O documento discute as ideias de David Hume sobre causalidade e indução. Hume argumenta que (1) só observamos conjunções constantes de eventos, não relações causais, (2) a noção de causalidade surge do hábito, não da razão, e (3) não há justificação lógica para a indução, colocando em dúvida o conhecimento científico.
Hume defende que toda o conhecimento tem origem na experiência, questionando a noção de causalidade e a existência do mundo exterior. Apesar de duvidar que possamos ter certeza sobre algo além da experiência, adota um cepticismo moderado, reconhecendo que não devemos abandonar nossas crenças intuitivas.
1) O texto discute a filosofia de David Hume e sua análise das capacidades do entendimento humano.
2) Hume argumenta que todo o conhecimento humano se baseia na experiência sensível através de impressões e ideias.
3) Ele propõe uma distinção entre conhecimento a priori de relações de ideias e conhecimento a posteriori de questões de fato, ambos baseados na experiência.
1) David Hume foi um filósofo empirista do século XVIII que defendia que toda experiência e conhecimento humano deriva da experiência sensível;
2) De acordo com o empirismo, a mente é inicialmente uma "tábua rasa" e adquire conhecimento através dos sentidos e da experiência;
3) Hume argumentou que o nosso conhecimento é sempre probabilístico e baseado em associações entre ideias formadas através do hábito, e não em conexões causais racionais ou empíricas.
David Hume (1711-1766) foi um filósofo e historiador escocês. Ele estudou filosofia, direito e comércio e escreveu obras importantes como Tratado sobre a natureza humana e Ensaios sobre o intelecto humano que apresentaram suas teorias empiristas sobre o conhecimento e a moral. Hume argumentou que todo conhecimento vem da experiência sensorial e que a indução e crenças morais são baseadas em sentimentos e não na razão.
Este documento resume as principais ideias do filósofo empirista David Hume. Hume acreditava que todo o conhecimento deriva da experiência sensorial e que não há fundamentos objetivos para o conhecimento. Ele argumentou que só podemos ter certeza da sucessão constante de eventos no passado, mas não da causalidade necessária entre eventos.
No seu livro "Tratado da natureza humana", Hume analisa a causalidade tanto no âmbito da realidade quanto da mente humana. Ele afirma que a relação entre causa e efeito se baseia em três elementos: contiguidade, prioridade temporal da causa e conjunção constante. No âmbito mental, Hume explica que nossas inferências se baseiam na experiência e no hábito de acreditar na uniformidade da natureza.
Hume defende que o conhecimento se origina a partir da experiência sensível através das impressões, e que as ideias nada mais são do que cópias fracas das impressões. Ele propõe uma "anatomia da mente" para investigar as capacidades e limites do entendimento humano, concluindo que só há conhecimento daquilo que é experienciado através das impressões, rejeitando assim a existência de ideias inatas.
O documento discute a uniformidade da natureza e como isso é essencial para o nosso conhecimento do mundo através de relações causais e inferências indutivas. Afirma-se que a crença de que a natureza funciona de forma regular e uniforme está na base de nossas expectativas sobre fenômenos como a água evaporar a 100°C e o fogo queimar.
Hume defende que toda o conhecimento tem origem na experiência, questionando a noção de causalidade e a existência do mundo exterior. Apesar de duvidar que possamos ter certeza sobre algo além da experiência, adota um cepticismo moderado, reconhecendo que não devemos abandonar nossas crenças intuitivas.
1) O texto discute a filosofia de David Hume e sua análise das capacidades do entendimento humano.
2) Hume argumenta que todo o conhecimento humano se baseia na experiência sensível através de impressões e ideias.
3) Ele propõe uma distinção entre conhecimento a priori de relações de ideias e conhecimento a posteriori de questões de fato, ambos baseados na experiência.
1) David Hume foi um filósofo empirista do século XVIII que defendia que toda experiência e conhecimento humano deriva da experiência sensível;
2) De acordo com o empirismo, a mente é inicialmente uma "tábua rasa" e adquire conhecimento através dos sentidos e da experiência;
3) Hume argumentou que o nosso conhecimento é sempre probabilístico e baseado em associações entre ideias formadas através do hábito, e não em conexões causais racionais ou empíricas.
David Hume (1711-1766) foi um filósofo e historiador escocês. Ele estudou filosofia, direito e comércio e escreveu obras importantes como Tratado sobre a natureza humana e Ensaios sobre o intelecto humano que apresentaram suas teorias empiristas sobre o conhecimento e a moral. Hume argumentou que todo conhecimento vem da experiência sensorial e que a indução e crenças morais são baseadas em sentimentos e não na razão.
Este documento resume as principais ideias do filósofo empirista David Hume. Hume acreditava que todo o conhecimento deriva da experiência sensorial e que não há fundamentos objetivos para o conhecimento. Ele argumentou que só podemos ter certeza da sucessão constante de eventos no passado, mas não da causalidade necessária entre eventos.
No seu livro "Tratado da natureza humana", Hume analisa a causalidade tanto no âmbito da realidade quanto da mente humana. Ele afirma que a relação entre causa e efeito se baseia em três elementos: contiguidade, prioridade temporal da causa e conjunção constante. No âmbito mental, Hume explica que nossas inferências se baseiam na experiência e no hábito de acreditar na uniformidade da natureza.
Hume defende que o conhecimento se origina a partir da experiência sensível através das impressões, e que as ideias nada mais são do que cópias fracas das impressões. Ele propõe uma "anatomia da mente" para investigar as capacidades e limites do entendimento humano, concluindo que só há conhecimento daquilo que é experienciado através das impressões, rejeitando assim a existência de ideias inatas.
O documento discute a uniformidade da natureza e como isso é essencial para o nosso conhecimento do mundo através de relações causais e inferências indutivas. Afirma-se que a crença de que a natureza funciona de forma regular e uniforme está na base de nossas expectativas sobre fenômenos como a água evaporar a 100°C e o fogo queimar.
O documento descreve o contexto histórico e filosófico da Inglaterra no século XVII, conhecido como "Século de Ouro". A filosofia da época era empirista e se preocupava com como as ideias se formam e o conhecimento é possível. O documento se concentra na filosofia de David Hume, que dividiu todas as percepções em impressões e ideias, e propôs que a relação de causalidade entre eventos não pode ser conhecida racionalmente, mas sim por hábito e experiência.
Teorias Explicativas do Conhecimento - HumeJorge Barbosa
David Hume questiona a origem e validade do conhecimento. Ele argumenta que todo o conhecimento tem origem na experiência sensorial, através das impressões fornecidas pelos sentidos, e não na razão. Embora reconheça a necessidade do cepticismo moderado, Hume recusa a dúvida metódica cartesiana por considerá-la muito radical e por pôr em causa os sentidos.
Este documento resume os principais problemas filosóficos abordados por David Hume, notadamente: (1) a inexistência de um eu substancial, apenas uma sucessão de percepções; (2) a impossibilidade de justificar a existência independente do mundo exterior; (3) a formação da ideia de Deus a partir da imaginação, sem fundamento empírico.
Este documento resume os principais tipos de conhecimento segundo David Hume: 1) Conhecimento a posteriori baseia-se na experiência e fornece informações sobre o mundo; 2) Conhecimento a priori é conhecido apenas pelo pensamento e sua verdade é lógica e necessária; 3) Hume distingue questões de facto, cuja verdade depende da experiência, de relações de ideias, cuja verdade é lógica.
1) Hume argumenta que o nosso conhecimento depende de inferências causais e raciocínios indutivos que não podem ser justificados pela razão ou experiência.
2) Isto leva Hume a concluir que o nosso conhecimento dos factos do mundo não pode ser justificado.
3) No entanto, Hume considera que a nossa crença na causalidade e indução é natural e um guia confiável, apesar de não poder ser justificada racionalmente.
De acordo com o empirismo de David Hume: (1) todo o conhecimento deriva da experiência sensorial; (2) a razão humana é limitada e não existe fundamento objetivo para o conhecimento; (3) não podemos ter certeza da relação de causalidade entre eventos, apenas da sucessão constante de eventos no passado.
1. A crença na ideia de conexão necessária entre acontecimentos não é justificável, segundo Hume. Não há fundamento racional ou empírico para acreditar que um acontecimento sempre cause outro.
2. Observando eventos como causa e efeito, nunca encontramos uma impressão sensível que corresponda à ideia de relação causal ou conexão necessária.
3. Portanto, não temos legitimidade para falar de uma relação causal ou conexão necessária entre os dados da nossa experiência.
Filosofia Origem e objetos do conhecimento segundo hume Sofia Yuna
O documento apresenta as principais ideias do filósofo David Hume sobre a origem do conhecimento. Hume defende que todo o conhecimento tem origem na experiência sensível através das impressões, e que as ideias nada mais são do que cópias fracas das impressões. Além disso, distingue entre conhecimento a posteriori, baseado na experiência, e conhecimento a priori sobre relações entre ideias.
Teorias explicativas do conhecimento: O empirsmo de David Humeguest9578d1
O documento discute as teorias do conhecimento de David Hume. Hume argumenta que todo o conhecimento vem da experiência sensorial através de impressões e ideias, e que a noção de causalidade surge do hábito de associar eventos, não de uma conexão necessária na realidade. Ele também critica a indução, afirmando que o passado não determina necessariamente o futuro.
1) O documento discute o problema da indução, especificamente a incapacidade de justificar plenamente a crença na uniformidade da natureza, princípio subjacente aos raciocínios indutivos.
2) Ao tentar justificar a indução com base em experiências passadas, comete-se uma falácia de raciocínio circular (petição de princípio).
3) Portanto, conclui-se que o conhecimento do mundo baseado em indução não pode ser completamente justificado logicamente.
David Hume foi um filósofo escocês do século XVIII que desenvolveu teorias influentes sobre o conhecimento e a indução. Ele argumentou que todo conhecimento deriva da experiência sensorial e questionou a validade do raciocínio indutivo, afirmando que repetições passadas não garantem conclusões futuras. Sua obra teve grande impacto e levantou problemas fundamentais sobre a natureza do conhecimento científico.
O documento apresenta os principais conceitos e teóricos do empirismo, doutrina filosófica segundo a qual todo conhecimento deriva da experiência sensível. Apresenta John Locke como o principal teórico, defendendo que as pessoas nascem como uma folha em branco e aprendem através de tentativas e erros. Também discute os principais filósofos associados ao empirismo como Locke, Berkeley, Hume e a teoria lockeana de que as ideias se formam a partir das experiências.
O documento discute o indutivismo como uma perspectiva do método científico. Ele descreve o método indutivo como envolvendo (1) observação, (2) formulação de hipóteses a partir dos dados observados, e (3) teste e verificação das hipóteses. No entanto, também critica esta perspectiva indutivista, argumentando que as hipóteses não são derivadas puramente dos fatos e que elas não são totalmente verificáveis.
Este documento descreve o método filosófico do racionalismo de Descartes. Ele coloca tudo em dúvida, exceto a existência do sujeito que duvida, estabelecendo o "penso, logo existo" como primeiro princípio. Descartes então usa argumentos racionais para provar a existência de Deus como garantia da objetividade do conhecimento.
1. Para Hume, os conteúdos da mente são impressões e ideias, sendo as impressões dados da experiência sensível e as ideias representações enfraquecidas das impressões;
2. Ele distingue relações entre ideias, cuja verdade depende do significado das ideias, de conhecimentos de facto, cuja verdade depende da experiência empírica;
3. A ideia de causalidade surge da observação da sucessão constante de fenômenos, mas não podemos inferir racionalmente uma conexão necessária entre eles apenas com base na experi
Este documento resume as críticas de Gaunilo e Kant ao argumento ontológico de Anselmo para a existência de Deus. Gaunilo argumenta que o mesmo raciocínio poderia provar a existência de uma ilha perfeita, o que é absurdo. Kant afirma que a existência não é um predicado, logo não se pode concluir que Deus existe apenas pela sua definição.
O documento descreve o empirismo de David Hume, filósofo escocês do século 18. Segundo Hume, todas as ideias humanas têm origem na experiência sensível, e não na razão. Ele acreditava que as conexões entre ideias se davam por três princípios: semelhança, contiguidade e causa e efeito. Além disso, questionava a capacidade humana de prever eventos com certeza, defendendo um "ceticismo moderado".
Este documento discute as visões de Popper e Kuhn sobre o progresso científico. Popper acredita que a ciência progride de forma objetiva à medida que novas teorias são testadas e se aproximam mais da verdade, enquanto Kuhn argumenta que a mudança de paradigma não implica necessariamente progresso para a verdade.
1. O método de Karl Popper propõe que a ciência começa com problemas, não observações isoladas. Cientistas formulam hipóteses para explicar esses problemas e tentam refutá-las através de testes e experimentos.
2. Se as previsões de uma hipótese forem corroboradas, ela é provisoriamente aceita. Se forem refutadas, a hipótese é falsa e deve ser substituída.
3. Popper critica a visão indutivista, afirmando que a verificação de previsões isoladas não prova uma
1) O documento descreve a vida e obra do filósofo escocês David Hume, incluindo seus principais livros e ideias filosóficas.
2) Hume desenvolveu uma teoria do conhecimento empirista segundo a qual todo o conhecimento deriva da experiência sensível, dividindo as percepções em impressões e ideias.
3) Ele também criticou a noção de causalidade, argumentando que ela se baseia em hábito e não em razão, levando suas conclusões empiristas ao ceticismo.
1. Hume argumenta que a crença na ideia de conexão necessária entre acontecimentos não é justificável.
2. Isto porque nem a razão nem a experiência nos permitem concluir que um acontecimento causa necessariamente outro.
3. Segundo Hume, não temos impressões sensoriais que correspondam à ideia de relação causal ou conexão necessária entre eventos.
O documento descreve o contexto histórico e filosófico da Inglaterra no século XVII, conhecido como "Século de Ouro". A filosofia da época era empirista e se preocupava com como as ideias se formam e o conhecimento é possível. O documento se concentra na filosofia de David Hume, que dividiu todas as percepções em impressões e ideias, e propôs que a relação de causalidade entre eventos não pode ser conhecida racionalmente, mas sim por hábito e experiência.
Teorias Explicativas do Conhecimento - HumeJorge Barbosa
David Hume questiona a origem e validade do conhecimento. Ele argumenta que todo o conhecimento tem origem na experiência sensorial, através das impressões fornecidas pelos sentidos, e não na razão. Embora reconheça a necessidade do cepticismo moderado, Hume recusa a dúvida metódica cartesiana por considerá-la muito radical e por pôr em causa os sentidos.
Este documento resume os principais problemas filosóficos abordados por David Hume, notadamente: (1) a inexistência de um eu substancial, apenas uma sucessão de percepções; (2) a impossibilidade de justificar a existência independente do mundo exterior; (3) a formação da ideia de Deus a partir da imaginação, sem fundamento empírico.
Este documento resume os principais tipos de conhecimento segundo David Hume: 1) Conhecimento a posteriori baseia-se na experiência e fornece informações sobre o mundo; 2) Conhecimento a priori é conhecido apenas pelo pensamento e sua verdade é lógica e necessária; 3) Hume distingue questões de facto, cuja verdade depende da experiência, de relações de ideias, cuja verdade é lógica.
1) Hume argumenta que o nosso conhecimento depende de inferências causais e raciocínios indutivos que não podem ser justificados pela razão ou experiência.
2) Isto leva Hume a concluir que o nosso conhecimento dos factos do mundo não pode ser justificado.
3) No entanto, Hume considera que a nossa crença na causalidade e indução é natural e um guia confiável, apesar de não poder ser justificada racionalmente.
De acordo com o empirismo de David Hume: (1) todo o conhecimento deriva da experiência sensorial; (2) a razão humana é limitada e não existe fundamento objetivo para o conhecimento; (3) não podemos ter certeza da relação de causalidade entre eventos, apenas da sucessão constante de eventos no passado.
1. A crença na ideia de conexão necessária entre acontecimentos não é justificável, segundo Hume. Não há fundamento racional ou empírico para acreditar que um acontecimento sempre cause outro.
2. Observando eventos como causa e efeito, nunca encontramos uma impressão sensível que corresponda à ideia de relação causal ou conexão necessária.
3. Portanto, não temos legitimidade para falar de uma relação causal ou conexão necessária entre os dados da nossa experiência.
Filosofia Origem e objetos do conhecimento segundo hume Sofia Yuna
O documento apresenta as principais ideias do filósofo David Hume sobre a origem do conhecimento. Hume defende que todo o conhecimento tem origem na experiência sensível através das impressões, e que as ideias nada mais são do que cópias fracas das impressões. Além disso, distingue entre conhecimento a posteriori, baseado na experiência, e conhecimento a priori sobre relações entre ideias.
Teorias explicativas do conhecimento: O empirsmo de David Humeguest9578d1
O documento discute as teorias do conhecimento de David Hume. Hume argumenta que todo o conhecimento vem da experiência sensorial através de impressões e ideias, e que a noção de causalidade surge do hábito de associar eventos, não de uma conexão necessária na realidade. Ele também critica a indução, afirmando que o passado não determina necessariamente o futuro.
1) O documento discute o problema da indução, especificamente a incapacidade de justificar plenamente a crença na uniformidade da natureza, princípio subjacente aos raciocínios indutivos.
2) Ao tentar justificar a indução com base em experiências passadas, comete-se uma falácia de raciocínio circular (petição de princípio).
3) Portanto, conclui-se que o conhecimento do mundo baseado em indução não pode ser completamente justificado logicamente.
David Hume foi um filósofo escocês do século XVIII que desenvolveu teorias influentes sobre o conhecimento e a indução. Ele argumentou que todo conhecimento deriva da experiência sensorial e questionou a validade do raciocínio indutivo, afirmando que repetições passadas não garantem conclusões futuras. Sua obra teve grande impacto e levantou problemas fundamentais sobre a natureza do conhecimento científico.
O documento apresenta os principais conceitos e teóricos do empirismo, doutrina filosófica segundo a qual todo conhecimento deriva da experiência sensível. Apresenta John Locke como o principal teórico, defendendo que as pessoas nascem como uma folha em branco e aprendem através de tentativas e erros. Também discute os principais filósofos associados ao empirismo como Locke, Berkeley, Hume e a teoria lockeana de que as ideias se formam a partir das experiências.
O documento discute o indutivismo como uma perspectiva do método científico. Ele descreve o método indutivo como envolvendo (1) observação, (2) formulação de hipóteses a partir dos dados observados, e (3) teste e verificação das hipóteses. No entanto, também critica esta perspectiva indutivista, argumentando que as hipóteses não são derivadas puramente dos fatos e que elas não são totalmente verificáveis.
Este documento descreve o método filosófico do racionalismo de Descartes. Ele coloca tudo em dúvida, exceto a existência do sujeito que duvida, estabelecendo o "penso, logo existo" como primeiro princípio. Descartes então usa argumentos racionais para provar a existência de Deus como garantia da objetividade do conhecimento.
1. Para Hume, os conteúdos da mente são impressões e ideias, sendo as impressões dados da experiência sensível e as ideias representações enfraquecidas das impressões;
2. Ele distingue relações entre ideias, cuja verdade depende do significado das ideias, de conhecimentos de facto, cuja verdade depende da experiência empírica;
3. A ideia de causalidade surge da observação da sucessão constante de fenômenos, mas não podemos inferir racionalmente uma conexão necessária entre eles apenas com base na experi
Este documento resume as críticas de Gaunilo e Kant ao argumento ontológico de Anselmo para a existência de Deus. Gaunilo argumenta que o mesmo raciocínio poderia provar a existência de uma ilha perfeita, o que é absurdo. Kant afirma que a existência não é um predicado, logo não se pode concluir que Deus existe apenas pela sua definição.
O documento descreve o empirismo de David Hume, filósofo escocês do século 18. Segundo Hume, todas as ideias humanas têm origem na experiência sensível, e não na razão. Ele acreditava que as conexões entre ideias se davam por três princípios: semelhança, contiguidade e causa e efeito. Além disso, questionava a capacidade humana de prever eventos com certeza, defendendo um "ceticismo moderado".
Este documento discute as visões de Popper e Kuhn sobre o progresso científico. Popper acredita que a ciência progride de forma objetiva à medida que novas teorias são testadas e se aproximam mais da verdade, enquanto Kuhn argumenta que a mudança de paradigma não implica necessariamente progresso para a verdade.
1. O método de Karl Popper propõe que a ciência começa com problemas, não observações isoladas. Cientistas formulam hipóteses para explicar esses problemas e tentam refutá-las através de testes e experimentos.
2. Se as previsões de uma hipótese forem corroboradas, ela é provisoriamente aceita. Se forem refutadas, a hipótese é falsa e deve ser substituída.
3. Popper critica a visão indutivista, afirmando que a verificação de previsões isoladas não prova uma
1) O documento descreve a vida e obra do filósofo escocês David Hume, incluindo seus principais livros e ideias filosóficas.
2) Hume desenvolveu uma teoria do conhecimento empirista segundo a qual todo o conhecimento deriva da experiência sensível, dividindo as percepções em impressões e ideias.
3) Ele também criticou a noção de causalidade, argumentando que ela se baseia em hábito e não em razão, levando suas conclusões empiristas ao ceticismo.
1. Hume argumenta que a crença na ideia de conexão necessária entre acontecimentos não é justificável.
2. Isto porque nem a razão nem a experiência nos permitem concluir que um acontecimento causa necessariamente outro.
3. Segundo Hume, não temos impressões sensoriais que correspondam à ideia de relação causal ou conexão necessária entre eventos.
Este documento resume a Seção VIII do livro Investigação sobre o entendimento humano de David Hume. Nesta seção, Hume analisa a doutrina da liberdade e da necessidade, mostrando que os homens sempre a aceitaram e que a controvérsia existia apenas nos significados dos termos. Ele busca esclarecer os conceitos de liberdade e necessidade para solucionar a divergência.
david HUMEpresentation. quick of david hume theoryFbioBrs3
1. Hume defende uma distinção entre impressões e ideias, sendo as impressões as percepções originais e mais vivas e as ideias cópias menos vivas das impressões.
2. Ele estabelece uma divisão de todo o conhecimento humano em questões de facto e relações de ideias. As questões de facto referem-se a factos do mundo e são conhecidas empiricamente, enquanto as relações de ideias referem-se ao uso de conceitos e são conhecidas a priori.
3. Hume questiona a noção de causal
Este documento aborda o problema da inferência causal em David Hume e suas implicações no conhecimento por experiência. Hume argumenta que as inferências sobre fatos dependem da relação de causa e efeito, mas que esta relação nunca pode ser deduzida racionalmente, dependendo apenas do hábito formado por experiências passadas. Isso tem implicações negativas para a noção de conhecimento científico baseado na experiência.
Este documento aborda o problema da inferência causal em David Hume e suas implicações no conhecimento por experiência. Hume argumenta que as inferências sobre fatos dependem da relação de causa e efeito, mas que esta relação nunca pode ser deduzida racionalmente, dependendo apenas do hábito formado por experiências passadas. Isso tem implicações negativas para a noção de conhecimento científico baseado na experiência.
1) Para Hume, todo conhecimento se origina da percepção, que se divide em impressões e idéias.
2) As idéias abstratas como substância são as cópias mais fracas de impressões e não servem como base para o conhecimento.
3) O conhecimento resulta da associação de idéias de acordo com relações de fato ou relações de idéias.
Este documento discute as teorias do conhecimento de David Hume. Hume argumenta que todo o conhecimento vem das impressões sensíveis e que não podemos ter certeza sobre fatos futuros ou conexões necessárias entre causas e efeitos. Ele também questiona a existência de ideias como Deus que não correspondem a nenhuma impressão.
O documento descreve a filosofia empírica de David Hume, que defendia que todo o conhecimento vem da experiência sensorial. Segundo Hume, as conclusões indutivas não têm fundamentos lógicos, mas são baseadas em hábitos. Ele também questionou a validade do raciocínio indutivo e das leis científicas, afirmando que a repetição de um fato não permite concluir que continuará a se repetir.
David Hume defende que todo o conhecimento humano se baseia na experiência sensorial e que conceitos como causalidade não podem ser demonstrados racionalmente, levando a uma posição cética moderada sobre o que podemos realmente conhecer.
O documento descreve as ideias centrais do empirismo de David Hume, incluindo que todo o conhecimento vem da experiência sensorial, que a relação de causa e efeito não pode ser conhecida a priori, e que o hábito é o que nos leva a esperar que o futuro será como o passado.
O documento resume as principais ideias do empirismo de David Hume, incluindo que toda conhecimento vem da experiência sensorial, que a relação de causa e efeito não pode ser conhecida a priori, e que o hábito é o que nos leva a esperar eventos futuros com base no passado, embora não haja garantia lógica de que ocorrerão.
1) Hume critica os princípios da causalidade e da regularidade da natureza, afirmando que eles não podem ser justificados racionalmente e se baseiam apenas no hábito;
2) Ele também põe em dúvida a possibilidade de conhecimento sobre questões de facto, defendendo um ceticismo moderado;
3) Suas críticas colocam em questão a validade do conhecimento empírico e a noção de que o futuro se assemelhará ao passado.
David Hume defende uma filosofia empirista segundo a qual todo o conhecimento tem origem na experiência sensível. Ele distingue impressões, que são percepções vividas dos sentidos, de ideias, que são representações mentais menos vivas. Embora as ideias derivem das impressões, podemos ter conhecimento lógico e matemático sem recorrer às impressões. Hume também critica a noção de causalidade, afirmando que esta se baseia apenas no hábito de associar eventos, não havendo uma conexão necessária entre causa e efeito.
[1] Descartes pretende estabelecer novos fundamentos para o conhecimento humano, baseado nos primeiros princípios e verdades deduzidas deles em cada área científica. [2] Ele duvida de tudo o que pode ser duvidado para encontrar uma verdade indubitável, chegando à conclusão de que só pode duvidar de sua própria existência. [3] Hume argumenta que todo o conhecimento deriva da experiência, e que não há justificação para acreditar em conexões necessárias entre eventos.
1. O texto discute a abordagem de David Hume ao problema da causalidade, usando o exemplo de um bebê e uma bola de borracha.
2. Hume argumenta que embora vejamos eventos seguindo um ao outro repetidamente, nunca observamos diretamente uma "conexão necessária" entre eles.
3. Nossa noção de causalidade surge de repetições constantes de sequências de eventos, não de uma observação direta de ligação causal.
O documento discute os objetivos da ciência, sendo eles: 1) predição de fenômenos através da aplicação de teorias científicas; 2) explicação de fenômenos apontando suas causas, muitas vezes por meio de entes inobserváveis postulados pelas teorias. A relação entre teoria e experiência é analisada, com a ênfase na importância das teorias para sistematizar o conhecimento empírico e permitir novas predições e explicações.
Este documento discute a crítica de Hume ao conhecimento baseado nos princípios da causalidade e da regularidade da natureza. Hume argumenta que não há justificação racional para acreditar nestes princípios, uma vez que eles se baseiam em induções cujas conclusões são apenas prováveis, não certas. Assim, todo o conhecimento que se fundamenta nestes princípios é questionável.
O documento discute os conceitos fundamentais da lógica aristotélica, incluindo argumentos, termos, silogismos e tipos de raciocínio lógico como dedução e indução. Explica como a lógica aristotélica analisa a validade de inferências a partir de premissas para chegar a conclusões.
Filosofia da Percepção: Nas fronteiras do sentido um debate entre Austin, Aye...Cristiano Flecha
O documento discute o problema da relação entre objetos físicos e dados sensoriais segundo Russell e Berkeley. Apresenta a crítica de Austin às noções de "objeto material" e "dados sensoriais", argumentando que não podemos tomar proposições sobre percepções como evidências.
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O Egito Antigo foi formado a partir da mistura de diversos povos, a população era dividida em vários clãs, que se organizavam em comunidades chamadas nomos. Estes funcionavam como se fossem pequenos Estados independentes.
Por volta de 3500 a.C., os nomos se uniram formando dois reinos: o Baixo Egito, ao Norte e o Alto Egito, ao Sul. Posteriormente, em 3200 a.C., os dois reinos foram unificados por Menés, rei do alto Egito, que tornou-se o primeiro faraó, criando a primeira dinastia que deu origem ao Estado egípcio.
Começava um longo período de esplendor da civilização egípcia, também conhecida como a era dos grandes faraós.
2. Ir além da experiência
Hume considera que o conhecimento das questões de facto (ou seja, da natureza) é a
posteriori (ou seja, baseia-se na experiência).
Contudo, as ciências permitem:
• formular leis da natureza;
• fazer previsões do que irá acontecer;
• explicar as causas do que acontece.
Em todos estes casos acabamos, no entanto, por ir além da experiência, isto é, além do que
foi observado.
O Espanto 11 | Filosofia 11.º ano
3. Leis, previsões e explicações causais
O Espanto 11 | Filosofia 11.º ano
Conhecimento científico Vai além da experiência porquê?
Leis da natureza
(leis científicas)
Lei de Lavoisier (química):
Numa reação química, a massa total dos
reagentes é igual à massa total final dos
produtos.
Porque as leis são princípios universais que não
conseguimos observar, dado que não é possível
observar todas as reações químicas: apenas
observamos acontecimentos particulares.
Previsões
científicas
Previsão de eclipse solar (astronomia):
No dia 12 de agosto de 2026 ocorrerá um
eclipse solar total, visível na cidade de
Barcelona.
Porque as previsões são acerca de possíveis
acontecimentos futuros e o que ainda não
aconteceu ainda não foi observado.
Explicações
causais
Explicação do elevado índice de cegueira
infantil na Ásia (ciências médicas):
A causa do elevado índice de cegueira infantil
nos países menos desenvolvidos da Ásia é uma
alimentação pobre em vitamina A.
Porque identificar as causas do que acontece é
explicar o que se observa com o que não foi
observado.
4. O que nos permite ir além da experiência?
O Espanto 11 | Filosofia 11.º ano
Mas afinal como chegamos nós a esse tipo de conclusões universais, conclusões sobre o
futuro e conclusões sobre causas, a partir de observações particulares?
A resposta comum é que a transição dos casos particulares observados para afirmações
gerais (e também para casos futuros ou para explicações causais) se faz por indução
(raciocínio indutivo).
Mas a própria indução depende, segundo Hume, da relação de causa e efeito (da noção de
causalidade).
Qual é, então, a origem da nossa noção de causalidade?
5. Causalidade e conjunção constante
O que nos leva a dizer que uma dado acontecimento A é a causa de outro acontecimento B
é, diz Hume, o facto de sempre termos observado que aos acontecimentos do tipo A se
seguem invariavelmente acontecimentos do tipo B.
Assim, de cada vez que ocorreu A (ex.: um pedaço de metal foi aquecido), observámos que
ocorreu também B (ex.: esse pedaço de metal dilatou).
Tudo o que observamos é, então, a mera conjunção constante entre os dois tipos de
acontecimentos (A e B ocorrerem sempre um após o outro).
Porém, daí concluímos que A é a causa de B (ou que B é um efeito de A), como se observar
A e B a ocorrer conjuntamente fosse o mesmo que observar A a causar B.
Mas não é o mesmo, diz Hume. Duas coisas podem ocorrer sempre conjuntamente, e, no
entanto, nenhuma delas ser causa da outra. Por exemplo, sempre que faço anos é também
feriado em Portugal (há conjunção constante). Porém, uma coisa não é causa da outra (não
há causalidade).
O Espanto 11 | Filosofia 11.º ano
6. Conjunção constante e conexão necessária
O que explica, então, a diferença entre conjunção constante e causalidade?
A diferença é que, ao afirmarmos que A é a causa de B, estamos a querer dizer que uma
coisa não poderia ocorrer sem a outra, e não apenas que observámos uma sempre que foi
observada a outra, ou seja, ao falar de causalidade estamos a dizer também que há uma
conexão necessária entre A e B.
Mas, como observamos coisas a acontecer e nada mais, apenas observamos A e B
repetidamente, não observamos que tem de ocorrer B sempre que ocorre A.
Dito de outro modo, apenas observamos conjunções constantes entre A e B e não
conexões necessárias. Ora, se não observamos conexões necessárias, então também não
observamos qualquer relação de causalidade na natureza.
Isto representa, por sua vez, um problema para o raciocínio indutivo, dado que, segundo
Hume, esse tipo de raciocínio assenta na noção de causalidade.
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7. Causalidade e indução
Eis um exemplo muito comum de raciocínio indutivo:
Os pedaços de metal que até agora foram aquecidos acabaram por dilatar.
Logo, os pedaços de metal dilatam sempre que são aquecidos.
Poderá a premissa (de que todos os pedaços de metal observados até hoje dilataram
depois de aquecidos) ser verdadeira e, mesmo assim, a conclusão (de que todos, incluindo
os casos ainda não observados, dilataram sob a ação do calor) ser falsa?
Hume considera que a verdade da premissa não garante logicamente a verdade da
conclusão, pelo que a conclusão pode ser falsa, mesmo que a premissa seja verdadeira.
Assim, considera Hume, não há qualquer razão lógica para confiar neste tipo de raciocínio.
Mas poderá mesmo a conclusão ser falsa? Hume dirá que pode dar-se o caso de, no futuro,
os metais deixarem de dilatar quando são aquecidos. As coisas podem mudar.
No entanto, as pessoas reagem a isso dizendo que tal não pode acontecer, pois consideram
haver uma conexão necessária entre o aquecimento dos metais e a sua dilatação, isto é,
estão já a pressupor que há aí uma relação de causalidade. Portanto, a indução apoia-se na
noção de causalidade.
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8. Dois problemas
O Espanto 11 | Filosofia 11.º ano
Hume diz que usamos o raciocínio indutivo na busca de conhecimento sobre
questões de facto.
Por sua vez, o raciocínio parte da observação.
Porém, acrescenta Hume, não observamos causas nem efeitos, as apenas
conjunções constantes.
Ora, se o raciocínio indutivo pressupõe a noção de causalidade e não observamos
relações causais na natureza, isso deixa-nos perante dois grandes problemas:
• Qual é, então, a origem da ideia de causalidade?
• Como justificar a nossa confiança no raciocínio indutivo?
Vamos começar pelo segundo problema: o problema da indução.
9. O problema da indução
O Espanto 11 | Filosofia 11.º ano
O problema pode ser formulado do seguinte modo:
Como justificar racionalmente o raciocínio indutivo?
Eis como Hume explica o problema:
Só há duas maneiras de justificar racionalmente (logicamente) as nossas inferências indutivas, isto é,
as inferências em que, partindo da observação de casos particulares, se transita para conclusões que
vão além disso (afirmações universais, por exemplo). As duas maneiras possíveis são as seguintes:
• por demonstração, ou seja, dedutivamente;
• recorrendo à observação, ou seja, indutivamente.
Mas, diz Hume, nenhuma demonstração (argumento dedutivo) permite justificar a transição da
observação de casos particulares para afirmações universais, pois as demonstrações não têm o
caráter ampliativo requerido pela indução. Logo, não há uma justificação dedutiva para a indução.
Porém, também não é racionalmente aceitável justificar logicamente a indução recorrendo ao
raciocínio indutivo, pois justificar indutivamente o raciocínio indutivo é apresentar uma justificação
circular. Se precisamos de razões para confiar na indução, tais razões não devem basear-se no
próprio raciocínio, que carece de justificação.
Logo, nenhuma razão (seja dedutiva ou indutiva) permite justificar as nossas inferências indutivas.
10. A origem da noção de causalidade: o hábito
O Espanto 11 | Filosofia 11.º ano
Qual a origem da noção de causalidade, dado que não observamos relações causais na
natureza?
Hume diz que a observação de certos tipos de acontecimentos que repetidamente se
sucedem a outros gera em nós a expectativa de que, da próxima vez em que um ocorre,
também ocorra o outro.
Essa expectativa não resulta de qualquer raciocínio (não é do domínio da lógica). É
simplesmente uma tendência natural (tem um caráter meramente psicológico), fundada na
experiência acumulada, e que o nosso instinto de sobrevivência tem mostrado ser
adequada e adaptada ao funcionamento do mundo.
Hume chama hábito a essa tendência que nos leva a esperar que aquilo que repetidamente
vimos ocorrer no passado ocorra também no futuro.
Assim, não observamos relações de causa e efeito na natureza. É apenas o hábito que nos
leva a acreditar que há realmente relações causais.
11. Causalidade e mundo exterior
O Espanto 11 | Filosofia 11.º ano
Já sabemos que, de acordo com Hume, apenas temos acesso às nossas impressões e ideias,
que são conteúdos mentais.
Conteúdo mental é tudo aquilo que encontramos na nossa mente, que faz parte do nosso
mundo interior (impressões e ideias). Por sua vez, o mundo exterior é tudo o que se
encontra fora da mente.
Mas será que existe um mundo exterior de coisas que são as causas das impressões que
encontramos na nossa mente?
A resposta de Hume é que não há razão alguma para afirmar que as impressões internas
são causadas por objetos externos.
Porquê?
Porque afirmar isso é recorrer à noção de causalidade, que Hume já disse ser problemática.
Assim, não é correto afirmar que as impressões são causadas pelos objetos exteriores à
nossa mente, o que significa que não temos qualquer justificação para afirmar que existe
(nem que não existe) um mundo exterior.
12. Será Hume um cético?
O Espanto 11 | Filosofia 11.º ano
CETICISMO MODERADO DE HUME
Teses céticas Teses que rejeitam o ceticismo
• Não há uma justificação lógica para a indução.
• Há uma justificação psicológica natural para
muitas das nossas inferências indutivas, que é o
hábito em vez do raciocínio.
• Não é correto afirmar que existe causalidade na
natureza.
• O hábito é um guia prático apropriado para as
nossas vidas.
• Não podemos saber que o mundo exterior existe
(nem que não existe).
• Na prática, não podemos deixar de acreditar que
o mundo exterior existe e que isso faz parte do
nosso instinto natural de sobrevivência.