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SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO DE POLÍTICAS
EDUCACIONAIS
DIVISÃO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL
Curso Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) no
Contexto da Aprendizagem e Avaliação
PESQUISA: PRINCÍPIO CIENTÍFICO E EDUCATIVO
Pedro Demo
Mediadora: Cristiane Delboni
Cursista: Deise Lopes Queiróz
Turma B - Vespertino
JULHO/ 2013
• A grade curricular define as matérias a serem estudadas, que levam o aluno à
obtenção do diploma;
•Cabe ao professor ministrar as aulas e avaliar este processo;
•Temos uma visão empobrecida do professor como mero ministrador de aulas;
•Muitas marcas banalizam a figura do professor que não passa de mero
“instrutor” porque não internalizou o verdadeiro sentido da pesquisa como
princípio científico;
•Somente tem algo a ensinar, quem pesquisa; quem tem o que dizer a partir da
elaboração própria;
•Formar o professor pesquisador demanda acabar com misérias como a falta de
auto-sustentação razoável e a falta de tempo para estudos;
•A ausência de pesquisa reduz o ensino a reprodução imitativa;
I - A PESQUISA COMO PRINCÍPIO CIENTÍFICO
1. A QUESTÃO CURRICULAR
• A pesquisa é a razão do ensino e o ensino é a razão da pesquisa;
•O aluno normalmente acostumado a decorar matérias, chega à universidade
com a mesma expectativa;
•Para simplesmente transmitir conhecimentos que não lhe pertencem o
professor pode deixar sua aula a cargo dos instrumentos de áudio e vídeo que o
reproduzem de uma maneira mais eficiente;
•A relação dentro da escola normalmente é diretiva-autoritária, onde o professor
delimita o início e o fim do que será estudado;
•O ensino não deve ser resumido à aula;
•O objetivo do ensino deve ser o de despertar questionamentos nos alunos.
Assim, podem chegar a produções próprias.
•Não se estuda só para saber; estuda-se também para atuar;
•As boas teorias mudam as práticas e vice-versa;
•A pesquisa como sendo produção de conhecimento deve dialogar com a
realidade;
•Toda prática precisa ser teoricamente organizada e isto fica a cargo da
organização curricular;
•Existe a necessidade da redefinição de papéis: professor como orientador e
parceiro crítico e o aluno como pesquisador e produtor de seus próprios
trabalhos.
2. A QUESTÃO DA TEORIA E PRÁTICA
•A importância dada às questões práticas na formação de qualquer estudante
deve ser a mesma dada às questões teóricas;
•A prática implica um modo de vida social;
3. DAR CONTA DE UM TEMA
•A organização curricular precisa apontar para o aprender a aprender,
deixando de lado as ações de imitação e cópias;
•Ao assumir um tema para defesa e elaboração o professor produz pesquisa;
4. A QUESTÃO DA AVALIAÇÃO
•As polêmicas a respeito da avaliação ocorrem pelo não respeito ao ritmo de
cada estudante, assim como à promoção automática;
•A universidade muitas vezes dispensa o mérito acadêmico que necessita de
pesquisa e promove o estudante por tempo de serviço;
•Tal postura apenas reforça o sistema de desigualdade social;
• A avaliação, não deve se restringir à sanção e ao castigo, mas transbordar
para o incentivo produtivo, principalmente para a pesquisa;
II - A PESQUISA COMO PRINCíPIO EDUCATIVO
1. EDUCAÇÃO, PESQUISA E EMANCIPAÇÃO
•Segundo Demo (1988) a emancipação é a formação do sujeito capaz de se
definir e de ocupar espaço próprio, recusando ser reduzido a objeto;
•Trata-se de teoria e prática, por meio da qual o sujeito entende que a
desigualdade é em parte causada pela própria sociedade;
•A passagem de objeto a sujeito emerge nesse fenômeno de diagnóstico de
dentro para fora (autodiagnóstico), com base no questionamento crítico;
•Emancipação quer dizer recuperar o espaço próprio que outros usurparam;
•A educação e a pesquisa contribuem para o processo emancipátório dos
sujeitos;
2. LIMITAÇÕES DO APENAS ENSINAR
•No apenas “ensinar” pouco existe o desafio da emancipação
com base em pesquisa, importando a imposição
domesticadora que leva a reproduzir discípulos;
•A preocupação é em repensar o “professor” e na verdade
recriá-lo. De mero “ensinador” — instrutor no sentido mais
barato — deve passar a “mestre”;
•Para tanto, é essencial recuperar a atitude de pesquisa,
elaboração própria e questionamento criativo;
•Assim pode o professor elaborar suas aulas e seu material
didático com mão própria, sem depender apenas da
interpretação de livros didáticos;
3. LIMITAÇÕES DO APENAS APRENDER
•A escola com características formais continua seu trabalho por meio de aulas,
provas e consequentemente colas;
•Da mesma forma, decorar, apenas, é fatal, porque destrói o desafio essencial
de criar soluções;
•Essas condições reduzem o aluno ao “mero aprender”, obstruindo passos da
criatividade própria;
•A escola precisa perguntar-se pela influência educativa que exerce no
alunado, caso pretenda ultrapassar o espaço informativo, para atingir conteúdo
formativo;
4. VAZIOS DA ESCOLA FORMAL
•A escola reproduz cada vez mais uma influência formal sobre os alunos;
•A artificialidade da sua organização e a concorrência com os meios de
comunicação fazem com que a escola fique afastada da realidade dos alunos.
Referência
DEMO, Pedro. Pesquisa : principio cientifico e educativo. 12. ed.- São
Paulo: Cortez, 2006. p. 45 a 97
4. VAZIOS DA ESCOLA FORMAL
•A escola reproduz cada vez mais uma influência formal sobre os alunos;
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  • 1. PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO DE POLÍTICAS EDUCACIONAIS DIVISÃO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL Curso Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) no Contexto da Aprendizagem e Avaliação PESQUISA: PRINCÍPIO CIENTÍFICO E EDUCATIVO Pedro Demo Mediadora: Cristiane Delboni Cursista: Deise Lopes Queiróz Turma B - Vespertino JULHO/ 2013
  • 2. • A grade curricular define as matérias a serem estudadas, que levam o aluno à obtenção do diploma; •Cabe ao professor ministrar as aulas e avaliar este processo; •Temos uma visão empobrecida do professor como mero ministrador de aulas; •Muitas marcas banalizam a figura do professor que não passa de mero “instrutor” porque não internalizou o verdadeiro sentido da pesquisa como princípio científico; •Somente tem algo a ensinar, quem pesquisa; quem tem o que dizer a partir da elaboração própria; •Formar o professor pesquisador demanda acabar com misérias como a falta de auto-sustentação razoável e a falta de tempo para estudos; •A ausência de pesquisa reduz o ensino a reprodução imitativa; I - A PESQUISA COMO PRINCÍPIO CIENTÍFICO 1. A QUESTÃO CURRICULAR
  • 3. • A pesquisa é a razão do ensino e o ensino é a razão da pesquisa; •O aluno normalmente acostumado a decorar matérias, chega à universidade com a mesma expectativa; •Para simplesmente transmitir conhecimentos que não lhe pertencem o professor pode deixar sua aula a cargo dos instrumentos de áudio e vídeo que o reproduzem de uma maneira mais eficiente; •A relação dentro da escola normalmente é diretiva-autoritária, onde o professor delimita o início e o fim do que será estudado; •O ensino não deve ser resumido à aula; •O objetivo do ensino deve ser o de despertar questionamentos nos alunos. Assim, podem chegar a produções próprias.
  • 4. •Não se estuda só para saber; estuda-se também para atuar; •As boas teorias mudam as práticas e vice-versa; •A pesquisa como sendo produção de conhecimento deve dialogar com a realidade; •Toda prática precisa ser teoricamente organizada e isto fica a cargo da organização curricular; •Existe a necessidade da redefinição de papéis: professor como orientador e parceiro crítico e o aluno como pesquisador e produtor de seus próprios trabalhos. 2. A QUESTÃO DA TEORIA E PRÁTICA •A importância dada às questões práticas na formação de qualquer estudante deve ser a mesma dada às questões teóricas; •A prática implica um modo de vida social;
  • 5. 3. DAR CONTA DE UM TEMA •A organização curricular precisa apontar para o aprender a aprender, deixando de lado as ações de imitação e cópias; •Ao assumir um tema para defesa e elaboração o professor produz pesquisa; 4. A QUESTÃO DA AVALIAÇÃO •As polêmicas a respeito da avaliação ocorrem pelo não respeito ao ritmo de cada estudante, assim como à promoção automática; •A universidade muitas vezes dispensa o mérito acadêmico que necessita de pesquisa e promove o estudante por tempo de serviço; •Tal postura apenas reforça o sistema de desigualdade social; • A avaliação, não deve se restringir à sanção e ao castigo, mas transbordar para o incentivo produtivo, principalmente para a pesquisa;
  • 6. II - A PESQUISA COMO PRINCíPIO EDUCATIVO 1. EDUCAÇÃO, PESQUISA E EMANCIPAÇÃO •Segundo Demo (1988) a emancipação é a formação do sujeito capaz de se definir e de ocupar espaço próprio, recusando ser reduzido a objeto; •Trata-se de teoria e prática, por meio da qual o sujeito entende que a desigualdade é em parte causada pela própria sociedade; •A passagem de objeto a sujeito emerge nesse fenômeno de diagnóstico de dentro para fora (autodiagnóstico), com base no questionamento crítico; •Emancipação quer dizer recuperar o espaço próprio que outros usurparam; •A educação e a pesquisa contribuem para o processo emancipátório dos sujeitos;
  • 7. 2. LIMITAÇÕES DO APENAS ENSINAR •No apenas “ensinar” pouco existe o desafio da emancipação com base em pesquisa, importando a imposição domesticadora que leva a reproduzir discípulos; •A preocupação é em repensar o “professor” e na verdade recriá-lo. De mero “ensinador” — instrutor no sentido mais barato — deve passar a “mestre”; •Para tanto, é essencial recuperar a atitude de pesquisa, elaboração própria e questionamento criativo; •Assim pode o professor elaborar suas aulas e seu material didático com mão própria, sem depender apenas da interpretação de livros didáticos;
  • 8. 3. LIMITAÇÕES DO APENAS APRENDER •A escola com características formais continua seu trabalho por meio de aulas, provas e consequentemente colas; •Da mesma forma, decorar, apenas, é fatal, porque destrói o desafio essencial de criar soluções; •Essas condições reduzem o aluno ao “mero aprender”, obstruindo passos da criatividade própria; •A escola precisa perguntar-se pela influência educativa que exerce no alunado, caso pretenda ultrapassar o espaço informativo, para atingir conteúdo formativo;
  • 9. 4. VAZIOS DA ESCOLA FORMAL •A escola reproduz cada vez mais uma influência formal sobre os alunos; •A artificialidade da sua organização e a concorrência com os meios de comunicação fazem com que a escola fique afastada da realidade dos alunos. Referência DEMO, Pedro. Pesquisa : principio cientifico e educativo. 12. ed.- São Paulo: Cortez, 2006. p. 45 a 97
  • 10. 4. VAZIOS DA ESCOLA FORMAL •A escola reproduz cada vez mais uma influência formal sobre os alunos; •A artificialidade da sua organização e a concorrência com os meios de comunicação fazem com que a escola fique afastada da realidade dos alunos. Referência DEMO, Pedro. Pesquisa : principio cientifico e educativo. 12. ed.- São Paulo: Cortez, 2006. p. 45 a 97