O documento discute o indutivismo como uma perspectiva do método científico. Ele descreve o método indutivo como tendo quatro etapas: 1) observação, 2) formulação da hipótese, 3) teste da hipótese, 4) conclusão. No entanto, também critica esta perspectiva indutivista, argumentando que as hipóteses não são extraídas diretamente dos fatos e que elas não são totalmente verificáveis.
2. O indutivismo
Quando se trata de conhecer cientificamente a realidade, chega
sempre o momento em que o cientista tem de testar e submeter à
prova a hipótese que construiu para explicar ou compreender algo.
Uma hipótese é uma tentativa de resposta a um problema, a procura
de uma solução, uma tentativa de explicação ou de compreensão de
algo que acontece no mundo.
FILOSOFIA 11.º ano
Validade e verificabilidade das hipóteses
3. Como entender o teste das hipóteses?
O que fazem os cientistas?
Tentam provar que são verdadeiras ou procuram mostrar que são
falsas?
Verificar ou falsificar parece ser a questão.
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Validade e verificabilidade das hipóteses
O indutivismo
4. Como procedem os cientistas para conhecer a realidade, que caminho
percorrem para atingir essa meta?
A resposta mais frequente, partilhada pelas pessoas que não se dedicam
à ciência nem à reflexão sobre o método científico, é a de que a ciência
usa o método indutivo.
Esta perspetiva é também frequentemente aceite por vários cientistas.
Se a partir desta ideia julgarmos que o método indutivo é o método da
ciência e não um entre outros, estamos a ser indutivistas.
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Validade e verificabilidade das hipóteses
O indutivismo
5. O indutivismo: Uma descrição do método indutivo
1. Observação
Em primeiro lugar, recolhe-se o máximo possível de informação empírica
sobre o assunto que se estuda. Ainda que as observações fortuitas ou
ocasionais desencadeiem por vezes importantes descobertas científicas,
a observação científica deve ser rigorosa e orientada para a resolução
de problemas.
A objetividade das observações deve ser garantida pelo uso de
instrumentos e medidas rigorosas.
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Validade e verificabilidade das hipóteses
6. 2. Formulação da hipótese
Organizam-se os dados recolhidos e registados, procurando-se descobrir
relações constantes entre eles – regularidades ou leis.
Generalizam-se os dados da observação: o que vale para os casos
observados é, a título de hipótese, extensível a todos os factos do tipo
dos que foram observados.
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Validade e verificabilidade das hipóteses
O indutivismo: Uma descrição do método indutivo
7. 3. Teste da hipótese ou verificação da sua correspondência com os
factos
4. Conclusão
O sucesso das predições num número razoável de experiências atesta
a verdade da hipótese – pelo menos provisória –, que passa então a
designar-se lei científica.
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Validade e verificabilidade das hipóteses
O indutivismo: Uma descrição do método indutivo
8. O indutivismo: críticas à perspetiva indutivista do
método científico
1. É errado supor que começamos pela observação ou que há
observação pura.
Sem teorias prévias, a observação carece de qualquer orientação. As
conjeturas (hipóteses ou expetativas) são logicamente anteriores às
observações.
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Validade e verificabilidade das hipóteses
9. 2. As hipóteses não são, de modo algum, extraídas dos factos
As hipóteses são produto da cooperação do raciocínio e da imaginação.
Têm de ser criadas, inventadas.
Neste aspeto, o trabalho do cientista é semelhante ao da criação
artística. Com uma diferença: o cientista é tão livre para criar hipóteses
como o artista, mas, ao contrário deste último, tem de submeter as suas
criações a testes empíricos.
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Validade e verificabilidade das hipóteses
O indutivismo: críticas à perspetiva indutivista do
método científico
10. Outro aspeto que de momento só brevemente será referido – porque
será retomado e desenvolvido a seguir – diz respeito ao facto de as
hipóteses, ao contrário do que pensa o indutivista, não serem
verificáveis.
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Validade e verificabilidade das hipóteses
O indutivismo: críticas à perspetiva indutivista do
método científico