2. Source: Literature reference OR My own text
O conceito de saúde e de
normalidade em psicopatologia é
questão de grande controvérsia
(Almeida Filho, 2000).
Sobre a “normalidade” em
saúde mental
3. Problema exclusivo da psicopatologia,
mas de toda a medicina (Almeida Filho,
2001);
tome-se como exemplo a questão da
delimitação dos níveis de tensão arterial
para a determinação de hipertensão ou de
glicemia, na definição do diabete.
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4. O conceito de normalidade em
psicopatologia também implica a
própria definição do que é saúde e
doença mental.
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5. Desdobramentos do conceito de
“normalidade” em diferentes instancias
1. Psiquiatria legal ou forense.
2. Epidemiologia psiquiátrica
3. Psiquiatria cultural e etnopsiquiatria
4. Planejamento em saúde mental e políticas de
saúde
5. Orientação e capacitação profissional
6. Prática clínica
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6. Normalidade funcional
Tal conceito baseia-se em aspectos
funcionais e não necessariamente
quantitativos. O fenômeno é considerado
patológico a partir do momento em que é
disfuncional, produz sofrimento para o
próprio indivíduo ou para o seu grupo
social.
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7. Anormalidade positiva e negativa: ex
Inteligência
Toda patologia é “anormalidade”, mas
nem toda anormalidade é patologia.
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Normal e Patológico
8. Princípios gerais do diagnóstico
psicopatológico
Diagnostico vem do grego, que significa
“via de conhecimento”.
Em saúde mental, muitos abusos ocorrem
com esse instrumento, sobretudo seu uso
par fins de rótulo estigma e segregação.
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9. Veneno ou antídoto?
Entretanto, a diferença entre o veneno e o
antídoto reside na dose.
O diagnóstico pode ser e é um
instrumento que articula o universal e o
particular, na busca de uma compreensão
do sujeito em sua singularidade.
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10. Lembrar que:
Nenhum critério é por si só indicador de
conduta anormal.
Nenhum critério é por si só suficiente para
definir uma conduta como anormal.
A anormalidade deve ser definida por
vários critérios.
Um sintoma isolado não é patológico, pois
pode ser encontrado em determinadas
circunstâncias em pessoas normais (Por
exemplo: Alucinações).
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11. Quando um sintoma é
patológico?
Qualquer modificação indesejável de uma
função, ou mudança negativa na estrutura de
um órgão ou sistema do corpo (prejuízo);
Tem qualidade diferente.
Não é encontrado nas pessoas saudáveis
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12. Source: Literature reference OR My own text
Portanto, no diagnóstico em
psicopatologia…
Os dados advém da história clínica, ou seja,
da entrevista;
Recursos tais comoneuroimagem e
afins são úteis,sobretudo para fins de
diagnóstico diferencial;
Os diagnósticos devem ser
construídos SEM ARTICULAÇÃO
REDUCIONISTA entre eventos prévios.
13. Princípios importantes
Manter, portanto, duas linhas de análise:
descritiva e etiológica;
Não encontramos sintoma patognômicos de
transtornos, por exemplo, UM sintoma
determina a entidade nosográfica.
Sempre trata-se do conjunto dos sintomas e do
CURSO do transtorno. Logo é, na maioria das
vezes SÓ DEPOIS que pode-se estar mais seguro
de um diagnóstico psicopatológico;
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14. O diagnóstico pode ser modificado com o curso
da patologia;
O diagnóstico deve ser sempre
PLURIDIMENSINAL: variáveis clinicas, de
saúde, vulnerabilidade social e afins,
constituindo EIXOS;
Sobreposição de eventos e dados, formando um
quadro complexo;
Produzir uma hipótese psicodinâmica do caso:
conflitos presentes, ganho secundário, eventos
de vida associado, efeitos dos eventos no curso
do transtorno.
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17. A entrevista
A entrevista é um recurso
importante,
uma técnica cientificamente validada;
Pode ser aberta ou fechada;
Depende da habilidade do entrevistador;
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18. É uma interação complexa
Não pode restringir-se a uma tomada
de dados
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19. Enquadre da entrevista
A entrevista requer ajustes em relação a:
• Estado geral do paciente (agitado? Mudo?
Em choque?);
• Contexto geral da entrevista (na rua, no
CAPs, onde seja);
• Finalidade (diagnóstico? Estabelecimento
de vínculo? Inicio de psicoterapia?)
• Personalidade do entrevistador (conheça
bem a sua)
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21. O que NÃO devemos fazer!
• Condutas estereotipadas
• Ser inflexível ou frio;
• Atitudes excessivamente emocionais;
• Atitudes calorosas inautênticas;
• Emitir juízos de valor (ninguém está
interessado em sua opinião pessoal);
• Reações excessivas de pena e compaixão;
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22. Responder a agressão com respostas hostis
(o paciente não conhece você, logo, não
o está atacando);
Entrevistas muito longas onde o
entrevistado “fala
para não falar”;
Fazer anotações em frente ao entrevistado
Deixar passar generalizações por parte do
entrevistado,
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23. Dicas para entrevista
• As entrevistas são sempre importantes, portanto
devem ser acolhedoras;
• Olhe nos olhos do entrevistado, faça contato com
ele, mesmo não verbal;
• Apresente-se (dependendo do estado mental do
entrevistado);
• A entrevista é SIGILOSA (mesmo em estágio);
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26. Source: Literature reference OR My own text
Regra 1
Pacientes bem “organizados”, com bons
recursos linguísticos e fora de estados psicóticos
devem ser entrevistados de forma aberta,
permitindo que estes se expressem.
O entrevistador fala pouco, ouvindo a história
do paciente.
27. Regra 2
Pacientes desorganizados, com poucas
habilidades verbais ou em estado psicótico
franco ou suposto, devem ser entrevistados de
maneira mais estruturada.
Nesse caso, o entrevistador fala mais, faz
perguntas mais simples e dirigidas (perguntas
fáceis de serem compreendidas e respondidas
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28. Regra 3
Pacientes muito tímidos, paranoides ou ansiosos
requerem perguntas iniciais mais neutras, do
menos ansiogênico aos assuntos ansiogênicos.
Sempre do menos mobilizador para o mais
mobilizador.
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