3. Cérebro direito (emocional), mais conectado com sistema
límbico e com sistema nervoso autônomo. Papel
fundamental no reconhecimento, expressão e
comunicação de emoções.
Processamento implícito, inconsciente de estímulos
emocionais, especificamente associados com ativação do HD,
não do HE.
Regulação do Hemisfério Direito
Primazia do afeto: processos afetivos de cérebro direito operam
em níveis abaixo da consciência e são dominantes no
desenvolvimento, psicopatogênese e psicoterapia;
4. Assim como a própria emoção, as memórias para
experiências emocionais podem ocorrer em níveis
subconscientes, sem sinais nítidos na consciência.
Medo não é necessariamente consciente: uma
resposta medrosa pode ser evocada mesmo se a
pessoa não estiver completamente ciente de estar
assustada.
Em contraste, o HD, assento primário de estimulação
emocional, especializou-se primeiro na detecção e
resposta a estímulos inesperados do meio-ambiente.
Regulação do Hemisfério Direito
O HE do cérebro de vertebrados foi originalmente
especializado para controle de padrões de comportamento
bem-estabelecidos, sob circunstâncias normais e familiares.
5. Assim como a própria emoção, as memórias para
experiências emocionais podem ocorrer em níveis
subconscientes, sem sinais nítidos na consciência.
Medo não é necessariamente consciente: uma
resposta medrosa pode ser evocada mesmo se a
pessoa não estiver completamente ciente de estar
assustada.
Em contraste, o HD, assento primário de estimulação
emocional, especializou-se primeiro na detecção e
resposta a estímulos inesperados do meio-ambiente.
Regulação do Hemisfério Direito
O HE do cérebro de vertebrados foi originalmente
especializado para controle de padrões de comportamento
bem-estabelecidos, sob circunstâncias normais e familiares.
7. HE é ativado + lentamente e desempenha análise
semântica/ síntese mais lentas – a chegada de um sinal
individual inicia-se no HD e somente depois no HE, além
de ser mais fisiológica.
Regulação do Hemisfério Direito
O HD desempenha análise simultânea de estímulos – a
organização mais difusa do faz com que HD responda a
qualquer estímulo, mesmo a estímulos de fala, de modo mais
rápido e mais prontamente;
8. Profissionais ainda precisam atenção adequada a
processos de regulação implícita e relacional.
Psicoterapias psicodinâmicas, comportamental-cognitiva,
experiencial e interacional mostram semelhança na
promoção de regulação de afeto.
Regulação do Hemisfério Direito
A habilidade de modular emoções está no centro da
experiência humana e o uso de processos auto-regulatórios
constitui a essência de várias abordagens modernas de
psicoterapia.
9. O foco subjetivo pode ser aplicado a qualquer
entendimento do terapeuta de como sua
subjetividade e self corporal implícito são usados no
tratamento de patologias de seus clientes.
Regulação do Hemisfério Direito
Sugerimos que em acordo com o objetivo principal de
Bowlby de integração de modelos biológicos e
psicológicos de desenvolvimento humano, o foco
experimental clínico atual em como processos baseados
em aspectos corporais são inconscientemente e
interativamente regulados promoveram uma mudança na
teoria de apego para uma teoria de regulação.
10. Se informação é transferida ou compartilhada,
qual informação chega ao outro e em que nível é
“compreendida’”, não depende na intenção do
emissor ou de sua consciência a respeito.
Comunicação pré-verbal está no reino do
comportamento intuitivo regulado de modo
inconsciente, assim como conhecimento relacional
implícito.
Regulação do Hemisfério Direito
Ao considerar o HD em termos do self, temos um modo
revolucionário de pensar sobre o cérebro. Um novo modelo
do cérebro, portanto, precisa levar em conta a importância
primordial do HD no estabelecimento e manutenção do
senso de consciência de nós mesmos e dos outros.
11. Infante torna-se apegado seguramente ao cuidador
psico-biologicamente sintonizado que minimiza
afeto negativo e maximiza afeto positivo.
2. reparos interativos: mecanismo regulatório
diádico para minimizar estados de afeto negativo.
Díade se recupera de rupturas afetivas negativas
do vínculo de apego.
1. sincronia de afeto: mecanismo regulatório diádico
para estabelecimento, amplificação e manutenção de
estados afetivos positivos dentro do vínculo de apego de
comunicação emocional;
Regulação do Hemisfério Direito
Co-criação de sistema diádico de apego permite ao
cuidador regular os estados afetivos da criança via
processos duais de regulação interativa:
13. Quanto maior o escopo de emoções que uma
criança experiencia, mais amplo o escopo de
expansão de seu self.
Desenvolvimento emocional na infância => expansão do
espectro afetivo – tolerância aumentada para afetos
positivos e negativos.
Regulação do Hemisfério Direito
A disponibilidade emocional do cuidador em intimidade
parece ser a característica principal na promoção de
experiência de crescimento emocional da criança.
14.
15. O mecanismo evolutivo do HD representa a regulação
mútua de estados homeostáticos biológicos entre e
dentro de organismos.
A regulação homeostática entre membros de uma díade é
um aspecto estável de todos os relacionamentos íntimos.
Regulação do Hemisfério Direito
Ao longo de nossas vidas estamos biologicamente conectados
àqueles com quem mantemos relacionamentos próximos;
16. O mecanismo evolutivo do HD representa a regulação
mútua de estados homeostáticos biológicos entre e
dentro de organismos.
A regulação homeostática entre membros de uma díade é
um aspecto estável de todos os relacionamentos íntimos.
Regulação do Hemisfério Direito
Ao longo de nossas vidas estamos biologicamente conectados
àqueles com quem mantemos relacionamentos próximos;
17.
18. A maturação precoce do HD é apoiada por dados
anatômicos e por estudos de imagens.
O HD é dominante nos infantes e o HE dominante nos
adultos. Essa predominância é observada após o
nascimento;
O volume da área subcortical (responsável por emoções
e integração de sinais sensitivos/coordenação motora)
aumentou 130% no primeiro ano e 14% no segundo;
Regulação do Hemisfério Direito
Estudo de ressonância estrutural sobre desenvolvimento do
cérebro humano desde o nascimento aos 2 anos de idade
mostra que o volume total do cérebro aumentou 101% no
primeiro ano e 15% no segundo;
19.
20. Estudo PET de bebê de 2 meses de idade olhando
para rosto de uma mulher evidencia ativação de HD.
Observa-se ativação do córtex orbitofrontal direito de
mães que observam vídeo do próprio bebê.
Regulação do Hemisfério Direito
Estudo com fMRI da comunicação emocional entre mãe-bebê
oferece dados que sugerem ser o HD mais envolvido do que
HE no processo de maternagem.
21.
22. Estudo de neonatos humanos mostra que nas
primeiras 3h-96h há um sistema lateralizado para
imitação neonatal.
O estágio pré-verbal do desenvolvimento da criança é
caracterizado por interações de componentes
emocionais e descritivos, devidos principalmente a
mecanismos operando com os hemisférios no princípio
de comunicação não-verbal.
Regulação do Hemisfério Direito
HD do neonato está ativamente envolvido na percepção da
melodia da fala e nas entonações de voz da mãe e de
pessoas à volta.
23.
24. HD organiza o que podemos chamar de um self
corporal.
O impacto emocional do toque, o modo mais básico e
recíproco de interação é também mais direto e imediato
se a criança for carregada com a cabeça no lado
esquerdo do corpo;
Regulação do Hemisfério Direito
A vantagem precoce do HD nos primeiros meses de vida
pode afetar o surgimento lateralizado dos primeiros gestos
imitativos;
25. Apego seguro = mudança adaptativa entre 2
modos, dependendo do contexto: interconexão e
autonomia.
Autorregulação => regulação de estados
psicobiológicos internos em contextos autônomos,
sem presença de outros (intrasubjetividade)
(memória evocativa, música, drogas)
Regulação interativa => habilidade de regular
resilientemente estados emocionais por meio de
interações com outros humanos em contextos
interconectados (intersubjetividade);
Regulação do Hemisfério Direito
Apego = processos duais de autorregulação baseados no corpo
- ocorre de modo implícito no HD;
27. Processamento/armazenamento de memória
implícita/procedural;
Recepção, expressão e comunicação de afetos positivos
e negativos e dor;
Regulação de excitação central e do S. N. Autônomo;
Reconhecimento/expressão de afeto via face;
Regulação do Hemisfério Direito
Experiências e funções adaptativas do HD:
Processamento de novidade, ameaça e estímulos
inesperados;
29. Porges: consistente com as hipóteses de que o HD
aparenta desempenhar papel no afeto. HD também
aparenta desempenhar papel fundamental na
regulação da função cardíaca, provavelmente via
mudanças na regulação do nervo vago.
Se apego traumático, essas funções prejudicadas
Controle de funções apoiando sobrevivência, permitindo ao
organismo lidar ativamente e passivamente com estresse;
Regulação do Hemisfério Direito
Manutenção de atenção e controle de impulsos;
30. Porges (2012) afirma que existem circuitos neuronais
que formam hierarquia filogeneticamente organizada e
estão associados aos comportamentos de engajamento
social (expressão facial, vocalização, audição), de
mobilização (estratégias defensivas de fuga, de luta) e
de imobilização (paralisação comportamental).
Teoria Polivagal
Segundo a teoria de Stephen Porges, a evolução ajuda-nos a
compreender a regulação neuronal do Sistema Nervoso
Autônomo, com importantes implicações práticas.
31.
32. "Se sentirmos que o ambiente é seguro, nosso
sistema de interação social" (regulado pela
atividade do núcleo ambíguo - sistema vagal
ventral) "inibe as estruturas troncocerebrais e
límbicas mais primitivas” (comportamentos de
luta, fuga) (Levine, 2012, p. 98).
A hierarquia filogenética de respostas adaptativas
pressupõe que o circuito mais recente seja utilizado
primeiro. “Se esse circuito não proporcionar
segurança, circuitos mais antigos são recrutados em
sequência" (Porges, 2012, p. 72).
Teoria Polivagal
Sistema nervoso avalia os riscos do ambiente (processo de
avaliação inconsciente – neurocepção), regula os estados
fisiológicos e o comportamento associados, segundo essa
avaliação (segurança, perigo, ameaça à vida) (Porges, 2012).
33.
34. Algumas pessoas cujo sistema nervoso está
desregulado podem avaliar ambiente seguro
como perigoso, ativando estados fisiológicos
associados aos comportamentos de luta, fuga ou
imobilização, comprometendo o acesso a
comportamentos de envolvimento social (Porges,
2012).
Quando nenhum "dos sistemas mais recentes resolve a
situação", ou quando existe risco de vida, o sistema
mais primitivo é acionado (núcleo motor dorsal do
vago - sistema vagal dorsal) => imobilização (Levine,
2012; Porges, 2012).
Teoria Polivagal
Se indivíduo percebe ambiente como perigoso, circuito mais
antigo é acionado (sistema nervoso simpático), promovendo
a mobilização (comportamentos de luta e fuga).
35.
36. "Se o sistema de engajamento social for recrutado com
eficácia (...) o individuo traumatizado mudará para um
estado fisiológico positivo e mais calmo (Porges, 2012, p.
267)
Teoria Polivagal
O trauma pode até mesmo "desativar o sistema de
engajamento social" (Porges, 2012, p. 266).
37. Imobilização Sist. V. Dorsal Risco de Morte
e Colapso
Luta e fuga S. N. Simpático Perigo
Teoria Polivagal
Engajamento Sist. V. Ventral Segurança/Social
38. Sob estresse agudo, esses animais congelam diante de
ameaça, conservando suas reservas metabólicas –
colapso.
Esse ramo também é conhecido como “vago vegetativo”,
porque está associado a estratégias de sobrevivência
primária de vertebrados primitivos, répteis e anfíbios.
Esse ramo é desmielinizado e existe na maioria dos
vertebrados.
Teoria Polivagal
O ramo dorsal do vago se origina no núcleo motor dorsal e é
considerado filogeneticamente mais antigo (reptiliano).
39. Entretanto, ativação prolongada pode ser letal para
mamíferos, pois resulta em apneia e bradicardia.
Em condições normais, o CVD mantém regulação desses
processos digestivos.
Teoria Polivagal
O CVD provê controle primário de órgãos viscerais
subdiafragmáticos, tais como o trato digestivo.
40. Também é conhecido como o “vago esperto”, porque
associado com regulação de comportamentos de “luta
ou fuga”, a serviço de comportamentos afiliativos.
O ramo ventral do vago se originou no núcleo ambíguo e
é mielinizado => provê mais controle e velocidade das
respostas;
Teoria Polivagal
Com aumento da complexidade neural observada em
mamíferos (devido ao desenvolvimento filogenético), sistema
mais sofisticado desenvolveu-se para enriquecer respostas
comportamentais e afetivas a um meio ambiente cada vez
mais complexo;
41. Quando o tônus vagal do marca-passo do coração
está elevado, uma base ou repouso do batimento
cardíaco é produzido.
Em outras palavras, o vago age como uma
contenção, ou freio, limitando o batimento
cardíaco.
O CVV ainda exerce influência importante no
coração.
Esse ramo do vago pode inibir ou desinibir circuitos
límbicos defensivos, dependendo da situação. O CVV
provê controle primário dos órgãos viscerais
supradiafragmáticos, tais como o esôfago, brônquios,
faringe e laringe.
Teoria Polivagal
Esses comportamentos incluem comunicação social,
autocuidados + cuidado outros/tranquilização.
42. Teoria Polivagal
Entretanto, quando o tom vagal é removido, há pouca
inibição ao marca-passo e então mobilização rápida pode
ser ativada em momentos de estresse
“luta/fuga”(taquicardia), mas sem ter que engajar o
sistema simpático-adrenal, uma vez que ativação ocorre
com um elevado custo biológico.
43. Mindfulness, ou atenção plena
Atenção a disparadores de proximidade/intimidade
Experiências positivas
Ativação de representações mentais de memórias
traumáticas desperta reações vagais que podem congelar o
paciente.
Considerações finais
Para que exercícios de regulação?