O documento discute a pedofilia, incluindo sua definição como uma perversão sexual com atração por crianças, como os abusadores operam enganando a confiança das crianças, e sinais de alerta de abuso sexual como depressão, pesadelos ou lesões físicas.
AJUSTADO Violência contra crianças e adolescentes - como perceber os sinais e...
Sinais de abuso sexual em crianças
1.
2. Índice
• Definição (Pedofilia)
• Como se processa?
• Exploração Sexual
• Perfil do Abusador
• Quais os sinais que nos devem alertar?
• Quais são os sinais comportamentais?
• Quais são os sinais físicos?
3. Definição
A pedofilia é uma psicopatologia, uma
perversão sexual com carácter compulsivo e
obsessivo, na qual adultos, geralmente do sexo
masculino, apresentam uma atracção sexual,
exclusiva ou não, por crianças e adolescentes
impúberes.
Alguns autores consideram
a pedofilia uma síndrome
(conjunto de sinais e
sintomas) que ocorre em
diversas psicopatologias.
4. Como Se Processa?
O pedófilo é um indivíduo aparentemente
normal, inserido na sociedade. Costuma ser
"uma pessoa acima de qualquer suspeita"
aos olhos da sociedade, o que facilita a sua
actuação. Conquistando a confiança da
criança, seduzindo-a muitas vezes com
ofertas de objectos ou dinheiro, e
ameaçando-a veladamente a fim de garantir
o seu silêncio. Mas há casos em que se pode
tornar violento e até matar suas vítimas.
Abuso, que se define como toda a situação
em que um adulto se utiliza de uma criança
ou adolescente para seu prazer sexual
5. O abuso sexual intra familiar é a forma mais comum
de actividade do pedófilo. Quem pratica o abuso
sexual é geralmente uma pessoa que a criança
conhece e confia e frequentemente ama, ou seja, o
pai, o padrasto, o avô ou o tio, ou ainda outras
pessoas que gozam da intimidade da família.
Frequentemente o pedófilo foi também uma vítima de
abuso sexual na infância. Dificilmente o abuso sexual
é descoberto por pessoas alheias
à família. É um acto protegido por
um verdadeiro muro de silêncio,
que resguarda a família,
mas impede a protecção
da criança.
6. Exploração Sexual
Por outro lado, o abuso sexual intra familiar,
especialmente nas classes sociais menos
favorecidas, é uma porta de entrada para a
prostituição de crianças e adolescentes. A
exploração sexual comercial de crianças e
adolescentes, é outro tipo de abuso sexual. O uso
sexual comercial de crianças e adolescentes ocorre
em todo o mundo. Em muitos países há uma certa
aceitação cultural da prostituição infantil. Muitos
ainda vêem a prostituição infantil como uma forma
de trabalho.
Uma forma moderna da exploração sexual de
crianças e adolescentes é a pornografia divulgada
através da Internet. O uso desse democrático e
eficiente meio de comunicação pelos pedófilos é
uma realidade.
7. Perfil Do Abusador
O abusador é uma pessoa comum, que mantém preservadas as demais
áreas de sua personalidade, ou seja, é alguém que pode ter uma profissão
destacada, pode ter uma família e até ser repressor e moralista, pode ter
bom acervo intelectual, enfim, aos olhos sociais e familiares pode ser
considerado um indivíduo normal ou até exemplar. É no entanto perverso, e
faz parte da sua perversão enganar a todos sobre sua parte doente. Ele
necessita da fantasia de poder sobre sua vítima, usa das sensações
despertadas no corpo da criança ou adolescente para subjugá-la,
incentivando a decorrente culpa que surge na vítima. O maior
dano que ele causa é à mente da criança, que é invadida por
concretização das fantasias sexuais próprias da infância e
que deveriam permanecer em seu imaginário. Essa
concretização precoce destas fantasias pode explicar a
evolução de abusado para abusador, uma vez que a
criança pode ficar aprisionada nesta prática infantil do
sexo e nas suas numerosas implicações psicológicas
doentias apenas mudando de lado quando se torna adulto,
permanecendo assim na cena sexual infantil traumática.
8. Quais os sinais que nos devem
alertar?
Há alguns sinais, comportamentos ou atitudes que a criança
abusada tende a manifestar. Alguns dos principais são
enunciados abaixo, mas importa salientar que todos eles são
sinais que apenas indiciam e não devem ser tomados como
uma prova conclusiva. caso de haver esse tipo de suspeita,
deve haver extrema cautela nas conclusões que se possam tirar
e sobretudo deve haver muita calma e ponderação, e procurar
acima de tudo transmitir à criança segurança e a ideia de que
ela pode abrir-se e contar o que se passou sem receios de
castigos ou retaliações. É igualmente importante ter a noção de
que a criança se pode sentir culpabilizada ou envergonhada do
que aconteceu e por isso tender a ficar silenciosa ou a não
contar tudo.
9. Quais são sinais comportamentais:
A depressão ou dificuldades em dormir (pesadelos
frequentes), manifestação de incómodo em ser tocada,
anormal e persistente interesse em assuntos de índole
sexual, alterações súbitas do comportamento como
agressividade, recusa de carinhos, auto-depreciação do
seu corpo (acham que está sujo, ou que tem anomalias
sobretudo a nível dos órgão sexuais), desenhos e
textos sobre fantasias de abuso sexual, medo de sair
sozinha ou de ir à escola, brincar com outras crianças
ou com objectos simulando actos sexuais, usar
vocabulário ou conceitos de índole sexual inapropriados
para a idade, evitamento de uma determinada pessoa
que pode até ser um familiar muito próximo.
10. Quais são sinais físicos:
As lesões (feridas, irritações, ou
hemorragias) nas zonas genitais ou orais,
aparecimento de hematomas no corpo
não explicáveis e sem história de
traumatismo conhecido, bem como o
aparecimento de infecções sexualmente
transmissíveis.