SlideShare uma empresa Scribd logo
A Avaliação como Prática Pedagógica Diferenciada
Fonte: Sales (2010, p. 44-48)
Já se passaram mais de 40 anos desde que Michael Scriven formalizou
em sua obra “A Metodologia da Avaliação”, de 1967, as primeiras ideias de
uma avaliação formativa (SCRIVEN, 1967). No início da década de 70,
Benjamin S. Bloom e colaboradores classificaram as funções da avaliação em
diagnóstica, somativa e formativa (BLOOM; HASTING; MADAUS, 1983).
Na medida em que a avaliação fornece aos alunos e professores acesso
a informações e dados, que lhes habilitam a analisar o processo realizado e
determinar avanços e crescimentos em direção à autonomia e maiores
competências, ela deve ser entendida como diagnóstica. Esta função não tem
sentido se não ceder espaço a ações individualizadas que procurem identificar
no perfil de cada aluno suas habilidades e limitações. Para Luckesi (2006, p.
35), a avaliação como diagnóstica “é um momento dialético de senso do
estágio em que se está e de sua distância em relação à perspectiva que está
colocada como ponto a ser atingindo à frente”.
A função somativa tem por especificidade fornecer o grau de
entendimento alcançado pelo aluno relativo a determinado conteúdo em
momentos específicos e finais de um curso ou unidade didática. Entretanto, por
vezes, é tomada como sinônimo de prova única aplicada ao final de uma etapa
de aprendizagem, que pode não expressar a soma do todo construído no
processo e, dessa forma, sofre distorção de sua função, sendo interpretada
apenas por apresentar caráter previsível, classificatório, autoritário,
comparativo, normativo, hierárquico, disciplinador, sancionador, que induz ao
fracasso, que ojeriza os erros, que cria desigualdades, que tem fim em si
mesma, que afasta, segrega e desmotiva a busca pela aprendizagem e que
está tão presente da avaliação tradicional. É a lógica seletiva a serviço da
sociedade como mecanismo de conservação e reprodução.
Em relação à função formativa, a avaliação, no sentido amplo de ser,
muito mais do que uma medida, deve ajudar o aluno a progredir na direção dos
objetivos traçados, validar as aprendizagens em curso, ser instrumento de
feedbacks ao longo do processo ensino-aprendizagem, regular por meio de
intervenções pedagógicas e contínuas as situações imprevisíveis do ambiente
de aprendizagem, bem como respeitar o tempo da aprendizagem necessário
ao aprendiz. É a lógica formativa, ou lógica a serviço das aprendizagens, para
a qual avançam as pedagogias mais progressistas e diferenciadas.
Perrenoud (1999, p.14) pergunta: “se a avaliação formativa nada mais é
do que uma maneira de regular a ação pedagógica, por que não é uma prática
corrente?”. Pergunta que se propaga aos nossos dias: por que é tão difícil
implantá-la atualmente? Por que a avaliação oscila ainda entre estas duas
lógicas: a seletiva e a formativa? A resposta ele mesmo fornece, ao afirmar que
a avaliação formativa “introduz uma ruptura porque propõe deslocar”, a
regulação da ação em função da dinâmica do conjunto, “ao nível das
aprendizagens e individualizá-la”, ou seja, implica em intervenções
pedagógicas diferenciadas pensadas até o final do processo e inseridas numa
visão global de regulação das aprendizagens.
Deslocar-se da ação homogenizadora sobre um grupo (o todo), que
aparentemente é mais simples, para observar suas partes, é nesse ponto que
reside a dificuldade para a apropriação das práticas de avaliação formativa na
escola. Perrenoud (1999) cita que, além de políticas indecisas e obstáculos
materiais e institucionais numerosos, as causas para a efetivação de uma
avaliação formativa e de uma pedagogia diferenciada passam por:
[...] o efetivo das turmas, a sobrecarga dos programas e a concepção
dos meios de ensino e das didáticas, que quase não privilegiam a
diferenciação. O horário escolar, a divisão do curso em graus, a
ordenação dos espaços [...] a insuficiência ou a excessiva
complexidade dos modelos de avaliação formativa propostos aos
professores [...] a formação dos professores. (Ibid, p. 16)
Uma avaliação que se alinhe a lógica a serviço das aprendizagens e que
se enquadre numa pedagogia de ações diferenciadas, deve ter, portanto, o
caráter de contínua formação e regulação das aprendizagens. Para Perrenoud
(1999), uma avaliação formativa é:
Toda prática de avaliação contínua que pretenda contribuir para
melhorar as aprendizagens em curso [...] (Ibid, p.78) [...]É formativa
toda avaliação que ajuda o aluno a aprender e a se desenvolver, ou
melhor, que participa da regulação das aprendizagens e do
desenvolvimento no sentido de um projeto educativo (Ibid, p. 103).
[...] Uma avaliação somente é formativa se desemboca em uma forma
ou outra de regulação da ação pedagógica ou das aprendizagens.
(Ibid, p.148)
Mesmo com todas as dificuldades de efetivação da lógica formativa da
avaliação, as correntes pedagógicas têm procurado migrar o aluno para o
centro do processo, colocando em foco as aprendizagens.
A Avaliação deve ser informativa e oportunizadora de aprendizagens.
Para Zabala (1998), a finalidade da avaliação é ser “[...] um instrumento
educativo que informa e faz uma valoração do processo de aprendizagem
seguido pelo aluno, com o objetivo de oportunizar, em todo momento, as
propostas educacionais mais adequadas”.
A avaliação colabora com a ascensão cognitiva do aluno. Numa situação
de ensino e aprendizagem a avaliação deve ser vista como uma intervenção
pedagógica que ajuda o aluno a criar e percorrer a sua ZDP, ou seja, que o
ajuda a se desenvolver e a superar desafios. Para Zabala (2002), a avaliação
aumenta a autoestima e a motivação do aluno para continuar aprendendo:
O papel das avaliações sobre nosso trabalho, o momento e a forma
como são produzidas, incide de modo quase definitivo na motivação
para a aprendizagem. [...] Uma avaliação da própria atuação e dos
resultados obtidos somente pode ser concebida a partir de uma
perspectiva educativa que a entenda como meio para oferecer ajudas
que permitam continuar aprendendo. Essa avaliação jamais pode ser
concebida como uma sanção sobre os resultados, mas como o meio
para ir avançando, como uma informação que incentive o estudante
sem inibi-lo ao realizar as atividades de aprendizagem. (Zabala, 2002,
p.123).
A avaliação deve permear todo processo de ensino-aprendizagem.
Retomar constantemente o processo de aprendizagem é função de uma
avaliação contínua e mediadora, não só no ensino presencial, mas também em
propostas semipresenciais e a distância. Segundo Hoffmman (1998), que
defende a realização e retomada de atividades de avaliação frequentes e
sucessiva: “a ação avaliativa, enquanto mediação, não se caracteriza como um
momento do processo educativo, mas é integrante e implícita a todo processo”.
A avaliação deve ser um momento de excelência para a aprendizagem.
Para Sales et al. (2004): “uma avaliação mediadora oportuniza sempre o
refazer, num processo contínuo de reconstrução do conhecimento, onde os
erros são tomados como hipóteses para uma nova discussão, tornando-se um
elemento dinamizador na (re)elaboração desse conhecimento”.
A avaliação deve ser o “instrumento dialético do avanço” (LUCKESI,
2006, p. 43), especialmente porque a aprendizagem, como cerne da ação
avaliativa, é dinâmica. A avaliação deve ser um momento de satisfação em que
se trabalha a redução das tensões entre aluno, professor, escola e sociedade.
Momento em que se reconhecem os caminhos percorridos e se identificam os
caminhos a serem perseguidos.
A avaliação deve inteirar-se de um mínimo necessário que transcende a
própria nota. “A avaliação deverá verificar a aprendizagem não a partir dos
mínimos possíveis, mas sim a partir dos mínimos necessários. (LUCKESI,
2006, p. 44), “[...] um mínimo necessário de aprendizagem em todas as
condutas” (Ibid, p. 45) e não um mínimo de notas.
A avaliação deve incluir seus elementos constitutivos: Juízo de
Qualidade, Dados Relevantes da Realidade e Tomada de Decisão, “são três
variáveis que devem estar sempre juntas para que o ato de avaliar cumpra o
seu papel” (LUCKESI, 2006, p.69), resumidos a seguir (Tabela 1).
Tabela 1 – Elementos Constitutivos da Avaliação
Juízo de Qualidade
Dados Relevantes da
Realidade
Tomada de Decisão
Qual a qualidade do objeto avaliado?
Afirmação expressa por algum símbolo
Atitude e não indiferença
Comparação a um padrão
Critérios pré-estabelecidos
Mínimos necessários
Qual o padrão ideal?
Indicadores específicos
Caráter efetivo e objetivo
da realidade
Sinais do objeto da
avaliação
O que fazer?
Aceitar ou transformar
o objeto avaliado
Julgamento de valor
Posicionamento de
não-indiferença
Fonte: extraído de Luckesi (2006, p. 33, 69-81)
A avaliação, da mesma forma que ensino-aprendizagem, deve ser um
processo, não no sentido de conter princípio, meio e fim, induzindo a algo
estático, mas sim como algo dinâmico, flexível e circular, resultado da não
indiferença acerca da realidade apresentada pelo aluno e sobre o qual atitudes
de tomada de decisão, que o motivem a continuar aprendendo sejam sempre
aplicadas. Para Viana: “A avaliação nunca é um todo acabado, autossuficiente,
mas uma das múltiplas possibilidades para explicar um fenômeno, analisar
suas causas, estabelecer prováveis consequências e sugerir elementos para
uma discussão posterior, acompanhada de tomada de decisão, que
considerem as condições que geraram os fenômenos analisados criticamente.
(VIANA, 2000, p.18)”.
Referências
BLOOM, B. S.; HASTINGS, J. T.; MADAUS, G. F. Manual de Avaliação
Formativa e Somativa do Aprendizado Escolar. S. Paulo: Livraria Pioneira
Editora, 1983.
HOFFMANN, J. Pontos e Contrapontos: do pensar ao agir em avaliação.
Porto Alegre: Mediação, 1998.
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições.
São Paulo: Cortez Editora, 2006.
PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens
entre duas lógicas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.
SALES, Gilvandenys Leite. LEARNING VECTORS (LV): Um Modelo de
Avaliação da Aprendizagem em EaD Online Aplicando Métricas Não-Lineares.
Tese. Universidade Federal do Ceará. Programa de Pós-graduação em
Engenharia de Teleinformática. Fortaleza, CE, 2010, 236 f.
SCRIVEN, M. The Methodology of Evaluation. In: TYLER, R.; GAGNE, R.;
SCRIVEN, M. Perspectives of Curriculum Evaluation. Washington, D.C:
American. Educational Research Association, 1967.
VIANA, H. M. Avaliação Educacional e o Avaliador. São Paulo: BRASA,
2000. 192p.
ZABALA, A. A Prática Educativa: como ensinar. Trad. Ernani F. da F. Rosa.
Porto Alegre: ARTMED Editora, 1998.
______. Enfoque Globalizador e Pensamento Complexo: uma proposta para
o currículo escolar. Trad. Ernani Rosa. Porto Alegre: ARTMED Editora, 2002.
A avaliação como prática pedagógica diferenciada

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Relatório estágio na EJA (Para Érica UVA)
Relatório estágio na EJA (Para Érica UVA)Relatório estágio na EJA (Para Érica UVA)
Relatório estágio na EJA (Para Érica UVA)Ius 95
 
A avaliação do aluno a favor ou contra a democratização do ensino
A avaliação do aluno  a favor ou contra a democratização do ensinoA avaliação do aluno  a favor ou contra a democratização do ensino
A avaliação do aluno a favor ou contra a democratização do ensino
Danilo Raniery
 
Metodologia da pesquisa em educação
Metodologia da pesquisa em educaçãoMetodologia da pesquisa em educação
Metodologia da pesquisa em educação
Magno Oliveira
 
Suplementos Alimentares
Suplementos AlimentaresSuplementos Alimentares
Suplementos Alimentares
Vitor Morais
 
O papel da didática na formação de professores
O papel da didática na formação de professoresO papel da didática na formação de professores
O papel da didática na formação de professoresAna Paula Azevedo
 
Histórico da educação do campo
Histórico da educação do campoHistórico da educação do campo
Histórico da educação do campoarlete buchardt
 
TéCnicas E Instrumentos De AvaliaçãO
TéCnicas E Instrumentos De AvaliaçãOTéCnicas E Instrumentos De AvaliaçãO
TéCnicas E Instrumentos De AvaliaçãOMessias Matusse
 
Conceituação da Educação Popular no Brasil
Conceituação da Educação Popular no BrasilConceituação da Educação Popular no Brasil
Conceituação da Educação Popular no Brasil
Livia Rodrigues
 
Teorias curriculo ESCOLAR
Teorias curriculo ESCOLARTeorias curriculo ESCOLAR
Teorias curriculo ESCOLAR
Andrea Lima
 
Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas escolas do campo
Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas escolas do campoDiretrizes Operacionais para a Educação Básica nas escolas do campo
Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas escolas do campo
Joel Soares
 
Educação Formal e Não Formal
Educação Formal e Não FormalEducação Formal e Não Formal
Educação Formal e Não FormalThayseH
 
Gramsci e o estado
Gramsci e o estadoGramsci e o estado
Gramsci e o estadoDavi Islabao
 
Projeto de externsão a comunidade
Projeto de externsão a comunidadeProjeto de externsão a comunidade
Projeto de externsão a comunidade
Ana Amelia Duarte
 
O papel da didática na formação do professor
O papel da didática na formação do professorO papel da didática na formação do professor
O papel da didática na formação do professor
na educação
 
Analise de alimentos capitulo 3
Analise de alimentos capitulo 3Analise de alimentos capitulo 3
Analise de alimentos capitulo 3joelferreira
 
Estrutura e funcionamento do ensino
Estrutura e funcionamento do ensino Estrutura e funcionamento do ensino
Estrutura e funcionamento do ensino
Darlan Campos
 
Atps projeto de extensao_a_comunidade
Atps projeto de extensao_a_comunidadeAtps projeto de extensao_a_comunidade
Atps projeto de extensao_a_comunidademkbariotto
 
A atuação do coordenador pedagógico
A atuação do coordenador pedagógicoA atuação do coordenador pedagógico
A atuação do coordenador pedagógicoIvaneide B S
 

Mais procurados (20)

Relatório estágio na EJA (Para Érica UVA)
Relatório estágio na EJA (Para Érica UVA)Relatório estágio na EJA (Para Érica UVA)
Relatório estágio na EJA (Para Érica UVA)
 
A avaliação do aluno a favor ou contra a democratização do ensino
A avaliação do aluno  a favor ou contra a democratização do ensinoA avaliação do aluno  a favor ou contra a democratização do ensino
A avaliação do aluno a favor ou contra a democratização do ensino
 
Metodologia da pesquisa em educação
Metodologia da pesquisa em educaçãoMetodologia da pesquisa em educação
Metodologia da pesquisa em educação
 
Suplementos Alimentares
Suplementos AlimentaresSuplementos Alimentares
Suplementos Alimentares
 
O papel da didática na formação de professores
O papel da didática na formação de professoresO papel da didática na formação de professores
O papel da didática na formação de professores
 
Tendência liberal tradicional
Tendência liberal tradicionalTendência liberal tradicional
Tendência liberal tradicional
 
Histórico da educação do campo
Histórico da educação do campoHistórico da educação do campo
Histórico da educação do campo
 
Cultura organizacional da escola .[6]
Cultura organizacional da escola .[6]Cultura organizacional da escola .[6]
Cultura organizacional da escola .[6]
 
TéCnicas E Instrumentos De AvaliaçãO
TéCnicas E Instrumentos De AvaliaçãOTéCnicas E Instrumentos De AvaliaçãO
TéCnicas E Instrumentos De AvaliaçãO
 
Conceituação da Educação Popular no Brasil
Conceituação da Educação Popular no BrasilConceituação da Educação Popular no Brasil
Conceituação da Educação Popular no Brasil
 
Teorias curriculo ESCOLAR
Teorias curriculo ESCOLARTeorias curriculo ESCOLAR
Teorias curriculo ESCOLAR
 
Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas escolas do campo
Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas escolas do campoDiretrizes Operacionais para a Educação Básica nas escolas do campo
Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas escolas do campo
 
Educação Formal e Não Formal
Educação Formal e Não FormalEducação Formal e Não Formal
Educação Formal e Não Formal
 
Gramsci e o estado
Gramsci e o estadoGramsci e o estado
Gramsci e o estado
 
Projeto de externsão a comunidade
Projeto de externsão a comunidadeProjeto de externsão a comunidade
Projeto de externsão a comunidade
 
O papel da didática na formação do professor
O papel da didática na formação do professorO papel da didática na formação do professor
O papel da didática na formação do professor
 
Analise de alimentos capitulo 3
Analise de alimentos capitulo 3Analise de alimentos capitulo 3
Analise de alimentos capitulo 3
 
Estrutura e funcionamento do ensino
Estrutura e funcionamento do ensino Estrutura e funcionamento do ensino
Estrutura e funcionamento do ensino
 
Atps projeto de extensao_a_comunidade
Atps projeto de extensao_a_comunidadeAtps projeto de extensao_a_comunidade
Atps projeto de extensao_a_comunidade
 
A atuação do coordenador pedagógico
A atuação do coordenador pedagógicoA atuação do coordenador pedagógico
A atuação do coordenador pedagógico
 

Destaque

Educação e Dialética
Educação e DialéticaEducação e Dialética
Educação e Dialética
profadnilson
 
Socrates 1 ano
Socrates 1 anoSocrates 1 ano
Socrates 1 anoOver Lane
 
Conhecer é Agir
Conhecer é AgirConhecer é Agir
2 helenismo
2   helenismo2   helenismo
Filosofia Grega Clássica ao Helenismo
Filosofia Grega Clássica ao HelenismoFilosofia Grega Clássica ao Helenismo
Filosofia Grega Clássica ao HelenismoCarson Souza
 
Filosofia: pós socráticos, cristianismo e idade Média
Filosofia: pós socráticos, cristianismo e idade MédiaFilosofia: pós socráticos, cristianismo e idade Média
Filosofia: pós socráticos, cristianismo e idade Média
Luci Bonini
 
Cinismo
CinismoCinismo
Cinismo
guest8dbd125
 
Aulão Revisão Prova Final Metodologia científica
Aulão Revisão Prova Final Metodologia científica Aulão Revisão Prova Final Metodologia científica
Aulão Revisão Prova Final Metodologia científica
Djesser Juan Vaes
 
Cinismo
CinismoCinismo
Avaliação da aprendizagem
Avaliação da aprendizagemAvaliação da aprendizagem
Avaliação da aprendizagemGerdian Teixeira
 
DIDÁTICA - SIMULADO COM 50 QUESTÕES
DIDÁTICA - SIMULADO COM 50 QUESTÕESDIDÁTICA - SIMULADO COM 50 QUESTÕES
DIDÁTICA - SIMULADO COM 50 QUESTÕES
Valdeci Correia
 
PeríOdo SistemáTico AristóTeles
PeríOdo SistemáTico AristóTelesPeríOdo SistemáTico AristóTeles
PeríOdo SistemáTico AristóTeles
Fernando José Ribeiro dos Santos
 
DIDÁTICA - SIMULADO DIGITAL PARA CONCURSOS PÚBLICOS
DIDÁTICA - SIMULADO DIGITAL PARA CONCURSOS PÚBLICOSDIDÁTICA - SIMULADO DIGITAL PARA CONCURSOS PÚBLICOS
DIDÁTICA - SIMULADO DIGITAL PARA CONCURSOS PÚBLICOSValdeci Correia
 
ARGUMENTAÇÃO E FILOSOFIA
ARGUMENTAÇÃO E FILOSOFIAARGUMENTAÇÃO E FILOSOFIA
ARGUMENTAÇÃO E FILOSOFIAnorberto faria
 
Período Sistemático
Período Sistemático Período Sistemático
Período Sistemático
Juliana Corvino de Araújo
 
Helenismo
HelenismoHelenismo
Helenismo
Robson Costa
 
Diagnostico psicopedagogico
Diagnostico psicopedagogicoDiagnostico psicopedagogico
Diagnostico psicopedagogicoSinara Duarte
 

Destaque (20)

Educação e Dialética
Educação e DialéticaEducação e Dialética
Educação e Dialética
 
Aristoteles retorica
Aristoteles   retoricaAristoteles   retorica
Aristoteles retorica
 
Trabalho de filosofia 24 tp 555
Trabalho de filosofia 24 tp 555Trabalho de filosofia 24 tp 555
Trabalho de filosofia 24 tp 555
 
Socrates 1 ano
Socrates 1 anoSocrates 1 ano
Socrates 1 ano
 
Conhecer é Agir
Conhecer é AgirConhecer é Agir
Conhecer é Agir
 
2 helenismo
2   helenismo2   helenismo
2 helenismo
 
Filosofia Grega Clássica ao Helenismo
Filosofia Grega Clássica ao HelenismoFilosofia Grega Clássica ao Helenismo
Filosofia Grega Clássica ao Helenismo
 
Filosofia: pós socráticos, cristianismo e idade Média
Filosofia: pós socráticos, cristianismo e idade MédiaFilosofia: pós socráticos, cristianismo e idade Média
Filosofia: pós socráticos, cristianismo e idade Média
 
Cinismo
CinismoCinismo
Cinismo
 
Cinismo
CinismoCinismo
Cinismo
 
Aulão Revisão Prova Final Metodologia científica
Aulão Revisão Prova Final Metodologia científica Aulão Revisão Prova Final Metodologia científica
Aulão Revisão Prova Final Metodologia científica
 
Cinismo
CinismoCinismo
Cinismo
 
Avaliação da aprendizagem
Avaliação da aprendizagemAvaliação da aprendizagem
Avaliação da aprendizagem
 
DIDÁTICA - SIMULADO COM 50 QUESTÕES
DIDÁTICA - SIMULADO COM 50 QUESTÕESDIDÁTICA - SIMULADO COM 50 QUESTÕES
DIDÁTICA - SIMULADO COM 50 QUESTÕES
 
PeríOdo SistemáTico AristóTeles
PeríOdo SistemáTico AristóTelesPeríOdo SistemáTico AristóTeles
PeríOdo SistemáTico AristóTeles
 
DIDÁTICA - SIMULADO DIGITAL PARA CONCURSOS PÚBLICOS
DIDÁTICA - SIMULADO DIGITAL PARA CONCURSOS PÚBLICOSDIDÁTICA - SIMULADO DIGITAL PARA CONCURSOS PÚBLICOS
DIDÁTICA - SIMULADO DIGITAL PARA CONCURSOS PÚBLICOS
 
ARGUMENTAÇÃO E FILOSOFIA
ARGUMENTAÇÃO E FILOSOFIAARGUMENTAÇÃO E FILOSOFIA
ARGUMENTAÇÃO E FILOSOFIA
 
Período Sistemático
Período Sistemático Período Sistemático
Período Sistemático
 
Helenismo
HelenismoHelenismo
Helenismo
 
Diagnostico psicopedagogico
Diagnostico psicopedagogicoDiagnostico psicopedagogico
Diagnostico psicopedagogico
 

Semelhante a A avaliação como prática pedagógica diferenciada

AVALIAÇÃO FORMATIVA artigo.docx
AVALIAÇÃO FORMATIVA artigo.docxAVALIAÇÃO FORMATIVA artigo.docx
AVALIAÇÃO FORMATIVA artigo.docx
MirianCes
 
Avaliacao formativa
Avaliacao formativaAvaliacao formativa
Avaliacao formativa
Marcelo Brito
 
Avaliação
AvaliaçãoAvaliação
Avaliação
Miriéli Bernardes
 
Aval formativa
Aval formativaAval formativa
Aval formativaziquinha
 
A avaliação no processo de ensino aprendizagem - rea
A avaliação no processo de ensino aprendizagem - reaA avaliação no processo de ensino aprendizagem - rea
A avaliação no processo de ensino aprendizagem - rea
Elizeu Gomes de Faria
 
Planejamento e avaliação na educação
Planejamento e avaliação na educaçãoPlanejamento e avaliação na educação
Planejamento e avaliação na educaçãoSimoneHelenDrumond
 
A avaliação no contexto da formação inicial do professor
A avaliação no contexto da formação inicial do professorA avaliação no contexto da formação inicial do professor
A avaliação no contexto da formação inicial do professorUEA
 
A avaliação deve orientar a aprendizagem
A avaliação deve orientar a aprendizagemA avaliação deve orientar a aprendizagem
A avaliação deve orientar a aprendizagemRoberto Costa
 
Apresentação para slideshare
Apresentação para slideshareApresentação para slideshare
Apresentação para slideshareneiva valadares
 
1 artigo simone helen drumond fund. sócio, político e filosófico da educação...
1 artigo simone helen drumond  fund. sócio, político e filosófico da educação...1 artigo simone helen drumond  fund. sócio, político e filosófico da educação...
1 artigo simone helen drumond fund. sócio, político e filosófico da educação...SimoneHelenDrumond
 
A avaliação deve orientar a aprendizagem
A avaliação deve orientar a aprendizagemA avaliação deve orientar a aprendizagem
A avaliação deve orientar a aprendizagemescolawashington
 
Avaliar para promover as setas do caminho jussara hoffman
Avaliar para promover as setas do caminho jussara hoffmanAvaliar para promover as setas do caminho jussara hoffman
Avaliar para promover as setas do caminho jussara hoffmanValquiria1003
 
O processo de Avaliação no Ensino Superior
O processo de Avaliação no Ensino SuperiorO processo de Avaliação no Ensino Superior
O processo de Avaliação no Ensino Superior
Instituto Consciência GO
 
A avaliação da aprendizagem como um princípio no desenvolvimento da autoria.1
A avaliação da aprendizagem como um princípio no desenvolvimento da autoria.1A avaliação da aprendizagem como um princípio no desenvolvimento da autoria.1
A avaliação da aprendizagem como um princípio no desenvolvimento da autoria.1
Franciele Taveira
 
Artigo clenilson
Artigo clenilsonArtigo clenilson
Artigo clenilson
Ribeiro DE Sousa
 
Avaliarparapromover 090902173845-phpapp02
Avaliarparapromover 090902173845-phpapp02Avaliarparapromover 090902173845-phpapp02
Avaliarparapromover 090902173845-phpapp02Docência "in loco"
 

Semelhante a A avaliação como prática pedagógica diferenciada (20)

AVALIAÇÃO FORMATIVA artigo.docx
AVALIAÇÃO FORMATIVA artigo.docxAVALIAÇÃO FORMATIVA artigo.docx
AVALIAÇÃO FORMATIVA artigo.docx
 
Avaliacao formativa
Avaliacao formativaAvaliacao formativa
Avaliacao formativa
 
Avaliação
AvaliaçãoAvaliação
Avaliação
 
Aval formativa
Aval formativaAval formativa
Aval formativa
 
A avaliação no processo de ensino aprendizagem - rea
A avaliação no processo de ensino aprendizagem - reaA avaliação no processo de ensino aprendizagem - rea
A avaliação no processo de ensino aprendizagem - rea
 
Planejamento e avaliação na educação
Planejamento e avaliação na educaçãoPlanejamento e avaliação na educação
Planejamento e avaliação na educação
 
A avaliação no contexto da formação inicial do professor
A avaliação no contexto da formação inicial do professorA avaliação no contexto da formação inicial do professor
A avaliação no contexto da formação inicial do professor
 
Avaliação
AvaliaçãoAvaliação
Avaliação
 
A avaliação deve orientar a aprendizagem
A avaliação deve orientar a aprendizagemA avaliação deve orientar a aprendizagem
A avaliação deve orientar a aprendizagem
 
Apresentação para slideshare
Apresentação para slideshareApresentação para slideshare
Apresentação para slideshare
 
1 artigo simone helen drumond fund. sócio, político e filosófico da educação...
1 artigo simone helen drumond  fund. sócio, político e filosófico da educação...1 artigo simone helen drumond  fund. sócio, político e filosófico da educação...
1 artigo simone helen drumond fund. sócio, político e filosófico da educação...
 
Avaliação Escolar
Avaliação EscolarAvaliação Escolar
Avaliação Escolar
 
A avaliação deve orientar a aprendizagem
A avaliação deve orientar a aprendizagemA avaliação deve orientar a aprendizagem
A avaliação deve orientar a aprendizagem
 
Avaliar para promover as setas do caminho jussara hoffman
Avaliar para promover as setas do caminho jussara hoffmanAvaliar para promover as setas do caminho jussara hoffman
Avaliar para promover as setas do caminho jussara hoffman
 
Avaliação
AvaliaçãoAvaliação
Avaliação
 
O processo de Avaliação no Ensino Superior
O processo de Avaliação no Ensino SuperiorO processo de Avaliação no Ensino Superior
O processo de Avaliação no Ensino Superior
 
A avaliação da aprendizagem como um princípio no desenvolvimento da autoria.1
A avaliação da aprendizagem como um princípio no desenvolvimento da autoria.1A avaliação da aprendizagem como um princípio no desenvolvimento da autoria.1
A avaliação da aprendizagem como um princípio no desenvolvimento da autoria.1
 
Artigo clenilson
Artigo clenilsonArtigo clenilson
Artigo clenilson
 
Avaliar para promover
Avaliar para promoverAvaliar para promover
Avaliar para promover
 
Avaliarparapromover 090902173845-phpapp02
Avaliarparapromover 090902173845-phpapp02Avaliarparapromover 090902173845-phpapp02
Avaliarparapromover 090902173845-phpapp02
 

Mais de Gilvandenys Leite Sales

Reflexão da luz espelhos planos
Reflexão da luz espelhos planosReflexão da luz espelhos planos
Reflexão da luz espelhos planos
Gilvandenys Leite Sales
 
Etapas do pré-processamento de produtos de origem vegetal
Etapas do pré-processamento de produtos de origem vegetal Etapas do pré-processamento de produtos de origem vegetal
Etapas do pré-processamento de produtos de origem vegetal
Gilvandenys Leite Sales
 
Dimensionamento geral de bombas linha de bombeamento
Dimensionamento geral de bombas   linha de bombeamentoDimensionamento geral de bombas   linha de bombeamento
Dimensionamento geral de bombas linha de bombeamento
Gilvandenys Leite Sales
 
Ensino sob Medida e Sala de Aula Invertida
Ensino sob Medida e Sala de Aula InvertidaEnsino sob Medida e Sala de Aula Invertida
Ensino sob Medida e Sala de Aula Invertida
Gilvandenys Leite Sales
 
Adeus provas chatas metodologias ativas peer instruction
Adeus provas chatas metodologias ativas peer instructionAdeus provas chatas metodologias ativas peer instruction
Adeus provas chatas metodologias ativas peer instruction
Gilvandenys Leite Sales
 
Avaliacão Formativa no Moodle por Learning Vectors
Avaliacão Formativa no Moodle por Learning VectorsAvaliacão Formativa no Moodle por Learning Vectors
Avaliacão Formativa no Moodle por Learning Vectors
Gilvandenys Leite Sales
 
Contrato didático Jornada de Metodologias Ativa_2020
Contrato didático Jornada de Metodologias Ativa_2020Contrato didático Jornada de Metodologias Ativa_2020
Contrato didático Jornada de Metodologias Ativa_2020
Gilvandenys Leite Sales
 
Planejamento para o ensino e a aprendizagem
Planejamento para o ensino e a aprendizagemPlanejamento para o ensino e a aprendizagem
Planejamento para o ensino e a aprendizagem
Gilvandenys Leite Sales
 
Normas para Produtos de Origem Animal
Normas para Produtos de Origem AnimalNormas para Produtos de Origem Animal
Normas para Produtos de Origem Animal
Gilvandenys Leite Sales
 
Leite: ser ou não ser? Eis a questão!
Leite: ser ou não ser? Eis a questão!Leite: ser ou não ser? Eis a questão!
Leite: ser ou não ser? Eis a questão!
Gilvandenys Leite Sales
 
GIFs Aplicados na Avaliação formativa no Moodle
GIFs Aplicados na Avaliação formativa no MoodleGIFs Aplicados na Avaliação formativa no Moodle
GIFs Aplicados na Avaliação formativa no Moodle
Gilvandenys Leite Sales
 
Flipped classroom Aplicado ao Fórum Moodle
Flipped classroom Aplicado ao Fórum MoodleFlipped classroom Aplicado ao Fórum Moodle
Flipped classroom Aplicado ao Fórum Moodle
Gilvandenys Leite Sales
 
Avaliar é uma arte
Avaliar é uma arteAvaliar é uma arte
Avaliar é uma arte
Gilvandenys Leite Sales
 
Moodle moot anais 2010
Moodle moot anais 2010Moodle moot anais 2010
Moodle moot anais 2010
Gilvandenys Leite Sales
 
Prof denys sales interactive computer worldcist 17
Prof denys sales  interactive computer worldcist 17Prof denys sales  interactive computer worldcist 17
Prof denys sales interactive computer worldcist 17
Gilvandenys Leite Sales
 
Prof Denys Sales Flipped Classroom worldcist 2017
Prof Denys Sales Flipped Classroom worldcist 2017Prof Denys Sales Flipped Classroom worldcist 2017
Prof Denys Sales Flipped Classroom worldcist 2017
Gilvandenys Leite Sales
 
Prof Denys Sales - Para onde caminha o ensino e a aprendizagem
Prof Denys Sales - Para onde caminha o ensino e a aprendizagemProf Denys Sales - Para onde caminha o ensino e a aprendizagem
Prof Denys Sales - Para onde caminha o ensino e a aprendizagem
Gilvandenys Leite Sales
 
Salade aula invertida e fórum moodle
Salade aula invertida e fórum moodleSalade aula invertida e fórum moodle
Salade aula invertida e fórum moodle
Gilvandenys Leite Sales
 
Denys sales FGF para onde caminha a ead
Denys sales FGF para onde caminha a eadDenys sales FGF para onde caminha a ead
Denys sales FGF para onde caminha a ead
Gilvandenys Leite Sales
 
O que é um Mapa Conceitual
O que é um Mapa Conceitual O que é um Mapa Conceitual
O que é um Mapa Conceitual
Gilvandenys Leite Sales
 

Mais de Gilvandenys Leite Sales (20)

Reflexão da luz espelhos planos
Reflexão da luz espelhos planosReflexão da luz espelhos planos
Reflexão da luz espelhos planos
 
Etapas do pré-processamento de produtos de origem vegetal
Etapas do pré-processamento de produtos de origem vegetal Etapas do pré-processamento de produtos de origem vegetal
Etapas do pré-processamento de produtos de origem vegetal
 
Dimensionamento geral de bombas linha de bombeamento
Dimensionamento geral de bombas   linha de bombeamentoDimensionamento geral de bombas   linha de bombeamento
Dimensionamento geral de bombas linha de bombeamento
 
Ensino sob Medida e Sala de Aula Invertida
Ensino sob Medida e Sala de Aula InvertidaEnsino sob Medida e Sala de Aula Invertida
Ensino sob Medida e Sala de Aula Invertida
 
Adeus provas chatas metodologias ativas peer instruction
Adeus provas chatas metodologias ativas peer instructionAdeus provas chatas metodologias ativas peer instruction
Adeus provas chatas metodologias ativas peer instruction
 
Avaliacão Formativa no Moodle por Learning Vectors
Avaliacão Formativa no Moodle por Learning VectorsAvaliacão Formativa no Moodle por Learning Vectors
Avaliacão Formativa no Moodle por Learning Vectors
 
Contrato didático Jornada de Metodologias Ativa_2020
Contrato didático Jornada de Metodologias Ativa_2020Contrato didático Jornada de Metodologias Ativa_2020
Contrato didático Jornada de Metodologias Ativa_2020
 
Planejamento para o ensino e a aprendizagem
Planejamento para o ensino e a aprendizagemPlanejamento para o ensino e a aprendizagem
Planejamento para o ensino e a aprendizagem
 
Normas para Produtos de Origem Animal
Normas para Produtos de Origem AnimalNormas para Produtos de Origem Animal
Normas para Produtos de Origem Animal
 
Leite: ser ou não ser? Eis a questão!
Leite: ser ou não ser? Eis a questão!Leite: ser ou não ser? Eis a questão!
Leite: ser ou não ser? Eis a questão!
 
GIFs Aplicados na Avaliação formativa no Moodle
GIFs Aplicados na Avaliação formativa no MoodleGIFs Aplicados na Avaliação formativa no Moodle
GIFs Aplicados na Avaliação formativa no Moodle
 
Flipped classroom Aplicado ao Fórum Moodle
Flipped classroom Aplicado ao Fórum MoodleFlipped classroom Aplicado ao Fórum Moodle
Flipped classroom Aplicado ao Fórum Moodle
 
Avaliar é uma arte
Avaliar é uma arteAvaliar é uma arte
Avaliar é uma arte
 
Moodle moot anais 2010
Moodle moot anais 2010Moodle moot anais 2010
Moodle moot anais 2010
 
Prof denys sales interactive computer worldcist 17
Prof denys sales  interactive computer worldcist 17Prof denys sales  interactive computer worldcist 17
Prof denys sales interactive computer worldcist 17
 
Prof Denys Sales Flipped Classroom worldcist 2017
Prof Denys Sales Flipped Classroom worldcist 2017Prof Denys Sales Flipped Classroom worldcist 2017
Prof Denys Sales Flipped Classroom worldcist 2017
 
Prof Denys Sales - Para onde caminha o ensino e a aprendizagem
Prof Denys Sales - Para onde caminha o ensino e a aprendizagemProf Denys Sales - Para onde caminha o ensino e a aprendizagem
Prof Denys Sales - Para onde caminha o ensino e a aprendizagem
 
Salade aula invertida e fórum moodle
Salade aula invertida e fórum moodleSalade aula invertida e fórum moodle
Salade aula invertida e fórum moodle
 
Denys sales FGF para onde caminha a ead
Denys sales FGF para onde caminha a eadDenys sales FGF para onde caminha a ead
Denys sales FGF para onde caminha a ead
 
O que é um Mapa Conceitual
O que é um Mapa Conceitual O que é um Mapa Conceitual
O que é um Mapa Conceitual
 

A avaliação como prática pedagógica diferenciada

  • 1. A Avaliação como Prática Pedagógica Diferenciada Fonte: Sales (2010, p. 44-48) Já se passaram mais de 40 anos desde que Michael Scriven formalizou em sua obra “A Metodologia da Avaliação”, de 1967, as primeiras ideias de uma avaliação formativa (SCRIVEN, 1967). No início da década de 70, Benjamin S. Bloom e colaboradores classificaram as funções da avaliação em diagnóstica, somativa e formativa (BLOOM; HASTING; MADAUS, 1983). Na medida em que a avaliação fornece aos alunos e professores acesso a informações e dados, que lhes habilitam a analisar o processo realizado e determinar avanços e crescimentos em direção à autonomia e maiores competências, ela deve ser entendida como diagnóstica. Esta função não tem sentido se não ceder espaço a ações individualizadas que procurem identificar no perfil de cada aluno suas habilidades e limitações. Para Luckesi (2006, p. 35), a avaliação como diagnóstica “é um momento dialético de senso do estágio em que se está e de sua distância em relação à perspectiva que está colocada como ponto a ser atingindo à frente”. A função somativa tem por especificidade fornecer o grau de entendimento alcançado pelo aluno relativo a determinado conteúdo em momentos específicos e finais de um curso ou unidade didática. Entretanto, por vezes, é tomada como sinônimo de prova única aplicada ao final de uma etapa de aprendizagem, que pode não expressar a soma do todo construído no processo e, dessa forma, sofre distorção de sua função, sendo interpretada apenas por apresentar caráter previsível, classificatório, autoritário, comparativo, normativo, hierárquico, disciplinador, sancionador, que induz ao fracasso, que ojeriza os erros, que cria desigualdades, que tem fim em si mesma, que afasta, segrega e desmotiva a busca pela aprendizagem e que está tão presente da avaliação tradicional. É a lógica seletiva a serviço da sociedade como mecanismo de conservação e reprodução. Em relação à função formativa, a avaliação, no sentido amplo de ser, muito mais do que uma medida, deve ajudar o aluno a progredir na direção dos objetivos traçados, validar as aprendizagens em curso, ser instrumento de feedbacks ao longo do processo ensino-aprendizagem, regular por meio de
  • 2. intervenções pedagógicas e contínuas as situações imprevisíveis do ambiente de aprendizagem, bem como respeitar o tempo da aprendizagem necessário ao aprendiz. É a lógica formativa, ou lógica a serviço das aprendizagens, para a qual avançam as pedagogias mais progressistas e diferenciadas. Perrenoud (1999, p.14) pergunta: “se a avaliação formativa nada mais é do que uma maneira de regular a ação pedagógica, por que não é uma prática corrente?”. Pergunta que se propaga aos nossos dias: por que é tão difícil implantá-la atualmente? Por que a avaliação oscila ainda entre estas duas lógicas: a seletiva e a formativa? A resposta ele mesmo fornece, ao afirmar que a avaliação formativa “introduz uma ruptura porque propõe deslocar”, a regulação da ação em função da dinâmica do conjunto, “ao nível das aprendizagens e individualizá-la”, ou seja, implica em intervenções pedagógicas diferenciadas pensadas até o final do processo e inseridas numa visão global de regulação das aprendizagens. Deslocar-se da ação homogenizadora sobre um grupo (o todo), que aparentemente é mais simples, para observar suas partes, é nesse ponto que reside a dificuldade para a apropriação das práticas de avaliação formativa na escola. Perrenoud (1999) cita que, além de políticas indecisas e obstáculos materiais e institucionais numerosos, as causas para a efetivação de uma avaliação formativa e de uma pedagogia diferenciada passam por: [...] o efetivo das turmas, a sobrecarga dos programas e a concepção dos meios de ensino e das didáticas, que quase não privilegiam a diferenciação. O horário escolar, a divisão do curso em graus, a ordenação dos espaços [...] a insuficiência ou a excessiva complexidade dos modelos de avaliação formativa propostos aos professores [...] a formação dos professores. (Ibid, p. 16) Uma avaliação que se alinhe a lógica a serviço das aprendizagens e que se enquadre numa pedagogia de ações diferenciadas, deve ter, portanto, o caráter de contínua formação e regulação das aprendizagens. Para Perrenoud (1999), uma avaliação formativa é: Toda prática de avaliação contínua que pretenda contribuir para melhorar as aprendizagens em curso [...] (Ibid, p.78) [...]É formativa toda avaliação que ajuda o aluno a aprender e a se desenvolver, ou melhor, que participa da regulação das aprendizagens e do desenvolvimento no sentido de um projeto educativo (Ibid, p. 103). [...] Uma avaliação somente é formativa se desemboca em uma forma
  • 3. ou outra de regulação da ação pedagógica ou das aprendizagens. (Ibid, p.148) Mesmo com todas as dificuldades de efetivação da lógica formativa da avaliação, as correntes pedagógicas têm procurado migrar o aluno para o centro do processo, colocando em foco as aprendizagens. A Avaliação deve ser informativa e oportunizadora de aprendizagens. Para Zabala (1998), a finalidade da avaliação é ser “[...] um instrumento educativo que informa e faz uma valoração do processo de aprendizagem seguido pelo aluno, com o objetivo de oportunizar, em todo momento, as propostas educacionais mais adequadas”. A avaliação colabora com a ascensão cognitiva do aluno. Numa situação de ensino e aprendizagem a avaliação deve ser vista como uma intervenção pedagógica que ajuda o aluno a criar e percorrer a sua ZDP, ou seja, que o ajuda a se desenvolver e a superar desafios. Para Zabala (2002), a avaliação aumenta a autoestima e a motivação do aluno para continuar aprendendo: O papel das avaliações sobre nosso trabalho, o momento e a forma como são produzidas, incide de modo quase definitivo na motivação para a aprendizagem. [...] Uma avaliação da própria atuação e dos resultados obtidos somente pode ser concebida a partir de uma perspectiva educativa que a entenda como meio para oferecer ajudas que permitam continuar aprendendo. Essa avaliação jamais pode ser concebida como uma sanção sobre os resultados, mas como o meio para ir avançando, como uma informação que incentive o estudante sem inibi-lo ao realizar as atividades de aprendizagem. (Zabala, 2002, p.123). A avaliação deve permear todo processo de ensino-aprendizagem. Retomar constantemente o processo de aprendizagem é função de uma avaliação contínua e mediadora, não só no ensino presencial, mas também em propostas semipresenciais e a distância. Segundo Hoffmman (1998), que defende a realização e retomada de atividades de avaliação frequentes e sucessiva: “a ação avaliativa, enquanto mediação, não se caracteriza como um momento do processo educativo, mas é integrante e implícita a todo processo”. A avaliação deve ser um momento de excelência para a aprendizagem. Para Sales et al. (2004): “uma avaliação mediadora oportuniza sempre o refazer, num processo contínuo de reconstrução do conhecimento, onde os
  • 4. erros são tomados como hipóteses para uma nova discussão, tornando-se um elemento dinamizador na (re)elaboração desse conhecimento”. A avaliação deve ser o “instrumento dialético do avanço” (LUCKESI, 2006, p. 43), especialmente porque a aprendizagem, como cerne da ação avaliativa, é dinâmica. A avaliação deve ser um momento de satisfação em que se trabalha a redução das tensões entre aluno, professor, escola e sociedade. Momento em que se reconhecem os caminhos percorridos e se identificam os caminhos a serem perseguidos. A avaliação deve inteirar-se de um mínimo necessário que transcende a própria nota. “A avaliação deverá verificar a aprendizagem não a partir dos mínimos possíveis, mas sim a partir dos mínimos necessários. (LUCKESI, 2006, p. 44), “[...] um mínimo necessário de aprendizagem em todas as condutas” (Ibid, p. 45) e não um mínimo de notas. A avaliação deve incluir seus elementos constitutivos: Juízo de Qualidade, Dados Relevantes da Realidade e Tomada de Decisão, “são três variáveis que devem estar sempre juntas para que o ato de avaliar cumpra o seu papel” (LUCKESI, 2006, p.69), resumidos a seguir (Tabela 1). Tabela 1 – Elementos Constitutivos da Avaliação Juízo de Qualidade Dados Relevantes da Realidade Tomada de Decisão Qual a qualidade do objeto avaliado? Afirmação expressa por algum símbolo Atitude e não indiferença Comparação a um padrão Critérios pré-estabelecidos Mínimos necessários Qual o padrão ideal? Indicadores específicos Caráter efetivo e objetivo da realidade Sinais do objeto da avaliação O que fazer? Aceitar ou transformar o objeto avaliado Julgamento de valor Posicionamento de não-indiferença Fonte: extraído de Luckesi (2006, p. 33, 69-81) A avaliação, da mesma forma que ensino-aprendizagem, deve ser um processo, não no sentido de conter princípio, meio e fim, induzindo a algo estático, mas sim como algo dinâmico, flexível e circular, resultado da não indiferença acerca da realidade apresentada pelo aluno e sobre o qual atitudes de tomada de decisão, que o motivem a continuar aprendendo sejam sempre aplicadas. Para Viana: “A avaliação nunca é um todo acabado, autossuficiente, mas uma das múltiplas possibilidades para explicar um fenômeno, analisar
  • 5. suas causas, estabelecer prováveis consequências e sugerir elementos para uma discussão posterior, acompanhada de tomada de decisão, que considerem as condições que geraram os fenômenos analisados criticamente. (VIANA, 2000, p.18)”. Referências BLOOM, B. S.; HASTINGS, J. T.; MADAUS, G. F. Manual de Avaliação Formativa e Somativa do Aprendizado Escolar. S. Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1983. HOFFMANN, J. Pontos e Contrapontos: do pensar ao agir em avaliação. Porto Alegre: Mediação, 1998. LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. São Paulo: Cortez Editora, 2006. PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens entre duas lógicas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999. SALES, Gilvandenys Leite. LEARNING VECTORS (LV): Um Modelo de Avaliação da Aprendizagem em EaD Online Aplicando Métricas Não-Lineares. Tese. Universidade Federal do Ceará. Programa de Pós-graduação em Engenharia de Teleinformática. Fortaleza, CE, 2010, 236 f. SCRIVEN, M. The Methodology of Evaluation. In: TYLER, R.; GAGNE, R.; SCRIVEN, M. Perspectives of Curriculum Evaluation. Washington, D.C: American. Educational Research Association, 1967. VIANA, H. M. Avaliação Educacional e o Avaliador. São Paulo: BRASA, 2000. 192p. ZABALA, A. A Prática Educativa: como ensinar. Trad. Ernani F. da F. Rosa. Porto Alegre: ARTMED Editora, 1998. ______. Enfoque Globalizador e Pensamento Complexo: uma proposta para o currículo escolar. Trad. Ernani Rosa. Porto Alegre: ARTMED Editora, 2002.