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palavra do presidente
Pedro Joanir Zonta
Presidente da Apras
Caro leitor,
O setor supermercadista mantém números positivos de crescimento, mostrando como o segmento tem parcela importante na economia
brasileira. Segundo dados da Apras/Nielsen, no período que vai do dia 3 de janeiro a 22 de maio de 2011, a Grande Curitiba cresceu
1,6% em termos reais, comparado com o acumulado em 2010. O índice é excelente. Entretanto, vivemos profundas transformações em
nosso setor. O sucesso dos últimos anos, com crescimento real de, em média, 7,5% desde 2007, deve-se, sobretudo, ao fortalecimento
da economia, com distribuição de renda e pleno emprego, inclusive no Paraná, onde temos tido dificuldade nas contratações, ainda que
com salários 15% maiores nos últimos anos.
Estivemos navegando num mundo de turbulências financeiras que culminaram na maior crise bancária internacional desde a grande
recessão em 1929. Foram anos bons para nós brasileiros, em que o governo de esquerda focado no social, teve o mérito de distribuir
renda e melhorar os indicadores sociais do país. Atualmente, observamos a preocupação da indústria, sufocada pela taxa cambial e
pela concorrência dos produtos importados, de um comércio e algumas áreas do serviço que começam a apresentar problemas com
endividamento e margens, renegociando com as financeiras ou bancos, para terem acesso a um custo menor ou prazo mais longo.
Temos uma sociedade critica com a iniciativa privada, mas descrente e conformada com os serviços públicos de um estado que caminha
para arrecadar a metade da riqueza gerada pelo país (hoje 38% do PIB) e distribui tão pouco à sociedade com saúde, educação e
segurança. Vejamos o Paraná, reconhecido como um dos estados onde o empresário é mais cobrado. Na Região Sul, temos a Assembléia
Legislativa mais atuante – produziu mais de 503 leis e aprovou 70, enquanto o Rio Grande do Sul produziu 222 e aprovou 42, e Santa
Catarina, 248 e 46 –, muitos desses atos legislativos vinculados aos supermercados. Nossos municípios também são exímios legisladores.
Isto nos faz vivenciar grandes dilemas, influenciados pela tendência em busca de populismo, às vezes, esquecendo o verdadeiro
significado da Lei: melhores serviços aos consumidores. Relata-se que, como não existe tanto espaço para legislar, buscam-se setores que
atendam uma parcela maior da sociedade. Como presidente desta entidade, trago estas reflexões porque estou seriamente preocupado
com o pequeno e médio varejo, os que mais empregam neste país, e poderíamos assim estar saindo de um ciclo virtuoso de pleno
emprego.
Será que não estamos, inclusive, vivendo uma inversão de valores na sociedade, a partir do momento em que alteramos demasiadamente
o código penal. Justifico minha afirmação: há sete anos, pessoas de meu convívio foram abordadas por assaltantes armados e fizeram-nas
reféns para roubar 100 mil reais. Até hoje, o caso não foi julgado e os bandidos estão impunes. Entretanto, um único produto vencido
nas gôndolas, situação que ocorre em todos os supermercados do mundo, é suficiente para levar o gerente de uma loja a ser preso em
flagrante, com julgamento em dois anos, em média. Ambas as situações oferecem ameaças, mas por que apenas o gerente da loja é
punido?
Outro ponto de destaque nestes últimos dias tem sido a pretensa fusão do Carrefour e do Grupo Pão de Açúcar. Creio que não é saudável
para a livre concorrência uma empresa dominar 27% do mercado brasileiro. Os fornecedores serão pressionados a baixar preços e
não temos certeza de que serão repassados aos consumidores. Ou pior, no curto prazo se
repassa e inviabiliza a operação de muitos concorrentes e, na sequência, aumenta margens,
prejudicando exponencialmente o consumidor.
Para finalizar, o Brasil vai sediar dois eventos de repercussão mundial: a Copa do Mundo de
2014 e as Olimpíadas de 2016. São episódios que podem incluir de forma definitiva nosso
país no rol dos desenvolvidos, além de torná-lo um ótimo destino turístico. Ainda é tempo
dos Governos Federal e Estadual, dos empresários e dos trabalhadores unirem forças para
buscarem juntos, um País mais competitivo, com serviço público mais eficiente e socialmente
mais justo.
Reflitam sobre isso e bons negócios!
Boa Leitura!
A EVOLUÇÃO DO VAREJO
CHEGA TAMBÉM À LONDRINA
sumário
Tecnologia
Vantagensdaetiquetaeletrônicavãoalém
dosbenefíciosaoconsumidor
entrevista
Com otimismo, Shinyashiki destaca
as características de um vencedor
CALENDÁRIO
Novastecnologiaspodematrairascrianças
paraosbrinquedostradicionais
matéria de capa
Apresençacadavezmaiordasmulheres
emtodasasáreasdomercado
VAREJO
Supermercadistaprecisaaprimoraro
atendimentoparaagradarosemergentes
EVENTOS
Supernortequerrepetirosucessoda
MercosuperagoraemLondrina
NOTíCiAS	 (08)
perfil	 (20)
índice de vendas	 (30)
artigos	 (32)
suporte jurídico	 (36)
aconteceu comigo	 (40)
Academia apras	 (42)
espaço apras	 (48)
lançamentos	 (50)
16
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26 28
14
Caro Leitor
editorial
Posso até me incluir como exemplo da matéria de capa da edição 135 da
revista Supermix. Diria que é um tema muito relevante dado o cenário
atual: a primeira mulher eleita presidente no Brasil, multinacionais com
mulheres em cargos estratégicos anteriormente ocupados apenas
por homens, mulheres dirigindo táxis, ônibus, caminhões e, inclusive,
preenchendo os quadros nos canteiros de obras.
Parece-me que de alguma forma a sociedade está de fato evoluindo. Estou
até numa posição complicada para falar sobre as mulheres no mercado
de trabalho e devo cuidar para não me tornar um tanto quanto feminista
demais. A verdade é que, mesmo com todas as conquistas, não existe
explicação plausível para grandes diferenças salariais. Planos de cargos e
salários, pelo que sei, levam em conta a escolaridade, o desempenho, e
não gênero. Entretanto, não vou fazer análises e avaliações profundas sobre
sociologia, afinal, a revista traz muitas outras reportagens que merecem
atenção.
Os anseios das classes emergentes e como as lojas estão se preparando
para atendê-los. Será mesmo que os supermercados têm ambientes
adequados para receber este público? Em tecnologia, o advento das
etiquetas eletrônicas, suas vantagens e desafios. O autosserviço brasileiro
vai conseguir se adaptar? E os consumidores? Dia das Crianças se
aproximando e quais são as brincadeiras das novas gerações e como as
empresas têm trabalhado para manter vivos os brinquedos tradicionais.
Além do mais, uma reportagem vai tratar sobre mais esta edição da
Supernorte – Feira e Convenção Regional de Supermercados. Confira quem
será o palestrante deste evento e quais as novidades que Apras preparou
especialmente para seus visitantes.
Boa leitura para todos os gêneros!
Camila Manssour Tremea
Coordenadora de Comunicação
Presidente
Pedro Joanir Zonta (Condor Supermercados)
Primeiro Vice-Presidente
Luiz Mauricio K. Hyczy (Supermercados Superpão Ltda.)
Vice-Presidente Financeiro
Daniel Kuzma (Kusma & Cia LTDA)
Vice-Presidente de Patrimônio
João Jacir Zonta (Comercial Alimentos Zonta)
Vice-Presidente de Capacitação
Mauricio Bendixen da Silva (Walmart Brasil.)
Vice-Presidente de Relações Públicas
José Eduardo Muffato (Irmãos Muffato & CIA LTDA)
Vice-Presidente Segurança
Luiz Alberto Leão (Condor Supermercados)
Vice-Presidente Eventos
Everton Muffato (Irmãos Muffato & CIA LTDA.)
Vice-Presidente Expansão
Alceu Breda (Fadaleal Supermercado LTDA)
Vice-Presidente de Segurança Alimentar
Nelvir Rickli Junior (Supermercado Rickli)
Vice-Presidente Relações Sindicais
Ademar Vedoato (Supermercados Viscardi)
Vice-Presidente Adjunto	
Paulo Beal (Supermercado Beal)
Vice-Presidente Adjunto	
Celso Luiz Stall (Supermercado Stall LTDA)
Vice-Presidente Adjunto	
Silvio Koltun Alves (Mercantiba Supermercado LTDA.)
Vice-Presidente Adjunto	
Alceu José Tissi (Supermercados Tissi LTDA)
Vice -Presidente Adjunto
Cezar Moro Tozetto (Tozetto & Cia LTDA)
Conselho Fiscal Efetivo
Rodolfo Pankratz
Haroldo Antunes Deschk
Dercio Domingos de Costa
Conselho Fiscal Suplente
João Batista Moreira dos Santos
Edson Zamprogna
Claudia Maria Dalmora
Presidente Regional Sul - Ponta Grossa
Sergio Jasinski (Supermercado Jasinski)
Presidente Regional Norte - Londrina
Valdeci dos Santos Galhardi (Irmãos Muffato & Cia LTDA)
Presidente Regional Oeste - Cascavel
Luciano Fabian (Supermercado Fabian)
Presidente Regional Sudoeste - Panto Branco
Vinicius Lachman (Nestor Lachmann & Cia LTDA)
Presidente Regional Noroeste - Maringá
Roberto Burci (Supermercado Bom Dia Burci)
Presidente Regional Norte Pioneiro - Jacarezinho
Luiz Yoneo Ueda (Supermercado Ueda Bandeirantes)
Presidente Regional - Irati
Paulo César Ivasko (Supermercado Ivasko)
Presidente Regional - Guarapuava
Daniel V. Hyczy (Supermercado Superpão)
Conselho Permanente
Everton Muffato
Pedro Joanir Zonta
Ruy Senff
Sidney Schnekemberg
Eduardo Antonio Dalmora
Romildo Ernesto Conte
Roberto Demeterco
Superintendente
Valmor Antônio Rovaris
Diretor Comercial
Walde Renato Prochmann
Vice-Presidente de Relações Públicas
José Eduardo Muffato
Diretor Comercial
Walde Renato Prochmann
Conselho Editorial
Camila Manssour Tremea, José Eduardo Nasser e Isabelle Rocker
Departamento Comercial
Khailany Cardoso e Walde Renato Prochmann
Fone: (41) 3362-1212 – Fax: (41) 3362-8513
E-mail: supermix@apras.org.br
Projeto Gráfico
Zeh Henrique Rodrigues (Brainbox Design Estratégico)
Diagramação
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Revisão
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Fotos
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Pré-Impressão (CtP) e Impressão
Maxi Gráfica e Editora Ltda.
Tiragem
13.000 exemplares
Distribuição Nacional
Enviada aos supermercados e atacadistas do Brasil.
A revista Supermix é patrimônio da APRAS –
Associação Paranaense de Supermercados – e também seu
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ambientaleeconomicamenteadequado.Impresso
naMaxiGráficaeEditoraLtda.-certificadanacadeia
decustódia-FSC
NOTÍCIAS
Baixas temperaturas, vendas em alta
( Se por um lado o inverno é sinônimo de baixas
temperaturas no sul do Brasil, por outro lado, ele representa
a possibilidade de esquentar as vendas do segmento
de bebidas. É nesta época do ano que muitas empresas
aproveitam para lançar novos produtos que prometem
esquentar os termômetros, e conquistar os consumidores
em todas as estações.
O gerente nacional da Famiglia Zanlorenzi Grupo Vinícola,
Teodósio Piedrahita, confirma que a empresa trabalha
pautada pelos ciclos do inverno e do final de ano, quando
ocorre um aumento no consumo de bebidas, e nesta época
em especial, de vinhos.“Nossos investimentos em produção
e marketing se concentram nessas duas ondas”, diz. Para a
estação as apostas da empresa são o Campo Largo Vintage
e o Quentão Campo Largo.“O Vintage é um lançamento
efetuado em 2011 para comemorar os 70 anos da marca
Campo Largo e se trata de um vinho de mesa que segue
um conceito acolhido em todo o mundo para designar
produtos que marcam época. Já o Quentão é produzido à
base de vinho e pronto para o consumo, bastando apenas
esquentar”, destaca o gerente.
Para a Vinícola Aurora, o período de maio a dezembro
representa 80% do volume de vendas. Segundo a gerente
de marketing da empresa, Lourdes Conci da Silva, o inverno
sempre é um bom momento para o setor.“Este inverno é
especialmente bom, em função da melhora na economia,
do crescimento e consolidação do consumo nas classes
C e D, aliado ao inverno com frio continuo nas regiões
Sul e Sudeste”, comenta. Segundo Lourdes, a Aurora está
trabalhando com diversas novidades para a estação, tais
como, a campanha para os vinhos Marcus James, buscando
estabelecer uma relação com três pilares: a comunicação
tradicional, a interação com as mídias sociais e o ponto de
venda.
Quem também está apostando na estação mais frio do ano
para esquentar as vendas é a Pernod Ricard Brasil. A gerente
de off trade da empresa, Melissa França, afirma que, apesar
de não poder quantificar as expectativas de forma numérica,
a Pernod esta participando de feiras de inverno das maiores
redes supermercadistas, e também de festas populares de
São João, no Nordeste, o que leva a empresa a esperar um
consumo muito bom para as marcas de destilados e vinhos.
Entre as novidades estão o lançamento da edição especial
da Absolut Illusion – são apenas duas mil garrafas da vodka
que traz um diferencial multidimensional na sua embalagem
–, e a edição limitada do uísque escocês Passport, que
ganhou garrafas assinadas pelo artista urbano Flavio Samelo
– a arte está aplicada sobre toda a superfície da garrafa
através de uma película (sleeve) que conta ainda com
tecnologia de tinta que brilha quando exposta à luz negra.
Já a Diageo, apesar de não considerar tão expressiva a
comercialização das suas marcas no inverno – o maior
aquecimento na venda de destilados da marca é no final
do ano por conta do período de festas e férias – a empresa
apostou na realização de mais uma edição do Uísque
Festival. Segundo a gerente de comunicação da Diageo,
Maria Teresa Orlandi, a promoção foi realizada nos meses de
maio e junho em cinco capitais brasileiras como forma de
impulsionar as vendas no início da estação.“A programação
incluiu atrações musicais escocesas, cardápios especiais nos
principais bares, jantares harmonizados com uísque além de
uma forte visibilidade e comunicação nos pontos de venda”,
disse.
E para dar um toque mais“cremoso”ao inverno e agradar as
mulheres, a Campari do Brasil ampliou a linha Dreher com
o lançamento de um novo produto: o Dreher Cremoso,
um bebida encorpada com toque de chocolate e creme
irlandês. A gerente de marketing da empresa, Ana Maura
Martins, comenta que o produto foi desenvolvido a partir de
uma ampla pesquisa e vai agradar em todas as estações do
ano.“A partir de agora a consumidora passa a ter uma opção
mais atraente entre as bebidas alcoólicas mistas”, finaliza.
Fonte: Da Assessoria)
Revista SUPERMIX 9
Walmart inaugura mais um supermercado no
litoral do Estado
( O Walmart Brasil inaugurou em Paranaguá mais um
supermercado TodoDia, o segundo empreendimento
da rede no litoral paranaense. A nova unidade gerou 50
empregos diretos para o município, com o quadro formado
por moradores da região. O formato conhecido como“loja
de vizinhança”prioriza a otimização de custos e repassa
essa economia para o consumidor final. Com foco no
crescimento do poder aquisitivo das classes C, D e E, as
unidades TodoDia alcançam um diferencial de preços de
10% em relação ao praticado pela concorrência.“Queremos
ser a melhor opção de compras para o cliente neste tipo
de mercado. A classe C está crescendo bastante em todo
o estado e no TodoDia este cliente encontrará a variedade
completa para as necessidades do dia a dia”, afirma Flávio
Rois, Diretor de Operações do TodoDia no Paraná.
Além das tradicionais seções como mercearia, laticínios,
açougue, padaria, congelados, hortifruti, peixaria, perfumaria
e limpeza, o supermercado conta com produtos de bazar
e eletroeletrônicos, e caixa eletrônico bancário. Em breve,
também terá a comodidade de uma Drogaria TodoDia
Diretor do Condor é homenageado pela
Câmara Municipal de Curitiba
( O diretor do Condor Super Center, Wanclei Said, recebeu a
Distinção Honorífica denominada“Mérito Operário Padrão”,
2010 e 2011, em uma Sessão Solene na Câmara Municipal
de Curitiba realizada no dia 30 de junho. A homenagem
foi proposta pelo vereador João Luiz Cordeiro. O título é
destinado às personalidades que se destacaram durante o
ano em trabalhos na indústria ou no comércio.
No cargo de diretor administrativo e financeiro desde 2000,
Said vem contribuindo para o crescimento e fortalecimento
da rede Condor.“Receber esta homenagem é muito
gratificante. Este reconhecimento é fruto de um trabalho
em conjunto com os sete mil colaboradores da rede e
pela confiança que recebo do nosso presidente, Pedro
Joanir Zonta, para desenvolver um trabalho com metas
concretas e que possibilita essa constante expansão”, diz.
“Tenho acompanhado o trabalho do Wanclei Said à frente
do Condor. Ele é um executivo de muitas qualidades,
uma pessoa que se destaca pelo profissionalismo e,
principalmente, pela humildade com que trata todas as
pessoas”, afirmou o vereador Cordeiro.
Para o presidente do Condor, Pedro Joanir Zonta, a rede é
privilegiada por contar com um diretor como Said.“A forma
com que Wanclei administra o Condor demonstra o seu
comprometimento com a empresa e este prêmio reconhece
a competência desse profissional que também se tornou um
amigo para todas as horas”, conclui.
Fonte: WBC Comunicação)
10	 Revista SUPERMIX
Super Muffato inaugura loja em Toledo
( Toledo ganha mais um Super Muffato para realizar suas
compras. O novo hipermercado fica em frente ao Parque
Temático das Águas e se destaca pelo projeto arquitetônico
arrojado, com inspiração europeia, que ocupa mais de 10
mil metros quadrados de área construída. Segundo Ederson
Muffato, diretor do Grupo, o hipermercado foi concebido
dentro do que há de mais moderno no processo de
construção civil.“É uma inovação para Toledo. O objetivo foi
trazer um diferencial para cidade, que tem comprovado um
alto potencial no comércio”, diz.
De sua fachada até a decoração, a loja apresenta um design
sofisticado que agrada pelo conforto e comodidade,
oferecidos pelas 300 vagas rotativas de estacionamento,
esteira rolante, além das práticas sustentáveis como sistema
de ar condicionado e refrigeração que não prejudicam a
camada de ozônio. Os consumidores também poderão
contar com um centro comercial com 14 lojas, que oferece
serviços indispensáveis em um só lugar. O diretor do grupo
informou que a decisão de investir na nova loja levou em
conta o sucesso da primeira unidade, que foi instalada há
menos de três anos e obteve uma importante receptividade
do consumidor toledano.“Essa nova loja representa o
Assegurada validade de autuação do Ibama
contra supermercados baianos
( A Advocacia Geral da União (AGU) garantiu, na Justiça, a
validade das penalidades aplicadas pelo Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama) contra supermercados baianos que comercializavam
pescados, pneus e produtos de panificação sem autorização,
oferecendo risco ao meio ambiente e aos consumidores.
Em outubro de 2010, os fiscais do Ibama autuaram o
Bompreço Bahia Supermercados e G Barbosa porque
estes estabelecimentos foram flagrados comercializando
pescados, pneus, lubrificantes e produtos de panificação
sem estarem inscritos no Cadastro Técnico Federal (CTF).
Diante das irregularidades, os fiscais, além de aplicarem
multa, apreenderam quase três toneladas de pescados, 386
unidades de óleo lubrificante e 169 pneus. Insatisfeitas, as
empresas entraram com mandados de segurança alegando
que o comércio dos produtos fiscalizados na operação do
Ibama não está previsto na Lei nº 6.938/81, que estabelece
as atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras de
recursos ambientais. A Procuradoria Federal no Estado da
Bahia (PF/BA) e da Procuradoria Federal Especializada (PFE)
junto ao Ibama esclareceram, entretanto, que o Cadastro
Técnico Federal, instituído pela Lei nº 6.938/81, abrange
toda a cadeia de atos que envolvem desde a extração até a
comercialização de produtos perigosos ao meio ambiente,
além dos produtos e subprodutos da fauna e flora.
Segundo os procuradores federais, o comércio de
lubrificantes e pneus deve ser registrado por tratarem-se,
respectivamente, de produtos químicos, óleos vegetais
e subprodutos confeccionados com borracha natural
dentro do prédio do supermercado. Esta é a segunda
unidade TodoDia aberta em 2011, e a sétima loja da bandeira
no Paraná. O novo supermercado faz parte do plano de
investimento da rede para o Paraná em 2011, que já trouxe
para o Estado um hipermercado BIG em Umuarama e um
TodoDia em Araucária. O Walmart Brasil opera em 12 cidades
paranaenses e somando as unidades abertas no país, este é o
TodoDia número 135.
Fonte: Da Assessoria)
propósito do Super Muffato de retribuir a confiança dos
consumidores e o compromisso de gerar empregos e
desenvolvimento nessa região que já faz parte da nossa
história”, enfatizou Éderson.
Além de Toledo, mais quatro hipermercados serão
inaugurados neste ano, contemplando as cidades de
Cambé, Apucarana, Paranavaí e Cascavel. O investimento na
segunda loja de Toledo faz parte da política proposta pela
empresa, em investir cada vez mais no estado do Paraná.“O
objetivo é contribuir para o desenvolvimento da cidade. Na
nova loja de Toledo oferecemos mais de 300 empregos e a
prioridade para contratação foi dos moradores da região”,
informou Ederson Muffato.
Fonte: Da Assessoria)
Revista SUPERMIX 11
Índice Nacional de Crédito ao Consumidor
cresce 6,3%
( O Índice Nacional SCPC de Crédito ao Consumidor (INCC)
– elaborado com base no movimento de consultas dos mais
de 2200 SCPC’s e SPC’s de todas regiões do Brasil – atingiu
131,6 em maio, com crescimento de 6,3% em relação a igual
mês do ano passado, e 11,2% sobre abril último, mostrando
que continua positivo o desempenho do varejo neste ano,
embora com taxa de expansão menor do que a observada
em 2010.“A desaceleração da taxa de crescimento é
explicada por diversos fatores, entre os quais se pode
destacar o aumento da inflação, corroendo parcela maior
da renda do consumidor; as medidas“macroprudenciais”
adotadas pelo Banco Central no final do ano passado, e
as sucessivas elevações da taxa SELIC, o aumento do IOF
sobre operações financeiras promovido pelo Ministério da
Fazenda, que encareceram o custo do crédito, e a menor
expansão dos gastos públicos”, declara o economista-
chefe da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Marcel
Solimeo. Por região, o Nordeste foi a região que apresentou
maior expansão, com 17,9%, seguido do Centro-Oeste, com
6,6% e pelo Sul com 6,4%. O Sudeste registrou aumento de
4,6%; e o Norte, de 4,2%.
O aumento do número dos registros negativos tem sido
compensado parcialmente pela recuperação do crédito
(registros cancelados) pelo que a inadimplência se acha
(derivado do látex da seringueira) ou de petróleo (quando
o pneu é produzido com borracha sintética). A atividade
panificação também deveria ser registrada no CFT, já que
está prevista na lei federal sob a especificação de“fabricação
de produtos alimentares”. Quanto à comercialização de
pescados, a AGU lembrou que a Lei nº 11.959/2009, que
trata da Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável
da Aquicultura e da Pesca, estabeleceu expressamente
o registro dessa atividade no Cadastro Técnico Federal,
compreendidos os processos de pesca, exploração, cultivo,
conservação, processamento, transporte, comercialização e
pesquisa dos recursos pesqueiros.
Os procuradores também reforçaram que a atuação do
Ibama neste caso foi amparada pela lei, não havendo
motivos para que a Justiça anulasse as penalidades aplicadas
aos supermercados. Os magistrados da Seção Judiciária
da Bahia acolheram estes argumentos e mantiveram as
autuações.
Fonte: JusBrasil (14.06.11))
sob controle, embora em patamar superior ao do ano
passado.“A expectativa para o segundo semestre ainda é de
crescimento da economia, expansão do crédito e aumento
das vendas, mas com taxas de expansão mais moderadas
do que as observadas no segundo semestre de 2010 e
primeiros meses deste ano”, comenta o economista.
De acordo com Solimeo, com relação à inadimplência,
espera-se um aumento na segunda metade do ano – mas
não explosivo, porque a principal causa do não pagamento
dos débitos pelas pessoas físicas é o desemprego.“Como
se espera que o mercado de trabalho continue forte no
segundo semestre, esse fator não deverá ter forte impacto
sobre a capacidade de solvência dos consumidores”, explica
o especialista. Ainda segundo Solimeo, deve-se destacar
que o consumidor parece começar a se preocupar com
sua situação financeira, pois o Índice de Confiança do
Consumidor IPSOS/ACSP mostrou queda em maio, embora
ainda esteja em patamar superior ao de 2009, por ocasião da
crise.
Fonte: Tamer Comunicação Empresarial)
Grupo Muffato investe em comércio
eletrônico
( A cada dia cresce a procura pelas compras on-line através
das ferramentas de comércio eletrônico. Atento a estes
números, o Grupo Muffato entrou na rede com o site
shopfato.com. Há dois meses no mercado, o site já tem
mais de 15 mil produtos cadastrados e está preparado para
atender uma alta demanda de pedidos por dia. Com 36 anos
de atuação no mercado varejista, o Grupo aliou a experiência
bem sucedida para se instalar no comércio eletrônico.“Nosso
foco sempre foi atender à necessidade dos consumidores;
por isso, investimos neste novo segmento, que visa atender
um público diversificado que procura comodidade e
segurança para realizar suas compras”, declarou o diretor
Everton Muffato.
O Shopfato oferece uma grande variedade de produtos com
todas as informações necessárias para que o consumidor
possa realizar suas compras sem precisar sair de casa,
garantindo toda segurança quanto à entrega. Outra
vantagem do comércio eletrônico é a disponibilidade de
compra 24h. No Shopfato o consumidor também encontra
um canal de atendimento on-line e telefônico para tirar suas
dúvidas.“Estes canais foram criados justamente para que o
consumidor não tenha dificuldade em realizar suas compras
e para auxiliar aqueles que não têm o hábito de comprar via
internet”, comentou o gerente de marketing do Shopfato,
12	 Revista SUPERMIX
Cooperativas de consumo se unem para
ganhar força no varejo
“Quando investi em 1999, o Grupo Pão de
Açúcar era um negócio medíocre”
Por que o senhor veio ao Brasil?
Há possibilidade de acordo ou o senhor
manterá posição contrária à fusão com
Carrefour?
( Acaba de ser criada a primeira Central de Cooperativas
de Consumo do País – a Coopbrasil. O empreendimento
foi formado inicialmente por sete cooperativas, que
apresentaram faturamento de R$ 2,265 bilhões em 2010.
Com a central, o grupo pretende ganhar força e buscar
novos negócios, inclusive internacionais.
Além da Coop, de Santo André (SP), a maior cooperativa
de consumo do país, que ocupa o 13º lugar no ranking
de supermercados da Abras (Associação Brasileira de
Supermercados), a Central conta com as cooperativas
Consul de Ipatinga (MG), Cooperouro de Ouro Preto (MG),
Cooper de Blumenau (SC), CoopBanc de Araçatuba (SP),
Coocerqui de Cerquilho (SP) e Coopercica de Jundiaí (SP).
Segundo Marcio Valle, vice-presidente da Coop – e agora
também presidente da Coopbrasil –, o objetivo é melhorar o
poder de negociação com fornecedores por meio da maior
escala da operação, desenvolver produtos de marca própria
e produtos importados, além de ganhar estrutura logística
no país.“Temos muito a desenvolver, a começar pelo
número de filiadas, que precisa ganhar representatividade
nacional e crescer no negócio de varejo de autosserviço”,
ressalta. Para ele, a possibilidade de ganhar escala maior,
por exemplo, oferece melhores oportunidades de negócios.
A Central quer ainda aumentar a troca de experiência e
informações, que já é feito hoje em menor intensidade.
Edivaldo Del Grande, presidente da Organização das
Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp), explica que a
central permite ainda a integração de projetos de marketing
e tecnologia.“O primeiro passo foi dado para buscar a
redução de custos operacionais. Agora, a central pode
avançar com o desenvolvimento de projetos tecnológicos
( Com expressão quase serena, que raramente denuncia o
tom indignado que pontua sua descrição da estratégia do
empresário Abilio Diniz para unir Pão de Açúcar e Carrefour
no Brasil, Jean-Charles Naouri, diretor-presidente do Grupo
Casino, não hesita em classificar o movimento de seu sócio
brasileiro como uma‘expropriação’de sua empresa. Para
Diniz, o sócio francês‘falta com a verdade’. Palavras fortes
como‘traição’,‘manipulação’e‘medíocre’fluem naturalmente
no discurso em que Naouri lembra que pagou caro pelo
direito de assumir o controle do Pão de Açúcar, em 2012. Na
empresa resultante da fusão com o Carrefour, que Naouri
define como um‘erro estratégico’, o Casino teria seu poder
de decisão igualado ao de Diniz.
A entrevista ao Estado ocorreu um dia depois do encontro
com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, no qual
Naouri centrou sua argumentação no perigo de o governo
brasileiro apoiar uma ação ilegal. Declara que seu sócio
violou mais do que um acordo de acionistas e recorre ao
Código Civil brasileiro para acusar Diniz de má-fé. Um sinal
de que a disputa, que já está na segunda rodada de uma
arbitragem internacional, pode terminar na Justiça.)
( Vim para encontrar o presidente do BNDES. Dei a ele uma
visão da situação e das minhas preocupações com um
projeto que parece ter sido elaborado em contradição com
os acordos (de acionistas) e que, em primeira análise, não
está no interesse social (do banco). Encaramos isso como
uma forma de expropriação do Casino, cujos direitos haviam
sido estabelecidos em contratos em 2005. O senhor Luciano
Coutinho manifestou a mesma posição do comunicado
(que condiciona o apoio do banco a um consenso entre os
sócios) que tinha feito há alguns dias. Saí muito satisfeito
desse encontro.)
( A posição formal do Casino será comunicada. Preciso
fazer algumas observações, já que eles negam o direito de
e também de marketing, o que pode inclusive padronizar a
identidade visual da marca”, afirma.
Fonte: Assessoria de Imprensa do Ocesp)
Marcelo Pitta. Ele ressaltou que a nova loja virtual do Grupo
Muffato possuí uma estrutura tecnológica extremamente
avançada, que garante a segurança das compras e agilidade
na entrega.
O Grupo Muffato reflete a força da oitava maior rede varejista
do Brasil, e entrou no mundo virtual com o objetivo de
conquistar um grande público e posicionar-se entre as
cinco maiores players de e-commerce do mercado nacional
em pouco tempo.“Desde que iniciamos o projeto vimos
a possibilidade de crescimento neste setor, investimos
em um grande mix de produtos e a cada dia buscamos
novas ferramentas que possam atender cada vez melhor os
consumidores”, informou Pitta.
Fonte: Da Assessoria)
Revista SUPERMIX 13
Assumir o controle é o seu principal
objetivo?
Por que o senhor não recebeu Diniz em Paris
na semana passada? Há a possibilidade de
encontro no Brasil?
O senhor foi procurado para rever o acordo
que prevê a transferência de controle para
o Casino?
Que contrapartidas Diniz ofereceu para que
o Casino desistisse do controle?
O senhor se arrepende de ter feito negócio
com Abilio Diniz?
Fonte: Reportagem editada do texto de Marcos
de Paula/AE
( Não é um objetivo, é o contrato. O objetivo é fazer o
Pão de Açúcar crescer de maneira proveitosa e rentável,
em favor dos acionistas, dos clientes e dos fornecedores,
com grande respeito pelo Brasil. Nos comprometemos
que a gestão continuará brasileira. A reação do Casino foi
muito contundente, inclusive recorrendo a arbitragem,
sob acusação de negociação secreta. Mas Abilio Diniz
nega ter havido descumprimento legal do acordo. A
negociação secreta foi um ato ilegal. Naturalmente, não
está em conformidade com as boas práticas e a ética nos
negócios. Contradiz a seção 2.1.1 do acordo, que diz que os
acionistas não podem tomar nenhuma ação que resultaria
em mudança do controle. Também é contrária ao Código
Civil brasileiro, que diz que se deve agir de boa fé, o que
foi violado nessa negociação bilateral. Por isso pedimos a
arbitragem.)
( Diniz deu uma visão deformada sobre sua visita a Paris. Eu o
vi dezenas de vezes, muitas a pedido dele mesmo. Na última
vez que o vi, em 15 de abril, surpreso com sua presença em
Paris, perguntei se ele estava negociando alguma coisa e, em
caso positivo, com quem. E ele me respondeu formalmente
que não tinha nada a dizer. Entre esse dia e o vazamento da
negociação, em 22 de maio, houve numerosas discussões.
Nas semanas que se seguiram até antes do anúncio (da
proposta de fusão), os assessores se falaram. Os meus
pediram aos dele um encontro e os dele disseram que não
tinham nada a dizer. Eu havia aceito, a pedido de Diniz, um
encontro no dia 4 de julho. Havíamos acordado essa data
em correspondência. Diniz alegou que não poderia ir a Paris
antes porque estava muito estressado com as discussões,
que precisava descansar. Eu soube que ele estava em Paris
na segunda-feira (27/06) à noite para assistir à reunião do
conselho do Carrefour aprovar essa negociação e entendi
claramente que havia uma manipulação. Então disse que
não era oportuno que nos encontrássemos na manhã
seguinte, quando eu nem mesmo tinha conhecimento do
projeto de negociação. Estou disposto a ver Diniz, mas na
reunião formal do conselho.)
( Ele sempre evocou compensações e a ideia de comprar
a nossa participação. Eu disse que essa proposta era
insultante. Não somos um sócio financeiro. Somos uma
empresa internacional de distribuição de alimentos, temos
uma estratégia e queremos continuar com ela.)
( Há dois anos, Diniz disse que gostaria de renegociar o
acordo. Respondi que, entre parceiros, tudo é possível de
ser conversado. Ele indicou, sem ser muito preciso, que era
uma questão de‘manutenção de imagem’, que gostaria
de manter o seu status, a posição elevada que havia
conquistado no Brasil. Eu disse que, nesse campo, diria sim
a tudo. Há um ano, Diniz me disse finalmente que gostaria
que eu não tomasse o controle em 2012 e que ficássemos
como está. Eu lhe disse que seria muito difícil aceitar, depois
de ter investido US$ 2 bilhões, esperado 13 anos e pago
duas vezes o prêmio de controle. Disse que não era possível,
mas que estaria aberto para conversar sobre todo o resto.
Houve em seguida muitas reuniões entre os assessores, mas
ele insistia sempre repetitivamente: diga sim ou não. Senão,
em tom de ameaça e sem ser mais preciso, disse que teria
outras alternativas. Mantivemos nossa posição. O clima ficou
difícil até a reunião em que pedi ao Diniz que dissesse com
quem negociava. Ele se negou e disse que não tinha outra
escolha a não ser brigar.)
( Não. Considero que fiz muito bem em investir em 1999,
quando o Brasil ainda não era o que é hoje em dia e o Grupo
Pão de Açúcar era um negócio medíocre, que saía de uma
quase falência. Quando Diniz procurou no mundo inteiro
investidores, eu fui aquele que aceitou. Fiz essa aposta e
estou muito contente com o desenvolvimento do Pão de
Açúcar e do Brasil..)
controle do Casino sobre as atividades. É uma negociação
muito complexa a ser feita e nos parece que está sendo
assentada numa base estratégica errada..)
14	 Revista SUPERMIX
Eletrofrio exporta US$ 20 milhões para países
da América Latina
Consumo de saudáveis embalados cresce 136%
em cinco anos no Brasil
( Consolidando a sua participação de mercado na América
Latina, a Eletrofrio Refrigeração continua ampliando
o fornecimento de equipamentos frigoríficos para
supermercados no exterior. Contratos na ordem de US$
20 milhões foram fechados com clientes de vários países
da América Latina, entre eles: Chile, Argentina, Venezuela,
Uruguai, Paraguai, Nova Guiné, República Dominicana, Peru
e Colômbia.
Com 65 anos de história e instalada em uma área de 90 mil
metros quadrados, a Eletrofrio é líder nacional no segmento
de refrigeração e está conquistando os países da América
Latina por desenvolver equipamentos apropriados para as
mais severas condições de uso, com qualidade e economia
de energia. A empresa investe fortemente em pesquisa e
desenvolvimento de produtos com tecnologia avançada e
de última geração. Uma equipe de engenharia é colocada a
disposição do empresário para desenvolver e implantar um
projeto inteligente e adequado para cada espaço e região.
Por disponibilizar soluções aprimoradas tanto na instalação
dos gabinetes refrigerados como na casa de máquinas, os
empresários de fora do Brasil também estão encontrando na
Eletrofrio a garantia e segurança de excelente desempenho.
O crescimento nas exportações é o resultado de um
trabalho realizado nestes últimos 10 anos em busca da
qualidade total.“Ser escolhido por países exigentes como o
Chile, onde fechamos um contrato para equipar as 24 lojas
do SDS – Supermercados Del Sur, que serão inauguradas
em 2011, mostra que as empresas brasileiras têm qualidade
e estão sendo reconhecidas no exterior”, relata o diretor de
vendas da Eletrofrio, Marco Antonio da Costa.
Outro diferencial da Eletrofrio que tem chamado a atenção
dos empresários é a preocupação com o meio ambiente.
A empresa tem lançado equipamentos ecologicamente
corretos que une economia de energia e preservação da
camada de ozônio. Uma das tecnologias aplicadas é a
utilização do glicol, capaz de reduzir em média 80% dos
gases poluentes.
Fonte: Da Assessoria)
( Com mais dinheiro no bolso e buscando opções mais
saudáveis – sem abrir mão de praticidade e sabor – o
brasileiro está consumindo mais alimentos saudáveis
em embalagens, categoria que expressa algum nível de
industrialização nos produtos.
O valor das vendas desse tipo de alimento (sem incluir
bebidas) no País passou de US$ 6,26 bilhões em 2005 para
US$ 14,8 bilhões em 2010, de acordo com um estudo do
Euromonitor. O estudo inclui alimentos embalados diet e
light; funcionais fortificados; orgânicos; os naturalmente
saudáveis; e os específicos para intolerância alimentar. O
Euromonitor ainda estima um mercado de US$ 21 bilhões
para esse segmento no Brasil até 2015.
Para efeito comparativo, o segmento de alimentos
embalados em geral cresceu apenas 44% neste mesmo
período: 2005 a 2010. Segundo o Euromonitor, um dos
fatores a impulsionar esse mercado é o fortalecimento
da classe média. Empresas que antes focavam alguns
consumidores no sul e no sudeste estão ampliando vendas
para outras regiões e oferecendo produtos de maior
valor agregado a uma população com maior poder de
compra. O espaço é crescente também para as FLV, mas os
industrializados ajudam a aproximar aqueles que querem
melhorar os hábitos alimentares, mas não podem ou não
querem sempre abrir mão da praticidade e de outras
características dos alimentos tradicionais considerados
menos saudáveis.
Fonte: Texto editado da Primeira Página - Assessoria de
Comunicação e Eventos)
entrevista
Conhecerasipróprio,enfrentarobstáculos,vencerdesafios,
acreditar na superação pessoal que cada um é capaz e
equilibrartodososaspectosdavida.Muitoresumidamente,
estas são algumas das principais mensagens de Eduardo
Shinyashiki,palestranteeconsultororganizacional,escritor
e especialista em desenvolvimento das Competências
de Liderança e Preparação de Equipes. Presidente da
Sociedade Cre Ser Treinamentos, colabora periodicamente
com artigos e entrevistas para revistas e jornais. É autor dos
livros Viva como Você Quer Viver e A Vida é Um Milagre, e
concedeu a seguinte entrevista à revista Supermix.
Quaissãoasprincipaisdificuldadesqueamaioria
daspessoastêmparasuperarsuas“barreiras
internas”decrescimento?
( Uma das principais dificuldades é superar a acomodação e
os comportamentos no“piloto automático”, superar hábitos
repetitivos de comportamento e também de pensamento.
Sem tempo para prestar atenção no que estamos realmente
fazendo, sentindo, querendo, sem tempo para se questionar
e refletir se as nossas condutas automáticas e distraídas
se tornaram uma constante na nossa vida, podemos nos
encontrar prisioneiros dos nossos hábitos mecânicos e
inconscientes e afetados negativamente em nossa saúde,
família e realização. Outra dificuldade é acreditar no enorme
poder pessoal que há dentro de cada um de nós e acreditar
que a mudança seja realmente possível e assim persistir no
que se quer e não desistir. )
Hojeemdiahámaisliberdadeparafalarde
fraquezasebuscarocrescimento?
( Infelizmente não. A dificuldade continua e hoje em
dia muitas pessoas se escondem por trás de uma falsa
arrogância, da insegurança e do medo. Não reconhecem
os seus pontos fracos e não criam um verdadeiro
comprometimento com as mudanças. Muitas pessoas não
fazem a escolha de mudar, elas se encontram diante de
uma situação que as obriga a mudar para continuar dentro
do cenário, outras pessoas mesmo diante desta situação
não mudam e colocam a culpa nos outros, no cenário
econômico, político e não assumem a responsabilidade
de criar o resultado a partir de uma atitude que precisa se
iniciar dentro de cada um. Além das habilidades técnicas
específicas, se conhecer melhor e fazer uso consciente das
emoções são diferenciais para o sucesso. )
Mesmoaspessoastendobastantes
particularidadesesendodistintasentresi,
podemostraçardiferençasclarasentrehomense
mulheresnaformacomolidamcomdesafios?
( Sim, é preciso considerar as particularidades entre as
pessoas e os fatores e paradigmas sociais e culturais.
Podemos dizer em um sentido geral, que as mulheres lidam
com os desafios de uma forma mais flexível, inovadora,
compartilham mais as dificuldades e as dúvidas, criam
cooperação, utilizam melhor a comunicação, a empatia e
a mediação, entrando em acordos. Os homens, em geral,
têm uma maior capacidade de atenção e foco, de avaliação
O poder do autoconhecimento
e da superação na busca do
sucesso
Além das habilidades técnicas
específicas, se conhecer melhor e
fazer uso consciente das emoções
são diferenciais para o sucesso.
Comobuscarasuperaçãoeolharparaofuturode
formapositiva?
( É importante se“livrar”de velhos hábitos limitantes, manter
a própria identidade, aprofundar o autoconhecimento e
a inteligência emocional e ter claros os objetivos da sua
carreira e prioridades pessoais, construindo as competências
e a consciência das próprias potencialidades e habilidades.
Precisamos reconhecer que nós, seres humanos, temos o
privilégio de fazer escolhas e tomar decisões.)
Quaisosriscosdefocarsomentenosucesso
profissional?
(A vida é como uma grande balança, na qual os pesos e as
medidas devem se equilibrar. Por algum motivo, separamos
nossas vidas em âmbitos, setores independentes entre si, e
não percebemos que são interligados ,e o que afeta uma das
partes acaba por influenciar as outras também. Nossas vidas
afetiva, social, profissional e espiritual estão conectadas, e
ao sacrificar uma ou várias delas, prejudicamos o todo. As
outras áreas da vida, além da profissional, dão significado
ao trabalho e ao sucesso que, sem elas, perde significado
e sentido. As pessoas com alto rendimento reconhecem e
trabalham para atingir equilíbrio entre todos os aspectos da
vida, como um recurso essencial para criar uma vida pessoal
e profissional de sucesso.)
Quandoootimismoajudaequandoatrapalha?
( Albert Einstein dizia:“prefiro ser otimista e errar a ser
pessimista e acertar”. Quando sentimos segurança em nós
mesmos e confiança no futuro, criamos um sentimento
indispensável para agir e iniciar a realização de nossos
objetivos: o otimismo. Podemos ter o carro e o destino
de viagem, porém, precisamos de gasolina. O otimismo
atrapalha quando se torna uma atitude ingênua e
desconectada da realidade e que gera ilusões e o risco está
em não cuidar dos pontos fracos.)
Dêumexemplodecomportamentodealguémque
vocêconheceouconheceuequeagedeforma
equivocadaparaatingirseusobjetivos.
( Um exemplo de comportamento inadequado para
atingir os objetivos é manter o foco só nos problemas,
nas dificuldades e nas adversidades. Isso cria um clima na
empresa pesado e que pode afastar os talentos. )
Dêumexemplodecomportamentodealguémque
vocêconheceouconheceuequeagedeforma
corretaparaatingirseusobjetivos.
( Um exemplo de comportamento adequado para atingir
os objetivos é focar nas soluções. Isso permite pensar em
alternativas de ação e incentiva o envolvimento das pessoas,
criando equipes fortes e comprometidas com o resultado.
Quem está focado nas soluções sabe:“que os pássaros da
preocupação e tensão voem ao redor de sua cabeça, isso
você não pode mudar. Que eles não façam ninhos em seus
cabelos, isso você pode impedir”, diz um provérbio chinês.)
Parafinalizar,qualosegredodosucesso?
( O segredo do sucesso nos dias de hoje com muitas
pressões, exigências e incertezas é ter uma clara direção – o
sonho; uma sólida bússola – os valores; e etapas no decorrer
do caminho – os objetivos. Resumindo, viver de acordo com
os próprios sonhos e aspirações e criar relacionamentos
interpessoais verdadeiros e profundos.)
das situações concretas e de planejar e construir projetos,
utilizando um pensamento mais ligado a estratégias e
procedimentos.)
Quaisascaracterísticasdeumvencedor?
( Pessoas focadas em vencer e realizar criam uma
mentalidade vencedora. Reconhecem o poder da atenção,
usam a concentração focada como instrumento para
direcionar a mente nos objetivos e intentos importantes,
sem se distrair e agir de forma improdutiva. Concentrados
no presente estão constantemente aprendendo com o
passado e tendo a visão do futuro. As pessoas focadas em
vencer desafios cultivam as qualidades de tenacidade,
persistência, expandindo a capacidade de superar os
obstáculos e de não sucumbir às dificuldades. Elas têm
consciência que não bastam os dons naturais, os talentos
e potenciais se não forem aperfeiçoados, direcionados e
colocados a serviço de um objetivo.)
Revista SUPERMIX 17
A hora e a vez das
A presença da mulher em todas as áreas do mercado
de trabalho é incontestável e a tendência é que esta
posição fique cada vez mais consolidada no futuro
Mulheres
Há um bom tempo já não é mais novidade que a participação da mulher no
mercado de trabalho é cada vez mais importante e cresce significativamente. Se no
Brasil a política ainda era um território menos desbravado, hoje vemos uma grande
representação feminina no governo central do país, em cargos do executivo,
legislativo e judiciário. Pouco a pouco, as mulheres estão passando a atuar nos
mais diferentes tipos de ocupação, influenciando o mercado de trabalho e a gestão
pública.
Segundo dados do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, sobre
o perfil social, racial e de gênero das 500 maiores empresas do Brasil, o quadro
executivo – que envolve diretorias, vice-presidências e presidências – apresentou
desde o início da pesquisa em 2001, aumento de 8% nessa participação. Naquele
ano, 6% dos executivos das organizações eram mulheres, e em 2010 este percentual
subiu para 14%. Em cargos de gerência, o índice é um pouco menor, subiu de
18% para 22%. Isto pode ser observado no Brasil e no mundo inteiro – até em
países com economias não desenvolvidas ou muito pobres. Para Marcelo Linguitte,
engenheiro civil e consultor da Terra Mater Empreendimentos Sustentáveis, de São
Paulo, o ponto importante é onde as mulheres têm se posicionado, “porque não
adianta colocar as mulheres em níveis hierárquicos maiores, mas em áreas que não
impactam o dia a dia da empresa”afirma.
Observando o papel das mulheres nas empresas, Linguitte constatou que as áreas
de negócios onde são gerados resultados, como vendas, por exemplo, onde que era
necessário fazer planejamento estratégico, desenvolver relação com fornecedores
e outras ações, ficavam nas mãos de homens. E nas áreas menos estratégicas, “era
aplicada a máxima do ‘a gente deixa nas mãos das mulheres’ e a divisão estava
feita”, enfatiza o consultor. Espaços antes ocupados e considerados marginais
estão sendo preenchidos pelas mulheres. Mas este avanço ainda é inferior àquele
na área da formação, onde as mulheres lideram em termos de educação formal.
Como a sociedade está mudando, está aceitando mais as mulheres que têm estas
características, a mudança vem ocorrendo também com os gestores e com os
processos de gestão.
matéria de capa
preciso debater quais são as políticas públicas
necessárias para que as mulheres possam entrar
e permanecer no mercado de trabalho. Saber qual
é a proteção que homens e mulheres podem ter
no trabalho para que suas tarefas pessoais, em
relação às suas famílias e sua vida pessoal, não
constituam discriminação no trabalho.
[Solange Sanches do Padro]
20	 Revista SUPERMIX
No Paraná
Na avaliação do economista Sandro Silva, do Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
(Dieese), desde 1990 a participação das mulheres no Paraná
vem crescendo em relação aos empregos formais. O índice
era de 34,43% e em 2010 chegou a 43%. O fato de uma
economia que não cresceu somada a taxa de desemprego
forçou as mulheres a ingressarem no mercado de trabalho.
Houve também uma ampliação do número de mulheres
chefes de família, mães solteiras ou sozinhas. Segundo a
supervisora de Documentos e Disseminação de Informações,
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
do Paraná, Yara Araújo Siqueira Ceccatto, o percentual
de mulheres chefes de família apresentou um aumento
significativo. Em 2001, era de 25% contra 75% de homens.
Em 2009, este número cresceu para 32% contra 68% de
homens.
Há uma diferença muito grande ainda em relação aos
salários, especialmente nos segmentos na área de alimento e
vestuário. Segundo o Dieese, o varejo apresenta baixa salarial
para as mulheres, em torno de 46%. Quanto mais aumenta o
grau de escolaridade, aumenta também a diferença salarial.
No Paraná este índice representa 18,63%. É em torno de 43%
o índice de empregos para as trabalhadoras com ensino
superior completo, o que cria uma dificuldade para que as
mulheres consigam avançar nas empresas.
No Brasil, a participação da mulher no mercado de trabalho
é de 48%, com uma diferença salarial de 16% a menos que
dos homens. O estudo do Dieese mostrou que no comércio
varejista de hiper e supermercados, a participação das
mulheres é 2% menor que a dos homens com relação aos
empregos formais no Brasil. Invertendo-se os números no
Paraná e com uma diferença de 8% a favor das mulheres
na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). As mulheres
recebem em média 16% a menos que os homens no Brasil e
no Paraná, e a diferença é ainda maior na RMC.
Trabalho e sociedade
Mulheres de Sucesso
A presença das mulheres nos trabalhos fora de casa expôs
a questão da igualdade de oportunidades e de posição
entre homens e mulheres na sociedade. Isto passou a ser
debatido não só no mercado de trabalho, mas também em
outras esferas da vida social e política. Para Solange Sanches
do Prado, socióloga especialista em Trabalho e Gênero, da
Organização Internacional do Trabalho (OIT), em Santiago,
no Chile,“a mulher está fazendo parte das estruturas de
comando da sociedade, o que traz o debate importante
da vida pessoal, da vida privada e doméstica, para a cena
pública”. Solange diz que“é preciso debater quais são as
políticas públicas necessárias para que as mulheres possam
entrar e permanecer no mercado de trabalho. Saber qual é
a proteção que homens e mulheres podem ter no trabalho
para que suas tarefas pessoais, em relação às suas famílias e
sua vida pessoal, não constituam discriminação no trabalho”.
Todas estas questões foram e continuam sendo objeto de
discussão, de negociação coletiva e de regulamentação, para
proteger o direito das mulheres de ter seus filhos e dos filhos
de terem o cuidado de suas mães.
Cíntia Fernandes Leite
coordenadora de Marketing (Rivoli)
Formei-me em Psicologia e no terceiro ano me
interessei por comportamento do consumidor.
Acabei a faculdade e fui fazer uma pós-graduação
em marketing. Procurei emprego, mas esbarrava na
questão da experiência. Iniciei, junto com a pós, o
curso de Administração. Trabalhei na Exxon Mobil,
na área de recursos humanos, mas visando a área
de marketing. Saí para buscar o que eu queria,
e a dificuldade novamente foi pela questão da
experiência. Fui adquirindo experiência na área de
analista de marketing. Os homens estão percebendo
que as mulheres conseguiram demonstrar força
no mercado de trabalho. Acho que em razão deste
histórico de várias mulheres construindo carreiras de
sucesso, nós estamos colhendo esses frutos.
Avani Tortato Slomp Rodrigues
empresária (Tecnotelas)
Sempre acreditei no empreendedorismo e
tenho plena consciência que esta é uma forma
de contribuir com a área econômica e com o
Revista SUPERMIX 21
Maria Cristina de Carvalho e Silva
Diretora de RH do Grupo Bourbon
Iniciei a vida profissional em consultoria e já era
formada em Psicologia. Trabalhei no Lembrasul por
16 anos. Fiz duas pós-graduações, tive dois filhos e
conciliei bem a casa, filhos e trabalho. Depois disso,
vim para a Rede Bourbon, onde estou há 10 anos.
No hotel existem funções que antes eram exclusivas
de homens e hoje já são ocupados por mulheres em
iguais condições, salariais inclusive. Tenho pessoas
na minha equipe que não têm marido, e conseguem
conciliar as funções. Vejo que vem crescendo o
número de mulheres chefes de família. Nenhuma
mulher jamais se recusou a fazer um trabalho por
ser considerado masculino. Mas já vi muito homem
recusar por ser‘serviço de mulher’.
Regiane Ferreira Bento
microempresária (Belara Stilo)
Comecei como secretária e por incentivo do
médico com quem eu trabalhava fui fazer o curso
de instrumentadora cirúrgica, onde fiquei por sete
anos. Casei aos 23 anos de idade e fui promotora
de eventos por dois anos, engravidei e fiquei cinco
anos cuidando do meu filho. Nesse meio-tempo,
engravidei de novo. Meu filho tinha nove meses
quando abri a loja de roupas e estou no ramo há
dois anos. Nunca senti discriminação por parte dos
homens, mas sim, por parte das próprias mulheres,
por serem muito competitivas. Acredito que por
ser inocente, no começo da carreira, fui assediada.
Comecei muito nova, com apenas 14 anos.
crescimento do país. Aos 25 anos, abri a primeira
empresa em sociedade com meu noivo, hoje
meu marido. Formei-me em Psicologia, me
especializei na área organizacional e fiz pós-
graduação em Finanças. Hoje a maioria dos
pequenos empreendimentos é dirigida por
mulheres e isso é uma conquista. Quando os
filhos vieram sempre tive a sorte de ter pessoas
que me ajudaram. Mas sempre levava para a
escola, era‘mãetorista’. Mas não vi dificuldade,
sou virginiana e a organização e planejamento
estão em mim. Entreguei o cargo da Associação
Comercial do Paraná em agosto e nunca deixei
de trabalhar na empresa, que hoje são três lojas e
uma indústria.
Joy Lady Michels Rossi
gosta de ser chamada de‘trabalhadora’(Infralux)
Morava em Francisco Beltrão. Fui professora
por três anos, passei mais três anos no Banco
do Brasil e em seguida casei. Meu marido
pediu para eu trabalhar com ele no financeiro
da empresa e depois viemos para Curitiba,
onde continuei no setor. Fiquei com ele até
2005. Comecei Zootecnia, mas parei. Acho que
nos últimos 10 anos a mulher evoluiu muito
e me parece que gosta mais de estudar que
os homens. Entre minhas funcionárias, tenho
várias mulheres chefes de família, e são elas
que têm carregado a família nos ombros. A
mulher tem muita coragem e, no Brasil, está
concorrendo igualmente com os homens,
pois a mulher tem tanto potencial como eles.
Outro dia me perguntei o que mais gosto de
fazer; pensei e cheguei à conclusão que é
trabalhar. Fui presidente da Câmara da Mulher
Empreendedora, ligada à Fecomércio e saí há um
ano e meio.
perfil
Selmi: receita de tradição
e profissionalismo
Uma história de 123 anos. O Grupo Selmi, que começou sua trajetória em 1887 como uma pequena
fábrica de massas vendidas nas ruas de Campinas, é hoje um dos principais fabricantes do produto no
país, com duas unidades fabris: uma em Londrina e outra em Sumaré. Mais de 20 países compartilham com
os brasileiros o sabor das linhas Selmi, que exporta por ano mais de cinco mil toneladas de massas e
bolos. Ricardo Selmi, presidente atual do Grupo e quarta geração dos Selmi no comando da empresa,
credita este sucesso ao empenho pessoal de cada membro da família em sua época de atuação.“Cada
geração abraçou a empresa, teve uma ligação forte com o seu desenvolvimento”, diz ele. Um dos
maiores propósitos de Ricardo é a longevidade da marca e para isto aposta na profissionalização
contínua e na busca permanente por melhoria e superação de obstáculos.
Ricardo construiu sua liderança na empresa a partir de
muito trabalho cotidiano e de persistência em realizar o
que se propunha a fazer.“Desde jovem me dedico muito
a fazer as coisas acontecerem”, conta. A obstinação aliada
à objetividade e planejamento, herdados da formação em
engenharia mecânica, foram essenciais, segundo ele, para
determinar sua forma de administrar.“A engenharia enfatiza
o raciocínio lógico, poder de análise, e isto é essencial ao
negócio”. Entre os aprendizados, lembra de uma experiência
que teve em que divergiu muito do pai em uma questão,
resistindo de forma incisiva em ceder aos seus argumentos.
“Naquele episódio aprendi o valor da experiência. Com o
decorrer do tempo observei que a posição dele acabou se
confirmando. É preciso ouvir quem tem experiência e saber
aliar com a vontade de fazer de quem está chegando”.
Entre os desafios que enfrentou foi o próprio cenário no
qual a empresa estava inserida, na década de 90. O valor
do trigo era determinado pelo governo, o que interferia
na rentabilidade do setor.“Era difícil pagar bons salários
e conquistar talentos. Tive que colocar a‘mão na massa’
para realizar o que queríamos e superar esta fase”. Há seis
anos, a Selmi mudou a sua composição, inaugurando uma
gestão compartilhada com um novo sócio. Da família, ficou
o próprio Ricardo, que acompanha muito de perto todos
os passos do empreendimento.“Estamos em crescimento.
Entre janeiro e junho de 2010 e o mesmo período de 2011
crescemos 22%”, conta. Dando continuidade à postura
empreendedora do pioneiro Afonso Selmi, Ricardo leva a
cabo o seu objetivo de garantir o bom desempenho da
produção e vendas e manter as bases para o futuro.
A marca Selmi oferece ao consumidor diversos tipos de
massas, farinhas especiais, bolos, bolinhos, mistura para
bolos, além de café, queijo ralado, azeite e biscoitos – por
meio das marcas Renata e Galo. São centenas de toneladas
de macarrão por dia, mantendo a receita da legítima massa
italiana, que era seguida por Adolfo Selmi, o fundador da
Revista SUPERMIX 23
companhia. A empresa possui hoje maquinário e engenharia
de produção de primeiro mundo – com a capacidade de
expandir sua estrutura física, sem interromper a produção.
São 51 mil metros quadrados de centros de distribuição, que
recebem produtos diariamente.
Linha do Tempo:
1887
O italiano Adolfo Selmi desembarca no Brasil. Indo
direto para Campinas, funda uma pequena fábrica
de massas. Nesse início, a produção é de 4 a 9kg
de macarrão produzidos manualmente e vendidos
nas ruas da cidade pelo próprio Adolfo para outros
imigrantes italianos.
1900
Adolfo estabelece sociedade com Hugo Gallo e vai para
a Itália tratar de negócios. Na volta ao Brasil, Adolfo
desfaz a sociedade. As massas são preparadas em
marombas, movidas a tração animal e secadas ao sol ou
em quartos de descanso, com o auxílio da queima de
carvão. Todo o processo mantém o contato manual.
1911
Quando a energia elétrica chega a Campinas, a
produção das massas passa a ser feita em masseiras:
máquinas importadas da Itália semelhantes às usadas
em padarias. A secagem, porém, continua sendo ao sol
ou em quartos de descanso.
1944
A produção de macarrão ultrapassa uma tonelada por
dia. Começa o processo semi-automático e a secagem
passa a ser feita por meio de secadores elétricos. A
manipulação da massa tem contato manual somente
no empacotamento.
1961
É instalada uma nova unidade de produção em
Londrina, o que facilita o abastecimento do sul do país.
O Pastifício passa a ter reconhecimento internacional,
a partir da participação em uma exposição sediada na
Itália - ONAR.
1964
Com a inauguração do moinho é lançada a Farinha de
Trigo Renata. Um ano mais tarde, a produção passa a
ser realizado durante 24 horas ininterruptas, em um
processo totalmente automatizado (nenhum contato
manual) e contínuo.
1970
É lançado o Macarrão Renata. Três anos mais tarde, são
implantadas as equipes de vendas. O Pastifício Selmi
chega a 68 vendedores, distribuídos por Campinas e
região, Belo Horizonte, Bauru, São Paulo e Londrina.
1989
Ganha troféu e diploma no XII Prêmio Internacional de
Alimentos e Bebidas, na Alemanha (Düsseldorf). É a
consagração pública, local, nacional e internacional.
Década de 90
Inicia um grande processo de desenvolvimento,
com investimentos em máquinas, equipamentos de
última geração, treinamento de pessoal, pesquisa e
tecnologia. Adota a política “investir para competir”.
Com um investimento de cerca de US$ 12 milhões,
prepara-se para concorrer com as empresas
multinacionais, principalmente a indústria italiana
presente no mercado nacional. Inicia a produção de
bolo pronto da marca Renata, na moderna fábrica
de Sumaré que, com uma área de 225.000 metros
quadrados, é doze vezes maior que a anterior.
Anos 2000
Inicia a fabricação de massas na unidade de Sumaré,
fábrica considerada a mais moderna da América do Sul,
estando entre as mais modernas do mundo. A linha
produção de espaguete instalada nessa fábrica produz
4.500kg/h. Começa a funcionar a maior máquina
de talharins do mundo, com alta produtividade e
qualidade incomparável. Também adquire a maior
máquina de massa cortada da América do Sul, com
produção de 4.500 kg/h, tempo de secagem de 3
horas e altíssima tecnologia, considerada uma das mais
modernas do mundo. Instala uma nova máquina de
macarrão instantâneo para atender o grande aumento
de demanda. Com capacidade de 3.000 kg/h essa
máquina apresenta um sistema de empacotamento
dos mais automatizados em níveis mundiais.
O Pastifício Selmi completa 120 anos. Para comemorar,
o grupo lança uma campanha nacional com nove
filmes para TV e anúncios na Revista Caras, entre outras
peças e ações de marketing. O mote: “Selmi 120 anos.
A sua emoção é o nosso alimento” reflete a dedicação
com a qual o pastifício desenvolve e produz os seus
produtos.
Classes emergentes:
como vender para elas
Uma pesquisa elaborada pelas empresas Nielsen e Kantar
WorldPanel e divulgada no início deste ano mostra que o
consumo das classes D e E no varejo (renda familiar média
até R$ 680), em 2010, cresceu mais que o das classes C e
AB. Segundo o estudo, o consumo das classes D e E no ano
passado cresceu 16% em valores, enquanto as classes C e AB
permaneceram em 13%. A previsão do segmento é que em
2011 a alta continue vindo das faixas de renda mais baixas.
Em 2010, a alta no consumo de 139 categorias de produtos
(alimentos e bebidas, higiene, saúde e limpeza) veio das
classes C1 e C2 (renda familiar de R$ 962 a R$ 1.459). Em 2011,
virá da C2 e DE, enquanto em 2012 será basicamente da DE,
conforme aponta a pesquisa
“Mudanças no Mercado Brasileiro
2011”, também realizada pela
Nielsen.
O setor já vem percebendo
essa mudança e tem buscado
se adaptar. Grandes redes
de supermercados têm feito
transformações, como o grupo
Pão de Açúcar, que converteu
CompreBem e Sendas em Extra
Supermercado, que possui mais
variedade de produtos e serviços.
Já o Carrefour tem diversificado o
modelo de negócios como parte das estratégias para atender
esse público. No Brasil, a empresa tem em seu portfólio os
formatos Hiper, Bairro, E-commerce, Atacadão e Dia%.
Ainda assim, especialistas do setor consideram que os
supermercadistas precisam aprimorar o atendimento para
agradar o público emergente. De modo geral, o comércio
varejista não oferece bom atendimento aos consumidores
das classes C, D e E, de acordo com estudo da consultoria
Plano CDE. Segundo o levantamento, a deficiência é comum
para quase todas as classes, mas que, no caso da clientela
popular, a auto-estima do consumidor é influenciada ainda
mais, impactando diretamente a forma como ele se relaciona
com as lojas, e, consequentemente, potencializando o receio
de adquirir algo novo. O estudo aponta que até 25% dos
consumidores da classe C, D e E admitem falta de confiança
diante de uma compra. A principal queixa desses clientes é a
de que são mal recebidos por pertencerem a um grupo de
baixarenda.Essapercepçãoéde50%e51%,respectivamente,
entre os clientes C e D, e ultrapassa o índice de 56% entre os
consumidores E.
Durante a pesquisa realizada com 1,6 mil consumidores nas
cidades de São Paulo e Recife, os consumidores relataram
casos em que sentiram desconforto ao perceber, por
exemplo, que eram acompanhados
muito de perto por atendentes ou
seguranças em seções como bazar
e eletroeletrônicos. A pesquisa
aponta ainda em quais pontos
o setor varejista precisa ajustar
a forma de atendimento. Lojas
lotadas, com serviço lento e filas
enormes nos checkouts causam
grande descontentamento em 65%
da classe C, 61% da D e 59% da E.
A antropóloga responsável pelo
estudo, Luciana Aguiar, diz que
a tática de reduzir atendimento
e serviços, adotada por algumas redes interessadas em
baratear custos, pode prejudicar a avaliação deste público.
A pesquisadora lembra que muitos desses consumidores
trabalham em serviços pesados diariamente ou passam
a semana toda servindo outras pessoas e, na ida ao
supermercadoqueremserbematendidos.Paraagradá-los,ela
afirma que alguns serviços básicos já bastam. Disponibilizar
empacotadores, prática cada vez menos comum, é um deles.
Outro exemplo é entregar as compras em casa. Boa parte
desse público não possui automóvel próprio.
Muitos desses consumidores
trabalham em serviços
pesados diariamente ou
passam a semana toda
servindo outras pessoas
e, na ida ao supermercado
querem ser bem atendidos.
[Luciana Aguiar]
VAREJO
Revista SUPERMIX 25
Stella Kochen Susskind, presidente da consultora Shopper
Experience, destaca outras falhas no atendimento, como a
abordageminexistenteouinadequada,afaltadeproximidade
no atendimento e a falta de interesse nas reais necessidades
do cliente, gerando o “empurrômetro”. Para ela, é preciso
“humanizar” o atendimento porque, muitas vezes, no
momento mais crítico, o funcionário nem ao menos olha para
o cliente. Ela considera que o grande diferencial é que estas
classes querem saber com clareza o que estão comprando,
quaisimplicaçõesexistemnoscontratosenosfinanciamentos.
Ou seja, necessitam de atenção redobrada e transparência
e muitas vezes os próprios funcionários não conhecem as
condições dos contratos, nem mesmo os produtos. Isso gera
insegurança nos clientes e, consequentemente, perda nas
vendas. Stella ressalta que os empresários do setor precisam
estar atentos à seleção e ao treinamento dos funcionários.
A melhor estratégia, segundo ela, é contratar consultores
especializados em varejo e, principalmente, adequado ao
público brasileiro. “A humanização nada mais é do que
evitar treinamentos enlatados e evitar a robotização dos
funcionários. Tem que haver naturalidade, boa vontade,
disponibilidade em atender e interesse no cliente”, explica.
Ainda pensado em agradar o público emergente, vale
lembrar quais os produtos mais consumidos por eles. De
acordo com a pesquisa da Nielsen e Kantar WorldPanel o
consumo de bebidas não-alcoólicas, que havia crescido 2%
em 2009, avançou 9,6% em 2010. Para bebidas alcoólicas,
o crescimento passou de 2,9%, em 2009, para 7,9% no ano
passado.Nosperecíveis,aaltafoide9,3%em2010contra4,6%
um ano antes. O estudo mostrou que a venda de produtos
de higiene e beleza também cresce mais nas classes D e E.
O volume médio comprado por essas duas classes em 2010
teve alta de 8% contra um crescimento de 7% nas classes C e
AB. Além disso, o número médio de vezes que o consumidor
vai ao supermercado por ano avançou de 106 em 2008 para
123 em 2010, o que representa uma média de três vezes por
semana. A pesquisa mostra ainda que 80% dos lares optam
por mais de três lojas diferentes para se abastecer. A pesquisa
foi realizada com uma amostra de 8,2 mil lares de todas as
classes sociais, em cidades acima de 10 mil habitantes. O
questionário foi aplicado em junho de 2010.
Crescimento nas vendas
iPad
CALENDÁRIO
Telefones celulares, laptops, câmeras digitais e players de
MP3 estiveram entre os presentes de Natal mais procurados
em 2010 pelo público ainda em idade pré-escolar. Estas
informaçõesdãootomdoquepodevirnoDiasdasCriançasde
2011. De laptops infantis a aparelhos eletrônicos sofisticados,
os passatempos da meninada de hoje em dia são cada vez
mais avançados tecnologicamente. Segundo fabricantes e
lojistas especializados em brinquedos, a intenção é suprir
consumidores mirins que querem imitar os pais.
Mas mesmo com a modernização e adaptação necessárias
para atender os anseios das crianças de hoje, certos
brinquedos nunca perdem o charme e a originalidade. Por
isso, os fabricantes continuam apostando neles, permitindo
que os pais brinquem com seus filhos com novas versões
de bonecos e jogos de tabuleiros de sua própria infância.
“Para entrar no mundo infantil não basta apenas agradar aos
pequenos, é preciso saber conquistar os pais, aqueles que, no
final, vão pagar a conta”, lembra o presidente da Associação
Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), Synésio
Batista, que prevê um faturamento de R$ 3,5 bilhões em 2011
para o setor – com pelo menos 40% das vendas previstas para
o Dia das Crianças, principal data para o segmento.
Ícone nos anos 1980, o Playmobil ainda hoje permite que as
crianças montem os bonequinhos em diferentes paisagens e
situações, mas a Sunny apresenta agora versões com novos
dispositivosetecnologias,comolançadordeágua,barquinhos
que flutuam e submarinos com motor à fricção. Na linha dos
tabuleiros, o Super Banco Imobiliário, da Estrela, agora conta
com cartões de débito no lugar das pequenas cédulas de
papel. Já no Banco Imobiliário Corinthians, os participantes
podem comprar, vender e trocar os jogadores do Timão
para garantir lucros e saírem vencedores. Outros brinquedos
clássicos da Estrela reaparecem com um dos principais
atributos atuais desta indústria: o licenciamento. O famoso
Crianças:
presentes
tradicionais
edomundo
digital
Revista SUPERMIX 27
burrinho Pinote, que dá coices à medida que os jogadores
tentam equilibrar objetos sobre ele, é agora o personagem
equivalente da premiada animação Shrek. O Pula-Shrek foi
adaptado do Pula-Pirata. A Estrela também trouxe de volta
o Ferrorama, totalmente remodelado, o produto inclui uma
locomotiva com farol, som característico e dois vagões
de passageiros. O Mr. Potato Head (Cabeça-de-Batata), da
Hasbro, é representado por conhecidos personagens como
Homem-Aranha e Darth Vader. Outro destaque da empresa
são as novas versões da boneca Moranguinho e nova linha
de produtos My Little Pony com DVDs domésticos, livros,
videogames e peças de decoração.
“Os pais já estão reconhecendo mais o valor do brinquedo
educativo e as crianças estão mais seduzidas por esses
produtos. Nossa prioridade é estimular o desenvolvimento
da criança com nosso produto. Queremos resgatar o valor do
brinquedo de madeira, da matéria simples que pode acalmar
e dar um prazer imenso à garotada”, diz o proprietário da Dicá,
fabricante de brinquedos educativos. Para ele, a era dos jogos
eletrônicos e do computador 24 horas por dia está acabando.
O proprietário da Dumbo – que vende exclusivamente
brinquedos educativos –, Henrique Heinrich, é defensor da
bagunça em suas lojas. Entre seus principais clientes estão os
pais de classe média alta que têm o costume de levar seus
filhos para as lojas e estimular neles a vontade de manusear
e de passar o tempo com um brinquedo diferente dos
tradicionais. “Nossa sala fica uma confusão. Os pequenos
tocam em todos os produtos e ficam deslumbrados com
tanta novidade”, completa.
Deixar a criança mexer em tudo e descobrir ali o prazer do
novo brinquedo são apenas algumas das armas de conquista.
“Fazemos oficinas com nossos brinquedos e já fizemos até um
festival de cinema infantil. Queremos tirar o melhor de cada
criança e fazer com elas descubram o prazer em pequenas
coisas”, contam Flávia Oliveira e Flávia Klinger, sócias do ateliê
Enfim Enfant, no Rio de Janeiro. Pião, marionete e fantoches
são algumas das atrações da loja, que trabalha basicamente
com produtos importados. “Muitas crianças que entram
aqui estranham no início. É um universo diferente, longe da
televisão e de todo o eletrônico que os cerca”, declara Flávia
Oliveira.
A PB Kids que vende desde brinquedos educativos até
eletrônicos também estimula que seus pequenos clientes
mexam e descubram os produtos expostos na prateleira.
“Temos materiais abertos para demonstração e nossos
funcionários são treinados para mostrar aos clientes como
funcionam. Muitas vezes são os pais que vêm aqui e compram
um presente para seus filhos”, comenta Maria José dos
Santos, gerente da PB Kids. Para ela, os brinquedos comuns
ainda têm mais saída que os educativos, principalmente
quando um super-herói está em ação nas telas de cinema.“É
impressionante ver como a garotada fica louca quando um
filme como Homem-Aranha ou Batman chega aos cinemas”,
comenta.
E para quem não quer abrir mão da tecnologia e mesmo assim
atrair os pais, a dica vem da gerente de serviços a marketing da
FaberCastell,ElaineMandado.Em2008,empresadesenvolveu
o Clubinho Faber.“Lidar com crianças é difícil. Elas são sinceras
e falam tudo o que têm na cabeça. É importante estar de bem
com a vida e fazer tudo com o coração”, atesta o presidente
da Abrinq que também faz uma ressalva: “todo brinquedo
deve ter a certificação do Instituto Brasileiro de Certificação e
Qualidade (IBCQ), órgão autorizado pelo Instituto Nacional de
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro)”,
conclui.
Elaine Mandado
tecnologia
Imagine ir a um supermercado ou a uma loja de
departamentos sem precisar enfrentar filas no caixa. Imagine
pegar o carrinho de compras e ver em um monitor as
ofertas do dia, e mais, já calculando todos os produtos que
você está comprando sem a necessidade de passar tudo
pelo caixa. Isso é possível? Sim, e já está sendo testando
em países como Estados Unidos, Alemanha e Brasil. O
responsável por essa revolução é a tecnologia RFID (Radio-
Frequency Identification), que significa identificação por
frequência de ondas de rádio. A chamada etiqueta eletrônica
deverá substituir o código de barras, sistema que foi
implantado nos Estados Unidos na década de 1970, e no
Brasil dez anos mais tarde.
Mas as vantagens do RFID vão muito além dos benefícios
para o consumidor. Regiane Relva Romano, presidente da
Vip-Systems Informática, empresa de São Paulo que presta
consultoria e desenvolve sistemas para controle de acesso,
comenta que a tecnologia pode auxiliar no armazenamento
e leitura de dados como lotes, validade, localização dentro
da loja, estoques, logística, entre outras possibilidades.
“Ao contrário do código de barras, esse sistema via rádio
frequência não precisa ser visado, e é possível ler e escrever
dados nas etiquetas sem a necessidade de tirar os produtos
das embalagens. Além disso, dentro da fábrica, é possível
fazer inventário, rastrear o produto e até mesmo utilizar
informações para fazer campanhas promocionais de
produtos que estão vencendo”, comenta Regiane.
Redes mundiais de supermercados como o MetroGroup,
na Alemanha, e o Walmart, nos Estados Unidos, estão
investindo em pesquisas tecnológicas para substituir o
código de barras atual pela tecnologia RFID em todos os
departamentos das lojas. Segundo Regiane, o Walmart
já está usando o sistema na gestão de produtos têxteis
nos supermercados. Já o Metro criou, em 2008, uma loja
conceito para apresentar e testar todas as tecnologias
melhorando a gestão e a experiência de compra do
consumidor. Regiane adiantou que no Brasil existem várias
empresas atuando no desenvolvimento de etiquetas
eletrônicas, e que a Vip-Systems desenvolveu uma solução
de ponta a ponta que, inclusive, será implantada em uma
loja de roupas, que irá testar a ferramenta na área têxtil e, na
sequência, no setor de eletroeletrônicos.
Desafios
Na avaliação de Regiane, o RFID ainda precisa vencer alguns
desafios para ser amplamente utilizado, pois a tecnologia
tem problemas quando entra em contato com a água e com
o metal – a água absorve as ondas de rádio e o metal reflete
as ondas de rádio.“O Brasil, desde 2009, vem investindo e
disponibilizando recursos públicos para o desenvolvimento
Tecnologiaaliada
aovarejo
Osistemapoderáterreflexo
diretonocustoBrasil,
comarastreabilidadede
impostos,alémdoimpacto
namãodeobra.Alguns
postosdetrabalhosumirão,
masoutrosexigirãomaior
preparação,semelhante
aoqueaconteceucoma
automaçãobancária.
de pesquisas nesta área. Acredito que estamos em uma
fase semelhante ao que ocorreu com o código de barras
que no início não se aplicava a todos os produtos, mas essa
dificuldade foi superada”, avalia. Regiane acrescenta que hoje
em dia, com a tecnologia do RFID disponível, já é possível
aplicar a solução sem problemas em setores como têxtil,
eletro, bebidas e outros produtos de maior valor agregado
– como protetor solar – que acabam ficando fora da área de
compras e do alcance do consumidor.
Outro desafio importante para a disseminação da etiqueta
eletrônica, comenta a presidente da Vip-Systems, é a
necessidade de um processo de cooperação entre a
indústria e o varejo, pois os ganhos serão muito maiores e
os investimentos menores.“Nos Estados Unidos, o Walmart
chamou os principais fornecedores para que agilizassem
o processo de implantação para continuar atendendo as
lojas da rede. Já na Alemanha, o MetroGroup está dividindo
os custos com a indústria. Eu entendo que esse deve ser
mesmo o caminho, pois precisa ser um processo onde todos
ganham”, destaca. Segundo ela,“já passou da hora”do RFID
estar sendo utilizado, pois o sistema irá trazer inúmeras
vantagens, reduzindo inclusive problemas atuais que o País
enfrenta.“O sistema poderá ter reflexo direto no custo Brasil,
com a rastreabilidade de impostos, além do impacto na mão
de obra. Alguns postos de trabalho sumirão, mas outros
exigirão maior preparação, semelhante ao que aconteceu
com a automação bancária”, pondera.
Em relação aos rumores de que o sistema RFID poderia
ter influência direta na privacidade, já que com essa nova
etiquetagem, as informações obtidas pelo varejo são mais
eficazes e de maior controle, a partir do monitoramento feito
pelo dispositivo, a presidente da Vip-Systems afirma que a
informação não procede. Isso porque o chip utilizado no
sistema é passivo, ou seja, precisa de uma antena para ser
energizado.“A identificação que fica é a do produto e não a
do consumidor”, pondera. Segundo ela, as pessoas precisam
se preocupar com a violação de privacidade que ocorre nas
redes sociais quando os usuários expõem dados pessoais.
Assim como, na biometria facial das câmeras de vídeo.“Isso
sim é violação de privacidade, pois a biometria facial não
pede licença para rastrear”, destaca.
A EVOLUÇÃO DO VAREJO
CHEGA TAMBÉM À LONDRINA
Fortalecimento. Essa é a palavra-chave do setor
supermercadista no panorama atual. O setor, que emprega
mais de um milhão de pessoas e que faturou no passado
cerca de R$ 200 bilhões, está otimista que para 2011 os
números podem ser ainda melhores. E é neste positivo
cenário que será realizada nos dias 18 e 19 de julho a
9ª edição da Supernorte (Feira e Convenção Regional
de Supermercados), que tem como sede o Centro de
Exposições e Eventos de Londrina.
O evento, promovido pela Associação Paranaense de
Supermercados (Apras), tem como proposta aproximar toda
a cadeia que abastece o varejo, principalmente, do pequeno
e médio empresário, além de proporcionar um ambiente
favorável para negócios e atualizações. Este ano é muito
especial para o evento. Com o aniversário de 40 anos da
entidade, as projeções se mantêm positivas para uma edição
de comemorações. De acordo com Pedro Joanir Zonta,
presidente da Apras, para manter uma entidade atuante e
fortalecida no Paraná, é preciso que as atividades estejam
consolidadas nas regionais.“Entre nossas prioridades como
representantes de classe sempre esteve a ampliação das
ações da Associação no interior do Estado, inclusive com
Tudoprontopara
a Supernorte
cursos e treinamentos realizados por meio da Academia
Empresarial Apras, o que temos honrado com grande êxito”,
conclui.
O presidente da Regional Norte da Apras, Valdecir dos Santos
Galhardi, comenta que a feira supermercadista deve superar
todas as expectativas dos organizadores, e reunir nos dias
de feira um público superior a oito mil visitantes.“Estamos
bastante entusiasmados com os preparativos. Temos a
confirmação da participação de empresas de toda a cadeia,
o que certamente irá tornar a Supernorte mais atrativa e
mais profissional”, comenta.
O diretor comercial da Apras, Walde Renato Prochmann,
confirma que todos os espaços da feira foram
comercializados, e o evento deve reunir cerca de 90
empresas oriundas dos três estados do Sul do Brasil, e
especialmente, da região Norte do Paraná.“Teremos a
participação de muitas empresas que estarão pela primeira
vez na feira, além de muitas novidades”, disse. Entre elas está
o segmento de hortifruti, que por meio de uma parceria
com instituições como o Instituto Paranaense de Assistência
Técnica e Extensão Rural (Emater) e o Instituto Agronômico
do Paraná (Iapar), irá reunir diversas empresas de agricultores
familiares.
eventos
Revista SUPERMIX 31
Patrocínio Realização
Agenda
A programação da Supernorte 2011
contará com a palestra “Vencendo
desafios e construindo o futuro”,
que será proferida no dia 19, às
14h00, por Eduardo Shinyashiki,
consultor organizacional, escritor e
especialista em desenvolvimento das
Competências de Liderança,. Autor
dos livros Viva como Você Quer Viver
e A Vida é um Milagre, Shinyashiki
irá propor aos participantes como
expandir a postura de criador de
contextos, elevando a autoconfiança,
fortalecendo a motivação e o
relacionamento, assim como,
transformar palavras em ações que
gerem resultados positivos.
Outra novidade nesta edição será a
Oficina do Conhecimento que dará
oportunidade aos participantes para
atualização em temas pertinentes
ao setor. No dia 18, às 18h00, está
programado o tema “SPED Fiscal
- Dúvidas e Sugestões”, que será
coordenado por Viniccius Feriato; e
às 19h00 será a vez do tema “Padaria
- diferencial de uma loja”, com David
Serviço
9ª Supernorte – Feira e Convenção Regional de Supermercados
Dias 18 e 19 de julho, das 14h00 às 23h00
Local: Centro de Exposições e Eventos de Londrina
Rodovia Mábio Gonçalves Palhano, 3333
dos Santos. Já no dia 19, às 18h00, o
tema SPED Fiscal volta a ser discutido
seguido da palestra “Gestão de
Pessoas”, com Cristiane Pasquinelli.
E como acontece em todos os anos,
o projeto Apras Mulher – braço de
responsabilidade social da entidade
–, em parceria com os expositores, irá
promover a arrecadação de doações
das vitrines de feira. O material
recolhido será repassado para
instituições beneficentes da região de
Londrina.
índice de vendas
Limpeza,Mercearia
eBebidasforamas
cestasquecresceram
noperíodo
Curitiba Interior do Paraná
Período de Análise – 25/04/2011 a 22/05/2011 Variação Nominal Variação Real**
Variação
Nominal
Variação Real**
PERÍODO 05 x PERÍODO 04 -13,0% -13,4% -10,6% -11,1%
PERÍODO 05 x MESMO PERÍODO DE 2010 4,9% -1,4% 6,0% -0,4%
ACUMULADO 2011 versus 2010 7,8% 1,6% 8,9% 2,7%
Na análise do acumulado 2011 versus 2010 (períodos 1 a 5),
Curitiba apresentou um crescimento nominal de 7,8%, inferior
à média Brasil de 8,9%. Considerando a inflação de 6,11% no
período, o crescimento real de Curitiba foi 1,7% e do Brasil
foi 2,7%. Ainda no acumulado, todas as cestas apresentaram
crescimento, com destaque para o consumo local (16,9%).
No comparativo do período 05 (entre 25 de abril e 22 de
maio) em relação ao período anterior (entre 28 de março e
24 de abril), as vendas do setor de autosserviço em Curitiba
apresentaram uma queda nominal de 13%, superior a queda da
média Brasil que foi de 10,6%. A cesta de Mercearia teve a maior
retração com variação nominal maior que no Brasil (-42,3% x
-33,1%), em função do retorno aos patamares normais, após os
efeitos de sazonalidade da Páscoa. Enquanto a cesta deTêxtil
*Números de Curitiba e Região Metropolitana com amostragem concentrada nas grandes redes.
**Real – deflacionado desde janeiro de 2001 pelo IPCA do IBGE
Metodologia utilizada
apresentou o maior crescimento, devido às vendas mais altas
de roupas e calçados com a chegada do inverno.
A metodologia utilizada para coleta dos dados pela Nielsen é
a chamada scantrack, que realiza a captura semanal de dados
provenientes dos caixas de supermercados colaboradores
(leitores ópticos do autosserviço). Possibilita uma análise
detalhada das categorias de produtos, semana a semana. O ano
scantrack é dividido em 13 períodos de quatro semanas cada.
Isso significa que, na maioria das vezes, as informações não são
referentes ao mês fechado.
Revista SUPERMIX 33
Importância
Per - 28/03/11 a 27/04/11
Brasil Paraná
Período 5
25/04/11 a 22/05/11
Variação em
relação ao
acumulado
anterior
(2011x2010)
Variação em
relação ao perío-
do anterior
(04x03)
Variação em
relação ao
mesmo
período do ano
anterior
(o4/11x04/10)
Variação em
relação ao
acumulado
anteior
(2011x2010)
Variação em rela-
ção ao período
anterior (04x03)
Variação em
relação ao mesmo
período do ano
anterior
(04/11x04/10)
Curitiba Brasil
VENDAS TOTAIS 100% 100% 7,8% -13,0% 4,9% 8,9% -10,6% 6,0%
BEBIDAS 31,5% 31,0% 8,6% -9,4% 10,5% 9,7% -13,5% 8,0%
CASA 21,0% 20,7% 8,4% 15,6% 7,8% 9,0% 19,4% 7,7%
CONSUMO LOCAL 9,8% 9,7% 16,9% -3,4% 17,4% 8,1% -4,3% 7,3%
ELETRONICOS 11,2% 10,7% 7,0% 5,4% -12,5% 9,8% 6,8% -5,5%
LIMPEZA 7,5% 7,8% 9,9% 3,4% 14,1% 8,6% 1,7% 10,5%
MERCADORIA GERAL 6,1% 4,0% 5,0% -3,7% 1,9% 9,9% -6,0% 6,3%
MERCEARIA 3,7% 5,7% 9,1% -42,3% 8,6% 7,9% -33,1% 6,2%
OUTROS 4,0% 4,0% 3,8% 2,5% 17,4% 73,1% -2,7% 92,7%
PERECIVEIS (FRESCOS) 4,3% 3,8% 7,8% -3,4% 6,6% 6,9% -6,4% 5,0%
PERFUMARIA 0,5% 2,3% 6,9% 2,9% 8,7% 7,4% 0,6% 8,2%
TEXTIL 0,2% 0,2% 2,0% 37,0% -2,3% 5,3% 28,2% 3,2%
Andréa Luy é psicóloga formada pela Pontifícia
Universidade Católica do Paraná (PUCPR),
pós-graduada em Gestão de Pessoas pela
Faculdade Estudos Sociais do Paraná (Fesp)
e em Gestão Estratégica do Varejo pela USP/
Provar. É gerente de treinamentos da Academia
Empresarial Apras.
A profissão que não
tem gênero
Ao analisar o comportamento da força de trabalho
feminina no Brasil nos últimos 40 anos, o que chama a
atenção é o vigor e a persistência do seu crescimento. A
participação feminina no mercado de trabalho brasileiro
foi uma das mais marcantes transformações ocorridas
no país desde os anos setenta. O Ano Internacional da
Mulher, decretado m 1975 pela ONU (Organização das
Nações Unidas), dá um forte impulso à organização e
aparecimento destes grupos.
Várias são as razões para explicar o ingresso acentuado
das mulheres no mercado de trabalho a partir de então.
A necessidade econômica, que se intensificou com
a deterioração dos salários reais dos trabalhadores,
obrigando-as a buscar uma complementação para
a renda familiar, é um dos grandes fatores para a
inclusão da mulher no mercado de trabalho. Outras
causas também explicariam o novo comportamento
feminino. Profundas transformações nos padrões de
comportamento e nos valores relativos ao papel social
da mulher, intensificadas pelo impacto dos movimentos
feministas, pela presença feminina cada vez mais atuante
nos espaço público e também a falta de profissionais
no mercado de trabalho facilitaram a oferta de
trabalhadoras.
As mulheres representam mais de 40% da força de
trabalho no país, segundo os dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Porém,
esta inserção ainda é preponderante nas ocupações e
ofícios que guardam correlação direta com as funções
que elas desempenham no espaço doméstico, tendo
menor status social e demandando menor qualificação
formal; conseqüentemente auferindo menor renda.
Muitas são as barreiras, visíveis e invisíveis que mantém
as mulheres mais distantes de cargos que até então
foram denominados como sendo masculinos. Mas a
necessidade e principalmente a luta feminina para
conquistar seu espaço profissional têm levado as
mulheres a desempenhar funções diferenciadas muito
bem. Muitos trabalhos já estão sendo feitos com grande
qualidade e já não são mais vistos por consumidores e
clientes como profissões masculinas.
Para podermos visualizar melhor o trabalho de mulheres
em cargos até então ditos como masculinos, fomos ver
de perto o trabalho de uma açougueira e uma auxiliar
de pedreiro, ambas profissionais na cidade de Curitiba.
Pedimos a elas que nos contassem brevemente sua
história. Confira:
Auxiliar de pedreira
Sandra de Souza Silva de Jesus, 37 anos, tem dois filhos,
é formada em magistério (nível médio) e é costureira,
função esta que desempenhou por pouco tempo.
Trabalha com o marido, José do Carmo de Jesus, há
mais de 10 anos fazendo pintura, rejunte, quebra de
paredes, preparando argamassa, usando ferramentas
como martelos, alicates, pincéis, pás, enxadas, marretas,
trenas e outros instrumentos da construção civil. Faz um
excelente acabamento nas obras e tem um excelente
reconhecimento no setor. Como o próprio marido disse:
artigos
Revista SUPERMIX 35
“Gosto do trabalho da minha mulher por ela ser mais
delicada e paciente, tendo uma atenção melhor no que
faz, é bem detalhista”.
Conte-nos sua história de como foi trabalhar como
servente de pedreiro?
[Sandra] Comecei ajudando meu marido em casa. Eu
levava a janta para ele, que sempre trabalhou no período
noturno na construção de prédios e sobrados. Interessei-
me por ajudá-lo e dei início a um trabalho como auxiliar
de pedreiro, trabalhando com ele à noite também.
Dizem que a mulher é mais frágil e vaidosa. Como fica
isto diante da sua profissão?
[Sandra] Acho que a mulher cresce tendo força de
vontade, não vejo grandes empecilhos para ela quando
deseja fazer alguma coisa.
Você já recebeu críticas ou ouviu piadinhas?
[Sandra] Já me chamaram de “maluca” por ter que
trabalhar no período noturno. Mas meu marido me
incentiva e diz: “Gosto do trabalho da minha mulher por
ela ser mais delicada e paciente, tendo uma atenção
melhor no que faz, é bem detalhista”.
O que você sonha para um futuro próximo?
[Sandra] Meu sonho é trabalhar em conjunto com alguns
familiares, quem sabe uma sociedade entre nós, pois o
pai do meu marido também é pedreiro.
Açougueira
Berenice Rodrigues Januário, 30 anos, tem três filhos.
Trabalha com desossa, abastece loja com bandejas de
carne, atende muito bem os clientes, ajuda com pedidos
e também faz toda a higienização do setor, usando
instrumentos como facas, serra-fita, moedores e entre
outros. Segundo seu líder de setor, Marcos da Silva, faz
um excelente trabalho.
Conte-nos sua história de como foi trabalhar como
açougueira?
[Berenice] Iniciei no supermercado como zeladora e
então vi uma vaga em aberto no setor. Perguntei ao
líder se era difícil trabalhar em açougue e pedi uma
oportunidade. Ele me disse que eu faria um teste durante
uma semana treinando com os cortes de temperados.
Passei nesta avaliação e então fui efetivada no setor,
passando por treinamento.
Dizem que a mulher é frágil e vaidosa. Como fica isto
diante da sua profissão?
[Berenice] Mulher também consegue fazer trabalhos
mais difíceis, não é só homem que tem força para esta
profissão e consegue carregar caixas com carnes. Pedem
cortes especiais para mim, eles pedem pelo meu corte
de carnes e dizem: “Berenice, faz daquele jeitinho que
você sabe”.
Você já recebeu críticas ou ouviu piadinhas?
[Berenice] Recebo críticas, inclusive de colegas homens.
Escuto piadinhas como, por exemplo, “você não tem
força para carregar uma carcaça”. Mas penso que não
precisa carregar carcaça para ser uma boa açougueira.
O que você sonha para um futuro próximo?
[Berenice] Meu sonho é crescer na empresa onde
trabalho. Tenho uma relação muito boa com o meu líder
e ele me incentiva a crescer e construir carreira.
Com dedicação e profissionalismo, a mulher tenta
conquistar o padrão de perfeição no trabalho, em
especial pela capacidade empreendedora e a seriedade
com que enfrenta os desafios que se apresentam. A
inserção feminina no mercado de trabalho tem sido
competitiva, pois a sua presença frente a esse novo
cenário contribui para o sucesso dos negócios dando um
toque especial às organizações.
Referência Bibliográfica
CABRAL, Márcia Regina; Trabalho de Monografia, O
mercado de trabalho na década de 90. Um mundo em
transformação. p. 63,1999,Itajaí-sc
36	 Revista SUPERMIX
O ano das
mulheres
*Bernt Entschev é fundador e presidente do
Grupo De Bernt, colunista da Gazeta do Povo,
Revista Supermix e La Nación, comentarista
nas rádios CBN Curitiba e 91 Rádio Rock, e
autor do livro Executivos, Alfaces & Morangos.
P
ouco mais
de seis
meses
passados
da
presidente
Dilma ter
tomado
posse,
o que se percebe é a confiança nas
mulheres crescer vertiginosamente.
Além de ocupar o principal cargo
do País, Dilma Roussef escolheu dez
mulheres para ajudá-la a comandar
o Brasil nos quatro anos de seu
mandato, a última delas a integrar a
cúpula foi a curitibana Gleisi Hoffmann,
que assumiu a Casa Civil. Não à toa,
com todo o rebuliço que a posse da
presidente causou, não seria diferente
o comentário principal para as
mulheres, em 2011:“este será o ano das
mulheres”.
Engana-se quem pensa que elas
comandam apenas no Governo
Federal. As empresas têm buscado
cada vez mais mulheres para
ocuparem cargos estratégicos, de nível
gerencial para cima. Não é de hoje
que percebemos esse movimento.
Estudos já comprovaram que a mulher
tem conseguido nos últimos anos,
em média, um nível cultural mais
elevado que os homens. Além, é claro,
das múltiplas competências que elas,
naturalmente, possuem. O fato de
a mulher conseguir executar várias
tarefas simultaneamente, por exemplo,
faz com que ela consiga ter uma visão
holística das organizações, o que é
muito útil em cargos estratégicos.
Hoje em dia, um profissional precisa
dominar o negócio, entender a sua
essência, mas, principalmente, saber
lidar com diferentes conflitos ao
mesmo tempo – característica nata da
maioria das mulheres também.
Esse movimento que já vinha
acontecendo nos últimos anos se
fortalecerá ainda mais no Brasil com o
país sendo presidido por uma mulher.
Já podemos observar uma confiança
maior na capacidade das gestoras, por
parte das empresas que atendemos.
Porém, o que ainda preocupa é a
disparidade de salários entre homens e
mulheres. Mesmo elas sendo capazes
de fazer seu trabalho tão bem quanto,
ou melhor que, os homens, elas ainda
saem perdendo no quesito salário.
Entretanto, isso é apenas uma questão
de tempo. A abertura para as mulheres
em níveis de alto escalão já é um
grande passo. O próximo, certamente,
será equiparar as remunerações.
A mulher não precisa perder sua
feminilidade no mundo corporativo.
Mas, controlar suas emoções e evitar
levar as coisas para o lado pessoal serão
atitudes fundamentais para permiti-las
dominar o mercado de vez.
Curitiba faz pesquisa
inédita para avaliar
adequação à lei
sobre glúten
Apras quer aprimorar legislação estadual para evitar perdas aos
supermercados e ao consumidor
A Vigilância Sanitária da Secretaria
de Saúde da Prefeitura de Curitiba
acaba de divulgar os resultados
de uma pesquisa, inédita no Brasil,
desenvolvida para avaliar a adequação
dos supermercados à Lei Federal nº
10.674, de 16 de maio de 2003, que
obriga os fabricantes de alimentos
a incluir nos rótulos dos produtos as
inscrições“contém glúten”ou“não
contém glúten”. De acordo com a
pesquisa, iniciada em setembro de
2009, dos 579 produtos analisados em
27 supermercados da capital, 63 (11%)
apresentaram irregularidades. Outros
20 produtos (3,45%) poderiam causar
problemas, caso fossem ingeridos,
aos celíacos – portadores da doença
caracterizada pela intolerância ao
glúten.
Os resultados da pesquisa, coordenada
pela nutricionista Sabrina Vianna
Mendes, foram encaminhados
à Anvisa (Agência Nacional de
Vigilância Sanitária) e à Secretaria
Estadual de Saúde, que determinou
aos fabricantes dos produtos com
suporte jurídico
Sabrina Vianna
irregularidades o cumprimento da lei.
Já os supermercados tinham até 19 de
junho para retirar as mercadorias das
prateleiras, sob pena de sofrerem as
sanções legais, caso não cumpram a
determinação.“O problema é dos dois.
Se o supermercado compra produtos
com irregularidades do fabricante,
é co-responsável pela venda e pelas
conseqüências que isto pode trazer ao
consumidor”, explica Sabrina.
Solução pelo diálogo
A pesquisa reacende o debate iniciado
no ano passado com a entrada em
vigor da Lei Estadual Nº 16.496/2010,
que obriga os supermercados a
terem espaço próprio para expor
produtos alimentícios para pessoas
com diabetes, intolerantes à lactose e
com doença celíaca (leia quadro). Por
enquanto, os técnicos da Vigilância
Sanitária da Prefeitura de Curitiba
e do Governo do Estado ainda não
estão fiscalizando o seu cumprimento.
“Nós estamos esperando a lei ser
regulamentada”, explica a chefe do
setor em Curitiba, Ana Valéria de
Almeida. A Associação Paranaense
dos Supermercados (Apras), contudo,
já tem posição clara sobre o assunto.
Respeita os portadores destas
restrições alimentares e está decidida
a encontrar uma solução de comum
interesse para o impasse, mas defende
um ajuste na lei para evitar prejuízos
a todos os segmentos envolvidos no
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Revista Supermix | Edição 135

  • 1.
  • 2.
  • 3. palavra do presidente Pedro Joanir Zonta Presidente da Apras Caro leitor, O setor supermercadista mantém números positivos de crescimento, mostrando como o segmento tem parcela importante na economia brasileira. Segundo dados da Apras/Nielsen, no período que vai do dia 3 de janeiro a 22 de maio de 2011, a Grande Curitiba cresceu 1,6% em termos reais, comparado com o acumulado em 2010. O índice é excelente. Entretanto, vivemos profundas transformações em nosso setor. O sucesso dos últimos anos, com crescimento real de, em média, 7,5% desde 2007, deve-se, sobretudo, ao fortalecimento da economia, com distribuição de renda e pleno emprego, inclusive no Paraná, onde temos tido dificuldade nas contratações, ainda que com salários 15% maiores nos últimos anos. Estivemos navegando num mundo de turbulências financeiras que culminaram na maior crise bancária internacional desde a grande recessão em 1929. Foram anos bons para nós brasileiros, em que o governo de esquerda focado no social, teve o mérito de distribuir renda e melhorar os indicadores sociais do país. Atualmente, observamos a preocupação da indústria, sufocada pela taxa cambial e pela concorrência dos produtos importados, de um comércio e algumas áreas do serviço que começam a apresentar problemas com endividamento e margens, renegociando com as financeiras ou bancos, para terem acesso a um custo menor ou prazo mais longo. Temos uma sociedade critica com a iniciativa privada, mas descrente e conformada com os serviços públicos de um estado que caminha para arrecadar a metade da riqueza gerada pelo país (hoje 38% do PIB) e distribui tão pouco à sociedade com saúde, educação e segurança. Vejamos o Paraná, reconhecido como um dos estados onde o empresário é mais cobrado. Na Região Sul, temos a Assembléia Legislativa mais atuante – produziu mais de 503 leis e aprovou 70, enquanto o Rio Grande do Sul produziu 222 e aprovou 42, e Santa Catarina, 248 e 46 –, muitos desses atos legislativos vinculados aos supermercados. Nossos municípios também são exímios legisladores. Isto nos faz vivenciar grandes dilemas, influenciados pela tendência em busca de populismo, às vezes, esquecendo o verdadeiro significado da Lei: melhores serviços aos consumidores. Relata-se que, como não existe tanto espaço para legislar, buscam-se setores que atendam uma parcela maior da sociedade. Como presidente desta entidade, trago estas reflexões porque estou seriamente preocupado com o pequeno e médio varejo, os que mais empregam neste país, e poderíamos assim estar saindo de um ciclo virtuoso de pleno emprego. Será que não estamos, inclusive, vivendo uma inversão de valores na sociedade, a partir do momento em que alteramos demasiadamente o código penal. Justifico minha afirmação: há sete anos, pessoas de meu convívio foram abordadas por assaltantes armados e fizeram-nas reféns para roubar 100 mil reais. Até hoje, o caso não foi julgado e os bandidos estão impunes. Entretanto, um único produto vencido nas gôndolas, situação que ocorre em todos os supermercados do mundo, é suficiente para levar o gerente de uma loja a ser preso em flagrante, com julgamento em dois anos, em média. Ambas as situações oferecem ameaças, mas por que apenas o gerente da loja é punido? Outro ponto de destaque nestes últimos dias tem sido a pretensa fusão do Carrefour e do Grupo Pão de Açúcar. Creio que não é saudável para a livre concorrência uma empresa dominar 27% do mercado brasileiro. Os fornecedores serão pressionados a baixar preços e não temos certeza de que serão repassados aos consumidores. Ou pior, no curto prazo se repassa e inviabiliza a operação de muitos concorrentes e, na sequência, aumenta margens, prejudicando exponencialmente o consumidor. Para finalizar, o Brasil vai sediar dois eventos de repercussão mundial: a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. São episódios que podem incluir de forma definitiva nosso país no rol dos desenvolvidos, além de torná-lo um ótimo destino turístico. Ainda é tempo dos Governos Federal e Estadual, dos empresários e dos trabalhadores unirem forças para buscarem juntos, um País mais competitivo, com serviço público mais eficiente e socialmente mais justo. Reflitam sobre isso e bons negócios! Boa Leitura!
  • 4. A EVOLUÇÃO DO VAREJO CHEGA TAMBÉM À LONDRINA sumário Tecnologia Vantagensdaetiquetaeletrônicavãoalém dosbenefíciosaoconsumidor entrevista Com otimismo, Shinyashiki destaca as características de um vencedor CALENDÁRIO Novastecnologiaspodematrairascrianças paraosbrinquedostradicionais matéria de capa Apresençacadavezmaiordasmulheres emtodasasáreasdomercado VAREJO Supermercadistaprecisaaprimoraro atendimentoparaagradarosemergentes EVENTOS Supernortequerrepetirosucessoda MercosuperagoraemLondrina NOTíCiAS (08) perfil (20) índice de vendas (30) artigos (32) suporte jurídico (36) aconteceu comigo (40) Academia apras (42) espaço apras (48) lançamentos (50) 16 24 22 26 28 14
  • 5.
  • 6. Caro Leitor editorial Posso até me incluir como exemplo da matéria de capa da edição 135 da revista Supermix. Diria que é um tema muito relevante dado o cenário atual: a primeira mulher eleita presidente no Brasil, multinacionais com mulheres em cargos estratégicos anteriormente ocupados apenas por homens, mulheres dirigindo táxis, ônibus, caminhões e, inclusive, preenchendo os quadros nos canteiros de obras. Parece-me que de alguma forma a sociedade está de fato evoluindo. Estou até numa posição complicada para falar sobre as mulheres no mercado de trabalho e devo cuidar para não me tornar um tanto quanto feminista demais. A verdade é que, mesmo com todas as conquistas, não existe explicação plausível para grandes diferenças salariais. Planos de cargos e salários, pelo que sei, levam em conta a escolaridade, o desempenho, e não gênero. Entretanto, não vou fazer análises e avaliações profundas sobre sociologia, afinal, a revista traz muitas outras reportagens que merecem atenção. Os anseios das classes emergentes e como as lojas estão se preparando para atendê-los. Será mesmo que os supermercados têm ambientes adequados para receber este público? Em tecnologia, o advento das etiquetas eletrônicas, suas vantagens e desafios. O autosserviço brasileiro vai conseguir se adaptar? E os consumidores? Dia das Crianças se aproximando e quais são as brincadeiras das novas gerações e como as empresas têm trabalhado para manter vivos os brinquedos tradicionais. Além do mais, uma reportagem vai tratar sobre mais esta edição da Supernorte – Feira e Convenção Regional de Supermercados. Confira quem será o palestrante deste evento e quais as novidades que Apras preparou especialmente para seus visitantes. Boa leitura para todos os gêneros! Camila Manssour Tremea Coordenadora de Comunicação Presidente Pedro Joanir Zonta (Condor Supermercados) Primeiro Vice-Presidente Luiz Mauricio K. Hyczy (Supermercados Superpão Ltda.) Vice-Presidente Financeiro Daniel Kuzma (Kusma & Cia LTDA) Vice-Presidente de Patrimônio João Jacir Zonta (Comercial Alimentos Zonta) Vice-Presidente de Capacitação Mauricio Bendixen da Silva (Walmart Brasil.) Vice-Presidente de Relações Públicas José Eduardo Muffato (Irmãos Muffato & CIA LTDA) Vice-Presidente Segurança Luiz Alberto Leão (Condor Supermercados) Vice-Presidente Eventos Everton Muffato (Irmãos Muffato & CIA LTDA.) Vice-Presidente Expansão Alceu Breda (Fadaleal Supermercado LTDA) Vice-Presidente de Segurança Alimentar Nelvir Rickli Junior (Supermercado Rickli) Vice-Presidente Relações Sindicais Ademar Vedoato (Supermercados Viscardi) Vice-Presidente Adjunto Paulo Beal (Supermercado Beal) Vice-Presidente Adjunto Celso Luiz Stall (Supermercado Stall LTDA) Vice-Presidente Adjunto Silvio Koltun Alves (Mercantiba Supermercado LTDA.) Vice-Presidente Adjunto Alceu José Tissi (Supermercados Tissi LTDA) Vice -Presidente Adjunto Cezar Moro Tozetto (Tozetto & Cia LTDA) Conselho Fiscal Efetivo Rodolfo Pankratz Haroldo Antunes Deschk Dercio Domingos de Costa Conselho Fiscal Suplente João Batista Moreira dos Santos Edson Zamprogna Claudia Maria Dalmora Presidente Regional Sul - Ponta Grossa Sergio Jasinski (Supermercado Jasinski) Presidente Regional Norte - Londrina Valdeci dos Santos Galhardi (Irmãos Muffato & Cia LTDA) Presidente Regional Oeste - Cascavel Luciano Fabian (Supermercado Fabian) Presidente Regional Sudoeste - Panto Branco Vinicius Lachman (Nestor Lachmann & Cia LTDA) Presidente Regional Noroeste - Maringá Roberto Burci (Supermercado Bom Dia Burci) Presidente Regional Norte Pioneiro - Jacarezinho Luiz Yoneo Ueda (Supermercado Ueda Bandeirantes) Presidente Regional - Irati Paulo César Ivasko (Supermercado Ivasko) Presidente Regional - Guarapuava Daniel V. Hyczy (Supermercado Superpão) Conselho Permanente Everton Muffato Pedro Joanir Zonta Ruy Senff Sidney Schnekemberg Eduardo Antonio Dalmora Romildo Ernesto Conte Roberto Demeterco Superintendente Valmor Antônio Rovaris Diretor Comercial Walde Renato Prochmann Vice-Presidente de Relações Públicas José Eduardo Muffato Diretor Comercial Walde Renato Prochmann Conselho Editorial Camila Manssour Tremea, José Eduardo Nasser e Isabelle Rocker Departamento Comercial Khailany Cardoso e Walde Renato Prochmann Fone: (41) 3362-1212 – Fax: (41) 3362-8513 E-mail: supermix@apras.org.br Projeto Gráfico Zeh Henrique Rodrigues (Brainbox Design Estratégico) Diagramação Samuel Rodrigues / Luís Junior Revisão Paulo Roberto Maciel Santos Fotos Alex Santos Pré-Impressão (CtP) e Impressão Maxi Gráfica e Editora Ltda. Tiragem 13.000 exemplares Distribuição Nacional Enviada aos supermercados e atacadistas do Brasil. A revista Supermix é patrimônio da APRAS – Associação Paranaense de Supermercados – e também seu órgão oficial de divulgação. Avenida Souza Naves, 535 – CEP 80045-190 Fone: (41) 3263-7000 – Fax: (41) 3362-8513 – Curitiba – PR supermix@apras.org.br / www.apras.org.br/supermix Os artigos assinados são de total responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião da revista. Todos os direitos reservados. DIRETORIA EXECUTIVA TRIÊNIO 2009/2012 Impressão AApras,conscientedasquestõesambientaise sociais,utilizapapéiscomcertificaçãoFSC(Forest StewardshipCouncil) naimpressãodestematerial. AcertificaçãoFSCgarantequeuma matéria-prima florestalprovémdeummanejoconsideradosocial, ambientaleeconomicamenteadequado.Impresso naMaxiGráficaeEditoraLtda.-certificadanacadeia decustódia-FSC
  • 7.
  • 8. NOTÍCIAS Baixas temperaturas, vendas em alta ( Se por um lado o inverno é sinônimo de baixas temperaturas no sul do Brasil, por outro lado, ele representa a possibilidade de esquentar as vendas do segmento de bebidas. É nesta época do ano que muitas empresas aproveitam para lançar novos produtos que prometem esquentar os termômetros, e conquistar os consumidores em todas as estações. O gerente nacional da Famiglia Zanlorenzi Grupo Vinícola, Teodósio Piedrahita, confirma que a empresa trabalha pautada pelos ciclos do inverno e do final de ano, quando ocorre um aumento no consumo de bebidas, e nesta época em especial, de vinhos.“Nossos investimentos em produção e marketing se concentram nessas duas ondas”, diz. Para a estação as apostas da empresa são o Campo Largo Vintage e o Quentão Campo Largo.“O Vintage é um lançamento efetuado em 2011 para comemorar os 70 anos da marca Campo Largo e se trata de um vinho de mesa que segue um conceito acolhido em todo o mundo para designar produtos que marcam época. Já o Quentão é produzido à base de vinho e pronto para o consumo, bastando apenas esquentar”, destaca o gerente. Para a Vinícola Aurora, o período de maio a dezembro representa 80% do volume de vendas. Segundo a gerente de marketing da empresa, Lourdes Conci da Silva, o inverno sempre é um bom momento para o setor.“Este inverno é especialmente bom, em função da melhora na economia, do crescimento e consolidação do consumo nas classes C e D, aliado ao inverno com frio continuo nas regiões Sul e Sudeste”, comenta. Segundo Lourdes, a Aurora está trabalhando com diversas novidades para a estação, tais como, a campanha para os vinhos Marcus James, buscando estabelecer uma relação com três pilares: a comunicação tradicional, a interação com as mídias sociais e o ponto de venda. Quem também está apostando na estação mais frio do ano para esquentar as vendas é a Pernod Ricard Brasil. A gerente de off trade da empresa, Melissa França, afirma que, apesar de não poder quantificar as expectativas de forma numérica, a Pernod esta participando de feiras de inverno das maiores redes supermercadistas, e também de festas populares de São João, no Nordeste, o que leva a empresa a esperar um consumo muito bom para as marcas de destilados e vinhos. Entre as novidades estão o lançamento da edição especial da Absolut Illusion – são apenas duas mil garrafas da vodka que traz um diferencial multidimensional na sua embalagem –, e a edição limitada do uísque escocês Passport, que ganhou garrafas assinadas pelo artista urbano Flavio Samelo – a arte está aplicada sobre toda a superfície da garrafa através de uma película (sleeve) que conta ainda com tecnologia de tinta que brilha quando exposta à luz negra. Já a Diageo, apesar de não considerar tão expressiva a comercialização das suas marcas no inverno – o maior aquecimento na venda de destilados da marca é no final do ano por conta do período de festas e férias – a empresa apostou na realização de mais uma edição do Uísque Festival. Segundo a gerente de comunicação da Diageo, Maria Teresa Orlandi, a promoção foi realizada nos meses de maio e junho em cinco capitais brasileiras como forma de impulsionar as vendas no início da estação.“A programação incluiu atrações musicais escocesas, cardápios especiais nos principais bares, jantares harmonizados com uísque além de uma forte visibilidade e comunicação nos pontos de venda”, disse. E para dar um toque mais“cremoso”ao inverno e agradar as mulheres, a Campari do Brasil ampliou a linha Dreher com o lançamento de um novo produto: o Dreher Cremoso, um bebida encorpada com toque de chocolate e creme irlandês. A gerente de marketing da empresa, Ana Maura Martins, comenta que o produto foi desenvolvido a partir de uma ampla pesquisa e vai agradar em todas as estações do ano.“A partir de agora a consumidora passa a ter uma opção mais atraente entre as bebidas alcoólicas mistas”, finaliza. Fonte: Da Assessoria)
  • 9. Revista SUPERMIX 9 Walmart inaugura mais um supermercado no litoral do Estado ( O Walmart Brasil inaugurou em Paranaguá mais um supermercado TodoDia, o segundo empreendimento da rede no litoral paranaense. A nova unidade gerou 50 empregos diretos para o município, com o quadro formado por moradores da região. O formato conhecido como“loja de vizinhança”prioriza a otimização de custos e repassa essa economia para o consumidor final. Com foco no crescimento do poder aquisitivo das classes C, D e E, as unidades TodoDia alcançam um diferencial de preços de 10% em relação ao praticado pela concorrência.“Queremos ser a melhor opção de compras para o cliente neste tipo de mercado. A classe C está crescendo bastante em todo o estado e no TodoDia este cliente encontrará a variedade completa para as necessidades do dia a dia”, afirma Flávio Rois, Diretor de Operações do TodoDia no Paraná. Além das tradicionais seções como mercearia, laticínios, açougue, padaria, congelados, hortifruti, peixaria, perfumaria e limpeza, o supermercado conta com produtos de bazar e eletroeletrônicos, e caixa eletrônico bancário. Em breve, também terá a comodidade de uma Drogaria TodoDia Diretor do Condor é homenageado pela Câmara Municipal de Curitiba ( O diretor do Condor Super Center, Wanclei Said, recebeu a Distinção Honorífica denominada“Mérito Operário Padrão”, 2010 e 2011, em uma Sessão Solene na Câmara Municipal de Curitiba realizada no dia 30 de junho. A homenagem foi proposta pelo vereador João Luiz Cordeiro. O título é destinado às personalidades que se destacaram durante o ano em trabalhos na indústria ou no comércio. No cargo de diretor administrativo e financeiro desde 2000, Said vem contribuindo para o crescimento e fortalecimento da rede Condor.“Receber esta homenagem é muito gratificante. Este reconhecimento é fruto de um trabalho em conjunto com os sete mil colaboradores da rede e pela confiança que recebo do nosso presidente, Pedro Joanir Zonta, para desenvolver um trabalho com metas concretas e que possibilita essa constante expansão”, diz. “Tenho acompanhado o trabalho do Wanclei Said à frente do Condor. Ele é um executivo de muitas qualidades, uma pessoa que se destaca pelo profissionalismo e, principalmente, pela humildade com que trata todas as pessoas”, afirmou o vereador Cordeiro. Para o presidente do Condor, Pedro Joanir Zonta, a rede é privilegiada por contar com um diretor como Said.“A forma com que Wanclei administra o Condor demonstra o seu comprometimento com a empresa e este prêmio reconhece a competência desse profissional que também se tornou um amigo para todas as horas”, conclui. Fonte: WBC Comunicação)
  • 10. 10 Revista SUPERMIX Super Muffato inaugura loja em Toledo ( Toledo ganha mais um Super Muffato para realizar suas compras. O novo hipermercado fica em frente ao Parque Temático das Águas e se destaca pelo projeto arquitetônico arrojado, com inspiração europeia, que ocupa mais de 10 mil metros quadrados de área construída. Segundo Ederson Muffato, diretor do Grupo, o hipermercado foi concebido dentro do que há de mais moderno no processo de construção civil.“É uma inovação para Toledo. O objetivo foi trazer um diferencial para cidade, que tem comprovado um alto potencial no comércio”, diz. De sua fachada até a decoração, a loja apresenta um design sofisticado que agrada pelo conforto e comodidade, oferecidos pelas 300 vagas rotativas de estacionamento, esteira rolante, além das práticas sustentáveis como sistema de ar condicionado e refrigeração que não prejudicam a camada de ozônio. Os consumidores também poderão contar com um centro comercial com 14 lojas, que oferece serviços indispensáveis em um só lugar. O diretor do grupo informou que a decisão de investir na nova loja levou em conta o sucesso da primeira unidade, que foi instalada há menos de três anos e obteve uma importante receptividade do consumidor toledano.“Essa nova loja representa o Assegurada validade de autuação do Ibama contra supermercados baianos ( A Advocacia Geral da União (AGU) garantiu, na Justiça, a validade das penalidades aplicadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) contra supermercados baianos que comercializavam pescados, pneus e produtos de panificação sem autorização, oferecendo risco ao meio ambiente e aos consumidores. Em outubro de 2010, os fiscais do Ibama autuaram o Bompreço Bahia Supermercados e G Barbosa porque estes estabelecimentos foram flagrados comercializando pescados, pneus, lubrificantes e produtos de panificação sem estarem inscritos no Cadastro Técnico Federal (CTF). Diante das irregularidades, os fiscais, além de aplicarem multa, apreenderam quase três toneladas de pescados, 386 unidades de óleo lubrificante e 169 pneus. Insatisfeitas, as empresas entraram com mandados de segurança alegando que o comércio dos produtos fiscalizados na operação do Ibama não está previsto na Lei nº 6.938/81, que estabelece as atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos ambientais. A Procuradoria Federal no Estado da Bahia (PF/BA) e da Procuradoria Federal Especializada (PFE) junto ao Ibama esclareceram, entretanto, que o Cadastro Técnico Federal, instituído pela Lei nº 6.938/81, abrange toda a cadeia de atos que envolvem desde a extração até a comercialização de produtos perigosos ao meio ambiente, além dos produtos e subprodutos da fauna e flora. Segundo os procuradores federais, o comércio de lubrificantes e pneus deve ser registrado por tratarem-se, respectivamente, de produtos químicos, óleos vegetais e subprodutos confeccionados com borracha natural dentro do prédio do supermercado. Esta é a segunda unidade TodoDia aberta em 2011, e a sétima loja da bandeira no Paraná. O novo supermercado faz parte do plano de investimento da rede para o Paraná em 2011, que já trouxe para o Estado um hipermercado BIG em Umuarama e um TodoDia em Araucária. O Walmart Brasil opera em 12 cidades paranaenses e somando as unidades abertas no país, este é o TodoDia número 135. Fonte: Da Assessoria) propósito do Super Muffato de retribuir a confiança dos consumidores e o compromisso de gerar empregos e desenvolvimento nessa região que já faz parte da nossa história”, enfatizou Éderson. Além de Toledo, mais quatro hipermercados serão inaugurados neste ano, contemplando as cidades de Cambé, Apucarana, Paranavaí e Cascavel. O investimento na segunda loja de Toledo faz parte da política proposta pela empresa, em investir cada vez mais no estado do Paraná.“O objetivo é contribuir para o desenvolvimento da cidade. Na nova loja de Toledo oferecemos mais de 300 empregos e a prioridade para contratação foi dos moradores da região”, informou Ederson Muffato. Fonte: Da Assessoria)
  • 11. Revista SUPERMIX 11 Índice Nacional de Crédito ao Consumidor cresce 6,3% ( O Índice Nacional SCPC de Crédito ao Consumidor (INCC) – elaborado com base no movimento de consultas dos mais de 2200 SCPC’s e SPC’s de todas regiões do Brasil – atingiu 131,6 em maio, com crescimento de 6,3% em relação a igual mês do ano passado, e 11,2% sobre abril último, mostrando que continua positivo o desempenho do varejo neste ano, embora com taxa de expansão menor do que a observada em 2010.“A desaceleração da taxa de crescimento é explicada por diversos fatores, entre os quais se pode destacar o aumento da inflação, corroendo parcela maior da renda do consumidor; as medidas“macroprudenciais” adotadas pelo Banco Central no final do ano passado, e as sucessivas elevações da taxa SELIC, o aumento do IOF sobre operações financeiras promovido pelo Ministério da Fazenda, que encareceram o custo do crédito, e a menor expansão dos gastos públicos”, declara o economista- chefe da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Marcel Solimeo. Por região, o Nordeste foi a região que apresentou maior expansão, com 17,9%, seguido do Centro-Oeste, com 6,6% e pelo Sul com 6,4%. O Sudeste registrou aumento de 4,6%; e o Norte, de 4,2%. O aumento do número dos registros negativos tem sido compensado parcialmente pela recuperação do crédito (registros cancelados) pelo que a inadimplência se acha (derivado do látex da seringueira) ou de petróleo (quando o pneu é produzido com borracha sintética). A atividade panificação também deveria ser registrada no CFT, já que está prevista na lei federal sob a especificação de“fabricação de produtos alimentares”. Quanto à comercialização de pescados, a AGU lembrou que a Lei nº 11.959/2009, que trata da Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura e da Pesca, estabeleceu expressamente o registro dessa atividade no Cadastro Técnico Federal, compreendidos os processos de pesca, exploração, cultivo, conservação, processamento, transporte, comercialização e pesquisa dos recursos pesqueiros. Os procuradores também reforçaram que a atuação do Ibama neste caso foi amparada pela lei, não havendo motivos para que a Justiça anulasse as penalidades aplicadas aos supermercados. Os magistrados da Seção Judiciária da Bahia acolheram estes argumentos e mantiveram as autuações. Fonte: JusBrasil (14.06.11)) sob controle, embora em patamar superior ao do ano passado.“A expectativa para o segundo semestre ainda é de crescimento da economia, expansão do crédito e aumento das vendas, mas com taxas de expansão mais moderadas do que as observadas no segundo semestre de 2010 e primeiros meses deste ano”, comenta o economista. De acordo com Solimeo, com relação à inadimplência, espera-se um aumento na segunda metade do ano – mas não explosivo, porque a principal causa do não pagamento dos débitos pelas pessoas físicas é o desemprego.“Como se espera que o mercado de trabalho continue forte no segundo semestre, esse fator não deverá ter forte impacto sobre a capacidade de solvência dos consumidores”, explica o especialista. Ainda segundo Solimeo, deve-se destacar que o consumidor parece começar a se preocupar com sua situação financeira, pois o Índice de Confiança do Consumidor IPSOS/ACSP mostrou queda em maio, embora ainda esteja em patamar superior ao de 2009, por ocasião da crise. Fonte: Tamer Comunicação Empresarial) Grupo Muffato investe em comércio eletrônico ( A cada dia cresce a procura pelas compras on-line através das ferramentas de comércio eletrônico. Atento a estes números, o Grupo Muffato entrou na rede com o site shopfato.com. Há dois meses no mercado, o site já tem mais de 15 mil produtos cadastrados e está preparado para atender uma alta demanda de pedidos por dia. Com 36 anos de atuação no mercado varejista, o Grupo aliou a experiência bem sucedida para se instalar no comércio eletrônico.“Nosso foco sempre foi atender à necessidade dos consumidores; por isso, investimos neste novo segmento, que visa atender um público diversificado que procura comodidade e segurança para realizar suas compras”, declarou o diretor Everton Muffato. O Shopfato oferece uma grande variedade de produtos com todas as informações necessárias para que o consumidor possa realizar suas compras sem precisar sair de casa, garantindo toda segurança quanto à entrega. Outra vantagem do comércio eletrônico é a disponibilidade de compra 24h. No Shopfato o consumidor também encontra um canal de atendimento on-line e telefônico para tirar suas dúvidas.“Estes canais foram criados justamente para que o consumidor não tenha dificuldade em realizar suas compras e para auxiliar aqueles que não têm o hábito de comprar via internet”, comentou o gerente de marketing do Shopfato,
  • 12. 12 Revista SUPERMIX Cooperativas de consumo se unem para ganhar força no varejo “Quando investi em 1999, o Grupo Pão de Açúcar era um negócio medíocre” Por que o senhor veio ao Brasil? Há possibilidade de acordo ou o senhor manterá posição contrária à fusão com Carrefour? ( Acaba de ser criada a primeira Central de Cooperativas de Consumo do País – a Coopbrasil. O empreendimento foi formado inicialmente por sete cooperativas, que apresentaram faturamento de R$ 2,265 bilhões em 2010. Com a central, o grupo pretende ganhar força e buscar novos negócios, inclusive internacionais. Além da Coop, de Santo André (SP), a maior cooperativa de consumo do país, que ocupa o 13º lugar no ranking de supermercados da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), a Central conta com as cooperativas Consul de Ipatinga (MG), Cooperouro de Ouro Preto (MG), Cooper de Blumenau (SC), CoopBanc de Araçatuba (SP), Coocerqui de Cerquilho (SP) e Coopercica de Jundiaí (SP). Segundo Marcio Valle, vice-presidente da Coop – e agora também presidente da Coopbrasil –, o objetivo é melhorar o poder de negociação com fornecedores por meio da maior escala da operação, desenvolver produtos de marca própria e produtos importados, além de ganhar estrutura logística no país.“Temos muito a desenvolver, a começar pelo número de filiadas, que precisa ganhar representatividade nacional e crescer no negócio de varejo de autosserviço”, ressalta. Para ele, a possibilidade de ganhar escala maior, por exemplo, oferece melhores oportunidades de negócios. A Central quer ainda aumentar a troca de experiência e informações, que já é feito hoje em menor intensidade. Edivaldo Del Grande, presidente da Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp), explica que a central permite ainda a integração de projetos de marketing e tecnologia.“O primeiro passo foi dado para buscar a redução de custos operacionais. Agora, a central pode avançar com o desenvolvimento de projetos tecnológicos ( Com expressão quase serena, que raramente denuncia o tom indignado que pontua sua descrição da estratégia do empresário Abilio Diniz para unir Pão de Açúcar e Carrefour no Brasil, Jean-Charles Naouri, diretor-presidente do Grupo Casino, não hesita em classificar o movimento de seu sócio brasileiro como uma‘expropriação’de sua empresa. Para Diniz, o sócio francês‘falta com a verdade’. Palavras fortes como‘traição’,‘manipulação’e‘medíocre’fluem naturalmente no discurso em que Naouri lembra que pagou caro pelo direito de assumir o controle do Pão de Açúcar, em 2012. Na empresa resultante da fusão com o Carrefour, que Naouri define como um‘erro estratégico’, o Casino teria seu poder de decisão igualado ao de Diniz. A entrevista ao Estado ocorreu um dia depois do encontro com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, no qual Naouri centrou sua argumentação no perigo de o governo brasileiro apoiar uma ação ilegal. Declara que seu sócio violou mais do que um acordo de acionistas e recorre ao Código Civil brasileiro para acusar Diniz de má-fé. Um sinal de que a disputa, que já está na segunda rodada de uma arbitragem internacional, pode terminar na Justiça.) ( Vim para encontrar o presidente do BNDES. Dei a ele uma visão da situação e das minhas preocupações com um projeto que parece ter sido elaborado em contradição com os acordos (de acionistas) e que, em primeira análise, não está no interesse social (do banco). Encaramos isso como uma forma de expropriação do Casino, cujos direitos haviam sido estabelecidos em contratos em 2005. O senhor Luciano Coutinho manifestou a mesma posição do comunicado (que condiciona o apoio do banco a um consenso entre os sócios) que tinha feito há alguns dias. Saí muito satisfeito desse encontro.) ( A posição formal do Casino será comunicada. Preciso fazer algumas observações, já que eles negam o direito de e também de marketing, o que pode inclusive padronizar a identidade visual da marca”, afirma. Fonte: Assessoria de Imprensa do Ocesp) Marcelo Pitta. Ele ressaltou que a nova loja virtual do Grupo Muffato possuí uma estrutura tecnológica extremamente avançada, que garante a segurança das compras e agilidade na entrega. O Grupo Muffato reflete a força da oitava maior rede varejista do Brasil, e entrou no mundo virtual com o objetivo de conquistar um grande público e posicionar-se entre as cinco maiores players de e-commerce do mercado nacional em pouco tempo.“Desde que iniciamos o projeto vimos a possibilidade de crescimento neste setor, investimos em um grande mix de produtos e a cada dia buscamos novas ferramentas que possam atender cada vez melhor os consumidores”, informou Pitta. Fonte: Da Assessoria)
  • 13. Revista SUPERMIX 13 Assumir o controle é o seu principal objetivo? Por que o senhor não recebeu Diniz em Paris na semana passada? Há a possibilidade de encontro no Brasil? O senhor foi procurado para rever o acordo que prevê a transferência de controle para o Casino? Que contrapartidas Diniz ofereceu para que o Casino desistisse do controle? O senhor se arrepende de ter feito negócio com Abilio Diniz? Fonte: Reportagem editada do texto de Marcos de Paula/AE ( Não é um objetivo, é o contrato. O objetivo é fazer o Pão de Açúcar crescer de maneira proveitosa e rentável, em favor dos acionistas, dos clientes e dos fornecedores, com grande respeito pelo Brasil. Nos comprometemos que a gestão continuará brasileira. A reação do Casino foi muito contundente, inclusive recorrendo a arbitragem, sob acusação de negociação secreta. Mas Abilio Diniz nega ter havido descumprimento legal do acordo. A negociação secreta foi um ato ilegal. Naturalmente, não está em conformidade com as boas práticas e a ética nos negócios. Contradiz a seção 2.1.1 do acordo, que diz que os acionistas não podem tomar nenhuma ação que resultaria em mudança do controle. Também é contrária ao Código Civil brasileiro, que diz que se deve agir de boa fé, o que foi violado nessa negociação bilateral. Por isso pedimos a arbitragem.) ( Diniz deu uma visão deformada sobre sua visita a Paris. Eu o vi dezenas de vezes, muitas a pedido dele mesmo. Na última vez que o vi, em 15 de abril, surpreso com sua presença em Paris, perguntei se ele estava negociando alguma coisa e, em caso positivo, com quem. E ele me respondeu formalmente que não tinha nada a dizer. Entre esse dia e o vazamento da negociação, em 22 de maio, houve numerosas discussões. Nas semanas que se seguiram até antes do anúncio (da proposta de fusão), os assessores se falaram. Os meus pediram aos dele um encontro e os dele disseram que não tinham nada a dizer. Eu havia aceito, a pedido de Diniz, um encontro no dia 4 de julho. Havíamos acordado essa data em correspondência. Diniz alegou que não poderia ir a Paris antes porque estava muito estressado com as discussões, que precisava descansar. Eu soube que ele estava em Paris na segunda-feira (27/06) à noite para assistir à reunião do conselho do Carrefour aprovar essa negociação e entendi claramente que havia uma manipulação. Então disse que não era oportuno que nos encontrássemos na manhã seguinte, quando eu nem mesmo tinha conhecimento do projeto de negociação. Estou disposto a ver Diniz, mas na reunião formal do conselho.) ( Ele sempre evocou compensações e a ideia de comprar a nossa participação. Eu disse que essa proposta era insultante. Não somos um sócio financeiro. Somos uma empresa internacional de distribuição de alimentos, temos uma estratégia e queremos continuar com ela.) ( Há dois anos, Diniz disse que gostaria de renegociar o acordo. Respondi que, entre parceiros, tudo é possível de ser conversado. Ele indicou, sem ser muito preciso, que era uma questão de‘manutenção de imagem’, que gostaria de manter o seu status, a posição elevada que havia conquistado no Brasil. Eu disse que, nesse campo, diria sim a tudo. Há um ano, Diniz me disse finalmente que gostaria que eu não tomasse o controle em 2012 e que ficássemos como está. Eu lhe disse que seria muito difícil aceitar, depois de ter investido US$ 2 bilhões, esperado 13 anos e pago duas vezes o prêmio de controle. Disse que não era possível, mas que estaria aberto para conversar sobre todo o resto. Houve em seguida muitas reuniões entre os assessores, mas ele insistia sempre repetitivamente: diga sim ou não. Senão, em tom de ameaça e sem ser mais preciso, disse que teria outras alternativas. Mantivemos nossa posição. O clima ficou difícil até a reunião em que pedi ao Diniz que dissesse com quem negociava. Ele se negou e disse que não tinha outra escolha a não ser brigar.) ( Não. Considero que fiz muito bem em investir em 1999, quando o Brasil ainda não era o que é hoje em dia e o Grupo Pão de Açúcar era um negócio medíocre, que saía de uma quase falência. Quando Diniz procurou no mundo inteiro investidores, eu fui aquele que aceitou. Fiz essa aposta e estou muito contente com o desenvolvimento do Pão de Açúcar e do Brasil..) controle do Casino sobre as atividades. É uma negociação muito complexa a ser feita e nos parece que está sendo assentada numa base estratégica errada..)
  • 14. 14 Revista SUPERMIX Eletrofrio exporta US$ 20 milhões para países da América Latina Consumo de saudáveis embalados cresce 136% em cinco anos no Brasil ( Consolidando a sua participação de mercado na América Latina, a Eletrofrio Refrigeração continua ampliando o fornecimento de equipamentos frigoríficos para supermercados no exterior. Contratos na ordem de US$ 20 milhões foram fechados com clientes de vários países da América Latina, entre eles: Chile, Argentina, Venezuela, Uruguai, Paraguai, Nova Guiné, República Dominicana, Peru e Colômbia. Com 65 anos de história e instalada em uma área de 90 mil metros quadrados, a Eletrofrio é líder nacional no segmento de refrigeração e está conquistando os países da América Latina por desenvolver equipamentos apropriados para as mais severas condições de uso, com qualidade e economia de energia. A empresa investe fortemente em pesquisa e desenvolvimento de produtos com tecnologia avançada e de última geração. Uma equipe de engenharia é colocada a disposição do empresário para desenvolver e implantar um projeto inteligente e adequado para cada espaço e região. Por disponibilizar soluções aprimoradas tanto na instalação dos gabinetes refrigerados como na casa de máquinas, os empresários de fora do Brasil também estão encontrando na Eletrofrio a garantia e segurança de excelente desempenho. O crescimento nas exportações é o resultado de um trabalho realizado nestes últimos 10 anos em busca da qualidade total.“Ser escolhido por países exigentes como o Chile, onde fechamos um contrato para equipar as 24 lojas do SDS – Supermercados Del Sur, que serão inauguradas em 2011, mostra que as empresas brasileiras têm qualidade e estão sendo reconhecidas no exterior”, relata o diretor de vendas da Eletrofrio, Marco Antonio da Costa. Outro diferencial da Eletrofrio que tem chamado a atenção dos empresários é a preocupação com o meio ambiente. A empresa tem lançado equipamentos ecologicamente corretos que une economia de energia e preservação da camada de ozônio. Uma das tecnologias aplicadas é a utilização do glicol, capaz de reduzir em média 80% dos gases poluentes. Fonte: Da Assessoria) ( Com mais dinheiro no bolso e buscando opções mais saudáveis – sem abrir mão de praticidade e sabor – o brasileiro está consumindo mais alimentos saudáveis em embalagens, categoria que expressa algum nível de industrialização nos produtos. O valor das vendas desse tipo de alimento (sem incluir bebidas) no País passou de US$ 6,26 bilhões em 2005 para US$ 14,8 bilhões em 2010, de acordo com um estudo do Euromonitor. O estudo inclui alimentos embalados diet e light; funcionais fortificados; orgânicos; os naturalmente saudáveis; e os específicos para intolerância alimentar. O Euromonitor ainda estima um mercado de US$ 21 bilhões para esse segmento no Brasil até 2015. Para efeito comparativo, o segmento de alimentos embalados em geral cresceu apenas 44% neste mesmo período: 2005 a 2010. Segundo o Euromonitor, um dos fatores a impulsionar esse mercado é o fortalecimento da classe média. Empresas que antes focavam alguns consumidores no sul e no sudeste estão ampliando vendas para outras regiões e oferecendo produtos de maior valor agregado a uma população com maior poder de compra. O espaço é crescente também para as FLV, mas os industrializados ajudam a aproximar aqueles que querem melhorar os hábitos alimentares, mas não podem ou não querem sempre abrir mão da praticidade e de outras características dos alimentos tradicionais considerados menos saudáveis. Fonte: Texto editado da Primeira Página - Assessoria de Comunicação e Eventos)
  • 15.
  • 16. entrevista Conhecerasipróprio,enfrentarobstáculos,vencerdesafios, acreditar na superação pessoal que cada um é capaz e equilibrartodososaspectosdavida.Muitoresumidamente, estas são algumas das principais mensagens de Eduardo Shinyashiki,palestranteeconsultororganizacional,escritor e especialista em desenvolvimento das Competências de Liderança e Preparação de Equipes. Presidente da Sociedade Cre Ser Treinamentos, colabora periodicamente com artigos e entrevistas para revistas e jornais. É autor dos livros Viva como Você Quer Viver e A Vida é Um Milagre, e concedeu a seguinte entrevista à revista Supermix. Quaissãoasprincipaisdificuldadesqueamaioria daspessoastêmparasuperarsuas“barreiras internas”decrescimento? ( Uma das principais dificuldades é superar a acomodação e os comportamentos no“piloto automático”, superar hábitos repetitivos de comportamento e também de pensamento. Sem tempo para prestar atenção no que estamos realmente fazendo, sentindo, querendo, sem tempo para se questionar e refletir se as nossas condutas automáticas e distraídas se tornaram uma constante na nossa vida, podemos nos encontrar prisioneiros dos nossos hábitos mecânicos e inconscientes e afetados negativamente em nossa saúde, família e realização. Outra dificuldade é acreditar no enorme poder pessoal que há dentro de cada um de nós e acreditar que a mudança seja realmente possível e assim persistir no que se quer e não desistir. ) Hojeemdiahámaisliberdadeparafalarde fraquezasebuscarocrescimento? ( Infelizmente não. A dificuldade continua e hoje em dia muitas pessoas se escondem por trás de uma falsa arrogância, da insegurança e do medo. Não reconhecem os seus pontos fracos e não criam um verdadeiro comprometimento com as mudanças. Muitas pessoas não fazem a escolha de mudar, elas se encontram diante de uma situação que as obriga a mudar para continuar dentro do cenário, outras pessoas mesmo diante desta situação não mudam e colocam a culpa nos outros, no cenário econômico, político e não assumem a responsabilidade de criar o resultado a partir de uma atitude que precisa se iniciar dentro de cada um. Além das habilidades técnicas específicas, se conhecer melhor e fazer uso consciente das emoções são diferenciais para o sucesso. ) Mesmoaspessoastendobastantes particularidadesesendodistintasentresi, podemostraçardiferençasclarasentrehomense mulheresnaformacomolidamcomdesafios? ( Sim, é preciso considerar as particularidades entre as pessoas e os fatores e paradigmas sociais e culturais. Podemos dizer em um sentido geral, que as mulheres lidam com os desafios de uma forma mais flexível, inovadora, compartilham mais as dificuldades e as dúvidas, criam cooperação, utilizam melhor a comunicação, a empatia e a mediação, entrando em acordos. Os homens, em geral, têm uma maior capacidade de atenção e foco, de avaliação O poder do autoconhecimento e da superação na busca do sucesso Além das habilidades técnicas específicas, se conhecer melhor e fazer uso consciente das emoções são diferenciais para o sucesso.
  • 17. Comobuscarasuperaçãoeolharparaofuturode formapositiva? ( É importante se“livrar”de velhos hábitos limitantes, manter a própria identidade, aprofundar o autoconhecimento e a inteligência emocional e ter claros os objetivos da sua carreira e prioridades pessoais, construindo as competências e a consciência das próprias potencialidades e habilidades. Precisamos reconhecer que nós, seres humanos, temos o privilégio de fazer escolhas e tomar decisões.) Quaisosriscosdefocarsomentenosucesso profissional? (A vida é como uma grande balança, na qual os pesos e as medidas devem se equilibrar. Por algum motivo, separamos nossas vidas em âmbitos, setores independentes entre si, e não percebemos que são interligados ,e o que afeta uma das partes acaba por influenciar as outras também. Nossas vidas afetiva, social, profissional e espiritual estão conectadas, e ao sacrificar uma ou várias delas, prejudicamos o todo. As outras áreas da vida, além da profissional, dão significado ao trabalho e ao sucesso que, sem elas, perde significado e sentido. As pessoas com alto rendimento reconhecem e trabalham para atingir equilíbrio entre todos os aspectos da vida, como um recurso essencial para criar uma vida pessoal e profissional de sucesso.) Quandoootimismoajudaequandoatrapalha? ( Albert Einstein dizia:“prefiro ser otimista e errar a ser pessimista e acertar”. Quando sentimos segurança em nós mesmos e confiança no futuro, criamos um sentimento indispensável para agir e iniciar a realização de nossos objetivos: o otimismo. Podemos ter o carro e o destino de viagem, porém, precisamos de gasolina. O otimismo atrapalha quando se torna uma atitude ingênua e desconectada da realidade e que gera ilusões e o risco está em não cuidar dos pontos fracos.) Dêumexemplodecomportamentodealguémque vocêconheceouconheceuequeagedeforma equivocadaparaatingirseusobjetivos. ( Um exemplo de comportamento inadequado para atingir os objetivos é manter o foco só nos problemas, nas dificuldades e nas adversidades. Isso cria um clima na empresa pesado e que pode afastar os talentos. ) Dêumexemplodecomportamentodealguémque vocêconheceouconheceuequeagedeforma corretaparaatingirseusobjetivos. ( Um exemplo de comportamento adequado para atingir os objetivos é focar nas soluções. Isso permite pensar em alternativas de ação e incentiva o envolvimento das pessoas, criando equipes fortes e comprometidas com o resultado. Quem está focado nas soluções sabe:“que os pássaros da preocupação e tensão voem ao redor de sua cabeça, isso você não pode mudar. Que eles não façam ninhos em seus cabelos, isso você pode impedir”, diz um provérbio chinês.) Parafinalizar,qualosegredodosucesso? ( O segredo do sucesso nos dias de hoje com muitas pressões, exigências e incertezas é ter uma clara direção – o sonho; uma sólida bússola – os valores; e etapas no decorrer do caminho – os objetivos. Resumindo, viver de acordo com os próprios sonhos e aspirações e criar relacionamentos interpessoais verdadeiros e profundos.) das situações concretas e de planejar e construir projetos, utilizando um pensamento mais ligado a estratégias e procedimentos.) Quaisascaracterísticasdeumvencedor? ( Pessoas focadas em vencer e realizar criam uma mentalidade vencedora. Reconhecem o poder da atenção, usam a concentração focada como instrumento para direcionar a mente nos objetivos e intentos importantes, sem se distrair e agir de forma improdutiva. Concentrados no presente estão constantemente aprendendo com o passado e tendo a visão do futuro. As pessoas focadas em vencer desafios cultivam as qualidades de tenacidade, persistência, expandindo a capacidade de superar os obstáculos e de não sucumbir às dificuldades. Elas têm consciência que não bastam os dons naturais, os talentos e potenciais se não forem aperfeiçoados, direcionados e colocados a serviço de um objetivo.) Revista SUPERMIX 17
  • 18. A hora e a vez das A presença da mulher em todas as áreas do mercado de trabalho é incontestável e a tendência é que esta posição fique cada vez mais consolidada no futuro Mulheres Há um bom tempo já não é mais novidade que a participação da mulher no mercado de trabalho é cada vez mais importante e cresce significativamente. Se no Brasil a política ainda era um território menos desbravado, hoje vemos uma grande representação feminina no governo central do país, em cargos do executivo, legislativo e judiciário. Pouco a pouco, as mulheres estão passando a atuar nos mais diferentes tipos de ocupação, influenciando o mercado de trabalho e a gestão pública. Segundo dados do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, sobre o perfil social, racial e de gênero das 500 maiores empresas do Brasil, o quadro executivo – que envolve diretorias, vice-presidências e presidências – apresentou desde o início da pesquisa em 2001, aumento de 8% nessa participação. Naquele ano, 6% dos executivos das organizações eram mulheres, e em 2010 este percentual subiu para 14%. Em cargos de gerência, o índice é um pouco menor, subiu de 18% para 22%. Isto pode ser observado no Brasil e no mundo inteiro – até em países com economias não desenvolvidas ou muito pobres. Para Marcelo Linguitte, engenheiro civil e consultor da Terra Mater Empreendimentos Sustentáveis, de São Paulo, o ponto importante é onde as mulheres têm se posicionado, “porque não adianta colocar as mulheres em níveis hierárquicos maiores, mas em áreas que não impactam o dia a dia da empresa”afirma. Observando o papel das mulheres nas empresas, Linguitte constatou que as áreas de negócios onde são gerados resultados, como vendas, por exemplo, onde que era necessário fazer planejamento estratégico, desenvolver relação com fornecedores e outras ações, ficavam nas mãos de homens. E nas áreas menos estratégicas, “era aplicada a máxima do ‘a gente deixa nas mãos das mulheres’ e a divisão estava feita”, enfatiza o consultor. Espaços antes ocupados e considerados marginais estão sendo preenchidos pelas mulheres. Mas este avanço ainda é inferior àquele na área da formação, onde as mulheres lideram em termos de educação formal. Como a sociedade está mudando, está aceitando mais as mulheres que têm estas características, a mudança vem ocorrendo também com os gestores e com os processos de gestão. matéria de capa
  • 19. preciso debater quais são as políticas públicas necessárias para que as mulheres possam entrar e permanecer no mercado de trabalho. Saber qual é a proteção que homens e mulheres podem ter no trabalho para que suas tarefas pessoais, em relação às suas famílias e sua vida pessoal, não constituam discriminação no trabalho. [Solange Sanches do Padro]
  • 20. 20 Revista SUPERMIX No Paraná Na avaliação do economista Sandro Silva, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), desde 1990 a participação das mulheres no Paraná vem crescendo em relação aos empregos formais. O índice era de 34,43% e em 2010 chegou a 43%. O fato de uma economia que não cresceu somada a taxa de desemprego forçou as mulheres a ingressarem no mercado de trabalho. Houve também uma ampliação do número de mulheres chefes de família, mães solteiras ou sozinhas. Segundo a supervisora de Documentos e Disseminação de Informações, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) do Paraná, Yara Araújo Siqueira Ceccatto, o percentual de mulheres chefes de família apresentou um aumento significativo. Em 2001, era de 25% contra 75% de homens. Em 2009, este número cresceu para 32% contra 68% de homens. Há uma diferença muito grande ainda em relação aos salários, especialmente nos segmentos na área de alimento e vestuário. Segundo o Dieese, o varejo apresenta baixa salarial para as mulheres, em torno de 46%. Quanto mais aumenta o grau de escolaridade, aumenta também a diferença salarial. No Paraná este índice representa 18,63%. É em torno de 43% o índice de empregos para as trabalhadoras com ensino superior completo, o que cria uma dificuldade para que as mulheres consigam avançar nas empresas. No Brasil, a participação da mulher no mercado de trabalho é de 48%, com uma diferença salarial de 16% a menos que dos homens. O estudo do Dieese mostrou que no comércio varejista de hiper e supermercados, a participação das mulheres é 2% menor que a dos homens com relação aos empregos formais no Brasil. Invertendo-se os números no Paraná e com uma diferença de 8% a favor das mulheres na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). As mulheres recebem em média 16% a menos que os homens no Brasil e no Paraná, e a diferença é ainda maior na RMC. Trabalho e sociedade Mulheres de Sucesso A presença das mulheres nos trabalhos fora de casa expôs a questão da igualdade de oportunidades e de posição entre homens e mulheres na sociedade. Isto passou a ser debatido não só no mercado de trabalho, mas também em outras esferas da vida social e política. Para Solange Sanches do Prado, socióloga especialista em Trabalho e Gênero, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em Santiago, no Chile,“a mulher está fazendo parte das estruturas de comando da sociedade, o que traz o debate importante da vida pessoal, da vida privada e doméstica, para a cena pública”. Solange diz que“é preciso debater quais são as políticas públicas necessárias para que as mulheres possam entrar e permanecer no mercado de trabalho. Saber qual é a proteção que homens e mulheres podem ter no trabalho para que suas tarefas pessoais, em relação às suas famílias e sua vida pessoal, não constituam discriminação no trabalho”. Todas estas questões foram e continuam sendo objeto de discussão, de negociação coletiva e de regulamentação, para proteger o direito das mulheres de ter seus filhos e dos filhos de terem o cuidado de suas mães. Cíntia Fernandes Leite coordenadora de Marketing (Rivoli) Formei-me em Psicologia e no terceiro ano me interessei por comportamento do consumidor. Acabei a faculdade e fui fazer uma pós-graduação em marketing. Procurei emprego, mas esbarrava na questão da experiência. Iniciei, junto com a pós, o curso de Administração. Trabalhei na Exxon Mobil, na área de recursos humanos, mas visando a área de marketing. Saí para buscar o que eu queria, e a dificuldade novamente foi pela questão da experiência. Fui adquirindo experiência na área de analista de marketing. Os homens estão percebendo que as mulheres conseguiram demonstrar força no mercado de trabalho. Acho que em razão deste histórico de várias mulheres construindo carreiras de sucesso, nós estamos colhendo esses frutos. Avani Tortato Slomp Rodrigues empresária (Tecnotelas) Sempre acreditei no empreendedorismo e tenho plena consciência que esta é uma forma de contribuir com a área econômica e com o
  • 21. Revista SUPERMIX 21 Maria Cristina de Carvalho e Silva Diretora de RH do Grupo Bourbon Iniciei a vida profissional em consultoria e já era formada em Psicologia. Trabalhei no Lembrasul por 16 anos. Fiz duas pós-graduações, tive dois filhos e conciliei bem a casa, filhos e trabalho. Depois disso, vim para a Rede Bourbon, onde estou há 10 anos. No hotel existem funções que antes eram exclusivas de homens e hoje já são ocupados por mulheres em iguais condições, salariais inclusive. Tenho pessoas na minha equipe que não têm marido, e conseguem conciliar as funções. Vejo que vem crescendo o número de mulheres chefes de família. Nenhuma mulher jamais se recusou a fazer um trabalho por ser considerado masculino. Mas já vi muito homem recusar por ser‘serviço de mulher’. Regiane Ferreira Bento microempresária (Belara Stilo) Comecei como secretária e por incentivo do médico com quem eu trabalhava fui fazer o curso de instrumentadora cirúrgica, onde fiquei por sete anos. Casei aos 23 anos de idade e fui promotora de eventos por dois anos, engravidei e fiquei cinco anos cuidando do meu filho. Nesse meio-tempo, engravidei de novo. Meu filho tinha nove meses quando abri a loja de roupas e estou no ramo há dois anos. Nunca senti discriminação por parte dos homens, mas sim, por parte das próprias mulheres, por serem muito competitivas. Acredito que por ser inocente, no começo da carreira, fui assediada. Comecei muito nova, com apenas 14 anos. crescimento do país. Aos 25 anos, abri a primeira empresa em sociedade com meu noivo, hoje meu marido. Formei-me em Psicologia, me especializei na área organizacional e fiz pós- graduação em Finanças. Hoje a maioria dos pequenos empreendimentos é dirigida por mulheres e isso é uma conquista. Quando os filhos vieram sempre tive a sorte de ter pessoas que me ajudaram. Mas sempre levava para a escola, era‘mãetorista’. Mas não vi dificuldade, sou virginiana e a organização e planejamento estão em mim. Entreguei o cargo da Associação Comercial do Paraná em agosto e nunca deixei de trabalhar na empresa, que hoje são três lojas e uma indústria. Joy Lady Michels Rossi gosta de ser chamada de‘trabalhadora’(Infralux) Morava em Francisco Beltrão. Fui professora por três anos, passei mais três anos no Banco do Brasil e em seguida casei. Meu marido pediu para eu trabalhar com ele no financeiro da empresa e depois viemos para Curitiba, onde continuei no setor. Fiquei com ele até 2005. Comecei Zootecnia, mas parei. Acho que nos últimos 10 anos a mulher evoluiu muito e me parece que gosta mais de estudar que os homens. Entre minhas funcionárias, tenho várias mulheres chefes de família, e são elas que têm carregado a família nos ombros. A mulher tem muita coragem e, no Brasil, está concorrendo igualmente com os homens, pois a mulher tem tanto potencial como eles. Outro dia me perguntei o que mais gosto de fazer; pensei e cheguei à conclusão que é trabalhar. Fui presidente da Câmara da Mulher Empreendedora, ligada à Fecomércio e saí há um ano e meio.
  • 22. perfil Selmi: receita de tradição e profissionalismo Uma história de 123 anos. O Grupo Selmi, que começou sua trajetória em 1887 como uma pequena fábrica de massas vendidas nas ruas de Campinas, é hoje um dos principais fabricantes do produto no país, com duas unidades fabris: uma em Londrina e outra em Sumaré. Mais de 20 países compartilham com os brasileiros o sabor das linhas Selmi, que exporta por ano mais de cinco mil toneladas de massas e bolos. Ricardo Selmi, presidente atual do Grupo e quarta geração dos Selmi no comando da empresa, credita este sucesso ao empenho pessoal de cada membro da família em sua época de atuação.“Cada geração abraçou a empresa, teve uma ligação forte com o seu desenvolvimento”, diz ele. Um dos maiores propósitos de Ricardo é a longevidade da marca e para isto aposta na profissionalização contínua e na busca permanente por melhoria e superação de obstáculos. Ricardo construiu sua liderança na empresa a partir de muito trabalho cotidiano e de persistência em realizar o que se propunha a fazer.“Desde jovem me dedico muito a fazer as coisas acontecerem”, conta. A obstinação aliada à objetividade e planejamento, herdados da formação em engenharia mecânica, foram essenciais, segundo ele, para determinar sua forma de administrar.“A engenharia enfatiza o raciocínio lógico, poder de análise, e isto é essencial ao negócio”. Entre os aprendizados, lembra de uma experiência que teve em que divergiu muito do pai em uma questão, resistindo de forma incisiva em ceder aos seus argumentos. “Naquele episódio aprendi o valor da experiência. Com o decorrer do tempo observei que a posição dele acabou se confirmando. É preciso ouvir quem tem experiência e saber aliar com a vontade de fazer de quem está chegando”. Entre os desafios que enfrentou foi o próprio cenário no qual a empresa estava inserida, na década de 90. O valor do trigo era determinado pelo governo, o que interferia na rentabilidade do setor.“Era difícil pagar bons salários e conquistar talentos. Tive que colocar a‘mão na massa’ para realizar o que queríamos e superar esta fase”. Há seis anos, a Selmi mudou a sua composição, inaugurando uma gestão compartilhada com um novo sócio. Da família, ficou o próprio Ricardo, que acompanha muito de perto todos os passos do empreendimento.“Estamos em crescimento. Entre janeiro e junho de 2010 e o mesmo período de 2011 crescemos 22%”, conta. Dando continuidade à postura empreendedora do pioneiro Afonso Selmi, Ricardo leva a cabo o seu objetivo de garantir o bom desempenho da produção e vendas e manter as bases para o futuro. A marca Selmi oferece ao consumidor diversos tipos de massas, farinhas especiais, bolos, bolinhos, mistura para bolos, além de café, queijo ralado, azeite e biscoitos – por meio das marcas Renata e Galo. São centenas de toneladas de macarrão por dia, mantendo a receita da legítima massa italiana, que era seguida por Adolfo Selmi, o fundador da
  • 23. Revista SUPERMIX 23 companhia. A empresa possui hoje maquinário e engenharia de produção de primeiro mundo – com a capacidade de expandir sua estrutura física, sem interromper a produção. São 51 mil metros quadrados de centros de distribuição, que recebem produtos diariamente. Linha do Tempo: 1887 O italiano Adolfo Selmi desembarca no Brasil. Indo direto para Campinas, funda uma pequena fábrica de massas. Nesse início, a produção é de 4 a 9kg de macarrão produzidos manualmente e vendidos nas ruas da cidade pelo próprio Adolfo para outros imigrantes italianos. 1900 Adolfo estabelece sociedade com Hugo Gallo e vai para a Itália tratar de negócios. Na volta ao Brasil, Adolfo desfaz a sociedade. As massas são preparadas em marombas, movidas a tração animal e secadas ao sol ou em quartos de descanso, com o auxílio da queima de carvão. Todo o processo mantém o contato manual. 1911 Quando a energia elétrica chega a Campinas, a produção das massas passa a ser feita em masseiras: máquinas importadas da Itália semelhantes às usadas em padarias. A secagem, porém, continua sendo ao sol ou em quartos de descanso. 1944 A produção de macarrão ultrapassa uma tonelada por dia. Começa o processo semi-automático e a secagem passa a ser feita por meio de secadores elétricos. A manipulação da massa tem contato manual somente no empacotamento. 1961 É instalada uma nova unidade de produção em Londrina, o que facilita o abastecimento do sul do país. O Pastifício passa a ter reconhecimento internacional, a partir da participação em uma exposição sediada na Itália - ONAR. 1964 Com a inauguração do moinho é lançada a Farinha de Trigo Renata. Um ano mais tarde, a produção passa a ser realizado durante 24 horas ininterruptas, em um processo totalmente automatizado (nenhum contato manual) e contínuo. 1970 É lançado o Macarrão Renata. Três anos mais tarde, são implantadas as equipes de vendas. O Pastifício Selmi chega a 68 vendedores, distribuídos por Campinas e região, Belo Horizonte, Bauru, São Paulo e Londrina. 1989 Ganha troféu e diploma no XII Prêmio Internacional de Alimentos e Bebidas, na Alemanha (Düsseldorf). É a consagração pública, local, nacional e internacional. Década de 90 Inicia um grande processo de desenvolvimento, com investimentos em máquinas, equipamentos de última geração, treinamento de pessoal, pesquisa e tecnologia. Adota a política “investir para competir”. Com um investimento de cerca de US$ 12 milhões, prepara-se para concorrer com as empresas multinacionais, principalmente a indústria italiana presente no mercado nacional. Inicia a produção de bolo pronto da marca Renata, na moderna fábrica de Sumaré que, com uma área de 225.000 metros quadrados, é doze vezes maior que a anterior. Anos 2000 Inicia a fabricação de massas na unidade de Sumaré, fábrica considerada a mais moderna da América do Sul, estando entre as mais modernas do mundo. A linha produção de espaguete instalada nessa fábrica produz 4.500kg/h. Começa a funcionar a maior máquina de talharins do mundo, com alta produtividade e qualidade incomparável. Também adquire a maior máquina de massa cortada da América do Sul, com produção de 4.500 kg/h, tempo de secagem de 3 horas e altíssima tecnologia, considerada uma das mais modernas do mundo. Instala uma nova máquina de macarrão instantâneo para atender o grande aumento de demanda. Com capacidade de 3.000 kg/h essa máquina apresenta um sistema de empacotamento dos mais automatizados em níveis mundiais. O Pastifício Selmi completa 120 anos. Para comemorar, o grupo lança uma campanha nacional com nove filmes para TV e anúncios na Revista Caras, entre outras peças e ações de marketing. O mote: “Selmi 120 anos. A sua emoção é o nosso alimento” reflete a dedicação com a qual o pastifício desenvolve e produz os seus produtos.
  • 24. Classes emergentes: como vender para elas Uma pesquisa elaborada pelas empresas Nielsen e Kantar WorldPanel e divulgada no início deste ano mostra que o consumo das classes D e E no varejo (renda familiar média até R$ 680), em 2010, cresceu mais que o das classes C e AB. Segundo o estudo, o consumo das classes D e E no ano passado cresceu 16% em valores, enquanto as classes C e AB permaneceram em 13%. A previsão do segmento é que em 2011 a alta continue vindo das faixas de renda mais baixas. Em 2010, a alta no consumo de 139 categorias de produtos (alimentos e bebidas, higiene, saúde e limpeza) veio das classes C1 e C2 (renda familiar de R$ 962 a R$ 1.459). Em 2011, virá da C2 e DE, enquanto em 2012 será basicamente da DE, conforme aponta a pesquisa “Mudanças no Mercado Brasileiro 2011”, também realizada pela Nielsen. O setor já vem percebendo essa mudança e tem buscado se adaptar. Grandes redes de supermercados têm feito transformações, como o grupo Pão de Açúcar, que converteu CompreBem e Sendas em Extra Supermercado, que possui mais variedade de produtos e serviços. Já o Carrefour tem diversificado o modelo de negócios como parte das estratégias para atender esse público. No Brasil, a empresa tem em seu portfólio os formatos Hiper, Bairro, E-commerce, Atacadão e Dia%. Ainda assim, especialistas do setor consideram que os supermercadistas precisam aprimorar o atendimento para agradar o público emergente. De modo geral, o comércio varejista não oferece bom atendimento aos consumidores das classes C, D e E, de acordo com estudo da consultoria Plano CDE. Segundo o levantamento, a deficiência é comum para quase todas as classes, mas que, no caso da clientela popular, a auto-estima do consumidor é influenciada ainda mais, impactando diretamente a forma como ele se relaciona com as lojas, e, consequentemente, potencializando o receio de adquirir algo novo. O estudo aponta que até 25% dos consumidores da classe C, D e E admitem falta de confiança diante de uma compra. A principal queixa desses clientes é a de que são mal recebidos por pertencerem a um grupo de baixarenda.Essapercepçãoéde50%e51%,respectivamente, entre os clientes C e D, e ultrapassa o índice de 56% entre os consumidores E. Durante a pesquisa realizada com 1,6 mil consumidores nas cidades de São Paulo e Recife, os consumidores relataram casos em que sentiram desconforto ao perceber, por exemplo, que eram acompanhados muito de perto por atendentes ou seguranças em seções como bazar e eletroeletrônicos. A pesquisa aponta ainda em quais pontos o setor varejista precisa ajustar a forma de atendimento. Lojas lotadas, com serviço lento e filas enormes nos checkouts causam grande descontentamento em 65% da classe C, 61% da D e 59% da E. A antropóloga responsável pelo estudo, Luciana Aguiar, diz que a tática de reduzir atendimento e serviços, adotada por algumas redes interessadas em baratear custos, pode prejudicar a avaliação deste público. A pesquisadora lembra que muitos desses consumidores trabalham em serviços pesados diariamente ou passam a semana toda servindo outras pessoas e, na ida ao supermercadoqueremserbematendidos.Paraagradá-los,ela afirma que alguns serviços básicos já bastam. Disponibilizar empacotadores, prática cada vez menos comum, é um deles. Outro exemplo é entregar as compras em casa. Boa parte desse público não possui automóvel próprio. Muitos desses consumidores trabalham em serviços pesados diariamente ou passam a semana toda servindo outras pessoas e, na ida ao supermercado querem ser bem atendidos. [Luciana Aguiar] VAREJO
  • 25. Revista SUPERMIX 25 Stella Kochen Susskind, presidente da consultora Shopper Experience, destaca outras falhas no atendimento, como a abordageminexistenteouinadequada,afaltadeproximidade no atendimento e a falta de interesse nas reais necessidades do cliente, gerando o “empurrômetro”. Para ela, é preciso “humanizar” o atendimento porque, muitas vezes, no momento mais crítico, o funcionário nem ao menos olha para o cliente. Ela considera que o grande diferencial é que estas classes querem saber com clareza o que estão comprando, quaisimplicaçõesexistemnoscontratosenosfinanciamentos. Ou seja, necessitam de atenção redobrada e transparência e muitas vezes os próprios funcionários não conhecem as condições dos contratos, nem mesmo os produtos. Isso gera insegurança nos clientes e, consequentemente, perda nas vendas. Stella ressalta que os empresários do setor precisam estar atentos à seleção e ao treinamento dos funcionários. A melhor estratégia, segundo ela, é contratar consultores especializados em varejo e, principalmente, adequado ao público brasileiro. “A humanização nada mais é do que evitar treinamentos enlatados e evitar a robotização dos funcionários. Tem que haver naturalidade, boa vontade, disponibilidade em atender e interesse no cliente”, explica. Ainda pensado em agradar o público emergente, vale lembrar quais os produtos mais consumidos por eles. De acordo com a pesquisa da Nielsen e Kantar WorldPanel o consumo de bebidas não-alcoólicas, que havia crescido 2% em 2009, avançou 9,6% em 2010. Para bebidas alcoólicas, o crescimento passou de 2,9%, em 2009, para 7,9% no ano passado.Nosperecíveis,aaltafoide9,3%em2010contra4,6% um ano antes. O estudo mostrou que a venda de produtos de higiene e beleza também cresce mais nas classes D e E. O volume médio comprado por essas duas classes em 2010 teve alta de 8% contra um crescimento de 7% nas classes C e AB. Além disso, o número médio de vezes que o consumidor vai ao supermercado por ano avançou de 106 em 2008 para 123 em 2010, o que representa uma média de três vezes por semana. A pesquisa mostra ainda que 80% dos lares optam por mais de três lojas diferentes para se abastecer. A pesquisa foi realizada com uma amostra de 8,2 mil lares de todas as classes sociais, em cidades acima de 10 mil habitantes. O questionário foi aplicado em junho de 2010. Crescimento nas vendas
  • 26. iPad CALENDÁRIO Telefones celulares, laptops, câmeras digitais e players de MP3 estiveram entre os presentes de Natal mais procurados em 2010 pelo público ainda em idade pré-escolar. Estas informaçõesdãootomdoquepodevirnoDiasdasCriançasde 2011. De laptops infantis a aparelhos eletrônicos sofisticados, os passatempos da meninada de hoje em dia são cada vez mais avançados tecnologicamente. Segundo fabricantes e lojistas especializados em brinquedos, a intenção é suprir consumidores mirins que querem imitar os pais. Mas mesmo com a modernização e adaptação necessárias para atender os anseios das crianças de hoje, certos brinquedos nunca perdem o charme e a originalidade. Por isso, os fabricantes continuam apostando neles, permitindo que os pais brinquem com seus filhos com novas versões de bonecos e jogos de tabuleiros de sua própria infância. “Para entrar no mundo infantil não basta apenas agradar aos pequenos, é preciso saber conquistar os pais, aqueles que, no final, vão pagar a conta”, lembra o presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), Synésio Batista, que prevê um faturamento de R$ 3,5 bilhões em 2011 para o setor – com pelo menos 40% das vendas previstas para o Dia das Crianças, principal data para o segmento. Ícone nos anos 1980, o Playmobil ainda hoje permite que as crianças montem os bonequinhos em diferentes paisagens e situações, mas a Sunny apresenta agora versões com novos dispositivosetecnologias,comolançadordeágua,barquinhos que flutuam e submarinos com motor à fricção. Na linha dos tabuleiros, o Super Banco Imobiliário, da Estrela, agora conta com cartões de débito no lugar das pequenas cédulas de papel. Já no Banco Imobiliário Corinthians, os participantes podem comprar, vender e trocar os jogadores do Timão para garantir lucros e saírem vencedores. Outros brinquedos clássicos da Estrela reaparecem com um dos principais atributos atuais desta indústria: o licenciamento. O famoso Crianças: presentes tradicionais edomundo digital
  • 27. Revista SUPERMIX 27 burrinho Pinote, que dá coices à medida que os jogadores tentam equilibrar objetos sobre ele, é agora o personagem equivalente da premiada animação Shrek. O Pula-Shrek foi adaptado do Pula-Pirata. A Estrela também trouxe de volta o Ferrorama, totalmente remodelado, o produto inclui uma locomotiva com farol, som característico e dois vagões de passageiros. O Mr. Potato Head (Cabeça-de-Batata), da Hasbro, é representado por conhecidos personagens como Homem-Aranha e Darth Vader. Outro destaque da empresa são as novas versões da boneca Moranguinho e nova linha de produtos My Little Pony com DVDs domésticos, livros, videogames e peças de decoração. “Os pais já estão reconhecendo mais o valor do brinquedo educativo e as crianças estão mais seduzidas por esses produtos. Nossa prioridade é estimular o desenvolvimento da criança com nosso produto. Queremos resgatar o valor do brinquedo de madeira, da matéria simples que pode acalmar e dar um prazer imenso à garotada”, diz o proprietário da Dicá, fabricante de brinquedos educativos. Para ele, a era dos jogos eletrônicos e do computador 24 horas por dia está acabando. O proprietário da Dumbo – que vende exclusivamente brinquedos educativos –, Henrique Heinrich, é defensor da bagunça em suas lojas. Entre seus principais clientes estão os pais de classe média alta que têm o costume de levar seus filhos para as lojas e estimular neles a vontade de manusear e de passar o tempo com um brinquedo diferente dos tradicionais. “Nossa sala fica uma confusão. Os pequenos tocam em todos os produtos e ficam deslumbrados com tanta novidade”, completa. Deixar a criança mexer em tudo e descobrir ali o prazer do novo brinquedo são apenas algumas das armas de conquista. “Fazemos oficinas com nossos brinquedos e já fizemos até um festival de cinema infantil. Queremos tirar o melhor de cada criança e fazer com elas descubram o prazer em pequenas coisas”, contam Flávia Oliveira e Flávia Klinger, sócias do ateliê Enfim Enfant, no Rio de Janeiro. Pião, marionete e fantoches são algumas das atrações da loja, que trabalha basicamente com produtos importados. “Muitas crianças que entram aqui estranham no início. É um universo diferente, longe da televisão e de todo o eletrônico que os cerca”, declara Flávia Oliveira. A PB Kids que vende desde brinquedos educativos até eletrônicos também estimula que seus pequenos clientes mexam e descubram os produtos expostos na prateleira. “Temos materiais abertos para demonstração e nossos funcionários são treinados para mostrar aos clientes como funcionam. Muitas vezes são os pais que vêm aqui e compram um presente para seus filhos”, comenta Maria José dos Santos, gerente da PB Kids. Para ela, os brinquedos comuns ainda têm mais saída que os educativos, principalmente quando um super-herói está em ação nas telas de cinema.“É impressionante ver como a garotada fica louca quando um filme como Homem-Aranha ou Batman chega aos cinemas”, comenta. E para quem não quer abrir mão da tecnologia e mesmo assim atrair os pais, a dica vem da gerente de serviços a marketing da FaberCastell,ElaineMandado.Em2008,empresadesenvolveu o Clubinho Faber.“Lidar com crianças é difícil. Elas são sinceras e falam tudo o que têm na cabeça. É importante estar de bem com a vida e fazer tudo com o coração”, atesta o presidente da Abrinq que também faz uma ressalva: “todo brinquedo deve ter a certificação do Instituto Brasileiro de Certificação e Qualidade (IBCQ), órgão autorizado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro)”, conclui. Elaine Mandado
  • 28. tecnologia Imagine ir a um supermercado ou a uma loja de departamentos sem precisar enfrentar filas no caixa. Imagine pegar o carrinho de compras e ver em um monitor as ofertas do dia, e mais, já calculando todos os produtos que você está comprando sem a necessidade de passar tudo pelo caixa. Isso é possível? Sim, e já está sendo testando em países como Estados Unidos, Alemanha e Brasil. O responsável por essa revolução é a tecnologia RFID (Radio- Frequency Identification), que significa identificação por frequência de ondas de rádio. A chamada etiqueta eletrônica deverá substituir o código de barras, sistema que foi implantado nos Estados Unidos na década de 1970, e no Brasil dez anos mais tarde. Mas as vantagens do RFID vão muito além dos benefícios para o consumidor. Regiane Relva Romano, presidente da Vip-Systems Informática, empresa de São Paulo que presta consultoria e desenvolve sistemas para controle de acesso, comenta que a tecnologia pode auxiliar no armazenamento e leitura de dados como lotes, validade, localização dentro da loja, estoques, logística, entre outras possibilidades. “Ao contrário do código de barras, esse sistema via rádio frequência não precisa ser visado, e é possível ler e escrever dados nas etiquetas sem a necessidade de tirar os produtos das embalagens. Além disso, dentro da fábrica, é possível fazer inventário, rastrear o produto e até mesmo utilizar informações para fazer campanhas promocionais de produtos que estão vencendo”, comenta Regiane. Redes mundiais de supermercados como o MetroGroup, na Alemanha, e o Walmart, nos Estados Unidos, estão investindo em pesquisas tecnológicas para substituir o código de barras atual pela tecnologia RFID em todos os departamentos das lojas. Segundo Regiane, o Walmart já está usando o sistema na gestão de produtos têxteis nos supermercados. Já o Metro criou, em 2008, uma loja conceito para apresentar e testar todas as tecnologias melhorando a gestão e a experiência de compra do consumidor. Regiane adiantou que no Brasil existem várias empresas atuando no desenvolvimento de etiquetas eletrônicas, e que a Vip-Systems desenvolveu uma solução de ponta a ponta que, inclusive, será implantada em uma loja de roupas, que irá testar a ferramenta na área têxtil e, na sequência, no setor de eletroeletrônicos. Desafios Na avaliação de Regiane, o RFID ainda precisa vencer alguns desafios para ser amplamente utilizado, pois a tecnologia tem problemas quando entra em contato com a água e com o metal – a água absorve as ondas de rádio e o metal reflete as ondas de rádio.“O Brasil, desde 2009, vem investindo e disponibilizando recursos públicos para o desenvolvimento Tecnologiaaliada aovarejo Osistemapoderáterreflexo diretonocustoBrasil, comarastreabilidadede impostos,alémdoimpacto namãodeobra.Alguns postosdetrabalhosumirão, masoutrosexigirãomaior preparação,semelhante aoqueaconteceucoma automaçãobancária.
  • 29. de pesquisas nesta área. Acredito que estamos em uma fase semelhante ao que ocorreu com o código de barras que no início não se aplicava a todos os produtos, mas essa dificuldade foi superada”, avalia. Regiane acrescenta que hoje em dia, com a tecnologia do RFID disponível, já é possível aplicar a solução sem problemas em setores como têxtil, eletro, bebidas e outros produtos de maior valor agregado – como protetor solar – que acabam ficando fora da área de compras e do alcance do consumidor. Outro desafio importante para a disseminação da etiqueta eletrônica, comenta a presidente da Vip-Systems, é a necessidade de um processo de cooperação entre a indústria e o varejo, pois os ganhos serão muito maiores e os investimentos menores.“Nos Estados Unidos, o Walmart chamou os principais fornecedores para que agilizassem o processo de implantação para continuar atendendo as lojas da rede. Já na Alemanha, o MetroGroup está dividindo os custos com a indústria. Eu entendo que esse deve ser mesmo o caminho, pois precisa ser um processo onde todos ganham”, destaca. Segundo ela,“já passou da hora”do RFID estar sendo utilizado, pois o sistema irá trazer inúmeras vantagens, reduzindo inclusive problemas atuais que o País enfrenta.“O sistema poderá ter reflexo direto no custo Brasil, com a rastreabilidade de impostos, além do impacto na mão de obra. Alguns postos de trabalho sumirão, mas outros exigirão maior preparação, semelhante ao que aconteceu com a automação bancária”, pondera. Em relação aos rumores de que o sistema RFID poderia ter influência direta na privacidade, já que com essa nova etiquetagem, as informações obtidas pelo varejo são mais eficazes e de maior controle, a partir do monitoramento feito pelo dispositivo, a presidente da Vip-Systems afirma que a informação não procede. Isso porque o chip utilizado no sistema é passivo, ou seja, precisa de uma antena para ser energizado.“A identificação que fica é a do produto e não a do consumidor”, pondera. Segundo ela, as pessoas precisam se preocupar com a violação de privacidade que ocorre nas redes sociais quando os usuários expõem dados pessoais. Assim como, na biometria facial das câmeras de vídeo.“Isso sim é violação de privacidade, pois a biometria facial não pede licença para rastrear”, destaca.
  • 30. A EVOLUÇÃO DO VAREJO CHEGA TAMBÉM À LONDRINA Fortalecimento. Essa é a palavra-chave do setor supermercadista no panorama atual. O setor, que emprega mais de um milhão de pessoas e que faturou no passado cerca de R$ 200 bilhões, está otimista que para 2011 os números podem ser ainda melhores. E é neste positivo cenário que será realizada nos dias 18 e 19 de julho a 9ª edição da Supernorte (Feira e Convenção Regional de Supermercados), que tem como sede o Centro de Exposições e Eventos de Londrina. O evento, promovido pela Associação Paranaense de Supermercados (Apras), tem como proposta aproximar toda a cadeia que abastece o varejo, principalmente, do pequeno e médio empresário, além de proporcionar um ambiente favorável para negócios e atualizações. Este ano é muito especial para o evento. Com o aniversário de 40 anos da entidade, as projeções se mantêm positivas para uma edição de comemorações. De acordo com Pedro Joanir Zonta, presidente da Apras, para manter uma entidade atuante e fortalecida no Paraná, é preciso que as atividades estejam consolidadas nas regionais.“Entre nossas prioridades como representantes de classe sempre esteve a ampliação das ações da Associação no interior do Estado, inclusive com Tudoprontopara a Supernorte cursos e treinamentos realizados por meio da Academia Empresarial Apras, o que temos honrado com grande êxito”, conclui. O presidente da Regional Norte da Apras, Valdecir dos Santos Galhardi, comenta que a feira supermercadista deve superar todas as expectativas dos organizadores, e reunir nos dias de feira um público superior a oito mil visitantes.“Estamos bastante entusiasmados com os preparativos. Temos a confirmação da participação de empresas de toda a cadeia, o que certamente irá tornar a Supernorte mais atrativa e mais profissional”, comenta. O diretor comercial da Apras, Walde Renato Prochmann, confirma que todos os espaços da feira foram comercializados, e o evento deve reunir cerca de 90 empresas oriundas dos três estados do Sul do Brasil, e especialmente, da região Norte do Paraná.“Teremos a participação de muitas empresas que estarão pela primeira vez na feira, além de muitas novidades”, disse. Entre elas está o segmento de hortifruti, que por meio de uma parceria com instituições como o Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), irá reunir diversas empresas de agricultores familiares. eventos
  • 31. Revista SUPERMIX 31 Patrocínio Realização Agenda A programação da Supernorte 2011 contará com a palestra “Vencendo desafios e construindo o futuro”, que será proferida no dia 19, às 14h00, por Eduardo Shinyashiki, consultor organizacional, escritor e especialista em desenvolvimento das Competências de Liderança,. Autor dos livros Viva como Você Quer Viver e A Vida é um Milagre, Shinyashiki irá propor aos participantes como expandir a postura de criador de contextos, elevando a autoconfiança, fortalecendo a motivação e o relacionamento, assim como, transformar palavras em ações que gerem resultados positivos. Outra novidade nesta edição será a Oficina do Conhecimento que dará oportunidade aos participantes para atualização em temas pertinentes ao setor. No dia 18, às 18h00, está programado o tema “SPED Fiscal - Dúvidas e Sugestões”, que será coordenado por Viniccius Feriato; e às 19h00 será a vez do tema “Padaria - diferencial de uma loja”, com David Serviço 9ª Supernorte – Feira e Convenção Regional de Supermercados Dias 18 e 19 de julho, das 14h00 às 23h00 Local: Centro de Exposições e Eventos de Londrina Rodovia Mábio Gonçalves Palhano, 3333 dos Santos. Já no dia 19, às 18h00, o tema SPED Fiscal volta a ser discutido seguido da palestra “Gestão de Pessoas”, com Cristiane Pasquinelli. E como acontece em todos os anos, o projeto Apras Mulher – braço de responsabilidade social da entidade –, em parceria com os expositores, irá promover a arrecadação de doações das vitrines de feira. O material recolhido será repassado para instituições beneficentes da região de Londrina.
  • 32. índice de vendas Limpeza,Mercearia eBebidasforamas cestasquecresceram noperíodo Curitiba Interior do Paraná Período de Análise – 25/04/2011 a 22/05/2011 Variação Nominal Variação Real** Variação Nominal Variação Real** PERÍODO 05 x PERÍODO 04 -13,0% -13,4% -10,6% -11,1% PERÍODO 05 x MESMO PERÍODO DE 2010 4,9% -1,4% 6,0% -0,4% ACUMULADO 2011 versus 2010 7,8% 1,6% 8,9% 2,7% Na análise do acumulado 2011 versus 2010 (períodos 1 a 5), Curitiba apresentou um crescimento nominal de 7,8%, inferior à média Brasil de 8,9%. Considerando a inflação de 6,11% no período, o crescimento real de Curitiba foi 1,7% e do Brasil foi 2,7%. Ainda no acumulado, todas as cestas apresentaram crescimento, com destaque para o consumo local (16,9%). No comparativo do período 05 (entre 25 de abril e 22 de maio) em relação ao período anterior (entre 28 de março e 24 de abril), as vendas do setor de autosserviço em Curitiba apresentaram uma queda nominal de 13%, superior a queda da média Brasil que foi de 10,6%. A cesta de Mercearia teve a maior retração com variação nominal maior que no Brasil (-42,3% x -33,1%), em função do retorno aos patamares normais, após os efeitos de sazonalidade da Páscoa. Enquanto a cesta deTêxtil *Números de Curitiba e Região Metropolitana com amostragem concentrada nas grandes redes. **Real – deflacionado desde janeiro de 2001 pelo IPCA do IBGE Metodologia utilizada apresentou o maior crescimento, devido às vendas mais altas de roupas e calçados com a chegada do inverno. A metodologia utilizada para coleta dos dados pela Nielsen é a chamada scantrack, que realiza a captura semanal de dados provenientes dos caixas de supermercados colaboradores (leitores ópticos do autosserviço). Possibilita uma análise detalhada das categorias de produtos, semana a semana. O ano scantrack é dividido em 13 períodos de quatro semanas cada. Isso significa que, na maioria das vezes, as informações não são referentes ao mês fechado.
  • 33. Revista SUPERMIX 33 Importância Per - 28/03/11 a 27/04/11 Brasil Paraná Período 5 25/04/11 a 22/05/11 Variação em relação ao acumulado anterior (2011x2010) Variação em relação ao perío- do anterior (04x03) Variação em relação ao mesmo período do ano anterior (o4/11x04/10) Variação em relação ao acumulado anteior (2011x2010) Variação em rela- ção ao período anterior (04x03) Variação em relação ao mesmo período do ano anterior (04/11x04/10) Curitiba Brasil VENDAS TOTAIS 100% 100% 7,8% -13,0% 4,9% 8,9% -10,6% 6,0% BEBIDAS 31,5% 31,0% 8,6% -9,4% 10,5% 9,7% -13,5% 8,0% CASA 21,0% 20,7% 8,4% 15,6% 7,8% 9,0% 19,4% 7,7% CONSUMO LOCAL 9,8% 9,7% 16,9% -3,4% 17,4% 8,1% -4,3% 7,3% ELETRONICOS 11,2% 10,7% 7,0% 5,4% -12,5% 9,8% 6,8% -5,5% LIMPEZA 7,5% 7,8% 9,9% 3,4% 14,1% 8,6% 1,7% 10,5% MERCADORIA GERAL 6,1% 4,0% 5,0% -3,7% 1,9% 9,9% -6,0% 6,3% MERCEARIA 3,7% 5,7% 9,1% -42,3% 8,6% 7,9% -33,1% 6,2% OUTROS 4,0% 4,0% 3,8% 2,5% 17,4% 73,1% -2,7% 92,7% PERECIVEIS (FRESCOS) 4,3% 3,8% 7,8% -3,4% 6,6% 6,9% -6,4% 5,0% PERFUMARIA 0,5% 2,3% 6,9% 2,9% 8,7% 7,4% 0,6% 8,2% TEXTIL 0,2% 0,2% 2,0% 37,0% -2,3% 5,3% 28,2% 3,2%
  • 34. Andréa Luy é psicóloga formada pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), pós-graduada em Gestão de Pessoas pela Faculdade Estudos Sociais do Paraná (Fesp) e em Gestão Estratégica do Varejo pela USP/ Provar. É gerente de treinamentos da Academia Empresarial Apras. A profissão que não tem gênero Ao analisar o comportamento da força de trabalho feminina no Brasil nos últimos 40 anos, o que chama a atenção é o vigor e a persistência do seu crescimento. A participação feminina no mercado de trabalho brasileiro foi uma das mais marcantes transformações ocorridas no país desde os anos setenta. O Ano Internacional da Mulher, decretado m 1975 pela ONU (Organização das Nações Unidas), dá um forte impulso à organização e aparecimento destes grupos. Várias são as razões para explicar o ingresso acentuado das mulheres no mercado de trabalho a partir de então. A necessidade econômica, que se intensificou com a deterioração dos salários reais dos trabalhadores, obrigando-as a buscar uma complementação para a renda familiar, é um dos grandes fatores para a inclusão da mulher no mercado de trabalho. Outras causas também explicariam o novo comportamento feminino. Profundas transformações nos padrões de comportamento e nos valores relativos ao papel social da mulher, intensificadas pelo impacto dos movimentos feministas, pela presença feminina cada vez mais atuante nos espaço público e também a falta de profissionais no mercado de trabalho facilitaram a oferta de trabalhadoras. As mulheres representam mais de 40% da força de trabalho no país, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Porém, esta inserção ainda é preponderante nas ocupações e ofícios que guardam correlação direta com as funções que elas desempenham no espaço doméstico, tendo menor status social e demandando menor qualificação formal; conseqüentemente auferindo menor renda. Muitas são as barreiras, visíveis e invisíveis que mantém as mulheres mais distantes de cargos que até então foram denominados como sendo masculinos. Mas a necessidade e principalmente a luta feminina para conquistar seu espaço profissional têm levado as mulheres a desempenhar funções diferenciadas muito bem. Muitos trabalhos já estão sendo feitos com grande qualidade e já não são mais vistos por consumidores e clientes como profissões masculinas. Para podermos visualizar melhor o trabalho de mulheres em cargos até então ditos como masculinos, fomos ver de perto o trabalho de uma açougueira e uma auxiliar de pedreiro, ambas profissionais na cidade de Curitiba. Pedimos a elas que nos contassem brevemente sua história. Confira: Auxiliar de pedreira Sandra de Souza Silva de Jesus, 37 anos, tem dois filhos, é formada em magistério (nível médio) e é costureira, função esta que desempenhou por pouco tempo. Trabalha com o marido, José do Carmo de Jesus, há mais de 10 anos fazendo pintura, rejunte, quebra de paredes, preparando argamassa, usando ferramentas como martelos, alicates, pincéis, pás, enxadas, marretas, trenas e outros instrumentos da construção civil. Faz um excelente acabamento nas obras e tem um excelente reconhecimento no setor. Como o próprio marido disse: artigos
  • 35. Revista SUPERMIX 35 “Gosto do trabalho da minha mulher por ela ser mais delicada e paciente, tendo uma atenção melhor no que faz, é bem detalhista”. Conte-nos sua história de como foi trabalhar como servente de pedreiro? [Sandra] Comecei ajudando meu marido em casa. Eu levava a janta para ele, que sempre trabalhou no período noturno na construção de prédios e sobrados. Interessei- me por ajudá-lo e dei início a um trabalho como auxiliar de pedreiro, trabalhando com ele à noite também. Dizem que a mulher é mais frágil e vaidosa. Como fica isto diante da sua profissão? [Sandra] Acho que a mulher cresce tendo força de vontade, não vejo grandes empecilhos para ela quando deseja fazer alguma coisa. Você já recebeu críticas ou ouviu piadinhas? [Sandra] Já me chamaram de “maluca” por ter que trabalhar no período noturno. Mas meu marido me incentiva e diz: “Gosto do trabalho da minha mulher por ela ser mais delicada e paciente, tendo uma atenção melhor no que faz, é bem detalhista”. O que você sonha para um futuro próximo? [Sandra] Meu sonho é trabalhar em conjunto com alguns familiares, quem sabe uma sociedade entre nós, pois o pai do meu marido também é pedreiro. Açougueira Berenice Rodrigues Januário, 30 anos, tem três filhos. Trabalha com desossa, abastece loja com bandejas de carne, atende muito bem os clientes, ajuda com pedidos e também faz toda a higienização do setor, usando instrumentos como facas, serra-fita, moedores e entre outros. Segundo seu líder de setor, Marcos da Silva, faz um excelente trabalho. Conte-nos sua história de como foi trabalhar como açougueira? [Berenice] Iniciei no supermercado como zeladora e então vi uma vaga em aberto no setor. Perguntei ao líder se era difícil trabalhar em açougue e pedi uma oportunidade. Ele me disse que eu faria um teste durante uma semana treinando com os cortes de temperados. Passei nesta avaliação e então fui efetivada no setor, passando por treinamento. Dizem que a mulher é frágil e vaidosa. Como fica isto diante da sua profissão? [Berenice] Mulher também consegue fazer trabalhos mais difíceis, não é só homem que tem força para esta profissão e consegue carregar caixas com carnes. Pedem cortes especiais para mim, eles pedem pelo meu corte de carnes e dizem: “Berenice, faz daquele jeitinho que você sabe”. Você já recebeu críticas ou ouviu piadinhas? [Berenice] Recebo críticas, inclusive de colegas homens. Escuto piadinhas como, por exemplo, “você não tem força para carregar uma carcaça”. Mas penso que não precisa carregar carcaça para ser uma boa açougueira. O que você sonha para um futuro próximo? [Berenice] Meu sonho é crescer na empresa onde trabalho. Tenho uma relação muito boa com o meu líder e ele me incentiva a crescer e construir carreira. Com dedicação e profissionalismo, a mulher tenta conquistar o padrão de perfeição no trabalho, em especial pela capacidade empreendedora e a seriedade com que enfrenta os desafios que se apresentam. A inserção feminina no mercado de trabalho tem sido competitiva, pois a sua presença frente a esse novo cenário contribui para o sucesso dos negócios dando um toque especial às organizações. Referência Bibliográfica CABRAL, Márcia Regina; Trabalho de Monografia, O mercado de trabalho na década de 90. Um mundo em transformação. p. 63,1999,Itajaí-sc
  • 36. 36 Revista SUPERMIX O ano das mulheres *Bernt Entschev é fundador e presidente do Grupo De Bernt, colunista da Gazeta do Povo, Revista Supermix e La Nación, comentarista nas rádios CBN Curitiba e 91 Rádio Rock, e autor do livro Executivos, Alfaces & Morangos. P ouco mais de seis meses passados da presidente Dilma ter tomado posse, o que se percebe é a confiança nas mulheres crescer vertiginosamente. Além de ocupar o principal cargo do País, Dilma Roussef escolheu dez mulheres para ajudá-la a comandar o Brasil nos quatro anos de seu mandato, a última delas a integrar a cúpula foi a curitibana Gleisi Hoffmann, que assumiu a Casa Civil. Não à toa, com todo o rebuliço que a posse da presidente causou, não seria diferente o comentário principal para as mulheres, em 2011:“este será o ano das mulheres”. Engana-se quem pensa que elas comandam apenas no Governo Federal. As empresas têm buscado cada vez mais mulheres para ocuparem cargos estratégicos, de nível gerencial para cima. Não é de hoje que percebemos esse movimento. Estudos já comprovaram que a mulher tem conseguido nos últimos anos, em média, um nível cultural mais elevado que os homens. Além, é claro, das múltiplas competências que elas, naturalmente, possuem. O fato de a mulher conseguir executar várias tarefas simultaneamente, por exemplo, faz com que ela consiga ter uma visão holística das organizações, o que é muito útil em cargos estratégicos. Hoje em dia, um profissional precisa dominar o negócio, entender a sua essência, mas, principalmente, saber lidar com diferentes conflitos ao mesmo tempo – característica nata da maioria das mulheres também. Esse movimento que já vinha acontecendo nos últimos anos se fortalecerá ainda mais no Brasil com o país sendo presidido por uma mulher. Já podemos observar uma confiança maior na capacidade das gestoras, por parte das empresas que atendemos. Porém, o que ainda preocupa é a disparidade de salários entre homens e mulheres. Mesmo elas sendo capazes de fazer seu trabalho tão bem quanto, ou melhor que, os homens, elas ainda saem perdendo no quesito salário. Entretanto, isso é apenas uma questão de tempo. A abertura para as mulheres em níveis de alto escalão já é um grande passo. O próximo, certamente, será equiparar as remunerações. A mulher não precisa perder sua feminilidade no mundo corporativo. Mas, controlar suas emoções e evitar levar as coisas para o lado pessoal serão atitudes fundamentais para permiti-las dominar o mercado de vez.
  • 37.
  • 38. Curitiba faz pesquisa inédita para avaliar adequação à lei sobre glúten Apras quer aprimorar legislação estadual para evitar perdas aos supermercados e ao consumidor A Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Curitiba acaba de divulgar os resultados de uma pesquisa, inédita no Brasil, desenvolvida para avaliar a adequação dos supermercados à Lei Federal nº 10.674, de 16 de maio de 2003, que obriga os fabricantes de alimentos a incluir nos rótulos dos produtos as inscrições“contém glúten”ou“não contém glúten”. De acordo com a pesquisa, iniciada em setembro de 2009, dos 579 produtos analisados em 27 supermercados da capital, 63 (11%) apresentaram irregularidades. Outros 20 produtos (3,45%) poderiam causar problemas, caso fossem ingeridos, aos celíacos – portadores da doença caracterizada pela intolerância ao glúten. Os resultados da pesquisa, coordenada pela nutricionista Sabrina Vianna Mendes, foram encaminhados à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e à Secretaria Estadual de Saúde, que determinou aos fabricantes dos produtos com suporte jurídico Sabrina Vianna irregularidades o cumprimento da lei. Já os supermercados tinham até 19 de junho para retirar as mercadorias das prateleiras, sob pena de sofrerem as sanções legais, caso não cumpram a determinação.“O problema é dos dois. Se o supermercado compra produtos com irregularidades do fabricante, é co-responsável pela venda e pelas conseqüências que isto pode trazer ao consumidor”, explica Sabrina. Solução pelo diálogo A pesquisa reacende o debate iniciado no ano passado com a entrada em vigor da Lei Estadual Nº 16.496/2010, que obriga os supermercados a terem espaço próprio para expor produtos alimentícios para pessoas com diabetes, intolerantes à lactose e com doença celíaca (leia quadro). Por enquanto, os técnicos da Vigilância Sanitária da Prefeitura de Curitiba e do Governo do Estado ainda não estão fiscalizando o seu cumprimento. “Nós estamos esperando a lei ser regulamentada”, explica a chefe do setor em Curitiba, Ana Valéria de Almeida. A Associação Paranaense dos Supermercados (Apras), contudo, já tem posição clara sobre o assunto. Respeita os portadores destas restrições alimentares e está decidida a encontrar uma solução de comum interesse para o impasse, mas defende um ajuste na lei para evitar prejuízos a todos os segmentos envolvidos no