Que na sua pratica Identifique a Política Nacional da Saúde Integral da População Negra - PNSIPN enquanto estratégia para o aumento do acesso ao SUS e na melhora da qualidade do cuidado na sua Unidade de Saúde.
1. Politica Nacional da Saúde
Integral da População Negra-
PNSIPN
SAÚDE, BEM-ESTAR E
CULTURA NEGRA
Regina Maria Faria Gomes
Agosto 2015
1
Fonte imagem: Google imagens
Imagem curso UNA-SUS
2. Sou formada em Psicologia pela Universidade de
Guarulhos(UNG), turma de 1983. Especializei-me em
Psicologia Clinica, Psicopatologia do Trabalho,
Dependência Química, Gestão Saúde Publica, Gênero
e Politicas Públicas, Impactos da Violência em Saúde,
entre tantos temas.
Estou casada, dois filhos, Servidora Publica e
recentemente com Deficiência física pela Síndrome
pós-poliomielite e Auditiva.
Contatos: regomes1@gmail.com
Facebook: http://facebook.com/Regomes1
2
3. A Buzzero e tod@s educadores, mestres, autores/as e militantes que tem
participado da minha jornada em busca e aprendizado de estar um ser humano
melhor, na busca de igualdade de direitos entre homens e mulheres,
brancos/negro/indígenas e de contribuição na construção de politicas que visem
a interferir nestas situações de desigualdades e iniquidades. São muitos/as que
estão contribuindo, sendo assim, estou correndo o risco de não pronuncia-los/ás,
pois a maioria dos conceitos aqui citados vieram destas fontes e de com certeza
da minha fé na sua existência de um poder Superior. Agradecimento especial a
Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS) fonte principal deste aprendizado que ,
hoje partilho.
3
http://www.unasus.gov.br/
4. Sumário
4
titulo slide
Palavras iniciais 2
agradecimento 3
Sumário 4
Objetivos 5
Símbolo da Política
Nacional da Saúde Integral
da População
9
1- Cultura Negra, Saúde e
Bem-estar
13
IDENTIDADE SOCIAL 22
Bioética e vulnerabilidade 42
Família Negra 53
Então...preparados/as para começar? Vejam aqui
o panorama geral deste curso:
titulo slide
Estratégia com potencial de demolição do
racismo institucional
58
O mapeamento sobre a ancestralidade 59
Povos e Comunidades Tradicionais de
Matrizes Africanas
70
Valores culturais negros 91
Resiliência – uma capacidade coletiva 122
Ecologia Biocultural Negra 143
Sintetizando a Política Nacional de Saúde
Integral da População Negra - PNSIPN
155
Sites interessantes 172
Referências Bibliográficas 176
I- Contextualizando a Saúde Da População Negra com base na Politica
Nacional da Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
5. Objetivo Geral
Espero que você profissional de saúde, venha
a atuar, pela perspectiva do cuidado centrado
na pessoa e na família, para implementação da
Política Nacional Integral da População
Negra-PNSIPN promovendo o acesso ao SUS
e ao cuidado de saúde equânime e
culturalmente pertinentes às necessidades da
população negra.
5
Prossiga
6. Objetivo específico
Que na sua pratica Identifique a Política
Nacional da Saúde Integral da População
Negra - PNSIPN enquanto estratégia para
o aumento do acesso ao SUS e na
melhora da qualidade do cuidado na sua
Unidade de Saúde.
6
Prossiga
7. O que significa Políticas Públicas
As políticas públicas são fundamentadas pelo direito coletivo, são
de competência do Estado e envolvem relações de reciprocidade e
antagonismo entre o Estado e a sociedade civil.
E MAIS...
O que significa Políticas Públicas
7
Políticas Públicas é o conjunto de ações
coletivas que garantem direitos sociais, por
meio do qual são distribuídos ou
redistribuídos bens e recursos públicos, em
resposta às diversas demandas da sociedade.
Fonte oogle imagens
8. 8
“Quem não
sabe de onde
veio, não tem
como saber
para onde vai. “
Provérbio africano
Fonte Google imagens
9. Você sabia que a
galinha d'angola é
símbolo da Política
Nacional da Saúde
Integral da População
Negra – PNSIPN-?
Vamos a sua história
9
Saiba que ao Clicar no link que está
sublinhado você será direcionado ao texto
fonte
Imagem curso UNA-SUS
10. A galinha d'Angola era uma ave
considerada muito feia e por isso as
pessoas se afastavam dela, mesmo
tendo qualidades.
Cansada de ser desprezada, resolveu
consultar um líder. Porém, o líder a
colocou para fora, dizendo que ela não
tinha as condições para permanecer
naquela floresta.
Ainda mais triste, a galinha d'Angola
resolveu ir para outra floresta e de uma
vez por todas, deixar de conviver perto
de tudo e todos.
Após muitos dias caminhando, a galinha
d'Angola parou em uma nova floresta.
Lá, ela encontrou um velho maltrapilho
gemendo de dores. O Velho disse:
"Pare! Estou muito doente, cheio de
feridas, e não tenho dinheiro para me
alimentar, me dê o que comer e beber,
por favor!“
10
A galinha d'Angola pegou todo
alimento e água que tinha e
deu ao Velho que, após saciar
a sua fome e sede, dormiu um
sono profundo.
Enquanto o Velho dormia, a
galinha d'Angola andou pela
floresta e encontrou ervas
para limpar e curar as feridas
do velho.
Ao acordar, o Velho já sem
dores notou que suas feridas
haviam sido cuidadas.
Perguntou à galinha d'Angola
porque ainda estava lá e ela
respondeu:
11. 11
- O senhor estava
precisando de mim.
Fiquei para lhe ajudar,
mesmo sabendo que as
pessoas se afastam por
me considerar feia.
O Velho então disse:
- As pessoas olham, mas
não vêem que a beleza
está na sua compaixão...
A galinha d'Angola ficou
alegre com o
reconhecimento. O Velho,
que era um artista, com uma
pedra de giz branco começou
a enfeitá-la com muitas
pintas.
E, dizendo que todos agora
iriam ver o seu coração
compassivo, modelou um
coraçãozinho vermelho que
coroou a cabeça da galinha
d'Angola!
Lição para a vida: não
devemos julgar ninguém por
sua aparência, nem negar
apoio, assim como nossos
conhecimentos.
Há beleza, conhecimento e
valor em sermos compassivo,
ou seja, em nos colocarmos no
lugar do "outro/a" tratando as
pessoas como gostaríamos de
sermos tratadas/os.
12. A galinha d'Angola está associada à Política Nacional
da Saúde Integral da População Negra - PNSIPN
porque a população negra deve ser vista e tratada pela
atitude, não por generalizações ou estereótipos, e tem a
solidariedade e compaixão enquanto marcos civilizatórios,
assim como o conhecimento sobre práticas tradicionais de
cura a ser compartilhado por todos/as no SUS.
Símbolo da Política Nacional da Saúde Integral da População
12
Fonte:G oogle imagens
13. A Política Nacional da Saúde
Integral da População Negra -
PNSIPN sintetiza estes valores
em uma diretriz para que você
profissional de saúde "Trate
o/a cliente enquanto pessoa
com respeito à sua cultura,
como o ser humano que é."
Politica Nacional da Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
13
Fonte:G oogle imagens
14. Na perspectiva da Política Nacional
da Saúde Integral da População
14
Fonte:G oogle imagens
15. 15
Espero que ao final da leitura
sobre CULTURA NEGRA, SAÚDE E
BEM-ESTAR você possa
correlacionar a influência da
cultura, da família, da história,
da resiliência e da genética da
população negra brasileira com
a saúde-doença e bem-estar.
PROSSIGA
16. GLOSSÁRIO
16
Cultura –
“um mapa, um receituário, um código
através do qual as pessoas de um dado
grupo pensam, classificam, estudam e
modificam o mundo e a si mesmas. É
justamente porque compartilham de
parcelas importantes deste código (a
cultura) que um conjunto de indivíduos
com interesses e capacidades distintas e
até mesmo opostas transformam-se
num grupo e podem viver juntos,
sentindo-se parte de uma totalidade”.
Uma informação
importante
17. 17
Abaixo o link do teste elaborado pela professora Dilma de
Melo Silva, do Núcleo de Apoio à Pesquisa sobre o Negro
Brasileiro (NEIMB) da USP .
SILVA, D.M. A cultura negra faz parte de suas raízes?. Educar para crescer. Disponível
em: http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/testes/a-cultura-negra-faz-
parte-de-suas-raizes.shtml Acesso em 10/08/2015
Uma informação
importante
18. 18
Saiba que a Política Nacional de Saúde
Integral da População Negra - PNSIPN tem
como objetivo principal a desconstrução
do racismo institucional no Sistema Único
de Saúde (SUS) e a inclusão das práticas de
cura de matriz afro-brasileira no SUS.
Para sua implementação, é
indispensável que você e cada
profissional de saúde examine
suas próprias crenças quanto à
população negra e sua cultura de
matriz afro-brasileira
19. GLOSSÁRIO
19
Racismo institucional: Trata da discriminação que foi
incorporada, sistematizada, em processos e procedimentos das
instituições sociais seja em razão do preconceito quanto à cor ou
etnia, seja em razão do fracasso em solucionar as necessidades
específicas de diferentes grupos populacionais ou identitários. O
racismo institucional é um efeito, um resultado, mas que tem sua
causa em relações interpessoais com vieses étnico-raciais. O
racismo institucional impacta em grupos e reflete um padrão, mas é
ativado pela identidade social da pessoa que sofre um incidente
discriminatório mascarado pelo isolamento ou aleatoriedade. O
padrão de discriminação étnico-racial, ou seja, o racismo
institucional no SUS, por exemplo, pode ser revelado pelas
informações institucionais relacionadas às identidades sociais
das/dos usuárias/os.
20. 20
O reconhecimento da descendência da
África e, principalmente, do orgulho de
nossa africanidade na composição da
identidade brasileira, exige perceber o
quanto de África existe dentro de cada
um de nós.
GLOSSÁRIO
Cultura e tradições afro-brasileiras
“ visões de mundo específicas e
modos de agir que influenciam
nossas crenças e práticas de
saúde.”
Fonte: Boehs Astrid Eggert, Monticelli Marisa, Wosny Antônio de
Miranda, Heidemann Ivonete B. S., Grisotti Márcia. A interface
necessária entre enfermagem, educação em saúde e o conceito de
cultura http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
07072007000200014
Acesso em 31/07/2015.
21. 21
Faça teste elaborado pela professora
Dilma de Melo Silva, do Núcleo de Apoio
à Pesquisa sobre o Negro Brasileiro
(NEIMB) CLICANDO aqui , e descubra o
quanto a cultura afro-brasileira está
presente na sua vida.
.
Fonte imagem: Google imagens
Então, antes de continuar vamos a uma
pequena pausa. Faça o teste no link
abaixo e conheça as suas raízes
africanas.
22. Entenda que é a consciência crítica
de suas crenças e, especialmente, de
suas atitudes a condição que lhe
assegura a prestação de um cuidado
de saúde centrado na pessoa, no ser
humano, isento de discriminação
étnico-racial, correlacionando a
influência da cultura, da família, da
história, da resiliência e da genética
da população negra brasileira com a
saúde-doença e bem-estar. Fonte: Isabel Cristina Fonseca da Cruz & Maria do
Carmo Sales Monteiro
UMA QUESTÃO
PARA VOCÊ PENSAR
22
Fonte imagem: Google imagens
23. MORAIS, 2003, afirma que a
identidade social das pessoas é
história, ou seja as relações
sociais são influenciadas pelas
normas culturais e, neste
sentido, como as normas
culturais avançam ou regridem
ao longo do tempo forma-se a
identidade social.
MORAIS, E. S. Corte e costura étnica: representações da identidade étnica afrodescendente nas
relações socioeducativas no Congo-Centro Médico Social. Dissertação (mestrado), UNEB, Salvador,
2003. Disponível em
http://www.ppgeduc.com/dissertacoes/turma_1/2001_l1_edmilson_de_sena_morais.pdf acesso em
30/07/2015
IDENTIDADE SOCIAL
23
Fonte imagem: Google imagens
24. Além de ser história, a
identidade social da pessoa é
constituída por um mosaico de
várias identidades culturais
resultantes das relações e
trocas com outras pessoas,
assim como por valores de
outras culturas.
IDENTIDADE SOCIAL
24
Fonte imagem: Google imagens
25. Então podemos afirmar que
você, profissional de saúde,
possui uma identidade civil,
étnica-racial, de gênero, local,
regional, nacional, entre
outras? Que no contexto do
SUS, você possui uma
identidade profissional.?
25
27. Sim. Muitas informações sobre sua
cultura do ambiente de trabalho e dos
valores institucionais e profissionais
são veiculadas por diferentes meios
de comunicação, modelando tanto a
sua identidade quanto as suas
interações sociais de forma positiva
e/ou negativa.
Lembre-se também que por outro lado, o/a
usuário/a do SUS também possuem uma
identidade civil, de gênero, local, regional,
nacional, entre outras.
27
Fonte imagem: Google imagens
28. Saiba que, quanto à identidade
étnica-racial, dentre o/as
usuário/as do SUS, 70% são
pretos e pardos . (SEPPIR, 2011).
SEPPIR. Seppir e MS firmam acordo de cooperação com foco na Saúde
da População Negra. 2011. Disponível em: https://www.seppir.gov.br/portal-
antigo/noticias/ultimas_noticias/2011/10/seppir-e-ms-firmam-acordo-de-
cooperacao-com-foco-na-saude-da-populacao-negra Acesso em 30/07/2015
28
29. Então, se a maioria
da clientela do SUS é
negra - O quanto
você conhece sobre
este cliente-padrão e
suas necessidades de
saúde e bem-estar?
29
30. Seja a sua resposta “muito”, “pouco”
ou “nada”, valerá verificar ao longo
desta aula qual a distância entre você
e o/a cliente negra/o, assim como
entre você e a cultura afro-brasileira,
incluindo duas práticas de saúde.
30
Fonte imagem: Google imagens
31. Fique atendo as suas práticas, pois,
assim como a cultura étnico-racial
influencia a identidade e as
relações, isto reflete no processo de
saúde-doença e bem-estar da
pessoa, família e comunidade,
consequentemente a cultura étnico-
racial também influencia as
relações entre profissionais de
saúde e usuárias/os do SUS.
31
Fonte imagem: Google imagens
32. Estar próximo ou distante do/a
cliente se deve muito
provavelmente a fato de que
muitas informações sobre a cultura
negra brasileira e os seus valores de
matriz africana são veiculados por
diferentes meios de comunicação
(SOUSA, 2013), modelando tanto
a identidade quanto as interações
sociais de forma positiva ou de
forma negativa.
•SOUSA, C.B Enfrentamento ao racismo e consciência negra: e a comunicação com isso? Carta Capital,
Intervozes, 2013. Disponível em http://www.cartacapital.com.br/blogs/intervozes/enfrentamento-ao-racismo-e-
consciencia-negra-e-a-comunicacao-com-isso-6574.html Acessado em 28/07/2015 32
Veja a seguir o que a Política
Nacional de Saúde Integral da
População Negra -PNSIPN identifica
na linha do tempo.
33. Como a
formação da
identidade
étnico-racial
das pessoas
também
depende da
história, veja
ao lado o
que a Política
Nacional de
Saúde
Integral da
População
Negra -
PNSIPN
identifica na
linha do
tempo:
•SOUSA, C.B Enfrentamento ao racismo e consciência negra: e a comunicação com isso? Carta Capital, Intervozes, 2013. Disponível em
http://www.cartacapital.com.br/blogs/intervozes/enfrentamento-ao-racismo-e-consciencia-negra-e-a-comunicacao-com-isso-6574.html Acessado
em 28/07/2015
1. O período colonial brasileiro no qual aconteceu intensamente o
processo de objetificação, por meio da ideologia do racismo, dos
milhões de negros e negras escravizados (pessoas transformadas em
escravos nas Américas), trazidos do continente africano nos porões
dos navios negreiros para as fazendas de cana-de-açúcar em condições
de vida e trabalho adversas. Vale observar, que paralelamente se
desenvolvia o processo de “branquidade” no grupo escravizador.
2. Os episódios de resistência e luta nos quais negros e negras lutam
democraticamente contra o racismo, entre outras formas de
discriminação, e se constituem como sujeitos de sua própria história.
3. Na atualidade, o racismo estrutural se mantém e condiciona de
forma adversa os determinantes sociais da saúde/doença da população
negra e por meio de diversos recursos de mídia reelabora e reforça os
preconceitos, os estereótipos étnico-raciais, legitimando a
invisibilidade, a inferiorização e a estigmatização da população negra.
33
34. Branquidade
Fonte: RIOS, Luís Felipe et al .. Axé, práticas corporais e Aids nas religiões africanistas do Recife, Brasil. Ciênc. saúde
coletiva, Rio de Janeiro , v. 18, n. 12, Dec. 2013 http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-
81232013001200021&script=sci_arttext . acessos em 31/07/2015.
GLOSSÁRIO
34
Branquidade – mecanismos
retóricos, políticos, culturais e
sociais pelos quais a
identidade racial branca é
inventada (falsa) e usada para
mascarar seu poder e
privilégio em relação aos
“outros/as” (opressiva).
Racismo : É a atribuição
de estatutos
intelectuais e morais
inferiores/superiores a
grupos
humanos/étnicos
específicos
Racismo
35. História, cultura, racismo e
enfrentamento são partes da construção
contínua da identidade étnico-racial da
população brasileira como um todo e têm
impacto sobre a saúde e sobre as
interações profissional-usuária/o SUS.
35
Em outras palavras...
36. No sentido de garantir a equidade e a
diversidade étnico-racial no SUS, a Política
Nacional de Saúde Integral da População
Negra- PNSIPN estabelece as diretrizes
para interação profissional-usuária/o isenta
de discriminação étnico-racial, assim como
para a integração da cultura de matriz afro-
brasileira no processo de cuidar em saúde.
36
Em outras palavras...
37. Qual estratégia do cuidado
em saúde tem o potencial
de revelar a resiliência da
comunidade negra, de
cultura de matriz afro-
brasileira, atendida pela sua
Unidade de Saúde?
37
UMA QUESTÃO
PARA VOCÊ PENSAR
38. Apresento duas estratégias do
cuidado em saúde que tem o
potencial de revelar a resiliência
da comunidade negra, de cultura
de matriz afro-brasileira.
38
São elas
• Pesquisa sobre a histórias das
famílias da comunidade adstrita e a
• exposição dos achados.
Fonte imagem: Google imagens
39. A Pesquisa sobre a histórias das famílias da
comunidade adstrita e a exposição dos
achados são estratégias com potencial
(demolidor do racismo institucional- RI)
pois explicita as informações e os
conhecimentos sobre vários aspectos da
cultura do usuário/a tanto para a própria
comunidade quanto para os profissionais
de saúde.
39
Saiba que, preconceito se
combate ou se previne com
informação e conhecimento
Fonte imagem: Google imagens
40. Preconceito: É a ideia ou opinião
preconcebida, formada sem maior
conhecimento, sem consideração
dos argumentos ou dos sentimentos
das pessoas que sofrem o
preconceito. No caso do preconceito
racial no Brasil, ele pode ser
exteriorizado como suspeita,
desconfiança, intolerância, medo,
aversão, às vezes ódio a pessoas ou
coletivos, sob pretexto do aspecto
ou das marcas físicas e/ou culturais,
os identificam como de uma raça ou
etnia.
GLOSSÁRIO
40
Imagem curso UNA-SUS
41. Discriminação: Refere a atitude e/ou conduta, por
pessoas pelo julgamento e explicitação de
estereótipos de raça, sexo, idade, religião,
ascendência nacional, origem social, opinião política,
entre outros motivos. Significa “distinção, exclusão,
restrição ou preferência baseada em raça, cor,
descendência ou origem nacional ou étnica que
tenha por objeto ou resultado anular ou restringir o
reconhecimento, gozo ou exercício em um mesmo
plano (em igualdade de condição) de direitos
humanos e liberdades fundamentais nos campos
político econômico, social, cultural ou em qualquer
outro campo da vida pública” (parte I, Art. 1°).
GLOSSÁRIO
41
Imagem curso UNA-SUS
42. A sociedade brasileira reconheceu a
existência do racismo institucional e a
desigualdade étnico-racial na saúde
da população incluindo a população
quilombola e aquelas que adotam
religiões de matriz africana.
A Política Nacional de Saúde Integral da
População Negra- PNSIPN é o melhor
recurso para um cuidado de saúde
compassivo.
Acesse clicando Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN ou copiando endereço
https://app.unasus.gov.br/PPUPlayer/assetstore/SE_UNASUS_0001_POPULACAO_NEGRA/2/res/complementares/politica_nacional_saude_popula
cao_negra_PNSIPN.pdf
42
Fonte imagem: Google imagens
43. As pesquisas de (MEIRA, 2004; CAPRARA
et al, 2004) sobre bioética e
vulnerabilidade ressaltam que as pessoas
têm seus próprios valores e seus padrões
sobre a saúde pertencentes à cultura, nem
sempre enquadrados nos conhecimentos
técnicos e científicos hegemônicos.
MEIRA, Affonso Renato. Bioética e vulnerabilidade: o médico e o paciente. Rev. Assoc. Med. Bras., São Paulo , v. 50, n. 3, Sept. 2004 .
Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302004000300028&lng=en&nrm=iso. Acessado
em 28/07/2015
CAPRARA, Andrea; RODRIGUES, Josiane. A relação assimétrica médico-paciente: repensando o vínculo terapêutico. Ciênc. saúde
coletiva, Rio de Janeiro , v. 9, n. 1, 2004 . Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
81232004000100014&lng=en&nrm=iso. Acessado em 28/07/2015
Bioética e vulnerabilidade
43
44. Todavia, esses padrões e valores culturais sobre a
saúde são reconhecidos pelas pessoas como
corretos e válidos, orientando a ação que leva ao
início do contato profissional de saúde-cliente
Bioética e vulnerabilidade
44
O conceito de saúde difere entre
profissional de saúde e cliente,
igualmente difere o conceito de
doença.
45. Perceba que compreensão da doença por parte do/a
cliente não corresponde à da/o profissional de saúde,
pela simples razão de que a compreensão de ambos
dependem de uma constelação de informações:
biológicas, psicológicas, educacionais, econômicas,
sociais e culturais.
45
Fonte imagem: Google imagens
MEIRA (2004) destaca ainda que a decisão
da pessoa em acessar o Sistema de Saúde
não é simples, pois implica em reconhecer
ter sua saúde abalada, como também ter a
rotina de vida diária alterada e a
preocupação que esse fato causa.
MEIRA, Affonso Renato. Bioética e vulnerabilidade: o
médico e o paciente. Rev. Assoc. Med. Bras., São Paulo
, v. 50, n. 3, Sept. 2004 . Disponível em
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0
104-42302004000300028&lng=en&nrm=iso. Acessado
em 28/07/2015
46. Qualquer que seja a
percepção da condição de
saudável ou de doente,
normalmente é a pessoa,-
futuro paciente-cliente , que
faz o primeiro diagnóstico e
então decide qual a solução
para seu problema.
46
47. Diante da percepção da doença por parte do/a
cliente, a solução pode ser (ou não) o acesso ao
Sistema de Saúde, estabelecendo uma relação
profissional de saúde-paciente fundada em suas
culturas:
1. A cultura do/a paciente;
2. A cultura do/a profissional de saúde.
47
Fonte imagem: Google imagens
Resumindo...
Prossiga
48. 48
Prossiga
Escolha entre as opções a baixo a que melhor responde esta questão.
Qual estratégia do cuidado
de saúde tem o potencial
de revelar a resiliência da
comunidade negra, de
cultura de matriz afro-
brasileira, atendida pela
sua Unidade de Saúde?
A - Diagnóstico de saúde coletiva
B - Pesquisa sobre histórias familiares e exposição dos resultados para a
comunidade
C - Pesquisa sobre história da família
D - Entrevista motivacional
E- Intervenção em Crise
49. 49
Parabéns ao escolher o item B, esta é a melhor
resposta pois a Pesquisa sobre a histórias das famílias da
comunidade adstrita e a exposição dos achados é uma
estratégia com potencial (demolidor do racismo
institucional) pois explicita as informações e os
conhecimentos sobre vários aspectos da cultura do/a
usuário/a tanto para a própria comunidade quanto para
os profissionais de saúde. E preconceito se combate ou
previne com informação e conhecimento.
50. O modo africano de
ser/viver/conhecer/saber
perpassa toda a cultura
nacional, só que isso é
camuflado e muitos de nós
não sabemos!
50
51. Fato. Temos modos africanos e afro-
brasileiros de viver – não há um bloco
homogêneo que possa ser
classificado como africano/afro-
brasileiro. Contudo, alguns aspectos
podem ser constatados, porque os
observamos em nós e nos outros e
porque os sentimos
Veja mais aqui : A COR DA CULTURA -
51
Fonte imagem: Google imagens
52. Nossa formação escolar dizia
que dos africanos/negros
aprendemos sobre culinária,
danças...
52
Hoje podemos dizer que essa influência está na
ciência (que até pouco tempo era considerada um
legado exclusivo dos portugueses), nos modos de
curar doenças, na engenharia, nos modos de
construir, na arquitetura, na estética, na culinária e –
por que não? – na religiosidade, nas manifestações
culturais e artísticas, na nossa brasilidade.
Fonte imagem: Google imagens
53. 53
Segundo AMARAL (2011), as
comunidades negras no Brasil foram
formadas em meio à desagregação
familiar resultante do tráfico e às
adversidades da vida escrava, para ele,
não existe cultura negra, cultura afro-
brasileira individualmente, na solidão,
mas no coletivo, na cooperação, e no
com o outro.
AMARAL, S. P. Famílias, terreiros e irmandades. In: ALBUQUERQUE, Wlamyra R. de; FRAGA FILHO, Walter. Uma história
do negro no Brasil. Brasília: Ministério da Educação. Secretária de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade;
Salvador: Centro de Estudos Afro Orientais , 2011. Disponível em
http://www.clacso.org.ar/libreria_cm/archivos/pdf_242.pdf Acesso em 30/07/2015
Prossiga
Fonte imagem: Google imagens
54. Leia este artigo- http://antigo.acordacultura.org.br/mojuba/programa/fam%C3%Adlias
A família é uma invenção humana. As
tradições familiares na África tinham uma
estreita relação com a religiosidade.
Família Negra
54
Vamos refletir agora
sobre a Família Negra
Imagem curso UNA-SUS
55. Leia este artigo- http://antigo.acordacultura.org.br/mojuba/programa/fam%C3%Adlias
Família Negra
55
Aqui no Brasil, na situação da escravidão, os africanos
sabiam que não sobreviveriam sem família. Assim,
buscaram formas para construir novas famílias. Criaram
vínculos familiares por meio de casamentos, permitidos
pelos senhores por pressão dos escravizados e também
por acreditarem que o escravo com família fugiria menos,
se rebelaria menos.
Imagem curso UNA-SUS
56. Baseado em tudo que vimos, para que a cultura
impacte positivamente sobre saúde e o bem-estar, é
preciso implementar uma estratégia com potencial de
demolição do racismo institucional na Unidade de
Saúde, visando assim, neutralizar preconceitos e
estereótipos sobre a população negra, a saber:
.
56
• o levantamento de informações sobre raça/cor,
• etnicidade,
• religiosidade e
• práticas de saúde afro-brasileiras,
57. Para o melhor aproveitamento de seu estudo,
não deixe de pesquisar a bibliografia , a
legislação citada e os sites indicados . A
maioria está com hiperlink, somente clicar em
cima que abrirá o link.
Não deixe de compartilhar opiniões, propor
discussões, explicitar as suas dúvidas.
Prossiga
59. Veja este exemplo, na
perspectiva da Política
Nacional de Saúde Integral
da População Negra-
PNSIPN, da Secretaria
Estadual de Saúde -RS que
instituiu a campanha:
Estratégia com potencial de demolição do racismo institucional
59
Uma estratégia com potencial de
demolição do racismo
institucional e de ponte para o
acesso à saúde pela população
negra é o reconhecimento da sua
ancestralidade
Fonte imagem: Google imagens
60. O mapeamento sobre a ancestralidade
60
O mapeamento sobre a ancestralidade é
uma estratégia com potencial de demolição do
racismo institucional na Unidade de Saúde
Aprofundando um pouco mais...
Prossiga
61. O mapeamento sobre a ancestralidade ajuda na
identificação de eventos fundados em valores
como cooperatividade e comunitarismo pelos
quais se pode entender a extensão e o significado
de uma família negra ou de toda uma comunidade,
uma vez que historicamente os vínculos
aconteceram a partir do trabalho (escravo), da
família (em constante risco de desagregação), dos
grupos de convívio e da religião que garantiram (e
ainda garantem na atualidade) a sobrevivência e a
os valores e referências culturais.
O mapeamento sobre a ancestralidade
61
Aprofundando um pouco mais...
63. O SUS elegeu a saúde da família como porta de
entrada preferencial no sistema e a família de
70% dos usuários do SUS é a família negra,
preservadora da cultura de matriz afro-brasileira.
63Fonte imagem: Google imagens
64. Neste sentido, a Política Nacional de
Saúde Integral da População Negra-
PNSIPN reitera que o cuidado de
saúde do SUS é centrado na pessoa e
família, não em estereótipos étnico-
raciais
64Fonte imagem: Google imagens
65. 65
Assista a este vídeo da 4ª
reportagem da série
especial sobre Consciência
Negra: a triste realidade
vivida pelos negros nos
serviços médicos público e
privado. Publicado em 22
de nov. de 2012, no link
https://youtu.be/FKLwt-
W9A_Y Acesso em
14/08/2015
66. Uma outra estratégia com potencial
de demolição do racismo institucional
e de ponte para o acesso à saúde pela
população negra é abordagem da
família isenta de vieses étnico-raciais,
entre outros.
66
Aprofundando um pouco mais...
Prossiga
67. RATTI et al (2005) reitera esta estratégia
quando enfatiza a necessidade de os
profissionais de saúde da Atenção Básica
considerarem a cultura no processo de
assistir/cuidar, para que este seja
congruente com as reais necessidades
das famílias.
RATTI, Alhethea; PEREIRA, Maria Thereza Férrer; CENTA, Maria de Lourdes. A relevância da cultura no cuidado às famílias. Família,
Saúde e Desenvolvimento, [S.l.], Mai. 2007. ISSN 1517-6533. Disponível em:
http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/refased/article/view/8054/5676. Acesso em: 28/07/2015
67
Aprofundando um pouco mais...
68. A realização de uma pesquisa sobre histórias familiares
e a exposição destas histórias para a comunidade,
preparando um diagnóstico de saúde e bem-estar que
reúna fontes que contêm dados sobre a vida de famílias
negras na localidade ou na comunidade do território é
uma estratégia com potencial de demolição do racismo
institucional na Unidade de Saúde
São intervenções simples, mas efetivas, que agem
sobre a autoestima, a identidade das pessoas e
estreitam vínculos na relação profissional/cliente.
68
Fonte imagem: Google imagens
69. Além disso, por meio desta estratégia a Política
Nacional de Saúde Integral da População
Negra- PNSIPN dialoga com a Política Nacional
de Educação Popular em Saúde no âmbito do
Sistema Único de Saúde (PNEPS-SUS, 2013).
Uma outra estratégia com potencial de demolição do
racismo institucional e de ponte para o acesso à saúde pela
população negra é a avaliação sistemática e sistematizada
do grau de assimilação ou aculturação da pessoa, família e
comunidade, assim como sobre as formas (saudáveis e
culturais ou insalubres) de enfrentamento do estresse.
69
70. Outra estratégia com potencial de demolição do racismo
institucional e de ponte para o acesso à saúde pela população
negra na Unidade de Saúde é a inclusão da música e da dança,
como capoeira, das danças afro-brasileiras, exemplos das várias
práticas de saúde que demonstram a sensibilidade dos serviços
para o desenvolvimento de ações educativas que sejam
pautadas, originárias e recriadoras da cultura popular
(ALBUQUERQUE et al, 2004).
ALBUQUERQUE, Paulette Cavalcanti de; STOTZ, Eduardo Navarro. A educação popular na atenção básica à saúde no
município: em busca da integralidade. Interface (Botucatu), Botucatu , v. 8, n. 15, Aug. 2004 . Disponível
em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832004000200006&lng=en&nrm=isso Acessado em
28/07/2015
70
72. 72
Vamos agora
refletir sobre os
Povos e
Comunidades
Tradicionais de
Matrizes Africanas
Por definição, as comunidades
tradicionais de matriz africana
constituem espaços próprios de
resistência e sobrevivência, que
possibilitaram a preservação e
recriação de valores civilizatórios,
de conhecimentos e da
cosmovisão trazidos pelo povo
africano, quando transplantados
para o Brasil.
Prossiga
73. 73
As comunidades tradicionais de matriz africana
caracterizam-se pelo respeito à tradição e aos
bens naturais; o uso do espaço para a
reprodução social, cultural e espiritual da
comunidade; e a aplicação de saberes
tradicionais transmitidos através da oralidade
(SEPPIR, 2013).
BRASIL. Guia de enfrentamento ao racismo institucional e desigualdade de gênero. Geledés, SEPPIR 2013.
Disponível em http://www.onumulheres.org.br/wp-content/uploads/2013/12/Guia-de-enfrentamento-ao-racismo-
institucional.pdf Acesso em 29/07/2015
74. 74
Vamos ver agora sobre as
comunidades quilombolas
Você Sabia que as comunidades quilombolas são grupos com
trajetória histórica própria, cuja origem se refere a
diferentes situações, como por exemplo: doações de terras
realizadas a partir da desagregação de monoculturas;
compra de terras pelos próprios sujeitos, ao final do sistema
escravista; terras obtidas em troca da prestação de serviços;
ou áreas ocupadas no processo de resistência ao sistema
escravista (ex: Quilombo do Palmares).
Imagem curso UNA-SUS
75. O território é a base da reprodução
física, social, econômica e cultural
da coletividade e vários deles
resistem até os dias de hoje . Até
março de 2013, a Fundação Cultural
Palmares certificou 2.040
comunidades quilombolas,
presentes nas cinco regiões do país
com maior concentração nos
Estados do Maranhão, Bahia, Pará,
Minas Gerais e Pernambuco
Quilombo - São territórios
de resistência, que se
organizavam com negras
e negros fugitivos que se
insurgiam contra a
escravidão.
Glossário
75
Quilombo
Imagem curso UNA-SUS
76. Segundo a Política Nacional da Saúde Integral da População
Negra - PNSIPN, “os quilombos, a princípio comunidades
autônomas de escravos fugitivos, converteram-se em importante
opção de organização social da população negra e espaço de
resgate de sua humanidade e cultura e fortalecimento da
solidariedade e da democracia, onde negros se constituíam e se
constituem até hoje como sujeitos de sua própria história.
(extraído da Política Nacional da Saúde Integral da População
Negra - PNSIPN em
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_sau
de_populacao_negra.pdf
Acesso em 11/08/2015 .)
76
Aprofundando um pouco mais...
77. Nos territórios quilombolas, MOTA et al (2012)
identificaram um herbário com 57 espécies com fins
medicinais e alertam que este o conhecimento de tradição
de matriz africana é imprescindível para manutenção
sociocultural dessa comunidade vulnerável e como forma
de geração de trabalho e renda à luz do desenvolvimento
sustentável local.
MOTA, Renata dos Santos; DIAS, Henrique Machado. Quilombolas e recursos florestais medicinais no sul da Bahia, Brasil.
Interações (Campo Grande), Campo Grande , v. 13, n. 2, Dec. 2012 . Disponível
em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-70122012000200002&lng=en&nrm=iso. Acessado em28/07/2015
77
Imagem curso UNA-SUS
78. Oferenda - Itens que são
oferecidos aos deuses para
agradá-los e estabelecer
comunicação com eles
GLOSSÁRIO
Zelador - Responsável
pelo cuidado com os
filhos e filhas de
santo; pai de santo,
mãe de santo
Planta medicinal - É uma
espécie de vegetal,
cultivada ou não, utilizada
com propósito
terapêutico (OMS, 2003)
78
79. Quilombolas
No que se refere à saúde, GOMES et al (2013) verificaram em sua
pesquisa que os quilombolas apresentaram maior porcentual de
referência a serviço de saúde de uso regular (74,4%) e de cobertura
pelo PSF (82,8%), comparados com a população brasileira. Ressaltam
que essa maior cobertura oferecida pelo PSF aos quilombolas
pode ser explicada pela implantação do plano Mais Saúde: Direito de
Todos 2008-2011
GOMES, Karine de Oliveira.et al. Utilização de serviços de saúde por população quilombola do Sudoeste da Bahia, Brasil. Cad. Saúde Pública,
Rio de Janeiro, v.29, n. 9, set. 2013 . Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
311X2013000900022&lng=en&nrm=iso acesso em 31/07/2015
79
Imagem curso UNA-SUS
Lembre-se de
clicar no link
80. O plano Mais Saúde: Direito de Todos
2008-2011 Também é estratégia com
potencial de demolição do racismo
institucional e de ponte para o acesso
ao SUS pela população negra porque
garante um adicional de 50% nos
recursos financeiros transferidos aos
municípios com populações
quilombolas, desde que o município
amplie a Estratégia Saúde da Família
até o(s) quilombo(s) e promover sua
integração com os programas sociais.
Plano Mais Saúde: Direito de Todos 2008-2011- Disponível em
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/mais_saude_direito_todos_3ed.pdf Acesso em 30/07/2015
80
82. Sobre Quilombos Mojubá – Quilombos:
http://antigo.acordacultura.org.br/mojuba/programa/quilombos
Vídeo da Fundação Palmares Quilombos Luta e resistência:
http://youtu.be/YJzln56mT3U
82
83. 83
A religiosidade é outra tema
que você deve estar atento
A Religiosidade, é expressa pela fala,
a palavra dita ou silenciada, ouvida ou
pronunciada – ou mesmo segregada –
tem uma carga de poder muito grande.
84. 84
Pela e na oralidade os saberes,
poderes, quereres são
transmitidos, compartilhados,
legitimados.
Tanto quanto a fala, a escuta é
valorizada, também . O conto, a lenda,
a história, a música, o dito, o não dito,
o fuxico... A palavra carrega uma
grande e poderosa carga afetiva.
85. 85
Terreiro - Espaço onde
são realizadas as
cerimônias das
religiões de matriz
africana.
GLOSSÁRIO
Vamos ver agora sobre
os Povos de Terreiros
Imagem curso UNA-SUS
86. 86
Os povos compreendem as pessoas que expressam a
religiosidade de matriz africana, como: a Umbanda, o
Candomblé (com suas diversas nações), o Tambor de Mina, o
Terecô, a Jurema, o Xambá, o Xangô, o Batuque e a
Encantaria, dentre outros.
Os Terreiros são, por sua vez,
valorizados por serem
também espaços de
acolhimento e inclusão, assim
como locais de trocas de
saberes e conhecimentos.
Imagem curso UNA-SUS
87. GLOSSÁRIO
Rede de Saúde dos
Terreiros - Articulação de
movimentos, de credos, de
ritos, de práticas que se
legitima pela história de
sua fé, seu conhecimento,
seus rituais.
Candomblé - Tradição, culto e
cultura dos orixás (deuses). É
uma religião que busca a
comunhão entre os seres
humanos e a natureza, levando-
os a reencontrar sua força vital.
Possui um caráter extremamente
humanista que visa afastar dos
seres humanos pensamentos
intolerantes, preconceituosos e
de submissão, independente de
sua cor, origem social, sexo ou
crença religiosa.
87
88. Assista clicando no link abaixo sobre os Terreiros e o Cuidado de Saúde O
Cuidar nos Terreiros: documentário filmado em São Luís, Salvador, Rio de
Janeiro e Porto Alegre sobre os modelos de cuidados nos terreiros,
mostrando a pluralidade cultural das religiões de matriz africana e o
importante legado cultural preservado pelos terreiros para a preservação
da saúde. O vídeo foi produzido pela Rede Nacional de Religiões Afro-
brasileiras e Saúde em parceria com o Departamento de DST-AIDS e
Hepatites Virais do Ministério da Saúde e apresenta os terreiros como
espaços promotores de saúde e importantes parceiros do SUS.
http://youtu.be/H0677xQuO0Q
88
89. 89
As irmandades negras surgiram em fins do século XVII
com o objetivo principal de promover a ajuda mútua e
socorrer os irmãos escravos e escravas em dificuldades e
a compra da alforria, sendo também um sistema de
previdência social e poupança.
Vamos ver agora
sobre as Irmandades
Imagem curso UNA-SUS
90. 90
Segundo AMARAL (2011), iniciado à força no catolicismo na África
ou no Brasil, o negro escravizado africano ou crioulo dotou a
religião dos portugueses de ingredientes de tradições religiosas
africanas, especialmente música e dança. Era um catolicismo cheio
de festas, de muita comida e bebida, de intimidades com santos, tal
qual a relação dos africanos com seus orixás, voduns e outras
divindades. Para homenagear santos de sua devoção os negros e
negras organizavam grandes festas nas suas irmandades.
AMARAL, S. P. Famílias, terreiros e irmandades. In: ALBUQUERQUE, Wlamyra R. de; FRAGA FILHO, Walter. Uma história do
negro no Brasil. Brasília: Ministério da Educação. Secretária de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade; Salvador:
Centro de Estudos Afro Orientais , 2011. Disponível em http://www.clacso.org.ar/libreria_cm/archivos/pdf_242.pdf Acesso em
30/07/2015
Imagem curso UNA-SUS
91. As irmandades são atualmente instituições
do universo religioso de matriz africana e
constituem instituições com potencial de
parceria para a implantação da Política
Nacional de Saúde Integral da População
Negra- PNSIPN nas Unidades de Saúde.
91Imagem curso UNA-SUS
92. Leia sobre a BOA MORTE – Uma irmandade e uma
tradição.
Livro com lindas imagens e os depoimentos das
irmãs da Irmandade da Boa Morte e com o
parecer técnico que permitiu o registro oficial da
Festa da Boa Morte como Patrimônio Cultural
Imaterial da Bahia (e do mundo também!!!). Baixe
em: http://www.cultura.ba.gov.br/wp-
content/uploads/2010/publicacoes/2.boa_morte.p
df
Sobre a Irmandade de N. Sra. Do Rosário & São
Benedito – RJ, uma das mais antigas do Brasil.
Vídeo de 1min 56”. http://youtu.be/VyPAEQ8A-yI
92
Fonte imagem: Google imagens
93. Valores culturais negros
93
Os valores culturais negros são
constituintes da cultura brasileira e são
compartilhados em maior ou menor grau
por todos e todas, independente de raça/
cor (A COR DA CULTURA, 2006), mas na
dependência do orgulho quanto à
dimensão africana nas nossas identidades.
BRANDÃO, Ana Paula. (Coord.). Saberes e fazeres: modos de ver. Rio de Janeiro: Fundação Roberto Marinho, 2006. 116p. (A
cor da cultura, v.1). Disponível em http://www.acordacultura.org.br/kit Acessado em 28/07/2015
Vamos ver agora um pouco sobre os
Valores culturais negros
94. Antirracismo - estratégia de
luta sobre as relações sociais e
raciais, e dos poderes e
interesses desiguais, de modo a
destacar o papel do racismo na
produção de condições de vida
e de saúde de negras e negros
Intolerância - É o não reconhecimento da
possibilidade de outra verdade, outros
valores, outras preferências, sentimentos,
gostos, expressões, (religiosas, artísticas,
culinárias...), formas de falar, de se vestir
que não sejam iguais ou similares aos
próprios.
GLOSSÁRIO
Curandeiro/a - Cura
por meio de remédios
populares,
garrafadas.
Raizeiro/a - alguém
que conhece e
prepara os
remédios feitos de
planta.
Rezador/Rezadeira -
Alguém que possue o
“dom” da cura por meio
das orações
94
95. A ilustração ao lado,
extraída do livro
Modos de Interagir (A
COR DA CULTURA,
2006) compõe uma
mandala com os
valores culturais
negros significando
que se interpenetram,
se hibridizam, criando
fluxos e conexões
BRANDÃO, Ana Paula. (Coord.). Saberes e fazeres: modos de ver. Rio de Janeiro: Fundação Roberto Marinho, 2006.
116p. (A cor da cultura, v.1). Disponível em http://www.acordacultura.org.br/kit Acessado em 28/07/2015 95
Vamos ver cada um deles a seguir
Imagem curso UNA-SUS
96. Na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral
da População Negra- PNSIPN, para a desconstrução
do racismo institucional e prestar o cuidado
culturalmente seguro e eficaz é necessário evocar
cada um destes valores:
A memória - reavivamento do orgulho da
nossa memória afro-brasileira.
A memória coletivamente construída pela
população negra e reproduzida de forma
dinâmica ao longo do tempo, desde África, é
um conjunto de objetos, ideias,
representações simbólicas/religiosas e
comportamentos que constituem a cultura
negra.
A Memória
96
1
Imagem curso UNA-SUS
97. A Ancestralidade
A ancestralidade - imediata relação com a história e com a
memória na forma de ver/ouvir as pessoas idosas, mais
vividas, as memórias da vivência afro-brasileira que elas
trazem, carregam e compartilham.
Pode ser entendida como parte da identidade social que é
forjada no passado e na História a partir de valores culturais,
conhecimentos e cosmovisões mas que organiza a vida, as
crenças e as relações comunitárias no presente. Neste
sentido, a sabedoria e a compaixão dos/das mais velhos(as)
tomam uma enorme dimensão de saber-poder para s
gerações mais jovens, pois a dimensão ancestral carrega o
ministério da vida e da transcendência.
97
2
Evoque cada um destes valores para prestar o cuidado culturalmente
seguro e eficaz .
Imagem curso UNA-SUS
98. A religiosidade –
respeito à vida enquanto transcendência
Religiosidade
É a disposição de integrar-se às coisas sagradas. E
na cosmogonia de matriz africana, tudo é
sagrado, é divino. Tanto os elementos da
natureza, como todos os seres vivos. No
processo “religare” de matriz africana, há
inúmeras representações das forças divinas
extraídas principalmente de elementos da
natureza que nos remetem à compreensão sobre
a vida e à diversidade da existência do ser
humano.
98
3
Evoque cada um destes valores para prestar o cuidado culturalmente
seguro e eficaz .
Imagem curso UNA-SUS
99. A oralidade
A oralidade como uma estratégia de letramento.
Pela/na oralidade os saberes, poderes, quereres, de
forma dialogada e interacional, são transmitidos,
compartilhados, legitimados. Portanto, a fala é
valorizada e a escuta ativa também! O conto, a lenda,
a história, a música, o dito, o não dito, o fuxico... A
palavra falada carrega uma grande e poderosa carga
afetiva.
O oral não como negação da escrita, mas como
afirmação de autonomia relacional, de comunicação.
99
4
Evoque cada um destes valores para prestar o cuidado culturalmente seguro
e eficaz .
Imagem curso UNA-SUS
100. A consciência de que nosso corpo produz som,
melodias, potencializando a musicalidade como um
valor.
As matrizes africanas que ainda moldam a cultura, a
religiosidade e a música brasileira vão das congadas ao
samba, passando pelo chorinho! Suas expressões
incluem os afoxés, blocos afro, escolas de samba,
ternos de Reis, entre outras. Além disso, muitos dos
referenciais da musicalidade brasileira são de origem
afro, como a bossa-nova, por exemplo.
A musicalidade
100
5
Evoque cada um destes valores para prestar o cuidado culturalmente seguro e
eficaz .
Imagem curso UNA-SUS
101. Caxixi
Caxixi – “Nos encontros de musicalização, foram utilizados todos
os instrumentos presentes na Capoeira Angola: berimbaus,
atabaque, reco-reco, agogó, pandeiro e caxixi (chocalho de origem
africana), além de cantigas entoadas no ritual da roda. Nesses
encontros, o intuito era provocar, a partir do aprendizado das
cantigas e ritmos, movimentações grupais, além de uma coesão
grupal e a auto- responsabilização dos participantes.
GLOSSÁRIO
Fonte: MATOS, Natália Galdiano Vieira de; NEVES, Anamaria Silva. CAPS-POEIRA: um modo de intervenção
no CAPS-ad. Rev. Mal-Estar Subj., Fortaleza , v. 11, n. 2, 2011. Disponível em
http://www.bdtd.ufu.br/tde_arquivos/21/TDE-2011-12-12T144532Z-2700/Publico/d.pdf Acesso em 31/07/2015.
101
Fonte imagem: Google imagens
102. Não existe cultura negra sem coletivo, em pessoas,
em diversidade, em cooperação e comunidade. O
cooperativismo/ comunitarismo é também um
valor profundo da cultura negra é. A cultura afro-
brasileira tem raízes no coletivo, na cooperação, no
e com o outro. Não fosse assim não teria
sobrevivido a 400 anos de escravidão. Se a tristeza
é enfrentada coletivamente, mais comunitária é a
alegria. Afinal, não se faz e nem se come feijoada
sozinho. Muito menos, uma roda de samba! E,
principalmente, uma democracia participativa.
O cooperativismo/comunitarismo
102
Evoque cada um destes valores para prestar o cuidado culturalmente seguro e eficaz .
6
Imagem curso UNA-SUS
103. A corporeidade diz respeito ao corpo inteiro,
corpo presente em ação, em diálogo e interação
com outros corpos.
Por meio do corpo existimos e, também, nos
relacionamos com tudo o mais! Neste sentido, o
corpo é um valor cultural afro-brasileiro pois
mente-corpo coabitam e coexistem num mesmo
ser. Com o corpo se afirma a vida, se vive a
existência, individual e coletivamente. O corpo-
mente traz uma história individual e coletiva, uma
memória a ser preservada, inscrita e
compartilhada.
A corporeidade
103
7
Evoque cada um destes valores para prestar o cuidado culturalmente seguro e eficaz .
Imagem curso UNA-SUS
104. A ludicidade é uma estratégia de ensino-
aprendizagem e, portanto, de transmissão de
conhecimento. Enquanto um valor de matriz
afro-brasileira, a ludicidade é também uma
estratégia de superação de adversidades
como o período de escravidão, por exemplo,
e que manteve na população negra sua
capacidade de sorrir, de brincar, de jogar, de
dançar e, assim, influenciar a cultura do Brasil
com este profundo desejo de viver e ser feliz.
A ludicidade é o prazer, a alegria, a
brincadeira a partir das músicas e das danças.
A ludicidade
104
8
Evoque cada um destes valores para prestar o cuidado culturalmente seguro e eficaz .
Imagem curso UNA-SUS
105. O círculo e a roda têm uma profunda marca nas
manifestações culturais afro-brasileiras, como a roda de
samba, a roda de capoeira, as intermináveis conversas ao
redor da mesa de refeição.
Na religiões de matriz africana, os praticantes dançam em
um grande círculo, o xirê, durante alguns rituais ou festas.
No círculo, não há começo, nem fim. No círculo, na roda da
vida, não há hierarquias entre participantes uma vez que
os lugares mudam constantemente com a energia vital
fluindo contínua e ininterruptamente através do poder e
do saber, sem se prender, nem se cristalizar, mas girando,
circulando, transferindo-se.
A circularidade se traduz em organizar uma roda e
trabalhar em círculos, com diálogos e em redes.
A circularidade
105
9
Evoque cada um destes valores para prestar o cuidado culturalmente seguro e eficaz .
Imagem curso UNA-SUS
106. O tempo é circular e para o pensador africano John
Mbiti (citado por PRANDI, 2001), enquanto nas
sociedades ocidentais o tempo pode ser concebido
como algo a ser consumido, podendo ser vendido e
comprado - tempo é dinheiro -, nas sociedades
tradicionais de matriz africana o tempo tem que ser
criado ou produzido, isto é, na etnia negra a pessoa
não está apegada ao tempo, mas, em vez disso, ela
faz tanto tempo quanto queira. Esta percepção do
tempo pela pessoa tem implicações para o
autocuidado dos problemas de saúde.
PRANDI, Reginaldo. O candomblé e o tempo: concepções de tempo, saber e
autoridade da África para as religiões afro-brasileiras. Rev. bras. Ci. Soc., São Paulo ,
v. 16, n. 47, out. 2001 . Disponível
em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
69092001000300003&lng=pt&nrm=iso. acessos em28/07/2015
106
Imagem curso UNA-SUS
107. A energia vital revela a infinitude e a
circularidade da vida, assim como sua
impermanência. Tudo é sagrado porque em
tudo há energia vital: plantas, águas, pedras,
animais e, principalmente, pessoas.
E a energia vital contida em cada elemento se
relaciona com a energia vital dos demais,
transformando-se mutuamente. A cosmogonia
africana já conhecia o poder dessa energia vital
e já vivenciava o que muito depois foi
sintetizado na lei de Lavoisier, “na natureza
tudo se transforma”.
A energia vital - axé, a força vital, como
vontade de viver, de aprender.
A energia vital
107
Evoque cada um destes valores para prestar o cuidado culturalmente seguro e eficaz .
10
Imagem curso UNA-SUS
108. Axé
Segundo RIOS et al (2013), energia e linhagem são palavras que ajudam a entender o que é
axé. Para ampliar a compreensão, os autores situam o axé em suas principais
características. Assim, na crença africanista, existem qualidades de axé, que podem ser
positivas e negativas para dada pessoa ou coletividade. O axé pode ser acumulado,
transmitido e perdido. Por onde ele migra, ou flui, transmite traços de seus antigos
depositários. Parece-nos que a noção de axé como linhagem vem dessa ideia de que, ao
fluir, as energias, que possuem qualidades específicas, marcam as coletividades. No que se
refere à pessoa, esta é concebida como recebendo uma quantidade e qualidade de axé
para ganhar existência no aiê, mas, ao longo da vida, a quantidade pode mudar. A variação
é apreendida por meio de sinais no corpo e nas relações sociais. A doença, o sofrimento, a
fadiga se apresentam quando o axé diminui, ou se entra em contato com um axé com o
qual não se é afim. Quando o axé é benfazejo e aumenta, o ser prospera em todas as
áreas. Cabe à religião intervir, buscando reforçar o fluxo e acúmulo de axé positivo por
meio de rituais que religam o mundo e o outro mundo.
Fonte: RIOS, Luís Felipe et al .. Axé, práticas corporais e Aids nas religiões africanistas do Recife, Brasil. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 18, n.
12, Dec. 2013 http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-81232013001200021&script=sci_arttext . acessos em 31/07/2015.
GLOSSÁRIO
108
109. O território étnico, cultural, organiza as
relações de poder, deslocamento, espaço,
espaço-corpo, redes de pertencimento,
delimitação, rotas de fuga... Portanto, as
relações individuais, familiares e comunitárias,
comunidades, posse da terra, identidade(s)
surgem como uma reivindicação cultural que
demanda uma validação pública pois ancora a
ideia do “nós” e/ou do “eles/as”.
A Territorialidade/território
109
11
Evoque cada um destes valores para prestar o cuidado culturalmente seguro e eficaz .
Imagem curso UNA-SUS
110. Em síntese, os valores culturais de tradição afro-brasileira
podem ser sintetizados na ética Ubuntu: “Eu só existo porque
nós existimos.”
MALOMALO (2010) afirma que essa forma de
conceber o mundo, na sua complexidade, é um
patrimônio de todos os povos tradicionais ou pré-
modernos. Cada um expressa isso através de suas
línguas, mitos, religiões, filosofias e manifestações
artísticas. Além disso, essa mesma cosmovisão
entende a “liderança coletiva” na gestão da política e
da vida social
•MALOMALO, Bas’Ilele - “Eu só existo porque nós existimos”: a ética Ubuntu. IHU Online. 10 (353), 2010. Disponível em
http://www.ihuonline.unisinos.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3691&secao=353 Acessado em 28/07/2015
110
Resumindo...
Imagem curso UNA-SUS
111. Para MALOMALO, “Ubuntu afro-brasileiro” é solidariedade e
resistência, representado por quilombos, as religiões afro-brasileiras,
as irmandades negras, os movimentos negros, as congadas, o
Moçambique, as imprensas negras, entre outras instituições
Portanto, a saúde e o bem-estar, assim como o
enfrentamento da doença, são a expressão da força ou do
enfraquecimento destes valores éticos no nosso cotidiano.
Fique atento a este fato
111
Imagem curso UNA-SUS
112. Reflita sobre o que significa, para a saúde , o
reconhecimento da descendência dessa África
e, principalmente, do orgulho de nossa
africanidade na composição de nossa identidade
negra e de como você pode incorporar ações
em seu dia a dia de trabalho que valorizem as
questões culturais.
Revisão de Conteúdo
112
113. 113
Como você pode ver nas diversas
apresentações feitas até aqui, a cultura
da população negra brasileira, herdada de
seus ancestrais africanos, é vasta e rica.
E uma das condições para a prestação de
um cuidado de saúde culturalmente
seguro e eficaz é a familiarização pelo/a
profissional de saúde quanto à origem
cultural do/a cliente. Na perspectiva da
Política Nacional da Saúde Integral da
População Negra - PNSIPN, dentre as
principais particularidades não físicas da
cultura negra brasileira, passadas de
geração em geração listamos alguns
valores que aparecem a seguir.
Prossiga
Imagem curso UNA-SUS
114. 114
Na caixa abaixo, você encontrará blocos que apresentam valores relacionados
à cultura negra.
A - Oralidade
B - Circularidade
C - Cooperativismo
D - Musicalidade & artes
E - Religiosidade
F – Ludicidade
G - Energia Vital
H – Corporeidade
Capoeira
Contar histórias, lendas, cantigas de roda
Compadrio, terreiros, irmandades,
movimento negro
Dança
Caxixi
Terreiros, irmandades
A roda de samba, a roda de capoeira, a
gira, o xirê
Axé
Relacione os valores com o seu respectivo exemplo.
Prossiga
116. 116
A - Oralidade Contar histórias, lendas, cantigas de roda
Por definição, as comunidades tradicionais de matriz africana constituem
espaços próprios de resistência e sobrevivência, que possibilitaram a
preservação e recriação de valores civilizatórios, de conhecimentos e da
cosmovisão trazidos pelos africanos, quando transplantados para o Brasil.
Caracterizam-se pelo respeito à tradição e aos bens naturais; o uso do espaço
para a reprodução social, cultural e espiritual da comunidade; e a aplicação de
saberes tradicionais transmitidos através da oralidade (SEPPIR, 2013).
A ORALIDADE expressada pela contação de histórias, e pelas lendas e cantigas
de roda são afirmações de autonomia relacional e de comunicação.
Fonte:
PRANDI, Reginaldo. O candomblé e o tempo: concepções de tempo, saber e autoridade da África para as religiões afro-
brasileiras. Rev. bras. Ci. Soc., São Paulo , v. 16, n. 47, out. 2001 . Disponível
em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69092001000300003&lng=pt&nrm=isso Acesso em
11/08/2014
Saiba mais em: Cultura popular e oralidade (Vídeo cujos primeiros minutos:1,27”
são os que mais interessam a este tema): http://youtu.be/_jlFUd-5nzQ
Imagem curso UNA-SUS
117. 117
A circularidade, expressada pelas roda de samba,
roda de capoeira, gira, e pelo xirê atuam como
representação de diálogos e redes sociais.
O cooperativismo, expressado em terreiros, irmandades
atestam que não existe cultura negra sem coletivo. Saiba
mais em: Museu Afro Brasil (vídeo 2 min)
http://youtu.be/IsZiVa1gylM
C- Cooperativismo Compadrio, terreiros, irmandades,
movimento negro
B – Circularidade
A roda de samba, a roda de capoeira,
a gira, o xirê
Imagem curso UNA-SUS
118. 118
A produção de um instrumento, caxixi, traduz a capacidade de
produzir som, melodias, potencializando a musicalidade e a arte como
um valor. A Musicalidade e as artes são representadas, por exemplo,
pelo AXÉ. - Saiba mais em: Museu Afro Brasil clique no link
(http://youtu.be/RmZNkjgslH0 cortar em 2’44
E - Religiosidade Terreiros, irmandades
D - Musicalidade e artes Caxixi
O respeito à vida enquanto transcendência. A Religiosidade mostra que
“tudo é sagrado, é divino. Todos os elementos da natureza, todos os
seres. Observemos: os orixás contemplam homens jovens e idosos,
crianças, mulheres jovens, idosas, alegres, guerreiras, dengosas,
brigonas, pessoas capazes do maior bem e do maior mal, portadoras
de doenças, de necessidades especiais, encrenqueiras, homossexuais,
bissexuais...
Imagem curso UNA-SUS
119. 119
A Ludicidade representa a alegria e a transmissão da história a partir das
músicas, dos jogos e das danças. “Imaginemos um povo arrancado
brutalmente de sua terra, que atravessou o Atlântico em tumbeiros,
escravizado, humilhado, mas que não perdeu a capacidade de sorrir, de
brincar, de jogar, de dançar e, assim, conseguiu marcar a cultura de um
país com esse profundo desejo de viver e ser feliz. Pois isso resume a
ludicidade, na perspectiva a favor da vida, da humanidade, da
sobrevivência. A alegria frente ao real, ao concreto, ao aqui e agora da
vida
G - Energia Vital Axé
F – Ludicidade Capoeira
ENERGIA VITAL, da potência de vida, presente em cada ser
vivo. É o axé, a força vital, como vontade de viver, de
aprender
Imagem curso UNA-SUS
120. 120
H – Corporeidade Dança
O respeito ao corpo inteiro e em interação com
outros corpos e o ambiente O corpo é vida, é
aqui e agora, é potência, possibilidade. Com o
corpo se afirma a vida, se vive a existência,
individual e coletivamente. Ele traz uma história
individual e coletiva, uma memória a ser
preservada, inscrita e compartilhada. O corpo
conta histórias
Fonte: BRANDÃO, Ana Paula. (Coord.). Saberes e fazeres: modos de ver. Rio de Janeiro: Fundação Roberto Marinho, 2006.
116p. (A cor da cultura, v.1). Disponível em http://www.acordacultura.org.br/sites/default/files/kit/Caderno1_ModosDeVer.pdf
acesso em 11/08/2015
BRANDÃO, Ana Paula. (Coord.). Saberes e fazeres: modos de brincar: caderno de atividades. Rio de Janeiro: Fundação Roberto
Marinho, 2010. (A cor da cultura, v.5).Disponível em http://www.acordacultura.org.br/kit Acesso em 11/08/2015
Imagem curso UNA-SUS
121. A - Oralidade
B - Circularidade
C - Cooperativismo
D - Musicalidade e artes
E - Religiosidade
F – Ludicidade
G - Energia Vital
H – Corporeidade
Capoeira
Contar histórias, lendas, cantigas de
roda
Compadrio, terreiros, irmandades,
movimento negro
Dança
Caxixi
Terreiros, irmandades
A roda de samba, a roda de
capoeira, a gira, o xirê
Axé
Aqui o quadro dos valores relacionado com o seu respectivo exemplo.
122. Com o que vimos ate aqui fica claro que , uma das barreiras
ao acesso à saúde e ao bem-estar pela população negra é a
falta de informação ou de consciência sobre sua
ascendência. Igualmente, o vazio de valores culturais étnico-
raciais tem o potencial de gerar no/a cliente distúrbios de
autoimagem e de autoestima, no mínimo.
122
Aprofundando um pouco mais...
Fonte imagem: Google imagens
Fonte imagem: Google imagens
123. A Política Nacional de Saúde Integral
da População Negra- PNSIPN dialoga,
por exemplo, com a Política Nacional
de Desenvolvimento Sustentável dos
Povos e Comunidades Tradicionais
(PNPCT), instituída em 2007, para
promover a saúde prestando um
cuidado culturalmente seguro e
eficaz.
Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais .
Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/d6040.htm Acesso
em 30/07/2015
123
Fonte: Boehs Astrid Eggert, Monticelli Marisa, Wosny Antônio de Miranda, Heidemann Ivonete B. S., Grisotti Márcia. A
interface necessária entre enfermagem, educação em saúde e o conceito de cultura. Disponível em.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-07072007000200014 acessos em 31/07/2015.
Fonte imagem: Google imagens
124. 124
Cuidado cultural - aspectos do cuidado
relacionados a grupos étnicos e na maioria
das situações em que se pensa em valores,
práticas e crenças dos clientes em
situações do ciclo de vida como período
grávido-puerperal ou doenças, sobretudo
as crônicas, nas quais os hábitos têm um
papel fundamental.
GLOSSÁRIO
Fonte: Boehs Astrid Eggert, Monticelli Marisa, Wosny Antônio de Miranda, Heidemann
Ivonete B. S., Grisotti Márcia. A interface necessária entre enfermagem, educação em saúde
e o conceito de cultura. Disponível em.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-07072007000200014 acessos
em 31/07/2015.
Fonte imagem: Google imagens
125. 125
Vamos agora
abordar a
temática
Resiliência – uma
capacidade
coletiva
MARTINS, L. L. P. Afrorresilientes: a resiliência de mulheres afrodescendentes de sucesso educacional, 182f,
2013. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Piau, UFPI, Teresina, 2013. Disponível em
http://www.ufpi.br/subsiteFiles/ppged/arquivos/files/DissertaLUCIENIA%20jan%202013.pdf acesso em 31/07/2015
Prossiga
126. 126
MARTINS (2013) em sua pesquisa com
mulheres negras cunhou a expressão
“afrorresilientes” tendo em vista que diante
de todo o cenário de discriminação,
preconceito e racismo que possam estar
inseridas, essas pessoas demonstram uma
reação positiva frente às adversidades.
MARTINS, L. L. P. Afrorresilientes: a resiliência de mulheres afrodescendentes de sucesso educacional, 182f, 2013.
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Piau, UFPI, Teresina, 2013. Disponível em
http://www.ufpi.br/subsiteFiles/ppged/arquivos/files/DissertaLUCIENIA%20jan%202013.pdf acesso em 31/07/2015
127. Para a autora MARTINS, resiliência é um conjunto de
competências e de habilidades, influenciado por
características individuais, ambientais e socioculturais,
que favorece a superação de fatalidades podendo
contribuir para o fortalecimento individual e coletivo.
127
MARTINS, L. L. P. Afrorresilientes: a resiliência de mulheres afrodescendentes de sucesso educacional, 182f, 2013.
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Piau, UFPI, Teresina, 2013. Disponível em
http://www.ufpi.br/subsiteFiles/ppged/arquivos/files/DissertaLUCIENIA%20jan%202013.pdf acesso em 31/07/2015
128. 128
MARTINS, L. L. P. Afrorresilientes: a resiliência de mulheres afrodescendentes de sucesso educacional, 182f,
2013. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Piau, UFPI, Teresina, 2013. Disponível em
http://www.ufpi.br/subsiteFiles/ppged/arquivos/files/DissertaLUCIENIA%20jan%202013.pdf acesso em
31/07/2015
A autora identificou no seu estudo oito
características constitutivas da
resiliência, sendo elas: autocontrole;
autoconfiança; leitura corporal;
análise do contexto; otimismo para
com a vida; empatia; conquistar e
manter pessoas; e sentido de vida.
129. Uma outra estratégia com potencial de demolição
do racismo institucional e de ponte para o acesso
à saúde pela população negra é a resiliência que,
segundo SILVA et al (2005), no contexto do
cuidado de saúde, precisa ser associada ao
conceito de promoção da saúde, mais
especificamente com famílias em situação de risco
(violência, por ex), deslocando a ênfase na
dimensão de negatividade da doença para as
potencialidades das pessoas/famílias e da
comunidade.
SILVA, Mara Regina Santos da et al . Resiliência e promoção da saúde. Texto contexto - enferm., Florianópolis ,
v. 14, n. spe, 2005 . Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
07072005000500012&lng=en&nrm=iso. Acessado em 28/07/2015
129
Fonte imagem: Google imagens
130. Assista ao vídeo o livreiro do alemão Especial
sobre Resiliência – Entrevista no programa Sem
Censura de 23/02/2012
https://youtu.be/8oLmtNHnO7Q
130
131. .
Para a sustentação do processo de
resiliência em saúde uma estratégia com
potencial de demolição do racismo
institucional é a articulação de ações
intersetoriais (segurança pública, por ex)
e interdisciplinares (educação, por ex) que
compatibilizem políticas públicas
saudáveis e a ampliem as medidas
protetoras à saúde
131
Prossiga
132. .
Arthur Bispo do
Rosário é um dos
artistas que, no nosso
entendimento,
melhor sintetiza o
significado de
resiliência para a
etnia negra brasileira.
Não deixe de conhecer um pouco da obra de Arthur Bispo do Rosário
neste site e muito menos de assisti-lo no vídeo:
http://antigo.acordacultura.org.br/herois/episodio/bisporosario
132
133. .
A intersetorialidade na implementação da
Política Nacional de Saúde Integral da
População Negra- PNSIPN é uma ponte
para o acesso à saúde pela população
negra uma que vez que vários setores da
governança pública precisam ser
mobilizados para que se possa abordar os
determinantes sociais da saúde.
133
Fonte imagem: Google imagens
134. Destaque os principais pontos do texto que você leu
ate aqui , anote os documentos apontados e se
possível, conheça esses documentos na íntegra. Faça
anotações e guarde com você.
Fonte imagem: Google imagens
135. 135
A sociedade brasileira reconheceu a existência do
racismo institucional e a desigualdade étnico-racial na
saúde da população incluindo a população
quilombola e aquelas que adotam religiões de matriz
africana. A Política Nacional de Saúde Integral da
População Negra é o melhor recurso para um cuidado
de saúde compassivo. Aqui está um resumo do que
você precisa saber sobre esta política.
Prossiga
136. 136
A população negra é da população
brasileira.
51%
Na Atenção Básica, dos clientes são
negros (pretos & pardos).
70%
CONTUDO, A CRENÇA DE QUE “A COR DA PELE NÃO INFLUI
NO CUIDADO DE SAÚDE E QUE O TRATAMENTO É IGUAL
PARA TODOS” TEM CONSEQUÊNCIAS. VEJA NO
INFOGRÁFICO A SEGUIR QUE ESTE FATO PODE SER CAUSAR.
Prossiga
137. 137
A CRENÇA DE QUE “A COR DA PELE NÃO INFLUI NO CUIDADO DE SAÚDE E QUE O
TRATAMENTO É IGUAL PARA TODOS” PODE SER CAUSA DE:
Mulheres pretas
residentes nas
capitais brasileiras
apresentaram razão
de mortalidade
materna 7 vezes
maior que as brancas
ou pardas
Percepção da
paciente negra:
insatisfação, maus
tratos e dissabores
(PENNA et al,
2009)
69% dos transplantes de
rim realizados entre os
anos de 1995 e 2004
destinaram-se à
população branca. Esse
fato contraria as
expectativas, no caso
dos transplantes de rim,
na medida em que os
brancos não são maioria
na população e nem
entre os portadores de
deficiência renal crônica,
de acordo com a
PNAD/2008.
PENNA, L. H. G. et al. Violência
institucional no atendimento pré-
natal: percepção de gestantes
negras. In: SEMINÁRIO NACIONAL
DE DIRETRIZES DE ENFERMAGEM
DA ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE, 2.,
2009, Recife. Anais... Recife: ABEn-
PE, 2009
Imagem curso UNA-SUS
138. 138
Diferenças entre a cultura de matriz afro-brasileira da/o usuária/o
e a cultura clínica do sistema de saúde resultando em diferentes
expectativas de ambas as partes sobre o cuidado de saúde e uma
relação profissional-cliente terapêutica. Esta crença de que “a cor
da pele não influi no cuidado de saúde e que o tratamento é igual
para todas/todos” ignora algumas evidências científicas:
A diversidade da população negra (quilombolas, povos de
comunidades tradicionais, urbanos, etc.)
Racismo institucional
As práticas de saúde de matriz afro-brasileira
A ecologia biocultural da população negra Prossiga
139. 139
Não presuma.
A escuta ativa da/o cliente pela/o profissional de saúde é
o elo na relação terapêutica. Busque a causa.
Além do sintoma, pergunte o que causou o problema. Na
resposta da/o cliente pode-se revelar o sistema de crença
de saúde (mágico, popular, etc.).Atue sem julgamento.
Aja com empatia, sem padronizar ou, pior, ridicularizar o
sistema de crença da/o cliente.
Garanta o entendimento.
Seja por meio das "3 cutucadas", seja pelo "mostre-me",
ou qualquer outra técnica, não deixe dúvidas quanto ao
cuidado de saúde.
Negocie o tratamento
Propicie a tomada de decisão compartilhada e apoio o
autocuidado de forma contínua.
Veja aqui algumas dicas para você prestar o cuidado de saúde inclusivo para a
população negra e sua cultura
140. 140
A Política Nacional da Saúde Integral
da População Negra - PNSIPN é sua. É
um instrumento para que o seu
trabalho no SUS seja bem sucedido e
fonte de realização.
Colabore com a implantação,
monitoramento e avaliação da
Política Nacional da Saúde
Integral da População Negra -
PNSIPN na sua Unidade de Saúde.
AGORA É COM VOCÊ!
Fonte imagem: Google imagens
141. Revisão
141
Já vimos que o conceito de saúde não é
consenso, em especial entre profissional
de saúde e cliente. Mas, ainda assim, há
várias adjetivações para a saúde como,
por exemplo, saúde da criança ou saúde
da mulher.
Contudo, embora não exista o conceito "saúde da
população branca", há classificações para a
saúde conforme os grupos socialmente
vulneráveis.
143. 143
Qual das opções abaixo a que melhor define a saúde da população negra de forma
completa dentro da perspectiva da PNSIPN
A - É o enfrentamento do racismo, assim como a articulação de saberes científicos e
tradicionais de matriz africana, como forma de potencialização e alcance da promoção da
saúde e do bem-estar, assim como do processo de prevenção ou cura dos agravos
prevalentes.
B - Compreende as situações de morbidades que acometem a população negra: aspectos
clínicos, epidemiológicos, de organização dos serviços de saúde e terapêuticos, e de
protocolos de intervenção.
C - Inclui as situações de morbidades, nos vários ciclos de vida, introduzindo a perspectiva
étnico-racial e de gênero e de organização dos serviços de saúde e terapêuticos.
D - É a garantia de atenção integral à população negra, enfatizando a vida saudável e ativa
e fortalecendo o protagonismo das pessoas negras no Brasil.
Prossiga
144. 144
Parabéns! Se você selecionou a resposta A que corresponde a mais adequada
à questão.
A política refere-se aos poderes e interesses desiguais, espaço de enfrentamento do
racismo na produção de condições de vida e de saúde de negras/os. A ciência refere-se
às visões de saúde – as formas de diagnóstico e cuidado – oriundas da biologia, da
medicina e das ciências sociais, entre outras disciplinas. E a tradição recupera a
importância das visões de mundo e práticas de sociabilidade, de alívio e cura (re)criadas
por negras/os brasileiras/os. Neste sentido, o conceito “Saúde da População Negra”
agrupa e destaca aspectos dos processos de saúde e doença deste grupo populacional,
a saber:
•racismo: influencia direta e indiretamente nossas condições de vida e saúde – ou seja,
atua como determinante e condicionante da saúde.
•vulnerabilidade diferenciada: predisposição a determinados agravos ou doenças.
•culturas e tradições afro-brasileiras: visões de mundo específicas e modos de agir
que influenciam nossas crenças e práticas de saúde.
•antirracismo: estratégia de luta sobre as relações sociais e raciais, e dos poderes e
interesses desiguais, de modo a destacar o papel do racismo na produção de condições
de vida e de saúde de negras e negros
145. 145
Assista o Vídeo da palestra de Muniz Sodré onde
aborda a dificuldade de reconhecer o diferente
com sua diferença.
http://youtu.be/WfmEABJVeu4
A ignorância da diversidade -- Muniz Sodré.flv
O Núcleo de Pesquisa em Estudos Culturais através de produção da CPFL Energia
vem discutir a ignorância na sociedade provocada pela globalização.
147. 147
Ainda que os estudos de genética populacional reiterem a
pequena diferença entre grupos populacionais e, assim,
reafirmem que “raça” é uma invenção para justificar o racismo
enquanto ideologia discriminatória, a expressão ecologia
biocultural, extraída do modelo de Purnell de competência
cultural (ALVAREZ, 2012), parece-nos mais adequada por incluir
a genética juntamente com outros fenômenos como, por
exemplo, o metabolismo de medicamentos e as doenças
geográficas
ALVAREZ, Rocío Elizabeth Chávez. O cuidado das crianças no processo saúde-doença: crenças, valores e práticas nas famílias
da cultura kabano da amazônia peruana. 2012. Tese (Doutorado em Cuidado em Saúde) - Escola de Enfermagem, Universidade
de São Paulo, São Paulo, 2012. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7141/tde-19042012-075829/
Acessado em 28/07/2015
Imagem curso UNA-SUS
148. E, em termos de genética
populacional, além da doença
falciforme, há algumas doenças ou
fatores de risco, como a
hipertensão arterial, que são
prevalentes na população negra.
148
Prossiga
149. Por exemplo, no que se refere à hipertensão
arterial sistêmica (HAS), segundo LAGUARDIA
(2005), a importância da genética na variação
da pressão sanguínea da população está
demonstrada nos achados de pesquisas que
apontam que entre 30% e 40% do total de
casos de hipertensão são determinados
geneticamente.
LAGUARDIA, Josue. Raça, genética & hipertensão: nova genética ou velha eugenia?. Hist. cienc.
saúde-Manguinhos, Rio de Janeiro , v. 12, n. 2, Aug. 2005 . Disponível
em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
59702005000200008&lng=en&nrm=iso. Acessado em 28/07/2015
149
150. O estudo da contribuição genética na hipertensão arterial assume
que a identificação dos determinantes genéticos pode fornecer as
pistas que elucidarão os processos envolvidos na patogênese desse
fenótipo e identificar os indivíduos com predisposição específica
herdada. Recentemente, KIMURA (2010) realizou uma investigação
extensiva e original sobre o componente genético da hipertensão
essencial em uma população brasileira de quilombolas Vale do
Ribeira – SP e os resultados obtidos reforçam a hipótese de um
mecanismo poligênico de regulação da pressão arterial nesta
população.
•KIMURA, L - Fatores genéticos associados à hipertensão essencial em populações remanescentes de
quilombos do Vale do Ribeira - São Paulo. Tese (doutorado),Instituto de Biociências, USP, São Paulo,
2010.Disponível em http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41131/tde-11032011-135658/pt-br.php
•Acessado em 28/07/2015
150
151. No caso do metabolismo de medicamentos, outro exemplo de ecologia
biocultural negra, VALE et al (2003) alertam para o fato de que o procedimento
anestésico, por exemplo, na população negra pode sofrer modificações em razão
do efeito de drogas anestésicas e seus adjuvantes. Apontam especificamente a
diminuição do efeito analgésico local do creme anestésico EMLA, o aumento do
efeito hipnótico do propofol e da toxicidade do paracetamol, o menor efeito anti-
hipertensivo das drogas que reduzem renina (IECA, bloqueadores beta2 e de AT1),
a menor ação dos vasodilatadores beta2 e a menor fibrinólise do t-PA. Concluem
que o fator demográfico raça deve ser valorizado na visita ou consulta pré-
anestésica para assegurar a profilaxia de reações idiossincrásicas pré-operatórias
e salvaguardar o êxito do ato anestésico-cirúrgico. E recomendam a
individualização da conduta pré e pós-anestésica, sobretudo em pacientes negros
hipertensos, renais, asmáticos ou com acidente vascular cerebral.
VALE, Nilton Bezerra do; DELFINO, José. Anestesia na população negra. Rev. Bras. Anestesiol., Campinas ,
v. 53, n. 3, June 2003 . Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
70942003000300013&lng=en&nrm=iso. Acessado em 28/07/2015
151
152. Uma outra ponte para acesso à saúde e
bem-estar pela população negra é, por
parte da/o profissional de saúde, a
atualização e a educação permanente
quanto aos conhecimentos sobre os
problemas da ecologia biocultural negra
uma vez que estes são importantes para
individualizar a intervenção, tanto nos
estágios pré-clínicos (prevenção de
complicações) quanto nos clínicos
(diagnóstico e tratamento precoce), por
meio de uma terapia moldada às tidas
anormalidades subjacentes.
152Fonte imagem: Google imagens
154. 154
Embora o conceito de saúde, segundo
BATISTELLA (2008), compreenda
diferentes dimensões, o que torna difícil
uma definição, há formulações que têm
servido de referência no debate desta
questão: a saúde como ausência de
doença; a saúde como bem-estar; e a
saúde como um valor social
Fonte: Curso UNA- SUS - Isabel Cristina Fonseca da Cruz
BATISTELLA, C. Abordagens Contemporâneas do Conceito de Saúde. In:
FIOCRUZ. O território e o processo saúde-doença, Rio de Janeiro:
FIOCRUZ, 2008.
Disponível em
http://brasil.campusvirtualsp.org/sites/default/files/O%20Territorio%20e%20
o%20Processo%20Saude-Doenca.pdf acesso em 12/08/2015.
155. Independente de conceitos mais gerais sobre saúde,
podemos afirmar que a saúde da população negra refere-
se, principalmente, a três elementos principais (CRIOLA,
2007, 2010):
1. Política: o enfrentamento do racismo na sociedade como
um todo, nas instituições (o racismo sistêmico) e no sistema
de saúde.
• 2. Ciência & Tradição: advocacia por respeito, diálogo com
as formas de diagnóstico e cuidado oriundas da ciência
hegemônica, e incorporação da tradição, ou seja, das
formulações e práticas da cultura negra de alívio do
sofrimento e cura das enfermidades às ações e políticas de
saúde.
3. Vulnerabilidade diferenciada: a atenção à
ecologia biocultural da população negra,
que inclui não apenas prevenção e
assistência à saúde, mas fundamentalmente
a defesa da implementação plena do
Sistema Único de Saúde (SUS) para que se
tenha garantido o direito constitucional ao
acesso à saúde, assim como ao cuidado
baseado em evidência e centrado na pessoa.
•CRIOLA. Participação e Controle Social para Equidade em Saúde da
População Negra. RJ, 2007. Disponível em
http://www.criola.org.br/pdfs/publicacoes/controle_social.pdf Acessado em
28/07/2015
•CRIOLA. Saúde da População Negra - Passo a passo: defesa, monitoramento e
avaliação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra. RJ, 2010.
Disponível em http://www.criola.org.br/pdfs/publicacoes/Livreto2_Saude.pdf
Acessado em 28/07/2015
155
157. GLOSSÁRIO
157
Nea Onn im No Sua A, Ohu (“Quem
não sabe pode saber aprendendo”) –
símbolo de conhecimento, educação
permanente e busca pela verdade.
Imagem curso UNA-SUS
158. 158
Sintetizando a Política
Nacional de Saúde
Integral da População
Negra - PNSIPN e a Saúde
e o Bem-Estar Culturais
Fonte: UNA- SUS Isabel Cristina Fonseca da Cruz
Prossiga
159. 159
Uma outra estratégia demolidora do racismo
institucional é o monitoramento e correção das
iniquidades e disparidades étnico-raciais em
saúde, pois estas constituem estressores
crônicos e fatores de risco para a saúde da
população negra.
Sabemos que o racismo institucional só é
captado objetivamente na comparação dos
dados de saúde ou doença entre as populações,
para sua prevenção e o seu combate é
imperativo o monitoramento contínuo das
diferenças, iniquidades e disparidades étnico-
raciais desde a Unidade de Saúde.
160. Por meio da implantação, monitoramento das iniquidades étnico-
raciais nos resultados de saúde e da avaliação da Política Nacional
de Saúde Integral da População Negra - PNSIPN podem ser criadas
forças que geram saúde e bem-estar, opondo-se à patogênese e
que se efetivam:
Nos princípios de universalidade, integralidade, equidade, participação
e descentralização do SUS.
Na ampliação do acesso e da atenção à saúde centrada na população
negra (rural e urbana), com base em evidência científica.
Na integração das práticas culturais de matriz afro-brasileira de saúde
ao plano terapêutico
160
161. Para a efetiva desconstrução do racismo
institucional em saúde é necessário o
monitoramento regular e continuado das
iniquidades étnico-raciais nos resultados
terapêuticos da Unidade de Saúde, em
particular, e do SUS, como um todo
161
Esta é uma condição básica para a
implantação da Política Nacional de Saúde
Integral da População Negra- PNSIPN visando
alcançar resultados terapêuticos equânimes
entre a população negra (pretos e pardos)
comparada aos demais grupos populacionais.
162. A cultura negra, a saúde e o bem-estar são elementos dinâmicos,
inter-relacionados e carregados de energia vital, que compõem uma
mandala: a saúde da população negra.
No continuum saúde-doença ou na perspectiva de
saúde como direito constitucional, a saúde da
população negra existe numa sociedade cidadã,
isenta de racismo e qualquer outra forma de
discriminação, com monitoramento ininterrupto das
iniquidades e disparidades étnico-raciais no acesso ao
SUS e na qualidade do cuidado de saúde centrado na
pessoa e baseado tanto em evidência científica
quanto em sabedoria (tradição).
162
163. Revisão de Conteúdo
163
Entende-se que o conceito de
Saúde da População Negra
baseia-se na condição de
vulnerabilidade social da
população negra. Na perspectiva
da Política Nacional da Saúde
Integral da População Negra -
PNSIPN, que forças podem ser
criadas para a geração de saúde e
bem-estar para esta população?
164. 164
Escolha sua resposta entre as alternativas a seguir
.
A - Respeito aos princípios de universalidade,
integralidade, equidade, participação e
descentralização do SUS
B - Promover a ampliação do acesso e da atenção à saúde centrada na
população negra (rural & urbana), com base em evidência científica.
F - Todas as alternativas acima estão corretas
C - Promover a integração das práticas culturais de matriz afro-brasileira de
saúde ao plano terapêutico
D - Reivindicar e contribuir com o monitoramento e correção das iniquidades e
disparidades étnico-raciais em saúde;
E - Contribuir para a garantia de atenção integral à população negra,
enfatizando a vida saudável e ativa e fortalecendo o protagonismo das pessoas
negras no cuidado com a saúde.
165. 165
Parabéns! Você selecionou a
resposta F esta é mais adequada à
questão
A cultura negra, a saúde e o bem-estar são elementos dinâmicos, inter-
relacionados e carregados de energia vital, que compõem uma mandala: a
saúde da população negra.
No continuum saúde-doença ou na perspectiva de saúde como direito
constitucional, a saúde da população negra existe numa sociedade cidadã,
isenta de racismo e qualquer outra forma de discriminação, com
monitoramento ininterrupto das iniquidades e disparidades étnico-raciais no
acesso ao SUS e na qualidade do cuidado de saúde centrado na pessoa e
baseado tanto em evidência científica quanto em sabedoria (tradição).
166. 166
É necessário garantir os
preceitos Universalidade,
Integralidade e Equidade.
Compreendendo que Direito, igualdade e cidadania,
são os pressupostos do SUS. A igualdade, sem
preconceito é um assunto que interessa a população
negra, mas a sociedade brasileira é excludente,
opressora e injusta.
O reconhecimento dessa desigualdade permitiu que se
reinterpretasse o conceito de equidade, como um dos
princípios do SUS, de forma agora diferente: Equidade em
saúde: Igualdade da atenção à saúde, sem privilégios ou
preconceitos.
Fonte imagem: Google imagens
167. 167
O SUS deve disponibilizar recursos e serviços
de forma justa, de acordo com a necessidade
de cada um. O que determina o tipo de
atendimento é a complexidade do problema de
cada usuário.
Faz-se necessário dar atenção à ecologia biocultural da
população negra, que inclui não apenas prevenção e
assistência à saúde, mas fundamentalmente a defesa da
implementação plena do Sistema Único de Saúde (SUS)
para que se tenha garantido o direito constitucional ao
acesso à saúde..
168. 168
Para tanto, considera-se o respeito à
Ciência & Tradição, ou seja, respeitar
e dialogar com as formas de
diagnóstico e cuidado oriundas da
ciência hegemônica, e incorporação
da tradição, ou seja, das formulações
e práticas da cultura negra de alívio
do sofrimento e cura das
enfermidades às ações e políticas de
saúde
169. 169
Para garantir a equidade e a diversidade
étnico-racial no SUS, a Política Nacional
da Saúde Integral da População Negra –
PNSIPN estabelece as diretrizes para
interação profissional-usuário/a isenta de
discriminação étnico-racial, assim como
para a integração da cultura de matriz
afro-brasileira no processo de cuidar em
saúde.
Imagem curso UNA-SUS
170. 170
Então, por meio da implantação,
monitoramento das iniquidades étnico-
raciais nos resultados de saúde e da
avaliação da Política de Atenção
Integral à Saúde da População Negra
podem ser criadas forças que geram
saúde e bem-estar, opondo-se à
patogênese e que se efetivam.
.
Imagem curso UNA-SUS
171. 171
Como o racismo institucional só é
captado objetivamente na
comparação dos dados de saúde
ou doença entre as populações,
para sua prevenção e o seu
combate é imperativo o
monitoramento contínuo das
diferenças, iniquidades e
disparidades étnico-raciais desde
a Unidade até o Ministério da
Saúde.
Imagem curso UNA-SUS
172. 172
E a garantia de atenção integral à
população negra, enfatizando a vida
saudável e ativa e fortalecendo o
protagonismo das pessoas negras no
Brasil é o resultado da
implementação da Política Nacional
da Saúde Integral da População
Negra – PNSIPN com o efetivo
combate do racismo institucional e a
integração da cultura negra ao
cuidado de saúde.
.
Imagem curso UNA-SUS
173. 173
Você concluiu esta Atividade.
Nesta atividade, você pôde:
Conhecer a herança cultural africana em nossa identidade;
Compreender alguns elementos dos povos e comunidades
tradicionais de matrizes africanas, para perspectiva do cuidado;
Conhecer tópicos de ecologia biocultural negra;
Compreender o que é resiliência e valores culturais negros;
Ampliar seus conhecimentos sobre o conceito de Saúde (e
Bem-Estar) da população, sob a ótica da Política Nacional da
Saúde Integral da População Negra - PNSIPN.
174. 174
Desse modo, você já é capaz de.
Correlacionar a influência da cultura, da
família, da história, da resiliência e da
genética da população negra brasileira
com a saúde-doença e bem-estar.
175. Observatório da diversidade cultural:
http://observatoriodadiversidade.org.br
Fundação Palmares: http://www.palmares.gov.br/
Centro de Estudos de Etnobotânica e Etnofarmacologia- UNIFESP
http://www.cee.unifesp.br/etnofarmacologia.htm
Comunidades tradicionais: http://www.caa.org.br/
Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde:
http://renafrosaude.com.br/
Sites Interessantes
175
Clique no LINK
176. Ferramenta Cálculo Risco Cardiovascular
Ferramenta Avaliação da US para implantação da PNSIPN
Atlas da Saúde
Ferramenta Ambiente de Saúde Sócio Emocional
Calendário de Eventos em Saúde da População Negra
Links Diversos
Mojubá - http://antigo.acordacultura.org.br/mojuba/programa/fam%C3%ADlias
A COR DA CULTURA- http://www.acordacultura.org.br/
Caixa de Ferramentas
176
177. Assunto link
O cuidar nos terreiros https://youtu.be/H0677xQuO0Q
Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito http://youtu.be/VyPAEQ8A-yI
Cultura Popular e a Oralidade http://youtu.be/_jlFUd-5nzQ
Museu Afro Brasil: artes plásticas http://youtu.be/RmZNkjgslH0
Museu Afro Brasil: religiões afro-brasileiras https://youtu.be/g2q8cqxhzvw
A ignorância da diversidade -- Muniz Sodré.flv http://youtu.be/WfmEABJVeu4
Especial Consciência Negra: negros sofrem discriminação no
sistema de saúde
https://youtu.be/FKLwt-W9A_Y
Jurema Werneck - Ações afirmativas, etnia, raça e saúde https://youtu.be/OD6yj5hseWQ
Estado lança campanha para aprimorar tratamento de
saúde da população negra no SUS
https://youtu.be/u6MvRj6v4sQ
Racismo Institucional e Repercussões na Saúde https://youtu.be/eiGReZxk4-k
Sugestão de Vídeos
177
178. •Conselho Nacional de Saúde - RECOMENDAÇÃO Nº 030 12 12 2012
•Estatuto Igualdade Racial - 3ed
•II Plano Operativo da PNSIPN no SUS
•Portaria Ministerial 992 - Quesito cor sistemas de informação saúde
•Política Nacional de Saúde da População Negra - PNSIPN
Links de Redes de Controle Social
•Rede Nacional de Controle Social e Saúde da População Negra -
http://redesaudedapopulacaonegra.org/
•FENAFAL - http://fenafal.wordpress.com/
•Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde -http://renafrosaude.com.br/
•Criola - http://criola.org.br/criola/
. Rede de Mulheres Negras do Paraná - https://pt-br.facebook.com/pages/Rede-de-
Mulheres-Negras-PR/160170770788239
Links de Legislação Importante
178
179. Referências Bibliográficas
CANDAU, Vera Maria. Direitos humanos, educação e interculturalidade: as tensões entre igualdade e
diferença. Rev. Bras. Educ., Rio de Janeiro , v. 13, n. 37, Abril. 2008 . Disponível
em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
24782008000100005&lng=en&nrm=iso. Acessado em 28/07/2015
GIROUX, Henry A.. Por uma pedagogia e política da branquidade. Cad. Pesqui., São Paulo , n. 107,
jul. 1999 . Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-
15741999000200004&lng=pt&nrm=iso. acessos em 28/07/2015
•PORTAL EDUCAÇÃO. Princípios e diretrizes do SUS. Disponível em
http://www.portaleducacao.com.br/medicina/artigos/53202/principios-e-diretrizes-do-sus Acessado
em 28/07/2015
RIBEIRO, Polyana da Costa et al. Ferramentas para o diagnóstico comunitário de saúde na consolidação da
estratégia saúde da família. Tempus Actas de Saúde Coletiva, [S.l.], v. 6, n. 4, p. Pág. 161-174, dez. 2012. ISSN
1982-8829. Disponível em:http://www.tempusactas.unb.br/index.php/tempus/article/view/1213/1098. Acesso
em:28/07/2015
SA, Samantha Dubugras; WERLANG, Blanca Susana Guevara; PARANHOS, Mariana Esteves. Intervenção em
crise. Rev. bras.ter. cogn., Rio de Janeiro , v. 4, n. 1, jun. 2008 . Disponível
em http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-56872008000100008&lng=pt&nrm=isso
Acessado em 28/07/2015
BRANDÃO, Ana Paula. (Coord.). Saberes e fazeres: modos de brincar: caderno de atividades. Rio de
Janeiro: Fundação Roberto Marinho, 2010. (A cor da cultura, v.5). Disponível em
http://www.acordacultura.org.br/kit Acessado em 28/07/2015
179
180. Em breve vou postar a segunda Unidade
Nela, você vai ver: IDENTIFICANDO A POLÍTICA NACIONAL DA
SAÚDE INTEGRAL DA POPULAÇÃO NEGRA - PNSIPN NO SUS
Não se esqueça:
É relevante sempre revisar os conteúdos já estudados para
manter a consistência e a coerência dos conhecimentos
construídos.
É fundamental que as ideias e os conceitos apresentados aqui
tenham sido esclarecidos.
VENCIDA A PRIMEIRA ETAPA
181. Exerça sua cidadania, divulgue estas
informações e continue construindo
seus conhecimentos cada dia mais e
conte com a nossa parceria
181
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