O documento discute a avaliação formativa versus a avaliação tradicional a serviço da seleção. Defende-se que a avaliação deve estar a serviço da aprendizagem dos estudantes, observando-os individualmente para apoiar seu progresso e diferenciar o ensino de acordo com suas necessidades. A avaliação formativa requer que os professores administrem a progressão das aprendizagens de forma individualizada.
2. GRUPO 3 – Gianni Leal, João Marques e Williams Nobre4º Período
AVALIAÇÃO
INOVAÇÃO OU VAIDADE?
Planejamento Currículo Avaliação e
Aprendizagem
3. PALESTRANTE: Williams Nobre4º Período
1. Avaliação! Inovação ou Novidade?
Inovação ou
vaidade?
Avaliação -
Seleção
Competências e
saberes
Conclusão
Avaliação -
Aprendizagem
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Mudar a avaliação é tocar na menina dos olhos! Assim
é a reação de grande parte dos avaliadores, sejam da
educação ou de outras áreas. No entanto, é preciso traçar
novas estratégias avaliativas, desencadeando as mudanças
necessárias.
É fácil afirmar que mudanças ocorrerão
principalmente, às escalas da avaliação quantitativa, como por
exemplo: cálculo das médias, tempo entre as provas e etc. Até
porque cada mudança tem o seu valor. Mas é preciso focar a
discussão, no sentido de uma avaliação formativa. Buscando
na verdade uma avaliação que ajude o aluno a aprender e o
professor a ensinar. Tomando como base a idéia de que a
aprendizagem nunca é linear.
4. PALESTRANTE: Williams Nobre4º Período
A aprendizagem acontece através de ensaios, erros e
acertos, avanços e tropeços; um indivíduo aprenderá melhor se
o seu meio lhe proporcionar uma interação cultural permitindo
assim um amadurecimento maior.
Sob uma abordagem pragmática da avaliação
formativa, pressupomos uma visão mais ampla da observação,
da intervenção e da regulação. A articulação necessária entre a
avaliação formativa e a diferenciação do ensino:
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5. PALESTRANTE: Williams Nobre4º Período
“O facto da avaliação formativa estar ligada à
diferenciação do ensino não é uma descoberta quando nos
situamos no campo das pedagogias de maestria ou
semelhantes (Huberman, 1988). A avaliação formativa aparece
então como uma componente necessária de um dispositivo de
individualização das aprendizagens e de diferenciação das
intervenções e dos meios pedagógicos, e mesmo dos passos
de aprendizagem ou dos ritmos de progressão, ou ainda dos
próprios objectivos.
(...) É inútil insistir na avaliação formativa onde não
existe nenhum espaço manobra para os professores, onde a
diferenciação não passa de um sonho nunca realizado, porque
as condições de trabalho, o número de alunos nas turmas, a
sobrecarga dos programas,
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6. PALESTRANTE: Williams Nobre4º Período
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a rigidez dos horários ou qualquer outra imposição fazem do
ensino expositivo uma fatalidade ou quase (Perrenoud, 1991b).
Segundo Perrenod, observar e avaliar os alunos em
situações de aprendizagens de acordo com uma abordagem
formativa, fazer balanços periódicos de competências e tomar
decisões de progressão é fundamental para administrar a
progressão das aprendizagens.
Avaliar é, para Perrenoud, cedo ou tarde, criar
hierarquias de excelência, privilegiar um modo de estar em aula
e no mundo, valorizar formas e normas de excelência, definir
um aluno modelo, aplicado e dócil para uns, imaginativo e
autônomo para outros.
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7. PALESTRANTE: Williams Nobre4º Período
Perrenoud descreve então a avaliação oscilando
entre duas lógicas: a tradicional, a serviço da seleção
(hierarquia das excelências) e a emergente, a serviço das
aprendizagens (regulação das aprendizagens), lembrando,
entretanto, que na realidade há muitas outras lógicas
envolvendo o tema da avaliação.
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8. PALESTRANTE: João Marques4º Período
2. Avaliação a serviço da seleção?
Perrenoud descreve então a avaliação oscilando
entre duas lógicas: a tradicional, a serviço da seleção
(hierarquia das excelências) e a emergente, a serviço das
aprendizagens (regulação das aprendizagens), lembrando,
entretanto, que na realidade há muitas outras lógicas
envolvendo o tema da avaliação.
Como mostrou Chevallard, no que tange aos professores de
matemática do secundário as notas fazem parte de uma
negociação entre o professor e seus alunos ou, pelo menos, de
um arranjo. Elas permitem que ele os faça trabalhar, conseguir
sua aplicação, seu silêncio, sua concentração, sua docilidade
em vista do objetivo supremo: passar de ano.
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9. PALESTRANTE: João Marques4º Período
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A nota é uma mensagem que não diz, de início, ao
aluno o que ele sabe, mas o que pode lhe acontecer "se
continuar assim até o final do ano". Mensagem tranqüilizadora
para uns, inquietante para outros, que visa também aos pais,
com a demanda implícita ou explícita de intervir "antes que seja
tarde demais".
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10. PALESTRANTE: João Marques4º Período
3. Ou uma Avaliação a serviço da aprendizagem?
Para Huberman, seu papel, na perspectiva de uma
pedagogia de domínio, não era mais criar hierarquias, mas
delimitar as aquisições e os modos de raciocínio de cada aluno
o suficiente para auxiliá-lo a progredir no sentido dos objetivos.
Assim nasceu, senão a própria ideia de avaliação formativa
desenvolvida originalmente por Scriven em relação aos
programas, pelo menos sua transposição à pedagogia e às
aprendizagens dos alunos. Para se tornar uma prática
realmente nova, seria necessário, entretanto, que a avaliação
formativa fosse a regra e se integrasse a um dispositivo de
pedagogia diferenciada.
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11. PALESTRANTE: João Marques4º Período
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Se a avaliação formativa nada mais é do que uma
maneira de regular a ação pedagógica, por que não é uma
prática corrente? Quando um artesão modela um objeto, não
deixa de observar o resultado para ajustar seus gestos e, se
preciso for, "corrigir o alvo", expressão comum que designa
uma faculdade humana universal: a arte de conduzir a ação
pelo olhar, em função de seus resultados provisórios e dos
obstáculos encontrados. Cada professor dispõe dela, como
todo mundo. Ele se dirige, porém, a um grupo e regula sua
ação em função de sua dinâmica de conjunto, do nível global e
da distribuição dos resultados, mais do que das trajetórias de
cada aluno. A avaliação formativa introduz uma ruptura
porque propõe deslocar essa regulação a nível das
aprendizagens e individualizá-la.
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12. PALESTRANTE: João Marques4º Período
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Nenhum médico se preocupa em classificar seus
pacientes, do menos doente ao mais gravemente atingido. Nem
mesmo pensa em lhes administrar um tratamento coletivo.
Esforça-se para determinar, para cada um deles, um
diagnóstico individualizado, estabelecendo uma ação
terapêutica sob medida. A avaliação formativa deveria ter a
mesma função em uma pedagogia diferenciada. Com essa
finalidade, as provas escolares tradicionais se revelam de
pouca utilidade, porque são essencialmente concebidas em
vista mais do desconto do que da análise dos erros, mais para
a classificação dos alunos do que para a identificação do nível
de domínio de cada um.
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13. PALESTRANTE: Williams Nobre4º Período
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4. Competências e Saberes
Administrar a
progressão das
aprendizagens
i. Conceber e administrar situações- problema
ajustadas ao nível e às possibilidades dos
alunos.
ii. Adquirir uma visão longitudinal dos
objectivos do ensino.
iii. Estabelecer laços com as teorias
subjacentes às actividades de aprendizagem.
iv. Observar e avaliar os alunos em situações
de aprendizagem, de acordo com uma
abordagem formativa.
v. Fazer balanços periódicos de competências
e tomar decisões de
progressão.
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14. PALESTRANTE: Williams Nobre4º Período
5. Conclusão
A avaliação formativa assume todo seu sentido no
âmbito de uma estratégia pedagógica de luta contra o fracasso
e as desigualdades, que está longe de ser sempre executada
com coerência e continuidade. O professor que deseja praticar
uma avaliação formativa deve reconstruir o contrato didático de
forma transparente e coerente contra os hábitos adquiridos por
seus alunos, para que seja capaz de conseguir o máximo
possível de cooperação dos mesmos.
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