SlideShare uma empresa Scribd logo
Cirurgia Plástica
Serviço de Cirurgia Plástica da Santa Casa
de Misericórdia e Queimados de
São José do Rio Preto
Regência : Valdemar Mano Sanches
Seqüência de Möebius
Dr. Brunno Rosique Lara
Introdução
• A Seqüência de Möebius é caracterizada por uma
paralisia total ou parcial dos VI e VII pares cranianos.
• Estes nervos Abducente e Facial são responsáveis pela
mobilidade dos olhos e dos músculos da mímica, na
face. Portanto uma lesão neles causa alteração nos
movimentos dos olhos e na transmissão de movimentos
da face que expressam emoções.
• A doença é muito rara, ocorrendo em apenas 0,23 a
1,8% da população*
• * (Lundstrom K, Allen GC Congenital Facial Paralysis eMedicine Journal Oct,10(2) 2001:1-10).
Introdução
• Com cerca de 300 casos de Síndrome de Moebius, o
Brasil é o segundo país no mundo, atrás dos Estados
Unidos, com 800, e à frente da Grã-Bretanha, com
180.
• A estimativa é da Moebius Syndrome Foundation, uma
organização não-governamental sediada nos EUA,
criada há 9 anos para difundir informações capazes de
ajudar familiares e profissionais da área médica no
diagnóstico correto e tratamento precoce da síndrome.
Histórico
• A síndrome de Moebius foi
estudada por Paul Julius
Möbius ( 1853, -1907),que
além de nerologista era
também era filósofo e
teólogo .
Histórico
• Os primeiros casos foram descritos por Von Graefe em
1880, Harlan em 1881 e Chisolm em 1882.
• Möbius, em 1888 e 1892 estudou 43 casos de paralisia
dos nervos cranianos, identificando um grupo de 6
pacientes que apresentavam paralisia dos nervos faciais
e dos abducentes. Desde então, o nome de Möbius tem
sido associado a esta condição.
• Em 1939, Henderson(4) revisou os achados de 61
pacientes, reconhecendo as anormalidades sistêmicas
associadas, ampliando desta maneira o espectro desta
síndrome.
Etiologia
• Existem várias hipóteses para sua causa:
• Uma delas é a falta total ou parcial do núcleo do
Nervo Facial (Henderson,1939)
• Outra é a ausência do tecido muscular (Richards,1953)
• Para Masaki (1971) a causa é genética com herança
dominante.
• Enquanto Becker-Christensen e Lund (1974) acreditam
que a herança seja recessiva
Etiologia
• Reed e Grant (1957) acreditam que a causa seja
teratogênica
• Pastuszak e col.(1996) realizaram estudo e detectaram
que 49% das crianças estudadas nasceram após
tentativas frustradas de aborto, com o uso de
misoprostol.
Etiologia
• O Misoprosol é um análogo
sintético da prostaglandina
E1, prescrita para úlceras
gástricas ou duodenais e que
normalmente quando
administrada por via oral,
intravaginal ou ambas, no
primeiro trimestre da gestação
provoca o aborto e quando este
não ocorre, há o nascimento de
uma criança com Möebius,
vista a contração intra-uterina
e interrupção vascular da
artéria subclávia, entre as
4ª/6ª semanas de gestação.
Etiologia
• Isquemia fetal transitória é a teoria mais aceita
para explicar a síndrome
• Segundo seus defensores, qualquer alteração que
prejudique o fluxo sanguíneo da placenta para o
feto, num certo momento da gestação, poderia
originar a aplasia ou a hipoplasia dos núcleos
dos nervos facial e motor ocular externo, no
tronco cerebral.
Etiologia
• Independentemente da teoria principal, alguns
fatores ambientais têm sido implicados na gênese
da SM: hipertermia, exposição da gestante a
infecção, utilização do misoprostol, do álcool, da
cocaína, da talidomida e de benzodiazepínicos,
entre outros
Manifestações
• As manifestações mais
comuns são:
• A face em máscara ou
falta de expressão
facial,
• A inabilidade para
sorrir,
• Estrabismo
convergente,
Manifestações
• Ausência de
movimentação lateral dos
olhos e do piscar,
• Fissura palpebral,
• Dificuldade para fechar os
olhos, seguidos de
ressecamento da córnea,
• Fraqueza muscular na
parte superior do corpo
Manifestações
• Hipoplasia de mandíbula e de maxila,
• Baba,
• Palato alto e estreito,
• Língua pequena ou mal formada,
• Alterações de dentes,
• Alterações na fala,
• Problemas auditivos,
• Malformações de extremidades,
• Miopatia primária,
Manifestações
• Alterações de dentes,
• Alterações na fala,
• Problemas auditivos,
• Malformações de
extremidades,
• Miopatia primária,
Manifestações
• Retardo mental,
• Hérnia umbilical,
• Pés tortos congênitos,
• Contratura flexora de
joelhos e tornozelos e
muitas vezes
acompanhada de
anomalias de outros pares
de nervos cranianos.
Manifestações
• Algumas vezes
extremidades como
pés e mãos podem
apresentar polidactilia
(dedo extra
numerário), sindactilia
(dedos unidos) e
necessitam de
cuidados cirúrgicos
Manifestações
• Além disso, a
boca mantém-se
entreaberta e os
olhos não se
fecham, mas ao
tentar fechá-los
observa-se o
sinal de Bell um
aspecto anti-
estético muito
marcado.
0
5
10
15
20
25
30
35
40
cleft palate
subm
ucous
cleft
high
palate
syndactyly
Poland
syndrom
e
m
issing
digits
equinovarus
(club
feet)
am
putee
syndactyly
m
issing
toe
nail
dextrocardia
m
icrognathia
low
tone
Manifestações
• O glossofaríngeo e o
hipoglosso são os
nervos mais
comumente
acometidos.(6 e 7)
• Micrognatia e aplasia
do peitoral também
são observadas em
associação à SM,
constituíndo a
denominada
síndrome de Polland
0
20
40
60
80
100
3 4 6 7 8 9 10 11 12
Tratamento
• Por apresentar múltiplas manifestações os portadores da
síndrome deverão ser tratados por equipe
multiprofissional especializada em tais casos.
• O tratamento deverá priorizar as diferentes
necessidades físicas, cognitivas, sociais e emocionais
dos pacientes.
• Dependendo das necessidades, os pacientes precisarão
de correção cirúrgica ortopédica (para os pés tortos) e
oftalmológica (para estrabismo).
• Também são necessárias cirurgias para correção da
polidactilia e sindactilia.
Cirurgia do Sorriso
Tratamento
• Retalho Temporal Bilateral Ortodrômico com
Enxerto de Fáscia Lata
• Retalho Livre Microcirúrgico de Músculo
Grácil , reinervado com Nervo Massetérico
Tratamento
• Se houver alteração neurológica, necessitarão de
cuidados medicamentosos por parte do neurologista.
• Quando bebês, enquanto não houver condições de
alimentação por via oral, deverão ser alimentados por
sondas e receber estimulação intra-oral, esta última
realizada por fonoaudiólogo.
• Será este último profissional que lidará com a
alimentação, fala, linguagem e cuidados para com a
expressão corporal favorecendo a ausência da mímica
facial.
Qualidade de vida
• O portador da Seqüência de Möebius pode ter vida
normal?
• Sim. Desde que o indivíduo não tenha outras
manifestações associadas (convulsões, alterações
ventriculares, hidrocefalia, lesões no SNC) sua vida pode
ser normal.
• Seu desenvolvimento motor para o andar pode ser
retardado, devido à presença do pé torto congênito. Para
que o paciente possa vir a caminhar são necessárias
cirurgias ortopédicas para correção.
Qualidade de vida
• Quando não existe outra intercorrência o
desenvolvimento é natural, o indivíduo pode freqüentar a
escola e ter uma vida normal.
• O que muitas vezes acontece, é um preconceito a partir
de terceiros que excluem a pessoa devido à sua face
estranha e inabilidade para falar, causando danos
emocionais ao portador da doença.
Qualidade de vida
• A sua face sem
expressão faz com que
as outras pessoas
acreditem que esses
pacientes não tenham
desenvolvimento
cognitivo dentro da
normalidade esperada,
entretanto apenas 10%
deles pode vir a ter
alguma alteração nesse
sentido.
Sequencia de Moebius
Sequencia de Moebius

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Sequencia de Moebius

Doenças Raras Apreentação 1
Doenças Raras Apreentação 1Doenças Raras Apreentação 1
Doenças Raras Apreentação 1
GEDRBRASIL_ESTUDANDORARAS
 
SLIDE APRESENTAÇÃO 3.pptx
SLIDE APRESENTAÇÃO 3.pptxSLIDE APRESENTAÇÃO 3.pptx
SLIDE APRESENTAÇÃO 3.pptx
CarollineChaves
 
[c7s] Síndrome de Down
[c7s] Síndrome de Down[c7s] Síndrome de Down
[c7s] Síndrome de Down
7 de Setembro
 
Fundamentos da avaliação neurológica
Fundamentos da avaliação neurológicaFundamentos da avaliação neurológica
Fundamentos da avaliação neurológica
Faculdade Metropolitanas Unidas - FMU
 
Síndrome cri du-chat
Síndrome cri du-chatSíndrome cri du-chat
Síndrome cri du-chat
Thiago Samuel
 
Introdução ao Atendimento Odontologico de Pacientes Especiais
Introdução ao Atendimento Odontologico de Pacientes EspeciaisIntrodução ao Atendimento Odontologico de Pacientes Especiais
Introdução ao Atendimento Odontologico de Pacientes Especiais
Flavio Salomao-Miranda
 
Epidermólise Bolhosa: para os pais
Epidermólise Bolhosa: para os paisEpidermólise Bolhosa: para os pais
Epidermólise Bolhosa: para os pais
tauani26
 
Neurofibromatose
NeurofibromatoseNeurofibromatose
Neurofibromatose
ausendanunes
 
Síndrome cri - du - chat
 Síndrome  cri - du - chat Síndrome  cri - du - chat
Síndrome cri - du - chat
Jessica Oyie
 
Doenças geneticas sindromes
Doenças geneticas sindromesDoenças geneticas sindromes
Doenças geneticas sindromes
Elda Aguiar Gama
 
Doenças genéticas: Síndromes
Doenças genéticas: SíndromesDoenças genéticas: Síndromes
Doenças genéticas: Síndromes
Matheus Fellipe
 
Sindrome de crouzon
Sindrome de crouzonSindrome de crouzon
Sindrome de crouzon
Ana Luzia
 
Aberrações cromôssomicas
Aberrações cromôssomicasAberrações cromôssomicas
Aberrações cromôssomicas
brasilina
 
Aberrações cromômicas
Aberrações cromômicasAberrações cromômicas
Aberrações cromômicas
brasilina
 
Aberrações cromôssomicas
Aberrações cromôssomicas Aberrações cromôssomicas
Aberrações cromôssomicas
brasilina
 
sindrome de Down.pdf
sindrome de Down.pdfsindrome de Down.pdf
sindrome de Down.pdf
JenniferLoncloffINST
 
Eb (epidermólise bolhosa)
Eb (epidermólise bolhosa)Eb (epidermólise bolhosa)
Eb (epidermólise bolhosa)
Sompo Seguros
 
Síndrome cri du-chat
Síndrome cri du-chatSíndrome cri du-chat
Síndrome cri du-chat
Daniela Souza
 
Paralisia cerebral em Odontologia
Paralisia cerebral em OdontologiaParalisia cerebral em Odontologia
Paralisia cerebral em Odontologia
Flavio Salomao-Miranda
 
Oclusão e respiração bucal - 2º Congresso maloclusão em 300311 revisada em 1...
Oclusão e respiração bucal -  2º Congresso maloclusão em 300311 revisada em 1...Oclusão e respiração bucal -  2º Congresso maloclusão em 300311 revisada em 1...
Oclusão e respiração bucal - 2º Congresso maloclusão em 300311 revisada em 1...
Gerson Santos
 

Semelhante a Sequencia de Moebius (20)

Doenças Raras Apreentação 1
Doenças Raras Apreentação 1Doenças Raras Apreentação 1
Doenças Raras Apreentação 1
 
SLIDE APRESENTAÇÃO 3.pptx
SLIDE APRESENTAÇÃO 3.pptxSLIDE APRESENTAÇÃO 3.pptx
SLIDE APRESENTAÇÃO 3.pptx
 
[c7s] Síndrome de Down
[c7s] Síndrome de Down[c7s] Síndrome de Down
[c7s] Síndrome de Down
 
Fundamentos da avaliação neurológica
Fundamentos da avaliação neurológicaFundamentos da avaliação neurológica
Fundamentos da avaliação neurológica
 
Síndrome cri du-chat
Síndrome cri du-chatSíndrome cri du-chat
Síndrome cri du-chat
 
Introdução ao Atendimento Odontologico de Pacientes Especiais
Introdução ao Atendimento Odontologico de Pacientes EspeciaisIntrodução ao Atendimento Odontologico de Pacientes Especiais
Introdução ao Atendimento Odontologico de Pacientes Especiais
 
Epidermólise Bolhosa: para os pais
Epidermólise Bolhosa: para os paisEpidermólise Bolhosa: para os pais
Epidermólise Bolhosa: para os pais
 
Neurofibromatose
NeurofibromatoseNeurofibromatose
Neurofibromatose
 
Síndrome cri - du - chat
 Síndrome  cri - du - chat Síndrome  cri - du - chat
Síndrome cri - du - chat
 
Doenças geneticas sindromes
Doenças geneticas sindromesDoenças geneticas sindromes
Doenças geneticas sindromes
 
Doenças genéticas: Síndromes
Doenças genéticas: SíndromesDoenças genéticas: Síndromes
Doenças genéticas: Síndromes
 
Sindrome de crouzon
Sindrome de crouzonSindrome de crouzon
Sindrome de crouzon
 
Aberrações cromôssomicas
Aberrações cromôssomicasAberrações cromôssomicas
Aberrações cromôssomicas
 
Aberrações cromômicas
Aberrações cromômicasAberrações cromômicas
Aberrações cromômicas
 
Aberrações cromôssomicas
Aberrações cromôssomicas Aberrações cromôssomicas
Aberrações cromôssomicas
 
sindrome de Down.pdf
sindrome de Down.pdfsindrome de Down.pdf
sindrome de Down.pdf
 
Eb (epidermólise bolhosa)
Eb (epidermólise bolhosa)Eb (epidermólise bolhosa)
Eb (epidermólise bolhosa)
 
Síndrome cri du-chat
Síndrome cri du-chatSíndrome cri du-chat
Síndrome cri du-chat
 
Paralisia cerebral em Odontologia
Paralisia cerebral em OdontologiaParalisia cerebral em Odontologia
Paralisia cerebral em Odontologia
 
Oclusão e respiração bucal - 2º Congresso maloclusão em 300311 revisada em 1...
Oclusão e respiração bucal -  2º Congresso maloclusão em 300311 revisada em 1...Oclusão e respiração bucal -  2º Congresso maloclusão em 300311 revisada em 1...
Oclusão e respiração bucal - 2º Congresso maloclusão em 300311 revisada em 1...
 

Mais de Brunno Rosique

ABDOMINOPLASTY.ppt
ABDOMINOPLASTY.pptABDOMINOPLASTY.ppt
ABDOMINOPLASTY.ppt
Brunno Rosique
 
Abdominoplastia
 Abdominoplastia  Abdominoplastia
Abdominoplastia
Brunno Rosique
 
Lipoabdominoplastia - Técnica Saldanha
Lipoabdominoplastia - Técnica SaldanhaLipoabdominoplastia - Técnica Saldanha
Lipoabdominoplastia - Técnica Saldanha
Brunno Rosique
 
Excisão Fusiforme.PDF
Excisão Fusiforme.PDFExcisão Fusiforme.PDF
Excisão Fusiforme.PDF
Brunno Rosique
 
Guia de Neoplasia de Pele
Guia de Neoplasia de Pele Guia de Neoplasia de Pele
Guia de Neoplasia de Pele
Brunno Rosique
 
Queimaduras - atendimento.doc
Queimaduras - atendimento.docQueimaduras - atendimento.doc
Queimaduras - atendimento.doc
Brunno Rosique
 
Queimaduras- Tratamento .doc
Queimaduras- Tratamento .docQueimaduras- Tratamento .doc
Queimaduras- Tratamento .doc
Brunno Rosique
 
Queimaduras.doc
Queimaduras.docQueimaduras.doc
Queimaduras.doc
Brunno Rosique
 
Queimadura Química.ppt
Queimadura Química.pptQueimadura Química.ppt
Queimadura Química.ppt
Brunno Rosique
 
Lesões elétricas.doc
Lesões elétricas.docLesões elétricas.doc
Lesões elétricas.doc
Brunno Rosique
 
Prova 2004 Cirurgia Plástica
Prova 2004 Cirurgia Plástica Prova 2004 Cirurgia Plástica
Prova 2004 Cirurgia Plástica
Brunno Rosique
 
Prova 2005 Cirurgia Plástica
Prova 2005 Cirurgia Plástica Prova 2005 Cirurgia Plástica
Prova 2005 Cirurgia Plástica
Brunno Rosique
 
Prova Cirurgia Plástica
Prova Cirurgia Plástica Prova Cirurgia Plástica
Prova Cirurgia Plástica
Brunno Rosique
 
Prova 2002 Cirurgia Plástica
Prova 2002 Cirurgia Plástica Prova 2002 Cirurgia Plástica
Prova 2002 Cirurgia Plástica
Brunno Rosique
 
Prova oral Cirurgia Plástica
Prova oral Cirurgia Plástica Prova oral Cirurgia Plástica
Prova oral Cirurgia Plástica
Brunno Rosique
 
PROVA RESIDENTES DE CIRURGIA PLÁSTICA
PROVA RESIDENTES DE CIRURGIA PLÁSTICAPROVA RESIDENTES DE CIRURGIA PLÁSTICA
PROVA RESIDENTES DE CIRURGIA PLÁSTICA
Brunno Rosique
 
Prova 2003 Cirurgia Plástica
Prova  2003 Cirurgia Plástica Prova  2003 Cirurgia Plástica
Prova 2003 Cirurgia Plástica
Brunno Rosique
 
Sistema Tegumentar
Sistema TegumentarSistema Tegumentar
Sistema Tegumentar
Brunno Rosique
 
Pé Diabético- Neuropatia
Pé Diabético- NeuropatiaPé Diabético- Neuropatia
Pé Diabético- Neuropatia
Brunno Rosique
 
Peeling
 Peeling Peeling
Peeling
Brunno Rosique
 

Mais de Brunno Rosique (20)

ABDOMINOPLASTY.ppt
ABDOMINOPLASTY.pptABDOMINOPLASTY.ppt
ABDOMINOPLASTY.ppt
 
Abdominoplastia
 Abdominoplastia  Abdominoplastia
Abdominoplastia
 
Lipoabdominoplastia - Técnica Saldanha
Lipoabdominoplastia - Técnica SaldanhaLipoabdominoplastia - Técnica Saldanha
Lipoabdominoplastia - Técnica Saldanha
 
Excisão Fusiforme.PDF
Excisão Fusiforme.PDFExcisão Fusiforme.PDF
Excisão Fusiforme.PDF
 
Guia de Neoplasia de Pele
Guia de Neoplasia de Pele Guia de Neoplasia de Pele
Guia de Neoplasia de Pele
 
Queimaduras - atendimento.doc
Queimaduras - atendimento.docQueimaduras - atendimento.doc
Queimaduras - atendimento.doc
 
Queimaduras- Tratamento .doc
Queimaduras- Tratamento .docQueimaduras- Tratamento .doc
Queimaduras- Tratamento .doc
 
Queimaduras.doc
Queimaduras.docQueimaduras.doc
Queimaduras.doc
 
Queimadura Química.ppt
Queimadura Química.pptQueimadura Química.ppt
Queimadura Química.ppt
 
Lesões elétricas.doc
Lesões elétricas.docLesões elétricas.doc
Lesões elétricas.doc
 
Prova 2004 Cirurgia Plástica
Prova 2004 Cirurgia Plástica Prova 2004 Cirurgia Plástica
Prova 2004 Cirurgia Plástica
 
Prova 2005 Cirurgia Plástica
Prova 2005 Cirurgia Plástica Prova 2005 Cirurgia Plástica
Prova 2005 Cirurgia Plástica
 
Prova Cirurgia Plástica
Prova Cirurgia Plástica Prova Cirurgia Plástica
Prova Cirurgia Plástica
 
Prova 2002 Cirurgia Plástica
Prova 2002 Cirurgia Plástica Prova 2002 Cirurgia Plástica
Prova 2002 Cirurgia Plástica
 
Prova oral Cirurgia Plástica
Prova oral Cirurgia Plástica Prova oral Cirurgia Plástica
Prova oral Cirurgia Plástica
 
PROVA RESIDENTES DE CIRURGIA PLÁSTICA
PROVA RESIDENTES DE CIRURGIA PLÁSTICAPROVA RESIDENTES DE CIRURGIA PLÁSTICA
PROVA RESIDENTES DE CIRURGIA PLÁSTICA
 
Prova 2003 Cirurgia Plástica
Prova  2003 Cirurgia Plástica Prova  2003 Cirurgia Plástica
Prova 2003 Cirurgia Plástica
 
Sistema Tegumentar
Sistema TegumentarSistema Tegumentar
Sistema Tegumentar
 
Pé Diabético- Neuropatia
Pé Diabético- NeuropatiaPé Diabético- Neuropatia
Pé Diabético- Neuropatia
 
Peeling
 Peeling Peeling
Peeling
 

Último

NUTRIÇÃO E DIETETICA APLICADA A ENFERMAGEM grau tecnico.pptx
NUTRIÇÃO E DIETETICA APLICADA A ENFERMAGEM grau tecnico.pptxNUTRIÇÃO E DIETETICA APLICADA A ENFERMAGEM grau tecnico.pptx
NUTRIÇÃO E DIETETICA APLICADA A ENFERMAGEM grau tecnico.pptx
RAILANELIMAGOMES
 
CORP SSMA PROC 01 Análise preliminar de riscos - APR revisada.docx
CORP SSMA PROC 01 Análise preliminar de riscos - APR revisada.docxCORP SSMA PROC 01 Análise preliminar de riscos - APR revisada.docx
CORP SSMA PROC 01 Análise preliminar de riscos - APR revisada.docx
bentosst
 
Rejuvenescimento da Pele- Dicas e Tratamentos
Rejuvenescimento da Pele- Dicas e TratamentosRejuvenescimento da Pele- Dicas e Tratamentos
Rejuvenescimento da Pele- Dicas e Tratamentos
Werberth Ladislau Rodrigues da Silveira
 
anomalias dentárias imaginologia odontologia
anomalias dentárias imaginologia odontologiaanomalias dentárias imaginologia odontologia
anomalias dentárias imaginologia odontologia
SmeladeOliveira1
 
ALOP-2020 revista de tratamiento odontopediatria.pdf
ALOP-2020 revista de tratamiento odontopediatria.pdfALOP-2020 revista de tratamiento odontopediatria.pdf
ALOP-2020 revista de tratamiento odontopediatria.pdf
DentiKi
 
Diagnóstico de línga pela Medicina Tradicional Chinesa
Diagnóstico de línga pela Medicina Tradicional ChinesaDiagnóstico de línga pela Medicina Tradicional Chinesa
Diagnóstico de línga pela Medicina Tradicional Chinesa
Misael Rabelo de Martins Custódio
 

Último (6)

NUTRIÇÃO E DIETETICA APLICADA A ENFERMAGEM grau tecnico.pptx
NUTRIÇÃO E DIETETICA APLICADA A ENFERMAGEM grau tecnico.pptxNUTRIÇÃO E DIETETICA APLICADA A ENFERMAGEM grau tecnico.pptx
NUTRIÇÃO E DIETETICA APLICADA A ENFERMAGEM grau tecnico.pptx
 
CORP SSMA PROC 01 Análise preliminar de riscos - APR revisada.docx
CORP SSMA PROC 01 Análise preliminar de riscos - APR revisada.docxCORP SSMA PROC 01 Análise preliminar de riscos - APR revisada.docx
CORP SSMA PROC 01 Análise preliminar de riscos - APR revisada.docx
 
Rejuvenescimento da Pele- Dicas e Tratamentos
Rejuvenescimento da Pele- Dicas e TratamentosRejuvenescimento da Pele- Dicas e Tratamentos
Rejuvenescimento da Pele- Dicas e Tratamentos
 
anomalias dentárias imaginologia odontologia
anomalias dentárias imaginologia odontologiaanomalias dentárias imaginologia odontologia
anomalias dentárias imaginologia odontologia
 
ALOP-2020 revista de tratamiento odontopediatria.pdf
ALOP-2020 revista de tratamiento odontopediatria.pdfALOP-2020 revista de tratamiento odontopediatria.pdf
ALOP-2020 revista de tratamiento odontopediatria.pdf
 
Diagnóstico de línga pela Medicina Tradicional Chinesa
Diagnóstico de línga pela Medicina Tradicional ChinesaDiagnóstico de línga pela Medicina Tradicional Chinesa
Diagnóstico de línga pela Medicina Tradicional Chinesa
 

Sequencia de Moebius

  • 1. Cirurgia Plástica Serviço de Cirurgia Plástica da Santa Casa de Misericórdia e Queimados de São José do Rio Preto Regência : Valdemar Mano Sanches
  • 2. Seqüência de Möebius Dr. Brunno Rosique Lara
  • 3. Introdução • A Seqüência de Möebius é caracterizada por uma paralisia total ou parcial dos VI e VII pares cranianos. • Estes nervos Abducente e Facial são responsáveis pela mobilidade dos olhos e dos músculos da mímica, na face. Portanto uma lesão neles causa alteração nos movimentos dos olhos e na transmissão de movimentos da face que expressam emoções. • A doença é muito rara, ocorrendo em apenas 0,23 a 1,8% da população* • * (Lundstrom K, Allen GC Congenital Facial Paralysis eMedicine Journal Oct,10(2) 2001:1-10).
  • 4.
  • 5. Introdução • Com cerca de 300 casos de Síndrome de Moebius, o Brasil é o segundo país no mundo, atrás dos Estados Unidos, com 800, e à frente da Grã-Bretanha, com 180. • A estimativa é da Moebius Syndrome Foundation, uma organização não-governamental sediada nos EUA, criada há 9 anos para difundir informações capazes de ajudar familiares e profissionais da área médica no diagnóstico correto e tratamento precoce da síndrome.
  • 6. Histórico • A síndrome de Moebius foi estudada por Paul Julius Möbius ( 1853, -1907),que além de nerologista era também era filósofo e teólogo .
  • 7. Histórico • Os primeiros casos foram descritos por Von Graefe em 1880, Harlan em 1881 e Chisolm em 1882. • Möbius, em 1888 e 1892 estudou 43 casos de paralisia dos nervos cranianos, identificando um grupo de 6 pacientes que apresentavam paralisia dos nervos faciais e dos abducentes. Desde então, o nome de Möbius tem sido associado a esta condição. • Em 1939, Henderson(4) revisou os achados de 61 pacientes, reconhecendo as anormalidades sistêmicas associadas, ampliando desta maneira o espectro desta síndrome.
  • 8. Etiologia • Existem várias hipóteses para sua causa: • Uma delas é a falta total ou parcial do núcleo do Nervo Facial (Henderson,1939) • Outra é a ausência do tecido muscular (Richards,1953) • Para Masaki (1971) a causa é genética com herança dominante. • Enquanto Becker-Christensen e Lund (1974) acreditam que a herança seja recessiva
  • 9. Etiologia • Reed e Grant (1957) acreditam que a causa seja teratogênica • Pastuszak e col.(1996) realizaram estudo e detectaram que 49% das crianças estudadas nasceram após tentativas frustradas de aborto, com o uso de misoprostol.
  • 10. Etiologia • O Misoprosol é um análogo sintético da prostaglandina E1, prescrita para úlceras gástricas ou duodenais e que normalmente quando administrada por via oral, intravaginal ou ambas, no primeiro trimestre da gestação provoca o aborto e quando este não ocorre, há o nascimento de uma criança com Möebius, vista a contração intra-uterina e interrupção vascular da artéria subclávia, entre as 4ª/6ª semanas de gestação.
  • 11. Etiologia • Isquemia fetal transitória é a teoria mais aceita para explicar a síndrome • Segundo seus defensores, qualquer alteração que prejudique o fluxo sanguíneo da placenta para o feto, num certo momento da gestação, poderia originar a aplasia ou a hipoplasia dos núcleos dos nervos facial e motor ocular externo, no tronco cerebral.
  • 12. Etiologia • Independentemente da teoria principal, alguns fatores ambientais têm sido implicados na gênese da SM: hipertermia, exposição da gestante a infecção, utilização do misoprostol, do álcool, da cocaína, da talidomida e de benzodiazepínicos, entre outros
  • 13. Manifestações • As manifestações mais comuns são: • A face em máscara ou falta de expressão facial, • A inabilidade para sorrir, • Estrabismo convergente,
  • 14. Manifestações • Ausência de movimentação lateral dos olhos e do piscar, • Fissura palpebral, • Dificuldade para fechar os olhos, seguidos de ressecamento da córnea, • Fraqueza muscular na parte superior do corpo
  • 15. Manifestações • Hipoplasia de mandíbula e de maxila, • Baba, • Palato alto e estreito, • Língua pequena ou mal formada, • Alterações de dentes, • Alterações na fala, • Problemas auditivos, • Malformações de extremidades, • Miopatia primária,
  • 16. Manifestações • Alterações de dentes, • Alterações na fala, • Problemas auditivos, • Malformações de extremidades, • Miopatia primária,
  • 17. Manifestações • Retardo mental, • Hérnia umbilical, • Pés tortos congênitos, • Contratura flexora de joelhos e tornozelos e muitas vezes acompanhada de anomalias de outros pares de nervos cranianos.
  • 18. Manifestações • Algumas vezes extremidades como pés e mãos podem apresentar polidactilia (dedo extra numerário), sindactilia (dedos unidos) e necessitam de cuidados cirúrgicos
  • 19. Manifestações • Além disso, a boca mantém-se entreaberta e os olhos não se fecham, mas ao tentar fechá-los observa-se o sinal de Bell um aspecto anti- estético muito marcado. 0 5 10 15 20 25 30 35 40 cleft palate subm ucous cleft high palate syndactyly Poland syndrom e m issing digits equinovarus (club feet) am putee syndactyly m issing toe nail dextrocardia m icrognathia low tone
  • 20. Manifestações • O glossofaríngeo e o hipoglosso são os nervos mais comumente acometidos.(6 e 7) • Micrognatia e aplasia do peitoral também são observadas em associação à SM, constituíndo a denominada síndrome de Polland 0 20 40 60 80 100 3 4 6 7 8 9 10 11 12
  • 21. Tratamento • Por apresentar múltiplas manifestações os portadores da síndrome deverão ser tratados por equipe multiprofissional especializada em tais casos. • O tratamento deverá priorizar as diferentes necessidades físicas, cognitivas, sociais e emocionais dos pacientes. • Dependendo das necessidades, os pacientes precisarão de correção cirúrgica ortopédica (para os pés tortos) e oftalmológica (para estrabismo). • Também são necessárias cirurgias para correção da polidactilia e sindactilia.
  • 23. Tratamento • Retalho Temporal Bilateral Ortodrômico com Enxerto de Fáscia Lata • Retalho Livre Microcirúrgico de Músculo Grácil , reinervado com Nervo Massetérico
  • 24. Tratamento • Se houver alteração neurológica, necessitarão de cuidados medicamentosos por parte do neurologista. • Quando bebês, enquanto não houver condições de alimentação por via oral, deverão ser alimentados por sondas e receber estimulação intra-oral, esta última realizada por fonoaudiólogo. • Será este último profissional que lidará com a alimentação, fala, linguagem e cuidados para com a expressão corporal favorecendo a ausência da mímica facial.
  • 25. Qualidade de vida • O portador da Seqüência de Möebius pode ter vida normal? • Sim. Desde que o indivíduo não tenha outras manifestações associadas (convulsões, alterações ventriculares, hidrocefalia, lesões no SNC) sua vida pode ser normal. • Seu desenvolvimento motor para o andar pode ser retardado, devido à presença do pé torto congênito. Para que o paciente possa vir a caminhar são necessárias cirurgias ortopédicas para correção.
  • 26. Qualidade de vida • Quando não existe outra intercorrência o desenvolvimento é natural, o indivíduo pode freqüentar a escola e ter uma vida normal. • O que muitas vezes acontece, é um preconceito a partir de terceiros que excluem a pessoa devido à sua face estranha e inabilidade para falar, causando danos emocionais ao portador da doença.
  • 27. Qualidade de vida • A sua face sem expressão faz com que as outras pessoas acreditem que esses pacientes não tenham desenvolvimento cognitivo dentro da normalidade esperada, entretanto apenas 10% deles pode vir a ter alguma alteração nesse sentido.