O documento descreve as três estruturas da mente humana de acordo com a psicanálise de Freud:
1) O Id é a parte primitiva e irracional que busca satisfazer desejos e necessidades de forma imediata.
2) O Ego procura satisfazer as necessidades de forma realista para evitar problemas, agindo de acordo com o princípio da realidade.
3) O Superego representa a moralidade interiorizada e age segundo o princípio do dever, reprimindo infrações mesmo na ausência de castigos externos.
1. PLÁTANO EDITORA
As estruturas da mente humana
Caraterísticas Estatuto
Exemplificação do seu
comportamento
Id
Componente primitiva do nosso
psiquismo.
É a sede de forças ou impulsos
irracionais, ilógicos, descontrolados
e perigosos.
Totalmente inconsciente. Está
desligado da realidade, não sabe
adaptar-se a ela para aceitavelmente
satisfazer os seus impulsos e
necessidades.
É representante das nossas
necessidades e desejos mais básicos.
Não conhece outro princípio a não
ser o de prazer. «Satisfaz os teus
desejos».
Necessidades a satisfazer: a fome.
Imaginemos uma situação em que,
esfomeados, queremos comer, mas
não podemos pagar.
O Id dir-nos-ia «Come porque tens
de comer», sem pensar em possíveis
punições nem se é correto ou
incorreto agir assim.
Ego
Começa a desenvolver-se por volta
dos 6 meses.
Procura satisfazer as necessidades de
uma forma realista e apropriada de
modo a evitar problemas à nossa
integridade psíquica e física.
É racional e tem a noção do que é
possível fazer de acordo com as
circunstâncias.
É representante do «pragmatismo» e
do «realismo» na relação com o
mundo externo.
Age segundo o princípio de
realidade: «Façamos o que é possível
fazer, tendo em conta as
circunstâncias», ou seja, «é
permitido o que não nos causar
problemas».
Dada a mesma necessidade e na
mesma situação, o Ego dir-nos-ia:
«Se for possível comer sem pagar,
fá-lo», ou seja, «podes comer sem
pagar desde que ninguém repare;
caso contrário, faz o que é realmente
aconselhável».
Superego
Começa a formar-se por volta dos 2,
3 anos.
Enquanto o Ego é «pragmático», o
Superego é tendencialmente
moralista.
Aspira à perfeição moral, reprimindo,
muitas vezes de forma excessiva, as
infrações à moralidade.
É o representante da moralidade.
Nele estão interiorizadas as normas
socialmente estabelecidas
relativamente ao bem e ao mal.
Age segundo o princípio do dever.
«Faz o bem ou evita o mal porque
assim deve ser.»
O Superego dir-nos-ia: «Para
satisfazer a fome, deves pagar», ou
seja, «deves agir corretamente, não
por medo de castigos e punições,
mas porque assim é que deve ser».
Roubar é sempre um crime, seja
visto ou não.
U2 - Síntese esquematica:Psicologia 12.º ano 8/4/09 2:13 PM Page 11