1) O documento apresenta os componentes essenciais de um plano financeiro, incluindo balanço patrimonial, demonstração de resultados, fluxo de caixa e plano de investimentos. 2) É explicado como cada componente funciona e o que deve ser incluído em cada um. 3) O plano financeiro é uma ferramenta importante para projetar o desempenho financeiro futuro da empresa.
Gerenciamento de empresas com base em instrumentos contábeis
Plano de negócios aula 11
1. Plano Financeiro (Aula 12).
Prof. MSc. Bruno SettonProf. MSc. Bruno Setton
Arapiraca (AL), 28 de novembro de 2012
2. ◦ Introdução
O plano financeiro procura demonstrar um conjunto de
projeções abrangentes que possam refletir o desempenho futuro
da empresa em termos financeiros.
O plano financeiro deve compreender:
Balanço Patrimonial;
Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE);
Plano de Investimentos;
Fluxo de Caixa;
Planilha de Custos;
Plano de Vendas.
3. ◦ Balanço Patrimonial
Funciona como uma fotografia da situação da empresa em
determinado instante.
No caso de uma empresa nascente, deve-se considerar apenas a
situação projetada. Nesse caso a projeção pode abranger até 5
anos.
O balanço é dividido em 3 partes distintas:
Ativo: corresponde a todos os bens e direitos da empresa;
Passivo: são as obrigações e dívidas da empresa;
Patrimônio Líquido: são os recursos dos proprietários
investidos na empresa.
Equação Fundamental da Contabilidade
PL = B +D - O
4. ◦ Balanço Patrimonial
Equação de equilíbrio patrimonial.
B + D = O + PL
O lado esquerdo, da equação de equilíbrio denominamos ATIVO e
lado direito PASSIVO.
Assim o ativo compreende os elementos patrimoniais positivos e o
passivo compreende os elementos patrimoniais negativos e
também evidencia a riqueza efetiva, o PL
5. ◦ Balanço Patrimonial
O Balanço é um relatório estático, parado. Podemos definir então
Balanço patrimonial como a representação estática do
patrimônio.
O fato de o Balanço Patrimonial ser um relatório que evidencia o
patrimônio de uma entidade em determinado instante implica
que, no minuto seguinte, um novo fato poderá alterar esse
Balanço.
Por meio do BP é possível medir o nível de endividamento de uma
empresa, o índice de liquidez, a lucratividade, o capital de giro, a
taxa de retorno sobre o ativo total, o giro de estoque e a
capacidade de pagamento.
6. ◦ Balanço Patrimonial
O balanço revela a estrutura de capital do negócio, composta por
capital de terceiros e capital próprio, lembrando que quanto
maior for o capital de terceiros maior o índice de endividamento.
A qualidade do endividamento é diretamente proporcional aos
prazos, ou seja, as dívidas de longo prazo são preferíveis às de
curto prazo.
O BP também permite analisar a necessidade de capital de giro ou
capital circulante liquido (CCL).
Capital de Giro = Ativo Circulante Líquido – Passivo
Circulante
7. ◦ DRE
O DRE é uma forma ordenada e sistemática de apresentar um
resumo das receitas, despesas e lucro (ou prejuízo) em um
determinado período.
O funcionamento do DRE é simples:
1. Da receita bruta de vendas subtraem-se as deduções, que
são: os impostos sobre vendas, os abatimentos e descontos
oferecidos e as devoluções de produtos, obtendo-se assim a
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA.
Tipo de Empresa ICM
S
ISS IPI PIS Confins IRP
J
CSL
L
INSS
Serviços Não Sim Não Sim Sim Sim Sim Sim
Comércio Sim Não Não Sim Sim Sim Sim Sim
Indústria Não Não Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Comércio e Indústria Sim Não Sim Sim Sim Sim Sim Sim
8. 2. Da receita operacional líquida, subtraem-se os custos dos
produtos vendidos (Empresa Comercial), o custo total de
fabricação (Empresa Industrial) ou custo dos serviços prestados
(no caso de empresa de serviços), obtendo-se a MARGEM DE
CONTRIBUIÇÃO.
3. Da Margem de Contribuição subtraem-se as despesas
operacionais, que são: as despesas administrativas, de
marketing, depreciação acumulada e despesas gerais) obtendo-se
o RESULTADO OPERACIONAL.
9. ◦ DRE
4. Do Resultado Operacional, subtraem-se as receitas financeiras e
subtraem-se os juros de financiamento obtendo-se o
RESULTADO ANTES DO IRPJ.
5. Aplica-se a alíquota de IR correspondente ao valor do resultado
e subtraindo-se deste, obtém-se o LUCRO LÍQUIDO.
Obs:
I – Para um lucro real mensal de até 20 mil: incidência de 15%
II – Acima de 20 mil: incidência de 25%
10. ◦ Fluxo de Caixa
O fluxo de caixa é uma ferramenta simples que serve para mostrar
se a empresa tem dinheiro para pagar suas contas, servindo
também como um instrumento gerencial para a tomada de
decisões.
Em linhas gerais, um fluxo de caixa representa a soma de todas as
entradas financeiras, das quais são subtraídas todas as saídas
financeiras, restando a apresentação dos saldos.
Principais itens que compõe um fluxo de caixa:
Investimento inicial: valor que a empresa necessita gastar para
iniciar suas atividades acrescido do capital de giro;
Saldo de caixa inicial: é o valor que a empresa tem no caixa no
primeiro dia de operação;
Total de entradas: é a quantidade total de dinheiro que
efetivamente entrou no caixa da empresa, com EXCEÇÃO das
11. ◦ Fluxo de Caixa
Total de saídas: é o registro de todos os pagamentos realizados,
divididos por contas de custos ou contábeis.
Obs: O item depreciação aparece duas vez no fluxo de caixa
(entrada e saída).
Saldo do período: é valor total, menos o total de entradas e saídas,
indicando o resultado positivo ou negativo;
Reserva de capital: é o valor que a empresa pode poupar, caso
necessário, para outros investimentos;
Depreciação: é o valor correspondente ao desgaste das máquinas e
equipamentos;
Fluxo liquido de caixa: é a diferença entre o total de entradas e o
total de saídas, incluindo também a subtração do valor das reservas
e a adição da depreciação.
Obs: Esse resultado deve ser lançado para o saldo inicial de
caixa do período seguinte.
12. ◦ Histórico Financeiro da Empresa
O histórico financeiro das empresas é constituído pelos balanços,
demonstrativos de resultados e declarações de IRPJ.
Ser se tratar de uma empresa nascente, essa deverá apresentar um
histórico financeiro dos sócios.
Obs: Caso o plano seja de uma empresa já existente é salutar
que as informações financeiras sejam de pelo menos dos últimos
5 anos.
13. ◦ Demonstrativo de custos e despesas
A demonstração da evolução dos custos e despesas deve ser
dividida nas seguintes etapas:
Mão de obra direta;
Mão de obra indireta:;
Custos variáveis;
Custos fixos;
Impostos e contribuições: PIS, Cofins, IRPJ, ICMS, ISS, CSLL.
Obs: Se a empresa for classificada como microempresa ou empresa
de pequeno porte, em ambos os casos optante do supersimples, os
valores dos impostos e contribuições foram unificados em uma
contribuição única.
14. ◦ Demonstrativo de custos e despesas
Descrição Simples Não Simples
13º salário 1/12 x total dos salários 1/12 x total dos salários
Adicional de férias 1/3 x 1/12 x total de sal 1/3 x 1/12 x total de salários
INSS sobre salários - 27,8% sobre o total
INSS sobre 13º - 27,8% sobre 1/12 x total dos
salários
INSS sobre adicional
de férias
- 27,8% sobre 1/3 x 1/12 x
total de salários
FGTS 8% do total de salários 8% do total de salários
FGTS sobre 13º 8% sobre1/12 x total dos
salários
8% sobre 1/12 x total dos
salários
FGTSS sobre
adicional de férias
8% sobre 1/3 x 1/12 x total de
salários
8% sobre 1/3 x 1/12 x total
de salários
Indenização
trabalhista
3% do total de salários 3% do total de salários
15. ◦ Plano de Investimentos
Um plano de investimentos deve ser dividido em 4 partes:
Investimentos pré-operacionais;
Investimentos fixos;
Capital de giro e capacitação de pessoal.
Se for uma empresa nascente, as seguintes perguntas deverão ser respondidas:
1. Quanto será necessário gastar para montar a empresa e iniciar as
atividades e quais competências essenciais o pessoal necessita desenvolver?
Se for uma empresa em funcionamento, as questões serão:
1. Quanto será necessário gastar para substituir determinado equipamento
e colocá-lo em operação e que habilidades e conhecimento os empregados
precisam adquirir para a empresa manter-se no mercado?