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MANAUS-AM
2018
MANAUS-AM
2018
METODOLOGIA INOVADORA
PARA EDUCAÇÃO
2
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO............................................................................................4
1 COMPETÊNCIAS X OBJETIVOS APRENDIZAGEM........................5
2 ESTRATÉGIAS/METODOLOGIAS DE ENSINO-
APRENDIZAGEM.......................................................................................18
2.1 AULA EXPOSITIVA DIALOGADA....................................................20
2.2 AULA EXPOSITIVA INTERATIVA..................................................21
2.3 PERGUNTAS E RESPOSTAS..............................................................22
2.4 BINGO......................................................................................................23
2.5 JOGO DA MEMÓRIA...........................................................................24
2.6 PASSA E REPASSA...............................................................................25
2.7 ESTUDO DIRIGIDO.............................................................................26
2.8 PHILLIPE 66...........................................................................................27
2.9 WIKI.........................................................................................................28
2.10 GRAFITE................................................................................................29
2.10 SNOWBALL (BOLA DE NEVE).........................................................29
2.11 DEMONSTRAÇÃO................................................................................30
2.12 MAPAMENTAl ........................................................................................31
2.13 MAPA CONCEITUAL..........................................................................32
2.14 PENSE-PAREIE-COMPARTILHE.....................................................33
2.15 FÓRUM DE DISCUSSÃO..................................................................34
2.16 JIGSAM.................................................................................................35
2.17 DISCUSSÃO DE TEXTOS................................................................36
2.18 ENSINO COM PESQUISA...............................................................38
2.19 BRAINSTORM......................................................................................39
2.20 JOGOS DE PAPÉIS (ROLE-LAYING GAME)...............................40
2.21 VISITA TÉCNICA...............................................................................41
2.22 INFOGRÁFICOS.................................................................................42
2.23 JOGOS TECNOLÓGICOS.................................................................43
2.24 BLOG.......................................................................................................43
2.25 SITUAÇÃO PROBLEMA…..................................................................45
2.26 DESIGN THINKING…………………………………………………………………….46
3
2.27 TEAM BASED LEARNING (TBL)....................................................47
2.28 TREINO DE HABILIDADES............................................................49
2.29 CENÁRIO SEGUIDO DEBRIEFING...............................................50
2.30 APRESENTAÇÃO ORAL.....................................................................51
2.31 VERBALIZAÇÃO E OBSERVAÇÃO..................................................52
2.32 ENTREVISTA COM ESPECIALISTA.............................................53
2.33 SALA DE AULA INVERTIDA..........................................................54
3 APRENDIZAGEM BASEADA EM PROJETOS: A CHAVE PARA
UMA EDUCAÇÃO EFICIENTE.................................................................55
4 ESTRATÉGIAS DE AVALIAÇÃO.........................................................57
4.1 MINUTE PAPER....................................................................................59
4.2 AUTO AVALIAÇÃO.............................................................................60
4.3 AVALIAÇÃO EM PARES.....................................................................60
4.4 DEBRIEFING..........................................................................................61
4.5 CHECKLIST.............................................................................................61
4.6 QUIZZ.....................................................................................................62
4.7 FERRAMENTAS TECNOLÓGIAS.....................................................62
4.8 RUBRICA DE AVALIAÇÃO.................................................................63
4.9 FEEDBACK FORMATIVO....................................................................65
5 ENSINO ADAPTATIVO E ENSINO PERSONALIZADO:
ENTENDA A DIFERENÇA.........................................................................66
5.1 APRENDIZAGEM BASEADA EM DESAFIOS É CHAVE PARA
UM ENSINO ATIVO..................................................................................73
REFERÊNCIAS.............................................................................................79
4
APRESENTAÇÃO
As Metodologias Inovadoras para a Educação Superior
Formar profissionais capazes de trabalhar em grupos, resolver
problemas de forma criativa, crítica e reflexiva, apropriar-se dos
conhecimentos necessários, desenvolver a autonomia intelectual são
alguns dos desafios da Educação Superior. Tentar alcançar esses
objetivos por meio de metodologias educativas tradicionais, sem valer-
se da internet e das mídias digitais, é ainda mais desafiador. A
sociedade mudou. E as intuições educativas precisam acompanhar
essas modificações, sob pena de não formar cidadãos conscientes e
capazes de enfrentar o mercado do futuro.
Diante deste contexto, é preciso rever a prática educativa. Pensar
além da caixa, analisar os novos conceitos didático-metodológicos.
Pesquisar modelos de negócios, usufruir de novos recursos, inovar o
jeito de ensinar e aprender. Essas metodologias inovadoras já estão à
disposição – como o portal Desafios da Educação tem mostrado ao
longo dos anos. O modelo é centrado no estudante e na aplicabilidade
dos conhecimentos. É uma forma de trabalho pedagógico que tem
envolvido os alunos em seu próprio sucesso, incorporando seus
interesses, habilidades e os encorajando a assumir sua
responsabilidade no processo de aprendizagem
Esse Livreto tem a finalidade de auxiliar o docente na aplicação de
princípios didático-pedagógicos, assim como na seleção adequada das
estratégias/metodologias de aprendizagem e de avaliação para que os
objetivos de aprendizagem sejam atingidos. Metodologia é o estudo
dos métodos. Isto é, o estudo dos caminhos para se chegar a um
determinado fim. É também considerada uma forma de conduzir a
pesquisa ou um conjunto de regras para ensino de ciência e arte.
Serão abordados nesse livreto os seguintes temas:
5
 Competências x Objetivos de aprendizagem – entenda qual a
relação entre competência e objetivos de aprendizagem.
 Objetivos de aprendizagem segundo a Taxonomia de Bloom (Nível
cognitivo).
 Modelo didático de aula.
 Estratégias de Ensino-aprendizagem.
 Estratégias de Avaliação Formativa.
1. COMPETÊNCIA X OBJETIVOS APRENDIZAGEM
O Que é Competência? Quais as suas Características?
 Requer um conjunto de Conhecimentos, Habilidades e Atitudes
articulados para ser desenvolvida e executada no contexto
profissional.
 Está relacionada ao desempenho profissional complexo, criativo, não-
rotineiro.
 Deve ser possível observá-la de forma concreta no contexto.
 Está ligada a uma área de conhecimento (Competência Geral) ou a
uma determinada profissão (Competência Específica). Compõe o perfil
do egresso do curso.
Vamos a um exemplo simples para facilitar a compreensão usando uma
competência do motorista:
 Dirigirautomóveletransportarpessoas,cargaseoutros,seguindoasnormas
de trânsito Para que essa competência possa ser desenvolvida, há um
conjunto de Conhecimentos, Habilidades e Atitudes que precisam ser
aprendidos:
CONHECIMENTOS (SABER)
 Descrever as regras de direção defensiva.
 Identificar os instrumentos do veículo e descrever a sua funcionalidade.
 Interpretar as placas de sinalização, etc.
HABILIDADES (SABER FAZER)
 Manobrar veículo de diversas marcas e modelos
6
COMPETÊNCIAS
CONHECIMEN-
TOS
HABILIDA-
DES
ATITUDES
 Usar os retrovisores do veículo.
 Passar a marcha do veículo de acordo com a velocidade, etc.
ATITUDES (SABER SER/CONVIVER)
 Lidar com adversidades no trânsito.
 Respeitar as leis e normas do transito.
 Ter uma postura pacífica no transito, etc.
Os Conhecimentos, Habilidades e Atitudes citados acima representam,
portanto, exemplo de Objetivos de Aprendizagem que precisam ser
aprendidos para que a referida competência seja desenvolvida.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM SEGUNDO A TAXONOMIA
DE BLOOM (NÍVEL COGNITIVO)
A Taxonomia de Bloom é adotada como referência para a evolução gradativa
dos objetivos de aprendizagem do ponto de vista cognitivo. Toda
aprendizagem requer o domínio de níveis cognitivos mais elementares
(lembrar e entender) e níveis mais avançados (aplicar, analisar, avaliar e
criar).
Embora sejam muitas as definições de competências na literatura, elas
convergem em diversos aspectos, especialmente no que se refere à
articulação própria e única do “CHA” (Conhecimentos, Habilidades e
Atitudes), para o enfrentamento de situações ou solução de problemas
7
no campo do trabalho, crescentemente complexo.
 Conhecimento – é o SABER, todo o repertório de informações que
o sujeito tem: teorias, conceitos, princípios, nomes, código etc. e
toda a capacidade cognitiva de articulação entre eles.
 Habilidades – é o SABER FAZER, refere-se ao domínio de
técnicas, capacidade de execução, destreza, agilidade para
realizar determinada ação.
 Atitudes – é o SABER, SER, as características emocionais
afetivas e sociais envolvidas na execução de determinado trabalho
O ENSINO COMEÇA DO FIM
8
QUAL PROFISSIONAL QUE SE DESEJA FORMAR?
ALINHAMENTO
9
“Começar pelo fim em mente significa iniciar com uma compreensão
clara do seu destino. Significa saber onde você está indo de modo a ter
uma melhor compreensão de onde está agora para que os passos que
você dê sejam sempre na direçãocorreta.”
AS COMPETÊNCIAS NÃO SE DESENVOLVEM EM UMA ÚNICA
DISCIPLINA
COMEÇAR PELO FIM
10
11
Exemplos da escrita de objetivos:
 POBRE: Conhecer as teorias mais importantes da Psicologia. Não
especifica quais teorias são importantes. O que quer dizer
“conhecer”? Saber os nomes? As ideias centrais? Criticar os
pressupostos?
 MELHOR: Conhecer as abordagens das teorias cognitivistas. É
melhor porque especifica o que o estudante deve saber, mas ainda
não indica o quê de cada teoria deve conhecido, nem o quão
profundo deve ser esse conhecimento.
 BOM: Aplicar os pressupostos e ideias principais das teorias
cognitivistas na construção de atividades de aprendizagem.
Identifica o que o estudante deve saber e como vai demonstrar o
que sabe, ao mesmo tempo em que permite diferentes atividades
relacionadas a “aplicar” (para qual nível de ensino, com qual
conteúdo etc.).
Principais Características:
 Ter foco no comportamento esperado.
O professor no
planejamento das
suas ações
O estudante no
direcionamento dos seus
esforços de estudo rumo
ao seu cumprimento.
Ambos: na verificação dos
resultados obtidos no processo
e na implementação de
melhorias nas suas estratégias
de ensino e de aprendizagem.
Um objetivo descreve um resultado pretendido e as condições para
sua realização e referem-se a conhecimentos, habilidades e
atitudes: o que o professor quer que o estudante saiba, faça ou
valorize ao final do semestres, da unidade ou da aula? Um objetivo
de aprendizagem be, escrito deveria conter:
12
 Iniciar com o verbo no infinitivo, o que é uma forma, de alinhá-lo a
um comportamento esperado.
 Ser escrito do ponto de vista do estudante e não do docente.
 Relacionar-se com um resultado e não com o processo.
 Traz implícito a afirmativa !é capaz de ...”.
 Orienta a atividade, mas não é a própria atividade.
Devem ser:
 Específicos: deixa claro a que se refere, orienta as atividades.
 Mensuráveis: deve ser escrito de forma que se pode medi-lo.
 Viáveis: tamanho e escopo que possam ser atingidos no tempo
determinado (semestre, unidade ou aula).
 Relevantes: concentra-se no que é mais importante par atingir as
competências do curso.
No entanto, nem todos os objetivos de aprendizagem são iguais,
justamente porque o processo de aprendizagem implica uma evolução
das capacidades cognitivas e de execução de habilidades.
Para auxiliar a identificação das etapas dessa evolução utilizamos a
Taxonomia de Objetivos Educacionais de Bloom. Ela foi resultado de
um trabalho realizado ainda na década de 1950 por uma força tarefa
indicada pela American Psychological Association, que tinha por
objetivo criar uma taxonomia de objetivos educacionais que auxiliasse
os professores a desenvolver atividades de aprendizagem e avaliação.
Ela divide os objetivos instrucionais em 3 domínios, no entanto é no
domínio cognitivo que o grupo mais trabalhou:
13
14
Ao transformar a avaliação em momentos que permitem a reflexão
sobre o processo de ensino-aprendizagem, a ser aplicada ao longo do
processo de ensino, ela passa a ter função reguladora. O que evitaria
situações como a tirinha abaixo:
A avaliação reguladora tem 3 momentos:
1. Avaliação diagnóstica
2. Avaliação durante o processo
3. Avaliação final
Categoria Verbos relacionados Instrumentos
1. Lembrar/conhecer: reconhecer e
lembra conhecimentos relevantes, fatos,
métodos, procedimentos e conceitos.
definir, descrever, distinguir,
identificar, rotular, listar, memorizar,
ordenar, reconhecer, reproduzir,
Preencher lacunas,
verdadeiro x falso,
questões de múltipla
escolha, questões
dissertativas.
2. Compreender: construir sentido a
partir de mensagens orais, escritas,
gráficas por meio da interpretação,
exemplificação, classificação,
sumarização, inferência, comparação
e/ou explicação. Entende o uso e a
implicação de termos, fatos, métodos,
procedimentos e conceitos.
classificar, converter, descrever,
discutir, explicar, generalizar,
identificar,inferir, interpretar, prever,
reconhecer, redefinir, selecionar,
situar, traduzir, comparar, agrupar,
representar.
Reportes, sumários,
ensaios, minute, paper,
diários de aprendizagem.
Blogs, wikis, questões de
múltipla escolha,
portfólios, mapas
mentais, questões
dissertativas.
3. Aplicar: realizar um procedimento
executando o ou implementando-o. Usar
uma teoria na prática, resolver
problemas, utilizar informações em
novas situações.
aplicar, construir, demonstrar,
empregar, esboçar, escolher, ilustrar,
interpretar, operar, praticar, preparar,
programar, resolver, usar, converter.
Ensaios, vídeos,
demonstrações, questões
dissertativas, questões de
múltipla escolha.
15
4. Analisar: dividir as informações em
partes relevantes, determinando como as
partes se relacionam entre si e com a
estrutura geral ou com um propósito, por
meio da diferenciação, organização e
atribuição. Dividir conceitos, analisar
estruturas, reconhecer assunções e falta
de lógica, avaliar a relevância.
analisar, calcular, comparar,
discriminar, distinguir, examinar,
experimentar, testar, esquematizar,
questionar, classificar, determinar,
categorizar, pesquisar.
Diários reflexivos, estudos
de caso, mapas
conceituais, simulações,
jogos, análises de
cenários, questões
dissertativas.
5. Avaliar: fazer julgamentos baseados
em critérios e evidencias, por meio de
averiguações e crítica. Formular
standards, evidências, rubricas; aceitar
ou rejeitar com base em critérios.
avaliar, criticar, comparar, defender,
detectar, escolher, estimar, explicar,
julgar, selecionar, argumentar,
interpretar, testar, verificar.
Projetos de pesquisa,
ensaios, estudo de caso,
questões dissertativas,
painéis de discussão, auto
avaliação.
6. Criar: colocar elementos juntos de
modo a formar um conjunto coerente e
funcional; reorganizar elementos num
novo modelo ou estrutura, por meio da
geração, planejamento ou produção.
Juntar informações de modo novo e
criativo.
compor, construir, criar, desenvolver,
estruturar, formular, modificar,
montar,organizar, planejar, projetar,
sintetizar, deduzir.
Projetos em grupo,
vídeos,projetos na web,
portfólios, trabalhos de
arte, artigos científicos,
invenções.
Como se pode perceber, um mesmo instrumento de avaliação pode servir para avaliar mais de um nível de
desenvolvimento cognitivo, a depender da sua formulação, para a qual é essencial o papel do verbo apontado
no objetivo. Por exemplo, questões dissertativas podem solicitar tanto a descrição de um fenômeno, o que
está relacionado à categoria 1 – Lembrar ou pode pedir que se compare a eficiência de duas propostas de
negócios ou de duas condutas médicas, o que está relacionado à categoria à categoria 5 - avaliar.
TESTE SEUS CONHECIMENTOS:
Considerando a avaliação formativa, e correto afirmar que:
a) Toda prova ou trabalho necessariamente pode ser considerado
uma avaliação formativa?
b) Deve ser composta de trabalhos que não sejam considerados
como nota?
c) É aquela que permite ao estudante refletir sobre sua
aprendizagem, para que o feedback do professor tem papel
essencial?
16
Nível cognitivo
Nívelcognitiv
oitivo
Descrição do nível cognitivo e exemplos de verbos usados
na elaboração dos objetivos de aprendizagem
CRIAR CRIAR
AVALIAR AVALIAR
ANALISAR ANALISAR
APLICAR APLICAR
ENTENDER ENTENDER
LEMBRAR LEMBRAR
Reconhecer e reproduzir conhecimentos.
Definir, descrever, distinguir, identificar, rotular,
listar, memorizar, ordenar, reconhecer e reproduzir
Explanar conhecimentos.
Classificar, descrever, discutir, explicar, generalizar,
identificar, inferir, interpretar e reconhecer
Executar ou usar uma informação em uma ou mais
situações. Construir, demonstrar, empregar,
escolher, escrever, ilustrar, interpretar, operar,
programar e resolver
Dividir a informação em partes relevantes e
irrelevantes, entendendo a inter-relação entre as
partes.
Analisar, calcular, comparar, discriminar, distinguir,
examinar, experimentar, testar e esquematizar
Realizar julgamentos baseando-se em critérios e
padrões.
Avaliar, criticar, comparar, defender, detectar,
escolher, estimar, explicar, julgar e selecionar
Produzir um trabalho original.
Construir, criar, desenvolver, estruturar, formular, modificar,
montar, organizar, planejar e projetar
Nível cognitivo
17
CONHECIMENTOS
PRÉVIOS E
CONTEXTUALIZAÇÃO
Apresentar, de
forma explícita os
objetivos de
aprendizagem aos
alunos.
Apresentar o
contexto noqualse
incluemos novos
conhecimentos.
Localizar a
importância da
aprendizagem para o
futuroprofissional.
Avaliar
conhecimentos
préviosdos alunos.
 Utilizar de forma
predominante
estratégias/
metodologiasativas.
 Selecionar
estratégias/
metodologias
adequadas ao nível
cognitivo dos
objetivos de
aprendizagem.
 Levar os alunos
a verificarem se
aprenderamos
objetivos de
aprendizagem.
 Selecionar o
métodode
avaliação
formativa de
acordo com o
nível cognitivo
do item 2.
Dar feedback aos
alunos sobreseu
desempenho.
FINALIZAÇÃO
AVALIAÇÃO FORMATIVA
ATIVIDADE DE
APRENDIZAGEM
(Metodologias ativas
CONHECIMENTOS
PRÉVIOS E
CONTEXTUALIZAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO DA(S)COMPETÊNCIA(S)
Qual(is) competência(s) serão desenvolvidas na aula/
IDENTIFICAÇÃODO(S)OBJETIVO(S) DEAPRENDIZAGEM
Nesta aula, que objetivos de aprendizagem deverão ser atingidos
objetivos de aprendizagemdeverãoser atingidos?
18
ESTRATÉGIAS/METODOLOGIAS DE
ENSINO-APRENDIZAGEM
Nas sequencia você encontrará um conjunto de estratégias de ensino-
aprendizagem que podem ser adaptadas e utilizadas em diferentes
unidades pedagógicas para que sejam atingidos os objetivos de
aprendizagem. A ilustração na parte superior direita indica os níveis
cognitivosque,demaneirageral,podem ser atingidos por cada estratégia.
As estratégias de ensino-aprendizagem podem ser rápidas e simples, ou mais
complexas e demoradas, como indica a figura abaixo. Muitas vezes, o
mesmo objetivo de aprendizagem pode ser atingido utilizando-se
estratégias diferentes, mais adequadas ao número de estudantes na sala,
infraestrutura e tempo disponíveis. Em seguida você vai encontrar uma
seleção de estratégias, que podem ser utilizadas como uma caixa de
ferramentas entre as quais você poderá selecionar as mais efetivas para
que seus estudantes aprendam.
Observe a ascensão dos níveis de conhecimentos com os tipos de
metodologias que devem ser utilizados para obtenção de um
processo de ensino aprendizagem de melhor qualidade.
19
Estudantes aprendem COMPLEXO
DEMORADO
Visita técnica Design Thinking
Jogos de papéis (Role Playing) PBL
Discussão jigsaw Ensino com Pesquisa
Debriefing Cenário com debriefing
Estudos de caso Verbalização e observação
Team based leaming Apresentação oral
Aula interativa ou dialogada Demonstrações e simulações
Discussão de artigos e textos Treino de habilidades
Mapa mental Snowball
Estudo dirigido Mapa conceitual
Entrevista com especialista Jogos tecnológicos
Blog Brainstorming
Grafite Fórum
Sala de aula Invertida Phillipe 66
Infográficos Avaliação em pares
Passa e repassa Avaliação em pares
Minute-paper Autoavaliação
Checklist Pense – pareie-compartilhe
Jogos de
memória Quizz
Bingo Perguntas e resposta
SIMPLES
RÁPIDO
20
2. ESTRATÉGIAS/METODOLOGIAS DE ENSINO-
APRENDIZAGEM
2.1 AULA EXPOSITIVA DIALOGADA
DESCRIÇÃO:
Exposição do conteúdo, com a participação ativa dos estudantes, cujo
conhecimento préviodeveserconsideradoepodesertomadocomopontode
partida. O professor leva os estudantes a questionarem, interpretarem e
discutirem o objeto de estudo, a partir do reconhecimento e do confronto
com a realidade. Indicada para a introdução do tema e para a sua
finalização, quando o professor sintetiza o que foi tratado naquela
unidade de conteúdo.
PASSOS:
Professor contextualiza o tema de modo a mobilizar as estruturas
mentais do estudante para operar com as informações que este traz,
articulando-as às que serão apresentadas; faz a apresentação dos objetivos
de estudo da unidade e sua relação com a disciplina ou curso.
Faz a exposição que deve ser bem preparada, podendo solicitar
exemplos aos estudantes – e busca o estabelecimento de conexões entre a
experiência vivencial --dos participantes, o objeto estudado e o todo da
disciplina.
É importante ouvir o estudante, buscando conhecer sua realidade e seus
conhecimentos prévios, que podem mediar a compreensão crítica do
assunto, e problematizar essaparticipação.
O forte dessa estratégia é o diálogo, como espaço para questionamentos,
críticas e solução de dúvidas: é imprescindível que o grupo discuta e reflita
6. CRIAR
4. ANALISAR
5. AVALIAR
3. APLICAR
2. COMPREENDER
1. LEMBRAR
21
sobre o que está sendo tratado. Embora seja a mais tradicional das estratégias
de ensino desenvolvidas no Ensino Superior, aulas expositivas podem ser
muito interessantes ou extremamente aborrecidas e monótonas.
Importante parauma boa aula:
 Inserir perguntas no meio da apresentação, buscando fazer o estudante
participar da aula.
 Estabelecer uma relação de intercâmbio entre os conhecimentos
apresentados e experiências do campoprofissional.
 Intercalar partes expositivas da aula com um vídeo ou exercício
ativo que exemplifique o tema ou provoque o raciocínio.
2.2 AULA EXPOSITIVA INTERATIVA
DESCRIÇÃO:
Aula expositiva mesclada com pequenas atividades realizada pelos alunos ao
longo da aula.Acada25minutos de aula expositiva em média,oprofessor
realiza uma pausa para atividade individual ou em dupla, há o
compartilhamento dos resultados da atividade, o feedback é dado pelo
professor e recomeça o ciclo com a continuidade da aula expositiva. Esse
tipo de estratégia torna a aula mais efetiva uma vez que a atenção dos
alunosemaulasexpositivasnãoduramaisque20-30minutos.
6.CRIAR
4.ANALISAR
5.AVALIAR
AVALIAR
3.APLICAR
2.COMPREENDER
1.LEMBRAR
22
PASSOS:
2.3 PERGUNTAS E RESPOSTAS
DESCRIÇÃO:
Utiliza a arte de perguntar para estimular o raciocínio e atingir um
determinado objetivo de aprendizagem.
Uma variação é solicitar que os alunos formulem as questões.
1. Aula expositiva
(+/- 25 min)
2. Pausa para atividade
(individual ou em dupla)
3. Compartilhamentodos
resultados e feedback
mediados pelo professor
)
6.CRIAR
4.ANALISAR
5.AVALIAR
AVALIAR
3.APLICAR
2.COMPREENDER
1.LEMBRAR
23
PASSOS:
Perguntas formuladas aos estudantes podem ser utilizadas em aulas
expositivas para manter a atenção:
 Inicie sempre uma aula expositiva com perguntas exploratórias sobre o
tema, para fazer um levantamento dos conhecimentos prévios dos
estudantes.
 Prepare um conjunto de perguntas sobre o tema abordado, que trate
dos pontos mais difíceis. Vá utilizando-as ao longo da exposição.
 Não tenha medo do silêncio da sala. Espere pela resposta.
 Valorize as respostas, mesmo quando erradas. Identifique pontos
positivos e destaque-os.
 Nas respostas incompletas, solicite que alguém ajude na
formulação mais completa.
 Chame o estudante pelo nome e solicite diretamente uma resposta.
Torne esse procedimento uma prática e não um “castigo”.
 Não permita reações negativas ou desqualificadoras da sala frente a
respostas incorretas.
 Demonstre entusiasmo aoperguntar.
2.4 BINGO
DESCRIÇÃO:
O formato do bingo pode ser adaptado para diversas finalidades. Você pode
utilizá-lo como um recurso de ampliação do conteúdo das aulas ou para a
fixação de conceitos. É uma forma divertida e interativa de rever
conteúdos.
PASSOS:
Monte as cartelas com os assuntos a serem abordados. O site http://print-
6.CRIAR
4.ANALISAR
5.AVALIAR
AVALIAR
3.APLICAR
2.COMPREENDER
1.LEMBRAR
24
bingo.com monta as cartelas automaticamente.
Monte um conjunto de questões cujas respostas estão na cartela do
bingo, colocando-as em cartões separados.
Distribua as cartelas aos estudantes.
Sorteie os cartões com as perguntas.
Ao encontrar a resposta à pergunta, os estudantes marcam em sua cartela, se
tiverem aquele item.
O jogo termina quando um ou mais estudantes preencherem todos os
“elementos” da cartela
2.5 JOGO DA MEMÓRIA
DESCRIÇÃO
Nesse jogo da memória os pares de cartões são formados por perguntas e
respostas, sendo que os versos dos cartões de pergunta apresentam cor
distinta dos versos dos de respostas. Essas perguntas referem-se ao
tema em estudo, abordando nomenclatura, conceito, características, ou
oquemais couberparaoassunto.
PASSOS:
Desenvolver um conjunto de cerca de 20 cartões com perguntas sobre
assuntos discutidos em aula e outro com as respostas a elas e distribuí-
las nos cartões. As perguntas e respostas dos cartões podem também ser
resultadodeumaatividadeem grupo que asformule.
Inicialmente, define-se a ordem dos jogadores. O recomendado é a
formação de grupos de quatro estudantes, no máximo. Um dos
jogadores vira um cartão de pergunta e lê o conteúdo em voz alta, para os
demais participantes. Em seguida, ele vira um cartão de resposta, sempre
6.CRIAR
4.ANALISAR
5.AVALIAR
AVALIAR
3.APLICAR
2.COMPREENDER
1.LEMBRAR
25
com o intuito de buscar a resposta correta à pergunta, no sentido de
formar o maior número de pares possíveis de perguntas e respostas. Em
caso de discordância entre a pergunta e a resposta, os cartões voltam ao seu
lugarcomoversoparacima,dandosequênciaaopróximojogador.
Ovencedor será aquele que adquirir, no decorrer do jogo, o maior número
de pares. É válido ressaltar que, ao término da partida, os pares deverão
ser analisados dentre os participantes, verificando se o par formado
está correto.
2.6 PASSA E REPASSE
DESCRIÇÃO:
Usado para trazer a competição, participação e feedback à experiência
de aprendizagem como motivadores, bem como apresentar uma
oportunidade para a aplicação dos conteúdos de aprendizagem.
Os jogos atuam na construção do conhecimento, introduzindo
propriedades do lúdico, do prazer, da capacidade de ação do estudante.
Além de criar ambientes gratificantes e atraentes.
PASSOS:
Peça que cada estudante escreva uma pergunta sobre o conteúdo
abordado e recolha.
Dividir a sala em dois grupos quevão responder as perguntas, conforme elas
vão sendo sorteadas, valendo pontos. Marque o tempo para que cada grupo
responda. Se o grupo não sabe a resposta no tempo determinado ou erra, a
questão passa para o outro grupo, que tem a oportunidade de fazer pontos
em dobro.
Para finalizar:
6.CRIAR
4.ANALISAR
5.AVALIAR
AVALIAR
3.APLICAR
2.COMPREENDER
1.LEMBRAR
26
Estabelecimento de correlações do processo e resultado do jogo:
Solicitar aos jogadores que identifiquem motivos do sucesso ou fracasso.
Esta forma de trabalhar o processamento pode ser facilitada pelo uso de
perguntas tais como:
 A que se deve a vitória da equipe “X”?
 Que dificuldades tiveram as equipes com baixa performance?
2.7 ESTUDO DIRIGIDO
DESCRIÇÃO:
Fundamenta-se na atividade do aluno diante do estudo de um texto
direcionado pelo professor, que exerce um papel insubstituível na
condução do processo de aprendizagem. A técnica é útil para:
 estimular o aluno a estudar individualmente ou em grupo - mobilização
para o estudo;
 dinamizar a aula como espaço ativo da produção de aprendizagens;
 exercitar a busca de fontes de consulta sob orientação direta do
professor.
PASSOS:
 Refletir sobre o título do texto.
 Identificar e discutir a ideia central de cada parágrafo.
 Reescrever parágrafos mantendo as principais ideias, nele contidas.
 Relacionar o texto com a prática pessoal/trabalho, etc.
 Apresentar conclusões nocoletivo.
ATENÇÃO:
 Cuidadonaseleçãodotexto.Omesmodevesersignificativoe
6.CRIAR
4.ANALISAR
5.AVALIAR
AVALIAR
3.APLICAR
2.COMPREENDER
1.LEMBRAR
27
trazercontribuições para o desenvolvimento dos objetivos
de aprendizagem.
 Prepare um conjunto de questões para orientar a leitura.
 O ideal é que a leitura do texto pelos alunos seja
realizada antes da aula valorizando o tempo para
colaboração e discussão.
 Para leitura em sala, o texto não deve ser muito longo. A
discussão sobre as questões deve tomar mais tempo do
que a leitura.
 Lembre-se que uma boa pergunta é aquela que mobiliza uma habilidade
cognitiva
2.8 PHILLIPE 66
DESCRIÇÃO:
Essa estratégia é uma atividade em grupo em que são feitas análises e
discussões sobre temas/problemas do contexto dos alunos. Pode também
ser útil para obtenção de informação rápida sobre interesses,
problemas, sugestõeseperguntas.
PASSOS:
1. O professor formulará a pergunta ou o tema que será discutido e
convidará os alunos para que formem os grupos de seis pessoas.
2. Cada grupo nomeará um coordenador e um secretário.
3. O professor controlará o tempo de seis minutos de duração de cada
seção grupal. Quando restar um minuto notificará a cada grupo para
que façam o resumo da discussão.
4. O coordenador de cada equipe controlará igualmente o tempo e permitirá
6.CRIAR
4.ANALISAR
5.AVALIAR
AVALIAR
3.APLICAR
2.COMPREENDER
1.LEMBRAR
28
que cada integrante manifeste seu ponto de vista durante um
minuto, enquanto isso o secretário do grupo tomará nota das
conclusões.
5. Ao finalizar o tempo de discussão dos grupos, o professor solicitará aos
secretários a leitura das conclusões obtidas em cada equipe e fará a
síntese e feedback dos resultados.
2.9 WIKI
DESCRIÇÃO:
Atividade colaborativa quepermite a elaboração de textos, de definições e de
conceitos.
PASSOS:
Os WIKIS podem ser montados no Ambiente EAD utilizando ferramenta
específica para essa finalidade. Você pode montar um Wiki para cada grupo e
solicitar aos estudantes que escrevam definições e conceitos sobre os
temas abordados na disciplina. Se distribuir os conceitos entre os
grupos, ao final a turma toda terá acesso a um glossário da disciplina. A
ferramenta permite que um mesmo texto seja modificado pelos
participantes do grupo, sem perder o histórico das modificações.
6.CRIAR
4.ANALISAR
5.AVALIAR
AVALIAR
3.APLICAR
2.COMPREENDER
1.LEMBRAR
29
2.10 GRAFITE
DESCRIÇÃO:
O grafite é uma forma de manifestação artística presente principalmente em
grandes centros urbanos e, em geral, expressa opiniões e ideias. Na sala
de aula pode ser utilizada como forma de provocar discussões sobre um
temaousintetizardeforma pouco convencional um conceito complexo.
PASSOS:
1. Pedir que os estudantes tragam canetas coloridas ou giz de cera e fornecer
folhas grandes de papel kraft (podem ser compradas por metro).
2. Afastarascadeirasecriarespaçosparaqueosestudantespossamsentarno
chão e trabalhar em grupos sobre as folhas.
3. Escrever com uma caneta grossa a palavra-geradora principal sobre o tema
a ser debatido.
4. Orientar os estudantes a desenhar, escrever palavras ou frases que
expressem seus conhecimentos ou sentimentos em relação ao tema.
5. Ao final, pendurar os trabalhos na parede e pedir que todos circulem
pelasala para examiná-los.
6. Pedir que cada grupo apresente seu trabalho, comunicando o que
representa cada parte e a razão das escolhas feitas.
2.11 SNOWBALL (BOLA DE NEVE)
6.CRIAR
4.ANALISAR
5.AVALIAR
AVALIAR
3.APLICAR
2.COMPREENDER
1.LEMBRAR
6.CRIAR
4.ANALISAR
5.AVALIAR
AVALIAR
3.APLICAR
2.COMPREENDER
1.LEMBRAR
30
DESCRIÇÃO:
Atividade colaborativa boa para que se produza a discussão e a
organização de conhecimentos controversos eambíguos.
PASSOS:
Professor seleciona pequenos textos e imagens referentes ao tema e
distribui um conjunto deles para cada estudante.
1. Cada estudante vai ler e buscar organizar as informações que recebeu.
2. Em seguida, dois estudantes trocam suas informações.
3. Em grupos de 4, vão trocar as informações recebidas e organizar
todas as informações.
4. As informações organizadas por cada grupo são compartilhadas com a sala
toda. Uma boa forma de organização é solicitar que esse último
grupo faça um esquema.
Dê um tempo para a realização de cada etapa, para que não haja
dispersão.
2.12 DEMONSTRAÇÃO
DESCRIÇÃO:
Desempenhar uma atividade de forma que os estudantes observem como é
realizada para que, por sua vez, possam transferir a teoria para a
aplicaçãoprática.
PASSOS:
 Estimular expectativas, alternativas, desafios e recompensas que
aprimorem o desempenho dos estudantes.
 Encorajar os estudantes a revisarem os conteúdos teóricos abordando-
os como referências nas atividades práticas.
6.CRIAR
4.ANALISAR
5.AVALIAR
AVALIAR
3.APLICAR
2.COMPREENDER
1.LEMBRAR
31
 Criar um ambiente cooperativo e não competitivo, para que os
estudantes se sintam motivados e seguros na demonstração do seu
trabalho/conhecimento.
 Fomentar a participação compartilhada entre os estudantes no
processo de aprendizado.
 Fornecer feedbacks construtivos (não controladores) e informativos,
mostrando ao estudante a oportunidade de melhorias e estimulando
para buscar novos conhecimentos.
 Incentivar os estudantes a perceberem as próprias limitações e
capacidades, ajudando-os no desenvolvimento da compreensão sobre
o domínio das habilidades e doconteúdo.
 Ajudar os estudantes a articularem o que aprenderam.
2.13 MAPAMENTAL
DESCRIÇÃO:
Diagrama sistematizado voltado para a gestão de informações, de
conhecimento, da memorização e do aprendizado. É utilizado para organizar
visualmente informações de modo associativo, podendo incluir conceitos-
chavedeumaáreadeconhecimento, ideias ou tarefas. É também uma forma
de organizar um brainstorming a partir de uma palavra- chave.
PASSOS:
Os mapas mentais são uma excelente forma de revisar conteúdos para
provas, para sistematizar conhecimentos, gerar ideias ou ainda
organizar trabalhos maiores.
Solicite aos estudantes que tragam canetas coloridas e post-its.
Mostre aos estudantes exemplos de mapas mentais. É fácil encontrá-los
6.CRIAR
4.ANALISAR
5.AVALIAR
AVALIAR
3.APLICAR
2.COMPREENDER
1.LEMBRAR
32
dando uma busca noGoogle.
Os mapas mentais são estruturados utilizando uma hierarquia radial (como
ramos de árvores), organizados dos aspectos mais genéricos para os mais
específicos. A diferenciação e agrupamento dos temas são marcados em
função da utilização de diferentes cores. Tópicos similares recebem cores
similares.
Existem softwares especiais para a elaboração de mapas mentais e alguns
sites oferecem essa possibilidade de graça:
http://mind42.com/
https://bubbl.us/
https://www.mindmeister.com/pt/
https://www.mindmup.com/
2.14 MAPA CONCEITUAL
DESCRIÇÃO;
É uma representação gráfica em duas ou mais dimensões de um
conjunto de conceitos construídos de tal forma que as relações entre eles
sejam evidentes. “Ele é considerado como um estruturador do
conhecimento, na medida em que permite mostrar como o conhecimento
sobre determinado assunto está organizado na estrutura cognitiva de
seu autor, que assim pode visualizar e analisar a sua profundidade e a
extensão” (TAVARES, 2007).
PASSOS:
O professor poderá selecionar um conjunto de textos ou de dados sobre
umtema propondo aos alunos identificarem os conceitos- chave.
Os alunos podem ser solicitados a:
6.CRIAR
4.ANALISAR
5.AVALIAR
AVALIAR
3.APLICAR
2.COMPREENDER
1.LEMBRAR
33
 Selecionar os conceitos por ordem de importância.
 Incluir conceitos e ideias mais especifica.
 Estabelecer relação entre os conceitos por meio de linhas e identificá-las
comuma ou mais palavras que explicitem essa relação.
 Identificar conceitos e palavras que devem ter um significado ou
expressam uma proposição.
 Buscar estabelecer relações horizontais e cruzadas e traçá-las.
O mapa conceitual pode ser construído pelos alunos individualmente e
depois compartilhado os resultados ou construído no quadro de forma
coletiva pela turma, ambos mediados pelo professor, que, ao final do
processo, deverá dar feedback a turma.
2.15 PENSE-PAREIE-COMPARTILHE
DESCRIÇÃO:
É uma prática de aprendizagem colaborativa, na qual os estudantes trabalham
juntos para responder a uma questão. Ajuda os estudantes a pensarem
sobre um determinado tópico, discuti-lo e a manter a atenção e o
envolvimento na aprendizagem. Pode ser utilizado em salas com qualquer
númerodealunos,
PASSOS:
Prepare com antecedência uma ou mais questões sobre o tema a sertratado na
aula. PENSE: peça aos estudantes que pensem na resposta à pergunta,
podendo fazer pequenas anotações nocaderno.
PAREIE: os estudantes devem discutir com o colega sentado ao lado as
respostas dadas individualmente.
6.CRIAR
4.ANALISAR
5.AVALIAR
AVALIAR
3.APLICAR
2.COMPREENDER
1.LEMBRAR
34
COMPARTILHE:um estudante de cada par compartilha com a sala a resposta à
qual a dupla chegou. Em salas numerosas, o professor pode chamar
aleatoriamente alguns estudantes para que apresentem suas respostas. As
respostas dadas pela sala permitem que o professor retome conceitos e
explicações.
Pode ser utilizada também como ferramenta de avaliação formativa.
2.16 FÓRUM DE DISCUSSÃO
DESCRIÇÃO:
É um tipo de reunião em que todos os membros do grupo têm a
oportunidade de participar da discussão de um tema ou problema
determinado pelodocente.
Pode ser utilizado após um filme, um livro,a leitura de um artigo científico,
problema ou fato – histórico ou atual, notícia de jornal, visita técnica,
etc.
Todos os membros apresentam pontos de vista sobre o assunto
abordado.
PASSOS:
O docente explica os objetivos do fórum, delimita o tempo total e o tempo
parcialde cada participante, bem como as suas funções:
 Coordenador: organiza a participação, dirige o grupo e seleciona as
contribuições dadas para a síntese final (recomenda-se que esse papel
seja feito pelo docente dependendo do público em que essa estratégia
for utilizada).
 Grupode síntese: faz as anotações que irão compor o trabalho final.
 Público participante: cada membro do grupo se identifica ao falar e
dá sua contribuição, fazendo considerações e levantando
6.CRIAR
4.ANALISAR
5.AVALIAR
AVALIAR
3.APLICAR
2.COMPREENDER
1.LEMBRAR
35
questionamentos.
Ao final um membro do grupo de síntese relata o resumo elaborado
coletivamente e o professor, que media todo o processo, faz o
fechamento e dá o feedback.
2.17 JIGSAM
DESCRIÇÃO:
Técnica de trabalho em grupo baseada na aprendizagem cooperativa, indicada
para discussões de textos com a participação de todos de forma ativa.
Os textos podem ser extraídos de uma mesma referência, de referências
distintas, mas comideias comuns ou ainda de referências distintas comideias
divergentes. Uma variação interessante para uma revisão de conteúdo é
orientar a montagem de mapasmentaissobretópicosouautoresabordadosna
disciplinanaprimeiraparteda estratégia.
PASSOS
GRUPO DE BASE: um determinado tópico e discutido pelos alunos
de cada grupo. O tópico é subdividido em tantos subtópicos quantos
os membros do grupo.
6.CRIAR
4.ANALISAR
5.AVALIAR
AVALIAR
3.APLICAR
2.COMPREENDER
1.LEMBRAR
B
A
S
E
36
GRUPO DE ESPECIALISTA: cada aluno estuda e discute juntamente
com os membros dos outros grupos a quem foi distribuído o mesmo
subtópico, formando assim um grupo de especialistas.
RETORNO AOS GRUPOS DE BASE: cada aluno volta ao grupo de
base e apresenta o que aprendeu sobre o seu subtópico aos colegas, de
maneira que fiquem reunidos os conhecimentos indispensáveis para a
compreensão do tópico em questão.
Fonte: FATARELI et. al (2010)
2.18 DISCUSSÃO DE TEXTOS 6.CRIAR
4.ANALISAR
5.AVALIAR
AVALIAR
3.APLICAR
2.COMPREENDER
1.LEMBRAR
ESPECIALISTAS
B
A
S
E
37
DESCRIÇÃO:
A leitura e discussão de artigos e textos em pequenos grupos é uma
atividade tradicional do Ensino Superior. No entanto, para que seja uma
ferramenta de aprendizagem eficaz deve ser bem organizada pelo
docente.
PASSOS:
1. Selecionar os textos para que os estudantes leiam e resumam, o que
deve ser feito antes da aula. Os textos podem ser artigos de
periódicos ou capítulos de livros.
2. Fornecer um roteiro de leitura, destacando as questões que devem ser
focadas.
3. Apresentar antes de cada aula de discussão uma miniaula expositiva
(máximo 20 min) sobre o assunto a ser discutido.
4. Solicitar que as discussões se iniciem com a apresentação dos resumos e
pontos levantados pelos estudantes durante a leitura.
5. Supervisionar as discussões nos pequenos grupos, estimulando a
participação de todos estudantes, desestimulando estudantes que
mostrem querer dominar a discussão e verificando que a discussão não
extrapole os limites do assunto principal.
6. Estabeleça um tempo limite para a discussão e para a apresentação dos
pontos discutidos por cadagrupo.
7. Solicitar que seja entregue uma “ata” ou resumo dos principais pontos
discutidos. Rotacionar as funções de “secretário” e “coordenador” nos
grupos.
8. Fazer um apanhado geral dos pontos mais importantes da discussão,
permitindo que os estudantes identifiquem suas lacunas de discussão e
tópicos nos quais tiveram discussão proveitosa. Essa finalização da
discussão é essencial para que os estudantes não entreguem o trabalho e
deixem a sala, sem refletir sobre o processo.
9. Na aula seguinte, devolver o trabalho com um feedback por escrito.
38
2.19 ENSINO COM PESQUISA
DESCRIÇÃO:
É a utilização dos princípios do ensino associados aos da pesquisa. Trabalha
com a concepção de conhecimento e ciência em que a dúvida e a crítica,
assim como a construção coletiva do conhecimento, são elementos
fundamentais.
PASSOS:
Desafiar o estudante como investigador – diante de uma situação a ser
investigada. O aluno cumpre etapas como em uma pesquisa
científica. O docente norteia os alunos durante o desenvolvimento da
pesquisa que tem como etapas:
 Construção do projeto: delimitação do problema a ser estudado,
quais os conhecimentos que embasaram a investigação (referenciais
teóricos) e qual a hipótese de trabalho.
 Metodologia: como os dados serão coletados (ou se serão
fornecidos pelo docente), definição de como analisar os dados, teste
de hipóteses e análise dos dados.
 Resultados: interpretação e apresentação dos resultados,
discussão argumentando para a explicação do problema; o que se
concluiu, explicação para o problema investigado.
Considerações finais
Ao final, há o compartilhamento dos resultados e o professor realiza o
feedback.
6.CRIAR
4.ANALISAR
5.AVALIAR
AVALIAR
3.APLICAR
2.COMPREENDER
1.LEMBRAR
39
2.20 BRAINSTORMING
DESCRIÇÃO:
Trata-se de uma técnica criativa que não envolver noções de certo ou
errado; todas as contribuições são consideradas válidas. Objetiva
gerar novas ideias, deixando fluir a imaginação, espontaneamente. Pode
ser realizado de forma oral ou escrita. Os participantes são livres para
falar ou determina-se uma ordem de participação. Geralmente, ela
auxiliar na aquisição, análise e avaliação de conhecimentos.
PASSOS:
1. Abertura: o professor expõe o problema e fornece informações
que ajudarão na geração das ideias, deixando claro o objetivo da
aprendizagem.
2. Exposição das ideias: os estudantes devem elaborar o maior
número possível de ideias sobre um tema e devem ser estimulados
a incluir ideias ousadas, técnicas novas e incomuns ou ideias
ampliadas a partir de comentários e sugestões já trabalhados
anteriormente. O professor é um mediador do processo e, como
tal deve registrar no quadro as contribuições para que possam ser
observadas por todos os alunos.
3. Fechamento: Os alunos, mediados pelo professor, deverão
selecionar e organizar as ideias geradas. As perguntas a seguir
podem ser úteis para direcionar o debate final:
 O que já sabemos sobre esse tópico?
 O que esta lista nos diz?
6.CRIAR
4.ANALISAR
5.AVALIAR
AVALIAR
3.APLICAR
2.COMPREENDER
1.LEMBRAR
40
 Podemos assimilar todas essas ideias no tempo que temos para
trabalhar no nosso projeto?
 Quais ideias desta lista devem ser nossa prioridade?
 Existem outras ideias nas quais não tínhamos pensado agora que
discutimos a lista em detalhes?
O professor deve realizar a síntese e o fechamento do debate.
2.21 JOGOS DE PAPÉIS (ROLE-LAYING GAME)
DESCRIÇÃO:
Docente desenvolve papéis específicos numa determinada situação e solicita
que os estudantes assumam os papéis e ajam conforme o especificado. É uma
atividade que visa a aprendizagem e o desenvolvimento por meio das
vivências de situações recriadas, problematizadas e repensadas. São
situações nas quais o estudante tem oportunidade de assumir diferentes
papéis profissionais ou de clientes, por exemplo, num contexto controlado
e seguro, além de poder compreender as posições e sentimentos dos
demais envolvidos na situação
PASSOS:
Docente deve desenvolver uma situação na qual os estudantes possam
atuar representando uma situação semelhante às que encontrará na vida
profissional, permitindo trabalhar especialmente a postura profissional e
respostas adequadas à situações de conflito. Para isso, monta cartões
descrevendo o papel que cada estudante deverá desempenhar. Um ou
mais participantes adotam um papel específico e procuram comportar-se
da forma característica de uma pessoa naquele papel.
Existem muitos jogos de papéis já desenvolvidos, especialmente nas
áreas de Administração, Relações Internacionais, Pedagogia ou Medicina.
6.CRIAR
4.ANALISAR
5.AVALIAR
AVALIAR
3.APLICAR
2.COMPREENDER
1.LEMBRAR
41
Pode-se também solicitar que os estudantes desenvolvam a descrição dos
papéis.
 Apresentar a situação e as regras de funcionamento do jogo.
Distribuir os papéis.
 Grupos interpretam a situação pedida.
Para finalizar, fazer um resgate das situações vivenciadas, junto com
cada “personagem” envolvido: como foi estar em cada um dos papéis
experimentados, quais os sentimentos provocados, quais foram os aspectos
mais fáceis e os mais difíceis etc. Se houver observadores, é essencial
ouvi-los também. Importante relacionar o que foi experimentado no jogo
com o conteúdo da disciplina.
Uma boa alternativa é pedir que os protagonistas troquem de papel em um
momento em que a encenação estiver particularmente aquecida. Em
momentos tensos, pode- se também interromper a encenação e pedir que os
participantes exteriorizem o que estão pensando.
2.22 VISITA TÉCNICA
DESCRIÇÃO:
Estratégia usada para levar os estudantes a visitar locais que são
fonte de conhecimentos de conteúdos relativos aos temas desenvolvidos na
disciplina. Tem como objetivo fornecer aos estudantes uma visão de
aspectos operacionais, instalações, funcionamento geral e serviços. Visa
comprovar na prática o que foi visto na teoria. A visita técnica representa
uma forma de aula “sem paredes”. No entanto, para ser efetiva, necessita
de preparação, roteiro de observação, registro e fechamento e
relatórioposterior.
6.CRIAR
4.ANALISAR
5.AVALIAR
AVALIAR
3.APLICAR
2.COMPREENDER
1.LEMBRAR
42
PASSOS:
 Toda visita técnica deve ter seus objetivos completamente
alinhados com o conteúdo da disciplina.
 Para que produza resultados satisfatórios e não seja apenas um passeio, o
docente deve preparar um roteiro de observação ou de questões que
direcionem a atenção do estudante àqueles aspectos importantes para
a aprendizagem.
 A elaboração de um relatório posterior à visita é um elemento essencial
para que o estudante reflita sobre o que observou e possa relacioná-
los aos conteúdos previstos e aos objetivos da visita. É necessário que o
docente prepare um roteiro para a elaboração desse relatório também.
2.23. INFOGRÁFICOS
DESCRIÇÃO:
Infográficos são elementos gráfico-visuais, pequenos textos e dados
numéricos utilizados para apresentar, de forma sintética, informações
relevantessobre um tema. Bastante utilizada hoje tanto na mídia impressa
quanto na digital.
PASSOS:
A ferramenta proporciona um exercício de síntese e de apresentação de
dados relevantes sobre um tema, levando os estudantes a selecionarem
o que é mais importante e organizarem as informações obtidas. Pode ser
realizadoindividualmente ou em grupos. Alguns sites trazem templates que
facilitam a montagem
6.CRIAR
4.ANALISAR
5.AVALIAR
AVALIAR
3.APLICAR
2.COMPREENDER
1.LEMBRAR
43
 https://piktochart.com
 https://venngage.com
 https://infogr.am
 https://www.easel.ly/
2.24 JOGOS TECNOLÓGICOS
DESCRIÇÃO:
O uso de recursos tecnológicos deve ser resultado de uma boa análise
prévia dos mesmos, que devem sempre estar atrelados aos objetivos da
disciplina. Algumas áreas têm jogos tecnológicos bastante
interessantes, que valem a pena ser pesquisados.
PASSOS:
 Selecionar cuidadosamente o jogo a ser indicado, experimentando todos
as suas possibilidades ou fases.
 Aoindicar ojogo odocentedeve deixar claroquais objetivos de
aprendizagem quer atingir comele.
 Depois que o estudante conclui o jogo recomendado, discutir em sala
como foi a sua utilização e quais os ganhos de aprendizagem
2.25 BLOG
6.CRIAR
4.ANALISAR
5.AVALIAR
AVALIAR
3.APLICAR
2.COMPREENDER
1.LEMBRAR
6.CRIAR
4.ANALISAR
5.AVALIAR
AVALIAR
3.APLICAR
2.COMPREENDER
1.LEMBRAR
44
DESCRIÇÃO:
Osblogssãoumaalternativaparacomunicaçãonaeducaçãoeumexcelente
meio para oferecer uma formação descentralizada. Ao montá-los,
permitem que o estudante não apenas organize os conhecimentos sobre
determinado assunto, como dê a sua opinião, interaja com os colegas e
receba mensagens de usuários da internet, no caso de blogs abertos.
PASSOS:
O blog pode ser utilizado de muitas maneiras. Por exemplo, pelo
docente para trabalhar um tema com os estudantes ou, ainda, ser
desenvolvido pelos estudantes sobre um temadeterminado.
Pode-se criar uma conta em um Blog (preferencialmente gratuito) ou mesmo
utilizar a ferramenta “blog” do Ambiente EAD. Para promover a interação
entre os estudantes, o docente pode determinar que seja comentado um
número mínimodeposts.
Para saber mais:
http://www.slideshare.net/abruzaca/uso-do-blog-na-
educao-1928973
http://www.ead.sp.senac.br/newsletter/agosto05/destaque
/destaque.htm
http://www.ufpe.br/nehte/simposio/anais/Anais-Hipertexto-
2010/Veronica-Danieli- Araujo.pdf
http://www.usp.br/nce/aeducomunicacao/
http://www.revistas.usp.br/comueduc/article/view/44893
http://www.cefetsp.br/edu/sertaozinho/revista/volumes_anteri
ores/volume1numero
5/ARTIGOS/volume1numero5artigo4.pdf
45
2.26 SITUAÇÃO PROBLEMA
DESCRIÇÃO
A Aprendizagem Baseada em Problemas (Problem-based Learning ou PBL) é
uma metodologia completa, que organiza o currículo e que merece uma
capacitação própria, mas isso não impede a utilização de problemas em
salas de aula. É uma proposta para o desenvolvimento dos estudos sobre um
tema específico. O objetivo de um problema é suscitar uma discussão
produtiva entre os estudantes que permita o aprofundamento de seus
conhecimentos sobre o tema gerador do problema. Um bom problema deve
ser simples, objetivo e motivador
PASSOS:
Independentemente do método utilizado para resolver o problema, o
docente deve reservar um tempo de aula para que os estudantes tirem
dúvidas sobre as maneiras de resolvê-lo:
Os problemas devem empregar a maior diversidade possível de situações e de
ações do mundo real.
Lembre que as situações da realidade envolvem problemas complexos e mal
definidos que não têm resposta simples e podem até ter mais que uma
respostapossível.
As situações educacionais devem envolver os estudantes na resolução de
problemas semelhantes aos que se encontram no mundo real, utilizando
ferramentas reais da disciplina.
O docente é um orientador, não necessariamente o especialista em
resoluçãode problemas.
1. Apresentar ao estudante um determinado problema, mobilizando-o para a
busca da solução.
6.CRIAR
4.ANALISAR
5.AVALIAR
AVALIAR
3.APLICAR
2.COMPREENDER
1.LEMBRAR
46
2. Orientar os estudantes no levantamento de hipóteses e na análise de
dados.
3. Problematizar e proporsoluções.
4. Comparar as análises e soluções propostas pelos diferentes grupos.
5. Professor sintetiza os resultados obtidos e verifica a existência de leis e
princípios que possam se tornar norteadores de situações similares.
2.27 DESIGN THINKING
Design thinking é o nome de uma metodologia que tem como intuito a
identificação e solução de problemas por meio de um pensamento
visual. Ocorre por meio de um conjunto de estratégias que são
combinadas para identificação de fragilidades e melhorias de
processos ouvindo pessoas e inspirado na coletividade, e por isso muito
utilizada no âmbito escolar. Uma possibilidade de trabalho que ocorre
de maneira simples e muito eficaz na promoção da inovação e da
criatividade
DESCRIÇÃO:
É uma abordagem estruturada para gerar e aprimorar ideias, centrada
no ser humano, na criatividade,na colaboraçãoena experimentação.Pode
ser utilizado para abordar diferentes tipos de desafios:
desenvolvimento de projetos, criação de soluções, melhorias de
processo, etc.
6.CRIAR
4.ANALISAR
5.AVALIAR
AVALIAR
3.APLICAR
2.COMPREENDER
1.LEMBRAR
47
PASSOS::
Baixe o Guia “Design Thinking para educadores” do link.
https://designthinkingforeducators.com/DT_Livro_COMPLETO_001a090.pdf
2.28 TEAM BASED LEARNING (TBL)
A aprendizagem baseada em equipes, ou teambasedlearning (TBL), é
uma metodologia criada na década de 1970 baseada na formação de
times de trabalho. Por ela, os estudantes são reunidos em grupos com
o intuito de realizar as atividades propostas. Para que a atividade seja
realizada o professor estabelece quais serão os membros que farão
parte do grupo não cabendo aos estudantes esta decisão. Esta
metodologia envolve o gerenciamento de equipes, realização de tarefas
6.CRIAR
4.ANALISAR
5.AVALIAR
AVALIAR
3.APLICAR
2.COMPREENDER
1.LEMBRAR
48
de preparação e aplicação conceitual, feedback e avaliação entre os
colegas.
DESCRIÇÃO:
A TBL (Aprendizagem Baseada em Equipe) e uma metodologia que permite
obter os benefícios do trabalho em pequenos grupos de aprendizagem para
todos os níveis cognitivos. Os alunos são levados ao estudo prévio, extra
classe, e em sala de aula trabalham em grupo a aprendizagem inicial de níveis
cognitivos mais simples e em seguida avançam para uma aprendizagem mais
complexa.
PASSOS:
FASE 1: PREPARAÇÃO
 Professor: Seleciona o material para estudo. Estabelece os
objetivos e orienta sobre o material a ser estudado.
 Estudantes: estudam individualmente o material extra classe.
49
FASE 2: GARANTIA DE APRENDIZAGEM
 Aplicação de um teste individual: marcação da alternativa correta de
cada questão.
 Aplicação do mesmo teste em grupo: marcação da alternativa correta a
partir de discussão em grupo.
 Discussão das questões e feedback do professor.
FASE 3: APLICAÇÃO
 Aplicação prática do conteúdo das fases 1 e 2 em grupo:
proposição de atividades de aprendizagem de nível cognitivo
mais avançado, tais como: estudo de caso, situação problema,
etc.
 Avaliação em pares.
 Discussão com a turma e feedback do professor.
2.29 TREINO DE HABILIDADES
DESCRIÇÃO:
É um tipo de simulação adequada para a aprendizagem de procedimentos
técnicos
PASSOS;
ETAPA 1: DEMONSTRAÇÃO
 O professor apresenta a habilidade que será aprendida.
 O professor demonstra o passo a passo para realizar a habilidade.
 Recursos possíveis para a demonstração: aovivo, vídeo, esquema, etc.
6.CRIAR
4.ANALISAR
5.AVALIAR
AVALIAR
3.APLICAR
2.COMPREENDER
1.LEMBRAR
50
ETAPA 2: EXPLANAÇÃO
 Os estudantes praticam a habilidade por meio de um checklist (passo a
passo da habilidade) ou guidelines (passo a passo da habilidade com
explicaçãoteóricade cada passo).
 O professor é facilitador e fornece feedback para a execução
adequada.
ETAPA 3: PRÁTICA EXAUSTIVA SOB SUPERVISÃO
 Os estudantes praticam a habilidade exaustivamente sob a
supervisão do docente.
 O professor fornece feedback final para proporcionar uma prática da
habilidade autônoma.
2.30 CENÁRIO SEGUIDO DE DEBRIEFING
DESCRIÇÃO:
É um tipo de simulação adequada para a aprendizagem de tomada de
decisões no contexto profissional simulado. O(s) aluno(s) é/são
submetido(s) a uma cena profissional de forma inusitada composta por
situações em que será necessária a mobilização de diferentes habilidades
eatitudessemumainstruçãoprévia
PASSOS:
ETAPA 1: BRIEFING (PREPARAÇÃO)
 Explicação do Cenário aos alunos.
 Eleição do(s) participante(s):(1) alunos atores, (2) alunos que
serão submetidos ao cenário sem instrução e (3) alunos que
6.CRIAR
4.ANALISAR
5.AVALIAR
AVALIAR
3.APLICAR
2.COMPREENDER
1.LEMBRAR
51
observam a cena.
 Apresentação sobre considerações para a participação.
 Apresentação do que deverá ser observado no debriefing.
ETAPA 2: CENÁRIO (EXPERIÊNCIA)
 O(s) estudante(s) enfrenta(m) a situação de realismo em um cenário com
um ou mais atores. Esta fase é a base da aprendizagem baseada em
experiência, sobre a qual o(s) aluno(s) terá(ão) que tomar suas próprias
decisões sem qualquer instrução ou intervenção do professor.
 Acenanãodeveserinterrompidaatéasuafinalização.
ETAPA 3: DEBRIEFING (REFLEXÃO)
 A intenção desta etapa é que se faça uma reconstrução do cenário que
ocorreu por parte dos participantes, que devem identificar e
analisar fortalezas e debilidades da experiência.
 Não deve durar mais que 30 minutos.
 Deve ser dividido nas seguintes etapas: descrição, análise e síntese, é
conduzido pelo docente por meio de perguntas norteadoras.
2.31 APRESENTAÇÃO ORAL
DESCRIÇÃO:
A dinâmica pode ser desenvolvida de forma individual ou em grupo para
apresentar a síntese dos estudos de um determinado assunto para os demais
estudantes da sala e docente. Exposição do tema, apresentando os aspectos
relevantes como: definição, características, abrangência, relevância entre
outros.
6.CRIAR
4.ANALISAR
5.AVALIAR
AVALIAR
3.APLICAR
2.COMPREENDER
1.LEMBRAR
52
A apresentação oral ou seminário, pode, ou não, se utilizar de recursos
audiovisuais.
PASSOS:
A apresentação oral de conteúdos estudados é uma estratégia de ensino
bastante comum no Ensino Superior, também conhecida pelo nome de
seminário. No entanto, ela deve ser um momento de aprendizagem não
apenas para o grupo que está apresentando, mas também para o restante da
sala.Paraqueissoocorra,oprofessor deve:
Orientar detalhadamente os grupos para que produzam trabalhos dentro do
tema, abordando-o sob a perspectiva esperada.
Verificar a apresentação ANTES que ela aconteça para toda a sala.
Para que a turma fique atenta às apresentações dos colegas, solicitar à sala
que preencha uma avaliação de cada trabalho apresentado. Usar rubricas
paraisso.
Também para manter o envolvimento dos estudantes, pedir que cada um
escreva uma pergunta para cada grupo e ao final das apresentações abrir a
discussão para que as perguntas sejam respondidas pelos grupos e
debatidasemsala.
2.32 VERBALIZAÇÃO E OBSERVAÇÃO
DESCRIÇÃO:
Estatécnica,chamadaGrupodeVerbalizaçãoeGrupodeObservação(GV–GO),
é muito utilizadapara discussão com grande número de participantes.
PASSOS:
O grupo é dividindo em dois subgrupos que formam dois círculos. O
6.CRIAR
4.ANALISAR
5.AVALIAR
AVALIAR
3.APLICAR
2.COMPREENDER
1.LEMBRAR
53
círculo de dentro é o Grupo de Verbalização e o externo é o Grupo de
Observação. Ambos ficam posicionados para o centro da sala.
Ao Grupo de Verbalização (GV) é atribuída uma tarefa como, por exemplo,
discutir um artigo, responder uma questão, opinar sobre um caso ou
solucionarum problema.
Paraconduzira discussão o GrupodeVerbalização(GV)elege umcoordenadore
um redator para anotar as conclusões do grupo.
O Grupo de Observação (GO) acompanha a discussão sem fazer nenhum
comentário.Apenas registraideiasesquecidas pelo GV,anotadúvidasououtros
pontos.
Quando o GV esgotar a discussão, ele troca de posição com o GO.
O novo Grupo de Verbalização poderá dar continuidade à discussão com os
registros que fez, ou discutir outro tópico do artigo, responder outra
questão, outrocaso ou problema.
Ao final, os dois relatores apresentam as sínteses e o professor as completa.
Dois cuidados:
 A proposta de trabalho deve ser motivadora para quem a discute.
 O GO não pode fazer intervenções e deve se manter silencioso.
2.33 ENTREVISTA COM ESPECIALISTA 6.CRIAR
4.ANALISAR
5.AVALIAR
AVALIAR
3.APLICAR
2.COMPREENDER
1.LEMBRAR
54
DESCRIÇÃO:
A entrevista com especialista pode ser uma ótima oportunidade para
que os estudantes tenham contato com a perspectiva e a experiência de um
profissional da área na qual estão se formando.
O entrevistado pode ser um especialista de fora da instituição, do próprio
corpo docente ou um aluno que domine um tema de interesse ou
realizou uma experiência relevante para a disciplina.
PASSOS:
Ao decidir realizar uma entrevista, o professor deve orientar a classe
com antecedência para que elabore as perguntas que deseja fazer ao
convidadoe designar quem será o entrevistador.
Este deverá ser cordial, ter facilidade de expressão, segurança e algum
conhecimento sobre o tema.
No dia da entrevista, diante da classe o entrevistador apresentará o
convidado e fará as perguntas previamente escolhidas. Ao final, o próprio
entrevistado poderá fazer uma síntese das suas respostas e abrir a
participação para que novas perguntas sejam feitas.
2.34 SALA DE AULA INVERTIDA
DESCRIÇÃO:
A sala de aula invertida é um formato que vem ganhando força nos últimos
tempos, pois coloca o estudante numa posição ativa frente a sua própria
aprendizagem. O professor deixa de ser o detentor de todo o
conhecimento para ser aquele que orienta e guia o estudante pelo
6.CRIAR
4.ANALISAR
5.AVALIAR
AVALIAR
3.APLICAR
2.COMPREENDER
1.LEMBRAR
55
processo de aprendizagem. O estudante deve se preparar para a aula
estudando em casa o conteúdo indicado pelo docente, utilizando-se
principalmente de ferramentas de Educação a Distância.
PASSOS:
Para que a sala de aula invertida aconteça, é preciso que o docente
organize as atividades que serão desenvolvidas em casa de modo a
preparar o estudante a participar da aula já com o conteúdo assimilado,
aproveitando o tempo na Universidade para tirar dúvidas e trabalhar em
grupo.
O professor precisa preparar uma trilha de aprendizagem motivadora
que o estudante deve realizar em casa e desenvolver em sala exercícios e
atividades que promovam o engajamento. O uso do Ambiente EAD para as
atividades em casa facilita o trabalho de organização das tarefas, já que é
possível postar ali vídeo aulas, indicação de links de pesquisa, slides,
textos etc.
O planejamento tanto das atividades que serão realizadas fora da sala
de aula quanto aquelas realizadas no horário da aula devem ser feito com
extremo cuidado, uma vez que nossos estudantes vêm, em geral, de uma
formação mais passiva e esperam que o professor “dê” aula, ou seja,
explique o conteúdo.
Os dois conjuntos de atividades devem estar muito alinhados.
3. APRENDIZAGEM BASEADA EM PROJETOS: A CHAVE PARA
UMA EDUCAÇÃO EFICIENTE
A aprendizagem baseada em projetos possui uma metodologia na qual
os estudantes iniciam suas atividades partindo de um problema ou uma
questão desafiadora. Para buscar a solução da questão inicial, os
estudantes integram várias áreas dos conhecimentos de forma
articulada e interdisciplinar. A solução desta questão deve ser
apresentada em forma de um produto ou artefato final.
56
PUBLICAÇÃO 16 DE NOVEMBRO DE 2017
Em uma manhã fria de junho, em uma escola como qualquer outra, a
professora escrevia fórmulas matemáticas no quadro. Na lousa se
desenhava o triângulo-retângulo, com seu ângulo de 90 graus. Escrevia-
se sobre um par de catetos para cada hipotenusa e sobre o teorema
que Pitágoras usara, vinte séculos atrás, para calcular seus lados.
A turma, concentrada, escrevia freneticamente acompanhando o ritmo
da professora. Até que, no fundo da sala, um aluno levanta a mão
convicto e pergunta: “Prof. quando eu vou usar isso na minha vida?”.
A pergunta incômoda, com certeza, todo professor de ciências exatas
e biológicas já ouviu. O ensino, se deslocado da vida cotidiana, acaba
por ser uma sequência de informações decoradas para uma prova e
esquecidas logo depois. Mas precisa mesmo ser assim?
57
Para a consultora em educação Denise Rives, chegou a hora de pensar o
ensino do amanhã. “Não podemos mais preparar alunos para o mundo
globalizado com métodos de ensino tradicionais”, explica a americana.
Rives – que possui 38 anos de experiência em educação pública – é uma
entusiasta das metodologias ativas. “A educação baseada em projetos
é o futuro da educação”, afirma.
Projetos que ensinam
Denise não está sozinha nesta opinião. O método no qual aposta a
autora ganha espaço nas salas de aula ao redor do globo. Hoje, a
Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP) é considerada por
especialistas como uma das práticas de ensino mais eficazes do século
21.
Criada pelo especialista em ensino ativo Willian N. Bender, a técnica
coloca problemas pertencentes à realidade do aluno como base do seu
engajamento em sala de aula. Por lidar com problemas e soluções reais,
que geram impacto na sua comunidade, estudantes se debruçam sobre
o problema munidos do conhecimento que recebem na classe.
4. ESTRATÉGIAS DE AVALIAÇÃO
Avaliação é, com frequência, vista de forma negativa por professores e
alunos. Para os primeiros porque significa um momento de muito trabalho
e muitas inquietações.
Que professor nunca se perguntou se aquele instrumento utilizado de
fato avalia o que o estudante aprendeu? Ou, ao chegar ao final da
correção de uma pilha de provas, se indagou em relação à justiça e
precisão das correções? Será que o cansaço influenciou a correção? Ou
as respostas da turma foram fazendo com que os critérios se
alterassem?
Para os estudantes, avaliações podem ser momentos de muita tensão, de
“brancos” nas provas, de tremedeira durante uma apresentação, de
futuros pendurados por um fio. Um instrumento sancionador e
58
classificador.
No entanto, com objetivos de aprendizagem claros, compartilhados entre
professores e alunos e alinhados com as competências a serem
desenvolvidas, a avaliação é parte indissociável do processo de ensino-
aprendizagem. Como aponta Sanmartí (2009, P. 17), a avaliação se torna
motor da aprendizagem.
As avaliações podem ser de três tipos:
Diagnóstica
 Utilizada para que o docente verifique os conhecimentos prévios dos
estudantes e a partir daí possa elaborar seus objetivos de
aprendizagem.
Formativa ou reguladora
 Avaliação do desempenho do aluno como suporte decisório na
melhoria do processo de aprendizagem. Tem função regulatória
devendo ser aplicada ao longo do processo de ensino, permitindo
ao professor detectar erros e dificuldades dos estudantes e, por
conseguinte, a revisãodidáticaeacorreçãodosrumosdadisciplina.
Somativa ou classificatória
 Instrumentos e práticas voltados à seleção, medida, classificação e
orientaçãodosalunos,realizadaaofinalde um processo ou unidade para
verificar os resultados obtidos.
Avaliação é um processo que deve permitir ao:
Obter informações sobre o
andamento da aprendizagem
dos estudantes de modo a
orientar decisões sobre
metodologias, procedimentos e
o uso de tem de aula.
A compreensão sobre sua
aprendizagem, de modo que possa
verificar se os objetivos estão
sendo atingidos e tomar medidas
para eventuais correções de
estratégias de estudo.
59
A seguir são apresentadas algumas estratégias úteis para avaliação
formativa. Note, no entanto, que várias estratégias de ensino-
aprendizagem também podem ser utilizadas como ferramentas de
avaliação, seja ela diagnóstica, somativa ou formativa.
4.1 MINUTE PAPER
DESCRIÇÃO:
Técnicapara verificar rapidamente a compreensão dos alunos acerca de algum
tópico específico. O professor faz uma pergunta e os alunos têm um
minuto para escreverem suas respostas. Desta forma, em um minuto é
possível tero feedback de alunos.
PASSOS:
Nos últimos minutos de aula é solicitado que os alunos façam algumas notas
sobre a aula. O professor monta um roteiro com alguns questionamentos que
servirão como guia para o aluno. Por exemplo, os estudantes escreverão
tópicos significantes relacionados com o que aprenderam na aula recém
encerrada e qual(is) conceito(s) ainda não foram assimilados plenamente. Após
responder estes questionamentos, os alunos entregam as anotações para o
professor.
A partir da análise das anotações feitas, o professor poderá elaborar a
próxima aula com base naquilo que os alunos escreveram.Dependendodonível
de compreensão dos alunos, é possível começar a próxima aula tirando
dúvidas, retomando conceitos ou apresentando situações- problema
relacionadas ao assunto. Além disso, é possível saber o quão fundo no
conteúdo o professor pode ir, ou seja, se a turma tiver o grau de
compreensão dos conceitos altos, novos tópicos podem ser acrescentados
ao planejamento e novas questões podem serdebatidas.
60
4.2 AUTOAVALIAÇÃO
DESCRIÇÃO:
Prepara o aluno para refletir sobre os resultados de suas próprias ações;
refletir sobre o que aprendeu; avaliar como tal aprendizado o preparou
para realizar as tarefas esperadas; perceber suas necessidades individuais
de aprendizagem; elaborar um plano coerente para lidar com suas
dificuldades; comparar os novos resultados com os anteriores e revisar e
atualizar seu plano de aprendizado.
PASSOS:
 Oalunoprecisa ser orientadosobre os objetivos de aprendizagem que estão
sendo desenvolvidas com a atividade solicitada.
 O professor fornece uma rubrica ou chave de resposta que permite ao
aluno se auto avaliar e verificar se atingiu os objetivos de aprendizagem
pretendidos, bem como as razões para o resultado obtido.
4.3 AVALIAÇÃO EM PARES
DESCRIÇÃO:
Enfatiza a aprendizagem colaborativa, ao permitir que os estudantes se
avaliem mutuamente. É um arranjo onde os estudantes consideram a
quantidade, o nível, o valor, a qualidade ou o sucesso dos resultados de
aprendizagem de seus pares.
PASSOS:
 Professorpassaumaatividadeaosalunospararealizarem
individualmente.
 Alunos juntam-se em pares e a partir de rubrica, fornecida pelo
professor, um aluno corrige a atividade do outro.
 Após correção, alunos discutem e devem chegar a um consenso de
resposta, apresentando os resultados
61
4.4 DEBRIEFING
DESCRIÇÃO:
É uma avaliação conduzida após um projeto ou uma atividade importante
que possibilita aos alunos compreenderem a evolução do processo e aprender
com esta experiência. O objetivo do debriefing é aprender com a experiência
e, consequente- mente, melhorar o planejamento e a execução das
próximas ações. É também promover a aprendizagemcompartilhada.
PASSOS:
É dividida em 3 fases:
 Descritiva: como foi a atividade realizada, como os alunos se
viram durante a atividade.
 Analítica: os alunos analisam a atividade e suas respectivas
atuações, encontrando pontos positivos enegativos.
 Aplicação ou transferência: Consiste em determinar que medidas
podem ser adotadas para melhorar a prática.
É indicado que o professor tenha um roteiro de perguntas pertinentes
ao objetivo de aprendizagem para que a discussão não se perca.
Não deve durar mais que 30 minutos.
4.5 CHECKLIST
DESCRIÇÃO:
Lista de verificação utilizada para avaliar diferentes condutas, passos ou
tarefas que compõem a habilidade ou competência a ser avaliada.
Verifica ações ou comportamentos observáveis.
PASSOS:
As opções de resposta desta forma de avaliação (checklist) são S (sim) ou N
(não); ou opções que indicam se a atividade foi exercida completamente
62
(completa, parcial ou ausente) ou corretamente (total, parcial ou
incorreta).
O desenvolvimento de um checkist requer clareza quanto ao
comportamento esperado, ações a serem desenvolvidas, a sequência e os
critérios para avaliar o desempenho. No caso de avaliação de
habilidades, requer treinamento dos avaliadores para observar o
desempenho e o tempo esperado para a realização da atividade.
4.6 QUIZZ
DESCRIÇÃO:
A realização de um pequeno questionário ao final de uma aula ou atividade
pode ser um excelente instrumento de avaliação formativa, informando o
docente sobre os níveis de compreensão obtidos pela turma e os estudantes
sobresuaaprendizagem
PASSOS:
O quizz pode ser realizado de muitas formas:
 Apresentando, em ppt, duas ou três questões ao final de uma aula ou
atividade e solicitando que os estudantes as respondam.
 Entregando questões impressas.
 Usando aplicativos de celular, como Socrative ou ExitTicket.
4.7 FERRAMENTAS TECNOLÓGIAS
DESCRIÇÃO:
Existemdiversosaplicativoseferramentasquepodemserutilizadospelo
docente para avaliação formativa
63
PASSOS
Permite testes a partir de cartões de respostas
individuais. O aplicativo permite a leitura do cartão de
resposta de forma rápida e gera dados estatísticos.
www.zipgrade
.com
Permite o uso de testes com auto-correção, podendo dividir
os alunos em grupos e estabelecer uma competição no
formato de jogo (Space Race). Fornece estatística dos
resultados em tempo real.
www.socrativ
e.com
Permite testes gameficados. Os alunos usam
computadores/smartphone para participar do jogo. Em algumas
plataformas, podem ser incorporados vídeos de feedback.
www.getkaho
ot.com
4.8 RUBRICA DE AVALIAÇÃO
DESCRIÇÃO:
São sistemas de classificação em que o professor determina o nível de
desempenho do estudante em uma atividade a partir da descrição detalhada
da expectativa desse desempenho em cada aspecto avaliado. A rubrica de
avaliação é um instrumento que serve de referencial ao aluno, pois aponta
de forma antecipada os critérios de avaliação de uma atividade. Usar
uma rubrica permite que a correção do professor seja menos subjetiva,
permitindo uma padronização.
FERRAMETAS DESCRIÇÃO ACESSO
Possui diversas ferramentas que permitem avaliar o
desempenho dos alunos de forma quantitativa e qualitativa,
tais como teste (com diversas possibilidades nos tipos de
questões) e fórum. Conta com o apoio da ferramenta
antiplágio e rubrica.
Formulário online do Office que permite a realização de testes
com feedback automático dependendo da ou no seu
alternativa marcada, podendo incluir vídeos. Gera estatística
do resultado.
www.forms.of
fice
e.com
Permite coletar respostas dos alunos por meio de cartões de
resposta que independem das questões. Não há necessidade de
internet. Apenas o professor usa seu smartphone para ler os
cartões dos alunos levantados.
www.plichers.
com
64
PASSOS:
A rubrica é estruturada em uma tabela em que são dispostos os vários
critérios de avaliação da atividade, escolhidos pelo professor (primeira
coluna da esquerda) e o nível do resultado expresso para cada critério de
acordo com a nota ou conceito (primeira linha superior). Observe o
exemplo.
Exemplo:
Critérios 9,0 à 10,0 7,0 à 8,9 3,0 à 6,9 0,0 à 2,9
Qualidade
do
conteúdo
Apresenta uma
análise critica do
tema proposto,
com os recursos
didáticos
oferecidos e sua
experiência.
Discute o tema
proposto
fornecendo
argumentos
fundamentados.
Discute o tema
proposto sem
fornecer
argumentos
fundamentados.
Não discute o
tema proposto.
Pontuação
Qualidade
da
redação
A estruturação a
escrita facilita a
compreensão. A
escrita não
contem erros de
ortografia,
gramatical e/ou
de pontuação.
A estruturação
da escrita em
geral facilita a
compreen-são. A
escrita contém
leves erros de
ortografia,
gramaticais e;ou
de pontuação.
A estruturação
da escrita não
facilita a
compreensão. A
escrita contém
erros de ortogra-
fia, gramaticais
e;ou de
pontuação.
A estruturação da
escrita não
facilita a
compreensão. A
escrita contém
excesso de erros
de ortografia,
gramaticais e;ou
de pontuação.
Pontuação
Normas
da
ABNT
Utiliza
corretamente a
norma quanto a
estrutura e
fonte, além de
citar e
referenciar obras
adequadamente.
Utiliza
parcialmente a
norma quanto a
estrutura e
fonte, além de
citar e
referenciar obras
parcialmente
adequadas.
Utiliza
corretamente a
norma quanto a
estrutura e
fonte, e não citar
e referenciar
obras
adequadamente.
Não utiliza
corretamente a
norma quanto a
estrutura e fonte,
além de não citar
e referenciar
obras
adequadamente.
Pontuação
Media:
65
4.9 FEEDBACK FORMATIVO
DESCRIÇÃO:
O feedback formativo é um retorno construtivo aos alunos sobre seu
desempenho ao longo do percurso. É usado para melhorar a aprendizagem (e o
ensino) e por isso deve ocorrer durante ela para que os alunos sejam capazes
deagir visando melhorar o seu desempenho.
PASSOS:
Condições necessárias para que o feedback ocorra na avaliação
formativa:
 Deve ser dado com suficiente frequência, e com detalhes suficientes,
para ser verdadeiramente formativo.
 Focar o desempenho dos alunos, não suas características.
 Ser oportuno o suficiente para que os alunos tenham tempo de usá-lo
para melhorar a suaaprendizagem.
 Ser adequado ao que a avaliação é realmente planejada para alcançar.
 Deve referir-se à compreensão dos alunos sobre o que fizeram
ressaltando primeiro os aspectos positivos e, em seguida, os pontos de
melhoria.
GIBBS, G; SIMPSON, C.. Conditions under which assessment supports students’
learning. Learning and teaching in higher education 1: 3-31, 2004.
66
5. ENSINO ADAPTATIVO E ENSINO PERSONALIZADO:
ENTENDA A DIFERENÇA
A cada dia, os modelos inovadores de ensino ganham mais espaço e se
consolidam como a principal tendência para a educação ao redor do
mundo. Um dos reflexos desse movimento é a inserção de novos
verbetes no vocabulário pedagógico. Alguns deles, além de
representarem conceitos abrangentes, podem ser confundidos com
definições semelhantes.
É justamente o caso dos termos Ensino Adaptativo e Ensino
Personalizado. Ambos estão conectados e fazem parte das estratégias
que priorizam a individualidade do aluno no processo de aprendizado.
No entanto, não estamos falando da mesma coisa.
A Educação Adaptativa – ou Aprendizado Adaptativo (Adaptative
Learning, em inglês) – se refere ao conjunto de ferramentas
empregadas para customizar os processos de ensino conforme as
particularidades do aluno. Em geral, o modelo está baseado em
soluções tecnológicas, como softwares e plataformas online. Esses
recursos permitem a criação de diferentes trilhas ou mapas de
evolução para cada estudante. A formatação do caminho a ser seguido
dentro de uma disciplina e o próprio ritmo da jornada de conhecimento
são determinados pelo próprio usuário. Na prática, o sistema faz isso
por ele.
Modelo flexível
As plataformas adaptativas empregam uma combinação de tecnologias
de big data e de Inteligência Artificial (IA) para identificar
preferências, padrões de assimilação, pontos fortes e deficiências. O
objetivo é sempre melhorar o desenvolvimento individual,
reconhecendo o modo que cada aluno aprende mais facilmente. Isso
inclui, entre outros quesitos, os horários e formatos de entrega de
conteúdo mais úteis aos perfis dos estudantes.
67
Um aluno pode alcançar desempenhos superiores em matemática ao
assistir a vídeo aulas pela manhã, por exemplo. Já outro colega se sai
melhor quando se relaciona com a matéria por meio de jogos ou
desafios, geralmente realizados no turno da tarde. Os programas de
Ensino Adaptativo traçam esses padrões com base na análise dos
dados fornecidos pela interação dos usuários no sistema. A partir
disso, o software cria planos de estudos individualizados.
É uma abordagem mais flexível do que a tradicional. E o foco, aqui, é
reorientar a prática pedagógica para suprir as necessidades dos
alunos, possibilitando que eles atinjam o objetivo estipulado – seja em
relação a um módulo, a um curso ou à turma.
Desenvolvimento integral
As ferramentas adaptativas podem ser consideradas vetores para o
Ensino Personalizado. Esse conceito é mais abrangente e não dá ênfase
apenas aos padrões de aprendizado, pois também visa a identificar e
explorar os potenciais individuais do aluno. O modelo personalizado
contempla a biografia do estudante, ponderando suas experiências e a
forma como isso moldou as suas inteligências, sensibilidades e
competências. Ou seja, a abordagem busca um desenvolvimento
cognitivo integral do indivíduo.
Como cada aluno tem história, aptidões, capacidades e talentos
particulares, o objetivo do aprendizado não é o mesmo para todos, e
pode ser modificado ao longo da trajetória estudantil. O próprio
cenário de absorção de conteúdos é analisado pelo Ensino
Personalizado. Além dos espaços tradicionais, como salas de aula e
ambientes online, a metodologia abarca o conhecimento obtido em casa
e na comunidade, atentando para a interação do aluno com os colegas e
com a família.
68
Aprovação máxima
Um dos melhores exemplos de aplicação prática da Educação
Personalizada vem dos Estados Unidos, onde a Summit Public
Schools tem conseguido resultados consistes. A entidade faz a gestão
de sete escolas públicas no estado da Califórnia e de outras quatro em
Washington. Nesse grupo, o destaque de desempenho vai para quatro
instituições de Ensino Médio californianas, onde os alunos seguem
planos de estudo individualizados e podem escolher como preferem
desenvolver os conteúdos – por meio de vídeo aulas, exercícios,
debates ou projetos.
Os adolescentes traçam objetivos individuais assim que entram na
escola e podem aprimorar suas aptidões em estágios realizados fora do
ambiente de ensino. Em maior parte, o desempenho é medido através
da aplicação de projetos desenhados para melhorar as habilidades
cognitivas. E os professores também utilizam plataformas tecnológicas
de ensino adaptativo para aferir a evolução de cada estudante.
A eficácia da estratégia adotada pela Summit Public Schools pode ser
atestada pela performance dos estudantes nos exames de admissão ao
ensino superior. Em média, apenas 24% dos alunos do ensino público da
Califórnia conseguem chegar à universidade. Nas escolas da Summit, a
taxa fica entre 99% e 100%. “Todo estudante é diferente e único. Com
esse modelo, ele tem maior controle sobre o aprendizado”, diz Diane
Tavenner, diretora executiva da entidade, em entrevista à Revista
Época.
Por que se fala tanto em competências para a educação?
Ensino fracionado em disciplinas e avaliações semestrais: eis a síntese
da aprendizagem atual – ou, ao menos, como ela é amplamente
conhecida. Trata-se de um método tradicional, que separa os
conteúdos em blocos e avalia o desempenho do aluno de tempos em
tempos. O modelo funciona, é verdade. Afinal, foram as melhores
instituições de ensino que o consolidaram. O problema é que o mundo
69
mudou, e as imposições e desafios atuais exigem novos paradigmas à
educação.
A crítica que se faz ao ensino vigente é que ele isola as áreas do
conhecimento. “O mundo evoluiu e os modelos educacionais não. O
professor como o detentor do conhecimento, fazendo a transmissão de
conteúdo nas aulas expositivas, não estimula o desenvolvimento das
potencialidades do aluno”, avalia Gisele Pinheiro, diretora do Colégio
Ampliação de Curitiba (PR), em entrevista ao jornal Gazeta do Povo.
O resultado é um aprendizado diluído em silos. O mercado se tornou
tão competitivo de modo que o diploma, muitas vezes, já não é mais um
diferencial. De mesma forma, dominar um segundo idioma deixou de
ser pré-requisito. Deve-se ir além.
Nesse sentido, os profissionais precisam oferecer mais que conteúdo
técnico, abrindo espaço para uma visão mais holística do conhecimento.
Daí os motivos para que o modelo de ensino por competências chame
cada vez mais atenção. Também conhecida como aprendizagem por
competências, a metodologia ganha espaço porque se opõe ao
tradicional ensino por disciplinas, conectando todas as áreas do saber.
Como diferencial, ela arbitra em favor do foco: em vez de enfatizar a
teoria, a metodologia combina conhecimentos, motivações, valores,
recursos, atitudes e habilidades para realizar ações mais eficazes.
Além de pregar o fim da dicotomia entre conceito e prática, a principal
vantagem do método é o encerramento das disciplinas desconexas.
Assim, os estudantes passam a ter aulas em módulos integrados a fim
de estimular novas capacidades. Alguns estudos nacionais e outros
internacionais têm definições distintas e ainda não é possível cravar
um consenso sobre quais são exatamente as competências em questão.
Mas algumas características se repetem com frequência. Confira:
 Habilidades práticas: proatividade, comunicação e resolução de
problemas.
 Habilidades cognitivas: curiosidade, autonomia, reflexão e crítica.
 Habilidades técnicas: capacidade para lidar com ciência, tecnologia,
engenharia e matemática – as chamadas competências STEM, na
sigla em inglês para Science, Technology, Engineer e Math.
70
 Habilidades sociais: interação, cooperação e valorização.
 Habilidades emocionais: capacidade de persistência e disciplina,
entre outras.
Ao conjunto dos dois últimos tipos, dá-se o nome de habilidades
socioemocionais, pois combinam aspectos da vida social e emocional.
Na prática
As competências servem para aprimorar o desempenho profissional,
mas não somente isso. O estímulo às habilidades socioemocionais
favorece um aprendizado útil para a vida e auxilia qualquer um a lidar
com seus próprios desafios. Nos próximos anos, as competências
deverão ser palavra de ordem.
No modelo por competências, parte-se de uma matriz curricular
flexível. Nela, os professores trabalham as características que o
mercado demanda para cada área específica do curso em questão. Se
antes um aluno de Administração aprendia sobre fundamentos de
gestão e de contabilidade, noções de orçamento, marketing e
empreendedorismo em matérias desagregadas, agora ele cursa um
único módulo onde se ensina como comandar uma empresa.
Assim, a aprendizagem por competências tende a ser guiada para
estimular o indivíduo a lidar melhor com sua equipe, a gerenciar
pequenas crises e a ter criatividade para não sucumbir frente à
concorrência.
De onde veio
Embora a expressão seja recente, a utilização do ensino por
competências não chega a ser novidade. O conceito foi cunhado em
1948, pelo psicólogo e professor da Universidade de Harvard, Robert
White.
Em 1970, pesquisadores em educação já falavam de uma metodologia
em que o saber fazer (a técnica) deveria ser atrelado a um conjunto de
71
conhecimentos (as habilidades). No entanto, a utilização e o estudo das
competências como metodologia ganham força a partir da década de
1990 e da virada dos anos 2000 – principalmente nos Estados Unidos e
em países da Europa que despontam na vanguarda da educação, como a
Finlândia.
A Southern New Hampshire University é uma das IES de referência
quando o assunto é competências. A instituição sediada em
Manchester, nos Estados Unidos, foi uma das primeiras a receber
financiamento público para criar um sistema de avaliações como base
no desenvolvimento discente – suplantando o tradicional acúmulo de
créditos. Na sequência, diversas escolas e IES ao redor do mundo
começaram a utilizar o modelo de competências socioemocionais.
No Brasil, a primeira aparição prática das competências surgiu em
1996, com a publicação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB). A determinação atribuiu ao governo federal a criação
de competências e diretrizes para o ensino. Nos anos seguintes, outras
resoluções federais foram criadas para mobilizar o estabelecimento
de competências.
Desde 2013 o Exame Nacional de Nível Médio (Enem) utiliza critérios
que consideram as competências na resolução de suas questões. Assim,
o sistema de avaliação não considera apenas o conhecimento teórico,
mas a capacidade de interpretar e tentar solucionar problemas.
Atualmente, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) orienta a
utilização do ensino por competências para o desenvolvimento
educacional integral. A estratégia visa promover uma experiência
escolar mais humanizada e acessível a todos.
Auto formação
Uma clara diretriz a respeito do que é e para que serve o aprendizado
por competências aparece no Relatório para a Unesco da Comissão
Internacional sobre Educação para o século XXI. O texto indica a
necessidade de uma educação em que a aprendizagem seja embasada
em habilidades que tornem o indivíduo “apto para enfrentar numerosas
72
situações, algumas das quais são imprevisíveis, além de facilitar o
trabalho em equipe, que é uma dimensão negligenciada pelos métodos
de ensino” (confira a íntegra do documento).
Para tanto, a matriz curricular das IES deve passar por um processo
de desconstrução, em que o principal objetivo é tornar o aluno
protagonista do ensino. Além disso, os professores continuam em sala
de aula, mas agora treinam suas próprias habilidades sociais,
emocionais e cognitivas.
Outra diferença é que eles trabalham em rede e atuam como
facilitadores de aprendizagem. Nesse sistema, as provas mensais ou
bimestrais podem ser substituídas por projetos de pesquisa.
De acordo com o pesquisador Thomas Armstrong, que desenvolve
estudos em aprendizagem no American Institute for Learning, nos
Estados Unidos, a observação dos alunos é o método mais eficaz para
as avaliações. “Como o estudante funciona em grupos? Como ele se sai
planejando um projeto individualizado? O exame da resposta dos
alunos a esses e outros problemas dirá muito mais sobre sua
maturidade socioemocional do que qualquer escala de classificação
quantitativa”, avalia, em entrevista à revista Pátio.
A auto-avaliação, assim como a avaliação por pares, é uma forma de
garantir a visão total sobre a aprendizagem. Ela pode acontecer
semanal ou quinzenalmente, sem ter de seguir uma regra. Aqui, o que
importa é que todos estimulem sua capacidade de reflexão sobre o
próprio aprendizado – um procedimento chamado de metacognição.
No livro Dez Novas Competências para Ensinar, publicado no Brasil pela
Editora Penso, o suíço Philippe Perrenoud apresenta as abordagens
necessárias para que os professores possam desenvolver as
competências em sala de aula. Entre elas, estão:
 Organizar e dirigir situações de aprendizagem
 Conceber e fazer evoluir dispositivos de diferenciação
 Trabalhar em equipe
Toda essa estratégia é ainda mais eficaz quando acompanhada de uma
base tecnológica. Assistentes virtuais e o uso de LMS podem combinar
73
outros modelos, como o ensino híbrido ou totalmente a distância, a fim
de garantir mais autonomia ao aluno.
Ao ensinar por competências, as IES estarão mais preparadas para o
grande desafio do ensino no século 21: formar indivíduos para atuar
em um mercado complexo e em constante desenvolvimento.
5.1 APRENDIZAGEM BASEADA EM DESAFIOS É CHAVE PARA
UM ENSINO ATIVO
Alimentar a curiosidade e as visões de mundo sempre foi um dos papéis
principais das escolas. Entretanto, o tempo em que o ensino ficava
preso nos livros didáticos e entre as paredes de uma sala de aula está
cada vez mais no passado. Hoje, o processo de aprendizado sai pela
porta e se espalha por toda a comunidade acadêmica, atravessa o
portão e encontra a comunidade.
Provocar questionamentos e exercitar a capacidade de encontrar
respostas é o conceito principal do Aprendizado Baseado em Desafios
(CLB, do inglês Challenge Based Learning). Ainda pouco difundido no
Brasil, o método pedagógico busca incentivar a liderança e a autonomia,
ao formar profissionais treinados para a resolução de problemas.
O CBL nasceu em 2008 como parte do projeto Apple Classrooms of
Tomorrow-Today (ACOT2), uma iniciativa da gigante de tecnologia
para aprimorar os caminhos do aprendizado no século 21.
O ACOT2 deriva do projeto Apple Classrooms of Tomorrow, que entre
1985 e 1995 buscou integrar a tecnologia ao processo de ensino-
aprendizagem. Na época, a Apple deu suporte tecnológico para
escolas da Califórnia, estudando os benefícios do meio digital para o
desenvolvimento dos alunos ao conduzir experimentos na área
da gamificação.
Anos depois, nos anos 2000, o ACOT2 foi lançado para entender as
necessidades do Ensino Médio nos Estados Unidos. O projeto, segundo
a Apple, era auxiliar as escolas a criar o ambiente de aprendizagem que
os alunos precisavam, queriam e esperavam, para diminuir os índices de
evasão escolar. A empresa viu no ensino a necessidade de preparar
74
pessoas para a sociedade altamente mutável dos dias atuais, e buscou
refletir estas preocupações no desenvolvimento de métodos
pedagógicos que pudessem ser replicados facilmente nas escolas.
Como funciona?
O CBL é adaptável a diferentes níveis escolares, desde o ensino
fundamental até instituições de ensino superior. O método parte de
uma tema geral, sobre a qual serão debatidas questões essenciais,
questões norteadoras, atividades e reflexões. A cada questão básica
levantada é necessário atrelar um desafio que possa ser convertido em
uma ação prática pelos alunos. Para isso, é necessário que o tema geral
seja amplo o suficiente para poder ser aberto em diversas questões.
As questões norteadoras, por sua vez, são levantadas pelos alunos. Elas
formam a rota de aprendizagem necessária para o cumprimento da
tarefa apresentada, e guiará o estudante por todo o processo. Para
respondê-las vale a criatividade: podcasts, vídeos, recursos multimídia
e apresentações podem ser amplamente adotadas para transmitir o
conteúdo.
Deve-se procurar soluções variadas para os problemas apresentados.
As soluções apresentadas devem ser claras e bem fundamentadas,
além de aplicáveis no ambiente proposto, seja a sala de aula, a escola
ou a comunidade.
É importante que as soluções propostas possam ser implementadas na
vida real, em maior ou menor escala. Assim, o conteúdo estudado passa
a fazer parte da vida do aluno, estimulando a turma a novas atividades.
As avaliações devem ser feitas ao longo de todo o projeto, formal e
informalmente, estabelecendo metas para a metodologia. Os critérios
podem ser debatidos com as equipes, adaptados ao tipo de atividade a
ser desenvolvida.
Ao adotar conceitos amplos, é possível que os times envolvidos possam
desenvolver trabalhos em diferentes áreas. Escolhendo o tema
“alimentação”, por exemplo, a questão essencial pode ter como base a
importância da alimentação na saúde e explorar como desafio os meios
75
de adotar uma alimentação saudável. Os alunos, neste caso, tem
possibilidade de estudar a cadeia produtiva dos alimentos, sua
composição biológica, as necessidades do corpo humano e muitas
outras abordagens que embasam a utilidade de comer bem.
Resolvendo problemas.
No Brasil, a resolução pedagógica de problemas tem sido usada pela
Faculdade União das Américas (Uniamérica) como base do ensino ativo.
“A proposta de aprendizagem da Uniamérica rompe com o paradigma
de que a teoria vem primeiro e a prática depois”, explica Ryon Braga,
diretor-presidente da instituição. Segundo ele, a educação tradicional
está sendo constantemente desafiada pelo impacto das tecnologias,
oferecendo novos mecanismos de aprendizagem, como a sala de aula
invertida, blended learning, ensino híbrido e realidade aumentada, que
auxiliam o estudante na absorção efetiva do conteúdo.
Na instituição, que conta com parcerias com empresas incubadoras e
startups, e quer ser a primeira instituição privada 100% gratuita do
Brasil, os alunos aprendem através de dinâmicas e trabalho em grupo.
“Nesse método, o aluno inicia a prática desde o primeiro dia de aula,
quando são desafiados por problemas reais, aplicando seus
conhecimentos e habilidades adquiridos em aulas teóricas”, relata
Braga.
Gamificação
A gamificação (gamification, no inglês) não tem necessariamente a ver
com jogos de vídeo game ou digitais educativos. O termo representa
um conjunto de atividades organizados com base na mecânica dos
jogos, com intuito de engajar pessoas para resolverem problemas e
melhorar o aprendizado. Pode envolver o uso de aparelhos eletrônicos
como tablets, computadores e celulares. Mas não é uma exigência. Aqui
podem entrar também os quizgame, que são jogos de perguntas e
respostas usados como abordagem na construção de conhecimentos de
maneira simples e lúdica.
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  • 2. 2 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO............................................................................................4 1 COMPETÊNCIAS X OBJETIVOS APRENDIZAGEM........................5 2 ESTRATÉGIAS/METODOLOGIAS DE ENSINO- APRENDIZAGEM.......................................................................................18 2.1 AULA EXPOSITIVA DIALOGADA....................................................20 2.2 AULA EXPOSITIVA INTERATIVA..................................................21 2.3 PERGUNTAS E RESPOSTAS..............................................................22 2.4 BINGO......................................................................................................23 2.5 JOGO DA MEMÓRIA...........................................................................24 2.6 PASSA E REPASSA...............................................................................25 2.7 ESTUDO DIRIGIDO.............................................................................26 2.8 PHILLIPE 66...........................................................................................27 2.9 WIKI.........................................................................................................28 2.10 GRAFITE................................................................................................29 2.10 SNOWBALL (BOLA DE NEVE).........................................................29 2.11 DEMONSTRAÇÃO................................................................................30 2.12 MAPAMENTAl ........................................................................................31 2.13 MAPA CONCEITUAL..........................................................................32 2.14 PENSE-PAREIE-COMPARTILHE.....................................................33 2.15 FÓRUM DE DISCUSSÃO..................................................................34 2.16 JIGSAM.................................................................................................35 2.17 DISCUSSÃO DE TEXTOS................................................................36 2.18 ENSINO COM PESQUISA...............................................................38 2.19 BRAINSTORM......................................................................................39 2.20 JOGOS DE PAPÉIS (ROLE-LAYING GAME)...............................40 2.21 VISITA TÉCNICA...............................................................................41 2.22 INFOGRÁFICOS.................................................................................42 2.23 JOGOS TECNOLÓGICOS.................................................................43 2.24 BLOG.......................................................................................................43 2.25 SITUAÇÃO PROBLEMA…..................................................................45 2.26 DESIGN THINKING…………………………………………………………………….46
  • 3. 3 2.27 TEAM BASED LEARNING (TBL)....................................................47 2.28 TREINO DE HABILIDADES............................................................49 2.29 CENÁRIO SEGUIDO DEBRIEFING...............................................50 2.30 APRESENTAÇÃO ORAL.....................................................................51 2.31 VERBALIZAÇÃO E OBSERVAÇÃO..................................................52 2.32 ENTREVISTA COM ESPECIALISTA.............................................53 2.33 SALA DE AULA INVERTIDA..........................................................54 3 APRENDIZAGEM BASEADA EM PROJETOS: A CHAVE PARA UMA EDUCAÇÃO EFICIENTE.................................................................55 4 ESTRATÉGIAS DE AVALIAÇÃO.........................................................57 4.1 MINUTE PAPER....................................................................................59 4.2 AUTO AVALIAÇÃO.............................................................................60 4.3 AVALIAÇÃO EM PARES.....................................................................60 4.4 DEBRIEFING..........................................................................................61 4.5 CHECKLIST.............................................................................................61 4.6 QUIZZ.....................................................................................................62 4.7 FERRAMENTAS TECNOLÓGIAS.....................................................62 4.8 RUBRICA DE AVALIAÇÃO.................................................................63 4.9 FEEDBACK FORMATIVO....................................................................65 5 ENSINO ADAPTATIVO E ENSINO PERSONALIZADO: ENTENDA A DIFERENÇA.........................................................................66 5.1 APRENDIZAGEM BASEADA EM DESAFIOS É CHAVE PARA UM ENSINO ATIVO..................................................................................73 REFERÊNCIAS.............................................................................................79
  • 4. 4 APRESENTAÇÃO As Metodologias Inovadoras para a Educação Superior Formar profissionais capazes de trabalhar em grupos, resolver problemas de forma criativa, crítica e reflexiva, apropriar-se dos conhecimentos necessários, desenvolver a autonomia intelectual são alguns dos desafios da Educação Superior. Tentar alcançar esses objetivos por meio de metodologias educativas tradicionais, sem valer- se da internet e das mídias digitais, é ainda mais desafiador. A sociedade mudou. E as intuições educativas precisam acompanhar essas modificações, sob pena de não formar cidadãos conscientes e capazes de enfrentar o mercado do futuro. Diante deste contexto, é preciso rever a prática educativa. Pensar além da caixa, analisar os novos conceitos didático-metodológicos. Pesquisar modelos de negócios, usufruir de novos recursos, inovar o jeito de ensinar e aprender. Essas metodologias inovadoras já estão à disposição – como o portal Desafios da Educação tem mostrado ao longo dos anos. O modelo é centrado no estudante e na aplicabilidade dos conhecimentos. É uma forma de trabalho pedagógico que tem envolvido os alunos em seu próprio sucesso, incorporando seus interesses, habilidades e os encorajando a assumir sua responsabilidade no processo de aprendizagem Esse Livreto tem a finalidade de auxiliar o docente na aplicação de princípios didático-pedagógicos, assim como na seleção adequada das estratégias/metodologias de aprendizagem e de avaliação para que os objetivos de aprendizagem sejam atingidos. Metodologia é o estudo dos métodos. Isto é, o estudo dos caminhos para se chegar a um determinado fim. É também considerada uma forma de conduzir a pesquisa ou um conjunto de regras para ensino de ciência e arte. Serão abordados nesse livreto os seguintes temas:
  • 5. 5  Competências x Objetivos de aprendizagem – entenda qual a relação entre competência e objetivos de aprendizagem.  Objetivos de aprendizagem segundo a Taxonomia de Bloom (Nível cognitivo).  Modelo didático de aula.  Estratégias de Ensino-aprendizagem.  Estratégias de Avaliação Formativa. 1. COMPETÊNCIA X OBJETIVOS APRENDIZAGEM O Que é Competência? Quais as suas Características?  Requer um conjunto de Conhecimentos, Habilidades e Atitudes articulados para ser desenvolvida e executada no contexto profissional.  Está relacionada ao desempenho profissional complexo, criativo, não- rotineiro.  Deve ser possível observá-la de forma concreta no contexto.  Está ligada a uma área de conhecimento (Competência Geral) ou a uma determinada profissão (Competência Específica). Compõe o perfil do egresso do curso. Vamos a um exemplo simples para facilitar a compreensão usando uma competência do motorista:  Dirigirautomóveletransportarpessoas,cargaseoutros,seguindoasnormas de trânsito Para que essa competência possa ser desenvolvida, há um conjunto de Conhecimentos, Habilidades e Atitudes que precisam ser aprendidos: CONHECIMENTOS (SABER)  Descrever as regras de direção defensiva.  Identificar os instrumentos do veículo e descrever a sua funcionalidade.  Interpretar as placas de sinalização, etc. HABILIDADES (SABER FAZER)  Manobrar veículo de diversas marcas e modelos
  • 6. 6 COMPETÊNCIAS CONHECIMEN- TOS HABILIDA- DES ATITUDES  Usar os retrovisores do veículo.  Passar a marcha do veículo de acordo com a velocidade, etc. ATITUDES (SABER SER/CONVIVER)  Lidar com adversidades no trânsito.  Respeitar as leis e normas do transito.  Ter uma postura pacífica no transito, etc. Os Conhecimentos, Habilidades e Atitudes citados acima representam, portanto, exemplo de Objetivos de Aprendizagem que precisam ser aprendidos para que a referida competência seja desenvolvida. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM SEGUNDO A TAXONOMIA DE BLOOM (NÍVEL COGNITIVO) A Taxonomia de Bloom é adotada como referência para a evolução gradativa dos objetivos de aprendizagem do ponto de vista cognitivo. Toda aprendizagem requer o domínio de níveis cognitivos mais elementares (lembrar e entender) e níveis mais avançados (aplicar, analisar, avaliar e criar). Embora sejam muitas as definições de competências na literatura, elas convergem em diversos aspectos, especialmente no que se refere à articulação própria e única do “CHA” (Conhecimentos, Habilidades e Atitudes), para o enfrentamento de situações ou solução de problemas
  • 7. 7 no campo do trabalho, crescentemente complexo.  Conhecimento – é o SABER, todo o repertório de informações que o sujeito tem: teorias, conceitos, princípios, nomes, código etc. e toda a capacidade cognitiva de articulação entre eles.  Habilidades – é o SABER FAZER, refere-se ao domínio de técnicas, capacidade de execução, destreza, agilidade para realizar determinada ação.  Atitudes – é o SABER, SER, as características emocionais afetivas e sociais envolvidas na execução de determinado trabalho O ENSINO COMEÇA DO FIM
  • 8. 8 QUAL PROFISSIONAL QUE SE DESEJA FORMAR? ALINHAMENTO
  • 9. 9 “Começar pelo fim em mente significa iniciar com uma compreensão clara do seu destino. Significa saber onde você está indo de modo a ter uma melhor compreensão de onde está agora para que os passos que você dê sejam sempre na direçãocorreta.” AS COMPETÊNCIAS NÃO SE DESENVOLVEM EM UMA ÚNICA DISCIPLINA COMEÇAR PELO FIM
  • 10. 10
  • 11. 11 Exemplos da escrita de objetivos:  POBRE: Conhecer as teorias mais importantes da Psicologia. Não especifica quais teorias são importantes. O que quer dizer “conhecer”? Saber os nomes? As ideias centrais? Criticar os pressupostos?  MELHOR: Conhecer as abordagens das teorias cognitivistas. É melhor porque especifica o que o estudante deve saber, mas ainda não indica o quê de cada teoria deve conhecido, nem o quão profundo deve ser esse conhecimento.  BOM: Aplicar os pressupostos e ideias principais das teorias cognitivistas na construção de atividades de aprendizagem. Identifica o que o estudante deve saber e como vai demonstrar o que sabe, ao mesmo tempo em que permite diferentes atividades relacionadas a “aplicar” (para qual nível de ensino, com qual conteúdo etc.). Principais Características:  Ter foco no comportamento esperado. O professor no planejamento das suas ações O estudante no direcionamento dos seus esforços de estudo rumo ao seu cumprimento. Ambos: na verificação dos resultados obtidos no processo e na implementação de melhorias nas suas estratégias de ensino e de aprendizagem. Um objetivo descreve um resultado pretendido e as condições para sua realização e referem-se a conhecimentos, habilidades e atitudes: o que o professor quer que o estudante saiba, faça ou valorize ao final do semestres, da unidade ou da aula? Um objetivo de aprendizagem be, escrito deveria conter:
  • 12. 12  Iniciar com o verbo no infinitivo, o que é uma forma, de alinhá-lo a um comportamento esperado.  Ser escrito do ponto de vista do estudante e não do docente.  Relacionar-se com um resultado e não com o processo.  Traz implícito a afirmativa !é capaz de ...”.  Orienta a atividade, mas não é a própria atividade. Devem ser:  Específicos: deixa claro a que se refere, orienta as atividades.  Mensuráveis: deve ser escrito de forma que se pode medi-lo.  Viáveis: tamanho e escopo que possam ser atingidos no tempo determinado (semestre, unidade ou aula).  Relevantes: concentra-se no que é mais importante par atingir as competências do curso. No entanto, nem todos os objetivos de aprendizagem são iguais, justamente porque o processo de aprendizagem implica uma evolução das capacidades cognitivas e de execução de habilidades. Para auxiliar a identificação das etapas dessa evolução utilizamos a Taxonomia de Objetivos Educacionais de Bloom. Ela foi resultado de um trabalho realizado ainda na década de 1950 por uma força tarefa indicada pela American Psychological Association, que tinha por objetivo criar uma taxonomia de objetivos educacionais que auxiliasse os professores a desenvolver atividades de aprendizagem e avaliação. Ela divide os objetivos instrucionais em 3 domínios, no entanto é no domínio cognitivo que o grupo mais trabalhou:
  • 13. 13
  • 14. 14 Ao transformar a avaliação em momentos que permitem a reflexão sobre o processo de ensino-aprendizagem, a ser aplicada ao longo do processo de ensino, ela passa a ter função reguladora. O que evitaria situações como a tirinha abaixo: A avaliação reguladora tem 3 momentos: 1. Avaliação diagnóstica 2. Avaliação durante o processo 3. Avaliação final Categoria Verbos relacionados Instrumentos 1. Lembrar/conhecer: reconhecer e lembra conhecimentos relevantes, fatos, métodos, procedimentos e conceitos. definir, descrever, distinguir, identificar, rotular, listar, memorizar, ordenar, reconhecer, reproduzir, Preencher lacunas, verdadeiro x falso, questões de múltipla escolha, questões dissertativas. 2. Compreender: construir sentido a partir de mensagens orais, escritas, gráficas por meio da interpretação, exemplificação, classificação, sumarização, inferência, comparação e/ou explicação. Entende o uso e a implicação de termos, fatos, métodos, procedimentos e conceitos. classificar, converter, descrever, discutir, explicar, generalizar, identificar,inferir, interpretar, prever, reconhecer, redefinir, selecionar, situar, traduzir, comparar, agrupar, representar. Reportes, sumários, ensaios, minute, paper, diários de aprendizagem. Blogs, wikis, questões de múltipla escolha, portfólios, mapas mentais, questões dissertativas. 3. Aplicar: realizar um procedimento executando o ou implementando-o. Usar uma teoria na prática, resolver problemas, utilizar informações em novas situações. aplicar, construir, demonstrar, empregar, esboçar, escolher, ilustrar, interpretar, operar, praticar, preparar, programar, resolver, usar, converter. Ensaios, vídeos, demonstrações, questões dissertativas, questões de múltipla escolha.
  • 15. 15 4. Analisar: dividir as informações em partes relevantes, determinando como as partes se relacionam entre si e com a estrutura geral ou com um propósito, por meio da diferenciação, organização e atribuição. Dividir conceitos, analisar estruturas, reconhecer assunções e falta de lógica, avaliar a relevância. analisar, calcular, comparar, discriminar, distinguir, examinar, experimentar, testar, esquematizar, questionar, classificar, determinar, categorizar, pesquisar. Diários reflexivos, estudos de caso, mapas conceituais, simulações, jogos, análises de cenários, questões dissertativas. 5. Avaliar: fazer julgamentos baseados em critérios e evidencias, por meio de averiguações e crítica. Formular standards, evidências, rubricas; aceitar ou rejeitar com base em critérios. avaliar, criticar, comparar, defender, detectar, escolher, estimar, explicar, julgar, selecionar, argumentar, interpretar, testar, verificar. Projetos de pesquisa, ensaios, estudo de caso, questões dissertativas, painéis de discussão, auto avaliação. 6. Criar: colocar elementos juntos de modo a formar um conjunto coerente e funcional; reorganizar elementos num novo modelo ou estrutura, por meio da geração, planejamento ou produção. Juntar informações de modo novo e criativo. compor, construir, criar, desenvolver, estruturar, formular, modificar, montar,organizar, planejar, projetar, sintetizar, deduzir. Projetos em grupo, vídeos,projetos na web, portfólios, trabalhos de arte, artigos científicos, invenções. Como se pode perceber, um mesmo instrumento de avaliação pode servir para avaliar mais de um nível de desenvolvimento cognitivo, a depender da sua formulação, para a qual é essencial o papel do verbo apontado no objetivo. Por exemplo, questões dissertativas podem solicitar tanto a descrição de um fenômeno, o que está relacionado à categoria 1 – Lembrar ou pode pedir que se compare a eficiência de duas propostas de negócios ou de duas condutas médicas, o que está relacionado à categoria à categoria 5 - avaliar. TESTE SEUS CONHECIMENTOS: Considerando a avaliação formativa, e correto afirmar que: a) Toda prova ou trabalho necessariamente pode ser considerado uma avaliação formativa? b) Deve ser composta de trabalhos que não sejam considerados como nota? c) É aquela que permite ao estudante refletir sobre sua aprendizagem, para que o feedback do professor tem papel essencial?
  • 16. 16 Nível cognitivo Nívelcognitiv oitivo Descrição do nível cognitivo e exemplos de verbos usados na elaboração dos objetivos de aprendizagem CRIAR CRIAR AVALIAR AVALIAR ANALISAR ANALISAR APLICAR APLICAR ENTENDER ENTENDER LEMBRAR LEMBRAR Reconhecer e reproduzir conhecimentos. Definir, descrever, distinguir, identificar, rotular, listar, memorizar, ordenar, reconhecer e reproduzir Explanar conhecimentos. Classificar, descrever, discutir, explicar, generalizar, identificar, inferir, interpretar e reconhecer Executar ou usar uma informação em uma ou mais situações. Construir, demonstrar, empregar, escolher, escrever, ilustrar, interpretar, operar, programar e resolver Dividir a informação em partes relevantes e irrelevantes, entendendo a inter-relação entre as partes. Analisar, calcular, comparar, discriminar, distinguir, examinar, experimentar, testar e esquematizar Realizar julgamentos baseando-se em critérios e padrões. Avaliar, criticar, comparar, defender, detectar, escolher, estimar, explicar, julgar e selecionar Produzir um trabalho original. Construir, criar, desenvolver, estruturar, formular, modificar, montar, organizar, planejar e projetar Nível cognitivo
  • 17. 17 CONHECIMENTOS PRÉVIOS E CONTEXTUALIZAÇÃO Apresentar, de forma explícita os objetivos de aprendizagem aos alunos. Apresentar o contexto noqualse incluemos novos conhecimentos. Localizar a importância da aprendizagem para o futuroprofissional. Avaliar conhecimentos préviosdos alunos.  Utilizar de forma predominante estratégias/ metodologiasativas.  Selecionar estratégias/ metodologias adequadas ao nível cognitivo dos objetivos de aprendizagem.  Levar os alunos a verificarem se aprenderamos objetivos de aprendizagem.  Selecionar o métodode avaliação formativa de acordo com o nível cognitivo do item 2. Dar feedback aos alunos sobreseu desempenho. FINALIZAÇÃO AVALIAÇÃO FORMATIVA ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM (Metodologias ativas CONHECIMENTOS PRÉVIOS E CONTEXTUALIZAÇÃO IDENTIFICAÇÃO DA(S)COMPETÊNCIA(S) Qual(is) competência(s) serão desenvolvidas na aula/ IDENTIFICAÇÃODO(S)OBJETIVO(S) DEAPRENDIZAGEM Nesta aula, que objetivos de aprendizagem deverão ser atingidos objetivos de aprendizagemdeverãoser atingidos?
  • 18. 18 ESTRATÉGIAS/METODOLOGIAS DE ENSINO-APRENDIZAGEM Nas sequencia você encontrará um conjunto de estratégias de ensino- aprendizagem que podem ser adaptadas e utilizadas em diferentes unidades pedagógicas para que sejam atingidos os objetivos de aprendizagem. A ilustração na parte superior direita indica os níveis cognitivosque,demaneirageral,podem ser atingidos por cada estratégia. As estratégias de ensino-aprendizagem podem ser rápidas e simples, ou mais complexas e demoradas, como indica a figura abaixo. Muitas vezes, o mesmo objetivo de aprendizagem pode ser atingido utilizando-se estratégias diferentes, mais adequadas ao número de estudantes na sala, infraestrutura e tempo disponíveis. Em seguida você vai encontrar uma seleção de estratégias, que podem ser utilizadas como uma caixa de ferramentas entre as quais você poderá selecionar as mais efetivas para que seus estudantes aprendam. Observe a ascensão dos níveis de conhecimentos com os tipos de metodologias que devem ser utilizados para obtenção de um processo de ensino aprendizagem de melhor qualidade.
  • 19. 19 Estudantes aprendem COMPLEXO DEMORADO Visita técnica Design Thinking Jogos de papéis (Role Playing) PBL Discussão jigsaw Ensino com Pesquisa Debriefing Cenário com debriefing Estudos de caso Verbalização e observação Team based leaming Apresentação oral Aula interativa ou dialogada Demonstrações e simulações Discussão de artigos e textos Treino de habilidades Mapa mental Snowball Estudo dirigido Mapa conceitual Entrevista com especialista Jogos tecnológicos Blog Brainstorming Grafite Fórum Sala de aula Invertida Phillipe 66 Infográficos Avaliação em pares Passa e repassa Avaliação em pares Minute-paper Autoavaliação Checklist Pense – pareie-compartilhe Jogos de memória Quizz Bingo Perguntas e resposta SIMPLES RÁPIDO
  • 20. 20 2. ESTRATÉGIAS/METODOLOGIAS DE ENSINO- APRENDIZAGEM 2.1 AULA EXPOSITIVA DIALOGADA DESCRIÇÃO: Exposição do conteúdo, com a participação ativa dos estudantes, cujo conhecimento préviodeveserconsideradoepodesertomadocomopontode partida. O professor leva os estudantes a questionarem, interpretarem e discutirem o objeto de estudo, a partir do reconhecimento e do confronto com a realidade. Indicada para a introdução do tema e para a sua finalização, quando o professor sintetiza o que foi tratado naquela unidade de conteúdo. PASSOS: Professor contextualiza o tema de modo a mobilizar as estruturas mentais do estudante para operar com as informações que este traz, articulando-as às que serão apresentadas; faz a apresentação dos objetivos de estudo da unidade e sua relação com a disciplina ou curso. Faz a exposição que deve ser bem preparada, podendo solicitar exemplos aos estudantes – e busca o estabelecimento de conexões entre a experiência vivencial --dos participantes, o objeto estudado e o todo da disciplina. É importante ouvir o estudante, buscando conhecer sua realidade e seus conhecimentos prévios, que podem mediar a compreensão crítica do assunto, e problematizar essaparticipação. O forte dessa estratégia é o diálogo, como espaço para questionamentos, críticas e solução de dúvidas: é imprescindível que o grupo discuta e reflita 6. CRIAR 4. ANALISAR 5. AVALIAR 3. APLICAR 2. COMPREENDER 1. LEMBRAR
  • 21. 21 sobre o que está sendo tratado. Embora seja a mais tradicional das estratégias de ensino desenvolvidas no Ensino Superior, aulas expositivas podem ser muito interessantes ou extremamente aborrecidas e monótonas. Importante parauma boa aula:  Inserir perguntas no meio da apresentação, buscando fazer o estudante participar da aula.  Estabelecer uma relação de intercâmbio entre os conhecimentos apresentados e experiências do campoprofissional.  Intercalar partes expositivas da aula com um vídeo ou exercício ativo que exemplifique o tema ou provoque o raciocínio. 2.2 AULA EXPOSITIVA INTERATIVA DESCRIÇÃO: Aula expositiva mesclada com pequenas atividades realizada pelos alunos ao longo da aula.Acada25minutos de aula expositiva em média,oprofessor realiza uma pausa para atividade individual ou em dupla, há o compartilhamento dos resultados da atividade, o feedback é dado pelo professor e recomeça o ciclo com a continuidade da aula expositiva. Esse tipo de estratégia torna a aula mais efetiva uma vez que a atenção dos alunosemaulasexpositivasnãoduramaisque20-30minutos. 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR
  • 22. 22 PASSOS: 2.3 PERGUNTAS E RESPOSTAS DESCRIÇÃO: Utiliza a arte de perguntar para estimular o raciocínio e atingir um determinado objetivo de aprendizagem. Uma variação é solicitar que os alunos formulem as questões. 1. Aula expositiva (+/- 25 min) 2. Pausa para atividade (individual ou em dupla) 3. Compartilhamentodos resultados e feedback mediados pelo professor ) 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR
  • 23. 23 PASSOS: Perguntas formuladas aos estudantes podem ser utilizadas em aulas expositivas para manter a atenção:  Inicie sempre uma aula expositiva com perguntas exploratórias sobre o tema, para fazer um levantamento dos conhecimentos prévios dos estudantes.  Prepare um conjunto de perguntas sobre o tema abordado, que trate dos pontos mais difíceis. Vá utilizando-as ao longo da exposição.  Não tenha medo do silêncio da sala. Espere pela resposta.  Valorize as respostas, mesmo quando erradas. Identifique pontos positivos e destaque-os.  Nas respostas incompletas, solicite que alguém ajude na formulação mais completa.  Chame o estudante pelo nome e solicite diretamente uma resposta. Torne esse procedimento uma prática e não um “castigo”.  Não permita reações negativas ou desqualificadoras da sala frente a respostas incorretas.  Demonstre entusiasmo aoperguntar. 2.4 BINGO DESCRIÇÃO: O formato do bingo pode ser adaptado para diversas finalidades. Você pode utilizá-lo como um recurso de ampliação do conteúdo das aulas ou para a fixação de conceitos. É uma forma divertida e interativa de rever conteúdos. PASSOS: Monte as cartelas com os assuntos a serem abordados. O site http://print- 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR
  • 24. 24 bingo.com monta as cartelas automaticamente. Monte um conjunto de questões cujas respostas estão na cartela do bingo, colocando-as em cartões separados. Distribua as cartelas aos estudantes. Sorteie os cartões com as perguntas. Ao encontrar a resposta à pergunta, os estudantes marcam em sua cartela, se tiverem aquele item. O jogo termina quando um ou mais estudantes preencherem todos os “elementos” da cartela 2.5 JOGO DA MEMÓRIA DESCRIÇÃO Nesse jogo da memória os pares de cartões são formados por perguntas e respostas, sendo que os versos dos cartões de pergunta apresentam cor distinta dos versos dos de respostas. Essas perguntas referem-se ao tema em estudo, abordando nomenclatura, conceito, características, ou oquemais couberparaoassunto. PASSOS: Desenvolver um conjunto de cerca de 20 cartões com perguntas sobre assuntos discutidos em aula e outro com as respostas a elas e distribuí- las nos cartões. As perguntas e respostas dos cartões podem também ser resultadodeumaatividadeem grupo que asformule. Inicialmente, define-se a ordem dos jogadores. O recomendado é a formação de grupos de quatro estudantes, no máximo. Um dos jogadores vira um cartão de pergunta e lê o conteúdo em voz alta, para os demais participantes. Em seguida, ele vira um cartão de resposta, sempre 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR
  • 25. 25 com o intuito de buscar a resposta correta à pergunta, no sentido de formar o maior número de pares possíveis de perguntas e respostas. Em caso de discordância entre a pergunta e a resposta, os cartões voltam ao seu lugarcomoversoparacima,dandosequênciaaopróximojogador. Ovencedor será aquele que adquirir, no decorrer do jogo, o maior número de pares. É válido ressaltar que, ao término da partida, os pares deverão ser analisados dentre os participantes, verificando se o par formado está correto. 2.6 PASSA E REPASSE DESCRIÇÃO: Usado para trazer a competição, participação e feedback à experiência de aprendizagem como motivadores, bem como apresentar uma oportunidade para a aplicação dos conteúdos de aprendizagem. Os jogos atuam na construção do conhecimento, introduzindo propriedades do lúdico, do prazer, da capacidade de ação do estudante. Além de criar ambientes gratificantes e atraentes. PASSOS: Peça que cada estudante escreva uma pergunta sobre o conteúdo abordado e recolha. Dividir a sala em dois grupos quevão responder as perguntas, conforme elas vão sendo sorteadas, valendo pontos. Marque o tempo para que cada grupo responda. Se o grupo não sabe a resposta no tempo determinado ou erra, a questão passa para o outro grupo, que tem a oportunidade de fazer pontos em dobro. Para finalizar: 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR
  • 26. 26 Estabelecimento de correlações do processo e resultado do jogo: Solicitar aos jogadores que identifiquem motivos do sucesso ou fracasso. Esta forma de trabalhar o processamento pode ser facilitada pelo uso de perguntas tais como:  A que se deve a vitória da equipe “X”?  Que dificuldades tiveram as equipes com baixa performance? 2.7 ESTUDO DIRIGIDO DESCRIÇÃO: Fundamenta-se na atividade do aluno diante do estudo de um texto direcionado pelo professor, que exerce um papel insubstituível na condução do processo de aprendizagem. A técnica é útil para:  estimular o aluno a estudar individualmente ou em grupo - mobilização para o estudo;  dinamizar a aula como espaço ativo da produção de aprendizagens;  exercitar a busca de fontes de consulta sob orientação direta do professor. PASSOS:  Refletir sobre o título do texto.  Identificar e discutir a ideia central de cada parágrafo.  Reescrever parágrafos mantendo as principais ideias, nele contidas.  Relacionar o texto com a prática pessoal/trabalho, etc.  Apresentar conclusões nocoletivo. ATENÇÃO:  Cuidadonaseleçãodotexto.Omesmodevesersignificativoe 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR
  • 27. 27 trazercontribuições para o desenvolvimento dos objetivos de aprendizagem.  Prepare um conjunto de questões para orientar a leitura.  O ideal é que a leitura do texto pelos alunos seja realizada antes da aula valorizando o tempo para colaboração e discussão.  Para leitura em sala, o texto não deve ser muito longo. A discussão sobre as questões deve tomar mais tempo do que a leitura.  Lembre-se que uma boa pergunta é aquela que mobiliza uma habilidade cognitiva 2.8 PHILLIPE 66 DESCRIÇÃO: Essa estratégia é uma atividade em grupo em que são feitas análises e discussões sobre temas/problemas do contexto dos alunos. Pode também ser útil para obtenção de informação rápida sobre interesses, problemas, sugestõeseperguntas. PASSOS: 1. O professor formulará a pergunta ou o tema que será discutido e convidará os alunos para que formem os grupos de seis pessoas. 2. Cada grupo nomeará um coordenador e um secretário. 3. O professor controlará o tempo de seis minutos de duração de cada seção grupal. Quando restar um minuto notificará a cada grupo para que façam o resumo da discussão. 4. O coordenador de cada equipe controlará igualmente o tempo e permitirá 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR
  • 28. 28 que cada integrante manifeste seu ponto de vista durante um minuto, enquanto isso o secretário do grupo tomará nota das conclusões. 5. Ao finalizar o tempo de discussão dos grupos, o professor solicitará aos secretários a leitura das conclusões obtidas em cada equipe e fará a síntese e feedback dos resultados. 2.9 WIKI DESCRIÇÃO: Atividade colaborativa quepermite a elaboração de textos, de definições e de conceitos. PASSOS: Os WIKIS podem ser montados no Ambiente EAD utilizando ferramenta específica para essa finalidade. Você pode montar um Wiki para cada grupo e solicitar aos estudantes que escrevam definições e conceitos sobre os temas abordados na disciplina. Se distribuir os conceitos entre os grupos, ao final a turma toda terá acesso a um glossário da disciplina. A ferramenta permite que um mesmo texto seja modificado pelos participantes do grupo, sem perder o histórico das modificações. 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR
  • 29. 29 2.10 GRAFITE DESCRIÇÃO: O grafite é uma forma de manifestação artística presente principalmente em grandes centros urbanos e, em geral, expressa opiniões e ideias. Na sala de aula pode ser utilizada como forma de provocar discussões sobre um temaousintetizardeforma pouco convencional um conceito complexo. PASSOS: 1. Pedir que os estudantes tragam canetas coloridas ou giz de cera e fornecer folhas grandes de papel kraft (podem ser compradas por metro). 2. Afastarascadeirasecriarespaçosparaqueosestudantespossamsentarno chão e trabalhar em grupos sobre as folhas. 3. Escrever com uma caneta grossa a palavra-geradora principal sobre o tema a ser debatido. 4. Orientar os estudantes a desenhar, escrever palavras ou frases que expressem seus conhecimentos ou sentimentos em relação ao tema. 5. Ao final, pendurar os trabalhos na parede e pedir que todos circulem pelasala para examiná-los. 6. Pedir que cada grupo apresente seu trabalho, comunicando o que representa cada parte e a razão das escolhas feitas. 2.11 SNOWBALL (BOLA DE NEVE) 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR
  • 30. 30 DESCRIÇÃO: Atividade colaborativa boa para que se produza a discussão e a organização de conhecimentos controversos eambíguos. PASSOS: Professor seleciona pequenos textos e imagens referentes ao tema e distribui um conjunto deles para cada estudante. 1. Cada estudante vai ler e buscar organizar as informações que recebeu. 2. Em seguida, dois estudantes trocam suas informações. 3. Em grupos de 4, vão trocar as informações recebidas e organizar todas as informações. 4. As informações organizadas por cada grupo são compartilhadas com a sala toda. Uma boa forma de organização é solicitar que esse último grupo faça um esquema. Dê um tempo para a realização de cada etapa, para que não haja dispersão. 2.12 DEMONSTRAÇÃO DESCRIÇÃO: Desempenhar uma atividade de forma que os estudantes observem como é realizada para que, por sua vez, possam transferir a teoria para a aplicaçãoprática. PASSOS:  Estimular expectativas, alternativas, desafios e recompensas que aprimorem o desempenho dos estudantes.  Encorajar os estudantes a revisarem os conteúdos teóricos abordando- os como referências nas atividades práticas. 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR
  • 31. 31  Criar um ambiente cooperativo e não competitivo, para que os estudantes se sintam motivados e seguros na demonstração do seu trabalho/conhecimento.  Fomentar a participação compartilhada entre os estudantes no processo de aprendizado.  Fornecer feedbacks construtivos (não controladores) e informativos, mostrando ao estudante a oportunidade de melhorias e estimulando para buscar novos conhecimentos.  Incentivar os estudantes a perceberem as próprias limitações e capacidades, ajudando-os no desenvolvimento da compreensão sobre o domínio das habilidades e doconteúdo.  Ajudar os estudantes a articularem o que aprenderam. 2.13 MAPAMENTAL DESCRIÇÃO: Diagrama sistematizado voltado para a gestão de informações, de conhecimento, da memorização e do aprendizado. É utilizado para organizar visualmente informações de modo associativo, podendo incluir conceitos- chavedeumaáreadeconhecimento, ideias ou tarefas. É também uma forma de organizar um brainstorming a partir de uma palavra- chave. PASSOS: Os mapas mentais são uma excelente forma de revisar conteúdos para provas, para sistematizar conhecimentos, gerar ideias ou ainda organizar trabalhos maiores. Solicite aos estudantes que tragam canetas coloridas e post-its. Mostre aos estudantes exemplos de mapas mentais. É fácil encontrá-los 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR
  • 32. 32 dando uma busca noGoogle. Os mapas mentais são estruturados utilizando uma hierarquia radial (como ramos de árvores), organizados dos aspectos mais genéricos para os mais específicos. A diferenciação e agrupamento dos temas são marcados em função da utilização de diferentes cores. Tópicos similares recebem cores similares. Existem softwares especiais para a elaboração de mapas mentais e alguns sites oferecem essa possibilidade de graça: http://mind42.com/ https://bubbl.us/ https://www.mindmeister.com/pt/ https://www.mindmup.com/ 2.14 MAPA CONCEITUAL DESCRIÇÃO; É uma representação gráfica em duas ou mais dimensões de um conjunto de conceitos construídos de tal forma que as relações entre eles sejam evidentes. “Ele é considerado como um estruturador do conhecimento, na medida em que permite mostrar como o conhecimento sobre determinado assunto está organizado na estrutura cognitiva de seu autor, que assim pode visualizar e analisar a sua profundidade e a extensão” (TAVARES, 2007). PASSOS: O professor poderá selecionar um conjunto de textos ou de dados sobre umtema propondo aos alunos identificarem os conceitos- chave. Os alunos podem ser solicitados a: 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR
  • 33. 33  Selecionar os conceitos por ordem de importância.  Incluir conceitos e ideias mais especifica.  Estabelecer relação entre os conceitos por meio de linhas e identificá-las comuma ou mais palavras que explicitem essa relação.  Identificar conceitos e palavras que devem ter um significado ou expressam uma proposição.  Buscar estabelecer relações horizontais e cruzadas e traçá-las. O mapa conceitual pode ser construído pelos alunos individualmente e depois compartilhado os resultados ou construído no quadro de forma coletiva pela turma, ambos mediados pelo professor, que, ao final do processo, deverá dar feedback a turma. 2.15 PENSE-PAREIE-COMPARTILHE DESCRIÇÃO: É uma prática de aprendizagem colaborativa, na qual os estudantes trabalham juntos para responder a uma questão. Ajuda os estudantes a pensarem sobre um determinado tópico, discuti-lo e a manter a atenção e o envolvimento na aprendizagem. Pode ser utilizado em salas com qualquer númerodealunos, PASSOS: Prepare com antecedência uma ou mais questões sobre o tema a sertratado na aula. PENSE: peça aos estudantes que pensem na resposta à pergunta, podendo fazer pequenas anotações nocaderno. PAREIE: os estudantes devem discutir com o colega sentado ao lado as respostas dadas individualmente. 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR
  • 34. 34 COMPARTILHE:um estudante de cada par compartilha com a sala a resposta à qual a dupla chegou. Em salas numerosas, o professor pode chamar aleatoriamente alguns estudantes para que apresentem suas respostas. As respostas dadas pela sala permitem que o professor retome conceitos e explicações. Pode ser utilizada também como ferramenta de avaliação formativa. 2.16 FÓRUM DE DISCUSSÃO DESCRIÇÃO: É um tipo de reunião em que todos os membros do grupo têm a oportunidade de participar da discussão de um tema ou problema determinado pelodocente. Pode ser utilizado após um filme, um livro,a leitura de um artigo científico, problema ou fato – histórico ou atual, notícia de jornal, visita técnica, etc. Todos os membros apresentam pontos de vista sobre o assunto abordado. PASSOS: O docente explica os objetivos do fórum, delimita o tempo total e o tempo parcialde cada participante, bem como as suas funções:  Coordenador: organiza a participação, dirige o grupo e seleciona as contribuições dadas para a síntese final (recomenda-se que esse papel seja feito pelo docente dependendo do público em que essa estratégia for utilizada).  Grupode síntese: faz as anotações que irão compor o trabalho final.  Público participante: cada membro do grupo se identifica ao falar e dá sua contribuição, fazendo considerações e levantando 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR
  • 35. 35 questionamentos. Ao final um membro do grupo de síntese relata o resumo elaborado coletivamente e o professor, que media todo o processo, faz o fechamento e dá o feedback. 2.17 JIGSAM DESCRIÇÃO: Técnica de trabalho em grupo baseada na aprendizagem cooperativa, indicada para discussões de textos com a participação de todos de forma ativa. Os textos podem ser extraídos de uma mesma referência, de referências distintas, mas comideias comuns ou ainda de referências distintas comideias divergentes. Uma variação interessante para uma revisão de conteúdo é orientar a montagem de mapasmentaissobretópicosouautoresabordadosna disciplinanaprimeiraparteda estratégia. PASSOS GRUPO DE BASE: um determinado tópico e discutido pelos alunos de cada grupo. O tópico é subdividido em tantos subtópicos quantos os membros do grupo. 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR B A S E
  • 36. 36 GRUPO DE ESPECIALISTA: cada aluno estuda e discute juntamente com os membros dos outros grupos a quem foi distribuído o mesmo subtópico, formando assim um grupo de especialistas. RETORNO AOS GRUPOS DE BASE: cada aluno volta ao grupo de base e apresenta o que aprendeu sobre o seu subtópico aos colegas, de maneira que fiquem reunidos os conhecimentos indispensáveis para a compreensão do tópico em questão. Fonte: FATARELI et. al (2010) 2.18 DISCUSSÃO DE TEXTOS 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR ESPECIALISTAS B A S E
  • 37. 37 DESCRIÇÃO: A leitura e discussão de artigos e textos em pequenos grupos é uma atividade tradicional do Ensino Superior. No entanto, para que seja uma ferramenta de aprendizagem eficaz deve ser bem organizada pelo docente. PASSOS: 1. Selecionar os textos para que os estudantes leiam e resumam, o que deve ser feito antes da aula. Os textos podem ser artigos de periódicos ou capítulos de livros. 2. Fornecer um roteiro de leitura, destacando as questões que devem ser focadas. 3. Apresentar antes de cada aula de discussão uma miniaula expositiva (máximo 20 min) sobre o assunto a ser discutido. 4. Solicitar que as discussões se iniciem com a apresentação dos resumos e pontos levantados pelos estudantes durante a leitura. 5. Supervisionar as discussões nos pequenos grupos, estimulando a participação de todos estudantes, desestimulando estudantes que mostrem querer dominar a discussão e verificando que a discussão não extrapole os limites do assunto principal. 6. Estabeleça um tempo limite para a discussão e para a apresentação dos pontos discutidos por cadagrupo. 7. Solicitar que seja entregue uma “ata” ou resumo dos principais pontos discutidos. Rotacionar as funções de “secretário” e “coordenador” nos grupos. 8. Fazer um apanhado geral dos pontos mais importantes da discussão, permitindo que os estudantes identifiquem suas lacunas de discussão e tópicos nos quais tiveram discussão proveitosa. Essa finalização da discussão é essencial para que os estudantes não entreguem o trabalho e deixem a sala, sem refletir sobre o processo. 9. Na aula seguinte, devolver o trabalho com um feedback por escrito.
  • 38. 38 2.19 ENSINO COM PESQUISA DESCRIÇÃO: É a utilização dos princípios do ensino associados aos da pesquisa. Trabalha com a concepção de conhecimento e ciência em que a dúvida e a crítica, assim como a construção coletiva do conhecimento, são elementos fundamentais. PASSOS: Desafiar o estudante como investigador – diante de uma situação a ser investigada. O aluno cumpre etapas como em uma pesquisa científica. O docente norteia os alunos durante o desenvolvimento da pesquisa que tem como etapas:  Construção do projeto: delimitação do problema a ser estudado, quais os conhecimentos que embasaram a investigação (referenciais teóricos) e qual a hipótese de trabalho.  Metodologia: como os dados serão coletados (ou se serão fornecidos pelo docente), definição de como analisar os dados, teste de hipóteses e análise dos dados.  Resultados: interpretação e apresentação dos resultados, discussão argumentando para a explicação do problema; o que se concluiu, explicação para o problema investigado. Considerações finais Ao final, há o compartilhamento dos resultados e o professor realiza o feedback. 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR
  • 39. 39 2.20 BRAINSTORMING DESCRIÇÃO: Trata-se de uma técnica criativa que não envolver noções de certo ou errado; todas as contribuições são consideradas válidas. Objetiva gerar novas ideias, deixando fluir a imaginação, espontaneamente. Pode ser realizado de forma oral ou escrita. Os participantes são livres para falar ou determina-se uma ordem de participação. Geralmente, ela auxiliar na aquisição, análise e avaliação de conhecimentos. PASSOS: 1. Abertura: o professor expõe o problema e fornece informações que ajudarão na geração das ideias, deixando claro o objetivo da aprendizagem. 2. Exposição das ideias: os estudantes devem elaborar o maior número possível de ideias sobre um tema e devem ser estimulados a incluir ideias ousadas, técnicas novas e incomuns ou ideias ampliadas a partir de comentários e sugestões já trabalhados anteriormente. O professor é um mediador do processo e, como tal deve registrar no quadro as contribuições para que possam ser observadas por todos os alunos. 3. Fechamento: Os alunos, mediados pelo professor, deverão selecionar e organizar as ideias geradas. As perguntas a seguir podem ser úteis para direcionar o debate final:  O que já sabemos sobre esse tópico?  O que esta lista nos diz? 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR
  • 40. 40  Podemos assimilar todas essas ideias no tempo que temos para trabalhar no nosso projeto?  Quais ideias desta lista devem ser nossa prioridade?  Existem outras ideias nas quais não tínhamos pensado agora que discutimos a lista em detalhes? O professor deve realizar a síntese e o fechamento do debate. 2.21 JOGOS DE PAPÉIS (ROLE-LAYING GAME) DESCRIÇÃO: Docente desenvolve papéis específicos numa determinada situação e solicita que os estudantes assumam os papéis e ajam conforme o especificado. É uma atividade que visa a aprendizagem e o desenvolvimento por meio das vivências de situações recriadas, problematizadas e repensadas. São situações nas quais o estudante tem oportunidade de assumir diferentes papéis profissionais ou de clientes, por exemplo, num contexto controlado e seguro, além de poder compreender as posições e sentimentos dos demais envolvidos na situação PASSOS: Docente deve desenvolver uma situação na qual os estudantes possam atuar representando uma situação semelhante às que encontrará na vida profissional, permitindo trabalhar especialmente a postura profissional e respostas adequadas à situações de conflito. Para isso, monta cartões descrevendo o papel que cada estudante deverá desempenhar. Um ou mais participantes adotam um papel específico e procuram comportar-se da forma característica de uma pessoa naquele papel. Existem muitos jogos de papéis já desenvolvidos, especialmente nas áreas de Administração, Relações Internacionais, Pedagogia ou Medicina. 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR
  • 41. 41 Pode-se também solicitar que os estudantes desenvolvam a descrição dos papéis.  Apresentar a situação e as regras de funcionamento do jogo. Distribuir os papéis.  Grupos interpretam a situação pedida. Para finalizar, fazer um resgate das situações vivenciadas, junto com cada “personagem” envolvido: como foi estar em cada um dos papéis experimentados, quais os sentimentos provocados, quais foram os aspectos mais fáceis e os mais difíceis etc. Se houver observadores, é essencial ouvi-los também. Importante relacionar o que foi experimentado no jogo com o conteúdo da disciplina. Uma boa alternativa é pedir que os protagonistas troquem de papel em um momento em que a encenação estiver particularmente aquecida. Em momentos tensos, pode- se também interromper a encenação e pedir que os participantes exteriorizem o que estão pensando. 2.22 VISITA TÉCNICA DESCRIÇÃO: Estratégia usada para levar os estudantes a visitar locais que são fonte de conhecimentos de conteúdos relativos aos temas desenvolvidos na disciplina. Tem como objetivo fornecer aos estudantes uma visão de aspectos operacionais, instalações, funcionamento geral e serviços. Visa comprovar na prática o que foi visto na teoria. A visita técnica representa uma forma de aula “sem paredes”. No entanto, para ser efetiva, necessita de preparação, roteiro de observação, registro e fechamento e relatórioposterior. 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR
  • 42. 42 PASSOS:  Toda visita técnica deve ter seus objetivos completamente alinhados com o conteúdo da disciplina.  Para que produza resultados satisfatórios e não seja apenas um passeio, o docente deve preparar um roteiro de observação ou de questões que direcionem a atenção do estudante àqueles aspectos importantes para a aprendizagem.  A elaboração de um relatório posterior à visita é um elemento essencial para que o estudante reflita sobre o que observou e possa relacioná- los aos conteúdos previstos e aos objetivos da visita. É necessário que o docente prepare um roteiro para a elaboração desse relatório também. 2.23. INFOGRÁFICOS DESCRIÇÃO: Infográficos são elementos gráfico-visuais, pequenos textos e dados numéricos utilizados para apresentar, de forma sintética, informações relevantessobre um tema. Bastante utilizada hoje tanto na mídia impressa quanto na digital. PASSOS: A ferramenta proporciona um exercício de síntese e de apresentação de dados relevantes sobre um tema, levando os estudantes a selecionarem o que é mais importante e organizarem as informações obtidas. Pode ser realizadoindividualmente ou em grupos. Alguns sites trazem templates que facilitam a montagem 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR
  • 43. 43  https://piktochart.com  https://venngage.com  https://infogr.am  https://www.easel.ly/ 2.24 JOGOS TECNOLÓGICOS DESCRIÇÃO: O uso de recursos tecnológicos deve ser resultado de uma boa análise prévia dos mesmos, que devem sempre estar atrelados aos objetivos da disciplina. Algumas áreas têm jogos tecnológicos bastante interessantes, que valem a pena ser pesquisados. PASSOS:  Selecionar cuidadosamente o jogo a ser indicado, experimentando todos as suas possibilidades ou fases.  Aoindicar ojogo odocentedeve deixar claroquais objetivos de aprendizagem quer atingir comele.  Depois que o estudante conclui o jogo recomendado, discutir em sala como foi a sua utilização e quais os ganhos de aprendizagem 2.25 BLOG 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR
  • 44. 44 DESCRIÇÃO: Osblogssãoumaalternativaparacomunicaçãonaeducaçãoeumexcelente meio para oferecer uma formação descentralizada. Ao montá-los, permitem que o estudante não apenas organize os conhecimentos sobre determinado assunto, como dê a sua opinião, interaja com os colegas e receba mensagens de usuários da internet, no caso de blogs abertos. PASSOS: O blog pode ser utilizado de muitas maneiras. Por exemplo, pelo docente para trabalhar um tema com os estudantes ou, ainda, ser desenvolvido pelos estudantes sobre um temadeterminado. Pode-se criar uma conta em um Blog (preferencialmente gratuito) ou mesmo utilizar a ferramenta “blog” do Ambiente EAD. Para promover a interação entre os estudantes, o docente pode determinar que seja comentado um número mínimodeposts. Para saber mais: http://www.slideshare.net/abruzaca/uso-do-blog-na- educao-1928973 http://www.ead.sp.senac.br/newsletter/agosto05/destaque /destaque.htm http://www.ufpe.br/nehte/simposio/anais/Anais-Hipertexto- 2010/Veronica-Danieli- Araujo.pdf http://www.usp.br/nce/aeducomunicacao/ http://www.revistas.usp.br/comueduc/article/view/44893 http://www.cefetsp.br/edu/sertaozinho/revista/volumes_anteri ores/volume1numero 5/ARTIGOS/volume1numero5artigo4.pdf
  • 45. 45 2.26 SITUAÇÃO PROBLEMA DESCRIÇÃO A Aprendizagem Baseada em Problemas (Problem-based Learning ou PBL) é uma metodologia completa, que organiza o currículo e que merece uma capacitação própria, mas isso não impede a utilização de problemas em salas de aula. É uma proposta para o desenvolvimento dos estudos sobre um tema específico. O objetivo de um problema é suscitar uma discussão produtiva entre os estudantes que permita o aprofundamento de seus conhecimentos sobre o tema gerador do problema. Um bom problema deve ser simples, objetivo e motivador PASSOS: Independentemente do método utilizado para resolver o problema, o docente deve reservar um tempo de aula para que os estudantes tirem dúvidas sobre as maneiras de resolvê-lo: Os problemas devem empregar a maior diversidade possível de situações e de ações do mundo real. Lembre que as situações da realidade envolvem problemas complexos e mal definidos que não têm resposta simples e podem até ter mais que uma respostapossível. As situações educacionais devem envolver os estudantes na resolução de problemas semelhantes aos que se encontram no mundo real, utilizando ferramentas reais da disciplina. O docente é um orientador, não necessariamente o especialista em resoluçãode problemas. 1. Apresentar ao estudante um determinado problema, mobilizando-o para a busca da solução. 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR
  • 46. 46 2. Orientar os estudantes no levantamento de hipóteses e na análise de dados. 3. Problematizar e proporsoluções. 4. Comparar as análises e soluções propostas pelos diferentes grupos. 5. Professor sintetiza os resultados obtidos e verifica a existência de leis e princípios que possam se tornar norteadores de situações similares. 2.27 DESIGN THINKING Design thinking é o nome de uma metodologia que tem como intuito a identificação e solução de problemas por meio de um pensamento visual. Ocorre por meio de um conjunto de estratégias que são combinadas para identificação de fragilidades e melhorias de processos ouvindo pessoas e inspirado na coletividade, e por isso muito utilizada no âmbito escolar. Uma possibilidade de trabalho que ocorre de maneira simples e muito eficaz na promoção da inovação e da criatividade DESCRIÇÃO: É uma abordagem estruturada para gerar e aprimorar ideias, centrada no ser humano, na criatividade,na colaboraçãoena experimentação.Pode ser utilizado para abordar diferentes tipos de desafios: desenvolvimento de projetos, criação de soluções, melhorias de processo, etc. 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR
  • 47. 47 PASSOS:: Baixe o Guia “Design Thinking para educadores” do link. https://designthinkingforeducators.com/DT_Livro_COMPLETO_001a090.pdf 2.28 TEAM BASED LEARNING (TBL) A aprendizagem baseada em equipes, ou teambasedlearning (TBL), é uma metodologia criada na década de 1970 baseada na formação de times de trabalho. Por ela, os estudantes são reunidos em grupos com o intuito de realizar as atividades propostas. Para que a atividade seja realizada o professor estabelece quais serão os membros que farão parte do grupo não cabendo aos estudantes esta decisão. Esta metodologia envolve o gerenciamento de equipes, realização de tarefas 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR
  • 48. 48 de preparação e aplicação conceitual, feedback e avaliação entre os colegas. DESCRIÇÃO: A TBL (Aprendizagem Baseada em Equipe) e uma metodologia que permite obter os benefícios do trabalho em pequenos grupos de aprendizagem para todos os níveis cognitivos. Os alunos são levados ao estudo prévio, extra classe, e em sala de aula trabalham em grupo a aprendizagem inicial de níveis cognitivos mais simples e em seguida avançam para uma aprendizagem mais complexa. PASSOS: FASE 1: PREPARAÇÃO  Professor: Seleciona o material para estudo. Estabelece os objetivos e orienta sobre o material a ser estudado.  Estudantes: estudam individualmente o material extra classe.
  • 49. 49 FASE 2: GARANTIA DE APRENDIZAGEM  Aplicação de um teste individual: marcação da alternativa correta de cada questão.  Aplicação do mesmo teste em grupo: marcação da alternativa correta a partir de discussão em grupo.  Discussão das questões e feedback do professor. FASE 3: APLICAÇÃO  Aplicação prática do conteúdo das fases 1 e 2 em grupo: proposição de atividades de aprendizagem de nível cognitivo mais avançado, tais como: estudo de caso, situação problema, etc.  Avaliação em pares.  Discussão com a turma e feedback do professor. 2.29 TREINO DE HABILIDADES DESCRIÇÃO: É um tipo de simulação adequada para a aprendizagem de procedimentos técnicos PASSOS; ETAPA 1: DEMONSTRAÇÃO  O professor apresenta a habilidade que será aprendida.  O professor demonstra o passo a passo para realizar a habilidade.  Recursos possíveis para a demonstração: aovivo, vídeo, esquema, etc. 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR
  • 50. 50 ETAPA 2: EXPLANAÇÃO  Os estudantes praticam a habilidade por meio de um checklist (passo a passo da habilidade) ou guidelines (passo a passo da habilidade com explicaçãoteóricade cada passo).  O professor é facilitador e fornece feedback para a execução adequada. ETAPA 3: PRÁTICA EXAUSTIVA SOB SUPERVISÃO  Os estudantes praticam a habilidade exaustivamente sob a supervisão do docente.  O professor fornece feedback final para proporcionar uma prática da habilidade autônoma. 2.30 CENÁRIO SEGUIDO DE DEBRIEFING DESCRIÇÃO: É um tipo de simulação adequada para a aprendizagem de tomada de decisões no contexto profissional simulado. O(s) aluno(s) é/são submetido(s) a uma cena profissional de forma inusitada composta por situações em que será necessária a mobilização de diferentes habilidades eatitudessemumainstruçãoprévia PASSOS: ETAPA 1: BRIEFING (PREPARAÇÃO)  Explicação do Cenário aos alunos.  Eleição do(s) participante(s):(1) alunos atores, (2) alunos que serão submetidos ao cenário sem instrução e (3) alunos que 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR
  • 51. 51 observam a cena.  Apresentação sobre considerações para a participação.  Apresentação do que deverá ser observado no debriefing. ETAPA 2: CENÁRIO (EXPERIÊNCIA)  O(s) estudante(s) enfrenta(m) a situação de realismo em um cenário com um ou mais atores. Esta fase é a base da aprendizagem baseada em experiência, sobre a qual o(s) aluno(s) terá(ão) que tomar suas próprias decisões sem qualquer instrução ou intervenção do professor.  Acenanãodeveserinterrompidaatéasuafinalização. ETAPA 3: DEBRIEFING (REFLEXÃO)  A intenção desta etapa é que se faça uma reconstrução do cenário que ocorreu por parte dos participantes, que devem identificar e analisar fortalezas e debilidades da experiência.  Não deve durar mais que 30 minutos.  Deve ser dividido nas seguintes etapas: descrição, análise e síntese, é conduzido pelo docente por meio de perguntas norteadoras. 2.31 APRESENTAÇÃO ORAL DESCRIÇÃO: A dinâmica pode ser desenvolvida de forma individual ou em grupo para apresentar a síntese dos estudos de um determinado assunto para os demais estudantes da sala e docente. Exposição do tema, apresentando os aspectos relevantes como: definição, características, abrangência, relevância entre outros. 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR
  • 52. 52 A apresentação oral ou seminário, pode, ou não, se utilizar de recursos audiovisuais. PASSOS: A apresentação oral de conteúdos estudados é uma estratégia de ensino bastante comum no Ensino Superior, também conhecida pelo nome de seminário. No entanto, ela deve ser um momento de aprendizagem não apenas para o grupo que está apresentando, mas também para o restante da sala.Paraqueissoocorra,oprofessor deve: Orientar detalhadamente os grupos para que produzam trabalhos dentro do tema, abordando-o sob a perspectiva esperada. Verificar a apresentação ANTES que ela aconteça para toda a sala. Para que a turma fique atenta às apresentações dos colegas, solicitar à sala que preencha uma avaliação de cada trabalho apresentado. Usar rubricas paraisso. Também para manter o envolvimento dos estudantes, pedir que cada um escreva uma pergunta para cada grupo e ao final das apresentações abrir a discussão para que as perguntas sejam respondidas pelos grupos e debatidasemsala. 2.32 VERBALIZAÇÃO E OBSERVAÇÃO DESCRIÇÃO: Estatécnica,chamadaGrupodeVerbalizaçãoeGrupodeObservação(GV–GO), é muito utilizadapara discussão com grande número de participantes. PASSOS: O grupo é dividindo em dois subgrupos que formam dois círculos. O 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR
  • 53. 53 círculo de dentro é o Grupo de Verbalização e o externo é o Grupo de Observação. Ambos ficam posicionados para o centro da sala. Ao Grupo de Verbalização (GV) é atribuída uma tarefa como, por exemplo, discutir um artigo, responder uma questão, opinar sobre um caso ou solucionarum problema. Paraconduzira discussão o GrupodeVerbalização(GV)elege umcoordenadore um redator para anotar as conclusões do grupo. O Grupo de Observação (GO) acompanha a discussão sem fazer nenhum comentário.Apenas registraideiasesquecidas pelo GV,anotadúvidasououtros pontos. Quando o GV esgotar a discussão, ele troca de posição com o GO. O novo Grupo de Verbalização poderá dar continuidade à discussão com os registros que fez, ou discutir outro tópico do artigo, responder outra questão, outrocaso ou problema. Ao final, os dois relatores apresentam as sínteses e o professor as completa. Dois cuidados:  A proposta de trabalho deve ser motivadora para quem a discute.  O GO não pode fazer intervenções e deve se manter silencioso. 2.33 ENTREVISTA COM ESPECIALISTA 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR
  • 54. 54 DESCRIÇÃO: A entrevista com especialista pode ser uma ótima oportunidade para que os estudantes tenham contato com a perspectiva e a experiência de um profissional da área na qual estão se formando. O entrevistado pode ser um especialista de fora da instituição, do próprio corpo docente ou um aluno que domine um tema de interesse ou realizou uma experiência relevante para a disciplina. PASSOS: Ao decidir realizar uma entrevista, o professor deve orientar a classe com antecedência para que elabore as perguntas que deseja fazer ao convidadoe designar quem será o entrevistador. Este deverá ser cordial, ter facilidade de expressão, segurança e algum conhecimento sobre o tema. No dia da entrevista, diante da classe o entrevistador apresentará o convidado e fará as perguntas previamente escolhidas. Ao final, o próprio entrevistado poderá fazer uma síntese das suas respostas e abrir a participação para que novas perguntas sejam feitas. 2.34 SALA DE AULA INVERTIDA DESCRIÇÃO: A sala de aula invertida é um formato que vem ganhando força nos últimos tempos, pois coloca o estudante numa posição ativa frente a sua própria aprendizagem. O professor deixa de ser o detentor de todo o conhecimento para ser aquele que orienta e guia o estudante pelo 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR
  • 55. 55 processo de aprendizagem. O estudante deve se preparar para a aula estudando em casa o conteúdo indicado pelo docente, utilizando-se principalmente de ferramentas de Educação a Distância. PASSOS: Para que a sala de aula invertida aconteça, é preciso que o docente organize as atividades que serão desenvolvidas em casa de modo a preparar o estudante a participar da aula já com o conteúdo assimilado, aproveitando o tempo na Universidade para tirar dúvidas e trabalhar em grupo. O professor precisa preparar uma trilha de aprendizagem motivadora que o estudante deve realizar em casa e desenvolver em sala exercícios e atividades que promovam o engajamento. O uso do Ambiente EAD para as atividades em casa facilita o trabalho de organização das tarefas, já que é possível postar ali vídeo aulas, indicação de links de pesquisa, slides, textos etc. O planejamento tanto das atividades que serão realizadas fora da sala de aula quanto aquelas realizadas no horário da aula devem ser feito com extremo cuidado, uma vez que nossos estudantes vêm, em geral, de uma formação mais passiva e esperam que o professor “dê” aula, ou seja, explique o conteúdo. Os dois conjuntos de atividades devem estar muito alinhados. 3. APRENDIZAGEM BASEADA EM PROJETOS: A CHAVE PARA UMA EDUCAÇÃO EFICIENTE A aprendizagem baseada em projetos possui uma metodologia na qual os estudantes iniciam suas atividades partindo de um problema ou uma questão desafiadora. Para buscar a solução da questão inicial, os estudantes integram várias áreas dos conhecimentos de forma articulada e interdisciplinar. A solução desta questão deve ser apresentada em forma de um produto ou artefato final.
  • 56. 56 PUBLICAÇÃO 16 DE NOVEMBRO DE 2017 Em uma manhã fria de junho, em uma escola como qualquer outra, a professora escrevia fórmulas matemáticas no quadro. Na lousa se desenhava o triângulo-retângulo, com seu ângulo de 90 graus. Escrevia- se sobre um par de catetos para cada hipotenusa e sobre o teorema que Pitágoras usara, vinte séculos atrás, para calcular seus lados. A turma, concentrada, escrevia freneticamente acompanhando o ritmo da professora. Até que, no fundo da sala, um aluno levanta a mão convicto e pergunta: “Prof. quando eu vou usar isso na minha vida?”. A pergunta incômoda, com certeza, todo professor de ciências exatas e biológicas já ouviu. O ensino, se deslocado da vida cotidiana, acaba por ser uma sequência de informações decoradas para uma prova e esquecidas logo depois. Mas precisa mesmo ser assim?
  • 57. 57 Para a consultora em educação Denise Rives, chegou a hora de pensar o ensino do amanhã. “Não podemos mais preparar alunos para o mundo globalizado com métodos de ensino tradicionais”, explica a americana. Rives – que possui 38 anos de experiência em educação pública – é uma entusiasta das metodologias ativas. “A educação baseada em projetos é o futuro da educação”, afirma. Projetos que ensinam Denise não está sozinha nesta opinião. O método no qual aposta a autora ganha espaço nas salas de aula ao redor do globo. Hoje, a Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP) é considerada por especialistas como uma das práticas de ensino mais eficazes do século 21. Criada pelo especialista em ensino ativo Willian N. Bender, a técnica coloca problemas pertencentes à realidade do aluno como base do seu engajamento em sala de aula. Por lidar com problemas e soluções reais, que geram impacto na sua comunidade, estudantes se debruçam sobre o problema munidos do conhecimento que recebem na classe. 4. ESTRATÉGIAS DE AVALIAÇÃO Avaliação é, com frequência, vista de forma negativa por professores e alunos. Para os primeiros porque significa um momento de muito trabalho e muitas inquietações. Que professor nunca se perguntou se aquele instrumento utilizado de fato avalia o que o estudante aprendeu? Ou, ao chegar ao final da correção de uma pilha de provas, se indagou em relação à justiça e precisão das correções? Será que o cansaço influenciou a correção? Ou as respostas da turma foram fazendo com que os critérios se alterassem? Para os estudantes, avaliações podem ser momentos de muita tensão, de “brancos” nas provas, de tremedeira durante uma apresentação, de futuros pendurados por um fio. Um instrumento sancionador e
  • 58. 58 classificador. No entanto, com objetivos de aprendizagem claros, compartilhados entre professores e alunos e alinhados com as competências a serem desenvolvidas, a avaliação é parte indissociável do processo de ensino- aprendizagem. Como aponta Sanmartí (2009, P. 17), a avaliação se torna motor da aprendizagem. As avaliações podem ser de três tipos: Diagnóstica  Utilizada para que o docente verifique os conhecimentos prévios dos estudantes e a partir daí possa elaborar seus objetivos de aprendizagem. Formativa ou reguladora  Avaliação do desempenho do aluno como suporte decisório na melhoria do processo de aprendizagem. Tem função regulatória devendo ser aplicada ao longo do processo de ensino, permitindo ao professor detectar erros e dificuldades dos estudantes e, por conseguinte, a revisãodidáticaeacorreçãodosrumosdadisciplina. Somativa ou classificatória  Instrumentos e práticas voltados à seleção, medida, classificação e orientaçãodosalunos,realizadaaofinalde um processo ou unidade para verificar os resultados obtidos. Avaliação é um processo que deve permitir ao: Obter informações sobre o andamento da aprendizagem dos estudantes de modo a orientar decisões sobre metodologias, procedimentos e o uso de tem de aula. A compreensão sobre sua aprendizagem, de modo que possa verificar se os objetivos estão sendo atingidos e tomar medidas para eventuais correções de estratégias de estudo.
  • 59. 59 A seguir são apresentadas algumas estratégias úteis para avaliação formativa. Note, no entanto, que várias estratégias de ensino- aprendizagem também podem ser utilizadas como ferramentas de avaliação, seja ela diagnóstica, somativa ou formativa. 4.1 MINUTE PAPER DESCRIÇÃO: Técnicapara verificar rapidamente a compreensão dos alunos acerca de algum tópico específico. O professor faz uma pergunta e os alunos têm um minuto para escreverem suas respostas. Desta forma, em um minuto é possível tero feedback de alunos. PASSOS: Nos últimos minutos de aula é solicitado que os alunos façam algumas notas sobre a aula. O professor monta um roteiro com alguns questionamentos que servirão como guia para o aluno. Por exemplo, os estudantes escreverão tópicos significantes relacionados com o que aprenderam na aula recém encerrada e qual(is) conceito(s) ainda não foram assimilados plenamente. Após responder estes questionamentos, os alunos entregam as anotações para o professor. A partir da análise das anotações feitas, o professor poderá elaborar a próxima aula com base naquilo que os alunos escreveram.Dependendodonível de compreensão dos alunos, é possível começar a próxima aula tirando dúvidas, retomando conceitos ou apresentando situações- problema relacionadas ao assunto. Além disso, é possível saber o quão fundo no conteúdo o professor pode ir, ou seja, se a turma tiver o grau de compreensão dos conceitos altos, novos tópicos podem ser acrescentados ao planejamento e novas questões podem serdebatidas.
  • 60. 60 4.2 AUTOAVALIAÇÃO DESCRIÇÃO: Prepara o aluno para refletir sobre os resultados de suas próprias ações; refletir sobre o que aprendeu; avaliar como tal aprendizado o preparou para realizar as tarefas esperadas; perceber suas necessidades individuais de aprendizagem; elaborar um plano coerente para lidar com suas dificuldades; comparar os novos resultados com os anteriores e revisar e atualizar seu plano de aprendizado. PASSOS:  Oalunoprecisa ser orientadosobre os objetivos de aprendizagem que estão sendo desenvolvidas com a atividade solicitada.  O professor fornece uma rubrica ou chave de resposta que permite ao aluno se auto avaliar e verificar se atingiu os objetivos de aprendizagem pretendidos, bem como as razões para o resultado obtido. 4.3 AVALIAÇÃO EM PARES DESCRIÇÃO: Enfatiza a aprendizagem colaborativa, ao permitir que os estudantes se avaliem mutuamente. É um arranjo onde os estudantes consideram a quantidade, o nível, o valor, a qualidade ou o sucesso dos resultados de aprendizagem de seus pares. PASSOS:  Professorpassaumaatividadeaosalunospararealizarem individualmente.  Alunos juntam-se em pares e a partir de rubrica, fornecida pelo professor, um aluno corrige a atividade do outro.  Após correção, alunos discutem e devem chegar a um consenso de resposta, apresentando os resultados
  • 61. 61 4.4 DEBRIEFING DESCRIÇÃO: É uma avaliação conduzida após um projeto ou uma atividade importante que possibilita aos alunos compreenderem a evolução do processo e aprender com esta experiência. O objetivo do debriefing é aprender com a experiência e, consequente- mente, melhorar o planejamento e a execução das próximas ações. É também promover a aprendizagemcompartilhada. PASSOS: É dividida em 3 fases:  Descritiva: como foi a atividade realizada, como os alunos se viram durante a atividade.  Analítica: os alunos analisam a atividade e suas respectivas atuações, encontrando pontos positivos enegativos.  Aplicação ou transferência: Consiste em determinar que medidas podem ser adotadas para melhorar a prática. É indicado que o professor tenha um roteiro de perguntas pertinentes ao objetivo de aprendizagem para que a discussão não se perca. Não deve durar mais que 30 minutos. 4.5 CHECKLIST DESCRIÇÃO: Lista de verificação utilizada para avaliar diferentes condutas, passos ou tarefas que compõem a habilidade ou competência a ser avaliada. Verifica ações ou comportamentos observáveis. PASSOS: As opções de resposta desta forma de avaliação (checklist) são S (sim) ou N (não); ou opções que indicam se a atividade foi exercida completamente
  • 62. 62 (completa, parcial ou ausente) ou corretamente (total, parcial ou incorreta). O desenvolvimento de um checkist requer clareza quanto ao comportamento esperado, ações a serem desenvolvidas, a sequência e os critérios para avaliar o desempenho. No caso de avaliação de habilidades, requer treinamento dos avaliadores para observar o desempenho e o tempo esperado para a realização da atividade. 4.6 QUIZZ DESCRIÇÃO: A realização de um pequeno questionário ao final de uma aula ou atividade pode ser um excelente instrumento de avaliação formativa, informando o docente sobre os níveis de compreensão obtidos pela turma e os estudantes sobresuaaprendizagem PASSOS: O quizz pode ser realizado de muitas formas:  Apresentando, em ppt, duas ou três questões ao final de uma aula ou atividade e solicitando que os estudantes as respondam.  Entregando questões impressas.  Usando aplicativos de celular, como Socrative ou ExitTicket. 4.7 FERRAMENTAS TECNOLÓGIAS DESCRIÇÃO: Existemdiversosaplicativoseferramentasquepodemserutilizadospelo docente para avaliação formativa
  • 63. 63 PASSOS Permite testes a partir de cartões de respostas individuais. O aplicativo permite a leitura do cartão de resposta de forma rápida e gera dados estatísticos. www.zipgrade .com Permite o uso de testes com auto-correção, podendo dividir os alunos em grupos e estabelecer uma competição no formato de jogo (Space Race). Fornece estatística dos resultados em tempo real. www.socrativ e.com Permite testes gameficados. Os alunos usam computadores/smartphone para participar do jogo. Em algumas plataformas, podem ser incorporados vídeos de feedback. www.getkaho ot.com 4.8 RUBRICA DE AVALIAÇÃO DESCRIÇÃO: São sistemas de classificação em que o professor determina o nível de desempenho do estudante em uma atividade a partir da descrição detalhada da expectativa desse desempenho em cada aspecto avaliado. A rubrica de avaliação é um instrumento que serve de referencial ao aluno, pois aponta de forma antecipada os critérios de avaliação de uma atividade. Usar uma rubrica permite que a correção do professor seja menos subjetiva, permitindo uma padronização. FERRAMETAS DESCRIÇÃO ACESSO Possui diversas ferramentas que permitem avaliar o desempenho dos alunos de forma quantitativa e qualitativa, tais como teste (com diversas possibilidades nos tipos de questões) e fórum. Conta com o apoio da ferramenta antiplágio e rubrica. Formulário online do Office que permite a realização de testes com feedback automático dependendo da ou no seu alternativa marcada, podendo incluir vídeos. Gera estatística do resultado. www.forms.of fice e.com Permite coletar respostas dos alunos por meio de cartões de resposta que independem das questões. Não há necessidade de internet. Apenas o professor usa seu smartphone para ler os cartões dos alunos levantados. www.plichers. com
  • 64. 64 PASSOS: A rubrica é estruturada em uma tabela em que são dispostos os vários critérios de avaliação da atividade, escolhidos pelo professor (primeira coluna da esquerda) e o nível do resultado expresso para cada critério de acordo com a nota ou conceito (primeira linha superior). Observe o exemplo. Exemplo: Critérios 9,0 à 10,0 7,0 à 8,9 3,0 à 6,9 0,0 à 2,9 Qualidade do conteúdo Apresenta uma análise critica do tema proposto, com os recursos didáticos oferecidos e sua experiência. Discute o tema proposto fornecendo argumentos fundamentados. Discute o tema proposto sem fornecer argumentos fundamentados. Não discute o tema proposto. Pontuação Qualidade da redação A estruturação a escrita facilita a compreensão. A escrita não contem erros de ortografia, gramatical e/ou de pontuação. A estruturação da escrita em geral facilita a compreen-são. A escrita contém leves erros de ortografia, gramaticais e;ou de pontuação. A estruturação da escrita não facilita a compreensão. A escrita contém erros de ortogra- fia, gramaticais e;ou de pontuação. A estruturação da escrita não facilita a compreensão. A escrita contém excesso de erros de ortografia, gramaticais e;ou de pontuação. Pontuação Normas da ABNT Utiliza corretamente a norma quanto a estrutura e fonte, além de citar e referenciar obras adequadamente. Utiliza parcialmente a norma quanto a estrutura e fonte, além de citar e referenciar obras parcialmente adequadas. Utiliza corretamente a norma quanto a estrutura e fonte, e não citar e referenciar obras adequadamente. Não utiliza corretamente a norma quanto a estrutura e fonte, além de não citar e referenciar obras adequadamente. Pontuação Media:
  • 65. 65 4.9 FEEDBACK FORMATIVO DESCRIÇÃO: O feedback formativo é um retorno construtivo aos alunos sobre seu desempenho ao longo do percurso. É usado para melhorar a aprendizagem (e o ensino) e por isso deve ocorrer durante ela para que os alunos sejam capazes deagir visando melhorar o seu desempenho. PASSOS: Condições necessárias para que o feedback ocorra na avaliação formativa:  Deve ser dado com suficiente frequência, e com detalhes suficientes, para ser verdadeiramente formativo.  Focar o desempenho dos alunos, não suas características.  Ser oportuno o suficiente para que os alunos tenham tempo de usá-lo para melhorar a suaaprendizagem.  Ser adequado ao que a avaliação é realmente planejada para alcançar.  Deve referir-se à compreensão dos alunos sobre o que fizeram ressaltando primeiro os aspectos positivos e, em seguida, os pontos de melhoria. GIBBS, G; SIMPSON, C.. Conditions under which assessment supports students’ learning. Learning and teaching in higher education 1: 3-31, 2004.
  • 66. 66 5. ENSINO ADAPTATIVO E ENSINO PERSONALIZADO: ENTENDA A DIFERENÇA A cada dia, os modelos inovadores de ensino ganham mais espaço e se consolidam como a principal tendência para a educação ao redor do mundo. Um dos reflexos desse movimento é a inserção de novos verbetes no vocabulário pedagógico. Alguns deles, além de representarem conceitos abrangentes, podem ser confundidos com definições semelhantes. É justamente o caso dos termos Ensino Adaptativo e Ensino Personalizado. Ambos estão conectados e fazem parte das estratégias que priorizam a individualidade do aluno no processo de aprendizado. No entanto, não estamos falando da mesma coisa. A Educação Adaptativa – ou Aprendizado Adaptativo (Adaptative Learning, em inglês) – se refere ao conjunto de ferramentas empregadas para customizar os processos de ensino conforme as particularidades do aluno. Em geral, o modelo está baseado em soluções tecnológicas, como softwares e plataformas online. Esses recursos permitem a criação de diferentes trilhas ou mapas de evolução para cada estudante. A formatação do caminho a ser seguido dentro de uma disciplina e o próprio ritmo da jornada de conhecimento são determinados pelo próprio usuário. Na prática, o sistema faz isso por ele. Modelo flexível As plataformas adaptativas empregam uma combinação de tecnologias de big data e de Inteligência Artificial (IA) para identificar preferências, padrões de assimilação, pontos fortes e deficiências. O objetivo é sempre melhorar o desenvolvimento individual, reconhecendo o modo que cada aluno aprende mais facilmente. Isso inclui, entre outros quesitos, os horários e formatos de entrega de conteúdo mais úteis aos perfis dos estudantes.
  • 67. 67 Um aluno pode alcançar desempenhos superiores em matemática ao assistir a vídeo aulas pela manhã, por exemplo. Já outro colega se sai melhor quando se relaciona com a matéria por meio de jogos ou desafios, geralmente realizados no turno da tarde. Os programas de Ensino Adaptativo traçam esses padrões com base na análise dos dados fornecidos pela interação dos usuários no sistema. A partir disso, o software cria planos de estudos individualizados. É uma abordagem mais flexível do que a tradicional. E o foco, aqui, é reorientar a prática pedagógica para suprir as necessidades dos alunos, possibilitando que eles atinjam o objetivo estipulado – seja em relação a um módulo, a um curso ou à turma. Desenvolvimento integral As ferramentas adaptativas podem ser consideradas vetores para o Ensino Personalizado. Esse conceito é mais abrangente e não dá ênfase apenas aos padrões de aprendizado, pois também visa a identificar e explorar os potenciais individuais do aluno. O modelo personalizado contempla a biografia do estudante, ponderando suas experiências e a forma como isso moldou as suas inteligências, sensibilidades e competências. Ou seja, a abordagem busca um desenvolvimento cognitivo integral do indivíduo. Como cada aluno tem história, aptidões, capacidades e talentos particulares, o objetivo do aprendizado não é o mesmo para todos, e pode ser modificado ao longo da trajetória estudantil. O próprio cenário de absorção de conteúdos é analisado pelo Ensino Personalizado. Além dos espaços tradicionais, como salas de aula e ambientes online, a metodologia abarca o conhecimento obtido em casa e na comunidade, atentando para a interação do aluno com os colegas e com a família.
  • 68. 68 Aprovação máxima Um dos melhores exemplos de aplicação prática da Educação Personalizada vem dos Estados Unidos, onde a Summit Public Schools tem conseguido resultados consistes. A entidade faz a gestão de sete escolas públicas no estado da Califórnia e de outras quatro em Washington. Nesse grupo, o destaque de desempenho vai para quatro instituições de Ensino Médio californianas, onde os alunos seguem planos de estudo individualizados e podem escolher como preferem desenvolver os conteúdos – por meio de vídeo aulas, exercícios, debates ou projetos. Os adolescentes traçam objetivos individuais assim que entram na escola e podem aprimorar suas aptidões em estágios realizados fora do ambiente de ensino. Em maior parte, o desempenho é medido através da aplicação de projetos desenhados para melhorar as habilidades cognitivas. E os professores também utilizam plataformas tecnológicas de ensino adaptativo para aferir a evolução de cada estudante. A eficácia da estratégia adotada pela Summit Public Schools pode ser atestada pela performance dos estudantes nos exames de admissão ao ensino superior. Em média, apenas 24% dos alunos do ensino público da Califórnia conseguem chegar à universidade. Nas escolas da Summit, a taxa fica entre 99% e 100%. “Todo estudante é diferente e único. Com esse modelo, ele tem maior controle sobre o aprendizado”, diz Diane Tavenner, diretora executiva da entidade, em entrevista à Revista Época. Por que se fala tanto em competências para a educação? Ensino fracionado em disciplinas e avaliações semestrais: eis a síntese da aprendizagem atual – ou, ao menos, como ela é amplamente conhecida. Trata-se de um método tradicional, que separa os conteúdos em blocos e avalia o desempenho do aluno de tempos em tempos. O modelo funciona, é verdade. Afinal, foram as melhores instituições de ensino que o consolidaram. O problema é que o mundo
  • 69. 69 mudou, e as imposições e desafios atuais exigem novos paradigmas à educação. A crítica que se faz ao ensino vigente é que ele isola as áreas do conhecimento. “O mundo evoluiu e os modelos educacionais não. O professor como o detentor do conhecimento, fazendo a transmissão de conteúdo nas aulas expositivas, não estimula o desenvolvimento das potencialidades do aluno”, avalia Gisele Pinheiro, diretora do Colégio Ampliação de Curitiba (PR), em entrevista ao jornal Gazeta do Povo. O resultado é um aprendizado diluído em silos. O mercado se tornou tão competitivo de modo que o diploma, muitas vezes, já não é mais um diferencial. De mesma forma, dominar um segundo idioma deixou de ser pré-requisito. Deve-se ir além. Nesse sentido, os profissionais precisam oferecer mais que conteúdo técnico, abrindo espaço para uma visão mais holística do conhecimento. Daí os motivos para que o modelo de ensino por competências chame cada vez mais atenção. Também conhecida como aprendizagem por competências, a metodologia ganha espaço porque se opõe ao tradicional ensino por disciplinas, conectando todas as áreas do saber. Como diferencial, ela arbitra em favor do foco: em vez de enfatizar a teoria, a metodologia combina conhecimentos, motivações, valores, recursos, atitudes e habilidades para realizar ações mais eficazes. Além de pregar o fim da dicotomia entre conceito e prática, a principal vantagem do método é o encerramento das disciplinas desconexas. Assim, os estudantes passam a ter aulas em módulos integrados a fim de estimular novas capacidades. Alguns estudos nacionais e outros internacionais têm definições distintas e ainda não é possível cravar um consenso sobre quais são exatamente as competências em questão. Mas algumas características se repetem com frequência. Confira:  Habilidades práticas: proatividade, comunicação e resolução de problemas.  Habilidades cognitivas: curiosidade, autonomia, reflexão e crítica.  Habilidades técnicas: capacidade para lidar com ciência, tecnologia, engenharia e matemática – as chamadas competências STEM, na sigla em inglês para Science, Technology, Engineer e Math.
  • 70. 70  Habilidades sociais: interação, cooperação e valorização.  Habilidades emocionais: capacidade de persistência e disciplina, entre outras. Ao conjunto dos dois últimos tipos, dá-se o nome de habilidades socioemocionais, pois combinam aspectos da vida social e emocional. Na prática As competências servem para aprimorar o desempenho profissional, mas não somente isso. O estímulo às habilidades socioemocionais favorece um aprendizado útil para a vida e auxilia qualquer um a lidar com seus próprios desafios. Nos próximos anos, as competências deverão ser palavra de ordem. No modelo por competências, parte-se de uma matriz curricular flexível. Nela, os professores trabalham as características que o mercado demanda para cada área específica do curso em questão. Se antes um aluno de Administração aprendia sobre fundamentos de gestão e de contabilidade, noções de orçamento, marketing e empreendedorismo em matérias desagregadas, agora ele cursa um único módulo onde se ensina como comandar uma empresa. Assim, a aprendizagem por competências tende a ser guiada para estimular o indivíduo a lidar melhor com sua equipe, a gerenciar pequenas crises e a ter criatividade para não sucumbir frente à concorrência. De onde veio Embora a expressão seja recente, a utilização do ensino por competências não chega a ser novidade. O conceito foi cunhado em 1948, pelo psicólogo e professor da Universidade de Harvard, Robert White. Em 1970, pesquisadores em educação já falavam de uma metodologia em que o saber fazer (a técnica) deveria ser atrelado a um conjunto de
  • 71. 71 conhecimentos (as habilidades). No entanto, a utilização e o estudo das competências como metodologia ganham força a partir da década de 1990 e da virada dos anos 2000 – principalmente nos Estados Unidos e em países da Europa que despontam na vanguarda da educação, como a Finlândia. A Southern New Hampshire University é uma das IES de referência quando o assunto é competências. A instituição sediada em Manchester, nos Estados Unidos, foi uma das primeiras a receber financiamento público para criar um sistema de avaliações como base no desenvolvimento discente – suplantando o tradicional acúmulo de créditos. Na sequência, diversas escolas e IES ao redor do mundo começaram a utilizar o modelo de competências socioemocionais. No Brasil, a primeira aparição prática das competências surgiu em 1996, com a publicação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). A determinação atribuiu ao governo federal a criação de competências e diretrizes para o ensino. Nos anos seguintes, outras resoluções federais foram criadas para mobilizar o estabelecimento de competências. Desde 2013 o Exame Nacional de Nível Médio (Enem) utiliza critérios que consideram as competências na resolução de suas questões. Assim, o sistema de avaliação não considera apenas o conhecimento teórico, mas a capacidade de interpretar e tentar solucionar problemas. Atualmente, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) orienta a utilização do ensino por competências para o desenvolvimento educacional integral. A estratégia visa promover uma experiência escolar mais humanizada e acessível a todos. Auto formação Uma clara diretriz a respeito do que é e para que serve o aprendizado por competências aparece no Relatório para a Unesco da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI. O texto indica a necessidade de uma educação em que a aprendizagem seja embasada em habilidades que tornem o indivíduo “apto para enfrentar numerosas
  • 72. 72 situações, algumas das quais são imprevisíveis, além de facilitar o trabalho em equipe, que é uma dimensão negligenciada pelos métodos de ensino” (confira a íntegra do documento). Para tanto, a matriz curricular das IES deve passar por um processo de desconstrução, em que o principal objetivo é tornar o aluno protagonista do ensino. Além disso, os professores continuam em sala de aula, mas agora treinam suas próprias habilidades sociais, emocionais e cognitivas. Outra diferença é que eles trabalham em rede e atuam como facilitadores de aprendizagem. Nesse sistema, as provas mensais ou bimestrais podem ser substituídas por projetos de pesquisa. De acordo com o pesquisador Thomas Armstrong, que desenvolve estudos em aprendizagem no American Institute for Learning, nos Estados Unidos, a observação dos alunos é o método mais eficaz para as avaliações. “Como o estudante funciona em grupos? Como ele se sai planejando um projeto individualizado? O exame da resposta dos alunos a esses e outros problemas dirá muito mais sobre sua maturidade socioemocional do que qualquer escala de classificação quantitativa”, avalia, em entrevista à revista Pátio. A auto-avaliação, assim como a avaliação por pares, é uma forma de garantir a visão total sobre a aprendizagem. Ela pode acontecer semanal ou quinzenalmente, sem ter de seguir uma regra. Aqui, o que importa é que todos estimulem sua capacidade de reflexão sobre o próprio aprendizado – um procedimento chamado de metacognição. No livro Dez Novas Competências para Ensinar, publicado no Brasil pela Editora Penso, o suíço Philippe Perrenoud apresenta as abordagens necessárias para que os professores possam desenvolver as competências em sala de aula. Entre elas, estão:  Organizar e dirigir situações de aprendizagem  Conceber e fazer evoluir dispositivos de diferenciação  Trabalhar em equipe Toda essa estratégia é ainda mais eficaz quando acompanhada de uma base tecnológica. Assistentes virtuais e o uso de LMS podem combinar
  • 73. 73 outros modelos, como o ensino híbrido ou totalmente a distância, a fim de garantir mais autonomia ao aluno. Ao ensinar por competências, as IES estarão mais preparadas para o grande desafio do ensino no século 21: formar indivíduos para atuar em um mercado complexo e em constante desenvolvimento. 5.1 APRENDIZAGEM BASEADA EM DESAFIOS É CHAVE PARA UM ENSINO ATIVO Alimentar a curiosidade e as visões de mundo sempre foi um dos papéis principais das escolas. Entretanto, o tempo em que o ensino ficava preso nos livros didáticos e entre as paredes de uma sala de aula está cada vez mais no passado. Hoje, o processo de aprendizado sai pela porta e se espalha por toda a comunidade acadêmica, atravessa o portão e encontra a comunidade. Provocar questionamentos e exercitar a capacidade de encontrar respostas é o conceito principal do Aprendizado Baseado em Desafios (CLB, do inglês Challenge Based Learning). Ainda pouco difundido no Brasil, o método pedagógico busca incentivar a liderança e a autonomia, ao formar profissionais treinados para a resolução de problemas. O CBL nasceu em 2008 como parte do projeto Apple Classrooms of Tomorrow-Today (ACOT2), uma iniciativa da gigante de tecnologia para aprimorar os caminhos do aprendizado no século 21. O ACOT2 deriva do projeto Apple Classrooms of Tomorrow, que entre 1985 e 1995 buscou integrar a tecnologia ao processo de ensino- aprendizagem. Na época, a Apple deu suporte tecnológico para escolas da Califórnia, estudando os benefícios do meio digital para o desenvolvimento dos alunos ao conduzir experimentos na área da gamificação. Anos depois, nos anos 2000, o ACOT2 foi lançado para entender as necessidades do Ensino Médio nos Estados Unidos. O projeto, segundo a Apple, era auxiliar as escolas a criar o ambiente de aprendizagem que os alunos precisavam, queriam e esperavam, para diminuir os índices de evasão escolar. A empresa viu no ensino a necessidade de preparar
  • 74. 74 pessoas para a sociedade altamente mutável dos dias atuais, e buscou refletir estas preocupações no desenvolvimento de métodos pedagógicos que pudessem ser replicados facilmente nas escolas. Como funciona? O CBL é adaptável a diferentes níveis escolares, desde o ensino fundamental até instituições de ensino superior. O método parte de uma tema geral, sobre a qual serão debatidas questões essenciais, questões norteadoras, atividades e reflexões. A cada questão básica levantada é necessário atrelar um desafio que possa ser convertido em uma ação prática pelos alunos. Para isso, é necessário que o tema geral seja amplo o suficiente para poder ser aberto em diversas questões. As questões norteadoras, por sua vez, são levantadas pelos alunos. Elas formam a rota de aprendizagem necessária para o cumprimento da tarefa apresentada, e guiará o estudante por todo o processo. Para respondê-las vale a criatividade: podcasts, vídeos, recursos multimídia e apresentações podem ser amplamente adotadas para transmitir o conteúdo. Deve-se procurar soluções variadas para os problemas apresentados. As soluções apresentadas devem ser claras e bem fundamentadas, além de aplicáveis no ambiente proposto, seja a sala de aula, a escola ou a comunidade. É importante que as soluções propostas possam ser implementadas na vida real, em maior ou menor escala. Assim, o conteúdo estudado passa a fazer parte da vida do aluno, estimulando a turma a novas atividades. As avaliações devem ser feitas ao longo de todo o projeto, formal e informalmente, estabelecendo metas para a metodologia. Os critérios podem ser debatidos com as equipes, adaptados ao tipo de atividade a ser desenvolvida. Ao adotar conceitos amplos, é possível que os times envolvidos possam desenvolver trabalhos em diferentes áreas. Escolhendo o tema “alimentação”, por exemplo, a questão essencial pode ter como base a importância da alimentação na saúde e explorar como desafio os meios
  • 75. 75 de adotar uma alimentação saudável. Os alunos, neste caso, tem possibilidade de estudar a cadeia produtiva dos alimentos, sua composição biológica, as necessidades do corpo humano e muitas outras abordagens que embasam a utilidade de comer bem. Resolvendo problemas. No Brasil, a resolução pedagógica de problemas tem sido usada pela Faculdade União das Américas (Uniamérica) como base do ensino ativo. “A proposta de aprendizagem da Uniamérica rompe com o paradigma de que a teoria vem primeiro e a prática depois”, explica Ryon Braga, diretor-presidente da instituição. Segundo ele, a educação tradicional está sendo constantemente desafiada pelo impacto das tecnologias, oferecendo novos mecanismos de aprendizagem, como a sala de aula invertida, blended learning, ensino híbrido e realidade aumentada, que auxiliam o estudante na absorção efetiva do conteúdo. Na instituição, que conta com parcerias com empresas incubadoras e startups, e quer ser a primeira instituição privada 100% gratuita do Brasil, os alunos aprendem através de dinâmicas e trabalho em grupo. “Nesse método, o aluno inicia a prática desde o primeiro dia de aula, quando são desafiados por problemas reais, aplicando seus conhecimentos e habilidades adquiridos em aulas teóricas”, relata Braga. Gamificação A gamificação (gamification, no inglês) não tem necessariamente a ver com jogos de vídeo game ou digitais educativos. O termo representa um conjunto de atividades organizados com base na mecânica dos jogos, com intuito de engajar pessoas para resolverem problemas e melhorar o aprendizado. Pode envolver o uso de aparelhos eletrônicos como tablets, computadores e celulares. Mas não é uma exigência. Aqui podem entrar também os quizgame, que são jogos de perguntas e respostas usados como abordagem na construção de conhecimentos de maneira simples e lúdica.