2. Violência Doméstica na Infância deixa MARCAS. Só a PREVENÇÃO deixa TRILHAS!
MITOS E VERDADES SOBRE ABUSO SEXUAL
Da palavra “mito” se origina do grego mythos que quer dizer fábula. O
incesto, principalmente quando envolve crianças e adolescentes é marcado
por mitos historicamente constituídos, que por sua vez acabam fortalecendo
e respaldando o fenômeno. Vamos a seguir desfazer alguns desses mitos
mostrando a verdadeira face do abuso sexual doméstico na infância.
Mito 1 – A maioria das pessoas acredita que as crianças possuem
imaginação fértil e por isso, quando alegam estarem sofrendo um abuso
sexual, estão simplesmente fantasiando uma história.
Verdade 1 – AZEVEDO e GUERRA (2000), citando MCGRAW (1987),
revela que só 8% das crianças costumam faltar com a verdade quando o
assunto é vitimização sexual e que desses 8%, cerca de ¾ das histórias
inventadas pelas crianças são induzidas por adultos. Situações onde o
Adulto Aliena a Criança, fazendo com que ela minta que houve um
abuso.
3. Mito 2 – No imaginário popular acredita-se que o abusador sexual é um psicopata,
um tarado que todos reconhecem na rua. Os pais, muitas vezes só se preocupam
em alertar os filhos sobre o cuidado com pessoas estranhas.
Verdade 2 – Segundo ALLENDER(1999) a maioria dos abusos ocorre por parte de
membros da família (29%) ou por alguém conhecido da vítima (60%). AZEVEDO e
GUERRA (2000) afirmam que 85-90% dos agressores são pessoas CONHECIDAS
das crianças. Logo, é fundamental alertar para a realidade de que o perigo pode
vir da parte de quem está perto e não apenas de pessoas estranhas.
Ou seja é na família e em amigos que o abuso ocorre muito mais.
Mito 3 – Os pais acreditam que a vitimização sexual de crianças é algo raro e que
tal coisa jamais acontecerá com seus próprios filhos.
Verdade 3 – Segundo AZEVEDO e GUERRA (2000) pesquisas revelam que 1 em 3 a
4 meninas e 1 em 6 a 10 meninos serão vítimas de abuso sexual até a idade de 18
anos.
Mito 4 – O tempo cura todos os males e a criança vitimizada sexualmente,
esquecerá a experiência se ninguém ficar relembrando o assunto.
Verdade 4 – A criança nunca esquecerá um abuso sexual do qual foi vítima.
Segundo KORNFIELD (2000): “Às vezes…há uma amnésia total. No entanto, o
abuso ainda vive no plano inconsciente.” Os pais, cujos filhos foram vitimizados
sexualmente, devem sempre buscar ajuda. Esconder um caso de abuso sexual
debaixo do tapete pode custar muito caro à saúde emocional da criança e de sua
família.
4. Mito 5 – Quando a criança ou o adolescente permitem os avanços sexuais do
agressor sem esboçar uma resistência, não existe abuso sexual. Criança ou
adolescente nunca permitem são ameaçados a permitir.
Verdade 5 – A criança e o adolescente nunca devem ser vistos como culpados.
O agressor, para executar o abuso sexual, pode recorrer a diferentes métodos.
Entretanto, quer seja usada a força, ameaça ou indução da vontade, sempre
existirá nessa relação uma desigualdade de poder, onde o adulto leva
vantagem sobre a vítima que ainda não possui estrutura física e emocional
suficiente para se defender de um ataque dessa natureza.
“A violência sexual contra crianças e adolescentes, além de crime sexual,
representa uma violação de direitos humanos universais. Quando ocorre no
âmbito intrafamiliar, ultrapassa os limites e regras culturais, sociais,
familiares e legais, pois se trata de um comportamento sórdido, degradante,
repugnante e moralmente condenável, pois nega os princípios morais mais
comezinhos formadores e informadores da célula familiar”.
Mito 6 – pais e familiares nunca cometem abuso.
O abuso sexual intrafamiliar é um dos temas mais sensíveis da realidade
social e criminal nos tempos atuais, principalmente porque se sabe que as
consequências para as crianças e os adolescentes abusados sexualmente
são perenes, colocando em risco o equilíbrio biopsicossocial para o resto
de suas vidas.
5. A seguir listamos alguns desses indicativos que, isoladamente não constituem
evidência de violência, mas a ocorrência simultânea de vários desses
indicadores pode sugerir uma situação de violência. Portanto, a família, a
escola, a comunidade e demais profissionais que lidam com crianças e
adolescentes devem estar atentos na observação desses indicativos.
Indicativos de Violência Física
Roupas rasgadas ou com manchas de sangue; - Hemorragia vaginal ou retal; -
Secreção vaginal ou peniana; - Infecção urinária; - Dificuldade para caminhar; -
Gravidez precoce; - Queixas constantes de gastrite e dor pélvica; - Hematomas,
edemas e escoriações na região genital, anal e mamária; - Infecções/doenças
sexualmente transmissíveis;
- Dificuldade para defecar Indicativos comportamentais: - Medo de ficar sozinho
(a) com alguém ou em algum lugar; - Mudanças extremas, abruptas e
inexplicáveis de comportamento e humor; - Regressão a comportamentos
infantis como por exemplo chupar dedos, enurese (incontinência de urina),
choro excessivo sem causa aparente;
- Mudança de hábito alimentar perda de apetite (anorexia) ou excesso de
alimentação (obesidade); - Frequentes fugas de casa e/ou ausência do convívio
familiar; - Envolvimento com drogas; - Padrões de sono perturbado (pesadelos
frequentes, agitação noturna, gritos, suores, provocados pelo terror de
adormecer e sofrer abuso);
6. Indicativos de distúrbio Comportamental
- Tristeza, apatia, abatimento profundo ou depressão crônica; -
Tentativa de suicídio; - Baixa autoestima; - Culpa e
autoflagelação(Cuting); - Ansiedade generalizada, dificuldades de
concentração, estado de alerta constante, fadiga; - Aversão ao
contato físico; - Tendência ao isolamento social
Mudanças na frequência e desempenho escolar: - Assiduidade e
pontualidade exagerada;( TOC) - Queda injustificada na frequência
escolar; - Dificuldade em concentração e aprendizagem; - Pouco ou
nenhuma participação nas atividades escolares; - Presença e/ou
permanência exagerada na escola; - Ausência exagerada na escola;
- Apego exagerado ao professor. Indicativos no comportamento
sexual: - Interesse precoce por brincadeiras sexuais ou erotizadas;
- Masturbação compulsiva; - Relatos de agressões sexuais; -
Desenho de órgãos genitais com detalhes e características, além de
sua capacidade etária; - Conduta sedutora; - Piadas, histórias,
músicas incompatíveis com sua faixa etária.
7. ATENÇÃO PROFESSOR
SE VOCÊ DESCONFIA,QUE ALGUMAS DESTAS SITUAÇÕES
ACONTECEM EM SUA ESCOLA, ENTRE EM CONTATO COM OS
SEGUINTES LUGARES:
- Disque 100
- Conselho Tutelar de sua Cidade- Lorena 31526542
- CREAS ( Centro de Referência Especializado e Assistência Social)
31573706