SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 15
Baixar para ler offline
Avaliação Fisioterapêutica do Punho e da Mão
                           Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional

                                              Profa. Dra. Sílvia Maria Amado João




1. Anatomia Aplicada
Articulação Radioulnar Distal
  É uma artic. de eixo uniaxial que possui um grau de liberdade;
  Posição de repouso: 10° de supinação;
  Posição de aproximação máxima: 5° de supinação.



Articulação Radiocarpal (punho)
  É uma articulação elipsóidea biaxial.
  Posição de repouso: neutra com leve desvio ulnar
  Posição de aproximação máxima: extensão



Articulações Intercarpais (Articulação do Carpo)
  Incluem as articulações entre os ossos individuais da fileira proximal de ossos do carpo e as artic. entre os ossos
  individuais da fileira distal de ossos do carpo;
  Posição de repouso: neutra ou leve flexão;
  Posição de aproximação máxima: extensão.



Articulações Mediocarpais
  Formam uma articualção composta entre as fileiras proximal e distal de ossos do carpo com exceção do osso pisiforme;
  Posição de repouso: neutra ou leve flexão com desvio ulnar;
  Posição de aproximação máxima: extensão com desvio ulnar.



Articulações Carpometacarpais
  No polegar, a artic. carpometacarpal é selar com 3 graus de liberdade, enquanto a 2 º a 5º artic. carpometacarpais são
  planas;
  Posição de repouso: polegar, meio caminho entre abdução e adução, e meio caminho entre flexão e extensão. Demais
  dedos, meio caminho entre flexão e extensão.
  Posição de aproximação máxima: polegar, oposição completa, demais dedos, flexão completa.
Articulações Intermetacarpais / Metacarpofalângicas / Interfalângicas
  As articulações Intermetacarpais planas têm somente uma pequena amplitude de movimento de deslizamento entre elas e
  não incluem a articulação do polegar.
  As articulações Metacarpofalângicas são cotilóideas. A 2 º e 3 º articulações tendem a ser imóveis enquanto que a 4 º e 5 º
  são mais móveis. A posição de repouso é leve flexão
  As Articulações Interfalângicas são articulações de dobradiça uniaxiais, cada uma tendo um grau de liberdade. A posição
  de repouso é a leve flexão.




                                         Figura 1 - Pregas Cutâneas (face palmar)




2. História Clínica
  Qual é a idade do paciente?
  Qual é a profissão do paciente? Qual o mecanismo de lesão?
  O que o paciente é capaz de fazer funcionalmente?
  Quando é que ocorreu a lesão ou seu início, e quanto tempo o paciente esteve incapacitado?
  Qual é a mão dominante do paciente?
  O paciente alguma vez lesou o antebraço, punho ou mão?
  Que parte do antebraço, punho, ou mão está lesada?



3. Observação e Triagem
  Exame das outras articulações adjacentes, acrescentando uma avaliação postural global;
  Observação Geral: evidência de dano tecidual, edema, temperatura, hipersensibilidade, estalido ou crepitação.




4. Inspeção
Exame das faces palmar e dorsal da mão;
  Contornos ósseos e de tecidos moles do antebraço, punho e mão devem ser comparados em ambos os membros
  superiores, e qualquer desvio deve ser observado;
  Estão presentes as pregas normais da pele;
  Observar qualquer atrofia muscular, tumoração localizada;




                                                        Figura 2

  Derrame articular e espessamento sinovial são mais evidentes nas faces dorsal e radial;
  Verificar alterações vasomotoras, sudomotoras, pilomotoras e tróficas;
  Observar qualquer hipertrofia dos dedos, a presença de nódulos de Heberden ou de Bouchard;
  Observar deformidades rotacionais ou anguladas dos dedos;
  Observar as unhas.



4.1 Deformidades Comuns das Mãos e dos Dedos
Deformidade em pescoço de cisne;
Deformidade em botoeira;
Dedos em garra;
Desvio ulnar;
Nódulos de Heberden / Nódulos de Bouchard.




4.2 Posição de Função da Mão
  A posição funcional do punho é a de extensão entre 20° e 35° com desvio ulnar de 10° a 15°;
  Essa posição reduz ao mínimo a ação restritiva dos tendões extensores longos e permite flexão completa dos dedos.
4.3 Posição de Imobilização da Mão
  É a posição de extensão do que se observa na posição de repouso, com as articulações metacarpofalângicas mais
  flexionadas e as articulações interfalângicas estendidas;
  Quando as articulações são imobilizadas, o potencial para contratura é mantido em um mínimo.




                                          Figura 3 - Posição de Imobilização da Mão


5. Palpação
  Para palpar o antebraço, punho e mão, o fisioterapeuta começa proximalmente e trabalha distalmente, primeiro na
  superfície dorsal e em seguida na região palmar;
  Os músculos do antebraço são palpados primeiro em busca de sinais de dor;


Superfície Dorsal
  Tabaqueira anatômica;
  Ossos do Carpo;
  Ossos Metacarpais e Falanges.




Superfície Anterior
  Pulsos;
  Tendões;
  Fáscia Palmar e Músculos Intrínsecos;
  Pregas de Flexão da Pele;
  Arco Transverso do Carpo;
Arco Longitudinal.




                                        Figura 4 - Ossos do Punho e da Mão




6. Mobilidade dos Segmentos
Triagem para amplitude de movimento:
  Consiste em determinar onde e se é necessária uma avaliação goniométrica específica;
  Se forem identificadas limitações na amplitude de movimento articular, deverá ser realizado um teste goniométrico
  específico para se obter um quadro das restrições, estabilização e registro das limitações.




6.1 Mobilidade Articular
  Movimentos Ativos: Quantidade de movimento articular realizada por um indivíduo sem qualquer auxílio. Objetivo: o
  examinador tem a informação exata sobre a capacidade, coordenação e força muscular da amplitude de movimento do
  indivíduo.
Movimentos Passivos: Quantidade de movimento realizada pelo examinador sem o auxílio do indivíduo. A ADM passiva
   fornece ao fisioterapeuta a informação exata sobre a integridade das superfícies articulares e a extensibilidade da cápsula
   articular, ligamentos e músculos (Levangie & Norkin, 1997).



6.2 Movimento Ativo
O fisioterapeuta deve observar:
Quando e onde, durante cada um dos movimentos, ocorre o início de dor;
Se o movimento aumenta a intensidade e a qualidade da dor;
A quantidade de restrição observável;
O padrão de movimento;
O ritmo e a qualidade do movimento;
O movimento das articulações associadas;
Qualquer limitação e sua natureza.



6.3 Movimento Passivo
O fisioterapeuta deve observar:
Quando e onde, durante cada um dos movimentos, ocorre o início de dor;
Se o movimento aumenta a intensidade e a qualidade da dor;
O padrão de limitação do movimento;
A sensação final do movimento;
O movimento das articulações associadas;
A amplitude de movimento disponível.



7. Goniometria
   Método para medir os ângulos articulares do corpo;
   É utilizado pelos fisioterapeutas para quantificar a limitação dos ângulos articulares, decidir a intervenção fisioterapêutica
   mais adequada e, ainda documentar a eficácia da intervenção.



7.1 Informações dos dados goniométricos
   Determinar a presença ou não de disfunção;
   Estabelecer um diagnóstico;
   Estabelecer os objetivos do tratamento;
   Direcionar a fabricação de órteses;
   Avaliar a melhora ou recuperação funcional;
   Modificar o tratamento;
   Realizar pesquisas que envolvam a recuperação de limitações articulares



7.2 Amplitude Articular- Goniometria
7.2.1 Supinação Radioulnar
   O movimento-teste de supinação nas artic. radioulnares ocorre no plano transverso;
   Amplitude articular: 0°-90° (Marques,2003; Palmer & Epler,2000) e 0°-85/90° (Magee, 2002).
Figura 5 - Goniometria - Supinação Radioulnar


Precauções
  Manter o cotovelo próximo da parte lateral do tronco;
  Evitar a flexão lateral do tronco para o mesmo lado da mensuração;
  Evitar a adução e a rotação lateral da artic. do ombro.


7.2.2 Pronação Radioulnar
  O movimento-teste de pronação nas artic. radioulnares ocorre no plano transverso;
  Amplitude articular: 0°-90° (Marques,2003; Palmer & Epler, 2000) e 0°-85/90° (Magee, 2002)




                                       Figura 6 - Goniometria - Pronação Radioulnar


Precauções
  Manter o cotovelo próximo da parte lateral do tronco;
  Evitar a abdução e a rotação medial do ombro;
  Evitar a flexão lateral do tronco para o lado oposto.
7.2.3 Flexão do Punho
  Ocorre na artic. radiocárpica, no plano sagital nas artic. radiocárpicas e intercápicas;
  Amplitude articular: 0°-90° (Marques, 2003; Palmer & Epler, 2000) e 0°-80/90° (Magee, 2002)




                                           Figura 7 - Goniometri a - Flexão do Punho


Precauções
  Certificar-se de que os dedos permanecem relaxados durante a mensuração;
  Evitar os desvios radial e ulnar da artic. do punho.


7.2.4 Extensão do Punho
  Ocorre no plano sagital nas artic. radiocárpicas e intercápicas;
  Amplitude articular: 0°-70° (Marques, 2003) 0°-70/90° (Magee, 2002) 0°-90° (Palmer & Epler, 2000) .




                                          Figura 8 - Goniometria - Extensão do Punho


Precauções
  Evitar a extensão dos dedos;
  Evitar os desvios radial e ulnar na artic. do punho.
Figura 9 - Flexão / Extensão do Punho


7.2.5 Desvio Radial (Abdução) do Punho
  Na posição anatômica, o movimento de desvio radial no punho ocorre no plano frontal.
  Amplitude articular: 0°-20° (Marques,2003) ; 0°-15° (Magee, 2002) e 0°-25° (Palmer & Epler, 2000).




                                          Figura 10 - Goniometria - Desvio Radial


Precauções
  Evitar a flexão ou extensão do punho;
  Evitar a supinação do antebraço.


7.2.6 Desvio Ulnar (Adução) do Punho
  Na posição teste, o movimento ocorre no plano frontal.
  Amplitude articular: 0°-45° (Marques,2003) ; 0°-30/45° (Magee, 2002) e 0°-35° (Palmer & Epler, 2000).
Figura 11 - Goniometria - Desvio Ulnar

Precauções
   Evitar a flexão ou extensão do punho;
   Evitar a pronação ou a supinação do antebraço.



Articulação Carpometacarpal do Polegar (flexão, extensão e abdução);

Articulações Metacarpofalângicas: flexão, extensão abdução e adução extensão dos dedos;

Articulações Interfalângicas (flexão, extensão).


8. Movimento do Jogo Articular
   O teste para folga articular determina a integridade da cápsula;
   A folga articular deve ser sempre avaliada na posição destravada (decoaptação aberta) na qual a frouxidão da cápsula e
   dos ligamentos é maior e o contato ósseo é menor.

   Extensão do eixo longitudinal no punho e dedos (artic. MCF, IFP e IFD);
   Deslizamento ântero-posterior no punho e dedos (artic. MCF, IFP e IFD);
   Inclinação lateral do punho;
   Deslizamento ântero-posterior nas artic intermetacarpais;
   Rotação nas artic. MCF, IFP e IFD;
   Mobilidade individual dos ossos do carpo.
Figura 12


9. Princípios dos Testes de comprimento muscular
   A finalidade da avaliação do comprimento muscular (flexibilidade) consiste em determinar se a ADM que ocorre em uma
   articulação é limitada ou excessiva em virtude das estruturas articulares intrínsecas ou dos músculos que cruzam as
   articulações;
   O comprimento do músculo é determinado pela distância entre as extremidades proximal e distal do músculo, sendo
   medido por seu efeito sobre a ADM da articulação.


9.1 Testes de comprimento muscular
Punho:
Músculos flexor ulnar do carpo, flexor radial do carpo e palmar longo;
Músculos extensores longo e curto radiais do carpo e músculo extensor ulnar do carpo.




                               Figura 13 - Teste de Comprimento Muscular - Flexores do Punho


Dedos:
Músculo flexor superficial dos dedos.
10. Testes Musculares Manuais
 Parte integrante do exame físico, fornecendo informações úteis no diagnóstico diferencial, prognóstico e tratamento de
 patologias musculoesqueléticas e neuromusculares;
 A avaliação da força muscular manual deve ocorrer quando forem descartadas outras limitações articulares ou musculares
 (encurtamentos) impedindo ou dificultando o movimento.


 Adutor do polegar;
 Abdutor curto do polegar;
 Oponente do polegar;
 Flexor longo e curto do polegar;
 Extensor longo e curto do polegar;
 Abdutor longo do polegar;
 Abdutor do dedo mínimo;
 Oponente do dedo mínimo;
 Flexor do dedo mínimo;
 Interósseos dorsais;
 Interósseos palmares;
 Lumbricais;
 Palmar longo e curto;
 Extensor do indicador e do dedo mínimo;
 Extensor dos dedos;
 Flexor superficial dos dedos;
 Flexor profundo dos dedos;
 Flexor radial e ulnar do carpo; extensor radial longo e curto do carpo;
 Extensor ulnar do carpo;
 Pronador redondo e quadrado;
 Supinador.




                                         Figura 14 - Teste de Oponência do Polegar
Figura 15 - Teste do Músculo Flexor Radial do Carpo




11. Avaliação Funcional
O fisioterapeuta avalia os movimentos funcionais do paciente;
  Funcionalmente, o polegar é o dedo mais importante. Em termos de prejuízo funcional a perda da função do polegar afeta
  cerca de 40-50% da função da mão, a perda da função do dedo indicador é responsável por cerca de 20% da mão; do
  dedo médio, cerca de 20%; do dedo anular, cerca de 10%; e do dedo mínimo, cerca de 10%.
  A maior parte das tarefas diárias não requer amplitude de movimento (AM) completa. Brumfield e Champoux relataram que
  a AM funcional ótima no punho era 10° de flexão a 35° de extensão. Normalmente o punho é mantido em ligeira extensão
  (10°-15°) e leve desvio ulnar e é estabilizado nesta posição para fornecer função máxima para os dedos e o polegar.
  A flexão funcional das artic. metacarpofalângicas e interfalângicas proximais é de 60°. A flexão funcional da interfalângica
  distal é aprox. 40°. No polegar a flexão funcional é de 20°.


  Teste da Força da Preensão;
  Teste da Força de Precisão;
  Outros métodos de Testagem Funcional: M.L. Palmer & M. Epler, 1990 “Clinical Assessment Procedures in Physical
  Therapy”.
  Formulário de avaliação funcional da mão, planejado para avaliação de mãos reumatóides e artríticas ( Swanson, 1973);
  Formulário para incapacidade funcional do túnel do carpo (Levine, et al, 1993- J. Bone Joint Surg. Am. 75: 1586-1587,
  1993).




                                                         Figura 16
11.1 Fases de Preensão
1. Abertura da mão, o que exige a ação simultânea dos músculos intrínsecos da mão e músculos extensores longos;
2. Fechamento dos dedos e polegar para agarrar o objeto e adaptar-se à sua forma, o que envolve músculos flexores e de
   oposição extrínsecos e intrínsecos;
3.Força exercida, a qual varia dependendo do peso, características de superfície, fragilidade e uso do objeto, novamente
   envolvendo os músculos flexores e de oposição extrínsecos e intrínsecos;
4.Liberação, na qual a mão se abre para largar o objeto, envolvendo os mesmos músculos utilizados para abertura da mão.



12. Testes Clínicos Especiais
   Testes Ligamentares;




                                       Figura 17 - Teste para ligamentos retinaculares

   Testes de Phalen;




                                                Figura 18 - Teste de Phalen


                                        Sinal de Tinel (no punho) - Vídeo
                                                    (clique para assistir)

   Teste de Allen.
Figura 19 - Teste de Allen




Referências Bibliográficas
1. Marques AP. Ângulos articulares dos membros superiores. In: Manual de Goniometria. 2 ed. São Paulo: Manole; 2003.
   p.19-32.

2. Magee DJ. Antebraço, Punho e Mão In: Magee, DJ, editor. Disfunção Musculoesquelética. 3 ed. São Paulo: Manole; 2002.
   p. 289-344.

3. Palmer, LM.; Epler, ME. Punho e Mão: In: Palmer, LM.; Epler, ME. Fundamentos das Técnicas de Avaliação
   Musculoesquelética. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2000. p.129-173.

4. Gardner E, Gray DJ, O’Rahilly R. Anatomia. Estudo Regional do Corpo Humano. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
   1988.

5. Hoppenfeld, S. Punho e Mão. Propedêutica Ortopédica. Coluna e Extremidades. Rio de Janeiro: Atheneu, 1987 pp.59-107 .

6. Sobotta, J. Atlas de Anatomia. 20ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1993.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Cinesiologia e biomecanica do cotovelo
Cinesiologia e biomecanica do cotoveloCinesiologia e biomecanica do cotovelo
Cinesiologia e biomecanica do cotoveloClaudio Pereira
 
ESCALA DE EQUILÍBRIO DE BERG e ESCALA DE MOBILIDADE E EQUILÍBRIO DE TINETTI
ESCALA DE EQUILÍBRIO DE BERG e ESCALA DE MOBILIDADE E EQUILÍBRIO DE TINETTIESCALA DE EQUILÍBRIO DE BERG e ESCALA DE MOBILIDADE E EQUILÍBRIO DE TINETTI
ESCALA DE EQUILÍBRIO DE BERG e ESCALA DE MOBILIDADE E EQUILÍBRIO DE TINETTIRenan Malaquias
 
Coluna vertebral cinesiologia
Coluna vertebral cinesiologiaColuna vertebral cinesiologia
Coluna vertebral cinesiologiaRenata Oliveira
 
Testes especiais de coluna lombar e pelve em Fisioterapia
Testes especiais de coluna lombar e pelve em FisioterapiaTestes especiais de coluna lombar e pelve em Fisioterapia
Testes especiais de coluna lombar e pelve em FisioterapiaFisioterapeuta
 
15 -amplitude_de_movimento
15  -amplitude_de_movimento15  -amplitude_de_movimento
15 -amplitude_de_movimentoJohnny Martins
 
Exame fisico do quadril ac
Exame fisico do quadril   acExame fisico do quadril   ac
Exame fisico do quadril acAndré Cipriano
 
Cotovelo e antebraço
Cotovelo e antebraçoCotovelo e antebraço
Cotovelo e antebraçoparaiba1974
 
Escoliose e método klapp.
Escoliose e método klapp.Escoliose e método klapp.
Escoliose e método klapp.Paulo Bueno
 
Exame Físico dos Membros Superiores
Exame Físico dos Membros SuperioresExame Físico dos Membros Superiores
Exame Físico dos Membros SuperioresPaulo Alambert
 
Reabilitação em amputados
Reabilitação em amputadosReabilitação em amputados
Reabilitação em amputadosNay Ribeiro
 
Aula de exame fisico do cotovelo e epicondilite
Aula de exame fisico do cotovelo e epicondiliteAula de exame fisico do cotovelo e epicondilite
Aula de exame fisico do cotovelo e epicondiliteMauricio Fabiani
 

Mais procurados (20)

Cinesiologia e biomecanica do cotovelo
Cinesiologia e biomecanica do cotoveloCinesiologia e biomecanica do cotovelo
Cinesiologia e biomecanica do cotovelo
 
Semiologia ortopedica exame
Semiologia ortopedica   exameSemiologia ortopedica   exame
Semiologia ortopedica exame
 
ESCALA DE EQUILÍBRIO DE BERG e ESCALA DE MOBILIDADE E EQUILÍBRIO DE TINETTI
ESCALA DE EQUILÍBRIO DE BERG e ESCALA DE MOBILIDADE E EQUILÍBRIO DE TINETTIESCALA DE EQUILÍBRIO DE BERG e ESCALA DE MOBILIDADE E EQUILÍBRIO DE TINETTI
ESCALA DE EQUILÍBRIO DE BERG e ESCALA DE MOBILIDADE E EQUILÍBRIO DE TINETTI
 
Coluna vertebral cinesiologia
Coluna vertebral cinesiologiaColuna vertebral cinesiologia
Coluna vertebral cinesiologia
 
Manual de goniometria
Manual de goniometriaManual de goniometria
Manual de goniometria
 
Ombro, Cotovelo, Punho e Mão
Ombro, Cotovelo, Punho e MãoOmbro, Cotovelo, Punho e Mão
Ombro, Cotovelo, Punho e Mão
 
Coluna lombar
Coluna lombarColuna lombar
Coluna lombar
 
Testes especiais de coluna lombar e pelve em Fisioterapia
Testes especiais de coluna lombar e pelve em FisioterapiaTestes especiais de coluna lombar e pelve em Fisioterapia
Testes especiais de coluna lombar e pelve em Fisioterapia
 
Bobath
BobathBobath
Bobath
 
Tornozelo e pe
Tornozelo e peTornozelo e pe
Tornozelo e pe
 
15 -amplitude_de_movimento
15  -amplitude_de_movimento15  -amplitude_de_movimento
15 -amplitude_de_movimento
 
RPG nas Escolioses
RPG nas Escolioses RPG nas Escolioses
RPG nas Escolioses
 
Complexo articular do ombro
Complexo articular do ombroComplexo articular do ombro
Complexo articular do ombro
 
Exame fisico do quadril ac
Exame fisico do quadril   acExame fisico do quadril   ac
Exame fisico do quadril ac
 
Cotovelo e antebraço
Cotovelo e antebraçoCotovelo e antebraço
Cotovelo e antebraço
 
Escoliose e método klapp.
Escoliose e método klapp.Escoliose e método klapp.
Escoliose e método klapp.
 
Exame Físico dos Membros Superiores
Exame Físico dos Membros SuperioresExame Físico dos Membros Superiores
Exame Físico dos Membros Superiores
 
Reabilitação em amputados
Reabilitação em amputadosReabilitação em amputados
Reabilitação em amputados
 
Aula de exame fisico do cotovelo e epicondilite
Aula de exame fisico do cotovelo e epicondiliteAula de exame fisico do cotovelo e epicondilite
Aula de exame fisico do cotovelo e epicondilite
 
Exame Físico de Ombro
Exame Físico de Ombro Exame Físico de Ombro
Exame Físico de Ombro
 

Destaque

Movimentos e seus_musculos_motores
Movimentos e seus_musculos_motoresMovimentos e seus_musculos_motores
Movimentos e seus_musculos_motoresMário Ornelas
 
Anatomia (músculos) - flexão e extensão do carpo e dos dedos das maos
Anatomia (músculos) - flexão e extensão do carpo e dos dedos das maosAnatomia (músculos) - flexão e extensão do carpo e dos dedos das maos
Anatomia (músculos) - flexão e extensão do carpo e dos dedos das maosIgor Maurer
 
Anatomia Punho e mão, Tornozelo e pé
Anatomia Punho e mão, Tornozelo e péAnatomia Punho e mão, Tornozelo e pé
Anatomia Punho e mão, Tornozelo e péHugo Menezes
 
Kabat aula pratica cintura pelvica
Kabat   aula pratica cintura pelvicaKabat   aula pratica cintura pelvica
Kabat aula pratica cintura pelvicaNatha Fisioterapia
 
Fisioterapia no Volume Pulmonar Reduzido
Fisioterapia no Volume Pulmonar ReduzidoFisioterapia no Volume Pulmonar Reduzido
Fisioterapia no Volume Pulmonar ReduzidoNatha Fisioterapia
 
Atendimento domiciliar do idoso
Atendimento domiciliar do idosoAtendimento domiciliar do idoso
Atendimento domiciliar do idosoNatha Fisioterapia
 
Fisio pediatria enfermidades-infano_juvenis
Fisio pediatria   enfermidades-infano_juvenisFisio pediatria   enfermidades-infano_juvenis
Fisio pediatria enfermidades-infano_juvenisNatha Fisioterapia
 
Kabat aula pratica cintura escapular
Kabat   aula pratica cintura escapularKabat   aula pratica cintura escapular
Kabat aula pratica cintura escapularNatha Fisioterapia
 

Destaque (20)

Movimentos e seus_musculos_motores
Movimentos e seus_musculos_motoresMovimentos e seus_musculos_motores
Movimentos e seus_musculos_motores
 
Anatomia (músculos) - flexão e extensão do carpo e dos dedos das maos
Anatomia (músculos) - flexão e extensão do carpo e dos dedos das maosAnatomia (músculos) - flexão e extensão do carpo e dos dedos das maos
Anatomia (músculos) - flexão e extensão do carpo e dos dedos das maos
 
Anatomia Punho e mão, Tornozelo e pé
Anatomia Punho e mão, Tornozelo e péAnatomia Punho e mão, Tornozelo e pé
Anatomia Punho e mão, Tornozelo e pé
 
Shantala
ShantalaShantala
Shantala
 
A familia e seu ciclo vital
A familia e seu ciclo vitalA familia e seu ciclo vital
A familia e seu ciclo vital
 
Aprendizado motor
Aprendizado motorAprendizado motor
Aprendizado motor
 
Kabat introdução e conceito
Kabat   introdução e conceitoKabat   introdução e conceito
Kabat introdução e conceito
 
Kabat aula pratica
Kabat   aula praticaKabat   aula pratica
Kabat aula pratica
 
Kabat aula pratica cintura pelvica
Kabat   aula pratica cintura pelvicaKabat   aula pratica cintura pelvica
Kabat aula pratica cintura pelvica
 
Ausculta cardiaca
Ausculta cardiacaAusculta cardiaca
Ausculta cardiaca
 
Fisioterapia no Volume Pulmonar Reduzido
Fisioterapia no Volume Pulmonar ReduzidoFisioterapia no Volume Pulmonar Reduzido
Fisioterapia no Volume Pulmonar Reduzido
 
Dor no idoso
Dor no idosoDor no idoso
Dor no idoso
 
Aula 6 Prescricao De Exercicio E Treinamento Fisico
Aula 6   Prescricao De Exercicio E Treinamento FisicoAula 6   Prescricao De Exercicio E Treinamento Fisico
Aula 6 Prescricao De Exercicio E Treinamento Fisico
 
Postura
PosturaPostura
Postura
 
Atendimento domiciliar do idoso
Atendimento domiciliar do idosoAtendimento domiciliar do idoso
Atendimento domiciliar do idoso
 
Quebra de padroes
Quebra de padroesQuebra de padroes
Quebra de padroes
 
Coluna cervical
Coluna cervicalColuna cervical
Coluna cervical
 
Fisio pediatria enfermidades-infano_juvenis
Fisio pediatria   enfermidades-infano_juvenisFisio pediatria   enfermidades-infano_juvenis
Fisio pediatria enfermidades-infano_juvenis
 
Padroes respiratorios
Padroes respiratoriosPadroes respiratorios
Padroes respiratorios
 
Kabat aula pratica cintura escapular
Kabat   aula pratica cintura escapularKabat   aula pratica cintura escapular
Kabat aula pratica cintura escapular
 

Semelhante a Avaliação Fisioterapêutica do Punho e da Mão

Articulação de quadril
Articulação de quadrilArticulação de quadril
Articulação de quadrilAdriane Cunha
 
Avaliação da coluna lombar
Avaliação da coluna lombarAvaliação da coluna lombar
Avaliação da coluna lombarJunio Alves
 
Avaliação mmss apontamentos
Avaliação mmss   apontamentosAvaliação mmss   apontamentos
Avaliação mmss apontamentosRosana
 
4. Semiologia do Cotovelo.pdf
4. Semiologia do Cotovelo.pdf4. Semiologia do Cotovelo.pdf
4. Semiologia do Cotovelo.pdfRomarioRufino1
 
Avaliaçao goniométrica aula.pptx
Avaliaçao goniométrica aula.pptxAvaliaçao goniométrica aula.pptx
Avaliaçao goniométrica aula.pptxGustavoArouche1
 
aula coluna lombar e cervical 2015 (1).pptx
aula coluna lombar e cervical 2015 (1).pptxaula coluna lombar e cervical 2015 (1).pptx
aula coluna lombar e cervical 2015 (1).pptxMiltonRicardodeMedei
 
Avaliação Fisioterapêutica do Joelho - 2015.pdf
Avaliação Fisioterapêutica do Joelho - 2015.pdfAvaliação Fisioterapêutica do Joelho - 2015.pdf
Avaliação Fisioterapêutica do Joelho - 2015.pdfGustavoArouche1
 
Praticas de imobilizações
Praticas de imobilizaçõesPraticas de imobilizações
Praticas de imobilizaçõesfoconavida
 
Apendice 6 - Acção de formaçao posicionamentos.pdf
Apendice 6 - Acção de formaçao posicionamentos.pdfApendice 6 - Acção de formaçao posicionamentos.pdf
Apendice 6 - Acção de formaçao posicionamentos.pdfestrelacadente5
 
Alteração Biomecânica do Cotovelo
Alteração Biomecânica do CotoveloAlteração Biomecânica do Cotovelo
Alteração Biomecânica do CotoveloWelisson Porto
 
Treinamento no joelho patológico / Pathological knee training
Treinamento no joelho patológico / Pathological knee trainingTreinamento no joelho patológico / Pathological knee training
Treinamento no joelho patológico / Pathological knee trainingFabio Mazzola
 
Enfermidades específicas do joelho
Enfermidades específicas do joelhoEnfermidades específicas do joelho
Enfermidades específicas do joelhoThais Benicio
 
Recuperação na instabilidade CAO
Recuperação na instabilidade CAORecuperação na instabilidade CAO
Recuperação na instabilidade CAOAngela Leal
 
Aula 10_Biomecanica e Cinesiologia ombro, cotovelo, punho e dedos - 3 horas.pdf
Aula 10_Biomecanica e Cinesiologia ombro, cotovelo, punho e dedos - 3 horas.pdfAula 10_Biomecanica e Cinesiologia ombro, cotovelo, punho e dedos - 3 horas.pdf
Aula 10_Biomecanica e Cinesiologia ombro, cotovelo, punho e dedos - 3 horas.pdfssuser7da808
 

Semelhante a Avaliação Fisioterapêutica do Punho e da Mão (20)

Articulação de quadril
Articulação de quadrilArticulação de quadril
Articulação de quadril
 
Avaliação da coluna lombar
Avaliação da coluna lombarAvaliação da coluna lombar
Avaliação da coluna lombar
 
Avaliaçao goniométrica
Avaliaçao goniométricaAvaliaçao goniométrica
Avaliaçao goniométrica
 
Avaliação mmss apontamentos
Avaliação mmss   apontamentosAvaliação mmss   apontamentos
Avaliação mmss apontamentos
 
Modulo 15
Modulo 15Modulo 15
Modulo 15
 
4. Semiologia do Cotovelo.pdf
4. Semiologia do Cotovelo.pdf4. Semiologia do Cotovelo.pdf
4. Semiologia do Cotovelo.pdf
 
Avaliaçao goniométrica aula.pptx
Avaliaçao goniométrica aula.pptxAvaliaçao goniométrica aula.pptx
Avaliaçao goniométrica aula.pptx
 
aula coluna lombar e cervical 2015 (1).pptx
aula coluna lombar e cervical 2015 (1).pptxaula coluna lombar e cervical 2015 (1).pptx
aula coluna lombar e cervical 2015 (1).pptx
 
Avaliação Fisioterapêutica do Joelho - 2015.pdf
Avaliação Fisioterapêutica do Joelho - 2015.pdfAvaliação Fisioterapêutica do Joelho - 2015.pdf
Avaliação Fisioterapêutica do Joelho - 2015.pdf
 
Praticas de imobilizações
Praticas de imobilizaçõesPraticas de imobilizações
Praticas de imobilizações
 
Fraturas do tornozelo
Fraturas do tornozeloFraturas do tornozelo
Fraturas do tornozelo
 
Apendice 6 - Acção de formaçao posicionamentos.pdf
Apendice 6 - Acção de formaçao posicionamentos.pdfApendice 6 - Acção de formaçao posicionamentos.pdf
Apendice 6 - Acção de formaçao posicionamentos.pdf
 
Alteração Biomecânica do Cotovelo
Alteração Biomecânica do CotoveloAlteração Biomecânica do Cotovelo
Alteração Biomecânica do Cotovelo
 
Treinamento no joelho patológico / Pathological knee training
Treinamento no joelho patológico / Pathological knee trainingTreinamento no joelho patológico / Pathological knee training
Treinamento no joelho patológico / Pathological knee training
 
Modulo_18.pdf
Modulo_18.pdfModulo_18.pdf
Modulo_18.pdf
 
Enfermidades específicas do joelho
Enfermidades específicas do joelhoEnfermidades específicas do joelho
Enfermidades específicas do joelho
 
Seminário 2
 Seminário 2 Seminário 2
Seminário 2
 
Recuperação na instabilidade CAO
Recuperação na instabilidade CAORecuperação na instabilidade CAO
Recuperação na instabilidade CAO
 
Aula 10_Biomecanica e Cinesiologia ombro, cotovelo, punho e dedos - 3 horas.pdf
Aula 10_Biomecanica e Cinesiologia ombro, cotovelo, punho e dedos - 3 horas.pdfAula 10_Biomecanica e Cinesiologia ombro, cotovelo, punho e dedos - 3 horas.pdf
Aula 10_Biomecanica e Cinesiologia ombro, cotovelo, punho e dedos - 3 horas.pdf
 
Angulo popliteo
Angulo popliteoAngulo popliteo
Angulo popliteo
 

Mais de Natha Fisioterapia (20)

Semiologia ortopedica 0
Semiologia ortopedica 0Semiologia ortopedica 0
Semiologia ortopedica 0
 
Paralisia cerebral
Paralisia cerebralParalisia cerebral
Paralisia cerebral
 
Manuseios
ManuseiosManuseios
Manuseios
 
Dnpm
DnpmDnpm
Dnpm
 
Avaliaçao neo
Avaliaçao neoAvaliaçao neo
Avaliaçao neo
 
Avaliacao fisica completa do neonato
Avaliacao fisica completa do neonatoAvaliacao fisica completa do neonato
Avaliacao fisica completa do neonato
 
Internação
InternaçãoInternação
Internação
 
Exercicios de fortalecimento em idosos
Exercicios de fortalecimento em idososExercicios de fortalecimento em idosos
Exercicios de fortalecimento em idosos
 
Estatudo do idoso
Estatudo do idosoEstatudo do idoso
Estatudo do idoso
 
Atendimento domiciliar ao idoso problema ou solucao
Atendimento domiciliar ao idoso  problema ou solucaoAtendimento domiciliar ao idoso  problema ou solucao
Atendimento domiciliar ao idoso problema ou solucao
 
Saude do idoso
Saude do idosoSaude do idoso
Saude do idoso
 
Sarcopenia
SarcopeniaSarcopenia
Sarcopenia
 
Escoliose
EscolioseEscoliose
Escoliose
 
Articulação têmporomandibular
Articulação têmporomandibularArticulação têmporomandibular
Articulação têmporomandibular
 
Ventiladores pulmonares
Ventiladores pulmonaresVentiladores pulmonares
Ventiladores pulmonares
 
Tep
TepTep
Tep
 
Regulacao.fisiol.respiracao
Regulacao.fisiol.respiracaoRegulacao.fisiol.respiracao
Regulacao.fisiol.respiracao
 
Postura de drenagem
Postura de drenagemPostura de drenagem
Postura de drenagem
 
Pneumotorax tbc
Pneumotorax   tbcPneumotorax   tbc
Pneumotorax tbc
 
Pneumonia
PneumoniaPneumonia
Pneumonia
 

Avaliação Fisioterapêutica do Punho e da Mão

  • 1. Avaliação Fisioterapêutica do Punho e da Mão Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional Profa. Dra. Sílvia Maria Amado João 1. Anatomia Aplicada Articulação Radioulnar Distal É uma artic. de eixo uniaxial que possui um grau de liberdade; Posição de repouso: 10° de supinação; Posição de aproximação máxima: 5° de supinação. Articulação Radiocarpal (punho) É uma articulação elipsóidea biaxial. Posição de repouso: neutra com leve desvio ulnar Posição de aproximação máxima: extensão Articulações Intercarpais (Articulação do Carpo) Incluem as articulações entre os ossos individuais da fileira proximal de ossos do carpo e as artic. entre os ossos individuais da fileira distal de ossos do carpo; Posição de repouso: neutra ou leve flexão; Posição de aproximação máxima: extensão. Articulações Mediocarpais Formam uma articualção composta entre as fileiras proximal e distal de ossos do carpo com exceção do osso pisiforme; Posição de repouso: neutra ou leve flexão com desvio ulnar; Posição de aproximação máxima: extensão com desvio ulnar. Articulações Carpometacarpais No polegar, a artic. carpometacarpal é selar com 3 graus de liberdade, enquanto a 2 º a 5º artic. carpometacarpais são planas; Posição de repouso: polegar, meio caminho entre abdução e adução, e meio caminho entre flexão e extensão. Demais dedos, meio caminho entre flexão e extensão. Posição de aproximação máxima: polegar, oposição completa, demais dedos, flexão completa.
  • 2. Articulações Intermetacarpais / Metacarpofalângicas / Interfalângicas As articulações Intermetacarpais planas têm somente uma pequena amplitude de movimento de deslizamento entre elas e não incluem a articulação do polegar. As articulações Metacarpofalângicas são cotilóideas. A 2 º e 3 º articulações tendem a ser imóveis enquanto que a 4 º e 5 º são mais móveis. A posição de repouso é leve flexão As Articulações Interfalângicas são articulações de dobradiça uniaxiais, cada uma tendo um grau de liberdade. A posição de repouso é a leve flexão. Figura 1 - Pregas Cutâneas (face palmar) 2. História Clínica Qual é a idade do paciente? Qual é a profissão do paciente? Qual o mecanismo de lesão? O que o paciente é capaz de fazer funcionalmente? Quando é que ocorreu a lesão ou seu início, e quanto tempo o paciente esteve incapacitado? Qual é a mão dominante do paciente? O paciente alguma vez lesou o antebraço, punho ou mão? Que parte do antebraço, punho, ou mão está lesada? 3. Observação e Triagem Exame das outras articulações adjacentes, acrescentando uma avaliação postural global; Observação Geral: evidência de dano tecidual, edema, temperatura, hipersensibilidade, estalido ou crepitação. 4. Inspeção
  • 3. Exame das faces palmar e dorsal da mão; Contornos ósseos e de tecidos moles do antebraço, punho e mão devem ser comparados em ambos os membros superiores, e qualquer desvio deve ser observado; Estão presentes as pregas normais da pele; Observar qualquer atrofia muscular, tumoração localizada; Figura 2 Derrame articular e espessamento sinovial são mais evidentes nas faces dorsal e radial; Verificar alterações vasomotoras, sudomotoras, pilomotoras e tróficas; Observar qualquer hipertrofia dos dedos, a presença de nódulos de Heberden ou de Bouchard; Observar deformidades rotacionais ou anguladas dos dedos; Observar as unhas. 4.1 Deformidades Comuns das Mãos e dos Dedos Deformidade em pescoço de cisne; Deformidade em botoeira; Dedos em garra; Desvio ulnar; Nódulos de Heberden / Nódulos de Bouchard. 4.2 Posição de Função da Mão A posição funcional do punho é a de extensão entre 20° e 35° com desvio ulnar de 10° a 15°; Essa posição reduz ao mínimo a ação restritiva dos tendões extensores longos e permite flexão completa dos dedos.
  • 4. 4.3 Posição de Imobilização da Mão É a posição de extensão do que se observa na posição de repouso, com as articulações metacarpofalângicas mais flexionadas e as articulações interfalângicas estendidas; Quando as articulações são imobilizadas, o potencial para contratura é mantido em um mínimo. Figura 3 - Posição de Imobilização da Mão 5. Palpação Para palpar o antebraço, punho e mão, o fisioterapeuta começa proximalmente e trabalha distalmente, primeiro na superfície dorsal e em seguida na região palmar; Os músculos do antebraço são palpados primeiro em busca de sinais de dor; Superfície Dorsal Tabaqueira anatômica; Ossos do Carpo; Ossos Metacarpais e Falanges. Superfície Anterior Pulsos; Tendões; Fáscia Palmar e Músculos Intrínsecos; Pregas de Flexão da Pele; Arco Transverso do Carpo;
  • 5. Arco Longitudinal. Figura 4 - Ossos do Punho e da Mão 6. Mobilidade dos Segmentos Triagem para amplitude de movimento: Consiste em determinar onde e se é necessária uma avaliação goniométrica específica; Se forem identificadas limitações na amplitude de movimento articular, deverá ser realizado um teste goniométrico específico para se obter um quadro das restrições, estabilização e registro das limitações. 6.1 Mobilidade Articular Movimentos Ativos: Quantidade de movimento articular realizada por um indivíduo sem qualquer auxílio. Objetivo: o examinador tem a informação exata sobre a capacidade, coordenação e força muscular da amplitude de movimento do indivíduo.
  • 6. Movimentos Passivos: Quantidade de movimento realizada pelo examinador sem o auxílio do indivíduo. A ADM passiva fornece ao fisioterapeuta a informação exata sobre a integridade das superfícies articulares e a extensibilidade da cápsula articular, ligamentos e músculos (Levangie & Norkin, 1997). 6.2 Movimento Ativo O fisioterapeuta deve observar: Quando e onde, durante cada um dos movimentos, ocorre o início de dor; Se o movimento aumenta a intensidade e a qualidade da dor; A quantidade de restrição observável; O padrão de movimento; O ritmo e a qualidade do movimento; O movimento das articulações associadas; Qualquer limitação e sua natureza. 6.3 Movimento Passivo O fisioterapeuta deve observar: Quando e onde, durante cada um dos movimentos, ocorre o início de dor; Se o movimento aumenta a intensidade e a qualidade da dor; O padrão de limitação do movimento; A sensação final do movimento; O movimento das articulações associadas; A amplitude de movimento disponível. 7. Goniometria Método para medir os ângulos articulares do corpo; É utilizado pelos fisioterapeutas para quantificar a limitação dos ângulos articulares, decidir a intervenção fisioterapêutica mais adequada e, ainda documentar a eficácia da intervenção. 7.1 Informações dos dados goniométricos Determinar a presença ou não de disfunção; Estabelecer um diagnóstico; Estabelecer os objetivos do tratamento; Direcionar a fabricação de órteses; Avaliar a melhora ou recuperação funcional; Modificar o tratamento; Realizar pesquisas que envolvam a recuperação de limitações articulares 7.2 Amplitude Articular- Goniometria 7.2.1 Supinação Radioulnar O movimento-teste de supinação nas artic. radioulnares ocorre no plano transverso; Amplitude articular: 0°-90° (Marques,2003; Palmer & Epler,2000) e 0°-85/90° (Magee, 2002).
  • 7. Figura 5 - Goniometria - Supinação Radioulnar Precauções Manter o cotovelo próximo da parte lateral do tronco; Evitar a flexão lateral do tronco para o mesmo lado da mensuração; Evitar a adução e a rotação lateral da artic. do ombro. 7.2.2 Pronação Radioulnar O movimento-teste de pronação nas artic. radioulnares ocorre no plano transverso; Amplitude articular: 0°-90° (Marques,2003; Palmer & Epler, 2000) e 0°-85/90° (Magee, 2002) Figura 6 - Goniometria - Pronação Radioulnar Precauções Manter o cotovelo próximo da parte lateral do tronco; Evitar a abdução e a rotação medial do ombro; Evitar a flexão lateral do tronco para o lado oposto.
  • 8. 7.2.3 Flexão do Punho Ocorre na artic. radiocárpica, no plano sagital nas artic. radiocárpicas e intercápicas; Amplitude articular: 0°-90° (Marques, 2003; Palmer & Epler, 2000) e 0°-80/90° (Magee, 2002) Figura 7 - Goniometri a - Flexão do Punho Precauções Certificar-se de que os dedos permanecem relaxados durante a mensuração; Evitar os desvios radial e ulnar da artic. do punho. 7.2.4 Extensão do Punho Ocorre no plano sagital nas artic. radiocárpicas e intercápicas; Amplitude articular: 0°-70° (Marques, 2003) 0°-70/90° (Magee, 2002) 0°-90° (Palmer & Epler, 2000) . Figura 8 - Goniometria - Extensão do Punho Precauções Evitar a extensão dos dedos; Evitar os desvios radial e ulnar na artic. do punho.
  • 9. Figura 9 - Flexão / Extensão do Punho 7.2.5 Desvio Radial (Abdução) do Punho Na posição anatômica, o movimento de desvio radial no punho ocorre no plano frontal. Amplitude articular: 0°-20° (Marques,2003) ; 0°-15° (Magee, 2002) e 0°-25° (Palmer & Epler, 2000). Figura 10 - Goniometria - Desvio Radial Precauções Evitar a flexão ou extensão do punho; Evitar a supinação do antebraço. 7.2.6 Desvio Ulnar (Adução) do Punho Na posição teste, o movimento ocorre no plano frontal. Amplitude articular: 0°-45° (Marques,2003) ; 0°-30/45° (Magee, 2002) e 0°-35° (Palmer & Epler, 2000).
  • 10. Figura 11 - Goniometria - Desvio Ulnar Precauções Evitar a flexão ou extensão do punho; Evitar a pronação ou a supinação do antebraço. Articulação Carpometacarpal do Polegar (flexão, extensão e abdução); Articulações Metacarpofalângicas: flexão, extensão abdução e adução extensão dos dedos; Articulações Interfalângicas (flexão, extensão). 8. Movimento do Jogo Articular O teste para folga articular determina a integridade da cápsula; A folga articular deve ser sempre avaliada na posição destravada (decoaptação aberta) na qual a frouxidão da cápsula e dos ligamentos é maior e o contato ósseo é menor. Extensão do eixo longitudinal no punho e dedos (artic. MCF, IFP e IFD); Deslizamento ântero-posterior no punho e dedos (artic. MCF, IFP e IFD); Inclinação lateral do punho; Deslizamento ântero-posterior nas artic intermetacarpais; Rotação nas artic. MCF, IFP e IFD; Mobilidade individual dos ossos do carpo.
  • 11. Figura 12 9. Princípios dos Testes de comprimento muscular A finalidade da avaliação do comprimento muscular (flexibilidade) consiste em determinar se a ADM que ocorre em uma articulação é limitada ou excessiva em virtude das estruturas articulares intrínsecas ou dos músculos que cruzam as articulações; O comprimento do músculo é determinado pela distância entre as extremidades proximal e distal do músculo, sendo medido por seu efeito sobre a ADM da articulação. 9.1 Testes de comprimento muscular Punho: Músculos flexor ulnar do carpo, flexor radial do carpo e palmar longo; Músculos extensores longo e curto radiais do carpo e músculo extensor ulnar do carpo. Figura 13 - Teste de Comprimento Muscular - Flexores do Punho Dedos: Músculo flexor superficial dos dedos.
  • 12. 10. Testes Musculares Manuais Parte integrante do exame físico, fornecendo informações úteis no diagnóstico diferencial, prognóstico e tratamento de patologias musculoesqueléticas e neuromusculares; A avaliação da força muscular manual deve ocorrer quando forem descartadas outras limitações articulares ou musculares (encurtamentos) impedindo ou dificultando o movimento. Adutor do polegar; Abdutor curto do polegar; Oponente do polegar; Flexor longo e curto do polegar; Extensor longo e curto do polegar; Abdutor longo do polegar; Abdutor do dedo mínimo; Oponente do dedo mínimo; Flexor do dedo mínimo; Interósseos dorsais; Interósseos palmares; Lumbricais; Palmar longo e curto; Extensor do indicador e do dedo mínimo; Extensor dos dedos; Flexor superficial dos dedos; Flexor profundo dos dedos; Flexor radial e ulnar do carpo; extensor radial longo e curto do carpo; Extensor ulnar do carpo; Pronador redondo e quadrado; Supinador. Figura 14 - Teste de Oponência do Polegar
  • 13. Figura 15 - Teste do Músculo Flexor Radial do Carpo 11. Avaliação Funcional O fisioterapeuta avalia os movimentos funcionais do paciente; Funcionalmente, o polegar é o dedo mais importante. Em termos de prejuízo funcional a perda da função do polegar afeta cerca de 40-50% da função da mão, a perda da função do dedo indicador é responsável por cerca de 20% da mão; do dedo médio, cerca de 20%; do dedo anular, cerca de 10%; e do dedo mínimo, cerca de 10%. A maior parte das tarefas diárias não requer amplitude de movimento (AM) completa. Brumfield e Champoux relataram que a AM funcional ótima no punho era 10° de flexão a 35° de extensão. Normalmente o punho é mantido em ligeira extensão (10°-15°) e leve desvio ulnar e é estabilizado nesta posição para fornecer função máxima para os dedos e o polegar. A flexão funcional das artic. metacarpofalângicas e interfalângicas proximais é de 60°. A flexão funcional da interfalângica distal é aprox. 40°. No polegar a flexão funcional é de 20°. Teste da Força da Preensão; Teste da Força de Precisão; Outros métodos de Testagem Funcional: M.L. Palmer & M. Epler, 1990 “Clinical Assessment Procedures in Physical Therapy”. Formulário de avaliação funcional da mão, planejado para avaliação de mãos reumatóides e artríticas ( Swanson, 1973); Formulário para incapacidade funcional do túnel do carpo (Levine, et al, 1993- J. Bone Joint Surg. Am. 75: 1586-1587, 1993). Figura 16
  • 14. 11.1 Fases de Preensão 1. Abertura da mão, o que exige a ação simultânea dos músculos intrínsecos da mão e músculos extensores longos; 2. Fechamento dos dedos e polegar para agarrar o objeto e adaptar-se à sua forma, o que envolve músculos flexores e de oposição extrínsecos e intrínsecos; 3.Força exercida, a qual varia dependendo do peso, características de superfície, fragilidade e uso do objeto, novamente envolvendo os músculos flexores e de oposição extrínsecos e intrínsecos; 4.Liberação, na qual a mão se abre para largar o objeto, envolvendo os mesmos músculos utilizados para abertura da mão. 12. Testes Clínicos Especiais Testes Ligamentares; Figura 17 - Teste para ligamentos retinaculares Testes de Phalen; Figura 18 - Teste de Phalen Sinal de Tinel (no punho) - Vídeo (clique para assistir) Teste de Allen.
  • 15. Figura 19 - Teste de Allen Referências Bibliográficas 1. Marques AP. Ângulos articulares dos membros superiores. In: Manual de Goniometria. 2 ed. São Paulo: Manole; 2003. p.19-32. 2. Magee DJ. Antebraço, Punho e Mão In: Magee, DJ, editor. Disfunção Musculoesquelética. 3 ed. São Paulo: Manole; 2002. p. 289-344. 3. Palmer, LM.; Epler, ME. Punho e Mão: In: Palmer, LM.; Epler, ME. Fundamentos das Técnicas de Avaliação Musculoesquelética. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2000. p.129-173. 4. Gardner E, Gray DJ, O’Rahilly R. Anatomia. Estudo Regional do Corpo Humano. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988. 5. Hoppenfeld, S. Punho e Mão. Propedêutica Ortopédica. Coluna e Extremidades. Rio de Janeiro: Atheneu, 1987 pp.59-107 . 6. Sobotta, J. Atlas de Anatomia. 20ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1993.