O documento apresenta uma análise financeira da Corticeira Amorim para os anos de 2009 a 2011, incluindo demonstrações financeiras e cálculo de rácios. As demonstrações financeiras incluem o balanço patrimonial, demonstração de resultados, e fluxos de caixa para os três anos. A análise calcula e compara rácios financeiros destes exercícios para avaliar o desempenho da empresa.
Pagamentos por conta e Pagamentos especiais por conta
Análise financeira Corticeira Amorim 2009-2011
1. Ano Lectivo de 2012/2013
Gestão Financeira I
(Licenciatura em Contabilidade e Auditoria)
“Análise Financeira – Corticeira Amorim”
Discentes:Liliana Fernandes – 20111511
Dora Rosa – 20111499
Maria José Rodrigues – 20111514
Raquel Costa – 20111462
Docente:Prof. Doutor Piriquito Costa
Barcarena, 18 de Junho de 2013
2. “Análise Financeira” – Corticeira
Gestão Financeira I – 2013 Página 2 de 27
Resumo
“Análise Financeira – Corticeira Amorim”
“Um conjunto completo de demonstrações financeiras inclui normalmente um balanço,
uma demonstração dos resultados, uma demonstração das alterações na posição
financeira e uma demonstração de fluxos de caixa, bem como as notas e outras
demonstrações e material explicativo que constituam parte integrante das
demonstrações financeiras.”
Palavras –Chave: análise financeira, demonstrações financeiras, rácios
Abstract
“Financial Analysis – CorticeiraAmorim”
A complete set of financial statements usually includes a balance sheet, an income
statement, a statement of financial position changes and a cash-flow statement, as well
as notes and other statements that can explain the financial analysis.
Key-words: financial analysis, financial statements, financial ratios
3. “Análise Financeira” – Corticeira
Gestão Financeira I – 2013 Página 3 de 27
Índice
Resumo ............................................................................................................................ 2
“Análise Financeira – Corticeira Amorim”................................................................. 2
Palavras –Chave: análise financeira, demonstrações financeiras, rácios ....................... 2
Abstract ........................................................................................................................... 2
“Financial Analysis – Corticeira Amorim”.................................................................. 2
Índice ................................................................................................................................ 3
1. Introdução................................................................................................................. 4
2. A Corticeira Amorim................................................................................................ 5
3. Método utilizado na Análise Financeira da Corticeira Amorim............................... 7
4. Demonstrações Financeiras de 2009, 2010 e 2011................................................... 8
5. Apuramento e Análise de Rácios............................................................................ 15
6. Conclusão ............................................................................................................... 18
Bibliografia..................................................................................................................... 19
ANEXOS........................................................................................................................ 20
4. “Análise Financeira” – Corticeira
Gestão Financeira I – 2013 Página 4 de 27
1. Introdução
As demonstrações financeiras são elaboradas de acordo com uma estrutura e conteúdo
seguindo os princípios estabelecidos nas Normas de Contabilidade e Relato Financeiro
(NCRF) que têm por base as Normas Internacionais de Contabilidade (NIC), adoptadas
pelo texto original do Regulamento (CE) nº 1126/2008 da Comissão de Normalização
Contabilística (CNC).
Fica aqui um pequeno esclarecimento: sempre que se ouve falar ou se lê informação
relacionada com as normas internacionais de contabilidade, encontramos um conjunto
de conceitos e de siglas que, parecendo divergentes, são uma mesma coisa.
Falando de expressões como NIC, IAS e IFRS, estamos sempre a lidar com as “Normas
Internacionais de Contabilidade”, “InternationalAccounting Standards” e “International
Financial Reporting Standards”, que são normas de contabilidade ou normas
internacionais de relato financeiro emitidas pelo “InternationalAccounting Standards
Borad” (IASB), sendo a mesma coisa e que apenas detêm denominações diferentes
devido às datas da sua emissão.
Compete referir que as empresas cotadas em bolsa se regem pelas IAS/IFRS constantes
do Regulamento referido no primeiro parágrafo desta introdução, desde 2005.
Sendo as demonstrações financeiras uma representação estruturada da posição
financeira e do desempenho financeiro de uma entidade e o seu objectivo proporcionar
informação acerca da posição financeira, do desempenho financeiro e dos fluxos de
caixa de uma entidade que seja útil a uma vasta gama de utentes na tomada de decisões
económicas, devem ser compostas pelos seguintes modelos:
Balanço
Demonstração dos Resultados (por naturezas ou por funções),
Demonstração das Alterações no Capital Próprio
Demonstração dos Fluxos de Caixa,
Anexo.
(Pires & Gomes, 2011)
5. “Análise Financeira” – Corticeira
Gestão Financeira I – 2013 Página 5 de 27
2. A CorticeiraAmorim
“A CORTICEIRA AMORIM SGPS, S.A. é a maior empresa mundial de produtos de
cortiça e uma das mais internacionais de todas as empresas portuguesas, com
operações em dezenas de países, de todos os continentes.
Há mais de um século que está presente neste sector de actividade, tendo contribuído
decisivamente para a divulgação mundial da cortiça.
Actualmente, as aplicações de cortiça incluem não apenas produtos tradicionais de alto
valor acrescentado, como é o caso da rolha, mas também produtos que incorporam
avançada tecnologia de fabrico e elevados padrões de I&D. Desta forma, a
CORTICEIRA AMORIM disponibiliza um vasto portfolio de produtos de elevada
qualidade, para incorporação em indústrias tão diversificadas e exigentes como são a
indústria aeronáutica, de construção, ou a indústria vinícola.” (Corticeira Amorim
SGPS, 2013)
“A Corticeira Amorim é uma empresa portuguesa com sede em Mozelos, Santa Maria
da Feira, sendo as acções representativas do seu capital social de 133 000 000 euros
cotadas na Euronext Lisboa – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A.
A Corticeira Amorim é considerada Líder Mundial com a maior quota de mercado em
todos os seus segmentos de produtos:
Rolhas: 25%
Revestimentos: 65%
Aglomerados Compósitos: 55%
Isolamentos: 80%
Possui uma gestão integrada da cadeia de valor, desde a aquisição da matéria-prima,
sua transformação e optimização de todos os sub-produtos, produção de uma gama de
produtos diversificada, presença directa nos principais mercados de consumo, capaz de
antecipar as tendências da procura (e de descobrir potencial para mais aplicações da
cortiça), e de prestar um serviço de excelência.
6. “Análise Financeira” – Corticeira
Gestão Financeira I – 2013 Página 6 de 27
Os seus principais objectivos são:
Reforçar a liderança no procurement e na aquisição da matéria-prima - cortiça:
Continuar a trabalhar para forçar as autoridades governamentais portuguesas
a prestar mais atenção e a disponibilizarem mais recursos em prol dos
montados
Reforçar a presença global no procurement (Península Ibérica e Norte de
África)
Melhorar o mix de qualidade
Prever e controlar o ciclo de preços
Melhorar a eficiência ao longo de toda a cadeia de valor: desde a aquisição -
preparação - manufactura dos componentes - desperdícios - produção de rolhas
- Investigação e Desenvolvimento - comercialização e vendas
Concentrar-se na redução e optimização dos custos
Prioridade ao crescimento rentável: enfoque na maximização das margens, por
produto, mercado e Cliente
Focalização junto dos Clientes finais: reforçar os mecanismos de conhecimento
dos clientes e das tendências
Alavancagem na forte rede de distribuição global e melhorar a sua eficiência
Evoluir para mix de produtos mais forte: continuar a melhorar o mix de
produtos e aumentar a ponderação dos produtos de valor acrescentado
Melhorar a percepção de valor dos Clientes: intensificar as campanhas de
marketing sobre as vantagens da cortiça
Reforçar a Liderança na Investigação & Desenvolvimento: “Transformar
ameaças em oportunidades”(Corticeira Amorim SGPS, 2013)
7. “Análise Financeira” – Corticeira
Gestão Financeira I – 2013 Página 7 de 27
3. Métodoutilizado na Análise Financeira da Corticeira Amorim
Para o presente trabalho decidimos fazer a recolha da informação financeira da
empresa,referente aos exercícios dos anos de 2009, 2010 e 2011.
Assim, foram recolhidos os seguintes documentos:
demonstração da Posição Financeira;
demonstração dos Resultados por Naturezas;
demonstração dos Fluxos de Caixa;
demonstração das Alterações no Capital Próprio;
As demonstrações financeiras individuais foram preparadas pela Corticeira Amorim no
pressuposto da continuidade das operações, de acordo com as Normas Internacionais de
Relato Financeiro (IFRS), tal como adoptado na União Europeia, em vigor nas datas
respectivas.
8. “Análise Financeira” – Corticeira
Gestão Financeira I – 2013 Página 8 de 27
4. Demonstrações Financeiras de 2009, 2010 e 2011
Demonstraçãoda Posição Financeira Milhares de Euros
Dez. 2009 Dez. 2010
Dez.
2011
ACTIVO
Activo não corrente
Investimentos em subsidiárias e associadas 435.686 141.123 181.063
Outros activos financeiros 47 47 47
Empresas do Grupo 237.150 102.495
Activos por impostos diferidos 515
435.733 378.835 283.605
Activo corrente
Clientes 192
Estado e outros entes públicos 1.653 1.604 434
Empresas do Grupo 11.106 17.788 64.486
Outras contas a receber 53 227 318
Diferimentos 6 276 422
Caixa e Depósitos Bancários 3 24.002 15.088
13.013 43.897 80.748
Total do Activo 448.746 422.732 364.353
CAPITAL PRÓPRIO
Capital social 133.000 133.000 133.000
Acções próprias -2.801 -6.247 -6.247
Prémios de emissão 38.893 38.893 38.893
Reservas legais 8.557 10.887 12.243
Outras reservas 20.952 65.218 78.356
Excedentes de revalorização 4.052 4.052 4.052
202.653 245.803 260.297
Resultado liquido do período 46.595 27.115 -1.080
Total do Capital Próprio 249.248 272.918 259.217
PASSIVO
Passivo não corrente
Provisões 3.972 6.689 7.308
Financiamentos obtidos 46.474 11.488 60.500
50.446 18.177 67.808
Passivo corrente
Fornecedores 129 49 113
Estado e outros entes públicos 656 1.231 3.696
Accionistas 3.038 2 3
Empresas do Grupo 1.730 1.869
Financiamentos obtidos 143.409 125.597 29.509
Outras contas a pagar 1.820 1.903 855
Outros passivos financeiros 1.125 1.283
149.052 131.637 37.328
Total do Passivo 199.498 149.814 105.136
Total do Passivo e Capitais Próprios 448.746 422.732 364.353
(documento de elaboração do grupo de trabalho)
9. “Análise Financeira” – Corticeira
Gestão Financeira I – 2013 Página 9 de 27
Demonstração de Resultadospor Naturezas
Milhares de Euros
RENDIMENTOS E GASTOS Dez. 2009 Dez. 2010 Dez. 2011
Prestação de serviços 355
Ganhos/perdas imputados de subsidiárias 48.500 27.495 -10
Fornecimentos e serviços externos -572 -546 -595
Custos com o pessoal -1.495 -1.043 -1.024
Outros rendimentos e ganhos 2 12 36
Outros gastos e perdas -105 -69 -103
Resultados antes de depreciações, gastos de
financiamento e impostos
46.685 25.849 -1.696
Gastos/reversões de depreciação e amortização -21 0 0
Resultados operacionais (antes de gastos de
financiamento e impostos)
46.664 25.849 -1.696
Juros e rendimentos similares obtidos 3.344 2.704 5.092
Juros e gastos similares suportados -3.966 -5.488 -5.039
Resultados antes de impostos 46.042 23.065 -1.643
Imposto sobre os resultados 553 4.050 563
Resultado líquido 46.595 27.115 -1.080
Resultados por acção – básico e diluído (euros por acção) 0,36 0,21 -0,01
A quantidade média ponderada de acções 130.050.757 127.067.934 126.212.538
Total do valor médio ponderado das acções 46.818.273 26.684.266 -1.262.125
(documento de elaboração do grupo de trabalho)
10. “Análise Financeira” – Corticeira
Gestão Financeira I – 2013 Página 10 de 27
Demonstração dos Fluxosde Caixa
Milhares de Euros
Dez. 2009 Dez. 2010 Dez. 2011
ACTIVIDADES OPERACIONAIS:
Recebimentos de clientes 318 192 -
Pagamentos a fornecedores -706 -634 -562
Pagamentos ao pessoal -1.263 -918 -870
Fluxo gerado pelas operações -1.651 -1.360 -1.432
Pagamento/recebimento do imposto sobre o
rendimento
5.838 2.850 3.511
Outros recebimentos/pagamentos relativos à
actividade operacional
-231 -251 -230
Fluxos das actividades operacionais 3.956 1.239 1.849
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:
Recebimentos provenientes de:
Investimentos financeiros 185.707 168.230 202.311
Juros e proveitos similares 1.592 3.674 3.920
Dividendos 48.500 24.000 -
235.799 195.904 206.231
Pagamentos respeitantes a:
Investimentos financeiros -304.471 -112.428 -223.325
Fluxos das actividades de investimento -68.672 -83.476 -17.094
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:
Recebimentos provenientes de:
Empréstimos obtidos 274.379 352.782 307.585
Pagamentos respeitantes a:
Empréstimos obtidos -206.273 -405.535 -282.301
Juros e custos similares -3.539 -4.472 -5.974
Dividendos - -12.619
Aquisição de acções próprias -299 -3.446 -
-210.111 -413.453 -300.894
Fluxos das actividades de financiamento 64.268 -60.671 6.691
Variação de caixa e seus equivalentes -448 24.044 -8.554
Efeito das diferenças de câmbio 0 - -
Caixa e seus equivalentes no início do
período
2 -446 23.598
Caixa e seus equivalentes no fim do período -446 23.598 15.044
(documento de elaboração do grupo de trabalho)
11. “Análise Financeira” – Corticeira
Gestão Financeira I – 2013 Página 11 de 27
2010 vs 2009
Em 2010 verificamos que o total do activo diminuiu 26,014M€ face a 2009, deve-se, no
essencial, à variação líquida da rubrica ligada às suas subsidiárias (-50M€), variação
essa que corresponde à baixa nos valores relativos a empréstimos, prestações acessórias
ou financiamentos concedidos. A subida na rubrica de Caixa e depósitos (+24M€) não
compensou o efeito referido.
Analisando a Demonstração das Alterações no Capital Próprio verificámos, igualmente,
que não foi feita distribuição de dividendos durante o exercício de 2010, o valor dos
capitais próprios teve uma subida relativa aos resultados do exercício (27M€), tendo por
contrapartida diminuído pelo valor referente à compra de acções próprias (3,4M€).
No final, o valor dos capitais próprios atingiram os 273M€, uma subida de 24M€ em
relação ao final de 2009.
Em termos de passivo, verificámos uma variação de cerca de 50M€, que se justifica pela
diminuição de 52M€ da rubrica relacionada com os financiamentos obtidos de
subsidiárias. O valor da dívida bancária manteve-se praticamente igual.
2011 vs 2010
Analisando a Demonstração da Posição Financeira, verifica-se que o total do activo foi
de 364M€, tendo diminuído 59M€ em relação ao fecho de 2010.
A variação nos valores relativos a empréstimos, prestações acessórias e participações
financeiras (-48M€), bem como a baixa no valor de depósitos bancários (-9M€),
justificam o desempolamento registado.
A descida do valor do activo, foi correspondida por uma descida do passivo de 45M€,
praticamente justificada pelabaixa no passivo bancário (-47M€).
Os Capitais Próprios foram afectados pela distribuição de 12,621 M€ de dividendos,
tendo assim registado um valorde 259,2 M€ no final de 2011.
12. “Análise Financeira” – Corticeira
Gestão Financeira I – 2013 Página 12 de 27
Análise do equilibrio financeiro
Dez. 2009 Dez. 2010 Dez. 2011
1.Capital Própio 249.248 272.918 259.217
2.Capital Alheio (superior a 1 ano) 46.474 11.488 60.500
3.Capitais Permanentes (1 + 2) 295.722 284.406 319.717
4.Activo Fixo 435.733 378.835 283.605
5.Fundo de Maneio -140.011 -94.429 36.112
6.Clientes 192 0 0
7.Empresas do grupo 11.106 17.788 64.486
8.Diferimentos 6 276 422
9.Estados e outros entes públicos (a
receber) 1.653 1.604 434
10.Outros devedores de exploração 53 227 318
11.Necessidades cíclias (soma 6 a 10) 13.010 19.895 65.660
12.Fornecedores 129 49 113
13.Estado e outros entes públicos (a pagar) 656 1.231 3.696
14.Accionistas 3.038 2 3
15.Outros credores de exploração 1.820 1.903 855
16. Provisões 3.972 6.689 7.308
17.Empresas do grupo 0 1.730 1.869
18.Outros passivos financeiros 0 1.125 1.283
19.Recursos cíclicos (soma 12 a 18) 9.615 12.729 15.127
20.Necessidade em FM (11 - 19) 3.395 7.166 50.533
21.Tesouraria líquida (5 - 20) -143.406 -101.595 -14.421
(documento de elaboração do grupo de trabalho)
13. “Análise Financeira” – Corticeira
Gestão Financeira I – 2013 Página 13 de 27
Validação de cálculos
Dez.
2009
Dez.
2010
Dez.
2011
Tesouraria Activa
Disponibilidades 3 24.002 15.088
Devedores diversos (não de
exploração)
Soma 3 24.002 15.088
Tesouraria Passiva
Crédito bancário curto prazo 143.409 125.597 29.509
Credores diversos (não de exploração)
Soma 143.409 125.597 29.509
Tesouraria Liquida
(T. Activa - T. Passiva)
-
143.406
-
101.595 -14.421
(documento de elaboração do grupo de trabalho)
Após a elaboração do balanço funcional, verificamos que em 2009 e 2010, o fundo de
maneio é inferior a 0, ou seja, os recursos estáveis são insuficientes face às necessidades
de financiamento do activo fixo, tornando-se assim um factor de risco. Em 2011,
verifica-se o inverso, sendo o fundo de maneiro superior a 0, logo existe uma parte de
fundos estáveis que financiam o ciclo de exploração.
Independentemente de no ano 2011 o fundo de maneiro ter sido positivo, o mesmo não
significa que a empresa se encontre equilibrada financeiramente, isto porque nos dias de
hoje, o fundo de maneio positivo não constitui condição nem necessária nem suficiente
para tal.
No que respeita às necessidades de fundo de maneio, as mesmas são superiores a 0 ao
longo dos três anos, quer isto dizer, que a empresa terá que aumentar os seus recursos
cíclicos de modo a fazer face às suas necessidades cíclicas.
Com tudo isto, chegamos à conclusão que a tesouraria líquida é negativa ao longo dos
três exercícios, ou seja, há um défice na tesouraria o que não nos permite cumprir as
obrigações financeiras a curto prazo.
Estamos perante um caso de tesouraria passiva a cobrir tesouraria activa, logo a
tesouraria da empresa não está a ser bem gerida.
14. “Análise Financeira” – Corticeira
Gestão Financeira I – 2013 Página 14 de 27
DEMONSTRAÇÃODASALTERAÇÕESNOCAPITALPRÓPRIO
2008200920102011
Saldo
Inicial
Movimento
Saldo
Final
Saldo
Inicial
Movimento
Saldo
Final
Saldo
Inicial
Movimento
Saldo
Final
Saldo
Inicial
Movimento
Saldo
Final
Capitalsocial133000-133000133000-133000133000-133000133000-133000
Acçõespróprias–valornominal-2568-22-2590-2590-498-3088-3088-3699-6788-6788--6788
AcçõesPróprias–prémiosedescontos104-168888199287287254541541-541
Prémiosdeemissãodeacções38893-3889338893-3889338893-3889338893-38893
Reservasdereavaliação4052-40524052-40524052-40524052-4052
Reservaslegais7445-7445744511128557855723291088710887135612243
Reservasespeciais103-103103-103103-103103-103
Reservasresultantesdavendadeacçõespróprias339-339339-339339-339339-339
Reservaslivres49141-46522261926191789220511205114426564776647761313877914
Resultadostransitados-3995236710-3242-32423242-
Resultadolíquido:
>Exercíciode2007-19871987-
>Exercíciode2008-222462224622246-22246-
>Exercíciode2009-465954659546595-46595
>Exercíciode2010-271152711527115-27115-
>Exercíciode2011--1080-1080
188570143832029532029534629624924924924923669272918272918-13701259217
Osmovimentosnoscapitaisprópriossumarizam-secomosegue:
Ano2008Ano2009
Ano
2010
Ano
2011
Aquisiçãodeacçõespróprias-38-299-3446-
Distribuiçãodedividendos-7825-12621
Resultadoliquido222464659527115-1080
143834629623669-13701
(do
cu
me
nto
de
ela
bor
açã
o
do
gru
po
de
tra
bal
ho)
15. “Análise Financeira” – Corticeira
Gestão Financeira I – 2013 Página 15 de 27
5. Apuramento e Análise de Rácios
A análise das demonstrações financeiras da Corticeira Amorim irá incidir sobre
indicadores financeiros de rendibilidade, endividamento e liquidez, porque
consideramos estes rácios dos mais relevantes e usuais para a generalidade dos
utilizadores da informação financeira.
Liquidez
Rácio de Liquidez 2009 2010 2011
0,09 0,33 2,16
Comentários:
O grau de liquidez indica em que medida o passivo de curto prazo está coberto por
activos que se esperam vir a ser convertidos em meios financeiros líquidos num período
supostamente correspondente ao do vencimento das dívidas de curto prazo.
No caso em análise podemos concluir que, perante este rácio, só em 2011 a Corticeira
Amorim atinge uma situação de “desafogo” em termos de liquidez de curto prazo.
Autonomia Financeira
O rácio de autonomia é uma das medidas mais importantes no teste à autonomia
financeira de uma empresa.
Este rácio permite-nosavaliar em que percentagem é que o activo da sociedade se
encontra a ser financiado por Capitais Próprios.
Autonomia 2009 2010 2011
Financeira 0,45 0,58 0,71
16. “Análise Financeira” – Corticeira
Gestão Financeira I – 2013 Página 16 de 27
Comentários:
Sendo que este indicador se deve situar entre 0 e 1, temos que só em 2011 a empresa em
análise deixa de ter elevada dependência em relação aos seus credores, mantendo, no
entanto os riscos inerentes a essa dependência que é desvantajosa na negociação de
novos financiamentos.
Capacidade de Endividamento:
A capacidade de endividamento indica até que ponto uma empresa ainda pode recorrer a
aumentos de Capitais Alheios, sem comprometer a sua solvabilidade e autonomia
financeira.
Capacidade de 2009 2010 2011
Endividamento 2,01 2,21 8,76
Comentários:
A Corticeira Amorim apresenta, neste rácio, valores >2, isto é, indica que os capitais
permanentes são mais do dobro dos passivos não correntes.
Rácios de Rendibilidade
Os rácios de rendibilidade exprimem os fundos gerados pela empresa após remunerar os
diferentes factores produtivos e liquidar os impostos que incidem sobre o rendimento
das entidades.
Determinam a eficiência na utilização dos recursos da empresa e são indicadores, numa
óptica de curto prazo, do sucesso da gestão da empresa, ou seja, da capacidade de gerar
um excedente económico com a sua actividade.
Rendibilidade 2009 2010 2011
Capital Próprio 23% 11% 0%
17. “Análise Financeira” – Corticeira
Gestão Financeira I – 2013 Página 17 de 27
Comentários:
Este indicador permite medir a rendibilidade dos capitais investidos, podendo desta
forma ser utilizado como objetivo de gestão da empresa.
Rendibilidade 2009 2010 2011
do Activo 10% 6% 0%
Comentários:
Este indicador traduz a capacidade do activo da empresa gerar lucro. Permite, desta
forma, avaliar o desempenho dos capitais totais investidos na empresa
independentemente da sua origem.
18. “Análise Financeira” – Corticeira
Gestão Financeira I – 2013 Página 18 de 27
6. Conclusão
A Corticeira Amorim, a partir de 31 de Dezembro de 2009 deixou de ter como
actividade principal a fabricação, comercialização e distribuição de produtos de cortiça,
ficando apenas como gestora de participações sociais.
Como referido no parágrafo anterior, e após a análise das demonstrações financeiras,
verificámos a ausência de valores nas rúbricas de clientes, existências e vendas.
Relativamente ao balanço funcional, concluímos que as necessidades de fundo de
maneio, não estão suficientemente cobertas pelo fundo de maneio.
Todas as conclusões a que chegámos são corroboradas pelos valores apurados ao fazer a
análise dos diferentes rácios financeiros.
19. “Análise Financeira” – Corticeira
Gestão Financeira I – 2013 Página 19 de 27
Bibliografia
Corticeira Amorim SGPS, S. (2013). www.corticeiraamorim.com. Obtido em 02 de 06
de 2013, de www.corticeiraamorim.com:
http://www.corticeiraamorim.com/cor_glob_actividade.php
Menezes, C. H. (2005). Princípios de Gestão Financeira. Barcarena: Editorial Presença.
Nabais, C., & Nabais, F. (2009). Prática Financeira I - Análise Económica &
Financeira. Lisboa: Lidel edições técnicas, lda.
Nabais, C., & Nabais, F. (2009). Prática Financeira II - Gestão Financeira. Lisboa:
Lidel.
Pires, J., & Gomes, J. (2011). SNC - Sistema de Normalização Contabilística - Teoria e
Prática - 4ª Edição. Porto: Vida Económica - Editorial, SA.