O documento discute o desenvolvimento psicomotor na infância, enfatizando a importância do brincar e dos brinquedos no desenvolvimento da criança. Apresenta o papel da psicomotricidade no desenvolvimento cognitivo, motor, social e emocional da criança e discute como o brincar permite que a criança aprenda de forma significativa.
2. Sheila Kalkmann Ribeiro Margraf
• Administradora – UEPG
• MBA Gestão de Pessoas – Cescage
• Psicóloga – Faculdade Sant’Ana
• Especialista Psicomotricidade e Desenvolvimento Humano – PUC/PR
sheila.margraf@unicesumar.edu.br
3. Disciplina: Desenvolvimento Psicomotor na Infância
Carga Horária: 80h / Semestral
Aulas: 4 aulas semanais
Segunda-feira: 19:00h as 20:40h
Terça-Feira: 21:00h – 22:30h
4. Avaliação
Prova Bimestral: 6,0
AEP (Atividade de Estudo Programado): 2,0
Prova Integrada: 2,0
Total: 10 pontos
Prova Substitutiva*: 1º ou 2º Bimestre
Frequência: 75%
Atestados: protocolar secretaria acadêmica
5. 1 – EMENTA
Estudo do desenvolvimento da criança nas suas dimensões biopsicossocial desde a concepção
até os doze anos de idade. Análise das diferentes abordagens sobre o tema e discussão dos
principais teóricos acerca do desenvolvimento cognitivo, emocional e social. Explanação sobre
algumas intercorrências que afetam a evolução normal da criança e reflexões acerca da
interação família e escola, bem como o papel da escola no desenvolvimento integral da criança.
2 – OBJETIVO
• Reconhecer o processo de desenvolvimento biopsicossocial do ser humano.
• Explicitar como o corpo humano se relaciona com o processo da aprendizagem.
• Distinguir o papel da família e da escola no desenvolvimento motor.
• Delinear as aproximações entre o desenvolvimento motor, cognitivo, social e emocional do
indivíduo.
• Verificar a relevância da psicomotricidade no desenvolvimento do sujeito.
6. 3 – JUSTIFICATIVA
• Por meio da significação do desenvolvimento humano identifica-se o corpo como um fator
significativo de como a lateralidade influencia o processo de alfabetização, revelando o
quanto a escola precisa compreender o biopsicossocial do aprendiz.
4 – METODOLOGIA
• A metodologia da disciplina comporta:
• - Aulas expositivas e dialogadas
• - Estudo de caso
• - Resolução de problemas
• - Desenvolvimento de projetos
8. DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR OU PSICOMOTRICIDADE
NA INFÂNCIA
• Relevante e significante para prática docente;
• Relações cotidianas do universo infantil;
• Função da pedagogia na interlocução e mediação do universo infantil com o mundo
adulto.
• Construção de conceitos cotidianos sustentados nos conceitos científicos.
Saberes que oportunizam a criança desenvolver-se:
COGNITIVA MOTORA
AFETIVA SOCIALMENTE
sem haver ruptura do ser criança, do brincar,
com as funções sistematizadas e organizadas
do ambiente escolar.
9. Observe a figura e preste atenção no contexto.
• O que está acontecendo nessa figura?
• O que você vê?
• O que a criança está fazendo?
• Por que ela se dedica tanto, e está tão concentrada?
10. Resposta norteadora 1: “Está Brincando”.
Resposta norteadora 2: “Está realizando uma atividade orientada a possibilitar uma
melhoria em seu desenvolvimento das habilidades cognitivas e motoras ludicamente”.
EXCELENTE! Este é o olhar da(o) pedagoga(o)!!!
11. “Como educadores, olhamos o brincar como uma possibilidade de intervenção que
auxilia, de forma significativa, no desenvolvimento da criança e, em especial, das que
se encontram na mais tenra idade. Muitas vezes, o que para a criança é um simples ato
de brincar, para nós é muito mais, é um momento de aprender, de experimentar,
vivenciar e desenvolver.”
DESENVOLVIMENTO
MOTOR
DESENVOLVIMENTO
PSÍQUICO
DESENVOLVIMENTO
COGNITIVO
RELAÇÕES SOCIAIS
EMOÇÃO
AFETO
12. Psicomotricidade é a ciência que estuda o homem através do seu corpo em movimento
e em relação ao seu mundo interior e exterior, podendo ser definida como a capacidade
de determinar e coordenar mentalmente os movimentos corporais.
De acordo com a Associação Brasileira de Psicomotricidade, o conceito está relacionado
a uma concepção do movimento interligado com as interações cognitivas, psíquicas,
sensoriomotoras e sociais dos indivíduos.
13.
14.
15. Objetivos da Psicomotricidade
•Estimular a coordenação motora; coordenação motora fina e grossa;
•Induzir a capacidade de percepção por meio do conhecimento dos movimentos e da resposta
corporal;
•Motivar as crianças na descoberta de suas expressões;
•Rolar, engatinhar, andar com um pé só, andar para os dois lados, pular, fazer cambalhota,
brincadeiras com os dedos, entre outras;
•Trabalhar a comunicação para a interação social;
•Estabelecer a consciência e o respeito ao espaço de outras pessoas;
•Reforçar a valorização da autoestima e da identidade própria;
•Desenvolver a capacidade sensorial em relação ao ambiente externo;
•Induzir a confiança em si mesma (na criança);
16. O PAPEL DO BRINCAR E DO BRINQUEDO NO DESENVOVIMENTO INFANTIL
CORPO E MOVIMENTO
GESTUALIDADE
REPRESENTAÇÃO, O ENTENDIMENTO E
PERCEPÇÃO DE MUNDO QUE A CRIANÇA TEM
O BRINCAR
RELAÇÃO
TRADUZIDOS E EXPRESSOS
REFERE-SE
17. Atividade
• Grupos
• Cartolina
• Materiais diversos
• Expectativa com relação a disciplina de Desenvolvimento Psicomotor na
Infância
• O que entende por Psicomotricidade?
• O que gostaria de aprender nesta disciplina?
18. O PAPEL DO BRINCAR E DO BRINQUEDO NO DESENVOVIMENTO INFANTIL
Para entender a criança e, sobretudo, o papel do brincar no
contexto infantil, precisamos entender que o ato do brincar vai
além do fazer pelo fazer, a forma de interpretação do brincar
permite a criança aprender.
A forma, o trato com o brincar no desenvolvimento infantil associa-se
com os hábitos, costumes e perspectivas teórico-metodológicas para
associar, apropriar-se ou não do brincar no processo educativo, o que
significa que o pedagogo deve conhecer os interesses da criança,
conhecer as necessidades inerentes a ela em cada estágio, para assim
adentrar no universo da cultura infantil, permitindo que a ação seja
significativa e promotora de novas mudanças comportamentais, motoras,
cognitivas e sociais.
19. O PAPEL DO BRINCAR E DO BRINQUEDO NO DESENVOVIMENTO INFANTIL
Cultura Infantil: uma forma de ação social, contextualizada de muitos e variados modos,
pela qual as crianças se integram nas instituições e estruturas sociais, que informam os
modos e os processos das suas vidas quotidianas.
BRINCADEIRA
Soares (2001), a infância “é encarada como o tempo privilegiado onde o ser
humano pode brincar, voluntariamente, com prazer e energia”, já que brincar é
o trabalho primordial da criança. “Brincar é a condição da aprendizagem e,
desde logo, da aprendizagem da sociabilidade”
20. O PAPEL DO BRINCAR E DO BRINQUEDO NO DESENVOVIMENTO INFANTIL
• Por meio dos jogos, a criança, estabelece vínculos sociais, ajustando-se ao grupo e
aceitando a participação de outras crianças com os mesmos direitos.
• Jogos e brincadeiras são importantes manifestações de sociabilidade. É por meio
deles que uma determinada sociedade ou grupo de pessoas se integra, exprime as
suas tradições e revela o caráter lúdico presente no ser humano.
• A sociabilidade dos jogos e brincadeiras possibilita um estreitamento dos laços
afetivos da sociedade, gerando integração e unidade do grupo. Compreender os
jogos e as brincadeiras de determinada comunidade pode revelar a sua organização
social, as suas preocupações e os seus valores.
21. O PAPEL DO BRINCAR E DO BRINQUEDO NO DESENVOVIMENTO INFANTIL
22. O PAPEL DO BRINCAR E DO BRINQUEDO NO DESENVOVIMENTO INFANTIL
• Por meio dos jogos, a criança, estabelece vínculos sociais, ajustando-se ao grupo e
aceitando a participação de outras crianças com os mesmos direitos.
• Jogos e brincadeiras são importantes manifestações de sociabilidade. É por meio
deles que uma determinada sociedade ou grupo de pessoas se integra, exprime as
suas tradições e revela o caráter lúdico presente no ser humano.
• A sociabilidade dos jogos e brincadeiras possibilita um estreitamento dos laços
afetivos da sociedade, gerando integração e unidade do grupo. Compreender os
jogos e as brincadeiras de determinada comunidade pode revelar a sua organização
social, as suas preocupações e os seus valores.
23. O PAPEL DO BRINCAR E DO BRINQUEDO NO DESENVOVIMENTO INFANTIL
• Ainda dentro da cultura nos deparamos
com uma “linha de corte” entre a infância e
fase adulta.
• Entrar na escola e trabalhar.
• O BRINCAR CADA VEZ MAIS RESERVADO A
INFÂNCIA
• Manifestações coletivas abandonadas pela
sociedade dos adultos, ou seja, a partir do
século XVII, a consequência foi a distinção
entre os jogos de adultos e de crianças,
abandonando-se aquelas brincadeiras e
jogos que dividiam o espaço da criança ao
do adulto.
24. O PAPEL DO BRINCAR E DO BRINQUEDO NO DESENVOVIMENTO INFANTIL
• O brincar diferencia-se de todas as outras atividades desenvolvidas pelas crianças em
sua infância, atividades que, na maioria das vezes, são prescritas pelos adultos.
• Permitir a criança brincar, é deixá-la ser ela mesma, viver o seu mundo, exprimir os
seus valores, regras e condutas.
• Esse ato de brincar é um dos principais aspectos que distinguem a ação das crianças e
dos adultos no mundo. E o fato de separar o mundo adulto do infantil, e ao diferenciar
o trabalho da brincadeira, a humanidade observou a importância da criança que brinca
e educadores passam, assim, a utilizar-se do lúdico na educação, principalmente, na
educação infantil.
• Brincar não é, portanto, exclusivo das crianças, é próprio do homem e uma das suas
atividades sociais mais significativas. Uma diferença importante, porém, é que as
crianças brincam, contínua e devotadamente e, ao contrário dos adultos, entre brincar
e fazer coisas sérias (entre o ócio e o negócio ou entre o lazer e o trabalho) não fazem
distinção.
25. O PAPEL DO BRINCAR E DO BRINQUEDO NO DESENVOVIMENTO INFANTIL
Vygotski (2007) indica a relevância de brinquedos e brincadeiras como indispensáveis
para a criação da situação imaginária, não como algo ocasional na vida da criança, e sim
como a primeira manifestação da emancipação dela em relação às restrições que lhes
permitem realizar a ação. Revelando que o imaginário só se desenvolve quando se dispõe
de experiências que se reorganizam. Que a riqueza dos contos, lendas e o acervo de
brincadeiras constituirão o banco de dados de imagens culturais utilizados nas situações
interativas.
Dispor de tais imagens é fundamental para instrumentalizar a criança para a construção
do conhecimento e sua socialização. Ao brincar, a criança movimenta-se em busca de
parceria e na exploração de objetos; comunica-se com seus pares; se expressa por meio
de múltiplas linguagens; descobre regras e toma decisões.
26. O PAPEL DO BRINCAR E DO BRINQUEDO NO DESENVOVIMENTO INFANTIL
Brincar é acima de tudo exercer o poder criativo do imaginário humano construindo o
universo real de quem brinca. Os mundos fantasiosos do brincar revelam a fertilidade
inesgotável de simbolizar o impulso lúdico que habita o imaginário humano
27. O PAPEL DO BRINCAR E DO BRINQUEDO NO DESENVOVIMENTO INFANTIL
• No período pré-escolar, período de desenvolvimento da consciência do mundo
objetivo no entendimento de Vygotsky (2007), a criança passa a integrar uma
relação ativa não apenas com as coisas diretamente acessíveis a ela, mas também,
em relação ao mundo mais amplo das outras crianças e dos adultos.
• Uma necessidade de agir a maneira que ela vê os outros agirem.
• Nesse período de vida de uma criança, o desenvolvimento das brincadeiras é um
processo secundário, a relação entre a brincadeira e as atividades que satisfazem as
crianças torna-se diferentes, ou melhor, trocam de lugar, o brinquedo passa ser a
principal atividade.
• Nos brinquedos do período pré-escolar, as crianças assimilam a realidade humana,
pois suas operações são sempre reais e sociais. O brinquedo é realmente “o
caminho pelo qual as crianças compreendem o mundo em que vivem e que serão
chamadas a mudar”.
28. O PAPEL DO BRINCAR E DO BRINQUEDO NO DESENVOVIMENTO INFANTIL
• Os brinquedos são, por excelência,
grandes amigos e companheiros das
crianças na sua infância. Porém,
associado ao grande
desenvolvimento contemporâneo,
os brinquedos e o impacto que tal
teve nas vidas das crianças, também
sofreu inevitáveis modificações,
principalmente, pela intensa
necessidade consumista que a
alimenta.
29. O PAPEL DO BRINCAR E DO BRINQUEDO NO DESENVOVIMENTO INFANTIL
• Nos últimos tempos o
brincar e o brinquedo tem
se tornado cada vez menos
espontâneos e naturais,
cada vez mais estruturados
e sem grande margem de
ação inovadora por parte da
criança
• Dessa forma, se faz necessário repensar o rumo que o brinquedo vem tomando, se o
que se pretende é proporcionar às crianças vivências genuínas, para tanto é
necessário impedir que uma atividade como o brincar, primordial às crianças, se
torne uma interesseira e mercantil atividade, em que atenda somente os interesses
daqueles que à volta do brincar e da criança constroem os seus impérios econômicos,
atendendo, em última instância os interesses, as necessidades e os valores
pertencentes às crianças
30. O PAPEL DO BRINCAR E DO BRINQUEDO NO DESENVOVIMENTO INFANTIL
31.
32. O PAPEL DO BRINCAR E DO BRINQUEDO NO DESENVOVIMENTO INFANTIL
• Assim, se torna muito importante resgatar a experiência fascinante da brincadeira
tradicional, com a função de perpetuar a cultura infantil, criando e recriando o
encantamento do lúdico (brincadeiras de roda, pega-pega, esconde-esconde,
aviãozinho...)
• Mas, com as transformações
sociais, o advento da televisão e
dos brinquedos eletrônicos está
desaparecendo da cultura
infantil, dando lugar aos
computadores, videogames
entre outros que as indústrias
investem e a mídia divulga.
• Não se trata de considerar que
estes últimos não sejam
importantes, pois são uma
produção histórica, mas de
garantir os conhecimentos que
são produtos da história
33. O PAPEL DO BRINCAR E DO BRINQUEDO NO DESENVOVIMENTO INFANTIL
• Brincando, a criança aprende e desenvolve a imaginação e a criatividade. A fantasia
criativa promove um constante revitalizar e harmonizar forças do pensar, sentir e
querer que se transforme em forças, motivação, criatividade e iniciativa no futuro.
Vamos brincar de casinha? Você é a mãe e vai ao supermercado, você é a filha e vai fazer
a lição... Depois, vamos fazer um bolo...
• Quando as crianças brincam estão envolvidas com a sua imagem total de ser humano
que pensa, sente e faz acontecer. A criança inteira se encontra no seu mundo. O
mundo criativo da infância.
34. O PAPEL DO BRINCAR E DO BRINQUEDO NO DESENVOVIMENTO INFANTIL
Nesse contexto, a PSICOMOTRICIDADE surge
como uma possibilidade para que essa relação
faça-se presente de forma objetiva e
sistematizada no ambiente escolar, uma vez
que nas ações interventivas pautadas em
atitudes psicomotoras buscamos tornar real o
brincar no processo educacional, favorecendo
uma aprendizagem significativa para a criança
que está envolvida no contexto. É no brincar, e
somente no brincar, que o indivíduo, criança
ou adulto, pode ser criado e utilizar sua
personalidade integral: e é somente sendo
criativo que o indivíduo descobre o seu eu
(self). (WINNICOTT, 1975).
35. O PAPEL DO BRINCAR E DO BRINQUEDO NO DESENVOVIMENTO INFANTIL
• É fundamental que o pedagogo no ambiente da educação infantil e por
consequência, das séries iniciais do ensino fundamental oportunize situações
que levam as crianças a desenvolver-se por meio de uma mediação que
considere os estágios ou etapas de seu desenvolvimento, considerando que
para a criança o brincar é o carro-chefe de todas as ações ofertadas e
realizadas por ela.
• No brincar, a criança conhece seu corpo, descobre o mundo que a cerca,
movimenta-se, explora, conhece, reconhece, age, modifica e é modificada
pelas estruturas pedagógicas que lhes são oportunizadas.
• Nesse sentido, o movimento permite à criança expressar
os seus sentimentos, emoções e pensamentos,
ampliando as possibilidades do uso significativo de
gestos e posturas corporais, pois pode ser entendido
como uma linguagem que permite às crianças agirem
sobre o meio físico e atuarem sobre o ambiente
humano, mobilizando as pessoas por meio de seu teor
expressivo.
38. CORPO E MOVIMENTO: CONSTRUINDO A IMAGEM DO CORPO
Nossas expressões e atitudes são expressas pelo corpo, por meio de movimentos suaves
ou delicados, bruscos ou agressivos, no intuito de demonstrar satisfação, prazer ou raiva,
desejo ou desespero, ou seja, o corpo movimenta-se estabelecendo relações efetivas
culturalmente estabelecidas com o outro, com o objeto e com o universo que o cerca.
Traduz de forma espontânea a
percepção das situações que nos são
postas.
O movimentar do corpo, a forma e a
postura, traduz quem é esse homem, sua
história e suas experiências
É por meio da sua relação consciente em determinadas situações que o
homem comporta-se, adapta-se ou dá significados ao meio no qual vive e
interage.
39. CORPO E MOVIMENTO: CONSTRUINDO A IMAGEM DO CORPO
Será que podemos conceber o movimento dissociado do corpo?
Ou será que podemos, em algum momento, pensar no agir do corpo sem que haja
algum movimento envolvido no contexto?
Todas as nossas ações pautam-se, ou resultam em movimento. Isto porque o
movimento é uma das formas mais significativas de adaptação ao mundo
exterior, dado que a assimilação contínua do mundo no indivíduo se processa por
meio do movimento humanizado, portanto socializado (FONSECA, 2009)
41. CORPO E MOVIMENTO: CONSTRUINDO A IMAGEM DO CORPO
MOVIMENTO
Qualquer ação externa observável.
MOTOR
Refere-se aos impulsos internos referentes.
• A atividade motora interna ocorre constantemente, não é observável, como os padrões
de movimento como, por exemplo, sabemos que a criança aprendeu a andar, quando
ela se desloca pelo espaço sem que haja a necessidade de auxílio do outro, ou do
objeto para se locomover, o que significa dizer que observamos o desenvolver do andar
de forma autônoma, pois podemos visualizar a ação da criança executando a tarefa.
42. CORPO E MOVIMENTO: CONSTRUINDO A IMAGEM DO CORPO
O movimento humano pode ser classificado como não locomotor e locomotor.
NÃO LOCOMOTOR: refere-se a uma resposta observável executada pelo corpo em uma
posição estacionário como, por exemplo, bater palma.
LOCOMOTOR: as respostas do corpo são observáveis por meio do movimento do corpo no
espaço, de um ponto a outro, por exemplo, dominar o andar ou o saltar
Portanto, “a forma humana de sentir, pensar, emocionar ou compreender o mundo
que o circunda, é codificada através da expressividade motriz, demonstrada a todo
instante, em todo o gesto humano”, pois o corpo é movimento.
43. CORPO E MOVIMENTO: CONSTRUINDO A IMAGEM DO CORPO
E o corpo é movimento, e as ações
desempenhadas por esse corpo são
frutos das relações sociais, afetivas e
das experimentações motoras que lhes
são ofertadas ao longo da vida, observa-
se que a criança, desde a mais tenra
idade, prende-se a tarefas que lhes são
instigantes, desafiadoras.
O movimento para a criança exerce
atratividade, o novo, o diferente é o que
a desafia e impulsiona a realizar novas
conquistas no campo motor e cognitivo
44. CORPO E MOVIMENTO: CONSTRUINDO A IMAGEM DO CORPO
EXECUÇÃO E FINALIZAÇÃO DE TAREFA
SATISFAÇÃO E AUTORREALIZAÇÃO
CONTEMPLAÇÃO E RÁPIDA DISSIPAÇÃO
A criança está em constante movimento e necessita, constantemente, de
possibilidades que a permitam despertarem para suas potencialidades.
45. CORPO E MOVIMENTO: CONSTRUINDO A IMAGEM DO CORPO
• O aprendizado gerado a partir de uma nova brincadeira, ou estímulo, resultará em um
novo conhecimento. Esse fato ocorre porque somos corpo e mente, estamos interligados
a um universo macro de informações de um meio repleto de estímulos e aventuras.
• De nossa convivência com as crianças é possível dizer que ao brincarem satisfazem uma
necessidade básica, que é viver a brincadeira.
• Durante as brincadeiras (quebra-cabeça, amarelinha...) as crianças não estão
preocupadas com a coordenação necessária para que possam realizar com êxito a tarefa
estabelecida, simplesmente brincam, experimentam possibilidades que as permitam
realizarem suas metas com sucesso.
Essa experiência do brincar, e explorar o meio
no qual está inserida, nas mais variadas formas
e possibilidades irá produzir um repertório de
movimentos que só pode ser conquistado pela
experiência da ação.
46. CORPO E MOVIMENTO: CONSTRUINDO A IMAGEM DO CORPO
• Não faz sentido para as crianças somente jogar a bolinha para “adquirir” coordenação
manual, como desejam muitos/as especialistas, fazendo-as repetir os movimentos até
acertar.
• O contexto deve ser educativo,
mas, acima de tudo,
prazeroso, é por meio da
imagem do corpo criada que
ocorre a estruturação
subjetiva da criança.
• A imagem que a criança tem
de seu corpo se constitui a
partir do outro, que pode ser a
mãe, a babá, ou a educadora,
que coloca sua própria
experiência para que a criança
construa seu próprio eu
corporal.
47. A IMPORTÂNCIA DO
MOVIMENTO NO
DESENVOLVIMENTO DO SER
HUMANO
Prof.ª. Esp. Sheila Kalkmann Ribeiro Margraf
48. A IMPORTÂNCIA DO MOVIMENTO NO DESENVOLVIMENTO DO SER HUMANO
• O movimento é a base do desenvolvimento infantil!
• O bebê logo que nasce - teste de Apgar - teste cuja escala de valores é mensurada a
partir das respostas dadas aos estímulos de acordo com o tempo de reação de cada
resposta. Portanto, seu progresso é medido desde seu nascimento, por meio de
movimentos que vai realizando ao longo da sua jornada.
• 1920: bebê e a criança são focos de investigações, em que o movimento começa a ser
considerado no desenvolvimento da criança.
• Criação do conceito de desenvolvimento motor: processo natural e progressivo, que
acontecia sem a necessidade de uma preocupação específica no sentido de preparar um
ambiente que o favorecesse (hipótese maturacional – mecanismo biológico).
49. A IMPORTÂNCIA DO MOVIMENTO NO DESENVOLVIMENTO DO SER HUMANO
• A VISÃO MATURACIONAL enfatizava a necessidade de se conhecer a sequência em que
surgiam as mudanças no comportamento e, somente a partir da ocorrência de tais
mudanças, poderiam ser ensinadas tarefas específicas.
A experiência, a experimentação e as vivências não influenciavam
no processo de desenvolvimento da criança.
• 1946: investigação da relação entre o
desenvolvimento e a atuação das experiências.
• as experiências no desenvolvimento adquirem
uma importância cada vez maior, na medida em
que subimos na escala animal, em direção à
espécie humana.
• 1982, Piaget demonstrou a importância dos
movimentos no curso do desenvolvimento
intelectual do indivíduo.
50. A IMPORTÂNCIA DO MOVIMENTO NO DESENVOLVIMENTO DO SER HUMANO
• Atualmente, podemos dizer que, para entendermos o movimento humano,
devemos considerar a maturação, as características individuais e as experiências.
• E as mudanças no desenvolvimento motor dependem das mudanças biomecânicas
ocasionadas pelo crescimento físico, maturação neurológica (estrutural) e as
mudanças provenientes do desenvolvimento cognitivo (funcional).
A organização do desenvolvimento se
inicia na concepção e os domínios motor,
afetivo-social (conduta pessoal-social) e
cognitivo (conduta adaptativa e
linguagem) vão se diferenciando,
gradualmente, de acordo com as
experiências e vivências oportunizadas à
criança.
O SER HUMANO APRENDE SOBRE O MEIO
(SOCIAL/AFETIVO/MOTOR) EM QUE VIVE
51. A IMPORTÂNCIA DO MOVIMENTO NO DESENVOLVIMENTO DO SER HUMANO
• O movimento é a essência da infância e, na qual existe vida, existe movimento, e
onde existem crianças, o movimento se perpetua, por isso a importância do
desenvolvimento motor.
O desenvolvimento motor é um processo demorado e, pelo fato das mudanças mais
acentuadas ocorrerem nos primeiros anos de vida, existe a tendência em se
considerar o estudo do desenvolvimento motor como sendo apenas o estudo da
criança.
É necessário enfocar a criança, pois, enquanto são necessários cerca de vinte anos
para que o organismo se torne maduro, autoridades em desenvolvimento da criança
concordam que os primeiros anos de vida, do nascimento aos seis anos são anos
cruciais para o desenvolvimento integral da criança.
53. PADRÕES DE MOVIMENTO
DESENVOLVIMENTO MOTOR
PROCESSO DE MUDANÇAS CONTÍNUAS
PROGRESSO DE MOVIMENTOS SIMPLES E NÃO
ORGANIZADOS
REALIZAÇÃO DE HABILIDADES ALTAMENTE
COMPLEXAS
54. PADRÕES DE MOVIMENTO
O desenvolvimento motor pode
ser conceituado como sendo um
processo que se baseia nas
mudanças comportamentais
observadas. Mudanças essas que
têm seu início centrado na
concepção e se prolonga até a
morte. Permitindo a possibilidade
da observação do desenvolvimento
de um eixo temporal da vida de
uma pessoa, a partir de uma
determinada ordem e coerência no
conjunto de mudanças, o que
permite identificar uma sequência.
A sequência pode oscilar de sujeito para sujeito, pois dependerá das variabilidades e
experimentações a que for submetido durante sua progressão, no entanto, haverá sempre
uma invariável na sua ordem.
55. PADRÕES DE MOVIMENTO
RESUMINDO...
as relações estabelecidas no processo de desenvolvimento motor infantil,
compreendem-se a partir de um processo sequencial e contínuo que se relaciona à idade
cronológica, prevista para que ocorra o desenvolvimento esperado das habilidades
motoras específicas a cada fase, lembrando que as habilidades motoras progridem de
movimentos simples e desorganizados para a execução de habilidades motoras
altamente organizadas e complexas.
acreditava-se que as mudanças no comportamento motor eram provocadas
especificamente a partir das alterações maturacionais do sistema nervoso central
passa a considerar a questão dos estímulos externos, como o meio, as
relações existentes, as vivências e experimentações a que a criança é
oportunizada.
56. PADRÕES DE MOVIMENTO
• O surgimento de movimentos e, por consequência de seu posterior controle, ocorrem
em uma direção céfalo-caudal e próximo-distal, portanto, ocorre fisiologicamente, a
partir de um processo genético pré-estabelecido.
• Esse processo não se apresenta de forma linear, uma vez que cada indivíduo responde
de forma diferente aos estímulos, com um tempo específico às tarefas que lhes são
ofertadas, como consequência os períodos de equilíbrio e desequilíbrio para que
acorra a assimilação e acomodação da informação passam a se diferir.
• O desenvolvimento motor ocorre por faixa etária ou fases similares, mas também é
preciso considerar as condições biológicas (genética do indivíduo), as tarefas e o
ambiente em que a criança está inserida. Isto porque fatores como baixo peso ao
nascer, distúrbios cardiovasculares, respiratórios e neurológicos, infecções neonatais,
desnutrição, baixas condições socioeconômicas, nível educacional precário dos pais e
prematuridade podem levar a criança a um atraso no seu desenvolvimento motor
57. PADRÕES DE MOVIMENTO
• Crianças com desenvolvimento motor atípico, ou que se apresentam com risco de
atrasos, merecem atenção e ações específicas, pois associam-se a prejuízos
secundários de ordem psicológica e social, como baixa autoestima, isolamento,
hiperatividade, entre outros, que dificultam a socialização de crianças e o seu
desempenho escolar.
conhecer os padrões de movimento, as fases e
estágios, torna-se de extrema relevância para o
trabalho do pedagogo, pois ao desenvolver
atividades realizadas na educação infantil e nas
séries iniciais do ensino fundamental, será
possível oportunizar às crianças situações de
experimentação e vivências que lhe ajudarão no
processo de desenvolvimento de suas
habilidades motoras, mas também cognitivas,
afetivas e motoras
58. PADRÕES DE MOVIMENTO
• A classificação do domínio motor ou psicomotor apresenta os seguintes níveis:
• referem-se às respostas automáticas e involuntárias perceptíveis no recém-nascido que em um momento seguinte,
possibilitará a interação do bebê com o ambiente, o que caracterizará, no futuro, atos voluntários como, por
exemplo, os reflexos de preensão, tônico do pescoço dentre outros.
MOVIMENTOS
REFLEXOS
•atividades voluntárias que permitem a locomoção e manipulação em diferentes situações,
caracterizadas por uma meta geral, servindo de base para aquisição futura de tarefas mais
complexas, como andar, correr, saltar, arremessar, chutar e outras habilidades.
HABILIDADES
BÁSICAS
• são atividades motoras que envolvem a percepção do executante, por meio das quais os estímulos
visual, auditivo, tátil e sinestésico recebidos são interpretados pelos centros cerebrais superiores
que emitem uma decisão como resposta, possibilitando o ajuste ao ambiente.
HABILIDADAES
PERCEPTIVAS
•são as características funcionais essenciais na execução de uma habilidade motora. Quando
desenvolvidas proporcionam ao executante uma melhoria do nível de habilidade. Dentre essas
capacidades estão a força, flexibilidade, resistência e agilidade.
CAPACIDADES
FÍSICAS
• atividades motoras voluntárias mais complexas e com objetivos específicos, como um chute, um
arremesso, ou outra atividade mais específica a uma tarefa.
HABILIDADES
ESPECÍFICAS
•atividades motoras mais complexas, organizadas de maneira que a qualidade dos movimentos
apresentados permita a expressão de uma emoção, desejo ou necessidade.
COMUNICAÇÃO
NÃO VERBAL
59. PADRÕES DE MOVIMENTO
Para que possamos levar a criança a alcançar determinados padrões de movimentos
devemos ampliar o repertório de informação a ela experimentadas e vivenciadas no
campo motor, para que ela possa, assim, organizar e reorganizar seus conhecimentos e
responder, satisfatoriamente, a uma tarefa ou estímulo a ela oferecido.
60. PADRÕES DE MOVIMENTO
Gallahue (1982) propõe um modelo
de padrões motores que apresentam
como ponto de vista o fato de que as
mudanças, observáveis nas
características do movimento,
refletem o processo de
desenvolvimento, orientadas ao nível
mais superior da sequência para a
aquisição de habilidades.
62. PADRÕES DE MOVIMENTO
Para que estas habilidades sejam desenvolvidas é necessário que se dê à criança
oportunidades de desempenhá-las.
O movimentar-se é de grande importância biológica, psicológica, social e cultural, pois
é por meio da execução dos movimentos que as pessoas interagem com o meio
ambiente, relacionando-se com os outros, apreendendo sobre si, seus limites,
capacidades e solucionando problemas.
Pois, é comum encontrar indivíduos que não atingiram o padrão maduro nas
habilidades básicas, nas quais apresentam um nível inicial ou elementar, o que
prejudicará todo o desenvolvimento posterior.
63. ESTUDO DE ARTIGO: PSICOMOTRICIDADE EDUCAÇÃO INFANTIL
PAPALIA, 2013
• Realizar um resumo com as principais partes do artigo disponibilizado no studeo/classroom (normas
ABNT) – Postar no Google Classroom até dia 21/02 as 23:59h;
• Equipes AEP;
• Valor 0,5.
Itens que deve conter no trabalho:
• Título e autores do Artigo.
• Qual o objetivo do artigo?
• Qual a problemática?
• Resumo dos principais itens da parte de desenvolvimento do artigo;
• Conclusão dos autores do Artigo;
• Conclusão da equipe sobre o estudo do artigo.
• Apresentação em slides (será realizada dia 21/02)
64. Referências
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a distância: C397
Desenvolvimento psicomotor na infância/ Vânia de Fátima Matias de Souza - Maringá - PR,
2012.