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Finanças Para Não Financeiros
                                   PROGRAMA


 1- Estrutura Patrimonial
 1.1 - Balanço
 1.2 – Demonstração de Resultados
 1.3 – Rácios Financeiros
 1.4 - Casos Práticos


 2–    Planeamento Financeiro de Médio/ Longo Prazo
 2.1   –   Teorias da Estrutura do Capital
 2.2   –   Capitais Permanentes
 2.3   –   Fontes de Financiamento de Médio e Longo Prazos
 2.4   –   Casos Práticos


 3 – A rendibilidade da exploração
 3.1-A teoria do Custo-Volume-Resultados
 3.2 – Ponto Morto Economico
 3.3 – Casos Práticos
Finanças Para Não Financeiros
   1. Estrutura Patrimonial

    1.1   - Balanço
    1.2   – Demonstração de Resultados
    1.3   – Rácios Financeiros
    1.4   - Casos Práticos
1.1 Balanço

    A composição do balanço e o seu significado
    financeiro

a) Aplicações de fundos



Imobilizado Incorpóreo

                               Activo Imobilizado
Imobilizado Corpóreo

Imobilizações financeiras
Existências
Adiantamentos a Fornecedores
                               Activo Circulante
Créditos
Títulos Negociáveis
Disponível
1.1 Balanço

  b) Origens de Fundos

 Capital Próprio                       Situação Líquida

  Empréstimos e Débitos a mais de um
ano
 Adiantamentos por conta de compras    Passivo
  Débitos de curto Prazo
  Fornecedores
  Outros credores
1.1 Balanço

    c) O fundo de maneio e a relação liquidez/ exigibilidade
       i) Fundo de Maneio Bruto



           Fundo Maneio Bruto = Activo Circulante
                                                 = Existências +
                            Créditos + Disponibilidades

                Activo Imobilizado
                                       Capitais Próprios e Passivo
Fundo de        Activo Circulante
maneio
Bruto
1.1 Balanço

  c) O fundo de maneio e a relação liquidez/ exigibilidade
     ii) Fundo de Maneio Líquido ou Permanente
       Fundo Maneio líquido ou Permanente
          = Capitais Permanentes – Activo Imobilizado Líquido
                                 = Activo Circulante – Débitos de
                             Curto Prazo


  Activo Imobilizado     Capitais Permanentes
Líquido                ( = Capitais Próprios + Débitos de
                       Médio Longo Prazo)
                                                                Fundo de
 Activo Circulante                                              maneio
                        Débitos de Curto Prazo                  Líquido
1.1 Balanço

  c) O fundo de maneio e a relação liquidez/ exigibilidade
     iii) Fundo de Maneio Próprio
       Fundo Maneio Próprio
          = Capitais Próprios – Activo Imobilizado Líquido
          = Fundo de Maneio Líquido – Débitos de Médio/ Longo Prazo




  Activo Imobilizado    Capitais Próprios
Líquido
                                                             Fundo de
 Activo Circulante                                           maneio
                        Débitos de Médio/ Longo Prazo        próprio

                        Débitos de Curto Prazo
1.1 Balanço

Deve-se considerar três hipóteses da relação entre
  Activos Circulantes e Débitos a Curto Prazo

•   AC= DCP
    Caso em que o grau de liquidez dos activos circulantes é igual ao
    grau de exigibilidade dos débitos a curto prazo

               Activos              Capitais
               Imobilizados         Permanentes



               Activos              Débitos de Curto
               Circulantes          Prazo
1.1 Balanço

Deve-se considerar três hipóteses da relação entre
  Activos Circulantes e Débitos a Curto Prazo

•     AC > DCP
      Caso em que o grau de liquidez dos activos circulantes é superior
      ao grau de exigibilidade dos débitos a curto prazo



  Activos Imobilizados    Capitais Permanentes
Líquido
                                                               Fundo de
    Activos Circulantes                                        maneio
                          Débitos de Curto Prazo               líquido > 0
1.1 Balanço

   Deve-se considerar três hipóteses da relação entre
     Activos Circulantes e Débitos a Curto Prazo

   •    AC < DCP
       Caso em que o grau de liquidez dos activos circulantes é inferior
       ao grau de exigibilidade dos débitos a curto prazo


                Activos Imobilizados   Capitais Permanentes
              Líquido
Fundo de
maneio                                 Débitos de Curto Prazo
líquido < 0
               Activos Circulantes
1.2 Demonstração de Resultados
Reflecte a actividade económica da empresa


Integra os proveitos e os custos de exploração
que se reflectem no resultado de exploração


A função financeira afecta directamente a
rendibilidade global (RESULTADOS LIQUIDOS)
através dos Custos Financeiros
1.2 Demonstração de Resultados

              Custos de
              Exploração                    Valores   Proveitos de Exploração   Valores
              Consumo Materiais                       Vendas de Mercadorias

              . Matérias Primas                       Prestação de Serviços

              , Mercadorias



              Despesas c/Pessoal

              .Vencimentos

              ,Encargos Sociais
Gestão
Operacional
              Fornec. Externos

              Impostos e Taxas

              Amortiz. do Exercicio

              Provisões do Exercicio

              Outros Custos

              RESULTADO OPERACIONAL



              Custos Financeiros                      Proveitos Financeiros

              Juros                                   Juros

              Diferenças de Câmbio                    Diferenças de Câmbio
 Gestão
              Resultados Financeiros
 Financeira   Resultados Antes de Imposto

              Imposto s/rendimento



              Lucro Líquido
1.3 Rácios Financeiros

  Cálculo dos Rácios envolve essencialmente
  valores que figuram:

     Nas aplicações de fundos;
     Nas origens de fundos;
     Na demonstração de resultados;
     No plano de financiamento


  Quanto a características financeiras evidenciadas pelos
  rácios podemos ordená-los de acordo com a seguinte
  classificação:

     Rácios de Estrutura calculados a partir das Aplicações de
     Fundos     permitem a carcterização da composição do património
     económico da Empresa, dos seus instrumentos de “ produção”,
     evidenciando as limitações técnicas, económicas e jurídicas que
     influenciam a evolução da Empresa.
1.3 Rácios Financeiros


    Rácios de Estrutura calculados a partir das Origens de Fundos
       traduzem a estrutura do financiamento da Empresa, destacando
    em particular o grau de estabilidade e a autonomia que a
    combinação de origens, de grau de exigibilidade e de proveniência
    diversas asseguram à empresa.

    Rácios de Sintese comparam elementos do Passivo e dos Capitais
    Próprios com elementos do Activo, procurando demonstrar as
    condições de equilíbrio financeiro da empresa.

    Rácios de Rotação são calculados através da comparação entre
    as rubricas do Balanço e dos Fluxos que caracterizam a actividade.

    Rácios de Rendibilidade são calculados a partir da demonstração
    dos resultados e comparam o valor dos resultados com os valores
    que caracterizam o fluxo da actividade ( por exemplo, o volume de
    negócios) ou então com as rubricas de origens e aplicações de
    fundos da empresa utilizadas para a obtenção destes resultados.
1.3 Rácios Financeiros

  Rácios de Estrutura
    Os rácios de estrutura são calculados através da comparação entre
    um elemento ( uma rúbrica ou um grupo de rúbricas) das
    aplicações e das origens de fundos com o valor total do Balanço.

     Rácio de Estrutura do Activo

         Peso das Imobilizações Corpóreas

           A1= Imobilizações Corpóreas Líquidas
                     Aplicações Totais
        Peso dos Investimentos Financeiros

           A2= Investimentos Financeiros
                     Aplicações Totais

        Peso das Existências

          A3=      Existências_____
                  Aplicações Totais
1.3 Rácios Financeiros


          Peso dos Créditos Comerciais

           A4=      Clientes_____
                   Aplicações Totais
          Peso das Disponibilidades

           A5= ____Disponibilidades___
                    Aplicações Totais


    Rácio de Estrutura do Passivo e dos Capitais Próprios

          Indicadores relativos à Estrutura do Financiamento

    P1=      Capitais Permanentes_____
              Origens Totais

    P2=      Débitos de Curto Prazo_____ = 1-P1
              Origens Totais
1.3 Rácios Financeiros


             Indicadores de Autonomia Financeira

                   Autonomia Global

             P3=           Capitais Próprios_____
                      Passivo + Capitais Próprios


             P4=             Passivo__      ___ = 1-P3
                   Passivo + Capitais Próprios

                   Autonomia Financeira a Médio/ Longo Prazo

           P5=          Capitais Próprios_____
                 Capitais Permanentes

           P6=          Débitos de Médio/ Longo Prazo___ = 1- P5
Rácio de
Gearing                 Capitais Permanentes
1.3 Rácios Financeiros

      P7=          Capitais Próprios_____
              Débitos de Médio/ Longo Prazo

      P8=   Débitos de Médio/ Longo Prazo   ___ = _1_
                 Capitais Próprios                P7
1.3 Rácios Financeiros

  Rácios de Síntese (ou Equilíbrio Financeiro)

     Os Rácios de síntese relativos às rúbricas a mais de um ano


         S1= _____Capitais Permanentes_____
                  Activo Imobilizado Líquido
         evidenciam o Modo de Financiamento de Fundos de Médio/ Longo
         Prazo.



         S2= ______Capitais Próprios_____
                Activo Imobilizado Líquido


         Traduz a Autonomia da Empresa no que respeita à forma dos seus
         investimentos
1.3 Rácios Financeiros

  Rácios de Síntese (ou Equilíbrio Financeiro)

     Os Rácios de Síntese relativos às rúbricas com menos de um ano

         Liquidez Geral

         LG= _____Activo Circulante____
                  Débito Curto Prazo


         Liquidez Reduzida

         LR= __Disponivel + Créditos Curto Prazo__
                Débitos a Curto Prazo


         Liquidez Imediata

        LI= _______Disponivel______
                Débitos a Curto Prazo
1.3 Rácios Financeiros

  Rácios de Rotação

    Prazo Médio de Existências

      R1= _____Valor Médio das Existências____
                    Compras


    Prazo de Recebimentos
                                                 Calculado em:
      R2= __Créditos Comerciais__                Anos (x1)
               Vendas                            Meses (x12)
                                                 Dias (x360)

    Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores

      R3= _____Fornecedores______
               Compras
1.3 Rácios Financeiros

  Rácios de Rentabilidade

    Rentabilidade Financeira

      RF= _____Resultados Líquidos____
                Capitais Próprios


    Rentabilidade Económica

      RE= __Resultados Líquidos__
               Total do Activo


    Rentabilidade das Vendas

      RV= ______Resultados Líquidos______
             Vendas + Prestação de Serviço
1.3 Casos Práticos

  Caso 1

  Caso 2
Finanças Para Não Financeiros



2. Planeamento Financeiro de
Médio/ Longo Prazo

  2.2 - Teorias da Estrutura do Capital
  2.2 - Capitais Permanentes
  2.3 - Fontes de Financiamento de Médio e Longo
  Prazos
  2.4 - Casos Práticos
2.1 Teoria Clássica

  Quando a empresa é inteiramente financiada por capital próprio todo o
  cash flow pertence aos accionistas.
  Quando a empresa tem dívida e acções, deverá dividir o cash flow em dois
  subconjuntos: o primeiro, relativamente estável vai para os credores da
  dívida; e outro, mais volátil vai para os accionistas.



  Para os clássicos, existe uma Estrutura óptima de Capital, que se traduz
  por um custo mínimo de custo de capital e pela maximização do valor de
  mercado da empresa.
      O custo dos capitais alheios (Ke) é a partir de determinado nível de
      endividamento crescente, mesmo se tivermos em conta o efeito da
      fiscalidade.
      O custo dos capitais próprios (Kc) é também crescente e depende do
      risco financeiro da empresa.
2.1 Teoria de Modigliani e Miller

   Estes autores opõem-se à Teoria Clássica.

   Consideram que nenhuma combinação entre Dívida e Acções é melhor que
   outra.

   De facto, segundo esta teoria, a verdadeira decisão de gestão diz respeito
   aos activos da empresa, que são no fundo os meios necessários para a
   geração do cash flow.

   Hoje em dia, acredita-se que esta formulação só estaria correcta em
   mercados perfeitos.
2.1 Efeito do Leverage (Efeito Alavanca)

    Os custos financeiros advindos do financiamento têm uma importante
    vantagem que deve ser utilizada pelas empresas: a sua dedutibilidade
    fiscal.
                                   Empresa A   Empresa B


  Resultado Líquido antes de       1000        1000
  juros e impostos


  Juros Pagos                      0           80


  Resultado antes de impostos      1000        920


  Taxa de Imposto 34%              340         312,8


  Resultado Líquido                660         607,2



  Resultado gerado para Dívida e   0+ 660      80 + 607,2= 687,2
  Accionistas
  Efeito fiscal da dívida          0           27,2




    O endividamento, ao reduzir o valor do imposto, aumenta o cash flow
    disponível para a dívida e para os accionistas. É o efeito alavanca.
2.2 Capitais Permanentes

  O planeamento financeiro a Médio/ Longo Prazo
  abrange fundamentalmente a análise e a composição
  dos Capitais Permanentes (Capitais Próprios Vs.
  Capitais Alheios a Médio/ Longo Prazo)

  Vamos analisar 3 Métodos Empíricos para a
  estruturação dos capitais permanentes:

     I- Método

        O Rácio de capacidade de Endividamento a M.L.Prazo (CE)
        deve ser igual a 2, ou seja, os Capitais Próprios devem ser
        iguais às dívidas a M.L.Prazo.
2.2 Capitais Permanentes


     II- Método


 Os Capitais Próprios devem financiar as Imobilizações caracterizadas por
 uma menor aptidão relativa para gerarem liquidez ( Terrenos,Edíficios,
 Imobilizações Incorpóreas, etc.) e cerca de metade do fundo de Maneio
 necessário próprio, as Dívidas a M.L Prazo deverão garantir a cobertura
 financeira das imobilizações com maior aptidão para criarem meios líquidos
 (Equipamentos Básicos e Secundários,etc) e a restante parcela do FMP.


     III- Método

 O autofinanciamento anual ( ou medio) da Empresa deve ser suficiente
 para permitir o reembolso das dívidas a MLPrazo num período máximo de 5
 anos, também e sempre no pressuposto de que os Capitais Permanentes
 Reais da Empresa se situam a nível adequado.
2.2 Capitais Permanentes


 A estruturação dos Capitais Permanentes adequado é
 influenciada pelos seguintes factores:


    a) As características da Empresa
    b) As características do Mercado Financeiro.
    c) A tesouraria da Exploração.
    d) A rendibilidade dos Capitais Próprios.
    e) A inflação.
    f) O Risco e a Reserva Financeira Estratégica.
2.2 Capitais Permanentes

a) As características da Empresa

      Capacidade do recurso ao Crédito
      Acesso aos Mercados de Capitais
      Alteração do Capital Social


b) As características do Mercado Financeiro

      Existência de Mercados de Capitais (Mercado Obrigacionista e Accionista)
      Intermediários Financeiros


c) A Tesouraria da Exploração

      O Rácio de Cobertura dos Custos financeiros espressa a relação entre os
      Resultados de Exploração(RE) e os Custos de Financiamento (CFF)


                   RCF= RE
                       RFF
2.2 Capitais Permanentes

Através de um exemplo simples, poderá ver-se como a rendibilidade e a tesouraria de Exploração
    podem afectar a capacidade de reembolso da empresa e, consequentemente, agir sobre a
    estruturação dos capitais permanentes adequados

As Empreas N,O e P têm a mesma dimensão, praticam as mesmas políticas de crédito aos
    Clientes, de formação de Stocks e de obtenção de créditos de Exploração, mas possuem
    distintos níveis de rendibilidade de Exploração:



                                      Empresa N            Empresa O             Empresa P

    1-MLB(exploração)                 50 000                  75 000              100 000
    2- Clientes                       40 000                  40 000               40 000
    3- Stock                          20 000                  20 000               20 000
    4- Créditos de Explor.            10 000                  10 000               10 000
    5- TE (1) - (2+3) +(4)                 0                  25 000               50 000
2.2 Capitais Permanentes

d) Rendibilidade dos Capitais Próprios

  Os Resultados Líquidos anuais (RL)

        RL= (Rea.CI - r.DMLP). (1-t)


      Rea- Rendibilidade dos capitais totais investidos, ou seja, o quociente entre os
      Resultados antes de juros e imposto sobre orendimento(RAIJ) e os Capitais
      Totais Investidos(CI)
      DMLP- Dívida a Médio e Longo Prazos


      r - Taxa correspondente ao custo nominal total ponderado da DMLP e não
      corrigido de efeitos fiscais


      t - Taxa anual do imposto s/ rendimento
2.2 Capitais Permanentes

Vejamos o seguinte exemplo:

Três Empresas (Q,R e S) do mesmo sector de actividade económica possuem
    idêntico volume de Capitais investidos (400 000 contos), mas diferentes
    estruturas financeiras:

   - A Empresa Q é exclusivamente financiada por Capitais Próprios.
   - A Empresa R é igualmente financiado por capitais próprios e alheios e,
   portanto, o rácio de endividamento a M.L Prazo é de 100%.
   - A Empresa S é financiada por capitais próprios ( 100 000 cts) e capitais
   alheios (300 000ct), sendo o rácio de endividamento de 300%.
   - A taxa de juro é de 20% e taxa anual de impostos s/lucros é de 40%.

   1ª HIPÒTESE
                      Q                   R                    S
   RAIJ          70 000                70 000                70 000
   Rea (%)         17.5                  17.5                   17.5
   CFF              -                  40 000                60 000
   RAI           70 000                 30 000                10 000
   ISRE          28 000                 12 000                 4 000
   RL            42 000                 18 000                 6 000

   RC´P          10,5                      9,0                    6,0
2.2 Capitais Permanentes

  2ª HIPÒTESE
                     Q      R        S
  RAIJ          80 000   80 000    80 000
  Rea (%)         20.0     20.0      20.0
  CFF              -     40 000    60 000
  RAI           80 000    50 000    20 000
  ISRE          32 000    16 000     8 000
  RL            48 000    24 000    12 000

  RC´P          12,0       12,0       12,0


  3ª HIPÒTESE
                    Q        R       S
  RAIJ          90 000   90 000    90 000
  Rea (%)         22.5     22.5     22.5
  CFF             -      40 000    60 000
  RAI           90 000    50 000    30 000
  ISRE          36 000    20 000    12 000
  RL            54 000    30 000    18 000

  RC´P          13,5       15,0       18,0
2.2 Capitais Permanentes

e) A Inflação


   É mais importante analisar os efeitos sobre a rendibilidade
   (resultados de exploração e líquidos) e sobre a situação da
   financeira da Empresa do que propriamente sobre a situação
   patrimonial;

   A Inflação contribui decisivamente para incrementar o nível dos
   capitais permanentes da Empresa adequados à Empresa, pois os
   Investimentos em Capital Fixo (substituição, expansão ou
   inovação) tornam-se mais onerosos e o nível do Fundo Maneio
   necessário também se eleva;
2.2 Capitais Permanentes

  Suponha que a Empresa T recorreu a um Empréstimo bancário de 10 000 cts,
  no início do ano I, à taxa de juro anual de 9% e reembolsável no termo do
  ano 2; todavia e devido a uma taxa de inflação incrementada de 6% para
  17% durante o primeiro ano, a taxa de juro foi elevada para 20% no início do
  ano 2. A taxa de imposto sobre os resultados é de 40%.

1 º CENÁRIO (SEM AUMENTO DA TAXA DE JURO)

                                          Ano1          Ano2           Total
  1- Custos Financeiros Nominais          900           900            1 800
  2- Custos Financeiros Efectivos         540           540           1 080
  3 - Reembolso do Empréstimo              -           10 000         10 000

  4 - Fluxos Financeiros Totais            540         10 540        11080
2.2 Capitais Permanentes

2 º CENÁRIO (COM AUMENTO DA TAXA DE JURO)

                                    Ano1     Ano2      Total
  1- Custos Financeiros Nominais    900      2 000     2 900
  2- Custos Financeiros Efectivos   540     1 200      1 740
  3 - Reembolso do Empréstimo        -      10 000    10 000

  4 - Fluxos Financeiros Totais     540     11 200   11 740
2.2 Capitais Permanentes


O Risco Financeiro decorre do risco económico e da estrutura financeira da
empresa (capitais alheios exigíveis a médio prazo versus capitais próprios) e,
obviamente, repercute-se sobre a rendibilidade dos capitais próprios.

O Risco económico é, portanto, e ao contrário do risco financeiro,
independente da estrutura do capital da empresa, o que significa que as
principais variáveis aleatórias são constituídas pela rendibilidade dos capitais
investidos(Rea) e a rendibilidade dos Capitais Próprios(RC´P)
2.2 Capitais Permanentes

f) O Risco e a Reserva Financeira Estratégica

   O Risco Económico resulta da aleatoriedade dos resultados de
   exploração futuros da Empresa, o que naturalmente também se
   pode reflectir na rendibilidade dos capitais investidos


                           desta forma:
      os factores tecnológicos (ritmo da evolução do progresso tecnológico,
      surgimento de novos produtos, grau de especialização dos equipamentos,
      etc)
                               e
      comerciais (quota de mercado da empresa, concentração regional dos
      clientes, etc.)

      exercem (para além do nível e composição dos capitais investidos) uma
      influência determinante sobre o risco económico da empresa.
2.3 Fontes de Financiamento a
Médio/ Longo Prazo

Introdução
Os indivíduos, as empresas e o Estado são,simultaneamente,
fornecedores e utilizadores de fundos e podem efectuar operações
financeiras directas junto dos mercados financeiros ou indirectas,
I.e., através dos intermediários financeiros.

Mercados Financeiros são constituídos por “ locais” intangíveis, onde
se processa a oferta e a procura de fundos e efectuam transacções
directas;

Os Intermediários financeiros aceitam poupanças e colocam-
nas(empréstimos ou aplicações financeiras), além de prestarem
determinados serviços especializados.
2.3 Fontes de Financiamento a
Médio/ Longo Prazo
Os Principais instrumentos dos mercados monetários e de
capitais são:

- Certificados de depósito, bilhetes de tesouro,papel
comercial, titulos comerciais e aceites bancários

- Acções, obrigações, titulos do Tesouro, obrigações do
Estado e títulos de participação

As Bolsas de Valores são um dos principais mercados de
capitais e um autêntico mercado secundário contínuo, onde
se efectuam transacções e se obtêm importantes
informações sobre a cotação dos titulos e sobre os próprios
utilizadores dos fundos.
2.3 Fontes de Financiamento a
  Médio/ Longo Prazo
As principais fontes de financiamento a médio e longo
  prazo são as seguintes:

Capitais Próprios

     Capital Social
     Prestações Suplementares de capital
     Autofinanciamento
2.3 Fontes de Financiamento a
Médio/ Longo Prazo

Capitais Alheios
   Créditos renováveis de fornecedores correntes e do
   Estado
   Créditos dos Fornecedores de Imobilizações
   Empréstimos Bancários internos a médio e longo prazos
   Empréstimos Externos
   Locação financeira mobilária e imobiliária e(leasing)
   Papel Comercial
   Empréstimos Obrigacionistas
   Empréstimos dos Sócios
   Outras fontes de financiamento - empréstimos estatais
   reembolsáveis (gratuitos e onerosos), subsídios estatais,
   etc
2.3 Fontes de Financiamento a
Médio/ Longo Prazo

As Principais caracteristicas genéricas das fontes de
financiamento a médio e longo prazo são as
seguintes:

   Os custos nominais do custo do dinheiro e respectivas
   comissões de estruturação e montagem (custo all in).
   O grau de exigibilidade e a forma de reembolso.
   O impacto sobre o risco financeiro
2.3 Casos Práticos


 Caso 1

 Caso 2
Finanças Para Não Financeiros



 3- A rendibilidade da Exploração

 3.1-A teoria do Custo-Volume-Resultados
 3.2 – Ponto Morto Economico
 3.3 – Caso Prático
3-A rendibilidade da exploração
O conceito e os limites da teoria do CVR




A teoria do CUSTO-VOLUME-RESULTADOS(CVR) tem como objectivo
o estudo da rendibilidade de exploração da empresa através da
análise dos proveitos, dos custos de exploração e das relações
entre si, em estreita e exclusiva ligação com o nível de actividade.




Esta teoria do CVR é muitas vezes confundida com a teoria do
ponto morto económico quando esta, como teremos ocasião de
verificar, constitui apenas uma importante aplicação daquela
teoria.
3-A rendibilidade da exploração
           CONTA DE EXPLORAÇÃO E RESULTADOS


                                                    contos %
  1- Vendas líquidas                                x        100
  2 - Custos variáveis                              x          x
  3 - Margem Bruta (1-2)                            x          x
  4 - Custos Fixos Totais                           x          x
  5 - Resultados de Exploração (RE) (3-4)           x          x
  6 - Custos financeiros de financiamento (CFF)      x         x

  7 - Resultados antes de impostos s/lucros (RAI)
    (5-6)                                           x         x

  8 - Imposto s/rendimento (ISRE)                   x          x

  9 - Resultados Líquidos (RL) (7-8)                x          x
3-A rendibilidade da exploração
 como VL= P.Q, temos
                                          MT = (P - Cvu) .Q            …………1)

 e portanto:
                                          RE = MT - CF                …………..2)

 Se designarmos por q o coeficiente de não absorção do preço de venda unitário pelo
 custo variável unitário, I.e., se:

                                          q= 1.00 – Cvu
                                                     p

                                                                      ……………3)

 resultará das expressões 1) e 3)

                                          MT = q . VL                …………….4)
3-A rendibilidade da exploração
 Sejam :

 CT   - Custos Totais
 CF - Custos Fixos Totais
 CV - Custos Variáveis Totais
 MT - Margem Total das Vendas Líquidas ( excesso das vendas em relação a CV)
 Q - Unidades produzidas e vendidas ( nível de actividade)
 CV u- Custo variável unitário ( CV )
                                 Q
 VL- Valor das Vendas líquidas totais anuais (receitas anuais)
 P - Preço de venda unitário
 RE - Resultados de Exploração Anuais

 Os Custos Totais podem ser assim obtidos

            CT = Cvu . Q + CF
3-A rendibilidade da exploração
             Ponto Morto Económico



O Ponto Morto económico ( ponto crítico das vendas,
ponto de equilíbrio, break even point,etc) identifica-se,
dentro de todos os pressupostos económicos da teoria
CVR, com o nível de actividade da empresa a que
correspondem Resultados de Exploração (RE) nulos.



A determinação do ponto morto económico numa óptica
contabilística pode ser efectuada em termos quantitativos
( Qo) ou em termos valóricos (Vo).
3-A rendibilidade da exploração
   A- Em termos quantitativos (Qo)
RE= (P - Cvu) x Q - CF = 0



   Resulta:                          Qo = CF
                                      P- CVu

   B - Em termos valóricos ou monetários ( Vo)

   Como por definição:

          Vo = P. Qo

     Temos:
                             Vo =    CF
                               (P -Cvu)/ P
3.3 Caso Prático
 Caso 1

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Finanças para não financeiros: Balanço, resultados e rácios

  • 1. Finanças Para Não Financeiros PROGRAMA 1- Estrutura Patrimonial 1.1 - Balanço 1.2 – Demonstração de Resultados 1.3 – Rácios Financeiros 1.4 - Casos Práticos 2– Planeamento Financeiro de Médio/ Longo Prazo 2.1 – Teorias da Estrutura do Capital 2.2 – Capitais Permanentes 2.3 – Fontes de Financiamento de Médio e Longo Prazos 2.4 – Casos Práticos 3 – A rendibilidade da exploração 3.1-A teoria do Custo-Volume-Resultados 3.2 – Ponto Morto Economico 3.3 – Casos Práticos
  • 2. Finanças Para Não Financeiros 1. Estrutura Patrimonial 1.1 - Balanço 1.2 – Demonstração de Resultados 1.3 – Rácios Financeiros 1.4 - Casos Práticos
  • 3. 1.1 Balanço A composição do balanço e o seu significado financeiro a) Aplicações de fundos Imobilizado Incorpóreo Activo Imobilizado Imobilizado Corpóreo Imobilizações financeiras Existências Adiantamentos a Fornecedores Activo Circulante Créditos Títulos Negociáveis Disponível
  • 4. 1.1 Balanço b) Origens de Fundos Capital Próprio Situação Líquida Empréstimos e Débitos a mais de um ano Adiantamentos por conta de compras Passivo Débitos de curto Prazo Fornecedores Outros credores
  • 5. 1.1 Balanço c) O fundo de maneio e a relação liquidez/ exigibilidade i) Fundo de Maneio Bruto Fundo Maneio Bruto = Activo Circulante = Existências + Créditos + Disponibilidades Activo Imobilizado Capitais Próprios e Passivo Fundo de Activo Circulante maneio Bruto
  • 6. 1.1 Balanço c) O fundo de maneio e a relação liquidez/ exigibilidade ii) Fundo de Maneio Líquido ou Permanente Fundo Maneio líquido ou Permanente = Capitais Permanentes – Activo Imobilizado Líquido = Activo Circulante – Débitos de Curto Prazo Activo Imobilizado Capitais Permanentes Líquido ( = Capitais Próprios + Débitos de Médio Longo Prazo) Fundo de Activo Circulante maneio Débitos de Curto Prazo Líquido
  • 7. 1.1 Balanço c) O fundo de maneio e a relação liquidez/ exigibilidade iii) Fundo de Maneio Próprio Fundo Maneio Próprio = Capitais Próprios – Activo Imobilizado Líquido = Fundo de Maneio Líquido – Débitos de Médio/ Longo Prazo Activo Imobilizado Capitais Próprios Líquido Fundo de Activo Circulante maneio Débitos de Médio/ Longo Prazo próprio Débitos de Curto Prazo
  • 8. 1.1 Balanço Deve-se considerar três hipóteses da relação entre Activos Circulantes e Débitos a Curto Prazo • AC= DCP Caso em que o grau de liquidez dos activos circulantes é igual ao grau de exigibilidade dos débitos a curto prazo Activos Capitais Imobilizados Permanentes Activos Débitos de Curto Circulantes Prazo
  • 9. 1.1 Balanço Deve-se considerar três hipóteses da relação entre Activos Circulantes e Débitos a Curto Prazo • AC > DCP Caso em que o grau de liquidez dos activos circulantes é superior ao grau de exigibilidade dos débitos a curto prazo Activos Imobilizados Capitais Permanentes Líquido Fundo de Activos Circulantes maneio Débitos de Curto Prazo líquido > 0
  • 10. 1.1 Balanço Deve-se considerar três hipóteses da relação entre Activos Circulantes e Débitos a Curto Prazo • AC < DCP Caso em que o grau de liquidez dos activos circulantes é inferior ao grau de exigibilidade dos débitos a curto prazo Activos Imobilizados Capitais Permanentes Líquido Fundo de maneio Débitos de Curto Prazo líquido < 0 Activos Circulantes
  • 11. 1.2 Demonstração de Resultados Reflecte a actividade económica da empresa Integra os proveitos e os custos de exploração que se reflectem no resultado de exploração A função financeira afecta directamente a rendibilidade global (RESULTADOS LIQUIDOS) através dos Custos Financeiros
  • 12. 1.2 Demonstração de Resultados Custos de Exploração Valores Proveitos de Exploração Valores Consumo Materiais Vendas de Mercadorias . Matérias Primas Prestação de Serviços , Mercadorias Despesas c/Pessoal .Vencimentos ,Encargos Sociais Gestão Operacional Fornec. Externos Impostos e Taxas Amortiz. do Exercicio Provisões do Exercicio Outros Custos RESULTADO OPERACIONAL Custos Financeiros Proveitos Financeiros Juros Juros Diferenças de Câmbio Diferenças de Câmbio Gestão Resultados Financeiros Financeira Resultados Antes de Imposto Imposto s/rendimento Lucro Líquido
  • 13. 1.3 Rácios Financeiros Cálculo dos Rácios envolve essencialmente valores que figuram: Nas aplicações de fundos; Nas origens de fundos; Na demonstração de resultados; No plano de financiamento Quanto a características financeiras evidenciadas pelos rácios podemos ordená-los de acordo com a seguinte classificação: Rácios de Estrutura calculados a partir das Aplicações de Fundos permitem a carcterização da composição do património económico da Empresa, dos seus instrumentos de “ produção”, evidenciando as limitações técnicas, económicas e jurídicas que influenciam a evolução da Empresa.
  • 14. 1.3 Rácios Financeiros Rácios de Estrutura calculados a partir das Origens de Fundos traduzem a estrutura do financiamento da Empresa, destacando em particular o grau de estabilidade e a autonomia que a combinação de origens, de grau de exigibilidade e de proveniência diversas asseguram à empresa. Rácios de Sintese comparam elementos do Passivo e dos Capitais Próprios com elementos do Activo, procurando demonstrar as condições de equilíbrio financeiro da empresa. Rácios de Rotação são calculados através da comparação entre as rubricas do Balanço e dos Fluxos que caracterizam a actividade. Rácios de Rendibilidade são calculados a partir da demonstração dos resultados e comparam o valor dos resultados com os valores que caracterizam o fluxo da actividade ( por exemplo, o volume de negócios) ou então com as rubricas de origens e aplicações de fundos da empresa utilizadas para a obtenção destes resultados.
  • 15. 1.3 Rácios Financeiros Rácios de Estrutura Os rácios de estrutura são calculados através da comparação entre um elemento ( uma rúbrica ou um grupo de rúbricas) das aplicações e das origens de fundos com o valor total do Balanço. Rácio de Estrutura do Activo Peso das Imobilizações Corpóreas A1= Imobilizações Corpóreas Líquidas Aplicações Totais Peso dos Investimentos Financeiros A2= Investimentos Financeiros Aplicações Totais Peso das Existências A3= Existências_____ Aplicações Totais
  • 16. 1.3 Rácios Financeiros Peso dos Créditos Comerciais A4= Clientes_____ Aplicações Totais Peso das Disponibilidades A5= ____Disponibilidades___ Aplicações Totais Rácio de Estrutura do Passivo e dos Capitais Próprios Indicadores relativos à Estrutura do Financiamento P1= Capitais Permanentes_____ Origens Totais P2= Débitos de Curto Prazo_____ = 1-P1 Origens Totais
  • 17. 1.3 Rácios Financeiros Indicadores de Autonomia Financeira Autonomia Global P3= Capitais Próprios_____ Passivo + Capitais Próprios P4= Passivo__ ___ = 1-P3 Passivo + Capitais Próprios Autonomia Financeira a Médio/ Longo Prazo P5= Capitais Próprios_____ Capitais Permanentes P6= Débitos de Médio/ Longo Prazo___ = 1- P5 Rácio de Gearing Capitais Permanentes
  • 18. 1.3 Rácios Financeiros P7= Capitais Próprios_____ Débitos de Médio/ Longo Prazo P8= Débitos de Médio/ Longo Prazo ___ = _1_ Capitais Próprios P7
  • 19. 1.3 Rácios Financeiros Rácios de Síntese (ou Equilíbrio Financeiro) Os Rácios de síntese relativos às rúbricas a mais de um ano S1= _____Capitais Permanentes_____ Activo Imobilizado Líquido evidenciam o Modo de Financiamento de Fundos de Médio/ Longo Prazo. S2= ______Capitais Próprios_____ Activo Imobilizado Líquido Traduz a Autonomia da Empresa no que respeita à forma dos seus investimentos
  • 20. 1.3 Rácios Financeiros Rácios de Síntese (ou Equilíbrio Financeiro) Os Rácios de Síntese relativos às rúbricas com menos de um ano Liquidez Geral LG= _____Activo Circulante____ Débito Curto Prazo Liquidez Reduzida LR= __Disponivel + Créditos Curto Prazo__ Débitos a Curto Prazo Liquidez Imediata LI= _______Disponivel______ Débitos a Curto Prazo
  • 21. 1.3 Rácios Financeiros Rácios de Rotação Prazo Médio de Existências R1= _____Valor Médio das Existências____ Compras Prazo de Recebimentos Calculado em: R2= __Créditos Comerciais__ Anos (x1) Vendas Meses (x12) Dias (x360) Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores R3= _____Fornecedores______ Compras
  • 22. 1.3 Rácios Financeiros Rácios de Rentabilidade Rentabilidade Financeira RF= _____Resultados Líquidos____ Capitais Próprios Rentabilidade Económica RE= __Resultados Líquidos__ Total do Activo Rentabilidade das Vendas RV= ______Resultados Líquidos______ Vendas + Prestação de Serviço
  • 23. 1.3 Casos Práticos Caso 1 Caso 2
  • 24. Finanças Para Não Financeiros 2. Planeamento Financeiro de Médio/ Longo Prazo 2.2 - Teorias da Estrutura do Capital 2.2 - Capitais Permanentes 2.3 - Fontes de Financiamento de Médio e Longo Prazos 2.4 - Casos Práticos
  • 25. 2.1 Teoria Clássica Quando a empresa é inteiramente financiada por capital próprio todo o cash flow pertence aos accionistas. Quando a empresa tem dívida e acções, deverá dividir o cash flow em dois subconjuntos: o primeiro, relativamente estável vai para os credores da dívida; e outro, mais volátil vai para os accionistas. Para os clássicos, existe uma Estrutura óptima de Capital, que se traduz por um custo mínimo de custo de capital e pela maximização do valor de mercado da empresa. O custo dos capitais alheios (Ke) é a partir de determinado nível de endividamento crescente, mesmo se tivermos em conta o efeito da fiscalidade. O custo dos capitais próprios (Kc) é também crescente e depende do risco financeiro da empresa.
  • 26. 2.1 Teoria de Modigliani e Miller Estes autores opõem-se à Teoria Clássica. Consideram que nenhuma combinação entre Dívida e Acções é melhor que outra. De facto, segundo esta teoria, a verdadeira decisão de gestão diz respeito aos activos da empresa, que são no fundo os meios necessários para a geração do cash flow. Hoje em dia, acredita-se que esta formulação só estaria correcta em mercados perfeitos.
  • 27. 2.1 Efeito do Leverage (Efeito Alavanca) Os custos financeiros advindos do financiamento têm uma importante vantagem que deve ser utilizada pelas empresas: a sua dedutibilidade fiscal. Empresa A Empresa B Resultado Líquido antes de 1000 1000 juros e impostos Juros Pagos 0 80 Resultado antes de impostos 1000 920 Taxa de Imposto 34% 340 312,8 Resultado Líquido 660 607,2 Resultado gerado para Dívida e 0+ 660 80 + 607,2= 687,2 Accionistas Efeito fiscal da dívida 0 27,2 O endividamento, ao reduzir o valor do imposto, aumenta o cash flow disponível para a dívida e para os accionistas. É o efeito alavanca.
  • 28. 2.2 Capitais Permanentes O planeamento financeiro a Médio/ Longo Prazo abrange fundamentalmente a análise e a composição dos Capitais Permanentes (Capitais Próprios Vs. Capitais Alheios a Médio/ Longo Prazo) Vamos analisar 3 Métodos Empíricos para a estruturação dos capitais permanentes: I- Método O Rácio de capacidade de Endividamento a M.L.Prazo (CE) deve ser igual a 2, ou seja, os Capitais Próprios devem ser iguais às dívidas a M.L.Prazo.
  • 29. 2.2 Capitais Permanentes II- Método Os Capitais Próprios devem financiar as Imobilizações caracterizadas por uma menor aptidão relativa para gerarem liquidez ( Terrenos,Edíficios, Imobilizações Incorpóreas, etc.) e cerca de metade do fundo de Maneio necessário próprio, as Dívidas a M.L Prazo deverão garantir a cobertura financeira das imobilizações com maior aptidão para criarem meios líquidos (Equipamentos Básicos e Secundários,etc) e a restante parcela do FMP. III- Método O autofinanciamento anual ( ou medio) da Empresa deve ser suficiente para permitir o reembolso das dívidas a MLPrazo num período máximo de 5 anos, também e sempre no pressuposto de que os Capitais Permanentes Reais da Empresa se situam a nível adequado.
  • 30. 2.2 Capitais Permanentes A estruturação dos Capitais Permanentes adequado é influenciada pelos seguintes factores: a) As características da Empresa b) As características do Mercado Financeiro. c) A tesouraria da Exploração. d) A rendibilidade dos Capitais Próprios. e) A inflação. f) O Risco e a Reserva Financeira Estratégica.
  • 31. 2.2 Capitais Permanentes a) As características da Empresa Capacidade do recurso ao Crédito Acesso aos Mercados de Capitais Alteração do Capital Social b) As características do Mercado Financeiro Existência de Mercados de Capitais (Mercado Obrigacionista e Accionista) Intermediários Financeiros c) A Tesouraria da Exploração O Rácio de Cobertura dos Custos financeiros espressa a relação entre os Resultados de Exploração(RE) e os Custos de Financiamento (CFF) RCF= RE RFF
  • 32. 2.2 Capitais Permanentes Através de um exemplo simples, poderá ver-se como a rendibilidade e a tesouraria de Exploração podem afectar a capacidade de reembolso da empresa e, consequentemente, agir sobre a estruturação dos capitais permanentes adequados As Empreas N,O e P têm a mesma dimensão, praticam as mesmas políticas de crédito aos Clientes, de formação de Stocks e de obtenção de créditos de Exploração, mas possuem distintos níveis de rendibilidade de Exploração: Empresa N Empresa O Empresa P 1-MLB(exploração) 50 000 75 000 100 000 2- Clientes 40 000 40 000 40 000 3- Stock 20 000 20 000 20 000 4- Créditos de Explor. 10 000 10 000 10 000 5- TE (1) - (2+3) +(4) 0 25 000 50 000
  • 33. 2.2 Capitais Permanentes d) Rendibilidade dos Capitais Próprios Os Resultados Líquidos anuais (RL) RL= (Rea.CI - r.DMLP). (1-t) Rea- Rendibilidade dos capitais totais investidos, ou seja, o quociente entre os Resultados antes de juros e imposto sobre orendimento(RAIJ) e os Capitais Totais Investidos(CI) DMLP- Dívida a Médio e Longo Prazos r - Taxa correspondente ao custo nominal total ponderado da DMLP e não corrigido de efeitos fiscais t - Taxa anual do imposto s/ rendimento
  • 34. 2.2 Capitais Permanentes Vejamos o seguinte exemplo: Três Empresas (Q,R e S) do mesmo sector de actividade económica possuem idêntico volume de Capitais investidos (400 000 contos), mas diferentes estruturas financeiras: - A Empresa Q é exclusivamente financiada por Capitais Próprios. - A Empresa R é igualmente financiado por capitais próprios e alheios e, portanto, o rácio de endividamento a M.L Prazo é de 100%. - A Empresa S é financiada por capitais próprios ( 100 000 cts) e capitais alheios (300 000ct), sendo o rácio de endividamento de 300%. - A taxa de juro é de 20% e taxa anual de impostos s/lucros é de 40%. 1ª HIPÒTESE Q R S RAIJ 70 000 70 000 70 000 Rea (%) 17.5 17.5 17.5 CFF - 40 000 60 000 RAI 70 000 30 000 10 000 ISRE 28 000 12 000 4 000 RL 42 000 18 000 6 000 RC´P 10,5 9,0 6,0
  • 35. 2.2 Capitais Permanentes 2ª HIPÒTESE Q R S RAIJ 80 000 80 000 80 000 Rea (%) 20.0 20.0 20.0 CFF - 40 000 60 000 RAI 80 000 50 000 20 000 ISRE 32 000 16 000 8 000 RL 48 000 24 000 12 000 RC´P 12,0 12,0 12,0 3ª HIPÒTESE Q R S RAIJ 90 000 90 000 90 000 Rea (%) 22.5 22.5 22.5 CFF - 40 000 60 000 RAI 90 000 50 000 30 000 ISRE 36 000 20 000 12 000 RL 54 000 30 000 18 000 RC´P 13,5 15,0 18,0
  • 36. 2.2 Capitais Permanentes e) A Inflação É mais importante analisar os efeitos sobre a rendibilidade (resultados de exploração e líquidos) e sobre a situação da financeira da Empresa do que propriamente sobre a situação patrimonial; A Inflação contribui decisivamente para incrementar o nível dos capitais permanentes da Empresa adequados à Empresa, pois os Investimentos em Capital Fixo (substituição, expansão ou inovação) tornam-se mais onerosos e o nível do Fundo Maneio necessário também se eleva;
  • 37. 2.2 Capitais Permanentes Suponha que a Empresa T recorreu a um Empréstimo bancário de 10 000 cts, no início do ano I, à taxa de juro anual de 9% e reembolsável no termo do ano 2; todavia e devido a uma taxa de inflação incrementada de 6% para 17% durante o primeiro ano, a taxa de juro foi elevada para 20% no início do ano 2. A taxa de imposto sobre os resultados é de 40%. 1 º CENÁRIO (SEM AUMENTO DA TAXA DE JURO) Ano1 Ano2 Total 1- Custos Financeiros Nominais 900 900 1 800 2- Custos Financeiros Efectivos 540 540 1 080 3 - Reembolso do Empréstimo - 10 000 10 000 4 - Fluxos Financeiros Totais 540 10 540 11080
  • 38. 2.2 Capitais Permanentes 2 º CENÁRIO (COM AUMENTO DA TAXA DE JURO) Ano1 Ano2 Total 1- Custos Financeiros Nominais 900 2 000 2 900 2- Custos Financeiros Efectivos 540 1 200 1 740 3 - Reembolso do Empréstimo - 10 000 10 000 4 - Fluxos Financeiros Totais 540 11 200 11 740
  • 39. 2.2 Capitais Permanentes O Risco Financeiro decorre do risco económico e da estrutura financeira da empresa (capitais alheios exigíveis a médio prazo versus capitais próprios) e, obviamente, repercute-se sobre a rendibilidade dos capitais próprios. O Risco económico é, portanto, e ao contrário do risco financeiro, independente da estrutura do capital da empresa, o que significa que as principais variáveis aleatórias são constituídas pela rendibilidade dos capitais investidos(Rea) e a rendibilidade dos Capitais Próprios(RC´P)
  • 40. 2.2 Capitais Permanentes f) O Risco e a Reserva Financeira Estratégica O Risco Económico resulta da aleatoriedade dos resultados de exploração futuros da Empresa, o que naturalmente também se pode reflectir na rendibilidade dos capitais investidos desta forma: os factores tecnológicos (ritmo da evolução do progresso tecnológico, surgimento de novos produtos, grau de especialização dos equipamentos, etc) e comerciais (quota de mercado da empresa, concentração regional dos clientes, etc.) exercem (para além do nível e composição dos capitais investidos) uma influência determinante sobre o risco económico da empresa.
  • 41. 2.3 Fontes de Financiamento a Médio/ Longo Prazo Introdução Os indivíduos, as empresas e o Estado são,simultaneamente, fornecedores e utilizadores de fundos e podem efectuar operações financeiras directas junto dos mercados financeiros ou indirectas, I.e., através dos intermediários financeiros. Mercados Financeiros são constituídos por “ locais” intangíveis, onde se processa a oferta e a procura de fundos e efectuam transacções directas; Os Intermediários financeiros aceitam poupanças e colocam- nas(empréstimos ou aplicações financeiras), além de prestarem determinados serviços especializados.
  • 42. 2.3 Fontes de Financiamento a Médio/ Longo Prazo Os Principais instrumentos dos mercados monetários e de capitais são: - Certificados de depósito, bilhetes de tesouro,papel comercial, titulos comerciais e aceites bancários - Acções, obrigações, titulos do Tesouro, obrigações do Estado e títulos de participação As Bolsas de Valores são um dos principais mercados de capitais e um autêntico mercado secundário contínuo, onde se efectuam transacções e se obtêm importantes informações sobre a cotação dos titulos e sobre os próprios utilizadores dos fundos.
  • 43. 2.3 Fontes de Financiamento a Médio/ Longo Prazo As principais fontes de financiamento a médio e longo prazo são as seguintes: Capitais Próprios Capital Social Prestações Suplementares de capital Autofinanciamento
  • 44. 2.3 Fontes de Financiamento a Médio/ Longo Prazo Capitais Alheios Créditos renováveis de fornecedores correntes e do Estado Créditos dos Fornecedores de Imobilizações Empréstimos Bancários internos a médio e longo prazos Empréstimos Externos Locação financeira mobilária e imobiliária e(leasing) Papel Comercial Empréstimos Obrigacionistas Empréstimos dos Sócios Outras fontes de financiamento - empréstimos estatais reembolsáveis (gratuitos e onerosos), subsídios estatais, etc
  • 45. 2.3 Fontes de Financiamento a Médio/ Longo Prazo As Principais caracteristicas genéricas das fontes de financiamento a médio e longo prazo são as seguintes: Os custos nominais do custo do dinheiro e respectivas comissões de estruturação e montagem (custo all in). O grau de exigibilidade e a forma de reembolso. O impacto sobre o risco financeiro
  • 46. 2.3 Casos Práticos Caso 1 Caso 2
  • 47. Finanças Para Não Financeiros 3- A rendibilidade da Exploração 3.1-A teoria do Custo-Volume-Resultados 3.2 – Ponto Morto Economico 3.3 – Caso Prático
  • 48. 3-A rendibilidade da exploração O conceito e os limites da teoria do CVR A teoria do CUSTO-VOLUME-RESULTADOS(CVR) tem como objectivo o estudo da rendibilidade de exploração da empresa através da análise dos proveitos, dos custos de exploração e das relações entre si, em estreita e exclusiva ligação com o nível de actividade. Esta teoria do CVR é muitas vezes confundida com a teoria do ponto morto económico quando esta, como teremos ocasião de verificar, constitui apenas uma importante aplicação daquela teoria.
  • 49. 3-A rendibilidade da exploração CONTA DE EXPLORAÇÃO E RESULTADOS contos % 1- Vendas líquidas x 100 2 - Custos variáveis x x 3 - Margem Bruta (1-2) x x 4 - Custos Fixos Totais x x 5 - Resultados de Exploração (RE) (3-4) x x 6 - Custos financeiros de financiamento (CFF) x x 7 - Resultados antes de impostos s/lucros (RAI) (5-6) x x 8 - Imposto s/rendimento (ISRE) x x 9 - Resultados Líquidos (RL) (7-8) x x
  • 50. 3-A rendibilidade da exploração como VL= P.Q, temos MT = (P - Cvu) .Q …………1) e portanto: RE = MT - CF …………..2) Se designarmos por q o coeficiente de não absorção do preço de venda unitário pelo custo variável unitário, I.e., se: q= 1.00 – Cvu p ……………3) resultará das expressões 1) e 3) MT = q . VL …………….4)
  • 51. 3-A rendibilidade da exploração Sejam : CT - Custos Totais CF - Custos Fixos Totais CV - Custos Variáveis Totais MT - Margem Total das Vendas Líquidas ( excesso das vendas em relação a CV) Q - Unidades produzidas e vendidas ( nível de actividade) CV u- Custo variável unitário ( CV ) Q VL- Valor das Vendas líquidas totais anuais (receitas anuais) P - Preço de venda unitário RE - Resultados de Exploração Anuais Os Custos Totais podem ser assim obtidos CT = Cvu . Q + CF
  • 52. 3-A rendibilidade da exploração Ponto Morto Económico O Ponto Morto económico ( ponto crítico das vendas, ponto de equilíbrio, break even point,etc) identifica-se, dentro de todos os pressupostos económicos da teoria CVR, com o nível de actividade da empresa a que correspondem Resultados de Exploração (RE) nulos. A determinação do ponto morto económico numa óptica contabilística pode ser efectuada em termos quantitativos ( Qo) ou em termos valóricos (Vo).
  • 53. 3-A rendibilidade da exploração A- Em termos quantitativos (Qo) RE= (P - Cvu) x Q - CF = 0 Resulta: Qo = CF P- CVu B - Em termos valóricos ou monetários ( Vo) Como por definição: Vo = P. Qo Temos: Vo = CF (P -Cvu)/ P