1. Histórico e Fundamentos da Terapia
Cognitivo- Comportamental
Psicóloga Ms. Eliana Melcher Martins
Doutoranda em Ciências pelo Depto. de Neurologia e Neurociências da UNIFESP
Mestre em Ciências pelo Depto. de Psicobiologia da UNIFESP
Especialista em Medicina Comportamental pela UNIFESP
Formação em TCC no Beck Institute - Philadelphia
Psicóloga Clínica Cognitivo-Comportamental – CRP 06/70536
2. Estudos da Psicologia
• Por que as pessoas e os animais se comportam de determinada
maneira?
• Por que uns agem de uma forma diferente de outros?
• Por que alguns indivíduos tem comportamento socialmente mais
aceito, enquanto outros se comportam de forma alheia à
sociedade?
• O que faz com que as pessoas mantenham, aumentem ou mudem
suas formas de atuar numa determinada situação (resiliência)?
• O que determina as formas de se comportar de um sujeito?
3. Foi utilizado inicialmente em 1913 em um artigo denominado
“Psicologia: como os behavioristas a vêem” por John B.
Watson (1878-1958).
"Behavior" = comportamento
"Um ramo experimental e puramente objetivo da ciência
natural. A sua meta é a previsão e controle do
comportamento...".
O comportamento passou a ser objeto de estudo da
Psicologia.
4. BEHAVIORISMO
Filosofia
• Estudar o comportamento em si
• Opor-se à introspecção das teorias psicodinâmicas
que tentava lidar com o funcionamento interior e
não observável da mente.
• Aderir ao evolucionismo biológico e estudar tanto o
comportamento humano quanto o animal
• Adotar o determinismo materialístico
5. BEHAVIORISMO
Metodologia
• Usar procedimentos objetivos na coleta de dados,
rejeitando a introspecção.
• Realizar experimentação controlada.
• Realizar testes de hipóteses, de preferência com grupos
controle.
• Observar consensualmente.
• Estudar além do sistema nervoso, a ação dos órgãos
periféricos, dos sensoriais, dos músculos e das
glândulas.
6. • Watson foi influenciado pelos estudos
experimentais sobre o comportamento reflexo efetuados
por Ivan Pavlov.
• A Psicologia da época buscava um objeto mensurável e
observável para estudar.
• Os experimentos de Pavlov podiam ser reproduzidos
em diferentes sujeitos e condições.
• Tais possibilidades foram importantes para que a
Psicologia alcançasse o status de ciência.
7. Pavlov descobriu por acaso que poderia condicionar o cão a salivar
diante de um estímulo neutro
8. S = > R
• ESTÍMULO referia-se tanto a ação de uma fonte de energia
sobre o organismo, quanto a operação realizada pelo
experimentador em seu laboratório.
• Esses conceitos acabaram produzindo a seqüência
experimental que marcou o
behaviorismo metodológico:
• S = o que operacionaliza o ambiente
• R = o comportamento
• => a ação desencadeante ou a causa
9. Estudo do Comportamento
Behaviorismo (Watson – 1913)
• Comportamento como ciência
• E. L. Thorndike (1874-1949)-Lei do Efeito
• Ivan Pavlov - (1849-1936)-Reflexo Condicionado
• Teoria da Evolução – Charles Robert Darwin – 1838
BEHAVIORISMO METODOLÓGICO
nega status científico às emoções, às sensações, ao
pensamento e aos demais eventos privados
10. Behaviorismo Radical
Burrhus Frederic Skinner (1904-1990)
•
•
• Em oposição ao “behaviorismo metodológico”, cuja principal
preocupação eram os métodos das ciências naturais.
• Skinner se preocupava com a explicação científica do comportamento. O
desenvolvimento de termos e conceitos que permitissem explicações
verdadeiramente científicas.
• A expressão utilizada pelo próprio Skinner em 1945 tem como linha de
estudo a formulação do "comportamento operante".
11. Behaviorismo Radical
• Aceita estudar eventos internos
• Skinner não separa mundo interno de mundo
externo
• Comportamentos não são movimentos do
corpo, e sim interações entre o organismo e o
ambiente.
14. Foram nos anos 50 e 60 que motivados por uma
crescente insatisfação com a corrente psicodinâmica
formou-se o núcleo de um novo enfoque
terapêutico:
Terapia Comportamental
psicologia experimental;
condicionamento clássico ou respondente;
condicionamento operante;
princípios teóricos da aprendizagem;
disciplinas da psicologia clínica.
Terapia Comportamental
15. o Joseph Wolpe (1915-1998) – psiquiatra
o II Guerra – Trabalhou num hospital psiquiátrico militar
“Neurose de Guerra” (hoje TEPT)
o “Pioneiro da Terapia Comportamental”
o DESSENSIBILIZAÇÃO SISTEMÁTICA
o TREINO DE ASSERTIVIDADE
o INIBIÇÃO RECÍPROCA exposição gradual
o Psicoterapia por Inibição Recíproca (1958)
o A Prática da Terapia Comportamental (1969)
o Wolpe (1958), percebia variáveis cognitivas em sua técnic
comportamental da
o dessensibilização sistemática.
WOLPE
15
16. BANDURA
o Albert Bandura (1925) – psicólogo canadense
o APRENDIZAGEM OBSERVACIONAL (MODELAÇÃO) foi importante
por chamar a atenção para os fatores cognitivos na terapia
comportamental = o indivíduo aprende ao observar o
comportamento de outra pessoa - o comportamento é aprendido
com mais eficácia se o observador o praticar posteriormente
(embora isso não constitua uma condição necessária)
o MODELO AUTO-REGULAÇÃO (AUTO-EFICÁCIA) ideia de que toda
a mudança de comportamento voluntária era medida pelas
percepções que os indivíduos tinham de sua capacidade de adotar o
comportamento em questão.
o Princípios de Modificação do Comportamento (1969)
o Teoria da Aprendizagem Social (1971) processos cognitivos
cruciais na aquisição e regulação do comportamento (Teoria Social
Cognitiva).
16
17. o Donald Meichenbaum
o Psicólogo emérito da Universidade de Waterloo (Canadá)
o Diretor do Instituto Melissa (Miami-Flórida) – Prevenção de
violência e tratamento de vítimas de violência.
o Modificação Comportamental Cognitiva (CBM),
que se concentra na identificação disfuncional
self-talk, a fim de alterar comportamentos
indesejados.
o Ele vê comportamentos como sendo resultados
de nossas próprias auto-verbalizações.
Meichenbaum
17
“Um dos 10
psicoterapeutas
mais influentes
do século XX”
18. Como mudar seus pensamentos
3 fases
o Fase 1: AUTO-OBSERVAÇÃO
o Esta fase envolve escutar com atenção o diálogo interno ou self-talk e observar
seus próprios comportamentos.
Você se esforça para estar especialmente ciente de quaisquer auto-
afirmações negativas que estão realmente contribuindo
para seus processos sintomáticos
o Por exemplo, você diz a si mesmo mensagens negativas, como "Eu
não sou inteligente o suficiente", "As pessoas não gostam de
mim", ou "Todos podem ver como sou inadequado.“
o Anotar (escrever) estes pensamentos negativos pode ser útil para
ao final de um tempo você perceber quão frequentemente você
está se negativando. (automonitoramento)
19. Como mudar seus pensamentos
3 fases
o Fase 2: COMECE UM NOVO SELF-TALK
o Depois de reconhecer o seu diálogo interno negativo, você
pode começar a mudar isso. Quando você "pegar"-se em
constantes padrões de pensamentos negativos, você recria
um novo e positivo diálogo interno:
o "Eu não posso" se torna "Pode ser difícil, mas eu posso."
o Apague as declarações negativas que você escreveu e
anote as novas no lugar. Pratique repetindo-as até que
você comece a acreditar nelas.
o Estas novas auto-declarações ou afirmações passam agora a
orientar novos comportamentos.
20. Como mudar seus pensamentos
3 fases
o Fase 3: APRENDA NOVAS HABILIDADES
o Toda vez que você for capaz de identificar e
reestruturar seus pensamentos negativos e mudar a
sua resposta aos sintomas, você está aprendendo novas
habilidades. Estando consciente de seus pensamentos,
você é mais capaz de avaliá-los e reagir de uma forma
mais adequada.
o Quando seus pensamentos mudam de negativo para
positivo, você começa a se comportar de maneira
diferente em muitas situações e passa a ver que as
outras pessoas também reagem de forma diferente ao
positivo.
21. Anos 60 e 70 afastamento da psicanálise e do behaviorismo radical de alguns
adeptos, entre eles:
Albert Ellis – Visão mais cognitiva. Influenciou os primeiros trabalho de Beck
com depressão.
Albert Bandura – Princípios de Modificação do Comportamento (1969) e Teoria
da Aprendizagem Social (1971); processos cognitivos cruciais na aquisição e
regulação do comportamento.
Michael Mahoney: Cognition and Behavior Modification (1974), cognição como
construto mediacional.
Modelo do Desamparo Aprendido de Seligman (1967/79) e revisões (Teoria
dos Estilos de Atribuição); relevante para processos psicológicos na depressão.
Fatores Históricos Relevantes
22. Insatisfação com os modelos de depressão na convergência
entre a psicanálise e o behaviorismo; validade questionável
como modelos de depressão clínica.
Wolpe (1958), percebia variáveis cognitivas em sua técnica
comportamental da dessensibilização sistemática.
Transição generalizada para a perspectiva cognitiva de
processamento de informação, com clínicos defendendo
uma abordagem mais cognitiva nos transtornos
emocionais.
Fatores Históricos Relevantes
23. TERAPIA MULTIMODAL (ARNOLD LAZARUS)
SUPOSIÇÃO BÁSICA:
“Somos seres que se movimentam, sentem, percebem, imaginam,
pensam e se relacionam. Quando ocorrem distúrbios psicológicos, cada
uma destas funções é afetada”.
Definição
É uma avaliação meticulosa do ser humano em vários aspectos
agrupados sob a denominação
“BASIC ID”
B ------------------ BEHAVIOR I ------------- INTERPESONAL
A ----------------- AFFECT D ------------ DRUGS
S ----------------- SENSATION
I ------------------ IMAGERY
C ---------------- COGNITION
24. Lazarus propõe que o “BASIC ID”
constitui a personalidade
OBJETIVOS
Corrigir crenças irracionais, comportamentos disfuncionais,
sentimentos desagradáveis, imagens intrusivas, relacionamentos
tensos, sensações negativas e desequilíbrio químico.
PROCEDIMENTO
• Identificar o problema e objetivos
• Especificar as técnicas de tratamento para atingir os
objetivos
• Remediar os problemas
• Mensuração sistemática do êxito relativo as técnicas utilizadas
26. COGNITIVISMO
O termo cognição inclui ideias, construtos
pessoais, imagens, crenças, expectativas,
atribuições, etc.
Não é apenas um processo intelectual mas
sim padrões complexos de significado em
que participam emoções,
pensamentos e comportamentos
27. DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO
• A Terapia Cognitiva tem origem em correntes filosóficas e
religiões antigas (estoicismo grego, taoísmo e budismo) que
postulavam a influência das idéias sobre as emoções .
28. B u d a
• “Nem teus piores inimigos podem fazer
tanto dano como teus próprios pensamentos.”
29. “Se pudermos reorientar
nossos pensamentos e
emoções e reorganizar nosso
comportamento, então poderemos
não só aprender a lidar com
o sofrimento mais facilmente, mas,
sobretudo e em primeiro lugar, evitar que muito dele
surja”
Livro: Uma ética para o novo milênio (p.xii)
Dalai Lama
30. Filósofo persa da Antiguidade
Baseou seus ensinamentos em:
Pensar bem
Agir bem
Falar bem
Zoroastro
31. “Os processos cognitivos conscientes tem um
papel fundamental na existência humana”
Kant, Heidegger, Jaspers e Frankl
32. “Encontrar uma sensação de sentido da vida
ajuda a servir como um antídoto para o
desespero e a desilusão”
Wright et al. (2003); Frankl (1992)
33. • “Não são as coisas que nos perturbam, mas a visão
que temos dessas coisas”
( Epictetos I d.C)
34. Beck defendeu a inclusão de métodos comportamentais desde o início de seu
trabalho.
Reconhecia essas ferramentas como eficazes para reduzir sintomas.
Conceitualizou um relacionamento estreito entre cognição e comportamento.
Alguns puristas argumentam os méritos de se utilizar uma abordagem cognitiva
ou comportamental isolada.
Terapeutas mais pragmáticos consideram os métodos cognitivos e
comportamentais como parceiros eficientes tanto na teoria como na prática.
Ex. literatura: tratamento do Pânico
1960 - unificação das formulações cognitivas e comportamentais
na psicoterapia
35. o Albert Ellis (1913-2007)
o TERAPIA RACIONAL EMOTIVA (TREC)
o A 1ª psicoterapia contemporânea com clara ênfase cognitiva, tomando os
construtos cognitivos como base dos transtornos psicológicos.
o MODELO ABC os acontecimentos ativadores (A) passam pelo sistema de
crenças (B) do sujeito antes de despertarem as consequências (C)
emocionais ou a conduta.
ELLIS
35
o CRENÇAS IRRACIONAIS baseadas em conclusões errôneas, ilógicas e sem base em evidências
objetivas = modelo simples e pragmático.
o DIÁLOGO SOCRÁTICO o terapeuta questiona o paciente por meio de perguntas engenhosas que
estimula a pessoa a perceber mais claramente suas distorções = sobre a real validade das crenças e sobre as
evidências de que o sujeito dispõe para acreditar nelas.
o CRENÇAS BÁSICAS EXIGÊNCIAS ABSOLUTISTAS (“tenho que”) e DEVERES IRRACIONAIS (“devo”)
SUPOSIÇÕES ILÓGICAS ou DISTORÇÕES COGNITIVAS.
36. o Tratamento psicodinâmico dos seus pacientes com depressão
análise de sonhos, verbalizações e associações livres.
o Psicanálise depressão = raiva inconsciente e inaceitável contra
pessoas próximas que, reprimida, era redirecionada ao self =
hostilidade retrofletida (que não era confirmado nos relatos dos sonhos
dos pacientes).
36
BECK
o Anomalias nos sonhos, os pacientes eram rejeitados, abandonados ou frustrados
= nas experiências do cotidiano, idem.
o Identificação de tipos específicos de pensamentos, que os pacientes não percebiam
claramente e não relatavam na associação livre.
o Visão negativista identificada na auto avaliação do paciente = autocríticas, baixa
autoestima, culpas, previsões e interpretações negativistas e memórias desagradáveis.
o Temas negativistas presentes em todos os tipos de depressão = reativa, endógena,
orgânica ou bipolar.
o Temas negativistas idiossincráticos questões sociais vitais paciente:
o fracasso sucesso, aceitação rejeição, respeito desdém.
37. o TC – TERAPIA COGNITIVA (Cognitive Therapy)
o ESQUEMAS (significado)
o DISTORÇÃO COGNITIVA (Erros de Pensamento)
o TRÍADE COGNITIVA
o MODELO COGNITIVO
BECK
37
➢ Depressão
➢ Transtornos de ansiedade
➢ Transtornos alimentares
➢ Esquizofrenia
➢ Transtorno bipolar
➢ Dor crônica
➢ Transtornos de personalidade
➢ Abuso de substâncias.
Mais de 300 estudos controlados da TCC para uma
série de transtornos psiquiátricos (Butler e Beck, 2000).
38. 38
“As ideias não só podiam controlar os sentimentos mais intensos de
uma pessoa, como também eram capazes de modificá-los”
Beck e cols (1982)
TCC: Psicoterapia breve, estruturada, orientada ao presente, para depressão, direcionada a
resolver problemas atuais e a modificar os pensamentos/comportamentos disfuncionais.
Modelo Cognitivo propõe que o pensamento distorcido ou disfuncional (que influencia o
humor e o comportamento) seja comum a todos os distúrbios psicológicos.
Avaliação “realista” + modificação no pensamento melhora no humor e no
comportamento.
A melhora duradoura modificação de crenças disfuncionais.
44. Eu sou desamparado.
Eu sou impotente.
Eu estou fora de controle.
Eu sou fraco.
Eu sou vulnerável.
Eu sou carente.
Eu não sou capaz de ser amado.
Eu sou indesejável.
Eu não sou atraente.
Eu não tenho valor.
Eu não sou capaz de ser querido.
Eu não sou bom o suficiente.
Eu sou imperfeito.
Eu sou diferente.
Ninguém me quer.
Ninguém liga para mim.
Eu sou mau.
44
Crenças Centrais de DESAMOR
45. Eu sou desamparado.
Eu sou impotente.
Eu estou fora de controle.
Eu sou fraco.
Eu sou vulnerável.
Eu sou carente.
Eu sou desamparado.
Eu sou impotente.
Eu estou fora de controle.
Eu sou fraco.
Eu sou vulnerável.
Eu sou carente.
Eu estou sem saída.
Eu sou inadequado.
Eu sou ineficiente.
Eu sou incompetente.
Eu sou um fracasso.
Eu sou desrespeitado.
45
Crenças Centrais de DESAMPARO
46. Eu sou desamparado.
Eu sou impotente.
Eu estou fora de controle.
Eu sou fraco.
Eu sou vulnerável.
Eu sou carente.
Eu sou um fracasso.
Eu sou incompetente.
Eu não tenho valor.
Eu não sou bom o suficiente.
Eu sou inadequado.
Eu sou ineficiente.
Eu sou desrespeitado.
46
Crenças Centrais de DESVALIA
48. Princípio nº 1: Formulação do problema em termos
cognitivos
A TCC se baseia em uma formulação em contínuo
desenvolvimento do paciente e de seus problemas em termos
cognitivos.
1º) Desde o início, identifica o pensamento atual do paciente e seus
comportamentos problemáticos.
2º) Identifica fatores precipitantes que influenciaram as percepções
do paciente no início de seu problema.
3º) Levanta hipóteses sobre eventos desenvolvimentais chaves e
padrões duradouros de interpretação desses eventos.
48
49. Princípio nº 2: Aliança terapêutica segura
A TCC requer uma aliança terapêutica segura: cordialidade,
empatia, atenção, respeito genuíno e competência.
Boa aliança de trabalho = colaborativa.
49
50. Princípio nº 3: Colaboração e Participação Ativa
A TCC enfatiza a colaboração e participação ativa.
Na TCC há um trabalho em equipe: terapeuta + paciente.
A princípio, o terapeuta é mais ativo em sugerir uma direção
para as sessões de terapia.
A medida que a pessoa torna-se menos problemática e mais
socializada na terapia = fica mais ativa.
50
51. Princípio nº 4: Orientada em meta e focalizada em
problemas
A TCC é orientada em meta e focalizada em problemas =
enumerar problemas e estabelecer metas específicas.
O terapeuta presta atenção particular aos obstáculos que
impedem o paciente de resolver problemas e atingir metas
por si mesmo.
O terapeuta precisa conceituar as dificuldades do paciente e
avaliar o nível apropriado de intervenção.
51
52. Princípio nº 5: Enfatiza o presente
A TCC inicialmente enfatiza o presente (os problemas do
aqui-e-agora).
O tratamento da maioria dos pacientes envolve um forte
foco sobre problemas atuais e sobre situações específicas
que são aflitivas para o paciente.
Passado: entender as origens das ideias disfuncionais e
como afetam o paciente hoje.
52
53. Princípio nº 6: É educativa
A TCC é educativa, visa ensinar o paciente a ser seu próprio
terapeuta e enfatiza a prevenção de recaída.
O terapeuta educa sobre a natureza e trajetória do seu
transtorno, sobre o processo da TCC e sobre o modelo
cognitivo (como os pensamentos influenciam as emoções e
comportamentos).
Ensina a estabelecer metas, identificar e avaliar
pensamentos/crenças, e assim, mudar comportamentos.
53
54. Princípio nº 7: Tempo limitado
A TCC visa ter um tempo limitado.
O terapeuta busca promover alívio dos sintomas do
paciente, facilitar uma remissão do transtorno, ajudá-lo a
resolver seus problemas mais prementes e ensinar-lhe o uso
de ferramentas para que ele esteja mais propenso a evitar a
recaída.
A modificação de crenças disfuncionais muito
rígidas/padrões de comportamento = leva mais tempo.
54
55. Princípio nº 8: Sessões estruturadas
A TCC tem as suas sessões estruturadas (há uma estrutura
estabelecida em cada sessão).
O terapeuta: 1) verifica o humor; 2) solicita breve revisão
da semana; 3) agenda da sessão; 4) resumo da sessão; 5)
compromisso da semana; 6) feedback da sessão.
Foco no que é mais importante para o paciente, maximiza o
uso do tempo da terapia.
Promove = autoterapia.
55
56. Princípio nº 9: Identificar, Avaliar e Responder
A TCC ensina os pacientes a identificar, avaliar e responder
a seus pensamentos e crenças disfuncionais.
focalizar um problema específico;
identificar o pensamento disfuncional;
avaliar a validade do pensamento;
projetar um plano de ação.
56
57. Princípio nº 10: Várias técnicas
A TCC utiliza uma variedade de técnicas para mudar
pensamento, humor e comportamento.
Estratégias cognitivas: questionamento socrático,
descoberta orientada, teste de realidade...
Outras técnicas: comportamental, gestalt...
O terapeuta seleciona técnicas com base na formulação de
caso e seus objetivos, em sessões específicas.
57
58. 1) Formulação do problema em termos cognitivos
2) Aliança terapêutica segura
3) Colaboração e Participação Ativa
4) Orientada em meta e focalizada em problemas
5) Enfatiza o presente
6) É educativa
7) Tempo limitado
8) Sessões estruturadas
9) Identificar, avaliar e responder
10) Utiliza várias técnicas
58
59. Terapia Cognitivo-
comportamental
Judith Beck.
ARTMED, 2013
Aprendendo a TCCl – Um Guia Ilustrado
Jesse H. Wright, Monica R. Basco e
Michael E. Thase. ARTMED, 2008
TCC na Prática psiquiátrica.
Paulo Knapp e cols.
ARTMED, 2004
Manual de Técnicas em Terapia
Cognitiva. Rian Mcmullin
ARTMED,2005