SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 8
ABUSO SEXUAL E
VIOLÊNCIA
AÇÕES INDICADAS
PARA PROFESSORES
Violência Doméstica na Infância deixa MARCAS. Só a PREVENÇÃO deixa TRILHAS!
MITOS E VERDADES SOBRE ABUSO SEXUAL
 Da palavra “mito” se origina do grego mythos que quer dizer fábula. O
incesto, principalmente quando envolve crianças e adolescentes é marcado
por mitos historicamente constituídos, que por sua vez acabam fortalecendo
e respaldando o fenômeno. Vamos a seguir desfazer alguns desses mitos
mostrando a verdadeira face do abuso sexual doméstico na infância.
 Mito 1 – A maioria das pessoas acredita que as crianças possuem
imaginação fértil e por isso, quando alegam estarem sofrendo um abuso
sexual, estão simplesmente fantasiando uma história.
 Verdade 1 – AZEVEDO e GUERRA (2000), citando MCGRAW (1987),
revela que só 8% das crianças costumam faltar com a verdade quando o
assunto é vitimização sexual e que desses 8%, cerca de ¾ das histórias
inventadas pelas crianças são induzidas por adultos. Situações onde o
Adulto Aliena a Criança, fazendo com que ela minta que houve um
abuso.
 Mito 2 – No imaginário popular acredita-se que o abusador sexual é um psicopata,
um tarado que todos reconhecem na rua. Os pais, muitas vezes só se preocupam
em alertar os filhos sobre o cuidado com pessoas estranhas.
 Verdade 2 – Segundo ALLENDER(1999) a maioria dos abusos ocorre por parte de
membros da família (29%) ou por alguém conhecido da vítima (60%). AZEVEDO e
GUERRA (2000) afirmam que 85-90% dos agressores são pessoas CONHECIDAS
das crianças. Logo, é fundamental alertar para a realidade de que o perigo pode
vir da parte de quem está perto e não apenas de pessoas estranhas.
 Ou seja é na família e em amigos que o abuso ocorre muito mais.
 Mito 3 – Os pais acreditam que a vitimização sexual de crianças é algo raro e que
tal coisa jamais acontecerá com seus próprios filhos.
 Verdade 3 – Segundo AZEVEDO e GUERRA (2000) pesquisas revelam que 1 em 3 a
4 meninas e 1 em 6 a 10 meninos serão vítimas de abuso sexual até a idade de 18
anos.
 Mito 4 – O tempo cura todos os males e a criança vitimizada sexualmente,
esquecerá a experiência se ninguém ficar relembrando o assunto.
 Verdade 4 – A criança nunca esquecerá um abuso sexual do qual foi vítima.
Segundo KORNFIELD (2000): “Às vezes…há uma amnésia total. No entanto, o
abuso ainda vive no plano inconsciente.” Os pais, cujos filhos foram vitimizados
sexualmente, devem sempre buscar ajuda. Esconder um caso de abuso sexual
debaixo do tapete pode custar muito caro à saúde emocional da criança e de sua
família.
 Mito 5 – Quando a criança ou o adolescente permitem os avanços sexuais do
agressor sem esboçar uma resistência, não existe abuso sexual. Criança ou
adolescente nunca permitem são ameaçados a permitir.
 Verdade 5 – A criança e o adolescente nunca devem ser vistos como culpados.
O agressor, para executar o abuso sexual, pode recorrer a diferentes métodos.
Entretanto, quer seja usada a força, ameaça ou indução da vontade, sempre
existirá nessa relação uma desigualdade de poder, onde o adulto leva
vantagem sobre a vítima que ainda não possui estrutura física e emocional
suficiente para se defender de um ataque dessa natureza. 
 “A violência sexual contra crianças e adolescentes, além de crime sexual,
representa uma violação de direitos humanos universais. Quando ocorre no
âmbito intrafamiliar, ultrapassa os limites e regras culturais, sociais,
familiares e legais, pois se trata de um comportamento sórdido, degradante,
repugnante e moralmente condenável, pois nega os princípios morais mais
comezinhos formadores e informadores da célula familiar”.
 Mito 6 – pais e familiares nunca cometem abuso.
 O abuso sexual intrafamiliar é um dos temas mais sensíveis da realidade
social e criminal nos tempos atuais, principalmente porque se sabe que as
consequências para as crianças e os adolescentes abusados sexualmente
são perenes, colocando em risco o equilíbrio biopsicossocial para o resto
de suas vidas.
A seguir listamos alguns desses indicativos que, isoladamente não constituem
evidência de violência, mas a ocorrência simultânea de vários desses
indicadores pode sugerir uma situação de violência. Portanto, a família, a
escola, a comunidade e demais profissionais que lidam com crianças e
adolescentes devem estar atentos na observação desses indicativos.
Indicativos de Violência Física
Roupas rasgadas ou com manchas de sangue; - Hemorragia vaginal ou retal; -
Secreção vaginal ou peniana; - Infecção urinária; - Dificuldade para caminhar; -
Gravidez precoce; - Queixas constantes de gastrite e dor pélvica; - Hematomas,
edemas e escoriações na região genital, anal e mamária; - Infecções/doenças
sexualmente transmissíveis;
- Dificuldade para defecar Indicativos comportamentais: - Medo de ficar sozinho
(a) com alguém ou em algum lugar; - Mudanças extremas, abruptas e
inexplicáveis de comportamento e humor; - Regressão a comportamentos
infantis como por exemplo chupar dedos, enurese (incontinência de urina),
choro excessivo sem causa aparente;
- Mudança de hábito alimentar perda de apetite (anorexia) ou excesso de
alimentação (obesidade); - Frequentes fugas de casa e/ou ausência do convívio
familiar; - Envolvimento com drogas; - Padrões de sono perturbado (pesadelos
frequentes, agitação noturna, gritos, suores, provocados pelo terror de
adormecer e sofrer abuso);
 Indicativos de distúrbio Comportamental
 - Tristeza, apatia, abatimento profundo ou depressão crônica; -
Tentativa de suicídio; - Baixa autoestima; - Culpa e
autoflagelação(Cuting); - Ansiedade generalizada, dificuldades de
concentração, estado de alerta constante, fadiga; - Aversão ao
contato físico; - Tendência ao isolamento social
 Mudanças na frequência e desempenho escolar: - Assiduidade e
pontualidade exagerada;( TOC) - Queda injustificada na frequência
escolar; - Dificuldade em concentração e aprendizagem; - Pouco ou
nenhuma participação nas atividades escolares; - Presença e/ou
permanência exagerada na escola; - Ausência exagerada na escola;
- Apego exagerado ao professor. Indicativos no comportamento
sexual: - Interesse precoce por brincadeiras sexuais ou erotizadas;
- Masturbação compulsiva; - Relatos de agressões sexuais; -
Desenho de órgãos genitais com detalhes e características, além de
sua capacidade etária; - Conduta sedutora; - Piadas, histórias,
músicas incompatíveis com sua faixa etária.
 ATENÇÃO PROFESSOR
 SE VOCÊ DESCONFIA,QUE ALGUMAS DESTAS SITUAÇÕES
ACONTECEM EM SUA ESCOLA, ENTRE EM CONTATO COM OS
SEGUINTES LUGARES:
- Disque 100
- Conselho Tutelar de sua Cidade- Lorena 31526542
- CREAS ( Centro de Referência Especializado e Assistência Social)
31573706
Abuso sexual: sinais e ações para professores

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Lei 11.340 maria da penha
Lei 11.340   maria da penhaLei 11.340   maria da penha
Lei 11.340 maria da penhaeriiclima
 
Cartilha aprendendo a reconhecer abuso sexual na infância
Cartilha aprendendo a reconhecer abuso sexual na infânciaCartilha aprendendo a reconhecer abuso sexual na infância
Cartilha aprendendo a reconhecer abuso sexual na infânciaAna Filadelfi
 
Gravidez Na AdolescêNcia
Gravidez Na AdolescêNciaGravidez Na AdolescêNcia
Gravidez Na AdolescêNciaMarlui Oliveira
 
Gravidez na Adolescência
Gravidez na AdolescênciaGravidez na Adolescência
Gravidez na AdolescênciaMichele Pó
 
faça bonito 18 de maio - Copia.pptx
faça bonito 18 de maio - Copia.pptxfaça bonito 18 de maio - Copia.pptx
faça bonito 18 de maio - Copia.pptxFernandoPimenta19
 
Aula 8 adolescência e bullying
Aula 8   adolescência e bullyingAula 8   adolescência e bullying
Aula 8 adolescência e bullyingariadnemonitoria
 
Violência sexual infantil
Violência sexual infantilViolência sexual infantil
Violência sexual infantilEmanuel Oliveira
 
02012017121907-c5.carpina.16.a.20.01.2017.t7.m3.1.pdf
02012017121907-c5.carpina.16.a.20.01.2017.t7.m3.1.pdf02012017121907-c5.carpina.16.a.20.01.2017.t7.m3.1.pdf
02012017121907-c5.carpina.16.a.20.01.2017.t7.m3.1.pdfImaculadaConceiao
 
Violência contra mulher e Lei Maria da Penha
Violência contra mulher e Lei Maria da Penha  Violência contra mulher e Lei Maria da Penha
Violência contra mulher e Lei Maria da Penha Vyttorya Marcenio
 
Dia nacional de combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolesce...
Dia nacional de combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolesce...Dia nacional de combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolesce...
Dia nacional de combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolesce...Marilene dos Santos
 
O papel da familia no tratamento da dependencia
O papel da familia no tratamento da dependenciaO papel da familia no tratamento da dependencia
O papel da familia no tratamento da dependenciaRosane Domingues
 
Cartilha violencia contra_criancas_adolescentes_web
Cartilha violencia contra_criancas_adolescentes_webCartilha violencia contra_criancas_adolescentes_web
Cartilha violencia contra_criancas_adolescentes_webRosemary Batista
 

Mais procurados (20)

Sexualidade
SexualidadeSexualidade
Sexualidade
 
Lei 11.340 maria da penha
Lei 11.340   maria da penhaLei 11.340   maria da penha
Lei 11.340 maria da penha
 
Abusos sexuais
Abusos sexuaisAbusos sexuais
Abusos sexuais
 
Cartilha aprendendo a reconhecer abuso sexual na infância
Cartilha aprendendo a reconhecer abuso sexual na infânciaCartilha aprendendo a reconhecer abuso sexual na infância
Cartilha aprendendo a reconhecer abuso sexual na infância
 
Violencia de Género
Violencia de GéneroViolencia de Género
Violencia de Género
 
Gravidez Na AdolescêNcia
Gravidez Na AdolescêNciaGravidez Na AdolescêNcia
Gravidez Na AdolescêNcia
 
Gravidez na Adolescência
Gravidez na AdolescênciaGravidez na Adolescência
Gravidez na Adolescência
 
faça bonito 18 de maio - Copia.pptx
faça bonito 18 de maio - Copia.pptxfaça bonito 18 de maio - Copia.pptx
faça bonito 18 de maio - Copia.pptx
 
Aula 8 adolescência e bullying
Aula 8   adolescência e bullyingAula 8   adolescência e bullying
Aula 8 adolescência e bullying
 
Violência sexual infantil
Violência sexual infantilViolência sexual infantil
Violência sexual infantil
 
Violência contra a mulher
Violência contra a mulherViolência contra a mulher
Violência contra a mulher
 
02012017121907-c5.carpina.16.a.20.01.2017.t7.m3.1.pdf
02012017121907-c5.carpina.16.a.20.01.2017.t7.m3.1.pdf02012017121907-c5.carpina.16.a.20.01.2017.t7.m3.1.pdf
02012017121907-c5.carpina.16.a.20.01.2017.t7.m3.1.pdf
 
Gravidez adolescência
Gravidez adolescênciaGravidez adolescência
Gravidez adolescência
 
O que é violência sexual
O que é violência sexualO que é violência sexual
O que é violência sexual
 
Violência contra mulher e Lei Maria da Penha
Violência contra mulher e Lei Maria da Penha  Violência contra mulher e Lei Maria da Penha
Violência contra mulher e Lei Maria da Penha
 
Dia nacional de combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolesce...
Dia nacional de combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolesce...Dia nacional de combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolesce...
Dia nacional de combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolesce...
 
O papel da familia no tratamento da dependencia
O papel da familia no tratamento da dependenciaO papel da familia no tratamento da dependencia
O papel da familia no tratamento da dependencia
 
Palestra hpv
Palestra hpvPalestra hpv
Palestra hpv
 
Cartilha violencia contra_criancas_adolescentes_web
Cartilha violencia contra_criancas_adolescentes_webCartilha violencia contra_criancas_adolescentes_web
Cartilha violencia contra_criancas_adolescentes_web
 
Bulllying
BulllyingBulllying
Bulllying
 

Semelhante a Abuso sexual: sinais e ações para professores

Infancia violentada (aprovado)
Infancia violentada (aprovado)Infancia violentada (aprovado)
Infancia violentada (aprovado)PrLinaldo Junior
 
Abuso sexual - PROFESSORA ALISANDRA SANTOS
Abuso sexual - PROFESSORA ALISANDRA SANTOSAbuso sexual - PROFESSORA ALISANDRA SANTOS
Abuso sexual - PROFESSORA ALISANDRA SANTOSAlisandraOliveira2
 
Cartilha 2
Cartilha 2Cartilha 2
Cartilha 2LLidiana
 
Violência infantil
Violência infantilViolência infantil
Violência infantilLidiane Lima
 
Aula sobre violência contra crianças
Aula sobre violência contra criançasAula sobre violência contra crianças
Aula sobre violência contra criançasDiego Alvarez
 
Violência Doméstica Contra Crianças e Adolescentes: o que é e como combatê-la
Violência Doméstica Contra Crianças e Adolescentes: o que é e como combatê-laViolência Doméstica Contra Crianças e Adolescentes: o que é e como combatê-la
Violência Doméstica Contra Crianças e Adolescentes: o que é e como combatê-laThiago de Almeida
 
Abuso Sexual ( Pedofilia)
Abuso Sexual ( Pedofilia)Abuso Sexual ( Pedofilia)
Abuso Sexual ( Pedofilia)martasara
 
Palestra para educação infanttil - CONSELHO TUTELAR / TAQ-RS
Palestra para educação infanttil - CONSELHO TUTELAR / TAQ-RSPalestra para educação infanttil - CONSELHO TUTELAR / TAQ-RS
Palestra para educação infanttil - CONSELHO TUTELAR / TAQ-RSVIROUCLIPTAQ
 
Slide projeto violencia e abuso sexual renata
Slide projeto violencia e abuso sexual   renataSlide projeto violencia e abuso sexual   renata
Slide projeto violencia e abuso sexual renataFabiana Subrinho
 
Violência na infância
Violência na infânciaViolência na infância
Violência na infância-
 
Prostituição ou Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes
Prostituição ou Exploração Sexual de Crianças e AdolescentesProstituição ou Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes
Prostituição ou Exploração Sexual de Crianças e AdolescentesSousaLeitee
 
Violência Doméstica contra Crianças
Violência Doméstica contra CriançasViolência Doméstica contra Crianças
Violência Doméstica contra CriançasDavid Nordon
 
Pedofilia - Temas Contemporâneos
Pedofilia - Temas ContemporâneosPedofilia - Temas Contemporâneos
Pedofilia - Temas ContemporâneosAlexandra Alves
 

Semelhante a Abuso sexual: sinais e ações para professores (20)

Abuso
AbusoAbuso
Abuso
 
Cartilha-abuso.pdf
Cartilha-abuso.pdfCartilha-abuso.pdf
Cartilha-abuso.pdf
 
Infancia violentada (aprovado)
Infancia violentada (aprovado)Infancia violentada (aprovado)
Infancia violentada (aprovado)
 
Inf+éncia violentada
Inf+éncia violentadaInf+éncia violentada
Inf+éncia violentada
 
Abuso sexual - PROFESSORA ALISANDRA SANTOS
Abuso sexual - PROFESSORA ALISANDRA SANTOSAbuso sexual - PROFESSORA ALISANDRA SANTOS
Abuso sexual - PROFESSORA ALISANDRA SANTOS
 
Cartilha 2
Cartilha 2Cartilha 2
Cartilha 2
 
Infancia violentada
Infancia violentadaInfancia violentada
Infancia violentada
 
Violência infantil
Violência infantilViolência infantil
Violência infantil
 
Aula sobre violência contra crianças
Aula sobre violência contra criançasAula sobre violência contra crianças
Aula sobre violência contra crianças
 
Violência Doméstica Contra Crianças e Adolescentes: o que é e como combatê-la
Violência Doméstica Contra Crianças e Adolescentes: o que é e como combatê-laViolência Doméstica Contra Crianças e Adolescentes: o que é e como combatê-la
Violência Doméstica Contra Crianças e Adolescentes: o que é e como combatê-la
 
Abuso sexual-1212061080118991-8
Abuso sexual-1212061080118991-8Abuso sexual-1212061080118991-8
Abuso sexual-1212061080118991-8
 
Abuso sexual-1212061080118991-8
Abuso sexual-1212061080118991-8Abuso sexual-1212061080118991-8
Abuso sexual-1212061080118991-8
 
Abuso Sexual ( Pedofilia)
Abuso Sexual ( Pedofilia)Abuso Sexual ( Pedofilia)
Abuso Sexual ( Pedofilia)
 
maio laranja (1).pptx
maio laranja (1).pptxmaio laranja (1).pptx
maio laranja (1).pptx
 
Palestra para educação infanttil - CONSELHO TUTELAR / TAQ-RS
Palestra para educação infanttil - CONSELHO TUTELAR / TAQ-RSPalestra para educação infanttil - CONSELHO TUTELAR / TAQ-RS
Palestra para educação infanttil - CONSELHO TUTELAR / TAQ-RS
 
Slide projeto violencia e abuso sexual renata
Slide projeto violencia e abuso sexual   renataSlide projeto violencia e abuso sexual   renata
Slide projeto violencia e abuso sexual renata
 
Violência na infância
Violência na infânciaViolência na infância
Violência na infância
 
Prostituição ou Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes
Prostituição ou Exploração Sexual de Crianças e AdolescentesProstituição ou Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes
Prostituição ou Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes
 
Violência Doméstica contra Crianças
Violência Doméstica contra CriançasViolência Doméstica contra Crianças
Violência Doméstica contra Crianças
 
Pedofilia - Temas Contemporâneos
Pedofilia - Temas ContemporâneosPedofilia - Temas Contemporâneos
Pedofilia - Temas Contemporâneos
 

Abuso sexual: sinais e ações para professores

  • 1. ABUSO SEXUAL E VIOLÊNCIA AÇÕES INDICADAS PARA PROFESSORES
  • 2. Violência Doméstica na Infância deixa MARCAS. Só a PREVENÇÃO deixa TRILHAS! MITOS E VERDADES SOBRE ABUSO SEXUAL  Da palavra “mito” se origina do grego mythos que quer dizer fábula. O incesto, principalmente quando envolve crianças e adolescentes é marcado por mitos historicamente constituídos, que por sua vez acabam fortalecendo e respaldando o fenômeno. Vamos a seguir desfazer alguns desses mitos mostrando a verdadeira face do abuso sexual doméstico na infância.  Mito 1 – A maioria das pessoas acredita que as crianças possuem imaginação fértil e por isso, quando alegam estarem sofrendo um abuso sexual, estão simplesmente fantasiando uma história.  Verdade 1 – AZEVEDO e GUERRA (2000), citando MCGRAW (1987), revela que só 8% das crianças costumam faltar com a verdade quando o assunto é vitimização sexual e que desses 8%, cerca de ¾ das histórias inventadas pelas crianças são induzidas por adultos. Situações onde o Adulto Aliena a Criança, fazendo com que ela minta que houve um abuso.
  • 3.  Mito 2 – No imaginário popular acredita-se que o abusador sexual é um psicopata, um tarado que todos reconhecem na rua. Os pais, muitas vezes só se preocupam em alertar os filhos sobre o cuidado com pessoas estranhas.  Verdade 2 – Segundo ALLENDER(1999) a maioria dos abusos ocorre por parte de membros da família (29%) ou por alguém conhecido da vítima (60%). AZEVEDO e GUERRA (2000) afirmam que 85-90% dos agressores são pessoas CONHECIDAS das crianças. Logo, é fundamental alertar para a realidade de que o perigo pode vir da parte de quem está perto e não apenas de pessoas estranhas.  Ou seja é na família e em amigos que o abuso ocorre muito mais.  Mito 3 – Os pais acreditam que a vitimização sexual de crianças é algo raro e que tal coisa jamais acontecerá com seus próprios filhos.  Verdade 3 – Segundo AZEVEDO e GUERRA (2000) pesquisas revelam que 1 em 3 a 4 meninas e 1 em 6 a 10 meninos serão vítimas de abuso sexual até a idade de 18 anos.  Mito 4 – O tempo cura todos os males e a criança vitimizada sexualmente, esquecerá a experiência se ninguém ficar relembrando o assunto.  Verdade 4 – A criança nunca esquecerá um abuso sexual do qual foi vítima. Segundo KORNFIELD (2000): “Às vezes…há uma amnésia total. No entanto, o abuso ainda vive no plano inconsciente.” Os pais, cujos filhos foram vitimizados sexualmente, devem sempre buscar ajuda. Esconder um caso de abuso sexual debaixo do tapete pode custar muito caro à saúde emocional da criança e de sua família.
  • 4.  Mito 5 – Quando a criança ou o adolescente permitem os avanços sexuais do agressor sem esboçar uma resistência, não existe abuso sexual. Criança ou adolescente nunca permitem são ameaçados a permitir.  Verdade 5 – A criança e o adolescente nunca devem ser vistos como culpados. O agressor, para executar o abuso sexual, pode recorrer a diferentes métodos. Entretanto, quer seja usada a força, ameaça ou indução da vontade, sempre existirá nessa relação uma desigualdade de poder, onde o adulto leva vantagem sobre a vítima que ainda não possui estrutura física e emocional suficiente para se defender de um ataque dessa natureza.   “A violência sexual contra crianças e adolescentes, além de crime sexual, representa uma violação de direitos humanos universais. Quando ocorre no âmbito intrafamiliar, ultrapassa os limites e regras culturais, sociais, familiares e legais, pois se trata de um comportamento sórdido, degradante, repugnante e moralmente condenável, pois nega os princípios morais mais comezinhos formadores e informadores da célula familiar”.  Mito 6 – pais e familiares nunca cometem abuso.  O abuso sexual intrafamiliar é um dos temas mais sensíveis da realidade social e criminal nos tempos atuais, principalmente porque se sabe que as consequências para as crianças e os adolescentes abusados sexualmente são perenes, colocando em risco o equilíbrio biopsicossocial para o resto de suas vidas.
  • 5. A seguir listamos alguns desses indicativos que, isoladamente não constituem evidência de violência, mas a ocorrência simultânea de vários desses indicadores pode sugerir uma situação de violência. Portanto, a família, a escola, a comunidade e demais profissionais que lidam com crianças e adolescentes devem estar atentos na observação desses indicativos. Indicativos de Violência Física Roupas rasgadas ou com manchas de sangue; - Hemorragia vaginal ou retal; - Secreção vaginal ou peniana; - Infecção urinária; - Dificuldade para caminhar; - Gravidez precoce; - Queixas constantes de gastrite e dor pélvica; - Hematomas, edemas e escoriações na região genital, anal e mamária; - Infecções/doenças sexualmente transmissíveis; - Dificuldade para defecar Indicativos comportamentais: - Medo de ficar sozinho (a) com alguém ou em algum lugar; - Mudanças extremas, abruptas e inexplicáveis de comportamento e humor; - Regressão a comportamentos infantis como por exemplo chupar dedos, enurese (incontinência de urina), choro excessivo sem causa aparente; - Mudança de hábito alimentar perda de apetite (anorexia) ou excesso de alimentação (obesidade); - Frequentes fugas de casa e/ou ausência do convívio familiar; - Envolvimento com drogas; - Padrões de sono perturbado (pesadelos frequentes, agitação noturna, gritos, suores, provocados pelo terror de adormecer e sofrer abuso);
  • 6.  Indicativos de distúrbio Comportamental  - Tristeza, apatia, abatimento profundo ou depressão crônica; - Tentativa de suicídio; - Baixa autoestima; - Culpa e autoflagelação(Cuting); - Ansiedade generalizada, dificuldades de concentração, estado de alerta constante, fadiga; - Aversão ao contato físico; - Tendência ao isolamento social  Mudanças na frequência e desempenho escolar: - Assiduidade e pontualidade exagerada;( TOC) - Queda injustificada na frequência escolar; - Dificuldade em concentração e aprendizagem; - Pouco ou nenhuma participação nas atividades escolares; - Presença e/ou permanência exagerada na escola; - Ausência exagerada na escola; - Apego exagerado ao professor. Indicativos no comportamento sexual: - Interesse precoce por brincadeiras sexuais ou erotizadas; - Masturbação compulsiva; - Relatos de agressões sexuais; - Desenho de órgãos genitais com detalhes e características, além de sua capacidade etária; - Conduta sedutora; - Piadas, histórias, músicas incompatíveis com sua faixa etária.
  • 7.  ATENÇÃO PROFESSOR  SE VOCÊ DESCONFIA,QUE ALGUMAS DESTAS SITUAÇÕES ACONTECEM EM SUA ESCOLA, ENTRE EM CONTATO COM OS SEGUINTES LUGARES: - Disque 100 - Conselho Tutelar de sua Cidade- Lorena 31526542 - CREAS ( Centro de Referência Especializado e Assistência Social) 31573706