SlideShare uma empresa Scribd logo
1
POLO: Agudo
DISCIPLINA: Elaboração de Artigo Científico
ORIENTADOR: Prof. Mario Gerson Miranda Magno Junior
DATA: 30/11/2012
Tecnologias da Informação e da Comunicação
na Aprendizagem Autônoma de Inglês:
uma análise das características didáticas do site
www.englishcentral.com
Information and Communication Technologies
in Autonomous English Language Learning:
an analysis of the didactic characteristics of the website
www.englishcentral.com
SALBEGO, Nayara Nunes
Licenciada em Letras – Habilitação em Língua Inglesa e Respectivas Literaturas (UFSM)
Resumo: Há uma extensa variedade de recursos das Tecnologias da Informação e da
Comunicação (TIC) que podem ser aplicados à educação a fim de otimizar a
aprendizagem dos alunos. Para o desenvolvimento de proficiência em Língua Inglesa,
por exemplo, encontra-se disponível gratuitamente o site englishcentral.com, o qual é o
objeto de análise deste trabalho. Busca-se investigar a forma como tal site pode fomentar
a aprendizagem autônoma nos seus usuários. A aprendizagem autônoma é vista como
um importante objetivo educacional, conforme afirmam pesquisadores como Holec
(1981); Dickinson (1994); Coterall (1995); Finch (2002); Little (2004); Paiva (2011), dentre
outros. Os resultados apontam que o site englishcentral.com apresenta características
didáticas que auxiliam os usuários para o desenvolvimento da autonomia para com seus
estudos.
Palavras-chave: TIC, autonomia, aprendizagem de língua inglesa.
2
Abstract: There is a huge variety of Information and Communication Technologies (ICT)
resources applicable to education that can optimize students learning. For the
development of proficiency in English language, for example, there is the free website
englishcentral.com which is the object of analysis in this paper. This analysis brings an
investigation concerning how such website can foster learner autonomy in students of
English. Learning autonomously is seen as an important educational objective, according
to researchers such as Holec (1981); Dickinson (1994); Coterall (1995); Finch (2002);
Little (2004); Paiva (2011), among others. The results show that the website
englishcentral.com has didactic characteristics that may lead its users to the development
of autonomy in relation to their studies.
Key-words: ICT, autonomy, English language learning.
INTRODUÇÃO
A utilização de TIC para aprendizagem de línguas pode trazer benefícios
no desenvolvimento das habilidades linguísticas dos alunos. Quando de forma
autônoma, tal desenvolvimento pode ser ainda mais efetivo, pois se parte do
pressuposto que o aluno dedica maior atenção e dedicação para atividades as
quais eles selecionam, realizam e se avaliam de forma autônoma. É nesse viés
que tal estudo se concretiza, ou seja, o objetivo deste trabalho é analisar como as
TIC podem ser úteis para aprendizagem autônoma de Inglês.
Por toda a vida escolar, percebe-se que há um alto nível de centralização
no papel desempenhado pelo professor em sala de aula. Por outro lado, pouco
espaço é dedicado ao potencial individual e criativo dos alunos, onde suas
experiências prévias e conhecimento de mundo são explorados e úteis nos seus
processos de aprendizagem. No entanto, este quadro clama por mudanças, de
forma que os professores não desempenhem mais papel central na aprendizagem
dos alunos, a fim de que estes ganhem mais responsabilidade e autonomia na
sua aprendizagem. Considerando-se este contexto, a aprendizagem autônoma
3
possibilitaria um desempenho mais positivo e efetivo no desenvolvimento de
habilidades linguísticas em Inglês.
O conceito de autonomia foi primeiramente relacionado ao ensino de
línguas estrangeiras (L2) nos anos 70, acompanhando o surgimento do método
comunicativo para o ensino de L2 (PAIVA, 2005). Anteriormente, os alunos de
línguas não costumavam ter a oportunidade de tentar se expressar livremente,
sendo que o método predominante anteriormente focava apenas na imitação e
repetição de frases soltas, sem contextualização ou foco no significado.
Diferentemente, o método comunicativo propõe uma abordagem na qual os
alunos teriam mais espaço para produção linguística criativa e não repetitiva.
Embora o método comunicativo aponte a importância do papel dos alunos
para o desempenho do seu próprio aprendizado, isso não acontece
completamente até mesmo nos dias de hoje1
, sendo que na maior parte do
tempo, o papel central nas aulas ainda é assegurado pelo(a) professor(a). Assim
sendo, os alunos ficam presos à dependência, o que muitas vezes os impossibilita
até mesmo de procurar outras recursos de forma autônoma, para desenvolver sua
aprendizagem fora de contextos formais de ensino.
Parte do conhecimento de uma língua estrangeira pode ser desenvolvida
através da aprendizagem de autonomia. De acordo com Dickinson (1994, p. 4,
tradução nossa), autonomia na aprendizagem de línguas é essencialmente “uma
questão de atitude com relação à aprendizagem”2
. De fato, um aprendiz
autônomo é aquele que tem responsabilidade sobre seu próprio aprendizado,
conforme está implícito na asserção de Dickinson. Da mesma forma, estudantes
1
TUMOLO e SANTIBANES (2012) explicam que a ideia de que autonomia não é desenvolvida na
educação brasileira é de longa data, referenciando o conceito de educação bancária, proposto por
Paulo Freire (1993).
2
No texto original: “a matter of attitude towards learning” (DICKINSON, 1994, p. 4).
4
autônomos buscam recursos, organizam planos e estabelecem metas para com
os seus estudos (COTERALL, 1995). Portanto, a união entre TIC e autonomia
forma uma combinação propícia para o desenvolvimento dos estudantes que
procuram aprender Inglês.
Considerando estes apontamentos inicias, este estudo tem como objetivo
geral investigar a forma como o site englishcentral.com pode fomentar a
aprendizagem autônoma de Inglês. Para isso, parte-se de objetivos específicos,
como: (a) investigar conceitos de autonomia aplicados à aprendizagem de
línguas; (b) entender conceitos sobre TIC aplicados a educação; (c) identificar
aspectos do referido site bem como atividades propostas neste sítio que
promovam aprendizagem autônoma; e, finalmente (d) relacionar conceitos de
autonomia com características das atividades propostas no site que proporcionam
aos alunos a oportunidade de aprender e estudar de forma autônoma.
Assim, apresenta-se uma discussão sobre pesquisadores que tratam do
tema autonomia aplicada ao ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras.
Logo, faz-se uma análise detalhada do site englishcentral.com, enfatizando-se
características didáticas de tal recurso que fomentam o desenvolvimento de
estudos autônomos. Tal análise será relacionada com características de
comportamento autônomo apresentadas na revisão de literatura. Na parte final,
apresentam-se as considerações finais e sugestões para pesquisas futuras
acerca do mesmo tema e objeto de análise. Tal estudo traz uma contribuição não
só para alunos que almejam aprender uma língua estrangeira de forma autônoma,
com o auxílio das tecnologias da informação e da comunicação, mas também
para professores que almejam fazer com que seus alunos aprendam de forma
mais independente.
5
2. Tecnologias da Informação e da Comunicação aplicadas à Educação
Vive-se a época da revolução técnico-científica, ou seja, uma era em que
novas tecnologias da informação e da comunicação surgem a todo o momento.
Tempo este que traz não só uma mudança tecnológica, mas também social, de
forma que a geração atual vive uma completa época de comunicação global e
isso não pode ser ignorado no ambiente educacional.
Nesse sentido, a educação tem de se adaptar as novas necessidades da
sociedade e é papel dos educadores ajudar os alunos a apropriarem-se das
novas tecnologias como uma ferramenta na construção de conhecimento. Dentre
elas, destaca-se o uso da World Wide Web (www), de computadores e softwares,
de câmeras fotográficas, e-mails, programas de rádio e TV, as quais consistem
em Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) que podem ser
exploradas para atividades didáticas em sala de aula e também como ferramentas
a serem utilizadas pelos alunos fora do contexto escolar, a fim de aprimorar seus
conhecimentos e desenvolver novos saberes.
Na sala de aula de Língua Estrangeira (LE), por exemplo, a utilização de
TIC é de grande importância, pois é através delas que se pode trazer materiais
autênticos e atualizados para serem trabalhados em sala de aula. Existem muitos
sites na Internet que têm atividades interativas, nas quais os alunos podem falar e
gravar sua voz, bem como fazer exercícios e serem corrigidos automaticamente.
O site englishcentral.com, objeto de análise deste estudo, é um exemplo de TIC
que propicia oportunidade de aprendizagem para seus usuários.
O uso das TIC na educação colabora não só para uma melhor
aprendizagem, mas também para o desenvolvimento da autonomia nos alunos,
6
ou seja, a responsabilidade de procurar atividades por si só, as quais não
dependem de um professor para serem realizadas. As TIC consistem em
conteúdos midiatizados que ultrapassam conceitos de temporalidade e espaço,
possibilitando a aprendizagem fora do contexto tradicional de ensino. Conforme
afirma o professor e pesquisador Hack (2007):
A compreensão pessoal do mundo parece ser construída cada vez mais
por conteúdos midiatizados que dilatam os horizontes espaciais, pois
não é mais preciso estar presente fisicamente aos lugares onde os
fenômenos observados ocorrem. (p.1)
No entanto, as TIC não eliminam a figura docente. Os professores são
responsáveis por atuarem de forma ativa nos contextos atuais de ensino e
aprendizagem. É necessário que mais docentes se dediquem a entender, utilizar
e também criar atividades que façam parte das TIC. Os professores precisam
acompanhar a evolução da sociedade de forma a midiatizar o conhecimento e,
mais importante, dialogar e interagir com os aprendizes através de suas
mensagens pedagógicas traduzidas nas atividades que propõem e produzem:
[A] utilização da mediação multimidiática na educação não veio
substituir os mestres, pois se existe algum conteúdo educativo na rede é
porque um docente produziu e colocou lá. Por isso, as próprias
instituições de ensino devem encorajar a produção de conteúdo. O
professor midiatizará o conhecimento, ao codificar as mensagens
pedagógicas e traduzir sob diversas formas – conforme a mídia ou
multimídia escolhida –, mas também estará disponível para uma relação
dialógica e interativa com o aprendiz pela utilização das TIC. (HACK,
2007, p. 2)
Portanto, pode-se afirmar que as TIC representam um ambiente no qual
tanto alunos como professores podem agir de forma autônoma, sendo que os
docentes podem fazer uso de tais recursos para propiciar modernização as suas
7
atuações didáticas. Já os alunos podem definir o que querem utilizar para sua
aprendizagem, pois há vários recursos disponíveis, basta escolhê-los e utilizá-los.
Consequentemente, o uso das TIC tanto na prática docente quanto nos estudos
autônomos são parte do conhecimento midiatizado que culmina tal geração,
atuando como parte indissociável no processo de ensino e aprendizagem dos
professores e alunos.
3. Autonomia na Aprendizagem de Línguas
Autonomia tem sido uma questão muito pesquisada na área do ensino de
línguas. Da mesma forma, autonomia também tem sido parte de objetivos
educacionais, conforme afirmam estudiosos como Holec (1981); Dickinson (1994);
Dias (1994); Finch (2002); White (2003); Moreira (2004); e Paiva (2005, 2006), os
quais apontam para a importância do entendimento deste termo para qualquer
contexto de ensino.
Finch (2002), por exemplo, faz um mapeamento da história da autonomia.
Em “Autonomia: onde estamos e para onde vamos?”3
(tradução nossa), resultante
da sua pesquisa de doutoramento, o autor faz um panorama no estilo “estado da
arte” sobre o termo e sua relação no contexto da sala de aula de línguas. A partir
desta perspectiva, Finch defende que é responsabilidade de cada professor
promover autonomia a fim de formar membros da sociedade que sejam mais
autônomos e críticos com relação a sua aprendizagem. O autor também afirma
que, nesse parâmetro, o conteúdo da lição e a matéria a ser trabalhada em si
3
No texto original: “Autonomy: where are we and where are we going?”
8
ficariam em segundo plano devido à importância de se desenvolver a autonomia
na sala de aula.
Finch (2002) também apresenta noções de diferentes autores que
estudaram sobre o tema, os quais criaram conceitos diferenciados para o termo
autonomia. No entanto, apesar de não haver consenso nas definições, elas estão
intrinsecamente interligadas e, de uma forma ou de outra, sempre chegam a um
ponto em comum, apresentando características similares.
Da mesma forma, Dickinson (1994) defende que autonomia consiste em
uma atitude que alunos deveriam ser ensinados a ter com relação aos seus
próprios estilos e processos de aprendizagem. Na perspectiva da autonomia, os
alunos são capazes de tomar decisões sobre o seu desenvolvimento nos estudos,
assim como tomar iniciativas para aprenderem de forma independente. Conforme
afirma Dickinson, autonomia precisa ser aprendida e os professores têm um papel
importante em ensinar os alunos a se desenvolverem como aprendizes
autônomos.
Aplicada à aprendizagem de línguas, autonomia significa que os alunos
não somente têm mais controle sobre, mas também têm mais responsabilidade
pelo seu próprio processo de aprendizagem. No entanto, ser autônomo não
significa aprender isoladamente. Ao contrário, aprendizes autônomos
desenvolvem um senso de interdependência e trabalham juntos com professores
e colegas com o intuito de alcançar objetivos em comum e contribuir com o grupo
como um todo (Benson, 2001; Üstünoğlu, 2009).
Além disso, é de senso comum entre os estudiosos que professores têm
papel chave no desenvolvimento da autonomia já que são eles que estão
encarregados de educar os alunos não somente sobre o conteúdo de suas
9
respectivas disciplinas, mas principalmente para a vida. De acordo com Dickinson
(1992, apud Finch, 2002), o papel do professor é o de facilitar a aprendizagem de
forma autônoma. Da mesma forma, Holec (1981, p. 3) enfatiza que esta
habilidade não é inata, mas sim deve ser desenvolvida por meios naturais ou
através de ensino formal. Holec também aponta que “encarregar-se da
aprendizagem de alguém é ter [...] a responsabilidade por todas as decisões com
relação a todos os aspectos dessa aprendizagem [...]” (Holec, 1981, p.3).
Moreira (2004) apresenta maneiras para ajudar alunos a desenvolverem
autonomia não só enquanto aprendendo línguas, mas também outras áreas de
estudo, como Matemática, Biologia, Geografia, enfim. O autor afirma que os
aprendizes se tornam mais autônomos quando seus professores os ajudam a
focar na maneira como se aprende do que no conteúdo por si só. Considerando-
se o ponto de vista deste autor, o ensino e a aprendizagem de como ser mais
autônomo são atualmente uma abordagem segura para a educação no geral,
visto que a atualidade requer indivíduos capazes de aprender mais
independentemente.
White (1995) afirma que, em diversos contextos de ensino, a autonomia é
considerada como algo já aprendido e que não precisa ser trabalhado em sala de
aula. Professores geralmente não ensinam seus alunos sobre como aprender de
forma autônoma. Consequentemente, a tomada de consciência dos alunos
depende diretamente da tomada de consciência dos professores, conforme
afirmam Boulton (2006), Oster (2006) e White (1995).
Conclui-se que as concepções sobre autonomia apresentadas nessa seção
enfatizam a necessidade de formar os estudantes a fim de atingir comportamento
mais autônomo de aprendizagem. Para que isso aconteça, professores também
10
deveriam ser formados sobre como ensinar os alunos a serem mais autônomos.
Considerando-se a aprendizagem de Inglês, no qual os alunos têm tempo
limitado, curto ou até mesmo nulo de interação com outros falantes da língua alvo,
o desenvolvimento da proficiência em língua estrangeira pode ser um grande
desafio. Assim, o desenvolvimento de autonomia poderia representar uma das
soluções para que os alunos e professores atinjam seus objetivos educacionais e
de aprendizagem.
4. Análise qualitativa do site englishcentral.com
Este trabalho consistiu em uma análise qualitativa do site
www.englishcentral.com, o qual propõe atividades didáticas destinadas a pessoas
que almejam aprender Inglês. Tal site oferece uma pluralidade de vídeos, com a
opção de serem assistidos “com” ou “sem legenda”, através dos quais os alunos
podem estudar vocabulário, pronúncia, expressões idiomáticas, além de gravar
sua própria leitura do áudio dos vídeos selecionados.
É importante salientar que nenhum critério específico foi utilizado na
seleção deste site para a pesquisa. Tal seleção baseia-se somente na experiência
da autora deste texto, a qual vem utilizando este site com seus alunos desde
2007 e tem observado que os resultados são positivos em sala de aula. Os alunos
apreciam o conteúdo e a disposição das atividades propostas, além de mostrar
características de que realmente aprendem com a utilização destes recursos para
complementação das tarefas do livro didático, ou até mesmo para realização de
atividades extraclasse.
11
Assim, fez-se uma análise do site englishcentral.com, porém, com um
propósito diferenciado: buscou-se explicar de que forma o englishcentral.com está
organizado e estruturado, além de oferecer atividades diferenciadas, que
fomentam o desenvolvimento de comportamento autônomo nos seus usuários,
possibilitando, assim, que alunos aprendam independentemente de irem para
uma sala de aula.
Tal estudo encontra-se dentro do escopo das TIC aplicadas à educação
tendo em vista que almeja investigar como a utilização de um website com
atividades didáticas de Inglês auxilia na aprendizagem e desenvolvimento das
habilidades linguísticas de Inglês dos alunos interessados a aprender de forma
autônoma. Por outro lado, esta pesquisa tem também o intuito de contribuir com
professores de Língua Inglesa que almejam fomentar a autonomia nos seus
alunos, além de utilizar as TIC, seja em sala de aula ou como tarefa extraclasse.
5. Análise e Discussão: o site englishcentral.com
O site englishcentral.com traz vídeos autênticos4
com legendas e uma série
de outros recursos didáticos que serão analisados com base nas características
de aprendizagem autônoma apresentadas na revisão de literatura. A Figura 1
mostra a página inicial do site, a qual apresenta um vídeo com legendas. Tal
imagem do vídeo já na tela inicial do site funciona como um resumo
demonstrativo do que se pode encontrar se o usuário seguir explorando tal
recurso. O site está em Inglês, mas é possível alterar o idioma no canto superior
4
Os vídeos são autênticos no sentido de que não são produzidos com a finalidade de ensinar
Inglês.
12
direito da página. O site disponibiliza 8 idiomas, o que mostra a vasta utilização
deste sítio em vários países do mundo. Os usuários também têm a opção de
explorar o site como professores (link “Teacher”) ou alunos (link “Learner”). A
análise feita neste trabalho foi explorada na condição de alunos, ou seja, link
“Leaner”.
Figura 1 – Página inicial do site englishcentral.com
5.1 Características gerais do site
O site é bastante intuitivo e se apresenta em várias línguas, incluindo
Português. O usuário pode clicar no ícone , no campo direito superior da
página para escolher a língua de sua preferência. Caso o usuário não se dê conta
desse recurso e preferir clicar diretamente na imagem do vídeo na tela principal, a
atividade didática terá início instantâneo. O usuário perceberá que se trata de um
site com vídeos e legendas. Além disso, o site apresenta balões com dicas das
13
diferentes funções que cada atividade oferece, bastando passar o mouse em cima
dos botões.
Os vídeos são autênticos e muitos deles estão também disponíveis no
youtube.com. A diferença é que no site englishcentral.com as legendas são
revisadas e corrigidas por profissionais. Além disso, o usuário tem a opção de
desativar as legendas, se preferir, ou ativá-las, de acordo com sua proposta de
aprendizagem, o que será discutido a seguir.
Além de apresentar diversos vídeos organizados por níveis de
conhecimento de Inglês – iniciante, intermediário e avançado – e por assunto –
negócios, viagens, dia-a-dia –, o site oferece cursos, que consistem na
organização de um grupo de vídeos sobre a mesma temática e para determinado
nível de dificuldade. A Figura 2 apresenta a disposição dos botões e opções de
onde selecionar o nível de dificuldade e o assunto sobre o qual se quer assistir
um vídeo:
Figura 2 – Seleção do nível de dificuldade e tópico dos vídeos
14
É importante ressaltar que, para este estudo, apenas atividades gratuitas
foram consideradas, embora o site ofereça também atividades pagas. Da mesma
forma, deve-se considerar que o site não apresenta um tutorial, mas se
caracteriza por ser intuitivo no sentido de que é fácil para os usuários descobrir as
atividades propostas apenas clicando nos links ou passando o mouse nos botões
de acesso.
5.2 Características didáticas do site
As características didáticas do site serão descritas e comentadas abaixo,
juntamente com uma discussão da forma como tais características podem
fomentar aprendizagem autônoma.
1. Cada vídeo apresenta 3 abas de atividades, sendo elas:
• Assista, na qual se pode escutar o áudio do vídeo e ler a legenda;
• Aprenda, a qual traz exercícios de vocabulário;
• Fale, na qual o usuário pode gravar sua voz e receber uma nota pela sua
pronúncia.
Uma das características de aprendizagem autônoma diz respeito a seleção
feita pelo aluno da ordem das atividades a serem estudadas e também da
definição das progressões a serem seguidas (COTERALL, 1995). Portanto, essa
organização do site permite ao seu usuário a definição de tal ordem para sua
aprendizagem autônoma. Observe a disposição das 3 diferentes abas na Figura 3:
15
Figura 3 – Diferentes tipos de atividades
2. Na aba “Assista”, o usuário pode praticar a audição, escutando o vídeo
quantas vezes desejar. Optando pela utilização da legenda, o usuário
poderá fazer a leitura do áudio.
3. Ao passar o mouse pelas palavras na legenda, o usuário escutará a
pronúncia de tal vocábulo separadamente. Quando clicar nos vocábulos, o
usuário terá a definição de tal palavra, juntamente com a pronúncia.
Observe a Figura 4 que mostra a possibilidade de se estudar vocábulos da
legenda separadamente:
Figura 4 – Atividade de vocabulário
16
4. Na aba “Aprenda”, o usuário pode fazer exercícios de vocabulário,
tentando preencher a lacuna com a palavra que está faltando (Figura 5).
Nesta atividade, apenas algumas frases do vídeo completo são
apresentadas.
As características didáticas 2, 3 e 4 vão ao encontro de características de
aprendizagem autônoma, pois os usuários tem a chance de se monitorar e
avaliar seu progresso durante a realização de tais atividades, conforme
características apontadas por Dickinson (1994); Coterall (1995); Finch (2002);
Little (2004); e Paiva (2011).
A Figura 5 mostra a atividade de preenchimento de lacuna conforme a
legenda do vídeo:
Figura 5 – Atividade de preenchimento de lacuna
5. Na aba “Fale”, o usuário pode gravar sua própria voz logo após ouvir as
frases separadamente, basta clicar no ícone do microfone, conforme a
Figura 6.
17
6. Logo ao lado direito do microfone, existe um outro botão que tem a função
de mostrar a comparação da gravação da voz do usuário com o áudio do
vídeo (Figura 6).
7. O site grava a voz do usuário para que seja comparada com o áudio do
vídeo além de atribuir uma nota para pronúncia do usuário (Figura 6).
Tais recursos permitem aos usuários estabelecer não só objetivos para
com a realização de tais atividades, mas também oportunidade de prática,
características as quais condizem com comportamento autônomo de
aprendizagem (LITTLE, 2004).
Figura 6 – Atividade de gravação de voz
O site proporciona várias maneiras para o usuário organizar sua
aprendizagem de forma autônoma. Pode-se estabelecer uma meta mensal,
conforme mostra a Figura 7. Além disso, o site apresenta uma contagem de
palavras que, supostamente, o aluno deve ter aprendido. A contagem é feita com
base no número de palavras propostas em cada vídeo assistido. No link “Minhas
palavras”, por exemplo, o usuário pode criar sua própria lista de palavras, a qual
18
vem acompanhada da pronúncia e do significado. Já na seção “Fale para ter
feedback”, o usuário encontra vários vídeos os quais trazem a atividade
anteriormente mencionada de gravação de voz e atribuição de uma nota,
juntamente com sugestões de melhoramento.
Figura 7 – Desempenho do usuário
Conforme as características didáticas mencionadas acima, nota-se que o
site englishcentral.com apresenta uma variedade de atividades para a prática do
idioma Inglês. Seus usuários podem explorar os recursos disponibilizados
gratuitamente para o desenvolvimento das suas habilidades linguísticas, mais
especificamente a audição, leitura, fala, pronúncia, vocabulário e expressões
19
idiomáticas. Da mesma forma, os usuários podem desenvolver autonomia para
com seus estudos, pois é possível determinar uma série de características que
condizem com comportamento autônomo defendido por diferentes autores na
revisão de literatura.
6. Considerações Finais
Conclui-se que o site analisado neste trabalho apresenta várias
características didáticas que propiciam e fomentam aprendizagem autônoma para
os seus usuários. As características didáticas apresentadas neste trabalho
mostram que é possível fazer uso deste recurso midiático para se desenvolver
habilidades linguísticas em Inglês.
No entanto, salienta-se que o site serve apenas para a aprendizagem de
Inglês, não disponibilizando ainda vídeos e atividades em outras línguas. Também
é importante enfatizar que muitos de seus usuários podem necessitar de
instruções mais específicas para se fazer uso da pluralidade de atividades
propostas no englishcentral.com.
Conforme Holec (1981), Dickinson (1994), Finch (2002) and White (2003),
muitos aprendizes não aprendem a se guiar sozinhos, necessitando assim de
instruções para que, futuramente, guiem suas aprendizagens de forma mais
autônoma e também para que usufruam de websites como englishcentral.com
para desenvolver suas habilidades linguísticas em Inglês.
Para pesquisas futuras, sugere-se que seja feito um estudo experimental
no qual os alunos fazem a utilização do site englishcentral.com a fim de se
20
investigar se é possível explorar o site de forma autônoma ou se os alunos
precisam de um professor para guiá-los na realização das atividades.
REFERÊNCIAS
BENSON, P. Teaching and Researching Autonomy in Language Learning.
London: Longman, 2001.
BOULTON, A. Autonomy and the Internet in distance learning: reading between
the e-lines. In: Mélanger CRAPEL, 28th, Edition Spécial: TIC et Autonomie dans
l’apprentissage des langues, p.101-112, 2006. Disponível em: http://revues.univ-
nancy2.fr/melangesCrapel/article_melange.php3?id_article=287 Acesso em: 8 set.
2011.
COTERALL, S. Readiness for autonomy: investigating learner beliefs. System, v.
23, n. 2, p. 195-205, 1995.
DIAS, R. Towards autonomy: the integration of learner-controlled strategies into
the teaching event. In: LEFFA, V. J. (Org.). Autonomy in Language Learning.
Porto Alegre: Editora da UFRGS, 1994, p. 13-24.
DICKINSON, L. Learner Autonomy: what, why and how? In: LEFFA, V. J. (Org.).
Autonomy in Language Learning. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 1994, p. 13-
24.
FINCH, A. Autonomy - where are we, and where are we going? In: JALT CUE-SIG
Proceedings. Kyoto Institute of Technology, Kyoto, Japan, p. 15-42, 2002.
FREIRE, P. Pedagogy of the oppressed. NY, NY: Continuum Books, 1993.
HACK, J. R. Audiovisual e Educação a Distância: aportes teóricos e reflexões
sobre uma experiência. In: Anais do XIII Congresso Internacional de Educação a
Distância (compact disc). Curitiba: ABED, 2007.
HOLEC, H. Autonomy and foreign language learning. 2 ed. Oxford: Pergamon,
1981.
MOREIRA, M. M. In the search of the foreign language learner’s autonomy:
concept maps and learning how to learn. In: LEFFA, V. J. (Org.). Autonomy in
Language Learning. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 1994, p. 25-35.
PAIVA, V. L. M. O. Autonomy in second language acquisition. In: SHARE: An
electronic magazine, 146, (no page numbers), 2005. Disponível em
http://www.veramenezes.com/autoplex.htm Acesso em: 14 agosto 2011.
21
PAIVA, V. L. M. O. (2006) Autonomia e complexidade. In: Linguagem & Ensino, 9
(1), p.77-127, 2006.
TUMOLO, C. H. S.; SANTIBANES, V. S. Autonomia em graduação na modalidade
a distância: estratégias de organização e de aprendizagem. In: Anais Eletrônicos
do IX Congresso Brasileiro de Linguística Aplicada. Rio de Janeiro, 2011, p. 1-25.
ÜSTÜNOĞLU, E. Autonomy in language learning: Do students take responsibility
for their learning. In: Journal of Theory and Practice in Education, 5(2), p. 148-169,
2009.
WHITE, C. Language Learning in Distance Education. England: Cambridge
University Press, 2003.
Nayara Nunes Salbego: nayara.salbego@yahoo.com.br
Mario Gerson Miranda Magno Junior: magno@ufsm.br

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Apresentação ntics - ifrn - valkley hollanda
Apresentação   ntics - ifrn - valkley hollandaApresentação   ntics - ifrn - valkley hollanda
Apresentação ntics - ifrn - valkley hollanda
valkley
 
O ensino de língua espanhola na era digital o facebook como ferramenta auxili...
O ensino de língua espanhola na era digital o facebook como ferramenta auxili...O ensino de língua espanhola na era digital o facebook como ferramenta auxili...
O ensino de língua espanhola na era digital o facebook como ferramenta auxili...
Elaine Teixeira
 
O ensino da Língua Inglesa e o uso das Novas Tecnologias da Informação e Comu...
O ensino da Língua Inglesa e o uso das Novas Tecnologias da Informação e Comu...O ensino da Língua Inglesa e o uso das Novas Tecnologias da Informação e Comu...
O ensino da Língua Inglesa e o uso das Novas Tecnologias da Informação e Comu...
Joyce Fettermann
 
Português na Internet: Questões de Planejamento e Produção de Materiais
Português na Internet: Questões de Planejamento e Produção de MateriaisPortuguês na Internet: Questões de Planejamento e Produção de Materiais
Português na Internet: Questões de Planejamento e Produção de Materiais
TelEduc
 
Aprendendo inglês imprimir hoje 2011
Aprendendo inglês imprimir hoje 2011Aprendendo inglês imprimir hoje 2011
Aprendendo inglês imprimir hoje 2011
Pedro Henrique
 
Fichamento de Práticas Midiaticas da Educação
Fichamento de Práticas Midiaticas da EducaçãoFichamento de Práticas Midiaticas da Educação
Fichamento de Práticas Midiaticas da Educação
katielen
 
"TEMPOS LÍQUIDOS": NOVAS PERSPECTIVAS ACERCA DO USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS N...
"TEMPOS LÍQUIDOS": NOVAS PERSPECTIVAS ACERCA DO USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS N..."TEMPOS LÍQUIDOS": NOVAS PERSPECTIVAS ACERCA DO USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS N...
"TEMPOS LÍQUIDOS": NOVAS PERSPECTIVAS ACERCA DO USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS N...
Joyce Fettermann
 
11998 39180-1-pb(1) Para uma boa leitura
11998 39180-1-pb(1) Para uma boa leitura11998 39180-1-pb(1) Para uma boa leitura
11998 39180-1-pb(1) Para uma boa leitura
Renata2014morgado
 
Maria Celia
Maria CeliaMaria Celia
Maria Celia
Belo Horizonte
 
AS INTERVENÇÕES DA REDE SOCIAL MY ENGLISH CLUB NOS AMBIENTES PRESENCIAIS DE A...
AS INTERVENÇÕES DA REDE SOCIAL MY ENGLISH CLUB NOS AMBIENTES PRESENCIAIS DE A...AS INTERVENÇÕES DA REDE SOCIAL MY ENGLISH CLUB NOS AMBIENTES PRESENCIAIS DE A...
AS INTERVENÇÕES DA REDE SOCIAL MY ENGLISH CLUB NOS AMBIENTES PRESENCIAIS DE A...
Joyce Fettermann
 
RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS PARA O ENSINO SUPERIOR: UM PANORAMA A PARTIR DA...
RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS PARA O ENSINO SUPERIOR: UM PANORAMA A PARTIR DA...RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS PARA O ENSINO SUPERIOR: UM PANORAMA A PARTIR DA...
RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS PARA O ENSINO SUPERIOR: UM PANORAMA A PARTIR DA...
Joyce Fettermann
 
E proinfo uso-da_t_vvideo_informatica_incentivo_aprendizagem_o_d
E proinfo uso-da_t_vvideo_informatica_incentivo_aprendizagem_o_dE proinfo uso-da_t_vvideo_informatica_incentivo_aprendizagem_o_d
E proinfo uso-da_t_vvideo_informatica_incentivo_aprendizagem_o_d
Mrjdgabrielcacoal
 
Tv video como_incentivo_aprend_banner_jucelino
Tv video como_incentivo_aprend_banner_jucelinoTv video como_incentivo_aprend_banner_jucelino
Tv video como_incentivo_aprend_banner_jucelino
Mrjdgabrielcacoal
 
Projetooficina Tla M Iv1[1]
Projetooficina Tla M Iv1[1]Projetooficina Tla M Iv1[1]
Projetooficina Tla M Iv1[1]
sanrose18
 
Adelar bortoloti
Adelar bortolotiAdelar bortoloti
Adelar bortoloti
equipetics
 
Novas tecnologias aula2
Novas tecnologias aula2Novas tecnologias aula2
Novas tecnologias aula2
Carolina M S S Franco
 
As tecnologias da informação e comunicação nas práticas pedagógicas do Pibid
As tecnologias da informação e comunicação nas práticas pedagógicas do PibidAs tecnologias da informação e comunicação nas práticas pedagógicas do Pibid
As tecnologias da informação e comunicação nas práticas pedagógicas do Pibid
Arlene Oliveira
 
Portifólio amélia maria atualizado em 04-05-2011
Portifólio amélia maria   atualizado em 04-05-2011Portifólio amélia maria   atualizado em 04-05-2011
Portifólio amélia maria atualizado em 04-05-2011
ameliamariaveiga
 
O Software Educativo Nas Aulas De LíNgua Inglesa Como Essa Ferramenta é Uti...
O Software Educativo Nas Aulas De LíNgua Inglesa   Como Essa Ferramenta é Uti...O Software Educativo Nas Aulas De LíNgua Inglesa   Como Essa Ferramenta é Uti...
O Software Educativo Nas Aulas De LíNgua Inglesa Como Essa Ferramenta é Uti...
Adriana Sales Zardini
 
Carla rita franceschett-paim_sobradinho
Carla rita franceschett-paim_sobradinhoCarla rita franceschett-paim_sobradinho
Carla rita franceschett-paim_sobradinho
equipetics
 

Mais procurados (20)

Apresentação ntics - ifrn - valkley hollanda
Apresentação   ntics - ifrn - valkley hollandaApresentação   ntics - ifrn - valkley hollanda
Apresentação ntics - ifrn - valkley hollanda
 
O ensino de língua espanhola na era digital o facebook como ferramenta auxili...
O ensino de língua espanhola na era digital o facebook como ferramenta auxili...O ensino de língua espanhola na era digital o facebook como ferramenta auxili...
O ensino de língua espanhola na era digital o facebook como ferramenta auxili...
 
O ensino da Língua Inglesa e o uso das Novas Tecnologias da Informação e Comu...
O ensino da Língua Inglesa e o uso das Novas Tecnologias da Informação e Comu...O ensino da Língua Inglesa e o uso das Novas Tecnologias da Informação e Comu...
O ensino da Língua Inglesa e o uso das Novas Tecnologias da Informação e Comu...
 
Português na Internet: Questões de Planejamento e Produção de Materiais
Português na Internet: Questões de Planejamento e Produção de MateriaisPortuguês na Internet: Questões de Planejamento e Produção de Materiais
Português na Internet: Questões de Planejamento e Produção de Materiais
 
Aprendendo inglês imprimir hoje 2011
Aprendendo inglês imprimir hoje 2011Aprendendo inglês imprimir hoje 2011
Aprendendo inglês imprimir hoje 2011
 
Fichamento de Práticas Midiaticas da Educação
Fichamento de Práticas Midiaticas da EducaçãoFichamento de Práticas Midiaticas da Educação
Fichamento de Práticas Midiaticas da Educação
 
"TEMPOS LÍQUIDOS": NOVAS PERSPECTIVAS ACERCA DO USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS N...
"TEMPOS LÍQUIDOS": NOVAS PERSPECTIVAS ACERCA DO USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS N..."TEMPOS LÍQUIDOS": NOVAS PERSPECTIVAS ACERCA DO USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS N...
"TEMPOS LÍQUIDOS": NOVAS PERSPECTIVAS ACERCA DO USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS N...
 
11998 39180-1-pb(1) Para uma boa leitura
11998 39180-1-pb(1) Para uma boa leitura11998 39180-1-pb(1) Para uma boa leitura
11998 39180-1-pb(1) Para uma boa leitura
 
Maria Celia
Maria CeliaMaria Celia
Maria Celia
 
AS INTERVENÇÕES DA REDE SOCIAL MY ENGLISH CLUB NOS AMBIENTES PRESENCIAIS DE A...
AS INTERVENÇÕES DA REDE SOCIAL MY ENGLISH CLUB NOS AMBIENTES PRESENCIAIS DE A...AS INTERVENÇÕES DA REDE SOCIAL MY ENGLISH CLUB NOS AMBIENTES PRESENCIAIS DE A...
AS INTERVENÇÕES DA REDE SOCIAL MY ENGLISH CLUB NOS AMBIENTES PRESENCIAIS DE A...
 
RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS PARA O ENSINO SUPERIOR: UM PANORAMA A PARTIR DA...
RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS PARA O ENSINO SUPERIOR: UM PANORAMA A PARTIR DA...RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS PARA O ENSINO SUPERIOR: UM PANORAMA A PARTIR DA...
RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS PARA O ENSINO SUPERIOR: UM PANORAMA A PARTIR DA...
 
E proinfo uso-da_t_vvideo_informatica_incentivo_aprendizagem_o_d
E proinfo uso-da_t_vvideo_informatica_incentivo_aprendizagem_o_dE proinfo uso-da_t_vvideo_informatica_incentivo_aprendizagem_o_d
E proinfo uso-da_t_vvideo_informatica_incentivo_aprendizagem_o_d
 
Tv video como_incentivo_aprend_banner_jucelino
Tv video como_incentivo_aprend_banner_jucelinoTv video como_incentivo_aprend_banner_jucelino
Tv video como_incentivo_aprend_banner_jucelino
 
Projetooficina Tla M Iv1[1]
Projetooficina Tla M Iv1[1]Projetooficina Tla M Iv1[1]
Projetooficina Tla M Iv1[1]
 
Adelar bortoloti
Adelar bortolotiAdelar bortoloti
Adelar bortoloti
 
Novas tecnologias aula2
Novas tecnologias aula2Novas tecnologias aula2
Novas tecnologias aula2
 
As tecnologias da informação e comunicação nas práticas pedagógicas do Pibid
As tecnologias da informação e comunicação nas práticas pedagógicas do PibidAs tecnologias da informação e comunicação nas práticas pedagógicas do Pibid
As tecnologias da informação e comunicação nas práticas pedagógicas do Pibid
 
Portifólio amélia maria atualizado em 04-05-2011
Portifólio amélia maria   atualizado em 04-05-2011Portifólio amélia maria   atualizado em 04-05-2011
Portifólio amélia maria atualizado em 04-05-2011
 
O Software Educativo Nas Aulas De LíNgua Inglesa Como Essa Ferramenta é Uti...
O Software Educativo Nas Aulas De LíNgua Inglesa   Como Essa Ferramenta é Uti...O Software Educativo Nas Aulas De LíNgua Inglesa   Como Essa Ferramenta é Uti...
O Software Educativo Nas Aulas De LíNgua Inglesa Como Essa Ferramenta é Uti...
 
Carla rita franceschett-paim_sobradinho
Carla rita franceschett-paim_sobradinhoCarla rita franceschett-paim_sobradinho
Carla rita franceschett-paim_sobradinho
 

Destaque

Lei 1419 de 01/04/2013
Lei 1419 de 01/04/2013Lei 1419 de 01/04/2013
Lei 1419 de 01/04/2013
Defesa Rio de Janeiro
 
Onda
OndaOnda
Onda
AgexCOM
 
Modelo assure
Modelo assureModelo assure
Modelo assure
Elizabeth Fernandez
 
Job
JobJob
Andreia mainardi
Andreia mainardiAndreia mainardi
Andreia mainardi
equipetics
 
31162
3116231162
31162
RHENNATO
 
Didaticgeoaula8
Didaticgeoaula8Didaticgeoaula8
Didaticgeoaula8
Ana Beatriz
 
Volume VII
Volume VIIVolume VII
Volume VII
estevaofernandes
 

Destaque (8)

Lei 1419 de 01/04/2013
Lei 1419 de 01/04/2013Lei 1419 de 01/04/2013
Lei 1419 de 01/04/2013
 
Onda
OndaOnda
Onda
 
Modelo assure
Modelo assureModelo assure
Modelo assure
 
Job
JobJob
Job
 
Andreia mainardi
Andreia mainardiAndreia mainardi
Andreia mainardi
 
31162
3116231162
31162
 
Didaticgeoaula8
Didaticgeoaula8Didaticgeoaula8
Didaticgeoaula8
 
Volume VII
Volume VIIVolume VII
Volume VII
 

Semelhante a Nayara nunes salbego

Objetos de Aprendizagem no Ensino de Inglês
Objetos de Aprendizagem no Ensino de InglêsObjetos de Aprendizagem no Ensino de Inglês
Objetos de Aprendizagem no Ensino de Inglês
Monica Camara
 
TCC VERSÃO FINAL ALINE CAROLINA DOS SANTOS MEHEDIN
TCC VERSÃO FINAL ALINE CAROLINA DOS SANTOS MEHEDINTCC VERSÃO FINAL ALINE CAROLINA DOS SANTOS MEHEDIN
TCC VERSÃO FINAL ALINE CAROLINA DOS SANTOS MEHEDIN
Aline Mehedin
 
Documento
DocumentoDocumento
Documento
dricaaa
 
Revista thema face
Revista thema  faceRevista thema  face
Revista thema face
patriciamescobar
 
A formacao continuada_do_professor_de_linguagem
A formacao continuada_do_professor_de_linguagemA formacao continuada_do_professor_de_linguagem
A formacao continuada_do_professor_de_linguagem
joanasinop30
 
EAC - MICROSOF TEAMS COMO AVA (2).doc
EAC - MICROSOF TEAMS COMO AVA (2).docEAC - MICROSOF TEAMS COMO AVA (2).doc
EAC - MICROSOF TEAMS COMO AVA (2).doc
DouglasBressan3
 
Blogs educomunicativos no apoio ao docente de Inglês
Blogs educomunicativos no apoio ao docente de InglêsBlogs educomunicativos no apoio ao docente de Inglês
Blogs educomunicativos no apoio ao docente de Inglês
Divonilde Pereira
 
Projeto oficina
Projeto oficinaProjeto oficina
Projeto oficina
sanrose18
 
RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR-AUTOR: REFLEXÕES TEÓRICAS
RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR-AUTOR: REFLEXÕES TEÓRICASRECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR-AUTOR: REFLEXÕES TEÓRICAS
RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR-AUTOR: REFLEXÕES TEÓRICAS
Joyce Fettermann
 
Web 2.0 com os recursos do Google Drive no desenvolvimento da leitura e escri...
Web 2.0 com os recursos do Google Drive no desenvolvimento da leitura e escri...Web 2.0 com os recursos do Google Drive no desenvolvimento da leitura e escri...
Web 2.0 com os recursos do Google Drive no desenvolvimento da leitura e escri...
Antonio Donizete Souza
 
Revista Educação Pública - A importância dos fóruns na Educação a Distância_ ...
Revista Educação Pública - A importância dos fóruns na Educação a Distância_ ...Revista Educação Pública - A importância dos fóruns na Educação a Distância_ ...
Revista Educação Pública - A importância dos fóruns na Educação a Distância_ ...
AnaCristiane3
 
Tecnologia e ensino o uso de blogs como ferramenta de motivação e aprendizagem
Tecnologia e ensino o  uso de blogs como ferramenta de motivação e aprendizagemTecnologia e ensino o  uso de blogs como ferramenta de motivação e aprendizagem
Tecnologia e ensino o uso de blogs como ferramenta de motivação e aprendizagem
Mario Lobo
 
São João do Polêsine - Andreia Vedoin Cielo
São João do Polêsine - Andreia Vedoin CieloSão João do Polêsine - Andreia Vedoin Cielo
São João do Polêsine - Andreia Vedoin Cielo
CursoTICs
 
Leitura e produção de textos
Leitura e produção de textosLeitura e produção de textos
Leitura e produção de textos
mayracantarella
 
Estefania vieira linhares
Estefania vieira linharesEstefania vieira linhares
Estefania vieira linhares
equipetics
 
Slides de leitura em blog verinha 1
Slides de leitura em blog   verinha 1Slides de leitura em blog   verinha 1
Slides de leitura em blog verinha 1
Nelson Viana
 
Cristiane back weber
Cristiane back weber Cristiane back weber
Cristiane back weber
equipetics
 
Entrevista final 2
Entrevista final 2Entrevista final 2
Entrevista final 2
Nuno Maria
 
Design didático construindo um caminhar desvelando parcerias
Design didático construindo um caminhar desvelando parceriasDesign didático construindo um caminhar desvelando parcerias
Design didático construindo um caminhar desvelando parcerias
juroanny
 
SLIDES SIMPARFOR -Morfologia da educação ppt
SLIDES SIMPARFOR -Morfologia da educação pptSLIDES SIMPARFOR -Morfologia da educação ppt
SLIDES SIMPARFOR -Morfologia da educação ppt
fcodacruz
 

Semelhante a Nayara nunes salbego (20)

Objetos de Aprendizagem no Ensino de Inglês
Objetos de Aprendizagem no Ensino de InglêsObjetos de Aprendizagem no Ensino de Inglês
Objetos de Aprendizagem no Ensino de Inglês
 
TCC VERSÃO FINAL ALINE CAROLINA DOS SANTOS MEHEDIN
TCC VERSÃO FINAL ALINE CAROLINA DOS SANTOS MEHEDINTCC VERSÃO FINAL ALINE CAROLINA DOS SANTOS MEHEDIN
TCC VERSÃO FINAL ALINE CAROLINA DOS SANTOS MEHEDIN
 
Documento
DocumentoDocumento
Documento
 
Revista thema face
Revista thema  faceRevista thema  face
Revista thema face
 
A formacao continuada_do_professor_de_linguagem
A formacao continuada_do_professor_de_linguagemA formacao continuada_do_professor_de_linguagem
A formacao continuada_do_professor_de_linguagem
 
EAC - MICROSOF TEAMS COMO AVA (2).doc
EAC - MICROSOF TEAMS COMO AVA (2).docEAC - MICROSOF TEAMS COMO AVA (2).doc
EAC - MICROSOF TEAMS COMO AVA (2).doc
 
Blogs educomunicativos no apoio ao docente de Inglês
Blogs educomunicativos no apoio ao docente de InglêsBlogs educomunicativos no apoio ao docente de Inglês
Blogs educomunicativos no apoio ao docente de Inglês
 
Projeto oficina
Projeto oficinaProjeto oficina
Projeto oficina
 
RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR-AUTOR: REFLEXÕES TEÓRICAS
RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR-AUTOR: REFLEXÕES TEÓRICASRECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR-AUTOR: REFLEXÕES TEÓRICAS
RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR-AUTOR: REFLEXÕES TEÓRICAS
 
Web 2.0 com os recursos do Google Drive no desenvolvimento da leitura e escri...
Web 2.0 com os recursos do Google Drive no desenvolvimento da leitura e escri...Web 2.0 com os recursos do Google Drive no desenvolvimento da leitura e escri...
Web 2.0 com os recursos do Google Drive no desenvolvimento da leitura e escri...
 
Revista Educação Pública - A importância dos fóruns na Educação a Distância_ ...
Revista Educação Pública - A importância dos fóruns na Educação a Distância_ ...Revista Educação Pública - A importância dos fóruns na Educação a Distância_ ...
Revista Educação Pública - A importância dos fóruns na Educação a Distância_ ...
 
Tecnologia e ensino o uso de blogs como ferramenta de motivação e aprendizagem
Tecnologia e ensino o  uso de blogs como ferramenta de motivação e aprendizagemTecnologia e ensino o  uso de blogs como ferramenta de motivação e aprendizagem
Tecnologia e ensino o uso de blogs como ferramenta de motivação e aprendizagem
 
São João do Polêsine - Andreia Vedoin Cielo
São João do Polêsine - Andreia Vedoin CieloSão João do Polêsine - Andreia Vedoin Cielo
São João do Polêsine - Andreia Vedoin Cielo
 
Leitura e produção de textos
Leitura e produção de textosLeitura e produção de textos
Leitura e produção de textos
 
Estefania vieira linhares
Estefania vieira linharesEstefania vieira linhares
Estefania vieira linhares
 
Slides de leitura em blog verinha 1
Slides de leitura em blog   verinha 1Slides de leitura em blog   verinha 1
Slides de leitura em blog verinha 1
 
Cristiane back weber
Cristiane back weber Cristiane back weber
Cristiane back weber
 
Entrevista final 2
Entrevista final 2Entrevista final 2
Entrevista final 2
 
Design didático construindo um caminhar desvelando parcerias
Design didático construindo um caminhar desvelando parceriasDesign didático construindo um caminhar desvelando parcerias
Design didático construindo um caminhar desvelando parcerias
 
SLIDES SIMPARFOR -Morfologia da educação ppt
SLIDES SIMPARFOR -Morfologia da educação pptSLIDES SIMPARFOR -Morfologia da educação ppt
SLIDES SIMPARFOR -Morfologia da educação ppt
 

Mais de equipetics

Resol016 2013
Resol016 2013Resol016 2013
Resol016 2013
equipetics
 
Tcc versâo final aline
Tcc   versâo final alineTcc   versâo final aline
Tcc versâo final aline
equipetics
 
Maria fermina
Maria ferminaMaria fermina
Maria fermina
equipetics
 
Conclusão tics janaina da silva antunes
Conclusão tics   janaina da silva  antunesConclusão tics   janaina da silva  antunes
Conclusão tics janaina da silva antunes
equipetics
 
Artigo tic carmem 3 janeiro 2013
Artigo tic carmem 3 janeiro 2013Artigo tic carmem 3 janeiro 2013
Artigo tic carmem 3 janeiro 2013
equipetics
 
Artigo defesa tic patricia fernandes agudo
Artigo defesa tic patricia fernandes agudoArtigo defesa tic patricia fernandes agudo
Artigo defesa tic patricia fernandes agudo
equipetics
 
Artigo científico ti cs. 2013 deise pdf
Artigo científico ti cs. 2013 deise pdfArtigo científico ti cs. 2013 deise pdf
Artigo científico ti cs. 2013 deise pdf
equipetics
 
Angelita scalamato
Angelita scalamatoAngelita scalamato
Angelita scalamato
equipetics
 
Merice barbon dalmoro
Merice barbon dalmoroMerice barbon dalmoro
Merice barbon dalmoro
equipetics
 
Zeni marilise portella
Zeni marilise portellaZeni marilise portella
Zeni marilise portella
equipetics
 
Zeferino garcia
Zeferino garcia Zeferino garcia
Zeferino garcia
equipetics
 
Viviane diehl
Viviane diehlViviane diehl
Viviane diehl
equipetics
 
Vildaine simões taschetto
Vildaine simões taschettoVildaine simões taschetto
Vildaine simões taschetto
equipetics
 
Veridiana pereira duraczinski
Veridiana pereira duraczinski  Veridiana pereira duraczinski
Veridiana pereira duraczinski
equipetics
 
Vanessa rigon
Vanessa rigonVanessa rigon
Vanessa rigon
equipetics
 
Valéria cacia chagas
Valéria cacia chagasValéria cacia chagas
Valéria cacia chagas
equipetics
 
Thiago torbes prates
Thiago torbes pratesThiago torbes prates
Thiago torbes prates
equipetics
 
Tatiane de camargo rohrs
Tatiane de camargo rohrsTatiane de camargo rohrs
Tatiane de camargo rohrs
equipetics
 
Simone aguiar
Simone aguiarSimone aguiar
Simone aguiar
equipetics
 
Satiane moreira goulart
Satiane moreira goulartSatiane moreira goulart
Satiane moreira goulart
equipetics
 

Mais de equipetics (20)

Resol016 2013
Resol016 2013Resol016 2013
Resol016 2013
 
Tcc versâo final aline
Tcc   versâo final alineTcc   versâo final aline
Tcc versâo final aline
 
Maria fermina
Maria ferminaMaria fermina
Maria fermina
 
Conclusão tics janaina da silva antunes
Conclusão tics   janaina da silva  antunesConclusão tics   janaina da silva  antunes
Conclusão tics janaina da silva antunes
 
Artigo tic carmem 3 janeiro 2013
Artigo tic carmem 3 janeiro 2013Artigo tic carmem 3 janeiro 2013
Artigo tic carmem 3 janeiro 2013
 
Artigo defesa tic patricia fernandes agudo
Artigo defesa tic patricia fernandes agudoArtigo defesa tic patricia fernandes agudo
Artigo defesa tic patricia fernandes agudo
 
Artigo científico ti cs. 2013 deise pdf
Artigo científico ti cs. 2013 deise pdfArtigo científico ti cs. 2013 deise pdf
Artigo científico ti cs. 2013 deise pdf
 
Angelita scalamato
Angelita scalamatoAngelita scalamato
Angelita scalamato
 
Merice barbon dalmoro
Merice barbon dalmoroMerice barbon dalmoro
Merice barbon dalmoro
 
Zeni marilise portella
Zeni marilise portellaZeni marilise portella
Zeni marilise portella
 
Zeferino garcia
Zeferino garcia Zeferino garcia
Zeferino garcia
 
Viviane diehl
Viviane diehlViviane diehl
Viviane diehl
 
Vildaine simões taschetto
Vildaine simões taschettoVildaine simões taschetto
Vildaine simões taschetto
 
Veridiana pereira duraczinski
Veridiana pereira duraczinski  Veridiana pereira duraczinski
Veridiana pereira duraczinski
 
Vanessa rigon
Vanessa rigonVanessa rigon
Vanessa rigon
 
Valéria cacia chagas
Valéria cacia chagasValéria cacia chagas
Valéria cacia chagas
 
Thiago torbes prates
Thiago torbes pratesThiago torbes prates
Thiago torbes prates
 
Tatiane de camargo rohrs
Tatiane de camargo rohrsTatiane de camargo rohrs
Tatiane de camargo rohrs
 
Simone aguiar
Simone aguiarSimone aguiar
Simone aguiar
 
Satiane moreira goulart
Satiane moreira goulartSatiane moreira goulart
Satiane moreira goulart
 

Nayara nunes salbego

  • 1. 1 POLO: Agudo DISCIPLINA: Elaboração de Artigo Científico ORIENTADOR: Prof. Mario Gerson Miranda Magno Junior DATA: 30/11/2012 Tecnologias da Informação e da Comunicação na Aprendizagem Autônoma de Inglês: uma análise das características didáticas do site www.englishcentral.com Information and Communication Technologies in Autonomous English Language Learning: an analysis of the didactic characteristics of the website www.englishcentral.com SALBEGO, Nayara Nunes Licenciada em Letras – Habilitação em Língua Inglesa e Respectivas Literaturas (UFSM) Resumo: Há uma extensa variedade de recursos das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) que podem ser aplicados à educação a fim de otimizar a aprendizagem dos alunos. Para o desenvolvimento de proficiência em Língua Inglesa, por exemplo, encontra-se disponível gratuitamente o site englishcentral.com, o qual é o objeto de análise deste trabalho. Busca-se investigar a forma como tal site pode fomentar a aprendizagem autônoma nos seus usuários. A aprendizagem autônoma é vista como um importante objetivo educacional, conforme afirmam pesquisadores como Holec (1981); Dickinson (1994); Coterall (1995); Finch (2002); Little (2004); Paiva (2011), dentre outros. Os resultados apontam que o site englishcentral.com apresenta características didáticas que auxiliam os usuários para o desenvolvimento da autonomia para com seus estudos. Palavras-chave: TIC, autonomia, aprendizagem de língua inglesa.
  • 2. 2 Abstract: There is a huge variety of Information and Communication Technologies (ICT) resources applicable to education that can optimize students learning. For the development of proficiency in English language, for example, there is the free website englishcentral.com which is the object of analysis in this paper. This analysis brings an investigation concerning how such website can foster learner autonomy in students of English. Learning autonomously is seen as an important educational objective, according to researchers such as Holec (1981); Dickinson (1994); Coterall (1995); Finch (2002); Little (2004); Paiva (2011), among others. The results show that the website englishcentral.com has didactic characteristics that may lead its users to the development of autonomy in relation to their studies. Key-words: ICT, autonomy, English language learning. INTRODUÇÃO A utilização de TIC para aprendizagem de línguas pode trazer benefícios no desenvolvimento das habilidades linguísticas dos alunos. Quando de forma autônoma, tal desenvolvimento pode ser ainda mais efetivo, pois se parte do pressuposto que o aluno dedica maior atenção e dedicação para atividades as quais eles selecionam, realizam e se avaliam de forma autônoma. É nesse viés que tal estudo se concretiza, ou seja, o objetivo deste trabalho é analisar como as TIC podem ser úteis para aprendizagem autônoma de Inglês. Por toda a vida escolar, percebe-se que há um alto nível de centralização no papel desempenhado pelo professor em sala de aula. Por outro lado, pouco espaço é dedicado ao potencial individual e criativo dos alunos, onde suas experiências prévias e conhecimento de mundo são explorados e úteis nos seus processos de aprendizagem. No entanto, este quadro clama por mudanças, de forma que os professores não desempenhem mais papel central na aprendizagem dos alunos, a fim de que estes ganhem mais responsabilidade e autonomia na sua aprendizagem. Considerando-se este contexto, a aprendizagem autônoma
  • 3. 3 possibilitaria um desempenho mais positivo e efetivo no desenvolvimento de habilidades linguísticas em Inglês. O conceito de autonomia foi primeiramente relacionado ao ensino de línguas estrangeiras (L2) nos anos 70, acompanhando o surgimento do método comunicativo para o ensino de L2 (PAIVA, 2005). Anteriormente, os alunos de línguas não costumavam ter a oportunidade de tentar se expressar livremente, sendo que o método predominante anteriormente focava apenas na imitação e repetição de frases soltas, sem contextualização ou foco no significado. Diferentemente, o método comunicativo propõe uma abordagem na qual os alunos teriam mais espaço para produção linguística criativa e não repetitiva. Embora o método comunicativo aponte a importância do papel dos alunos para o desempenho do seu próprio aprendizado, isso não acontece completamente até mesmo nos dias de hoje1 , sendo que na maior parte do tempo, o papel central nas aulas ainda é assegurado pelo(a) professor(a). Assim sendo, os alunos ficam presos à dependência, o que muitas vezes os impossibilita até mesmo de procurar outras recursos de forma autônoma, para desenvolver sua aprendizagem fora de contextos formais de ensino. Parte do conhecimento de uma língua estrangeira pode ser desenvolvida através da aprendizagem de autonomia. De acordo com Dickinson (1994, p. 4, tradução nossa), autonomia na aprendizagem de línguas é essencialmente “uma questão de atitude com relação à aprendizagem”2 . De fato, um aprendiz autônomo é aquele que tem responsabilidade sobre seu próprio aprendizado, conforme está implícito na asserção de Dickinson. Da mesma forma, estudantes 1 TUMOLO e SANTIBANES (2012) explicam que a ideia de que autonomia não é desenvolvida na educação brasileira é de longa data, referenciando o conceito de educação bancária, proposto por Paulo Freire (1993). 2 No texto original: “a matter of attitude towards learning” (DICKINSON, 1994, p. 4).
  • 4. 4 autônomos buscam recursos, organizam planos e estabelecem metas para com os seus estudos (COTERALL, 1995). Portanto, a união entre TIC e autonomia forma uma combinação propícia para o desenvolvimento dos estudantes que procuram aprender Inglês. Considerando estes apontamentos inicias, este estudo tem como objetivo geral investigar a forma como o site englishcentral.com pode fomentar a aprendizagem autônoma de Inglês. Para isso, parte-se de objetivos específicos, como: (a) investigar conceitos de autonomia aplicados à aprendizagem de línguas; (b) entender conceitos sobre TIC aplicados a educação; (c) identificar aspectos do referido site bem como atividades propostas neste sítio que promovam aprendizagem autônoma; e, finalmente (d) relacionar conceitos de autonomia com características das atividades propostas no site que proporcionam aos alunos a oportunidade de aprender e estudar de forma autônoma. Assim, apresenta-se uma discussão sobre pesquisadores que tratam do tema autonomia aplicada ao ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras. Logo, faz-se uma análise detalhada do site englishcentral.com, enfatizando-se características didáticas de tal recurso que fomentam o desenvolvimento de estudos autônomos. Tal análise será relacionada com características de comportamento autônomo apresentadas na revisão de literatura. Na parte final, apresentam-se as considerações finais e sugestões para pesquisas futuras acerca do mesmo tema e objeto de análise. Tal estudo traz uma contribuição não só para alunos que almejam aprender uma língua estrangeira de forma autônoma, com o auxílio das tecnologias da informação e da comunicação, mas também para professores que almejam fazer com que seus alunos aprendam de forma mais independente.
  • 5. 5 2. Tecnologias da Informação e da Comunicação aplicadas à Educação Vive-se a época da revolução técnico-científica, ou seja, uma era em que novas tecnologias da informação e da comunicação surgem a todo o momento. Tempo este que traz não só uma mudança tecnológica, mas também social, de forma que a geração atual vive uma completa época de comunicação global e isso não pode ser ignorado no ambiente educacional. Nesse sentido, a educação tem de se adaptar as novas necessidades da sociedade e é papel dos educadores ajudar os alunos a apropriarem-se das novas tecnologias como uma ferramenta na construção de conhecimento. Dentre elas, destaca-se o uso da World Wide Web (www), de computadores e softwares, de câmeras fotográficas, e-mails, programas de rádio e TV, as quais consistem em Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) que podem ser exploradas para atividades didáticas em sala de aula e também como ferramentas a serem utilizadas pelos alunos fora do contexto escolar, a fim de aprimorar seus conhecimentos e desenvolver novos saberes. Na sala de aula de Língua Estrangeira (LE), por exemplo, a utilização de TIC é de grande importância, pois é através delas que se pode trazer materiais autênticos e atualizados para serem trabalhados em sala de aula. Existem muitos sites na Internet que têm atividades interativas, nas quais os alunos podem falar e gravar sua voz, bem como fazer exercícios e serem corrigidos automaticamente. O site englishcentral.com, objeto de análise deste estudo, é um exemplo de TIC que propicia oportunidade de aprendizagem para seus usuários. O uso das TIC na educação colabora não só para uma melhor aprendizagem, mas também para o desenvolvimento da autonomia nos alunos,
  • 6. 6 ou seja, a responsabilidade de procurar atividades por si só, as quais não dependem de um professor para serem realizadas. As TIC consistem em conteúdos midiatizados que ultrapassam conceitos de temporalidade e espaço, possibilitando a aprendizagem fora do contexto tradicional de ensino. Conforme afirma o professor e pesquisador Hack (2007): A compreensão pessoal do mundo parece ser construída cada vez mais por conteúdos midiatizados que dilatam os horizontes espaciais, pois não é mais preciso estar presente fisicamente aos lugares onde os fenômenos observados ocorrem. (p.1) No entanto, as TIC não eliminam a figura docente. Os professores são responsáveis por atuarem de forma ativa nos contextos atuais de ensino e aprendizagem. É necessário que mais docentes se dediquem a entender, utilizar e também criar atividades que façam parte das TIC. Os professores precisam acompanhar a evolução da sociedade de forma a midiatizar o conhecimento e, mais importante, dialogar e interagir com os aprendizes através de suas mensagens pedagógicas traduzidas nas atividades que propõem e produzem: [A] utilização da mediação multimidiática na educação não veio substituir os mestres, pois se existe algum conteúdo educativo na rede é porque um docente produziu e colocou lá. Por isso, as próprias instituições de ensino devem encorajar a produção de conteúdo. O professor midiatizará o conhecimento, ao codificar as mensagens pedagógicas e traduzir sob diversas formas – conforme a mídia ou multimídia escolhida –, mas também estará disponível para uma relação dialógica e interativa com o aprendiz pela utilização das TIC. (HACK, 2007, p. 2) Portanto, pode-se afirmar que as TIC representam um ambiente no qual tanto alunos como professores podem agir de forma autônoma, sendo que os docentes podem fazer uso de tais recursos para propiciar modernização as suas
  • 7. 7 atuações didáticas. Já os alunos podem definir o que querem utilizar para sua aprendizagem, pois há vários recursos disponíveis, basta escolhê-los e utilizá-los. Consequentemente, o uso das TIC tanto na prática docente quanto nos estudos autônomos são parte do conhecimento midiatizado que culmina tal geração, atuando como parte indissociável no processo de ensino e aprendizagem dos professores e alunos. 3. Autonomia na Aprendizagem de Línguas Autonomia tem sido uma questão muito pesquisada na área do ensino de línguas. Da mesma forma, autonomia também tem sido parte de objetivos educacionais, conforme afirmam estudiosos como Holec (1981); Dickinson (1994); Dias (1994); Finch (2002); White (2003); Moreira (2004); e Paiva (2005, 2006), os quais apontam para a importância do entendimento deste termo para qualquer contexto de ensino. Finch (2002), por exemplo, faz um mapeamento da história da autonomia. Em “Autonomia: onde estamos e para onde vamos?”3 (tradução nossa), resultante da sua pesquisa de doutoramento, o autor faz um panorama no estilo “estado da arte” sobre o termo e sua relação no contexto da sala de aula de línguas. A partir desta perspectiva, Finch defende que é responsabilidade de cada professor promover autonomia a fim de formar membros da sociedade que sejam mais autônomos e críticos com relação a sua aprendizagem. O autor também afirma que, nesse parâmetro, o conteúdo da lição e a matéria a ser trabalhada em si 3 No texto original: “Autonomy: where are we and where are we going?”
  • 8. 8 ficariam em segundo plano devido à importância de se desenvolver a autonomia na sala de aula. Finch (2002) também apresenta noções de diferentes autores que estudaram sobre o tema, os quais criaram conceitos diferenciados para o termo autonomia. No entanto, apesar de não haver consenso nas definições, elas estão intrinsecamente interligadas e, de uma forma ou de outra, sempre chegam a um ponto em comum, apresentando características similares. Da mesma forma, Dickinson (1994) defende que autonomia consiste em uma atitude que alunos deveriam ser ensinados a ter com relação aos seus próprios estilos e processos de aprendizagem. Na perspectiva da autonomia, os alunos são capazes de tomar decisões sobre o seu desenvolvimento nos estudos, assim como tomar iniciativas para aprenderem de forma independente. Conforme afirma Dickinson, autonomia precisa ser aprendida e os professores têm um papel importante em ensinar os alunos a se desenvolverem como aprendizes autônomos. Aplicada à aprendizagem de línguas, autonomia significa que os alunos não somente têm mais controle sobre, mas também têm mais responsabilidade pelo seu próprio processo de aprendizagem. No entanto, ser autônomo não significa aprender isoladamente. Ao contrário, aprendizes autônomos desenvolvem um senso de interdependência e trabalham juntos com professores e colegas com o intuito de alcançar objetivos em comum e contribuir com o grupo como um todo (Benson, 2001; Üstünoğlu, 2009). Além disso, é de senso comum entre os estudiosos que professores têm papel chave no desenvolvimento da autonomia já que são eles que estão encarregados de educar os alunos não somente sobre o conteúdo de suas
  • 9. 9 respectivas disciplinas, mas principalmente para a vida. De acordo com Dickinson (1992, apud Finch, 2002), o papel do professor é o de facilitar a aprendizagem de forma autônoma. Da mesma forma, Holec (1981, p. 3) enfatiza que esta habilidade não é inata, mas sim deve ser desenvolvida por meios naturais ou através de ensino formal. Holec também aponta que “encarregar-se da aprendizagem de alguém é ter [...] a responsabilidade por todas as decisões com relação a todos os aspectos dessa aprendizagem [...]” (Holec, 1981, p.3). Moreira (2004) apresenta maneiras para ajudar alunos a desenvolverem autonomia não só enquanto aprendendo línguas, mas também outras áreas de estudo, como Matemática, Biologia, Geografia, enfim. O autor afirma que os aprendizes se tornam mais autônomos quando seus professores os ajudam a focar na maneira como se aprende do que no conteúdo por si só. Considerando- se o ponto de vista deste autor, o ensino e a aprendizagem de como ser mais autônomo são atualmente uma abordagem segura para a educação no geral, visto que a atualidade requer indivíduos capazes de aprender mais independentemente. White (1995) afirma que, em diversos contextos de ensino, a autonomia é considerada como algo já aprendido e que não precisa ser trabalhado em sala de aula. Professores geralmente não ensinam seus alunos sobre como aprender de forma autônoma. Consequentemente, a tomada de consciência dos alunos depende diretamente da tomada de consciência dos professores, conforme afirmam Boulton (2006), Oster (2006) e White (1995). Conclui-se que as concepções sobre autonomia apresentadas nessa seção enfatizam a necessidade de formar os estudantes a fim de atingir comportamento mais autônomo de aprendizagem. Para que isso aconteça, professores também
  • 10. 10 deveriam ser formados sobre como ensinar os alunos a serem mais autônomos. Considerando-se a aprendizagem de Inglês, no qual os alunos têm tempo limitado, curto ou até mesmo nulo de interação com outros falantes da língua alvo, o desenvolvimento da proficiência em língua estrangeira pode ser um grande desafio. Assim, o desenvolvimento de autonomia poderia representar uma das soluções para que os alunos e professores atinjam seus objetivos educacionais e de aprendizagem. 4. Análise qualitativa do site englishcentral.com Este trabalho consistiu em uma análise qualitativa do site www.englishcentral.com, o qual propõe atividades didáticas destinadas a pessoas que almejam aprender Inglês. Tal site oferece uma pluralidade de vídeos, com a opção de serem assistidos “com” ou “sem legenda”, através dos quais os alunos podem estudar vocabulário, pronúncia, expressões idiomáticas, além de gravar sua própria leitura do áudio dos vídeos selecionados. É importante salientar que nenhum critério específico foi utilizado na seleção deste site para a pesquisa. Tal seleção baseia-se somente na experiência da autora deste texto, a qual vem utilizando este site com seus alunos desde 2007 e tem observado que os resultados são positivos em sala de aula. Os alunos apreciam o conteúdo e a disposição das atividades propostas, além de mostrar características de que realmente aprendem com a utilização destes recursos para complementação das tarefas do livro didático, ou até mesmo para realização de atividades extraclasse.
  • 11. 11 Assim, fez-se uma análise do site englishcentral.com, porém, com um propósito diferenciado: buscou-se explicar de que forma o englishcentral.com está organizado e estruturado, além de oferecer atividades diferenciadas, que fomentam o desenvolvimento de comportamento autônomo nos seus usuários, possibilitando, assim, que alunos aprendam independentemente de irem para uma sala de aula. Tal estudo encontra-se dentro do escopo das TIC aplicadas à educação tendo em vista que almeja investigar como a utilização de um website com atividades didáticas de Inglês auxilia na aprendizagem e desenvolvimento das habilidades linguísticas de Inglês dos alunos interessados a aprender de forma autônoma. Por outro lado, esta pesquisa tem também o intuito de contribuir com professores de Língua Inglesa que almejam fomentar a autonomia nos seus alunos, além de utilizar as TIC, seja em sala de aula ou como tarefa extraclasse. 5. Análise e Discussão: o site englishcentral.com O site englishcentral.com traz vídeos autênticos4 com legendas e uma série de outros recursos didáticos que serão analisados com base nas características de aprendizagem autônoma apresentadas na revisão de literatura. A Figura 1 mostra a página inicial do site, a qual apresenta um vídeo com legendas. Tal imagem do vídeo já na tela inicial do site funciona como um resumo demonstrativo do que se pode encontrar se o usuário seguir explorando tal recurso. O site está em Inglês, mas é possível alterar o idioma no canto superior 4 Os vídeos são autênticos no sentido de que não são produzidos com a finalidade de ensinar Inglês.
  • 12. 12 direito da página. O site disponibiliza 8 idiomas, o que mostra a vasta utilização deste sítio em vários países do mundo. Os usuários também têm a opção de explorar o site como professores (link “Teacher”) ou alunos (link “Learner”). A análise feita neste trabalho foi explorada na condição de alunos, ou seja, link “Leaner”. Figura 1 – Página inicial do site englishcentral.com 5.1 Características gerais do site O site é bastante intuitivo e se apresenta em várias línguas, incluindo Português. O usuário pode clicar no ícone , no campo direito superior da página para escolher a língua de sua preferência. Caso o usuário não se dê conta desse recurso e preferir clicar diretamente na imagem do vídeo na tela principal, a atividade didática terá início instantâneo. O usuário perceberá que se trata de um site com vídeos e legendas. Além disso, o site apresenta balões com dicas das
  • 13. 13 diferentes funções que cada atividade oferece, bastando passar o mouse em cima dos botões. Os vídeos são autênticos e muitos deles estão também disponíveis no youtube.com. A diferença é que no site englishcentral.com as legendas são revisadas e corrigidas por profissionais. Além disso, o usuário tem a opção de desativar as legendas, se preferir, ou ativá-las, de acordo com sua proposta de aprendizagem, o que será discutido a seguir. Além de apresentar diversos vídeos organizados por níveis de conhecimento de Inglês – iniciante, intermediário e avançado – e por assunto – negócios, viagens, dia-a-dia –, o site oferece cursos, que consistem na organização de um grupo de vídeos sobre a mesma temática e para determinado nível de dificuldade. A Figura 2 apresenta a disposição dos botões e opções de onde selecionar o nível de dificuldade e o assunto sobre o qual se quer assistir um vídeo: Figura 2 – Seleção do nível de dificuldade e tópico dos vídeos
  • 14. 14 É importante ressaltar que, para este estudo, apenas atividades gratuitas foram consideradas, embora o site ofereça também atividades pagas. Da mesma forma, deve-se considerar que o site não apresenta um tutorial, mas se caracteriza por ser intuitivo no sentido de que é fácil para os usuários descobrir as atividades propostas apenas clicando nos links ou passando o mouse nos botões de acesso. 5.2 Características didáticas do site As características didáticas do site serão descritas e comentadas abaixo, juntamente com uma discussão da forma como tais características podem fomentar aprendizagem autônoma. 1. Cada vídeo apresenta 3 abas de atividades, sendo elas: • Assista, na qual se pode escutar o áudio do vídeo e ler a legenda; • Aprenda, a qual traz exercícios de vocabulário; • Fale, na qual o usuário pode gravar sua voz e receber uma nota pela sua pronúncia. Uma das características de aprendizagem autônoma diz respeito a seleção feita pelo aluno da ordem das atividades a serem estudadas e também da definição das progressões a serem seguidas (COTERALL, 1995). Portanto, essa organização do site permite ao seu usuário a definição de tal ordem para sua aprendizagem autônoma. Observe a disposição das 3 diferentes abas na Figura 3:
  • 15. 15 Figura 3 – Diferentes tipos de atividades 2. Na aba “Assista”, o usuário pode praticar a audição, escutando o vídeo quantas vezes desejar. Optando pela utilização da legenda, o usuário poderá fazer a leitura do áudio. 3. Ao passar o mouse pelas palavras na legenda, o usuário escutará a pronúncia de tal vocábulo separadamente. Quando clicar nos vocábulos, o usuário terá a definição de tal palavra, juntamente com a pronúncia. Observe a Figura 4 que mostra a possibilidade de se estudar vocábulos da legenda separadamente: Figura 4 – Atividade de vocabulário
  • 16. 16 4. Na aba “Aprenda”, o usuário pode fazer exercícios de vocabulário, tentando preencher a lacuna com a palavra que está faltando (Figura 5). Nesta atividade, apenas algumas frases do vídeo completo são apresentadas. As características didáticas 2, 3 e 4 vão ao encontro de características de aprendizagem autônoma, pois os usuários tem a chance de se monitorar e avaliar seu progresso durante a realização de tais atividades, conforme características apontadas por Dickinson (1994); Coterall (1995); Finch (2002); Little (2004); e Paiva (2011). A Figura 5 mostra a atividade de preenchimento de lacuna conforme a legenda do vídeo: Figura 5 – Atividade de preenchimento de lacuna 5. Na aba “Fale”, o usuário pode gravar sua própria voz logo após ouvir as frases separadamente, basta clicar no ícone do microfone, conforme a Figura 6.
  • 17. 17 6. Logo ao lado direito do microfone, existe um outro botão que tem a função de mostrar a comparação da gravação da voz do usuário com o áudio do vídeo (Figura 6). 7. O site grava a voz do usuário para que seja comparada com o áudio do vídeo além de atribuir uma nota para pronúncia do usuário (Figura 6). Tais recursos permitem aos usuários estabelecer não só objetivos para com a realização de tais atividades, mas também oportunidade de prática, características as quais condizem com comportamento autônomo de aprendizagem (LITTLE, 2004). Figura 6 – Atividade de gravação de voz O site proporciona várias maneiras para o usuário organizar sua aprendizagem de forma autônoma. Pode-se estabelecer uma meta mensal, conforme mostra a Figura 7. Além disso, o site apresenta uma contagem de palavras que, supostamente, o aluno deve ter aprendido. A contagem é feita com base no número de palavras propostas em cada vídeo assistido. No link “Minhas palavras”, por exemplo, o usuário pode criar sua própria lista de palavras, a qual
  • 18. 18 vem acompanhada da pronúncia e do significado. Já na seção “Fale para ter feedback”, o usuário encontra vários vídeos os quais trazem a atividade anteriormente mencionada de gravação de voz e atribuição de uma nota, juntamente com sugestões de melhoramento. Figura 7 – Desempenho do usuário Conforme as características didáticas mencionadas acima, nota-se que o site englishcentral.com apresenta uma variedade de atividades para a prática do idioma Inglês. Seus usuários podem explorar os recursos disponibilizados gratuitamente para o desenvolvimento das suas habilidades linguísticas, mais especificamente a audição, leitura, fala, pronúncia, vocabulário e expressões
  • 19. 19 idiomáticas. Da mesma forma, os usuários podem desenvolver autonomia para com seus estudos, pois é possível determinar uma série de características que condizem com comportamento autônomo defendido por diferentes autores na revisão de literatura. 6. Considerações Finais Conclui-se que o site analisado neste trabalho apresenta várias características didáticas que propiciam e fomentam aprendizagem autônoma para os seus usuários. As características didáticas apresentadas neste trabalho mostram que é possível fazer uso deste recurso midiático para se desenvolver habilidades linguísticas em Inglês. No entanto, salienta-se que o site serve apenas para a aprendizagem de Inglês, não disponibilizando ainda vídeos e atividades em outras línguas. Também é importante enfatizar que muitos de seus usuários podem necessitar de instruções mais específicas para se fazer uso da pluralidade de atividades propostas no englishcentral.com. Conforme Holec (1981), Dickinson (1994), Finch (2002) and White (2003), muitos aprendizes não aprendem a se guiar sozinhos, necessitando assim de instruções para que, futuramente, guiem suas aprendizagens de forma mais autônoma e também para que usufruam de websites como englishcentral.com para desenvolver suas habilidades linguísticas em Inglês. Para pesquisas futuras, sugere-se que seja feito um estudo experimental no qual os alunos fazem a utilização do site englishcentral.com a fim de se
  • 20. 20 investigar se é possível explorar o site de forma autônoma ou se os alunos precisam de um professor para guiá-los na realização das atividades. REFERÊNCIAS BENSON, P. Teaching and Researching Autonomy in Language Learning. London: Longman, 2001. BOULTON, A. Autonomy and the Internet in distance learning: reading between the e-lines. In: Mélanger CRAPEL, 28th, Edition Spécial: TIC et Autonomie dans l’apprentissage des langues, p.101-112, 2006. Disponível em: http://revues.univ- nancy2.fr/melangesCrapel/article_melange.php3?id_article=287 Acesso em: 8 set. 2011. COTERALL, S. Readiness for autonomy: investigating learner beliefs. System, v. 23, n. 2, p. 195-205, 1995. DIAS, R. Towards autonomy: the integration of learner-controlled strategies into the teaching event. In: LEFFA, V. J. (Org.). Autonomy in Language Learning. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 1994, p. 13-24. DICKINSON, L. Learner Autonomy: what, why and how? In: LEFFA, V. J. (Org.). Autonomy in Language Learning. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 1994, p. 13- 24. FINCH, A. Autonomy - where are we, and where are we going? In: JALT CUE-SIG Proceedings. Kyoto Institute of Technology, Kyoto, Japan, p. 15-42, 2002. FREIRE, P. Pedagogy of the oppressed. NY, NY: Continuum Books, 1993. HACK, J. R. Audiovisual e Educação a Distância: aportes teóricos e reflexões sobre uma experiência. In: Anais do XIII Congresso Internacional de Educação a Distância (compact disc). Curitiba: ABED, 2007. HOLEC, H. Autonomy and foreign language learning. 2 ed. Oxford: Pergamon, 1981. MOREIRA, M. M. In the search of the foreign language learner’s autonomy: concept maps and learning how to learn. In: LEFFA, V. J. (Org.). Autonomy in Language Learning. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 1994, p. 25-35. PAIVA, V. L. M. O. Autonomy in second language acquisition. In: SHARE: An electronic magazine, 146, (no page numbers), 2005. Disponível em http://www.veramenezes.com/autoplex.htm Acesso em: 14 agosto 2011.
  • 21. 21 PAIVA, V. L. M. O. (2006) Autonomia e complexidade. In: Linguagem & Ensino, 9 (1), p.77-127, 2006. TUMOLO, C. H. S.; SANTIBANES, V. S. Autonomia em graduação na modalidade a distância: estratégias de organização e de aprendizagem. In: Anais Eletrônicos do IX Congresso Brasileiro de Linguística Aplicada. Rio de Janeiro, 2011, p. 1-25. ÜSTÜNOĞLU, E. Autonomy in language learning: Do students take responsibility for their learning. In: Journal of Theory and Practice in Education, 5(2), p. 148-169, 2009. WHITE, C. Language Learning in Distance Education. England: Cambridge University Press, 2003. Nayara Nunes Salbego: nayara.salbego@yahoo.com.br Mario Gerson Miranda Magno Junior: magno@ufsm.br