SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 43
D. Pedro II e a
crise do império
O Segundo Reinado
Dom Pedro II
O   Segundo Reinado é a fase da
História do Brasil que corresponde
ao governo de D. Pedro II. Teve
início em 23 de julho de 1840, com a
mudança na Constituição que
declarou Pedro de Alcântara maior
de idade com 14 anos e, portanto,
apto para assumir o governo. O 2º
Reinado terminou em 15 de
novembro de 1889, com a
Proclamação da República.
O governo de D. Pedro II, que
 durou 49 anos, foi marcado por
 muitas mudanças sociais, política
 e econômicas no Brasil.


                  Bandeira do Brasil
                  durante o Segundo
                  Reinado
Política no Segundo Reinado
A política no Segundo Reinado foi marcada
pela disputa entre o Partido Liberal e o
Conservador. Estes dois partidos defendiam
quase os mesmos interesses, pois eram
elitistas. Neste período o imperador
escolhia o presidente do Conselho de
Ministros entre os integrantes do partido
que possuía maioria na Assembleia Geral.
Nas eleições eram comuns as fraudes,
compras de votos e até atos violentos para
garantir a eleição
Revolução Praieira
A Revolução Praieira foi uma
revolta liberal e federalista que
ocorreu        na    província     de
Pernambuco, entre os anos de 1848
e 1850. Dentre as várias revoltas
ocorridas durante o Brasil Império,
esta foi a última. Ganhou o nome de
praieira, pois a sede do jornal
dirigido pelos liberais revoltosos
(chamados de praieiros) situava-se na
rua da Praia.
O fracasso da Revolução Praieira encerrou
o ciclo de revoltas armadas contra o
poder central. A partir de então, o
império entraria em um período de
relativa estabilidade política, que foi
amplamente favorável à manutenção da
unidade territorial.
Conservadores
e Liberais
A classe dominante estava coesa em
torno da manutenção da escravidão
e da alienação (ou ausência) da
participação popular nas decisões
políticas governamentais. Mas tinham
divergências no que diz respeito a
interesses econômicos e políticos
locais.     Assim,     organizaram-se
politicamente em duas agremiações
políticas: o Partido Liberal e Partido
Conservador.
Os dois partidos políticos disputavam o
poder através de eleições legislativas
(para a Câmara dos Deputados). Por
meio de um processo eleitoral bastante
fraudulento e violento, tentavam
conquistar maioria no Parlamento e
influenciar as decisões governamentais
na medida que seus membros fossem
nomeados para formar os gabinetes
ministeriais. No transcurso do segundo
reinado, liberais e conservadores se
alternaram no poder.
Parlamentarismo
às avessas
No Brasil, a organização do sistema
 parlamentar          acabou        sendo
 completamente “avesso” ao modelo
 inglês. O imperador Dom Pedro II,
 imbuído das atribuições concedidas pelos
 Poder Moderador, tinha total liberdade
 para escolher os integrantes do Conselho
 de Estado. Este órgão, situado abaixo da
 autoridade do monarca, poderia escolher
 os ministros e realizar a dissolução da
 Câmara de Deputados. Na maioria das
 vezes, as ações do Conselho somente
 refletiam os interesses do imperador. 
O rei café
A estabilidade política advinda com o
 governo imperial de dom Pedro 2º foi
 amplamente        favorecida      pela
 comercialização do café. A expansão da
 lavoura cafeeira a partir da segunda
 metade do século 19 deu novo impulso
 a economia agroexportadora, trazendo
 prosperidade econômica ao país e
 favorecendo a consolidação dos
 interesses dos grandes proprietários
 rurais.
A produção em larga escala do café
 começou no Rio de Janeiro, nas
 regiões de Angra dos Reis e
 Mangaratiba, a partir de 1830. Em
 seguida, as plantações se alastraram
 para o vale do rio Paraíba, a partir daí
 a     produção      voltou-se      para
 exportação. Por volta de 1850, a
 lavoura cafeeira se expandiu para o
 Oeste paulista, favorecida pelas
 condições propícias do solo para o
 cultivo do café. 
Para ser lucrativa, a
comercialização do café no
concorrido mercado mundial
exigiu dos grandes fazendeiros o
emprego em larga escala de mão
de obra escrava. Não obstante,
nesta época o tráfico mundial de
escravos entrou em declínio.
Borracha, algodão e tabaco
 Além do café, havia outras atividades no
Brasil que complementavam a economia
nacional. A extração do látex das
seringueiras para produção de borracha,
plantação de algodão para a indústria
têxtil e o tabaco que era muito
consumido na época, principalmente na
Europa.
O fim do tráfico negreiro
O governo imperial brasileiro relutava em
 cumprir os acordos, leis e tratados
 firmados com a Inglaterra, país cujos
 interesses econômicos a levaram a defesa
 da extinção do tráfico de escravos. Em
 1850 o Brasil cedeu as pressões dos
 ingleses promulgando a Lei Eusébio de
 Queirós, que levou a extinção definitiva
 do tráfico. 
A proibição do tráfico negreiro levaria
 inevitavelmente ao fim o trabalho
 escravo. Mas a classe dominante
 adiou o quando pôde a abolição da
 escravidão no país. Para solucionar o
 problema da crescente escassez de
 mão de obra, os fazendeiros
 recorreram inicialmente ao tráfico
 interno de escravos, comprando-os
 de      regiões      economicamente
 decadentes.
Quando o problema da falta de
 mão de obra escrava agravou-se,
 os      prósperos      fazendeiros
 paulistas colocaram em prática
 uma política de incentivo
 à imigração de colonos, que
 passaram a trabalhar sob regime
 assalariado. O Brasil seria um dos
 últimos países do mundo a abolir
 a escravidão, em 1888.
Guerra do Paraguai
    Conflito armado em que o
Paraguai enfrentou a Tríplice
Aliança (Brasil, Argentina e
Uruguai) com apoio da Inglaterra.
Durou entre os anos de 1864 e
1879 e levou o Paraguai a
derrota e a ruína.
A destruição
causada pela
guerra. Tela de
Juan Blanes, 1880.
Museu Nacional
de Montevidéu,
Uruguai.
Crise do Império
A crise do 2º Reinado teve
início já no começo da década
de 1880. Esta crise pode ser
entendida através de algumas
questões:
 Interferência  de D.Pedro II em questões
 religiosas, gerando um descontentamento
 nas lideranças da Igreja Católica no país;
Críticas e oposição feitas por integrantes
 do Exército Brasileiro, que mostravam-se
 descontentes com a corrupção existente
 na corte. Além disso, os militares estavam
 insatisfeitos com a proibição, imposta
 pela Monarquia, pela qual os oficiais do
 Exército não podiam dar declarações na
 imprensa sem uma prévia autorização do
 Ministro da Guerra;
A  classe média brasileira (funcionário públicos,
 profissionais liberais, jornalistas, estudantes,
 artistas, comerciantes) desejava mais liberdade e
 maior participação nos assuntos políticos do país.
 Identificada com os ideais republicanos, esta
 classe social passou a apoiar a implantação da
 República no país;
Falta de apoio dos proprietários rurais,
 principalmente dos cafeicultores do Oeste
 Paulista, que desejavam obter maior poder
 político, já que tinham grande poder econômico.
 Fazendeiros de regiões mais pobres do país
 também estavam insatisfeitos, pois a abolição da
 escravatura, encontraram dificuldades em
 contratar mão de obra remunerada.
Fim da
Monarquia e a
Proclamação da
República
Em 15 de novembro de 1889, o
 Marechal Deodoro da Fonseca,
 com o apoio dos republicanos,
 destituiu     o   Conselho      de
 Ministros e seu presidente. No
 final do dia, Deodoro da Fonseca
 assinou o manifesto proclamando
 a República no Brasil e instalando
 um governo provisório.
No dia 18 de novembro, D.Pedro
 II e a família imperial brasileira
 viajaram para a Europa. Era o
 começo da República Brasileira
 com o Marechal Deodoro da
 Fonseca assumindo, de forma
 provisória, o cargo de presidente
 do Brasil. 

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

Primeiro reinado
Primeiro reinadoPrimeiro reinado
Primeiro reinado
 
Período regencial
Período regencialPeríodo regencial
Período regencial
 
3ão - Revoluções e Unificações na Europa séc XIX
3ão - Revoluções e Unificações na Europa séc XIX3ão - Revoluções e Unificações na Europa séc XIX
3ão - Revoluções e Unificações na Europa séc XIX
 
Período regencial (1831 1840)
Período regencial (1831  1840)Período regencial (1831  1840)
Período regencial (1831 1840)
 
Período regencial
Período regencialPeríodo regencial
Período regencial
 
Capitanias hereditárias
Capitanias hereditáriasCapitanias hereditárias
Capitanias hereditárias
 
Era Napoleônica
Era NapoleônicaEra Napoleônica
Era Napoleônica
 
Segundo Reinado
Segundo ReinadoSegundo Reinado
Segundo Reinado
 
a guerra do paraguai
a guerra do paraguaia guerra do paraguai
a guerra do paraguai
 
Chegada da família real ao brasil
Chegada da família real ao brasilChegada da família real ao brasil
Chegada da família real ao brasil
 
Aula cfgv - A vinda da família real para o Brasil
Aula cfgv - A vinda da família real para o Brasil Aula cfgv - A vinda da família real para o Brasil
Aula cfgv - A vinda da família real para o Brasil
 
1º ano - Reforma Religiosa
1º ano - Reforma Religiosa1º ano - Reforma Religiosa
1º ano - Reforma Religiosa
 
Segundo reinado (1840 1889)
Segundo reinado (1840 1889)Segundo reinado (1840 1889)
Segundo reinado (1840 1889)
 
Crise do sistema colonial
Crise do sistema colonialCrise do sistema colonial
Crise do sistema colonial
 
Revoltas Coloniais
Revoltas ColoniaisRevoltas Coloniais
Revoltas Coloniais
 
Primeira guerra mundial
Primeira guerra mundialPrimeira guerra mundial
Primeira guerra mundial
 
Segundo reinado slide
Segundo reinado slideSegundo reinado slide
Segundo reinado slide
 
O REINADO DE D. PEDRO I
O REINADO DE D. PEDRO IO REINADO DE D. PEDRO I
O REINADO DE D. PEDRO I
 
Ciclo do ouro
Ciclo do ouroCiclo do ouro
Ciclo do ouro
 
A guerra do paraguai
A guerra do paraguaiA guerra do paraguai
A guerra do paraguai
 

Semelhante a Segundo Reinado

Semelhante a Segundo Reinado (20)

O Segundo Reinado - D. Pedro II
O Segundo Reinado - D. Pedro IIO Segundo Reinado - D. Pedro II
O Segundo Reinado - D. Pedro II
 
Dom pedro ii
Dom pedro iiDom pedro ii
Dom pedro ii
 
O reinado de dom pedro II
O reinado de dom pedro IIO reinado de dom pedro II
O reinado de dom pedro II
 
Aula 2 ano g
Aula 2 ano gAula 2 ano g
Aula 2 ano g
 
segundo reinado
segundo reinadosegundo reinado
segundo reinado
 
Segundo reinado
Segundo reinadoSegundo reinado
Segundo reinado
 
Crtl V Crtl C
Crtl V Crtl CCrtl V Crtl C
Crtl V Crtl C
 
Documento.docx
Documento.docxDocumento.docx
Documento.docx
 
Brasil monárquico
Brasil monárquicoBrasil monárquico
Brasil monárquico
 
Resumo o segundo reinado
Resumo   o segundo reinadoResumo   o segundo reinado
Resumo o segundo reinado
 
Resumo o segundo reinado
Resumo   o segundo reinadoResumo   o segundo reinado
Resumo o segundo reinado
 
Segundo Reinado (1840-1889)
Segundo Reinado (1840-1889)Segundo Reinado (1840-1889)
Segundo Reinado (1840-1889)
 
O 2º reinado 1840 - 1889
O 2º reinado   1840 - 1889O 2º reinado   1840 - 1889
O 2º reinado 1840 - 1889
 
Segundo reinado e a república
Segundo reinado e a repúblicaSegundo reinado e a república
Segundo reinado e a república
 
Segundoreinadomestresdahistoria 110501080754-phpapp02 (1)
Segundoreinadomestresdahistoria 110501080754-phpapp02 (1)Segundoreinadomestresdahistoria 110501080754-phpapp02 (1)
Segundoreinadomestresdahistoria 110501080754-phpapp02 (1)
 
Segundo reinado e a república
Segundo reinado e a repúblicaSegundo reinado e a república
Segundo reinado e a república
 
oasegundoareinado.pdf
oasegundoareinado.pdfoasegundoareinado.pdf
oasegundoareinado.pdf
 
Segundo reinado (1840 1889)
Segundo reinado (1840 1889)Segundo reinado (1840 1889)
Segundo reinado (1840 1889)
 
Brasil república
Brasil repúblicaBrasil república
Brasil república
 
República velha e suas revoltas
República velha e suas revoltasRepública velha e suas revoltas
República velha e suas revoltas
 

Mais de Edilene Ruth Pereira

Pl globalização história das coisas
Pl globalização   história das coisasPl globalização   história das coisas
Pl globalização história das coisasEdilene Ruth Pereira
 
Neoliberalismo globalização (resumo)
Neoliberalismo globalização (resumo)Neoliberalismo globalização (resumo)
Neoliberalismo globalização (resumo)Edilene Ruth Pereira
 
Unificação da Alemanha e Itália - Resumo
Unificação da Alemanha e Itália - ResumoUnificação da Alemanha e Itália - Resumo
Unificação da Alemanha e Itália - ResumoEdilene Ruth Pereira
 
Atividade de História - Ditadura Militar no Brasil
Atividade de História - Ditadura Militar no BrasilAtividade de História - Ditadura Militar no Brasil
Atividade de História - Ditadura Militar no BrasilEdilene Ruth Pereira
 
Apresentação do grupo arautos do evangelho
Apresentação do grupo arautos do evangelhoApresentação do grupo arautos do evangelho
Apresentação do grupo arautos do evangelhoEdilene Ruth Pereira
 
A pesquisa como princípio científico e educativo
A pesquisa como princípio científico e educativoA pesquisa como princípio científico e educativo
A pesquisa como princípio científico e educativoEdilene Ruth Pereira
 
Atividade Expansão Marítima - 7° ano
Atividade Expansão Marítima - 7° anoAtividade Expansão Marítima - 7° ano
Atividade Expansão Marítima - 7° anoEdilene Ruth Pereira
 

Mais de Edilene Ruth Pereira (20)

Pl globalização história das coisas
Pl globalização   história das coisasPl globalização   história das coisas
Pl globalização história das coisas
 
Célula 3D
Célula 3DCélula 3D
Célula 3D
 
Confraternização Pré II
Confraternização Pré IIConfraternização Pré II
Confraternização Pré II
 
Formatura Proerd
Formatura ProerdFormatura Proerd
Formatura Proerd
 
Projeto Educação não tem cor
Projeto Educação não tem corProjeto Educação não tem cor
Projeto Educação não tem cor
 
Imigrantes e Nativos Digitais
Imigrantes e Nativos DigitaisImigrantes e Nativos Digitais
Imigrantes e Nativos Digitais
 
Projeto de leitura 2013
Projeto de leitura 2013 Projeto de leitura 2013
Projeto de leitura 2013
 
Festa dos 50 anos - Vespertino
Festa dos 50 anos - VespertinoFesta dos 50 anos - Vespertino
Festa dos 50 anos - Vespertino
 
Festa 50 anos - Matutino
Festa 50 anos - MatutinoFesta 50 anos - Matutino
Festa 50 anos - Matutino
 
Neoliberalismo globalização (resumo)
Neoliberalismo globalização (resumo)Neoliberalismo globalização (resumo)
Neoliberalismo globalização (resumo)
 
Unificação da Alemanha e Itália - Resumo
Unificação da Alemanha e Itália - ResumoUnificação da Alemanha e Itália - Resumo
Unificação da Alemanha e Itália - Resumo
 
Atividade de História - Ditadura Militar no Brasil
Atividade de História - Ditadura Militar no BrasilAtividade de História - Ditadura Militar no Brasil
Atividade de História - Ditadura Militar no Brasil
 
Apresentação do grupo arautos do evangelho
Apresentação do grupo arautos do evangelhoApresentação do grupo arautos do evangelho
Apresentação do grupo arautos do evangelho
 
Gincana Solurb 1° ao 5° ano
Gincana Solurb 1° ao 5° anoGincana Solurb 1° ao 5° ano
Gincana Solurb 1° ao 5° ano
 
Gincana Solurb 6° ao 9° ano
Gincana Solurb 6° ao 9° anoGincana Solurb 6° ao 9° ano
Gincana Solurb 6° ao 9° ano
 
A pesquisa como princípio científico e educativo
A pesquisa como princípio científico e educativoA pesquisa como princípio científico e educativo
A pesquisa como princípio científico e educativo
 
Ditadura militar no brasil
Ditadura militar no brasilDitadura militar no brasil
Ditadura militar no brasil
 
Povos pré colombianos
Povos pré colombianosPovos pré colombianos
Povos pré colombianos
 
Atividade Expansão Marítima - 7° ano
Atividade Expansão Marítima - 7° anoAtividade Expansão Marítima - 7° ano
Atividade Expansão Marítima - 7° ano
 
Geometria aula poligono regular
 Geometria  aula poligono regular Geometria  aula poligono regular
Geometria aula poligono regular
 

Último

Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasNova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasraveccavp
 
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfAlissonMiranda22
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila RibeiroMarcele Ravasio
 
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptxLinoReisLino
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxSlide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxssuserf54fa01
 

Último (20)

Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasNova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
 
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
 
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxSlide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
 

Segundo Reinado

  • 1. D. Pedro II e a crise do império O Segundo Reinado
  • 3. O Segundo Reinado é a fase da História do Brasil que corresponde ao governo de D. Pedro II. Teve início em 23 de julho de 1840, com a mudança na Constituição que declarou Pedro de Alcântara maior de idade com 14 anos e, portanto, apto para assumir o governo. O 2º Reinado terminou em 15 de novembro de 1889, com a Proclamação da República.
  • 4. O governo de D. Pedro II, que durou 49 anos, foi marcado por muitas mudanças sociais, política e econômicas no Brasil. Bandeira do Brasil durante o Segundo Reinado
  • 5. Política no Segundo Reinado A política no Segundo Reinado foi marcada pela disputa entre o Partido Liberal e o Conservador. Estes dois partidos defendiam quase os mesmos interesses, pois eram elitistas. Neste período o imperador escolhia o presidente do Conselho de Ministros entre os integrantes do partido que possuía maioria na Assembleia Geral. Nas eleições eram comuns as fraudes, compras de votos e até atos violentos para garantir a eleição
  • 7. A Revolução Praieira foi uma revolta liberal e federalista que ocorreu na província de Pernambuco, entre os anos de 1848 e 1850. Dentre as várias revoltas ocorridas durante o Brasil Império, esta foi a última. Ganhou o nome de praieira, pois a sede do jornal dirigido pelos liberais revoltosos (chamados de praieiros) situava-se na rua da Praia.
  • 8. O fracasso da Revolução Praieira encerrou o ciclo de revoltas armadas contra o poder central. A partir de então, o império entraria em um período de relativa estabilidade política, que foi amplamente favorável à manutenção da unidade territorial.
  • 10. A classe dominante estava coesa em torno da manutenção da escravidão e da alienação (ou ausência) da participação popular nas decisões políticas governamentais. Mas tinham divergências no que diz respeito a interesses econômicos e políticos locais. Assim, organizaram-se politicamente em duas agremiações políticas: o Partido Liberal e Partido Conservador.
  • 11. Os dois partidos políticos disputavam o poder através de eleições legislativas (para a Câmara dos Deputados). Por meio de um processo eleitoral bastante fraudulento e violento, tentavam conquistar maioria no Parlamento e influenciar as decisões governamentais na medida que seus membros fossem nomeados para formar os gabinetes ministeriais. No transcurso do segundo reinado, liberais e conservadores se alternaram no poder.
  • 13.
  • 14. No Brasil, a organização do sistema parlamentar acabou sendo completamente “avesso” ao modelo inglês. O imperador Dom Pedro II, imbuído das atribuições concedidas pelos Poder Moderador, tinha total liberdade para escolher os integrantes do Conselho de Estado. Este órgão, situado abaixo da autoridade do monarca, poderia escolher os ministros e realizar a dissolução da Câmara de Deputados. Na maioria das vezes, as ações do Conselho somente refletiam os interesses do imperador. 
  • 15.
  • 17. A estabilidade política advinda com o governo imperial de dom Pedro 2º foi amplamente favorecida pela comercialização do café. A expansão da lavoura cafeeira a partir da segunda metade do século 19 deu novo impulso a economia agroexportadora, trazendo prosperidade econômica ao país e favorecendo a consolidação dos interesses dos grandes proprietários rurais.
  • 18. A produção em larga escala do café começou no Rio de Janeiro, nas regiões de Angra dos Reis e Mangaratiba, a partir de 1830. Em seguida, as plantações se alastraram para o vale do rio Paraíba, a partir daí a produção voltou-se para exportação. Por volta de 1850, a lavoura cafeeira se expandiu para o Oeste paulista, favorecida pelas condições propícias do solo para o cultivo do café. 
  • 19.
  • 20.
  • 21. Para ser lucrativa, a comercialização do café no concorrido mercado mundial exigiu dos grandes fazendeiros o emprego em larga escala de mão de obra escrava. Não obstante, nesta época o tráfico mundial de escravos entrou em declínio.
  • 22.
  • 23.
  • 24. Borracha, algodão e tabaco Além do café, havia outras atividades no Brasil que complementavam a economia nacional. A extração do látex das seringueiras para produção de borracha, plantação de algodão para a indústria têxtil e o tabaco que era muito consumido na época, principalmente na Europa.
  • 25. O fim do tráfico negreiro O governo imperial brasileiro relutava em cumprir os acordos, leis e tratados firmados com a Inglaterra, país cujos interesses econômicos a levaram a defesa da extinção do tráfico de escravos. Em 1850 o Brasil cedeu as pressões dos ingleses promulgando a Lei Eusébio de Queirós, que levou a extinção definitiva do tráfico. 
  • 26. A proibição do tráfico negreiro levaria inevitavelmente ao fim o trabalho escravo. Mas a classe dominante adiou o quando pôde a abolição da escravidão no país. Para solucionar o problema da crescente escassez de mão de obra, os fazendeiros recorreram inicialmente ao tráfico interno de escravos, comprando-os de regiões economicamente decadentes.
  • 27. Quando o problema da falta de mão de obra escrava agravou-se, os prósperos fazendeiros paulistas colocaram em prática uma política de incentivo à imigração de colonos, que passaram a trabalhar sob regime assalariado. O Brasil seria um dos últimos países do mundo a abolir a escravidão, em 1888.
  • 28.
  • 29.
  • 30.
  • 31.
  • 32.
  • 33. Guerra do Paraguai Conflito armado em que o Paraguai enfrentou a Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai) com apoio da Inglaterra. Durou entre os anos de 1864 e 1879 e levou o Paraguai a derrota e a ruína.
  • 34.
  • 35.
  • 36. A destruição causada pela guerra. Tela de Juan Blanes, 1880. Museu Nacional de Montevidéu, Uruguai.
  • 37. Crise do Império A crise do 2º Reinado teve início já no começo da década de 1880. Esta crise pode ser entendida através de algumas questões:
  • 38.  Interferência de D.Pedro II em questões religiosas, gerando um descontentamento nas lideranças da Igreja Católica no país; Críticas e oposição feitas por integrantes do Exército Brasileiro, que mostravam-se descontentes com a corrupção existente na corte. Além disso, os militares estavam insatisfeitos com a proibição, imposta pela Monarquia, pela qual os oficiais do Exército não podiam dar declarações na imprensa sem uma prévia autorização do Ministro da Guerra;
  • 39. A classe média brasileira (funcionário públicos, profissionais liberais, jornalistas, estudantes, artistas, comerciantes) desejava mais liberdade e maior participação nos assuntos políticos do país. Identificada com os ideais republicanos, esta classe social passou a apoiar a implantação da República no país; Falta de apoio dos proprietários rurais, principalmente dos cafeicultores do Oeste Paulista, que desejavam obter maior poder político, já que tinham grande poder econômico. Fazendeiros de regiões mais pobres do país também estavam insatisfeitos, pois a abolição da escravatura, encontraram dificuldades em contratar mão de obra remunerada.
  • 40. Fim da Monarquia e a Proclamação da República
  • 41.
  • 42. Em 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca, com o apoio dos republicanos, destituiu o Conselho de Ministros e seu presidente. No final do dia, Deodoro da Fonseca assinou o manifesto proclamando a República no Brasil e instalando um governo provisório.
  • 43. No dia 18 de novembro, D.Pedro II e a família imperial brasileira viajaram para a Europa. Era o começo da República Brasileira com o Marechal Deodoro da Fonseca assumindo, de forma provisória, o cargo de presidente do Brasil.