O documento discute protocolos para urocultura, incluindo:
1) A infecção do trato urinário é comum, principalmente em mulheres, e pode afetar o trato urinário inferior ou superior.
2) A Escherichia coli causa a maioria das infecções, seguida por Klebsiella, Proteus e Enterobacter.
3) A bacteriúria assintomática é comum em idosos e requer tratamento em alguns grupos como mulheres grávidas e diabéticos.
O documento discute infecções do trato urinário (ITU), definindo-as como altas (pielonefrite) ou baixas (cistite, uretrite). Apresenta os principais agentes etiológicos, fatores de risco, sinais e sintomas. Destaca que as ITUs podem ser não complicadas ou complicadas por anormalidades estruturais. O diagnóstico é feito principalmente por dados clínicos, piúria e urocultura para identificar o agente causador.
O documento discute problemas comuns na gestação como infecção do trato urinário, anemia e sífilis. Ele fornece informações sobre diagnóstico, tratamento e controle destas condições, enfatizando a importância do rastreamento e tratamento precoces para promover a saúde materna e fetal.
O documento discute a importância da detecção e tratamento da infecção urinária na gestação. A infecção do trato urinário é a doença mais comum na gestação e está associada a complicações maternas e perinatais. O documento descreve as formas clínicas da infecção, modificações anatômicas na gravidez que predispõem a infecção, complicações, agentes causadores, tratamento e quimioprofilaxia.
1) A Infecção do Tracto Urinário (ITU) é um problema médico comum com apresentações clínicas variáveis dependendo do órgão afetado, como pielonefrite, cistite, prostatite e uretrite.
2) A pielonefrite aguda é uma infecção renal frequente nos serviços de urgência, caracterizada por febre, dor lombar e alterações analíticas, sendo tratada com antibióticos.
3) Complicações graves como a hidronefrose ou pionefrose infectadas requerem tratamento
O documento discute infecções do trato urinário na gestação. 1) As infecções do trato urinário são complicações comuns na gestação, afetando cerca de 20% das gestantes. 2) A bactéria Escherichia coli causa a maioria dos casos. 3) A bacteriúria assintomática deve ser rastreada com urocultura, pois pode levar a pielonefrite se não tratada.
1) O documento discute infecção do trato urinário em crianças, incluindo definição, fisiopatogenia, sinais e sintomas, diagnóstico, tratamento e profilaxia.
2) É destacada a importância do diagnóstico precoce para prevenir danos renais, e são descritos os principais agentes causadores e fatores de risco para a infecção.
3) São apresentadas as opções de tratamento antibiótico para casos leves e graves, assim como medidas para prevenir a repetição da infecção
1. O documento discute diretrizes para o tratamento de infecção do trato urinário na mulher idosa produzidas pelo Projeto Diretrizes da Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina.
2. A Escherichia coli é o agente etiológico mais comumente isolado nessas infecções. Fatores de risco incluem incontinência urinária, diabetes e histórico prévio de infecção urinária.
3. Tratamentos de três dias são tão eficazes quanto tratamentos mais longos, mas
1) O documento analisa a ocorrência de Escherichia coli em culturas de urina no setor de microbiologia de um hospital no Rio de Janeiro.
2) Foram analisadas 2,125 amostras de urina entre 2005-2006, com 239 culturas positivas e 56% destas positivas devido a E. coli.
3) A E. coli é o agente bacteriano mais comum em infecções do trato urinário, responsável por mais de 90% dos casos.
O documento discute infecções do trato urinário (ITU), definindo-as como altas (pielonefrite) ou baixas (cistite, uretrite). Apresenta os principais agentes etiológicos, fatores de risco, sinais e sintomas. Destaca que as ITUs podem ser não complicadas ou complicadas por anormalidades estruturais. O diagnóstico é feito principalmente por dados clínicos, piúria e urocultura para identificar o agente causador.
O documento discute problemas comuns na gestação como infecção do trato urinário, anemia e sífilis. Ele fornece informações sobre diagnóstico, tratamento e controle destas condições, enfatizando a importância do rastreamento e tratamento precoces para promover a saúde materna e fetal.
O documento discute a importância da detecção e tratamento da infecção urinária na gestação. A infecção do trato urinário é a doença mais comum na gestação e está associada a complicações maternas e perinatais. O documento descreve as formas clínicas da infecção, modificações anatômicas na gravidez que predispõem a infecção, complicações, agentes causadores, tratamento e quimioprofilaxia.
1) A Infecção do Tracto Urinário (ITU) é um problema médico comum com apresentações clínicas variáveis dependendo do órgão afetado, como pielonefrite, cistite, prostatite e uretrite.
2) A pielonefrite aguda é uma infecção renal frequente nos serviços de urgência, caracterizada por febre, dor lombar e alterações analíticas, sendo tratada com antibióticos.
3) Complicações graves como a hidronefrose ou pionefrose infectadas requerem tratamento
O documento discute infecções do trato urinário na gestação. 1) As infecções do trato urinário são complicações comuns na gestação, afetando cerca de 20% das gestantes. 2) A bactéria Escherichia coli causa a maioria dos casos. 3) A bacteriúria assintomática deve ser rastreada com urocultura, pois pode levar a pielonefrite se não tratada.
1) O documento discute infecção do trato urinário em crianças, incluindo definição, fisiopatogenia, sinais e sintomas, diagnóstico, tratamento e profilaxia.
2) É destacada a importância do diagnóstico precoce para prevenir danos renais, e são descritos os principais agentes causadores e fatores de risco para a infecção.
3) São apresentadas as opções de tratamento antibiótico para casos leves e graves, assim como medidas para prevenir a repetição da infecção
1. O documento discute diretrizes para o tratamento de infecção do trato urinário na mulher idosa produzidas pelo Projeto Diretrizes da Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina.
2. A Escherichia coli é o agente etiológico mais comumente isolado nessas infecções. Fatores de risco incluem incontinência urinária, diabetes e histórico prévio de infecção urinária.
3. Tratamentos de três dias são tão eficazes quanto tratamentos mais longos, mas
1) O documento analisa a ocorrência de Escherichia coli em culturas de urina no setor de microbiologia de um hospital no Rio de Janeiro.
2) Foram analisadas 2,125 amostras de urina entre 2005-2006, com 239 culturas positivas e 56% destas positivas devido a E. coli.
3) A E. coli é o agente bacteriano mais comum em infecções do trato urinário, responsável por mais de 90% dos casos.
“Contrair uma doença em qualquer fase da vida requer cuidados especiais com o paciente. Se a doença for identificada na gravidez, os cuidados devem ser redobrados. Embora seja necessário estar atento a qualquer tipo de sintoma que a mulher possa apresentar durante os nove meses de gestação, determinadas doenças na gravidez exigem uma atenção ainda maior.”
1) A infecção urinária é uma das infecções bacterianas mais comuns na idade pediátrica, sendo importante diagnosticá-la e tratá-la precocemente para evitar danos renais a longo prazo.
2) Os principais agentes causadores são Escherichia coli, Proteus e Klebsiella, que causam a maioria das infecções do trato urinário superior e inferior.
3) O diagnóstico é feito através de exame de urina e urocultura, e o tratamento envolve antibióticos
O documento discute a toxoplasmose e sua influência na gravidez. Ele fornece informações sobre as características epidemiológicas, consequências para o feto, diagnóstico, tratamento e prevenção da doença. É enfatizada a importância de testar todas as mulheres para toxoplasmose antes ou no início da gravidez para identificar infecções e reduzir riscos para o feto.
O documento discute infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), incluindo sintomas, agentes causais, tratamentos e doença inflamatória pélvica (DIP). As ISTs podem causar úlceras, corrimentos, verrugas ou DIP e são transmitidas principalmente por contato sexual. A clamídia e a gonorréia são as principais causas de cervicite e DIP. O tratamento depende do agente causal, mas antibióticos são frequentemente usados.
O documento discute infecção do trato urinário em pediatria, abordando conceitos, etiologia, quadro clínico, métodos de investigação e tratamento. Apresenta informações sobre prevalência de ITU de acordo com a idade e sexo, principais agentes causadores, vias de infecção, sintomas em recém-nascidos, lactentes e pré-escolares. Detalha parâmetros para análise de urina, cultura quantitativa e métodos de imagem para diagnóstico, com ênfase na importância da punção supra-p
O documento discute infecções do trato urinário, definindo termos como bacteriúria significativa e infecções urinárias simples ou complicadas. Apresenta os principais fatores envolvidos na patogênese, como fatores bacterianos, do hospedeiro e predisponentes. Aborda diagnóstico, etiologia, tratamento e aspectos específicos como cistite e infecção do trato urinário na gestação.
A toxoplasmose é uma doença parasitária encontrada principalmente nos países tropicais. Sua infecção não apresenta sintomas na grande maioria dos casos, porém está associada a grande morbidade durante a gestação. A melhor estratégia é a prevenção primária e o correto diagnóstico é fundamental.
Material de 10 de junho de 2021
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção às Mulheres
Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal.
Disponível em: https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/
Fácil acesso. Diferentes recursos. As melhores evidências. Um olhar multidisciplinar.
1) O documento descreve várias DSTs como candidíase, herpes genital, Gardnerella vaginalis, sífilis, gonorréia e tricomoníase.
2) Cada infecção é definida e seus sintomas, causas, diagnóstico e tratamento são explicados.
3) As DSTs podem ser prevenidas com o uso de preservativos e exames periódicos.
O documento discute a vigilância epidemiológica e notificação obrigatória dos casos de sífilis no Brasil. Ele explica que a sífilis adquirida, sífilis em gestantes e sífilis congênita devem ser notificadas semanalmente às autoridades de saúde, de acordo com as portarias do Ministério da Saúde. Além disso, fornece os critérios atualizados para a definição de casos dessas três formas de sífilis para fins de notificação.
DiagnóStico E Tratamento Das DoençAs Do Colo Uterinochirlei ferreira
O documento discute o diagnóstico e tratamento do câncer de colo uterino, abordando a epidemiologia, fatores de risco, exames de rastreamento, classificação das lesões e condutas terapêuticas de acordo com o estágio da doença.
1. O documento discute estratégias para prevenção e controle do câncer de colo de útero, incluindo a importância do rastreamento, diagnóstico precoce e tratamento;
2. É necessária a organização da Atenção Básica e da rede de serviços regionais para garantir o acesso das mulheres às ações de prevenção, rastreamento e tratamento;
3. Fatores de risco, mecanismos de desenvolvimento da doença e formas de detecção precoce do câncer de colo de útero são
O documento resume as principais doenças sexualmente transmissíveis, incluindo sintomas, agentes causadores, formas de diagnóstico e opções de tratamento. Aborda doenças como sífilis, gonorreia, uretrites, tricomoníase, cancro mole, herpes genital e HPV. Fornece detalhes sobre a história natural, transmissão, manifestações clínicas, complicações e prevenção destas infecções.
Este documento fornece diretrizes sobre o diagnóstico, tratamento e prevenção de infecções do trato urinário não complicadas em idosos. Ele resume as melhores evidências disponíveis com base em estudos de A a D e tem como objetivo oferecer orientações práticas para a realidade brasileira. O documento discute fatores de risco, sintomas, agentes causais comuns, avaliação diagnóstica e abordagens terapêuticas para infecções do trato urinário não complicadas em idosos.
A dengue é uma doença única, dinâmica e sistêmica. Avaliação, observação e intervenções oportunas são fundamentais para que os óbitos não ocorram.
Material de 19 de maio de 2021
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção ao Recém-nascido
Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal.
Disponível em: https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/
Fácil acesso. Diferentes recursos. As melhores evidências. Um olhar multidisciplinar.
O documento discute as vias de infecção durante a gravidez, incluindo transmissão transplacentária e amniótica. Também descreve métodos para diagnosticar infecções fetais, como ultrassonografia e cordocentese. Várias infecções específicas são discutidas, como sífilis, hepatites, estreptococos do grupo B, citomegalovírus e rubéola.
Aula de atualização sobre cistite na mulher e na gestante apresentada no Congresso da Sogesp 2019. Destaques: diagnóstico, com análise crítica da necessidade de exames complementares de urina, e tratamento com os antibióticos recomendados atualmente
A correta atuação no rastreamento e condução pré-natal da infecção pelo HIV na gestação tem levado a transmissão vertical a níveis próximos de zero, além de impactar positivamente na qualidade de vida dessas mulheres.
Material de 10 de outubro de 2020, atualizado em 15 de fevereiro de 2022
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção às Mulheres
Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal.
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Fácil acesso. Diferentes recursos. As melhores evidências. Um olhar multidisciplinar.
O documento discute a tuberculose, abordando sua epidemiologia no Brasil, modo de transmissão, período de incubação e transmissibilidade. Também define casos, discute detecção e diagnóstico, incluindo exames bacteriológicos, cultura e teste de sensibilidade, além de mencionar o exame radiológico.
Estudo de caso de gestante 2º trimestre com sífilis Janaina Barbosa
Gestante de 25 anos procurou unidade de saúde com manchas na pele e lesões genitais. Exames detectaram suspeita de sífilis. Foi prescrito tratamento com antibióticos e orientações sobre a doença e prevenção de transmissão para o feto.
O documento descreve vários meios de cultura para identificação de microrganismos em amostras de alimentos e ambientais. Inclui informações sobre a composição, uso e interpretação de resultados do Agar HiCrome ECC, que é usado para diferenciar Escherichia coli de outros coliformes, e do Agar Base HiCrome Seletivo ECC, recomendado para detecção simultânea de E. coli e coliformes totais.
“Contrair uma doença em qualquer fase da vida requer cuidados especiais com o paciente. Se a doença for identificada na gravidez, os cuidados devem ser redobrados. Embora seja necessário estar atento a qualquer tipo de sintoma que a mulher possa apresentar durante os nove meses de gestação, determinadas doenças na gravidez exigem uma atenção ainda maior.”
1) A infecção urinária é uma das infecções bacterianas mais comuns na idade pediátrica, sendo importante diagnosticá-la e tratá-la precocemente para evitar danos renais a longo prazo.
2) Os principais agentes causadores são Escherichia coli, Proteus e Klebsiella, que causam a maioria das infecções do trato urinário superior e inferior.
3) O diagnóstico é feito através de exame de urina e urocultura, e o tratamento envolve antibióticos
O documento discute a toxoplasmose e sua influência na gravidez. Ele fornece informações sobre as características epidemiológicas, consequências para o feto, diagnóstico, tratamento e prevenção da doença. É enfatizada a importância de testar todas as mulheres para toxoplasmose antes ou no início da gravidez para identificar infecções e reduzir riscos para o feto.
O documento discute infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), incluindo sintomas, agentes causais, tratamentos e doença inflamatória pélvica (DIP). As ISTs podem causar úlceras, corrimentos, verrugas ou DIP e são transmitidas principalmente por contato sexual. A clamídia e a gonorréia são as principais causas de cervicite e DIP. O tratamento depende do agente causal, mas antibióticos são frequentemente usados.
O documento discute infecção do trato urinário em pediatria, abordando conceitos, etiologia, quadro clínico, métodos de investigação e tratamento. Apresenta informações sobre prevalência de ITU de acordo com a idade e sexo, principais agentes causadores, vias de infecção, sintomas em recém-nascidos, lactentes e pré-escolares. Detalha parâmetros para análise de urina, cultura quantitativa e métodos de imagem para diagnóstico, com ênfase na importância da punção supra-p
O documento discute infecções do trato urinário, definindo termos como bacteriúria significativa e infecções urinárias simples ou complicadas. Apresenta os principais fatores envolvidos na patogênese, como fatores bacterianos, do hospedeiro e predisponentes. Aborda diagnóstico, etiologia, tratamento e aspectos específicos como cistite e infecção do trato urinário na gestação.
A toxoplasmose é uma doença parasitária encontrada principalmente nos países tropicais. Sua infecção não apresenta sintomas na grande maioria dos casos, porém está associada a grande morbidade durante a gestação. A melhor estratégia é a prevenção primária e o correto diagnóstico é fundamental.
Material de 10 de junho de 2021
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção às Mulheres
Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal.
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Fácil acesso. Diferentes recursos. As melhores evidências. Um olhar multidisciplinar.
1) O documento descreve várias DSTs como candidíase, herpes genital, Gardnerella vaginalis, sífilis, gonorréia e tricomoníase.
2) Cada infecção é definida e seus sintomas, causas, diagnóstico e tratamento são explicados.
3) As DSTs podem ser prevenidas com o uso de preservativos e exames periódicos.
O documento discute a vigilância epidemiológica e notificação obrigatória dos casos de sífilis no Brasil. Ele explica que a sífilis adquirida, sífilis em gestantes e sífilis congênita devem ser notificadas semanalmente às autoridades de saúde, de acordo com as portarias do Ministério da Saúde. Além disso, fornece os critérios atualizados para a definição de casos dessas três formas de sífilis para fins de notificação.
DiagnóStico E Tratamento Das DoençAs Do Colo Uterinochirlei ferreira
O documento discute o diagnóstico e tratamento do câncer de colo uterino, abordando a epidemiologia, fatores de risco, exames de rastreamento, classificação das lesões e condutas terapêuticas de acordo com o estágio da doença.
1. O documento discute estratégias para prevenção e controle do câncer de colo de útero, incluindo a importância do rastreamento, diagnóstico precoce e tratamento;
2. É necessária a organização da Atenção Básica e da rede de serviços regionais para garantir o acesso das mulheres às ações de prevenção, rastreamento e tratamento;
3. Fatores de risco, mecanismos de desenvolvimento da doença e formas de detecção precoce do câncer de colo de útero são
O documento resume as principais doenças sexualmente transmissíveis, incluindo sintomas, agentes causadores, formas de diagnóstico e opções de tratamento. Aborda doenças como sífilis, gonorreia, uretrites, tricomoníase, cancro mole, herpes genital e HPV. Fornece detalhes sobre a história natural, transmissão, manifestações clínicas, complicações e prevenção destas infecções.
Este documento fornece diretrizes sobre o diagnóstico, tratamento e prevenção de infecções do trato urinário não complicadas em idosos. Ele resume as melhores evidências disponíveis com base em estudos de A a D e tem como objetivo oferecer orientações práticas para a realidade brasileira. O documento discute fatores de risco, sintomas, agentes causais comuns, avaliação diagnóstica e abordagens terapêuticas para infecções do trato urinário não complicadas em idosos.
A dengue é uma doença única, dinâmica e sistêmica. Avaliação, observação e intervenções oportunas são fundamentais para que os óbitos não ocorram.
Material de 19 de maio de 2021
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção ao Recém-nascido
Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal.
Disponível em: https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/
Fácil acesso. Diferentes recursos. As melhores evidências. Um olhar multidisciplinar.
O documento discute as vias de infecção durante a gravidez, incluindo transmissão transplacentária e amniótica. Também descreve métodos para diagnosticar infecções fetais, como ultrassonografia e cordocentese. Várias infecções específicas são discutidas, como sífilis, hepatites, estreptococos do grupo B, citomegalovírus e rubéola.
Aula de atualização sobre cistite na mulher e na gestante apresentada no Congresso da Sogesp 2019. Destaques: diagnóstico, com análise crítica da necessidade de exames complementares de urina, e tratamento com os antibióticos recomendados atualmente
A correta atuação no rastreamento e condução pré-natal da infecção pelo HIV na gestação tem levado a transmissão vertical a níveis próximos de zero, além de impactar positivamente na qualidade de vida dessas mulheres.
Material de 10 de outubro de 2020, atualizado em 15 de fevereiro de 2022
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção às Mulheres
Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal.
Disponível em: https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/
Fácil acesso. Diferentes recursos. As melhores evidências. Um olhar multidisciplinar.
O documento discute a tuberculose, abordando sua epidemiologia no Brasil, modo de transmissão, período de incubação e transmissibilidade. Também define casos, discute detecção e diagnóstico, incluindo exames bacteriológicos, cultura e teste de sensibilidade, além de mencionar o exame radiológico.
Estudo de caso de gestante 2º trimestre com sífilis Janaina Barbosa
Gestante de 25 anos procurou unidade de saúde com manchas na pele e lesões genitais. Exames detectaram suspeita de sífilis. Foi prescrito tratamento com antibióticos e orientações sobre a doença e prevenção de transmissão para o feto.
O documento descreve vários meios de cultura para identificação de microrganismos em amostras de alimentos e ambientais. Inclui informações sobre a composição, uso e interpretação de resultados do Agar HiCrome ECC, que é usado para diferenciar Escherichia coli de outros coliformes, e do Agar Base HiCrome Seletivo ECC, recomendado para detecção simultânea de E. coli e coliformes totais.
[1] O documento descreve os procedimentos e resultados de uma urinocultura. [2] A urinocultura foi cultivada em meio CLED e identificou-se colônias amarelas a azuis esbranquiçadas de bacilos Gram-negativos. [3] Após testes bioquímicos, a bactéria foi identificada como Klebsiella pneumoniae.
Este documento apresenta uma introdução sobre os principais métodos utilizados em microbiologia clínica, incluindo a coleta e transporte de amostras, exames diretos, cultura e identificação de microrganismos. São descritos processos como colorações, escolha de meios de cultura, inoculação e isolamento de colônias para análises posteriores. O texto também discute a importância da fase pré-analítica para a qualidade dos resultados em microbiologia.
O documento descreve três gêneros de bactérias importantes em patologia humana: Staphylococcus, Streptococcus e especificamente Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis, Streptococcus agalactiae e Streptococcus pyogenes. Detalha fatores de virulência, patogênese, manifestações clínicas, diagnóstico e epidemiologia destes microrganismos.
Processo laboratorial de identificação de bactérias patogênicasgabrielleminacio
O documento descreve o processo de identificação de bactérias patogênicas em um laboratório clínico, incluindo a recepção de amostras, cultivo em meios seletivos, identificação bioquímica e antibiograma para direcionar o tratamento mais adequado. As bactérias mais comumente encontradas são Escherichia coli, Staphylococcus aureus e Streptococcus pneumoniae.
Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU)Laped Ufrn
Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU) - Aula ministrada pela Profª Ana Karina da Costa Dantas para os membros da Liga Acadêmica de Pediatria da UFRN - LAPED UFRN - Natal Brasil.
O documento descreve diversos meios de cultura e suas aplicações, incluindo meios para transporte, manutenção, isolamento e identificação de microrganismos. São detalhados meios como Ágar Chocolate, Mac Conkey, Salmonella-Shigella e meios para testes como TSI, Christensen e oxidase.
Morfologia, metabolismo, genética e crescimento bacterianoPedro Filho
Este documento discute a morfologia, estrutura, metabolismo e genética de bactérias. Ele descreve as características das bactérias Gram-positivas e Gram-negativas, incluindo sua parede celular, e discute a formação de esporos. Também aborda o crescimento bacteriano, requisitos metabólicos e processos como transcrição, tradução e replicação do DNA.
O documento discute cocos gram-positivos, com foco no gênero Staphylococcus. Apresenta as características, fatores de virulência e doenças causadas pelos estafilococos, com destaque para Staphylococcus aureus, agente causador comum de infecções na pele e tecidos moles. Também menciona Staphylococcus epidermidis, outra espécie relevante clinicamente.
1) O documento apresenta informações sobre a técnica de antibiograma, incluindo definição, introdução, fatores determinantes, amostras, informações sobre produtos e procedimento técnico.
2) A técnica de Kirby-Bauer é utilizada para determinar a sensibilidade bacteriana a agentes antimicrobianos através da medição dos halos de inibição ao redor de discos impregnados com antibióticos.
3) O texto fornece detalhes sobre como preparar a amostra bacteriana, realizar o teste, medir os resultados
La Unión Europea ha propuesto un nuevo paquete de sanciones contra Rusia que incluye un embargo al petróleo. El embargo prohibiría las importaciones de petróleo ruso por mar y por oleoducto, aunque se concederían exenciones temporales a Hungría y Eslovaquia. El objetivo es aumentar la presión económica sobre Rusia para que ponga fin a su invasión de Ucrania.
A infecção urinária é comum durante a gravidez, afetando cerca de 10-12% das grávidas. Pode ocorrer como uma infecção assintomática ou sintomática da bexiga ou dos rins, sendo importante diagnosticar e tratar precocemente para evitar complicações para a mãe e o feto. O diagnóstico é feito por exame de urina e cultura, e o tratamento envolve antibióticos seguros para o feto.
Apresentação sobre as infecções do trato urinário na gestação, abordando aspectos epidemiológicos, os agentes etiológicos mais comuns, fisiopatologia, patogênese, tipos clínicos, diagnóstico clínico e laboratorial, exames complementares, tratamento e prognóstico. Realizada na disciplina de Obstetrícia, na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Campus Macaé.
1) O documento faz uma revisão da prevalência e consequências da infecção por Trichomonas vaginalis, um parasita que causa vulvovaginite.
2) A infecção pode ser assintomática em 1/3 dos casos, mas geralmente causa descarga e inflamação vaginal.
3) A infecção está associada a um maior risco de outras DSTs como HIV devido à inflamação e mobilização de células imunes na vagina.
DiagnóStico E Tratamento Das InfecçõEs Genito UrináRiaschirlei ferreira
O documento discute diagnóstico e tratamento de infecções genito-urinárias. Aborda a epidemiologia, fatores de risco, agentes causais, classificação e patologias mais comuns como cistites e pielonefrites.
Este documento resume informações sobre infecções do trato urinário, incluindo definição, epidemiologia, classificação, fatores de risco, sintomas, diagnóstico e tratamento de cistite e pielonefrite. Apresenta agentes causais comuns como E. coli e fatores que aumentam o risco como sexo feminino e presença de cateter.
O documento discute a infecção do trato urinário na gestação, incluindo a incidência aumentada, fatores de risco e alterações anatômicas. A bacteriúria assintomática é a forma mais comum, e a rotina de rastreio e tratamento é recomendada para prevenir complicações como a pielonefrite. O diagnóstico e tratamento dependem da forma clínica apresentada.
O documento discute a infecção do trato urinário durante a gestação, abordando três tipos: (1) bacteriúria assintomática, (2) infecção do trato urinário baixo (cistite) e (3) infecção do trato urinário alto (pielonefrite). Ele fornece diretrizes sobre o diagnóstico, tratamento e manejo de cada tipo de infecção para melhorar os resultados maternos e fetais.
O documento discute a epidemiologia, patogenia, sinais e sintomas, diagnóstico e tratamento de infecções do trato urinário (ITU) em crianças. As principais informações são: 1) As ITUs são comuns em crianças, especialmente meninas, com picos entre 2-4 anos; 2) A Escherichia coli é responsável por 80% dos casos; 3) Os sintomas variam desde febre até dor abdominal, dependendo da idade da criança; 4) O diagnóstico envolve exame de urina e urocultura,
O documento discute infecções do trato urinário, definindo termos como bacteriúria significativa e infecções urinárias simples ou complicadas. Apresenta os principais patógenos, fatores de risco e mecanismos de defesa contra infecções, além de abordar diagnóstico, tratamento e complicações como cistite e pielonefrite.
O documento discute como conduzir infecções do trato urinário recorrentes. Apresenta fatores de risco, classificação, diagnóstico e opções de tratamento como mudanças comportamentais, profilaxia antimicrobiana e o uso de cranberry. Também aborda ITUs durante a gestação.
A gonorreia é uma doença infecciosa sexualmente transmissível causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae que pode causar infecções assintomáticas ou manifestas com sintomas diferentes entre homens e mulheres. Se não tratada, pode levar a complicações graves como doença inflamatória pélvica e infertilidade. O diagnóstico é clínico, epidemiológico e laboratorial e o tratamento é feito com antibióticos.
A toxoplasmose congênita é causada pela transmissão do parasita Toxoplasma gondii da mãe infectada para o feto durante a gestação, podendo causar danos graves ao feto, como calcificações cerebrais e retardo mental. O diagnóstico é feito por exames sorológicos na gestante e ultrassonografia no feto. O tratamento da mãe com antibióticos pode prevenir a infecção fetal, mas o bebê infectado também requer tratamento prolongado para evitar sequelas futuras.
O documento discute os cuidados com a saúde da mulher ao longo da vida, desde a infância até a terceira idade. Ele destaca a importância de exames preventivos regulares, como mamografia e Papanicolau, e de estilo de vida saudável para prevenir doenças. O documento também aborda sexualidade feminina nas diferentes fases da vida e a necessidade de prevenção de infecções sexualmente transmissíveis.
A tuberculose é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis que afeta principalmente os pulmões. É transmitida através do ar e 10% das pessoas infectadas desenvolvem a doença ativa. Os sintomas mais comuns incluem tosse por mais de 15 dias, febre e emagrecimento. O tratamento envolve o uso de múltiplas drogas antibióticas por vários meses.
Infecção do Trato Urinário (Davyson Sampaio Braga)Davyson Sampaio
O documento resume as principais informações sobre infecção do trato urinário, incluindo definição, epidemiologia, agentes etiológicos, manifestações clínicas, diagnóstico e tratamento. Aborda desde infecções mais leves como cistite até complicações graves como pielonefrite.
A União Europeia está preocupada com o aumento da desinformação online e propôs novas regras para combater as notícias falsas. As novas regras exigiriam que as plataformas de mídia social monitorassem o conteúdo ativamente e removessem rapidamente qualquer conteúdo considerado falso ou enganoso que possa prejudicar a saúde pública ou a segurança. No entanto, algumas organizações temem que as novas regras possam limitar a liberdade de expressão online.
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera aprimorada, maior tela e bateria de longa duração. O dispositivo também possui processador mais rápido e armazenamento expansível. O novo telefone será lançado em outubro por um preço inicial de US$799.
Semelhante a Newslab especial protocolos de microbiologia parte3 200872411239 (20)
Newslab especial protocolos de microbiologia parte3 200872411239
1. NewsLab - edição 88 - 2008132
Protocolos de Microbiologia Clínica
Urocultura
Parte 3
Carlos Henrique Pessôa
de Menezes e Silva
Doutor em Microbiologia
Microbiologista do Centro Tecnológico
de Análises (CETAN), Vila Velha-ES
Consultor em Microbiologia do Labora-
tório Landsteiner, Vitória-ES
: carloshenrique@cetan.com.br
Introdução
A infecção sintomática do trato uriná-
rio (ITU) situa-se entre as mais freqüentes
infecções bacterianas do ser humano,
figurando como a segunda infecção mais
comum na população em geral, predomi-
nando entre os adultos em pacientes do
sexo feminino. Nas crianças, particular-
mente no primeiro ano de vida, a infecção
urinária também é muito comum, predo-
minando igualmente no sexo feminino;
nesta população de pacientes pediátricos,
predomina a pielonefrite, recorrente na
maioria dos casos, devido à presença de
refluxo vésico-ureteral, uni ou bilateral.
Definição
A infecção urinária pode comprome-
ter somente o trato urinário baixo, o que
especifica o diagnóstico de cistite, ou
afetar simultaneamente o trato urinário
inferior e o superior; neste caso, utiliza-
se a terminologia infecção urinária alta,
também denominada pielonefrite. A
infecção urinária baixa ou cistite pode
ser sintomática ou não. As infecções do
trato urinário podem ser complicadas
ou não complicadas, as primeiras tendo
maior risco de falha terapêutica e sendo
associadas a fatores que favorecem a
ocorrência da infecção. A infecção uri-
nária é complicada quando ocorre em
um aparelho urinário com alterações
estruturais ou funcionais. Habitualmente,
as cistites são infecções não complicadas
enquanto as pielonefrites, ao contrário,
são mais freqüentemente complicadas,
pois em geral resultam da ascensão de
microrganismos do trato urinário inferior
e estão freqüentemente associadas com
a presença de cálculos renais. Tanto a in-
fecção urinária baixa como a alta podem
ser agudas ou crônicas e sua origem pode
ser comunitária ou hospitalar.
Epidemiologia
A maior suscetibilidade à infecção
no sexo feminino é devida às condições
anatômicas: uretra mais curta e sua maior
proximidade com a vagina e ânus. Outros
fatores que aumentam o risco de ITU nas
mulheres incluem: episódios prévios de
cistite, o ato sexual, o uso de certas geléias
espermicidas, a gestação e o número de
gestações, o diabetes (apenas no sexo
feminino) e a higiene deficiente, mais fre-
qüente em pacientes com piores condições
socioeconômicas e obesas.
No adulto do sexo masculino, favo-
recem a ITU a instrumentação das vias
urinárias – incluindo-se o cateterismo
vesical – e a hiperplasia prostática; nos
idosos e em indivíduos hospitalizados, as
taxas de ITU também são elevadas pelos
fatores citados e por inúmeros outros, re-
lacionados àquela faixa etária. As taxas de
ITU são bem maiores nos homossexuais
masculinos, estando relacionadas com a
prática mais freqüente de sexo anal não
protegido.
A infecção do trato urinário baixo
(cistite), quando sintomática, exterioriza-
se clinicamente pela presença habitual de
disúria, urgência miccional, polaciúria,
nictúria e dor supra-púbica. Febre, neste
caso, não é comum. Na anamnese, a
ocorrência prévia de quadros semelhantes,
diagnosticados como cistite, deve ser valo-
rizada. O aspecto da urina pode também
trazer informações valiosas: urina turva
(pela presença de piúria) e/ou averme-
lhada (pela presença de sangue), causada
por cálculo e/ou pelo próprio processo
inflamatório.
A infecção do trato urinário alto
(pielonefrite), que habitualmente se
inicia como um quadro de cistite, é
habitualmente acompanhada de febre
(geralmente > 38o
C), de calafrios e de dor
lombar, uni ou bilateral. Esta tríade febre
+ calafrios + dor lombar está presente
na maioria dos quadros de pielonefrite.
A dor lombar pode se irradiar para o
abdômen ou para o(s) flanco(s) e, mais
raramente, para a virilha, situação que
sugere mais fortemente a presença de
cálculo, com ou sem infecção, na depen-
dência da presença dos outros sintomas
relacionados. Os sintomas gerais de um
processo infeccioso agudo podem tam-
bém estar presentes e sua intensidade é
diretamente proporcional à gravidade
da pielonefrite. A maioria dos pacientes
com pielonefrite refere história prévia de
cistite, geralmente detectada nos últimos
seis meses.
As infecções agudas em pacientes
sem cateter são freqüentes, sobretudo,
em mulheres e resultam em milhões de
consultas e internações em todo o mundo.
Estas infecções se apresentam em cerca de
1-3% dos jovens em idade escolar e depois
sua incidência aumenta ao ser iniciada
a atividade sexual na adolescência. A
maioria das infecções sintomáticas agu-
das é observada em mulheres jovens e é,
comparativamente, rara em idosos maiores
de 50 anos. A bacteriúria assintomática é
mais freqüente nos idosos acima de 65
anos, sejam homens ou mulheres.
Os microrganismos mais freqüen-
temente envolvidos nas ITU incluem
bactérias da família Enterobacteriaceae.
O agente causal de ITU mais freqüente é
a Escherichia coli, a qual está associada a
aproximadamente 80% de todas as ITUs
ambulatoriais e também é responsável por
uma grande porcentagem de infecções
urinárias em pacientes hospitalizados.
Outros membros desta família que também
são geralmente encontrados como agentes
causais de ITU incluem Klebsiella, Proteus
e Enterobacter. Enterococcus faecalis e
2. NewsLab - edição 88 - 2008 133
Pseudomonas aeruginosa também são ge-
ralmente associados a ITU. Staphylococcus
saprophyticus é uma causa conhecida
de ITU em mulheres, com contagens de
colônias geralmente inferiores a 105
UFC/
mL de urina.
No quadro acima, a correlação entre
a contagem bacteriana e a presença de
sintomas para a documentação de infecção
urinária em adultos, assim como os crité-
rios para a liberação de uma urocultura
monomicrobiana em pacientes adultos.
Bacteriúria Assintomática
A bacteriúria assintomática (BA) é
definida pela presença de uropatógenos
com contagens de colônias iguais ou
superiores a 105
UFC/mL de urina em
mais de dois cultivos sucessivos em
um indivíduo assintomático. Tem-se
demonstrado que as complicações pós-
operatórias (bacteremias) são reduzidas
mediante o reconhecimento e tratamen-
to da BA antes da cirurgia urológica e
que as mulheres grávidas devem ser in-
vestigadas durante o primeiro trimestre e
tratadas caso possuam bacteriúria, para
diminuir o risco de pielonefrite aguda e
de prematuridade. O antibiograma deve
dirigir o tratamento. Novas uroculturas
devem ser feitas pós-tratamento para
que sejam detectadas possíveis bac-
teriúrias recorrentes. A BA ocorre em
cerca de 40% de homens e mulheres
idosos, porém, só uma pequena parcela
destes pacientes desenvolve infecção
sintomática.
Relevância Clínica da Bacteriúria
Assintomática
Mulheres grávidas: Aproximadamente
30-40% das mulheres grávidas (identifica-
das no primeiro trimestre e sem tratamento
prévio com antimicrobianos) desenvolvem
pielonefrite mais tarde na gravidez; na
maioria das vezes isto acontece ao térmi-
no do segundo ou no início do terceiro
trimestre. A pielonefrite durante a gravidez
normalmente requer hospitalização. Como
com qualquer enfermidade febril que
ocorre durante a gravidez, a pielonefrite é
também associada com trabalho de parto
prematuro. A bacteriúria assintomática du-
rante a gravidez na ausência de pielonefrite
aguda também pode ser associada com
retardamento de crescimento intra-uterino
e ruptura prematura de membranas. No
entanto, a bacteriúria pode ser apenas uma
condição associada em vez de ser a causa
destas gestações adversas. A mais eficiente
triagem seria obter um espécime de urina
para cultura ao término do primeiro ou no
início do segundo trimestre (12 a 16 sema-
nas de gravidez).Antes do tratamento, duas
culturas de urina com contagem de colônias
≥ 105
UFC/mL do mesmo microrganismo
indicariam a presença de uma bacteriúria
assintomática. Porém, 1-2% das mulheres
grávidas desenvolverão bacteriúria mais
tarde durante o curso da gravidez.
Culturas de urina devem ser feitas
como triagem para bacteriúria na gravi-
dez. Mulheres grávidas com bacteriúria
microbiologicamente documentada de-
veriam ser tratadas independentemente
do grau de piúria. A duração da terapia
não é totalmente estabelecida, mas
geralmente são recomendados de três a
sete dias de tratamento. A terapia deve
ser selecionada com base na susceptibi-
lidade antimicrobiana do microrganismo
infectante. A seleção de um antimicro-
biano apropriado está um pouco limitada
pelos efeitos adversos potenciais para
o feto. Amoxicilina, nitrofurantoína e
cefalosporinas são seguros na gravidez,
embora a nitrofurantoína deva ser evitada
em mulheres que estão no final da ges-
tação. Apesar de preocupações teóricas
de teratogenicidade com trimetoprim, a
associação sulfametoxazol + trimetoprim
foi usada durante a gravidez em muitos
estudos e não houve nenhuma evidência
de resultados prejudiciais para o feto.
Poderia ser considerada uma droga de
segunda linha, embora antimicrobianos
que contêm sulfa deveriam ser evitados
em mulheres que estão no final da ges-
tação. São contra-indicados quinolonas
e macrolídeos durante a gravidez.
Uroculturas pós-tratamento devem
ser feitas para confirmar a cura. Novas
uroculturas devem ser feitas regularmente
após a gravidez, pois as mulheres com uma
infecção anterior têm risco aumentado
de infecção reincidente. A frequência de
triagens subseqüentes não foi determinada
e nenhuma recomendação definitiva pode
ser feita, embora uroculturas mensais pos-
sam ser apropriadas.
Mulheres não grávidas: Estudos longi-
tudinais em populações diferentes de mu-
lheres não informaram evidência de uma
associação entre bacteriúria assintomática
e resultados adversos como hipertensão,
cicatrização ou falência renal. Portanto,
os esquemas terapêuticos não são padro-
nizados para estas pacientes.
Diabéticos: Pela frequência aumenta-
da de complicações severas de infecções
urinárias, como pielonefrite enfisematosa,
bacteremia e abscessos perinefríticos em
pacientesdiabéticos,foirecomendadomun-
dialmente que a bacteriúria assintomática
em diabéticos fosse tratada.
Rotina Laboratorial
Os procedimentos laboratoriais para
a liberação de uroculturas devem ser pa-
dronizados pelo laboratório a fim de que
Contagem
(UFC/mL)1
Critério segundo a leucocitúria no sedimento
(leucócitos/campo em aumento de 40x)
> 9 < 9
Mulheres
> 105
BS BSp
104
a 105
BS NA
103
BS NEG
Homens
> 105
BS BSp
103
a 104
BS NEG
1
cultivo monomicrobiano; BS: bacteriúria significativa (informar espécie e resultado do antibiogra-
ma); BSp: provável bacteriúria significativa (informar espécie, antibiograma e considerar, a título
de observação, que chama a atenção a escassa reação inflamatória); NA: solicitar nova amostra;
NEG: informar ausência de crescimento de microrganismos.
3. NewsLab - edição 88 - 2008134
Protocolos de Microbiologia Clínica
o clínico possa interpretar da forma mais
clara possível os resultados obtidos.
Sedimento
O sedimento de urina, realizado com
uma amostra corretamente coletada, é
uma ferramenta fundamental para a in-
terpretação da urocultura. Entretanto, a
sensibilidade e a especificidade dependem
de certos fatores, como o tipo de amostra,
o tempo de retenção, o sexo e a idade do
paciente, bem como a presença de outras
patologias. Considera-se que um sedimen-
to de urina é anormal quando uma gota do
centrifugado de 10 mL da amostra contém
mais de nove leucócitos por campo em
aumento de 400 vezes.
Coloração de Gram
É bem conhecido que a presença de
um ou mais microrganismos por campo
de imersão (1000x) na coloração de Gram
de uma gota de urina não centrifugada
correlaciona-se com um cultivo de mais
de 105
UFC/mL. Entretanto, este procedi-
mento carece de sensibilidade, uma vez
que estamos trabalhando no limite de
detecção do microscópio ótico (1000x) e
do método, já que a observação de uma
só bactéria seja correlacionada com a
presença de mais de 105
UFC/mL. Por
outro lado, a presença de microrganismos
contaminantes pode, muitas vezes, ser
interpretada como um resultado falso-
positivo. A coloração de Gram de uma
gota de urina não centrifugada constitui,
entretanto, um bom método para controle
de qualidade do sedimento e da cultura
(Figura 1). Além disso, na maioria dos ca-
sos, pode ser útil para a documentação de
bacteriúria sintomática, com a orientação
adicional sobre o tipo de microrganismo
envolvido, principalmente quando se trata
de amostras de pacien¬tes de alto risco
e quando o médico assistente necessita
adotar uma terapêutica antimicrobiana
precoce. Finalmente, há indicações claras
para a realização de uma coloração de
Gram da urina:
- pacientes que estão recebendo terapia
antimicrobiana
- pacientes que apresentam sedimento
patológico com culturas negativas, para
verificar a presença de microrganismos
exigentes. Neste sentido, deve-se também
realizar uma coloração de Ziehl-Neelsen
- pacientes com sepsis com ponto de
partida urinário
Interpretação
Todas as amostras de urina encaminha-
das ao laboratório de microbiologia devem
serexaminadasimediatamente,oucolocadas
emgeladeiraatépoderemserexaminadas.Os
procedimentos incluem o seguinte: quando
não há pedido de E.A.S., deve-se (após a se-
meadura)centrifugarcercade10mLdeurina
e examinar o sedimento para observação de
leucócitos PMN e células bacterianas, ou
então o exame do esfregaço de uma gota de
urina (não centrifugada) corada pelo método
de Gram deve ser feito. Duas ou mais células
bacterianas por campo de imersão em óleo
geralmente indicam a presença de infecção.
A presença de um ou mais leucócitos PMN
por campo de imersão é uma indicação a
maisdeITU.Amostrasdeurinanãoinfectadas
evidenciarãonormalmentenenhumaoupou-
cas bactérias ou leucócitos por lâmina. Em
amostras de mulheres a presença de muitas
células escamosas epiteliais, misturadas ou
não a bactérias, é forte evidência de que a
amostra está contaminada com microbiota
vaginaleénecessáriocolheroutra,adespeito
do número de bactérias por campo.
Semeadura de rotina
Usa-se uma alça calibrada (de platina,
níquel-cromo ou plástica) de 1 µL (0,001
mL) para inoculação na placa com meio
sólido, preferencialmente através do método
de “esteira” (Figura 2). A placa é incubada
durante 18-24 horas e o número de colônias
é contado. Este número é multiplicado por
1.000 para converter a unidade microli-
tro em mililitro. O valor obtido indica o
número de colônias por mililitro de urina.
Por exemplo, se a cultura de urina feita
com uma alça calibrada de 1 µL de urina
permitiu o crescimento de 145 colônias,
a contagem de colônias será 145.000 ou
1,45 x 105
UFC/mL de urina. Para aqueles
laboratórios que utilizam alças calibradas de
10 µL (0,01 mL), o resultado final deve ser
obtido multiplicando-se por 100 o número
de colônias crescidas.
Váriascombinaçõesdemeiosdecultura
sãorecomendadas.Noentanto,olaboratório
deve padronizar aqueles meios que melhor
se adequem à sua rotina.Algumas sugestões
são dadas a seguir:
Ágar CLED (ou Brolacin) 60mm
(placas de vidro ou plástico)
Ou
Ágar CLED (ou Brolacin) 60mm +
Ágar Sangue 60mm (placas de
vidro ou plástico)
Ou
Ágar CLED (ou Brolacin) + Ágar
Sangue – Biplaca plástica (90mm)
Ou
Ágar CLED (ou Brolacin) + Ágar
E.M.B. Levine (ou MacConkey) –
Biplaca plástica (90mm)
Ou
Ágar Sangue + Ágar E.M.B. Levine
(ou MacConkey) – Biplaca plástica
(90mm)
Ou
Meios cromogênicos
Figura 1. Gram de gota de urina não
centrifugada
Figura 2. Semeadura em “esteira” feita
com alça calibrada
4. NewsLab - edição 88 - 2008 135
Não há uma obrigatoriedade de
se usar esta ou aquela combinação de
meios na rotina laboratorial de urocul-
turas. No entanto, deve-se levar em con-
sideração aspectos importantes como:
facilidade de aquisição dos meios, custo,
tamanho da demanda para este tipo de
exame, presença de postos de coleta
remotos (há condições de semeadura
no local?) etc..
Em nossa rotina, adotamos há vários
anos, com bastante sucesso, a seguinte
padronização: 1) uroculturas de pacien-
tes hospitalizados: biplaca contendo ágar
CLED + ágar MacConkey; 2) uroculturas
de pacientes ambulatoriais: monoplaca
(60mm plástica) contendo ágar CLED
(utilizando alças calibradas de 1 µL). Não
recomendamos o uso de biplacas ou pla-
cas de 60mm para aqueles laboratórios
que utilizam alças calibradas de 10 µL,
pois o inóculo é muito maior para um
pequeno espaço, geralmente ocasionan-
do crescimento confluente sem colônias
adequadamente isoladas.
Pode, ainda, ser interessante o em-
prego de laminocultivos (Figuras 3 e 4),
comercialmente disponíveis no mercado
com uma grande variedade de combina-
ções, naqueles laboratórios que possuem
postos de coleta remotos (em clínicas e
hospitais), pois trata-se de procedimen-
to com maior praticidade, diminuindo
consideravelmente a perda de meios de
cultura em placa por contaminações e des-
secamento. No entanto, devemos salientar
que não se aconselha usar este recurso em
substituição à metodologia tradicional de
semeadura em placas naqueles serviços
que não possuem outras unidades a não
ser a própria matriz do laboratório. Em
primeira vista pode parecer uma boa di-
minuição de custos, mas devemos sempre
lembrar que este recurso é uma adequação
da metodologia tradicional e a correlação
de sensibilidade e especificidade das duas
metodologias ainda não está completa-
mente determinada, haja vista a escassez
de publicações científicas a respeito na
literatura mundial.
A utilização de meios combinados
permite uma melhor distinção dos pos-
síveis uropatógenos e também dos con-
taminantes. Por exemplo, o isolamento
de cocos Gram-positivos é claramente
evidente quando utilizamos a combina-
ção de um meio não seletivo (como o
ágar CLED) em conjunto com um meio
seletivo para bacilos Gram-negativos
(como o ágar E.M.B. Levine) (Figura 5),
do mesmo modo que a identificação do
uropatógeno mais frequente em infecções
urinárias, a Escherichia coli, é enorme-
mente facilitada com a utilização desta
mesma combinação de meios (Figura 6).
No entanto, a substituição do ágar CLED
pelo ágar sangue nas combinações em
biplaca (Figura 7) trata-se de um assunto
meramente particular, ou seja, cada mi-
crobiologista tem as suas preferências e
utiliza o que lhe for mais conveniente.
Alguns, no entanto, declaram que, pelo
fato do ágar sangue ser mais rico que o
ágar CLED, aquele teria preferência para
o isolamento de uropatógenos mais exi-
gentes nutricionalmente. Questionados
sobre quais seriam estes uropatógenos,
muitos, equivocadamente, respondem
Enterococcus, Streptococcus agalactiae,
S. pyogenes e até Gardnerella vaginalis.
Mas sabe-se que os dois primeiros cres-
cem (e muito bem) em ágar CLED e que
os dois últimos sequer fazem parte da lista
de uropatógenos humanos, talvez sendo
responsáveis por menos de 0,1% de todos
os episódios de infecção urinária.
Figura 3. Laminocultivo para urocultura
(face verde: ágar CLED; face vermelha:
ágar MacConkey)
Figura 4. Laminocultivo para urocultura (1:
> 107
UFC/mL; 2: 106
UFC/mL; 3: 105
UFC/
mL; 4: 104
UFC/mL)
Figura 5. Biplaca com ágar CLED (1) e
ágar E.M.B. Levine (2). Crescimento de um
coco Gram-positivo somente no ágar CLED
Figura 6. Biplaca com ágar CLED (1) e
ágar E.M.B. Levine (2). Crescimento de
E. coli em ambos os meios (com brilho
metálico no ágar E.M.B. Levine)
Os meios de cultura cromogênicos
para o isolamento de uropatógenos, no
mercado mundial desde 1989, são ex-
celentes alternativas para se fazer uma
adequada urocultura. Em geral estes
meios utilizam substratos cromogênicos
combinados, sobre uma base nutricional-
mente rica, favorecendo a multiplicação
dos principais uropatógenos e, ainda,
possibilitando o reconhecimento pre-
coce de vários grupos e espécies. Várias
formulações diferentes encontram-se no
mercado, mas o princípio bioquímico
das reações envolvidas quase sempre é
Figura 7. Biplaca com ágar sangue (1) e
ágar E.M.B. Levine (2). Crescimento de
E. coli em ambos os meios (com brilho
metálico no ágar E.M.B. Levine)
5. NewsLab - edição 88 - 2008136
Protocolos de Microbiologia Clínica
o mesmo: liberação de radicais cromogê-
nicos (coloridos) após a clivagem do seu
sal (incolor) por via enzimática.
As enzimas bacterianas mais comu-
mente exploradas são: beta-galactosidase
(grupo Klebsiella-Enterobacter-Serratia,
Enterococcus, E. coli), beta-glicuronidase
(E. coli), beta-glicosidase (Enterococcus,
grupo Klebsiella-Enterobacter-Serratia) e
triptofano-desaminase (grupo Proteus-Pro-
videncia-Morganella) (Figura 8). Apesar
do avanço tecnológico, o microbiologista
prudente não deve negligenciar a metodo-
logia tradicional (e gold-standard), confir-
mando bioquimicamente a identificação
presuntiva dada pelo meio cromogênico.
Caso contrário, corre-se um grande risco
de liberação incorreta da identificação do
uropatógeno. Além disso, o custo-bene-
fício também sempre deve ser levado em
consideração, uma vez que a média de
positividade em uroculturas geralmente
não ultrapassa 40% e as placas de culturas
negativas não podem ser reaproveitadas
(nestes casos, o custo de uma urocultura
negativa é muito superior ao de uma
mesma cultura negativa usando-se meios
convencionais).
Interpretação
Toda interpretação deve ser feita em
conjunto com outros dados importantes
do paciente, tais como: idade, sexo,
presença de sintomas clínicos, presença
de fatores predisponentes, infecções uri-
nárias anteriores e medicação atual ou
prévia (principalmente antibióticos).
Há mais de 50 anos, Kass definiu que
uma contagem de colônias igual ou supe-
rior a 100.000 (105
) UFC/mL de urina a
partir de amostra colhida assepticamente
de pacientes sintomáticos ou assintomá-
ticos era representativa da ocorrência
de um quadro de ITU. Entretanto, isso
não quer dizer que espécimes contendo
menos de 105
UFC/mL de urina não re-
presentem uma bacteriúria verdadeira.
Alguns pacientes sintomáticos realmente
apresentam uroculturas com contagem
de colônias inferior a 105
UFC/mL, sendo
portanto crítica a liberação da contagem
de colônias em todas as uroculturas reali-
zadas pelo laboratório de microbiologia.
Até mesmo quando as uroculturas não
apresentam crescimento bacteriano, o
resultado final deve indicar o que foi
detectado (por exemplo: urocultura
negativa OU ausência de crescimento
bacteriano OU contagem de colônias
inferior a 1.000 UFC/mL).
De uma maneira geral, utiliza-se a
seguinte convenção:
- acima de 100.000 UFC/mL = indício
de infecção
- de 10.000 a 90.000 UFC/mL = sus-
peita de infecção
- de zero a 9.000 UFC/mL = sem sig-
nificado clínico
Deve-se mencionar que qualquer
isolamento de bacilos Gram-negativos
a partir de punção suprapúbica é signi-
ficativo. Para os cocos Gram-positivos,
especialmente estafilococos, somente
contagens > 103
UFC/mL devem ser
consideradas significativas, uma vez
que estes microrganismos poderiam
ser contaminantes adquiridos da pele
durante o procedimento de punção. No
caso de pacientes pediátricos, torna-se
fundamental estabelecer os critérios
de interpretação com base no tipo de
amostra e sexo do paciente. Com res-
peito à punção suprapúbica, sugere-se
o mesmo critério utilizado para os pa-
cientes adultos.
Outra situação de extrema importân-
cia no laboratório de microbiologia é a
observação das placas com cultivos mono
e polimicrobianos, a saber:
• Cultivo monomicrobiano: micro-
biota única ou predomínio de 90% de um
microrganismo em um cultivo misto
• Cultivo polimicrobiano: faz-se refe-
rência à presença de dois ou mais tipos
de germes, com contagens ≥ 105
UFC/mL
e em proporções similares. O predomínio
de um germe em uma amostra em uma
proporção de 90% deve ser assumido
como cultivo monomicrobiano. A ITU
mista, produzida por dois ou mais germes,
é extremamente infreqüente (< 0,3%) em
pacientes ambulatoriais não sondados.
Por outro lado, este tipo de infecção é
mais freqüente nos pacientes sondados
internados e em alguns pacientes com
determinadas patologias que afetam o
trato urinário. Toda ITU polimicrobiana
deve ser documentada com, pelo menos,
duas amostras, de onde são isolados dois
ou mais tipos de microrganismos com
contagens ≥ 105
UFC/mL de cada. A
ausência de reação inflamatória sempre
deve despertar a suspeita de uma provável
contaminação.
Recomendações para o andamento
de uroculturas
Urinas coletadas por jato médio
Quando estas urinas são submetidas à
cultura sem informação clínica específica,
sugere-se que contagens de colônias < 105
UFC/mL possam também causar infecção
somente se um único microrganismo e
potencial patógeno for isolado. Prováveis
contaminantes são: Streptococcus do
grupo viridans, lactobacilos e estafiloco-
cos coagulase negativa outros que não
sejam identificados como Staphylococcus
saprophyticus.
a) Contagem de colônias > 105
UFC/mL:
Um provável patógeno > 105
UFC/mL:
• Identificar quanto à espécie
• Realizar o antibiograma
• No caso de paciente assintomático soli-
citar nova amostra, pois pode tratar-se de
provável bacteriúria assintomática
Um provável contaminante com con-
tagem > 105
UFC/mL (Streptococcus do
grupo viridans, lactobacilos e estafilococos
coagulase-negativa outros que não sejam
Staphylococcus saprophyticus):
• Realizar uma identificação limitada.
Exemplo: distinguir entre S. saprophyticus
de outros estafilococos coagulase negativa
ou Streptococcus agalactiae (grupo B) de
Streptococcus viridans. Não fazer antibio-
grama e sugerir nova coleta.
• É raro, mas não impossível, ocorrer infec-
ção urinária por bactérias da microbiota da
Figura 8. Meio cromogênico para urocul-
tura (colônia azul = grupo KES – Klebsiella-
Enterobacter-Serratia; colônia pink = E.
coli; colônia verde pequena = Enterococcus;
colônia amarelada = grupo Proteus-Providen-
cia-Morganella)
6. NewsLab - edição 88 - 2008 137
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uretra ou vagina. Para caracterizar infecção
do trato urinário há a necessidade de con-
firmar o achado com nova urocultura e
que esteja associada a sintomas. Sintomas
e leucocitúria tornam muito provável o
diagnóstico. Sem sintomas pode-se tratar de
bacteriúria assintomática ou erro de coleta,
transporte ou armazenamento da amostra.
Dois prováveis patógenos com conta-
gem > 105
UFC/mL com um diagnóstico
infecção do trato urinário crônica ou
recorrente:
• Identificar quanto à espécie
• Realizar o antibiograma
Dois prováveis patógenos com con-
tagem > 105
UFC/mL com sintomas de
infecção do trato urinário:
• Identificar quanto à espécie
• Realizar o antibiograma
• Solicitar nova amostra para confirmação
Mais que dois microrganismos com
contagem > 105
UFC/mL:
• Reportar: “Múltiplos microrganismos
presentes; provável contaminação, suge-
rimos repetir a cultura”
b) Contagem de colônias ≤ 105
UFC/mL:
Um provável patógeno com contagem
105
UFC/mL:
• Para pacientes sob antibioticoterapia,
grávidas, recém-nascidos e infecção uri-
nária de repetição, realizar identificação
e antibiograma
Um potencial patógeno presente com
contagem > 102
UFC/mL em mulheres
sintomáticas:
• Fazer identificação e antibiograma
Um potencial patógeno presente com
contagem > 103
UFC/mL em homens
sintomáticos:
• Fazer identificação e antibiograma
Sem informação clínica:
• Descreva o microrganismo presente
entre 104
e 105
UFC/mL, com base na
morfologia
• Entre em contato com o paciente e/ou
médico. Solicite informações e/ou a coleta
de nova amostra
• Caso o contato não seja possível, man-
tenha a cultura a temperatura ambiente
por três dias para possível retomada de
identificação, se requerido pelo médico
do paciente
Um provável contaminante com con-
tagem 105
UFC/mL:
• Leucócitos normais: descritivamente
identifique o isolado, comentando que
pode se tratar de microrganismo perten-
cente à microbiota normal; Não realizar
o antibiograma
• Leucócitos aumentados: solicite nova
amostra
Dois ou mais microrganismos presen-
tes em < 104
UFC/mL:
• Relatar: “Múltiplos microrganismos pre-
sentes; provável contaminação, sugerimos
repetir a cultura”
Urinas coletadas por punção suprapúbica
a) Um microrganismo presente:
• Fazer identificação e antibiograma
b)Três ou mais microrganismos presentes:
• Identifique quanto à espécie
• Entre em contato com o paciente e/ou
médico. Solicite informações e/ou a coleta
de nova amostra
• Caso o contato não seja possível, mante-
nhaaculturaatemperaturaambienteportrês
diasparapossívelretomadadeidentificação,
se requerido pelo médico do paciente
c) Sem crescimento (para semeadura de
10 µL):
• Examine em até 48 horas de incubação
•Reporte“Semcrescimentoapós48h.Teste
com sensibilidade de > 102
UFC/mL”