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Para garantir o melhor tratamento para o paciente!
Identificar a doença cárie → saber reconhecer todo o contexto (fatores etiológicos).
Esse processo de diagnóstico vai muito além de simplesmente detectar as lesões de
cárie presentes na cavidade bucal.
Entretanto, o diagnóstico de lesões cariosas não deve ser excluído, pois é um dos
fatores a serem analisados no diagnóstico da doença.
Eu tenho 10 cataporas?
Ou tenho catapora e 10
vesículas de catapora?
 Extensão das lesões de cárie (esmalte ou dentina?)
 Há cavitação?
 Atividade das lesões (ativas ou inativas?)
 Há presença de biofilme maduro? (intimamente relacionado à atividade)
Como fazê-lo?
Dentes LIMPOS, SECOS e bem ILUMINADOS
Alguns critérios visuais têm sido propostos para serem usados com essa finalidade
em associação ao ICDAS.
Um deles consiste na ponderação mental, pelo examinador, das características
táteis e visuais associadas à atividade da lesão de cárie, o qual chega finalmente à
conclusão se a lesão é ativa ou inativa (ICDAS Committee)
Outro critério adicional que foi criado para ser utilizado em associação ao ICDAS é o
Lesion Activity Assessment (LAA), que se baseia na combinação de parâmetros
clínicos relacionados à lesão, como aparência visual da lesão (ICDAS), propensão local
à estagnação de placa e textura da superfície. Para cada um deles, há pontos
específicos para serem atribuídos, sendo a soma desses pontos a forma de
classificação dessas lesões, quanto à atividade.
É importante ressaltar que para avaliação da rugosidade do esmalte ou a
consistência da dentina, o clínico deve utilizar a sonda OMS, também conhecida
como sonda ball point.
As lesões proximais podem também ser avaliadas utilizando-se o exame visual,
com o auxílio do ICDAS. No entanto, é importante que sejam ressaltadas algumas
peculiaridades advindas da localização desse tipo de lesão.
 As lesões se tornam apenas visíveis no momento em que são grandes o bastante
para aparecerem pelas ameias ou pela crista marginal;
 Para cavidades menores: separação temporária com elásticos, para visualização
direta da superfície proximal.
O tratamento está diretamente vinculado à ATIVIDADE da lesão!!!
Baseia-se no prognóstico e na velocidade de progressão da doença, que deve ser
interceptada, de alguma maneira, seja ela operatória ou não, para que não ocasione
maiores danos.
 lesões inativas, por já estarem paralisadas, não demandam nada mais além de
acompanhamento.
 lesões 5 e 6, mesmo que inativas, muitas vezes, demandam tratamento
restaurador. Esse tratamento visará devolver estética e função, mas não controlar
localmente a doença cárie.
Diagnóstico da atividade de lesões de cárie

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Diagnóstico da atividade de lesões de cárie

  • 1.
  • 2. Para garantir o melhor tratamento para o paciente! Identificar a doença cárie → saber reconhecer todo o contexto (fatores etiológicos). Esse processo de diagnóstico vai muito além de simplesmente detectar as lesões de cárie presentes na cavidade bucal. Entretanto, o diagnóstico de lesões cariosas não deve ser excluído, pois é um dos fatores a serem analisados no diagnóstico da doença. Eu tenho 10 cataporas? Ou tenho catapora e 10 vesículas de catapora?
  • 3.  Extensão das lesões de cárie (esmalte ou dentina?)  Há cavitação?  Atividade das lesões (ativas ou inativas?)  Há presença de biofilme maduro? (intimamente relacionado à atividade)
  • 4. Como fazê-lo? Dentes LIMPOS, SECOS e bem ILUMINADOS
  • 5.
  • 6.
  • 7. Alguns critérios visuais têm sido propostos para serem usados com essa finalidade em associação ao ICDAS. Um deles consiste na ponderação mental, pelo examinador, das características táteis e visuais associadas à atividade da lesão de cárie, o qual chega finalmente à conclusão se a lesão é ativa ou inativa (ICDAS Committee)
  • 8. Outro critério adicional que foi criado para ser utilizado em associação ao ICDAS é o Lesion Activity Assessment (LAA), que se baseia na combinação de parâmetros clínicos relacionados à lesão, como aparência visual da lesão (ICDAS), propensão local à estagnação de placa e textura da superfície. Para cada um deles, há pontos específicos para serem atribuídos, sendo a soma desses pontos a forma de classificação dessas lesões, quanto à atividade.
  • 9. É importante ressaltar que para avaliação da rugosidade do esmalte ou a consistência da dentina, o clínico deve utilizar a sonda OMS, também conhecida como sonda ball point.
  • 10. As lesões proximais podem também ser avaliadas utilizando-se o exame visual, com o auxílio do ICDAS. No entanto, é importante que sejam ressaltadas algumas peculiaridades advindas da localização desse tipo de lesão.  As lesões se tornam apenas visíveis no momento em que são grandes o bastante para aparecerem pelas ameias ou pela crista marginal;  Para cavidades menores: separação temporária com elásticos, para visualização direta da superfície proximal.
  • 11.
  • 12.
  • 13. O tratamento está diretamente vinculado à ATIVIDADE da lesão!!! Baseia-se no prognóstico e na velocidade de progressão da doença, que deve ser interceptada, de alguma maneira, seja ela operatória ou não, para que não ocasione maiores danos.
  • 14.  lesões inativas, por já estarem paralisadas, não demandam nada mais além de acompanhamento.  lesões 5 e 6, mesmo que inativas, muitas vezes, demandam tratamento restaurador. Esse tratamento visará devolver estética e função, mas não controlar localmente a doença cárie.