4. • O Segundo Reinado é a fase da História do
Brasil que corresponde ao governo de D.
Pedro II. Teve início em 23 de julho de 1840,
com a mudança na Constituição que declarou
Pedro de Alcântara maior de idade com 14
anos e, portanto, apto para assumir o
governo. O 2º Reinado terminou em 15 de
novembro de 1889, com a Proclamação da
República.
6. A Política no Segundo Reinado:
• A política no Segundo Reinado foi marcada
pela disputa entre o Partido Liberal e o
Conservador. Estes dois partidos defendiam
quase os mesmos interesses, pois eram
elitistas. Neste período o imperador escolhia o
presidente do Conselho de Ministros entre os
integrantes do partido que possuía maioria na
Assembléia Geral.
7. • Nas eleições eram comuns as fraudes,
compras de votos e até atos violentos para
garantir a eleição.
• A situação era tão complicada que as eleições
de 1840 foram chamadas de “Eleições do
Cacete”, por causa da violência.
8.
9. O fim da Guerra dos Farrapos
• Quando assumiu o império a Revolução
Farroupilha estava em pleno
desenvolvimento. Havia uma grande
possibilidade da região sul conseguir a
independência do restante do país. Para evitar
o sucesso da revolução, D.Pedro II nomeou o
barão de Caxias como chefe do exército.
11. • Caxias utilizou a diplomacia para negociar o
fim da revolta com os líderes. Em 1845,
obteve sucesso através do Tratado de Ponche
Verde e conseguiu colocar um fim na
Revolução Farroupilha.
12. A Revolução Praieira
• A Revolução Praieira foi uma revolta liberal e
federalista que ocorreu na província de
Pernambuco, entre os anos de 1848 e 1850.
Dentre as várias revoltas ocorridas durante o
Brasil Império, esta foi a última. Ganhou o
nome de praieira, pois a sede do jornal
dirigido pelos liberais revoltosos (chamados
de praieiros) situava-se na rua da Praia.
13.
14. O Ciclo do café:
• O café (planta) vem da Etiópia,porém a bebida foi
inventada pelos árabes.
29. • No final do séc. XIX o Brasil era o maior exportador
de café do mundo, abastecendo a Europa e os
Estados Unidos.
Mais tarde os cafezais se expandiram para oeste de
São Paulo, onde o trabalho também era realizado
por imigrantes livres.
Graças às riquezas do café, o poder central não pôde
mais ser contestado pelos federalistas e a região
sudeste tornou-se a mais importante.
34. • Os cafeicultores se tornaram os homens mais ricos
do Brasil, sendo a base da autoridade do Imperador.
Os lucros do café levaram a uma recuperação
econômica e a uma modernização do país.
A expansão das lavouras para o interior de São Paulo
levou à construção de ferrovias e também ao
progresso tecnológico
41. • As fazendas de café desbancaram o nordeste
e incentivaram a vinda de imigrantes
europeus que foram quase escravizados
O café estimulava a circulação de dinheiro e o
mercado consumidor, favorecendo o
surgimento de empresários capitalistas
brasileiros.
45. • Vivendo seu auge entre 1850 e 1870, o regime
imperial entrou em declínio com o desenrolar
de várias transformações. O fim do tráfico
negreiro em 1850, a introdução da mão de
imigrante, as brigas com militares e religiosos
e a manutenção do escravismo foram
questões fundamentais no abalo da
monarquia.
46. • Aos poucos, membros das elites econômicas e
intelectuais passaram a compreender a
república como um passo necessário para a
modernização das instituições políticas
nacionais.
47. • A questão agrária no Brasil, tão atual e
discutida por diversos setores de nossa
sociedade, remonta um longo processo
histórico que assinala o problema da
concentração de terras em nosso país.
Durante o Segundo Reinado, destacamos um
dos mais importantes marcos desse processo
no momento em que o poder imperial
estabelece a Lei de Terras de 1850, que
favoreceu os fazendeiros.
48. • Essa lei surgiu em uma época de muitas
transformações sociais e políticas do Império.
Naquele mesmo ano, duas semanas antes da
aprovação da Lei de Terras, o governo
imperial criminalizou o tráfico negreiro no
Brasil por meio da aprovação da Lei Euzébio
de Queiroz.
49. • De fato, essas duas leis estavam intimamente
ligadas, pois o fim da importação de escravos
seria substituído por ações que incentivavam
a utilização da mão de obra assalariada dos
imigrantes europeus.
50.
51. • Por esta lei, a terra se transformava em uma
mercadoria de alto custo, acessível a uma
pequena parte da população brasileira. Com
isso, pessoas com condição financeira inferior
– como ex-escravos, imigrantes e
trabalhadores livres – tinham grandes
dificuldades em obter um lote de terras.
52.
53.
54. • Apesar de regulamentar a propriedade
agrária, a lei de terras não foi cumprida em
boa parte das propriedades, legitimando o
desmando e a ampliação de terras dos
grandes proprietários.
56. A questão Christie:
• Durante o século XIX, as relações diplomáticas
entre Brasil e Inglaterra passaram por altos e
baixos. No começo desse século, visando
consolidar seus interesses econômicos, a
Inglaterra reconheceu a independência do
Brasil em troca do controle do seu mercado
consumidor de produtos industrializados e a
contração de vários empréstimos aos cofres
públicos.
57. • Mas, essa relação de dependência que
parecia se aprofundar com o passar do tempo
sofreu um abalo na década de 1860.
Nesse período, os ingleses pressionavam
politicamente o Brasil para a escravidão fosse
abolida.
58. • Os ingleses esperavam que a abolição
aumentasse o número de consumidores para
seus produtos, com os novos consumidores: os
futuros ex-escravos, que passariam a receber
salários.
• Além disso, a expansão do capitalismo industrial
para outras nações do mundo, estabeleceu novas
parcerias comerciais que enfraqueciam o
domínio britânico no comércio mundial.
59. • A tensão entre os interesses britânicos e
brasileiros aumentou quando o embaixador
William Christie denunciou o não
cumprimento da Lei Regencial de 1831, que
garantia a liberdade de todos os escravos que
chegassem ao Brasil a partir daquele ano.
63. • A ação tomada pelo embaixador inglês causou
um grande mal estar entre as elites
brasileiras, que não abriam mão da utilização
dos escravos. Em 1832 outro incidente abalou
a já desgastada relação política entre Brasil e
Inglaterra.
64. • Em abril de 1861, um navio inglês encalhou no
Rio Grande do Sul. Nessa tragédia, um grupo
de sobreviventes acabou se salvando e tratou
de contar às autoridades brasileiras a situação
do navio. Ao invés ajudar os ingleses, o
governo brasileiro acabou ignorando o
problema e deixou que a embarcação fosse
saqueada por alguns moradores da região.
65. • Inconformados com o episódio, os
marinheiros britânicos recorreram à ajuda do
embaixador inglês, que exigiu uma multa a ser
paga pelo Governo Brasileiro. O imperador
Dom Pedro II não concordou com as
exigências britânicas e não aceitou o pedido
do diplomata inglês. Em 1862 a situação
piorou com a prisão de três marinheiros
ingleses, que promoviam arruaças na cidade
do Rio de Janeiro.
66. • Mesmo depois que os oficiais britânicos foram
soltos, o embaixador Christie insistia na
indenização do navio saqueado, a demissão
dos policiais brasileiros que haviam prendido
os arruaceiros ingleses e um pedido de
desculpas oficial.
67. • Mais uma vez, o governo brasileiro se negou a
atender as exigências inglesas. No ano de
1863, buscando retaliar as ações brasileiras,
uma esquadra britânica realizou a prisão de
um conjunto de embarcações brasileiras que
estavam em alto-mar.
68. • Inconformado com as ações do embaixador
William Christie, o imperador Dom Pedro II
decidiu romper relações diplomáticas com a
Inglaterra. Para resolver o problema, o
governo brasileiro pediu auxílio ao tribunal
internacional, comandando pelo rei Leopoldo
II da Bélgica.
69. • Após avaliar toda a situação, o rei Leopoldo II
decidiu dar ganho de causa ao governo
brasileiro. Contudo, somente com o início da
Guerra do Paraguai, no ano de 1865, Brasil e
Inglaterra reataram suas relações
diplomáticas.