém da história clínica, ou seja,
da entrevista;
Recursos tais comoneuroimagem e
afins são úteis,sobretudo para fins de
diagnóstico diferencial;
Os diagnósticos devem ser
construídos SEM ARTICULAÇÃO
REDUCIONISTA entre eventos prévios.
Princípios importantes
 Manter, portanto, duas linhas de análise:
descritiva e etiológica;
 Não encontramos sintoma patognômicos de
transtornos, por exemplo, UM sintoma
determina a entidade nosográfica.
 Sempre trata-se do conjunto dos sintomas e do
CURSO do transtorno. Logo é, na maioria das
vezes SÓ DEPOIS que pode-se estar mais seguro
de um diagnóstico psicopatológico;
Source: Literature reference OR My own text
 O diagnóstico pode ser modificado com o curso
da patologia;
 O diagnóstico deve ser sempre
PLURIDIMENSINAL: variáveis clinicas, de
saúde, vulnerabilidade social e afins,
constituindo EIXOS;
 Sobreposição de eventos e dados, formando um
quadro complexo;
 Produzir uma hipótese psicodinâmica do caso:
conflitos presentes, ganho secundário, eventos
de vida associado, efeitos dos eventos no curso
do transtorno.
Source: Literature reference OR My own text
Evitemos um Frankenstein
Source: Literature reference OR My own text
A entrevista diagnóstica
em psicopatologia
Source: Literature reference OR My own text
A entrevista
 A entrevista é um recurso
importante,
 uma técnica cientificamente validada;
 Pode ser aberta ou fechada;
 Depende da habilidade do entrevistador;
Source: Literature reference OR My own text
É uma interação complexa
Não pode restringir-se a uma tomada
de dados
Source: Literature reference OR My own text
Enquadre da entrevista
 A entrevista requer ajustes em relação a:
• Estado geral do paciente (agitado? Mudo?
Em choque?);
• Contexto geral da entrevista (na rua, no
CAPs, onde seja);
• Finalidade (diagnóstico? Estabelecimento
de vínculo? Inicio de psicoterapia?)
• Personalidade do entrevistador (conheça
 bem a sua)
Source: Literature reference OR My own text
Source: Literature reference OR My own text
O que NÃO devemos fazer!
• Condutas estereotipadas
• Ser inflexível ou frio;
• Atitudes excessivamente emocionais;
• Atitudes calorosas inautênticas;
• Emitir juízos de valor (ninguém está
interessado em sua opinião pessoal);
• Reações excessivas de pena e compaixão;
Source: Literature reference OR My own text
Responder a agressão com respostas hostis
(o paciente não conhece você, logo, não
o está atacando);
Entrevistas muito longas onde o
entrevistado “fala
para não falar”;
Fazer anotações em frente ao entrevistado
Deixar passar generalizações por parte do
entrevistado,
Source: Literature reference OR My own text
Dicas para entrevista
• As entrevistas são sempre importantes, portanto
devem ser acolhedoras;
• Olhe nos olhos do entrevistado, faça contato com
ele, mesmo não verbal;
• Apresente-se (dependendo do estado mental do
entrevistado);
• A entrevista é SIGILOSA (mesmo em estágio);
Source: Literature reference OR My own text
Três regras “de ouro” da
entrevista em saúde mental
Source: Literature reference OR My own text
Regra 1
Pacientes bem “organizados”, com bons
recursos linguísticos e fora de estados psicóticos
devem ser entrevistados de forma aberta,
permitindo que estes se expressem.
O entrevistador fala pouco, ouvindo a história
do paciente.
Regra 2
 Pacientes desorganizados, com poucas
habilidades verbais ou em estado psicótico
franco ou suposto, devem ser entrevistados de
maneira mais estruturada.
 Nesse caso, o entrevistador fala mais, faz
perguntas mais simples e dirigidas (perguntas
fáceis de serem compreendidas e respondidas
Source: Literature reference OR My own text
Regra 3
 Pacientes muito tímidos, paranoides ou ansiosos
requerem perguntas iniciais mais neutras, do
menos ansiogênico aos assuntos ansiogênicos.
 Sempre do menos mobilizador para o mais
mobilizador.
Source: Literature reference OR My own text
Julio César Hoenisch
Referências
DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e
semiologia dos transtornos mentais. 2 ª
Ed. Porto Alegre: Editora Artmed, 2008.

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Normalidade psicopatologia diagnóstico

  • 1. “Normalidade” e diagnóstico em psicopatologia Júlio César Hoenisch
  • 2. Source: Literature reference OR My own text O conceito de saúde e de normalidade em psicopatologia é questão de grande controvérsia (Almeida Filho, 2000). Sobre a “normalidade” em saúde mental
  • 3.  Problema exclusivo da psicopatologia, mas de toda a medicina (Almeida Filho, 2001);  tome-se como exemplo a questão da delimitação dos níveis de tensão arterial para a determinação de hipertensão ou de glicemia, na definição do diabete. Source: Literature reference OR My own text
  • 4. O conceito de normalidade em psicopatologia também implica a própria definição do que é saúde e doença mental. Source: Literature reference OR My own text
  • 5. Desdobramentos do conceito de “normalidade” em diferentes instancias  1. Psiquiatria legal ou forense.  2. Epidemiologia psiquiátrica  3. Psiquiatria cultural e etnopsiquiatria  4. Planejamento em saúde mental e políticas de saúde  5. Orientação e capacitação profissional  6. Prática clínica Source: Literature reference OR My own text
  • 6. Normalidade funcional  Tal conceito baseia-se em aspectos funcionais e não necessariamente quantitativos. O fenômeno é considerado patológico a partir do momento em que é disfuncional, produz sofrimento para o próprio indivíduo ou para o seu grupo social. Source: Literature reference OR My own text
  • 7.  Anormalidade positiva e negativa: ex  Inteligência  Toda patologia é “anormalidade”, mas nem toda anormalidade é patologia. Source: Literature reference OR My own text Normal e Patológico
  • 8. Princípios gerais do diagnóstico psicopatológico  Diagnostico vem do grego, que significa “via de conhecimento”.  Em saúde mental, muitos abusos ocorrem com esse instrumento, sobretudo seu uso par fins de rótulo estigma e segregação. Source: Literature reference OR My own text
  • 9. Veneno ou antídoto?  Entretanto, a diferença entre o veneno e o antídoto reside na dose.  O diagnóstico pode ser e é um instrumento que articula o universal e o particular, na busca de uma compreensão do sujeito em sua singularidade. Source: Literature reference OR My own text
  • 10. Lembrar que:  Nenhum critério é por si só indicador de conduta anormal.  Nenhum critério é por si só suficiente para definir uma conduta como anormal.  A anormalidade deve ser definida por vários critérios.  Um sintoma isolado não é patológico, pois pode ser encontrado em determinadas circunstâncias em pessoas normais (Por exemplo: Alucinações). Source: Literature reference OR My own text
  • 11. Quando um sintoma é patológico?  Qualquer modificação indesejável de uma função, ou mudança negativa na estrutura de um órgão ou sistema do corpo (prejuízo);  Tem qualidade diferente.  Não é encontrado nas pessoas saudáveis Source: Literature reference OR My own text
  • 12. Source: Literature reference OR My own text Portanto, no diagnóstico em psicopatologia… Os dados advém da história clínica, ou seja, da entrevista; Recursos tais comoneuroimagem e afins são úteis,sobretudo para fins de diagnóstico diferencial; Os diagnósticos devem ser construídos SEM ARTICULAÇÃO REDUCIONISTA entre eventos prévios.
  • 13. Princípios importantes  Manter, portanto, duas linhas de análise: descritiva e etiológica;  Não encontramos sintoma patognômicos de transtornos, por exemplo, UM sintoma determina a entidade nosográfica.  Sempre trata-se do conjunto dos sintomas e do CURSO do transtorno. Logo é, na maioria das vezes SÓ DEPOIS que pode-se estar mais seguro de um diagnóstico psicopatológico; Source: Literature reference OR My own text
  • 14.  O diagnóstico pode ser modificado com o curso da patologia;  O diagnóstico deve ser sempre PLURIDIMENSINAL: variáveis clinicas, de saúde, vulnerabilidade social e afins, constituindo EIXOS;  Sobreposição de eventos e dados, formando um quadro complexo;  Produzir uma hipótese psicodinâmica do caso: conflitos presentes, ganho secundário, eventos de vida associado, efeitos dos eventos no curso do transtorno. Source: Literature reference OR My own text
  • 15. Evitemos um Frankenstein Source: Literature reference OR My own text
  • 16. A entrevista diagnóstica em psicopatologia Source: Literature reference OR My own text
  • 17. A entrevista  A entrevista é um recurso importante,  uma técnica cientificamente validada;  Pode ser aberta ou fechada;  Depende da habilidade do entrevistador; Source: Literature reference OR My own text
  • 18. É uma interação complexa Não pode restringir-se a uma tomada de dados Source: Literature reference OR My own text
  • 19. Enquadre da entrevista  A entrevista requer ajustes em relação a: • Estado geral do paciente (agitado? Mudo? Em choque?); • Contexto geral da entrevista (na rua, no CAPs, onde seja); • Finalidade (diagnóstico? Estabelecimento de vínculo? Inicio de psicoterapia?) • Personalidade do entrevistador (conheça  bem a sua) Source: Literature reference OR My own text
  • 21. O que NÃO devemos fazer! • Condutas estereotipadas • Ser inflexível ou frio; • Atitudes excessivamente emocionais; • Atitudes calorosas inautênticas; • Emitir juízos de valor (ninguém está interessado em sua opinião pessoal); • Reações excessivas de pena e compaixão; Source: Literature reference OR My own text
  • 22. Responder a agressão com respostas hostis (o paciente não conhece você, logo, não o está atacando); Entrevistas muito longas onde o entrevistado “fala para não falar”; Fazer anotações em frente ao entrevistado Deixar passar generalizações por parte do entrevistado, Source: Literature reference OR My own text
  • 23. Dicas para entrevista • As entrevistas são sempre importantes, portanto devem ser acolhedoras; • Olhe nos olhos do entrevistado, faça contato com ele, mesmo não verbal; • Apresente-se (dependendo do estado mental do entrevistado); • A entrevista é SIGILOSA (mesmo em estágio); Source: Literature reference OR My own text
  • 24.
  • 25. Três regras “de ouro” da entrevista em saúde mental
  • 26. Source: Literature reference OR My own text Regra 1 Pacientes bem “organizados”, com bons recursos linguísticos e fora de estados psicóticos devem ser entrevistados de forma aberta, permitindo que estes se expressem. O entrevistador fala pouco, ouvindo a história do paciente.
  • 27. Regra 2  Pacientes desorganizados, com poucas habilidades verbais ou em estado psicótico franco ou suposto, devem ser entrevistados de maneira mais estruturada.  Nesse caso, o entrevistador fala mais, faz perguntas mais simples e dirigidas (perguntas fáceis de serem compreendidas e respondidas Source: Literature reference OR My own text
  • 28. Regra 3  Pacientes muito tímidos, paranoides ou ansiosos requerem perguntas iniciais mais neutras, do menos ansiogênico aos assuntos ansiogênicos.  Sempre do menos mobilizador para o mais mobilizador. Source: Literature reference OR My own text
  • 29. Julio César Hoenisch Referências DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 2 ª Ed. Porto Alegre: Editora Artmed, 2008.