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EMBRAPA
CENTRO DE PESQUISA AGROPECUARIA DO TRÓPICO ÚMIDO
MANUAL PRATICO DO CULTIVO DE FRUTEIRAS
MISCELÂNEA NQ 9
BELtM-PARA
1981
EMBRAPA
CÉNTRO DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DO TROPICO ÚMIDO
MANUAL PRÁTICO DO CULTIVO DE FRUTEIRAS
Cartos Hans Müller
Eng." Agr.o, M.S. em Fitotecnia.
Pesquisador do CPATU
Armando Kouzo Kato
Enq," Aqr,", M.S. em Fitotecnia.
Pesquisador do CPATU
Maria de Lourdes Reis Duarte
Eng.o Agr.°, M.S. em Fitopatologia.
Pesquisadora do CPATU
MISCELANEA N.o 9
Belém - Pará
1981
ISSN 0101H262
Centro de Pesquisa Agropecuária do Trópico Úmido
Trav. Dr. Enéas Pinheiro, s/n
Caixa Postal. 48
66.000 - Belém, PA
Telex (091) 1210
Müller, Carlos Hans
Manual prático do cultivo de fruteiras, por Carlos Hans Müller, Ar-
mando Kouzo Kato e Maria de Lourdes Reis Duarte. Belém, EMBRAPA-
CPATU, 1981.
28p. ilust. (EMBRAPA·CPATU. Miscelânea, 9).
1. Frutas tropicais - Cultivo. I. Kato, Armando Kouzo. 11I.
Duarte, Maria de Lourdes Reis. 111. Título. IV. Série.
CDD: 634.6
© EMBRAPA
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 5
PREPARO DA SEMENTEIRA 5
SEMEADURA DIRETA NO SACO PLÁSTICO.. . . . . . . . . . . . . . . . . 6
CONTROLE DE UMIDADE E TRATAMENTO DAS SEMENTES.... 6
PREPARO DO SUBSTRATO PARA OS SACOS PLASTICOS.... .. 6
REPICAGEM 6
MANEJO DOS SACOS PLASTlCOS 8
MANUTENÇÃO DO VIVEIRO 8
ADAPTAÇÃO AO SOL 9
PREPARO DA AREA 9
ESPAÇAMENTO 12
PREPARO DA COVA................ 15
PLANTIO DA MUDA 16
REPLANTIO 16
TRATOS CULTURAIS 16
Coroamento 16
Roçagem 17
Podas 17
Adubações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
Controle de pragas 19
Principais doenças e métodos de controle. . . . . . . . . . . . . . . 19
OBSERVAÇÕES GERAIS 25
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA 26
-5
MANUAL PRÁTICO DO CULTIVO DE FRUTEIRAS
RESUMO: São descritos de maneira generalizada as recomendações
práticas para o cultivo de diversas fruteiras a nível de pomar caseiro,
incluindo o preparo de sementeira e viveiro, práticas culturais, espa-
çamentos, adubações e a ocorrência das principais doenças nas espé-
cies e seus controles. Foi dado ênfase às espécies nativas da Ama-
zônia que já possuem interesse econômico. Apresenta ainda vinte e
nove referências bibliográficas para leitura complementar.
INTRODUÇAO
A Amazônia parece ser a área do globo onde vegeta o maior
número de espécies frutícolas nativas, entretanto pouco se conhece
sobre o comportamento agronômico e produtivo das mesmas.
Várias observações pessoais têm contribuído para o conheci-
mento de algumas fruteiras nativas, notadamente aquelas de maior
expressão econômica atual. Este manual prático baseia-se nas
observações e práticas adquiridas no manuseio com fruteiras nati-
vas e conhecimentos sobre outras espécies através de bibliografias
e prática do cultivo, tendo como objetivo fornecer subsídios aos
interessados na implantação de pomares caseiros, mais diretamente
àqueles com pouco conhecimento sobre o assunto.
PREPARO DA SEMENTEIRA
Para facilitar a semeadura e posteriormente a retirada das mu-
das, recomenda-se sementeiras suspensas, a 1 metro do solo, com
dimensões de 1 metro de largura e 20 cm de altura O comprimento
varia de acordo com o número de sementes utilizadas.
No tocante ao substrato é mais adequado usar uma mistura de
1:1 de terra vegetal com serragem curtida, o que facilitará a retirada
das plântulas, sem que o sistema radicular venha sofrer danos.
SEMEADURA DIRETA NO SACO PLÁSTICO
Esta prática é viável para algumas espécies como cupuaçu, aba-
cate. manga. [aca, mamão e maracujá. desde que seja previamente
feita uma boa seleção das sementes, que de um modo geral é feita
eliminando-se aquelas menores e mais leves. assim como as que
apresentam injúrias e mofos.
CONTROLE DE UMIDADE E TRATAMENTO DAS SEMENTES
Várias espécies são altamente suscetíveis ao excesso de umi-
dade na sementeira. Deste modo. recomenda-se para as espécies
abacateiro. sapotizeiro. camitiêzeiro. cutitezeiro. abluzeiro, gravioleira.
ateira e biribazeiro um controle de rega na sementeira. fazendo-a em
dias alternados.
Para o abacate, onde a incidência de podridão das raizes é gran-
de. além do controle de umidade recomenda-se o tratamento da se-
mente com fungicida Ridomil na concentração de 0.1 % deixando-se
em imersão durante dez minutos.
PREPARO DO SUBSTRATO PARA OS SACOS PLÁSTICOS
De um modo geral o crescimento das plantas é favorecido com
a adição de estêrco curtido no substrato do saco plástico. Portanto.
aconselha-se uma mistura de oito partes de terriço com duas partes
de estêrco curtido de gado. Em caso de cama de aviário. a mistura
pode ser de nove partes de terriço para uma parte de 'cama de aviá-
rio.
o tamanho do saco plástico mais em uso é o 17 x 27 em, e este
deve ser dobrado na parte superior. para dar maior resistência no
transporte.
REPICAGEM
Sempre que possível. a repicagem deve ser feita antes da aber-
tura das primeiras folhas. o que evitará a perda de água da muda.
Nas plântulas. onde os cotllédones elevam-se acima do solo. a repi-
cagem é feita logo após a abertura das duas primeiras folhas.
-7.
Os cuidados mais importantes que se devem ter na repicagem
são:
a) Evitar que as raízes fiquem em direção da superfície do
substrato;
b) O coleto deve ficar na posição exata, ou seja no nível do
substrato;
c) Não deixar bolsas de ar entre as raízes e o substrato. Evi-
ta-se isto apertando o substrato contra as raízes;
d) Evitar ao máximo a quebra de raízes, portanto, a retirada da
plântula da sementeira deve ser cuidadosa e sempre após uma boa
rega;
e) Não deixar as plântulas, após retirá-Ias da sementeira, muito
tempo fora do substrato. Desde modo, somente retirar da sementei-
ra pequenas quantidades de mudas de cada vez e colocar imediata-
mente no saco plástico;
f) Os sacos devem ser colocados à sombra e gradativamente
levados ao sol;
g) É uma boa prática colocar sobre o substrato dos sacos plás-
ticos uma camada fina de casca de arroz curtida ou serragem curtida
ou ainda caroços de açaí velhos. Isto evita que o gotejamento das
árvores, local onde geralmente os sacos são arrumados, retire parte
do terriço;
h) Após a repicagem efetuar uma boa rega sobre os sacos
plásticos.
Observações:
Semeadura direta nos sacos plásticos: abacate, caju, cupuaçu,
jaca, mamão, manga, maracujá e outras fruteiras. Nas espécies ma-
moeiro e maracujazeiro usa-se a semeadura de três sementes por sa-
co plástico, com posterior eliminação de duas, quando as plântulas
atingem 5 cm de altura.
A semeadura em sementeira é feita para as espécies bacurizeiro,
açaizeiro, biribazeiro, coqueiro, goiabeira, gravioleira, guaranazeiro,
pupunheira, sapotizeiro, camitizeiro. bacabeira, grumixameira, sorvei-
ra e outras.
8-
Por outro lado, muitas espécies requerem porta-enxertos, e nes-
tes casos faz-se a semeadura da espécie que vai servir de U cavalo".
Exemplo: Para citros, os "cavalos" mais em uso no norte são o limão
cravo e o limão rugoso da Flórida. Para a mangueira, usa-se para
• cavalo " a variedade espada, por ser encontrada em grande quanti-
dade.
MANEJO DOS SACOS PLÁSTICOS
Essa prática evita que as raízes das plantas, após ultrapassarem
os sacos, se fixem no solo, e, quando da remoção destas para o
plantio, se quebre parte do sistema radicular. Evita-se isto fazendo-
se remanejo de local dos sacos ou utilizando-se encerado plástico
sob os recipientes plásticos.
MANUTENÇAO DO VIVEIRO
A manutenção consiste de mondas (capinas manuais) periódicas.
para evitar que as ervas indesejáveis concorram com a planta útil.
~ recomendada a primeira monda, quinze dias após a repicagem, sen-
do as posteriores feitas com o espaço de um mês.
Outra atividade de manutenção é o controle de pragas e doenças.
que pode ser feito através de tratos culturais ou pela aplicação de
produtos químicos.
Quanto a pragas, deve ser verificado que tipo de inseto está
atacando as plantas. Em caso de sugadores (pulgões. cochonilhas.
etc.) indica-se pulverização com o inseticida Dimecron a 0,1%, mis-
turado a um espalhante adesivo (Ex. Novapal). Por outro lado, se o
ataque é de inseto mastigador (gafanhotos, etc.) convém aplicar o
inseticida Folidol a 0,1%, também misturado a um espalhante ade-
sivo.
Uma outra prática de manutenção é o desbaste de plântulas, usa-
do principalmente nas espécies poliembrionárias, como a mangueira.
o jambeiro, etc. Neste caso, é aconselhável deixar a planta mais
desenvolvida e melhor formada, eliminando-se as outras.
-9
ADAPTAÇÃO AO SOL
Como as mudas são repicadas da sementeira ou plantadas dire-
tamente nos sacos plásticos e geralmente colocadas à sombra, con-
vém que, no período de crescimento, sejam gradativamente levadas
ao sol, evitando-se deste modo, que no local definitivo ocorra quei-
ma das folhas ou mesmo a morte de plantas.
Uma outra prática usada em mudas que vão para o campo com
tamanho grande, é a retirada de parte da folhagem, para evitar a per-
da de água pelas folhas, dando equilíbrio entre a água absorvida pe-
las raízes e a perdida na transpiração.
PREPARO DA ÁREA
Neste ítem deve ser levado em consideração que especie vai
ser cultivada, ou seja, se a mesma requer sombreamento permanen-
te. (Ex. cacaueiro, cupuaçuzeiro, etc.l: se somente requer sombra
por pequeno período após o plantio definitivo, ou se necessita de
incidência direta da luz solar. Vejamos então os casos específicos.
1 - Plantas permanentemente sombreadas
Podem ser usados dois tipos de sombreamento quais sejam: o for-
mado previamente ou o aproveitamento da cobertura original do solo.
Considera-se formado aquele implantado propositalmente para o som-
breamento permanente, geralmente utilizando plantas apropriadas pa-
ra esse fim, como a ingazeira e eritrina.
No segundo caso é o aproveitamento de capoeiras, somente fa-
zendo broca e raleamento da mesma. Isto torna mais barata a im-
plantação de cultivos desse gênero, razão pela qual passamos a
descrever o processo. Primeiramente é feita uma broca na capoei-
ra, ou seja, a eliminação da vegetação baixa, seguindo-se da elimina-
ção das plantas finas e algumas de maior porte, procurando unifor-
mizar o sombreamento da área (desbaste ou raleamento).
A seguir é feito o piqueteamento das linhas base, ou seja, a linha
da frente e a do fundo da área de plantio. O espaçamento nestas
linhas varia de acordo com a cultura, mas para exemplificar, ele-
10 -
gemos O cupuaçuzeiro. Portanto, o espaçamento em hexágono
será de 8m x 8m, e neste caso a cada 6,9 m nas linhas base se-
rá fincado um piquete (Fig. 1}.
L. base
o
o
o
o
o
o
o
o
o
o
o
o
o
~ro
.. o
o
o 69m
L. base
Ó -t!
Ll L2
Fig. 1 - Esquema do preparo de área para plantas permanentemente sombreadas.
A partir do ponto em que as cabeças da quadra estão piquetadas,
realiza-se a limpeza das linhas de plantio, fazendo a eliminação das
plantas que estão na direção dos piquetes "correspondentes". A
limpeza é feita 1 m para cada lado da linha de plantio.
Com as linhas de plantio desobstruídas, passa-se a piquetear a
mesma, fincando os piquetes a cada oito metros, nas linhas ímpares
- 11
de plantio, ou seja, 1.', 3.' e 5.', etc. Nas linhas pares (2.' e 4.'. etc.I,
o primeiro piquete é fincado com um afastamento de 4 m da linha
base.
2 - Plantas que requerem sombreamento provisório
A área é totalmente limpa, entretanto as plantas devem ser som-
breadas provisoriamente. Neste caso podem ser usados três méto-
dos: sombreamento com plantas vivas ou sombreamento tipo foguei-
ra (toras) ou ainda com folhas de palmácea (Fig. 2).
Fig. 2 - Tipos de coberturas provisórias.
No primeiro caso, podem ser utilizadas a mandioca, a mamona, a
bananeira, com posterior eliminação da espécie provisória.
O sombreamento provisório tipo fogueira é feito com toras de
madeira, arrumadas à semelhança de uma fogueira. Esse método é
muito utilizado no sombreamento provisório de cultivos de guarana-
zeiro.
O último método de sombreamento provisório é mais barato e
oferece ótimos resultados. Consiste na utilização de folhas de pai-
máceas (açaizeiro, dendezeiro, etc.) cortadas a 1,5 m de comprimen-
to. Geralmente são usados três pedaços por planta sombreada.
Quanto à arrumação das folhas, indica-se a cobertura de casinha,
que consiste na utilização de três piquetes fincados em triângulo ao
redor da planta, e mais três piquetes amarrados na parte superior
12 -
dos fincados ao chão. Por sobre os piquetes suspensos são amarra-
dos os pedaços de folhas de palmácea.
O processo descrito acima é superior ao da tenda indígena, onde
uma ponta da folha de palmácea é colocada no chão e a outra amar-
rada junto às pontas das outras duas palhas acima da muda a ser
sombreada.
3 - Plantas que não necessitam de sombreamento
Como no caso anterior, a área deve ser completamente limpa ou
seja livre de toras e tocos, o que vai facilitar a manutenção da mes-
ma ou favorecer o aproveitamento das entrelinhas para cultivos de
subsistência.
Quanto às plantas em si, salienta-se que as mesmas devem so-
frer o processo de adaptação ao sol, pois mesmo suportando a inci-
dência direta da luz solar, podem sofrer injúrias por falta de adapta-
ção ao sol.
ESPAÇAMENTO
O compasso para fruteiras varia de espécie para especie e até
mesmo para uma mesma espécie, pois depende da formação e ta-
manho da copa de cada variedade. Um exemplo claro pode ser dado
com a mangueira, onde existem variedades com copas reduzidíssi-
mas, em relação a outras variedades de copas exuberantes. Existem
ainda outros fatores que podem interferir no tamanho da copa, e,
portanto, devem ser levados em consideração. A experiência tem
mostrado a existência de comportamento diferencial de copas de mes-
ma variedade enxertada sobre diferentes" cavalos", fato esse bastan-
te estudado em citros.
A fertilidade do solo também tem influência na formação da co-
pa, tanto que, de um modo geral, recomendam-se espaçamentos me-
nores quando o cultivo é implantado em solos fracos, em relação a
solos férteis.
Na Amazônia, não se têm dados experimentais sobre espaçamen-
tos de fruteiras, entretanto algumas indicações podem ser forneci-
das, com base em observações práticas, com a disposição das plan-
tas em hexágono, quadrado e retângulo (Tabela 1).
TABELA 1 - Espaçamentos de fruteiras com disposições em hexágono, quadrado e retângulo.
Distância (m) entre as linhas de Distância (m) das plantas na Número de plantas por hectare
Fruteira
plantio mesma linha
hexagonal I quadrangular Iretangular hexagonal I quadrangular Iretangular hexagonal
I quadrangular Iretangular
Abacateiro 6,9 8,0 8,0 8,0 181 156
Abieiro 6,0 7,0 7,0 7,0 238 204
Abricozeiro 8,6 10,0 10,0 10,0 116 100
Açaizeiro 5,2 6,0 6,0 6,0 320 277
Araçazeiro 6,0 7,0 7,0 7,0 238 204
Ateira 3,5 4,0 4,0 4,0 714 625
Bacabeira 5,2 6,0 6,0 6,0 320 277
Bacurizeiro 8,6 10,0 10,0 10,0 116 100
Bananeira 3,5 4,0 4,0 4,0 4,0 2,5 320 625 1.000
Biribazelro 6,0 7,0 7,0 7,0 238 204
Caimiteiro 6,9 8,0 8,0 8,0 181 156
Cajaraneira 6,0 7,0 7,0 7,0 238 204
Cajueiro 6,9 8,0 8,0 8,0 181 156
Caramboleira 4,3 5,0 5,0 5,0 465 400
Coqueiro 6,9 8,0 8,0 8,0 181 156
Cupuaçuzeiro 6,9 8,0 8,0 8,0 181 156
Cutiteiro 8,6 10,0 10,0 10,0 116 100
Fruta-pãozeiro 6,0 7,0 7,0 7,0 238 204
Goiabeira 6,0 7,0 7,0 7,0 238 204
Gravioleira 4,3 5,0 5,0 5,0 465 400
Jambeiro rosa 6,0 7,0 7,0 7,0 238 204
Jamb. vermelho 6,0 7,0 7,0 7,0 238 204
Jaqueira 8,6 10,0 10,0 10,0 116 100
..•.Cio)
TABELA 1 - (Contlnuaolo) ..•..;:.
Distância (m) entre as linhas de Distância (m) das plantas na Número de plantas por hectare
Fruteira
plantio mesma linha
hexagonal I quadrangular Iretangular hexagonal I quodrangular Iretangular hexagonal I qucdrcnçutcr
I retangular
Jenlpapelro 6,9 8,0 8,0 8,0 181 156
laranjeira 6,0 7,0' 7,0 7,0 238 204
limeira 6,9 8,0 8,0 8,0 181 156
limoeiro 6,0 7,0 7,0 7,0 238 204
Mamoeiro - 3,0 4,0-3,0 - 3,0 2,5-2,0 - 1.111 1.000 - 1.666
Mangabeira 5,2 6,0 6,0 6,0 320 277
Mangostãozelro 6,0 7,0 7,0 7,0 238 204
Mangueira 8,6 10,0 10,0 10,0 116 100
Maracujazeiro - - 5,0 - - 2,0 - - 1.000
Murucizelro 5,2 6,0 6,0 6,0 320 277
Pupunhelra 5,2 6,0 6,0 6,0 320 277
Sapotizeiro 6,9 8,0 8,0 8,0 181 156
Taperebazelro 8,6 10,0 10,0 10,0 116 100
- 15
PREPARO DA COVA
A cova de plantio para fruteiras pode ser preparada de um modo
geral, com a dimensão de 50 cm em todos os sentidos. Entretanto,
algumas espécies, como por exemplo o coqueiro, requerem covas
com 1 m x 1 m x 1 m e ainda um preparo todo especial.
Quando da abertura das covas e o posterior plantio das mudas,
recomenda-se o uso da tábua de plantio que evita o desalinhamento
das plantas (Fig. 3). O uso dessa tábua consiste em aprumar o cor-
te central do piquete da cova e fincar dois outros piquetes nos cortes
laterais da tábua. Após esta operação, é retirado o piquete do corte
central juntamente com a tábua de plantio, e iniciada a abertura da
cova.
100 (11,
! .
{l A JFig. 3 - Tábua de plantio usada na abertura da cova e plantio propriamente dito.
Após O preparo da cova, novamente a tábua é colocada e ajusta-
dos os cortes laterais nos dois piquetes laterais, sendo então reco-
locado o piquete do corte central da tábua e retirados os laterais.
Deste modo, a cova foi preparada sem modificar a posição inicial do
piquete fincado durante a marcação das covas.
Esse mesmo processo deve ser repetido na ocasião do plantio
da muda, sendo que no corte central da tábua será ajustado o coleto
da planta.
A maioria das fruteiras cresce bem em covas preparadas com
pelo menos quinze litros de estêrco curtido, 250 gramas de farinha
de ossos e 100 gramas de superfosfato triplo, podendo ainda ser adi-
cionada 50 gramas de cloreto de potássio. Esse material deve ser
16 -
misturado com a terra preta do solo, (separada durante o coveamen-
to) e a mistura colocada no fundo da cova e ao redor do torrão da
muda, sendo a cova completada com o restante da terra retirada da
mesma.
Convém salientar que a adubação da cova indicada aqui é de
uma maneira geral, pois o preparo da cova varia com a planta, pos-
sibilidade do agricultor e com a fertilidade do solo.
PLANTIO DA MUDA
o plantio propriamente dito consiste na colocação da muda na
cova de plantio. Antes do plantio, o recipiente onde a muda foi
preparada deve ser retirado, para posteriormente a muda ser coloca-
da cuidadosamente na cova, observando-se uma altura do coleto de
5 em acima do nível do solo evitando, também, a quebra do torrão
das raízes .
Para que não se formem bolsas de ar em torno do torrão da mu-
da, comprime-se a mistura de terra mais adubos em torno da plan-
ta. Após completar o volume da cova, executar uma boa rega e co-
brir com capim seco o solo da superfície da cova.
REPLANTIO
Consiste na reposição de plantas, onde houve morte após o plan-
tio. Os replantios são comuns na implantação de cultivos e são tão
reduzidos quando maiores tenham sido os cuidados na seleção da
muda, adaptação ao sol, desbaste de folhas, controle de pragas e
plantio.
TRATOS CULTURAIS
Consiste de coroamento, roçagem, podas, adubações, e controle
de pragas e doenças.
Coroamento
É a eliminação das ervas daninhas em torno da planta, para evi-
tar competição por água e nutrientes, como também o abafamento da
- 17
planta desejável. Essa prática é feita manualmente utilizando enxa-
da, quando as plantas ainda são novas, ou com herbicidas, geral-
mente usados em plantas adultas. A periodicidade do coroamento
é, de um modo geral, de dois em dois meses.
Roçagem
Consiste no rebaixamento da cobertura vegetal da entrelinha
das plantas desejáveis, feita com roçadeira ou terçado. A periodi-
cidade varia de dois em dois meses até quatro em quatro meses. t
boa prática utilizar o capim roçado e seco para a cobertura morta na
coroa das plantas principalmente no período de menor intensidade
pluviométrica, pois além de abafar as ervas daninhas, retém a umi-
dade e, posteriormente, são devolvidos ao solo os nutrientes por elas
absorvidos.
Podas
As fruteiras necessitam de podas de formação, de frutificação
e de limpeza. Entretanto, nas fruteiras tropicais perenes não é co-
mum o uso de poda de formação e muito menos a de frutificação.
Deste modo, pode-se indicar a eliminação de ramos laterais próximos
ao solo, para que o tronco fique único e livre de ramificação até 1,5
a 2 m do solo. Isto irá facilitar a execução dos coroamentos e adu-
bações, além de evitar quebra de galhos por máquinas agrícolas.
A poda de limpeza é muito importante em espécies tropicais,
tendo em vista a grande incidência de fungos, favorecidos pela alta
umidade. Essa poda consiste na el iminação de ramos doentes ou
secos, queimando-os posteriormente.
Adubações
As espécies diferem quanto às suas necessidades de elementos
nutritivos. Entretanto, o assunto aqui será abordado em sentido
amplo, procurando-se indicar fertilizações mínimas e também opções
de fertilizantes, de acordo com a possibilidade do agricultor e dispo-
nibil idade de adubo.
Para os solos arenosos, de maior ocorrência na Zona Braqantl-
na, é indispensável que se faça pelo menos uma aplicação anual de
18 -
adubo orgânico (esterco), logo no início das chuvas, adubando a coroa
com cerca de 15 Iitros de adubo em cobertura.
As adubações minerais são feitas em círculo na coroa da planta,
procurando sempre abrir o sulco de 5 cm de profundidade na proje-
ção da copa e distribuir a dosagem da mistura uniformemente por
todo o sulco, preenchendo-o com terra, posteriormente.
Na fase de crescimento da planta, indica-se uma formulação de
NPK + Mg qual seja: 12 - 12 - 12 + Mg, nas seguintes quantida-
des por planta/ano / apl icação .
1.° ano 2.° ano 3.° ano 4.° ano
1.' 2.' 3.' T
309 309 409 1009
1.' 2.' 3.' T
45 45 60 1509
1.' 2.' 3.' T
60 60 80 2009
1.' 2.' 3.' T
90 90 120 300g
As aplicações deverão ser ministradas no período chuvoso e
sempre depois da limpeza na coroa das plantas.
Na fase de produção, convém consultar livros específicos de
cada espécie ou mesmo experimentos de nutrição destas ou ainda
publicações de fruticultura, pois geralmente são' indicadas formula-
ções e quantidades de fertilizantes específicas por caixa de frutos
colhida. Entretanto, dificilmente serão encontradas informações a
respeito da fertilização das fruteiras regionais e porque não dizer
das tropicais.
Deste modo pode-se indicar uma fertilização de suporte das fru-
teiras, que, embora não sendo a ideal para cada espécie, assegura
boas colheitas anuais. Portanto, recomenda-se apl icar uma formula-
ção 15 - 15 - 23 + Mg, na base de 300-600 gramas por ano, divi-
didos em três apl icações. Convém ainda, aplicar cerca de 200 gra-
mas de calcário dolomítico por ano, podendo ser aplicado em mistu-
ra com a adubação anual de esterco.
Ressalta-se mais uma vez, que a adubação indicada é somente
para fruteiras perenes, mais precisamente para aquelas cujas infor-
mações de suas necessidades nutricionais não existem.
- 19
Controle de pragas
As pragas comuns das fruteiras são os insetos mastigadores
(gafanhotos, etc.) e sugadores (pulgões, etc.). De uma maneira ge-
ral, controla-se os mastigadores com pulverizações de Folidol aO,1 %,
e os sugadores com aplicações de Dimecron a 0,1%, misturado a um
espalhante adesivo, principalmente na época mais chuvosa do ano.
Nas fruteiras com frutos amadurecendo, convém substituir o Fo-
lidol pelo Malatol, pois o período residual deste é de apenas quatro
dias, podendo deste modo, serem consumidos os frutos após esse
tempo.
Principais doenças e métodos de controle
A maior parte das árvores frutíferas da Amazônia não tem sido
prejudicadas pela incidência de doenças, provavelmente devido a fal-
ta de cultivos racionais. Aquelas como abacateiro, mamoeiro, ba-
naneira, cajueiro, laranjeira, limoeiro e Maracujazeiro possuem doen-
ças importantes, que chegam a comprometer sua produção. As fru-
teiras restantes são pouco afetadas por patógenos.
- Abacateiro
As principais doenças do abacateiro são a podridão das raízes
(Phytophthora cinnamomi), mancha parda das folhas (Cercospora pur-
purea) verrugose (Sphaceloma perseae) e antracnose (Colletotrichum
gloesporioides) .
a) Podridão das raízes - plantas afetadas apresentam amare-
lecimento e queda gradual das folhas. Os ramos mais novos secam
e a produção é falsamente aumentada, antes da morte das plantas.
Como o agente patogênico vive no solo e necessita de bastante umi-
dade para crescer e reproduzir, recomenda-se a drenagem do solo,
principalmente se for argiloso; incorporação de matéria orgânica no
solo e tratamento do solo da cova com os fungicidas Metalaxyl (Rido-
mil), Fosetil (Aliette) ou Lesan (Dexonl na dosagem de 0,1 a 0,2%.
b) Antracnose e verrugose - os frutos afetados apresentam
manchas escuras na casca e em correspondência os tecidos da polpa
20 -
apresentam-se apodrecidos. Mergulhar os frutos após a colheita em
solução de Thiabendazol (Tecto 60 PM) a 0,1% ou Direne (Delan)
0,1% ou Captafol (Difolatan 80 PM) a 0,4%.
c) Mancha parda das folhas - devido não causar queda da fo-
lhagem, não se recomenda, atualmente, o uso de produtos químicos.
Entretanto uma adubação bem balanceada dará condições para que a
planta seja menos afetada pela doença.
- Bananeira
Na cultura da bananeira ocorrem pelo menos três doenças impor-
tantes: o mal de Sigatoka (Cercospora musae), o mal de Panamá (Fu-
sarium oxysporum f. sp. cubense) e o ..Moko" ou murcha bacteriana
da bananeira (Pseudomonas solanacearum raça 2).
a) Mal de Sigatoka - produz manchas escuras alongadas dis-
tribuídas pela folhagem. Muitas vezes estas manchas são invadidas
por outros microorganismos que formam as manchas maiores, quei-
mando grandes extensões da folhagem. O controle é feito com fun-
gicidas à base de cobre a 0,3% (Cuprosan, Cupravit verde, Cobre San-
dozl, ou óleo mineral especial (Spray oil n.O3).
b) Mal do Panamá - as plantas apresentam amarelecimento
progressivo da folhagem, iniciando pelas mais velhas que após fica-
rem murchas quebram na junção com o pseudo-caule parecendo um
guarda chuva fechado. Os cachos são mal-formados e com frutos
pequenos. O pseudo-caule apresenta rachaduras. O controle é fei-
to com variedades resistentes como Nanica e Nanicão. Na falta des-
tas cultivares, recomenda-se o uso de mudas sadias; tratamento das
mudas antes do plantio com 0,5% de Aldrex 4 + 0,25% de Nemagon
+ 0,25% de Furadan Shell Azul e 0,20% de Shellsan Forte; plantio
em solos novos; rotação de cultura.
- Cajueiro
Antracnose - causada por Colletotrichum gloesporioides, é a
principal doença da cultura. Provoca manchas e deformações das
folhas novas, apodrecimento da castanha e rachaduras do pendúclo
- 21
(polpa). Recomenda-se a aplicação de produtos à base de Cobre
(Cuprosan, Cupravit a 0,3%). Thiabendazol (Tecto 60 PM) a 0,1%,
Captafol (Difolatan 80 PM) a 0,3%.
- Cupuaçuzeiro
É afetado principalmente pela vassoura de bruxa causada por
Crinipellis perniciosa. O fungo causa o superbrotamento dos ramos
produtivos, reduzindo drasticamente a produção. Para controlar a
doença recomenda-se a poda e queima dos ramos doentes um pouco
abaixo da zona entumescida.
- Jaqueira
É afetada por Rhizopus artocarpi que causa o apodrecimento da
casca e polpa dos frutos. Quando afeta o pendúnculo provoca a
queda precoce dos frutos. Pulverização com fungicidas à base de
Cobre a 0,3% controla a doença.
- Citros (Laranjeira, Limoeiro, etc.)
As plantas cítricas da Amazônia são afetadas principalmente pe-
las seguintes doenças:
a) Tristeza (vírus) provoca morte das radicelas, necrose das
nervuras, queda de folhas, formação de folhas novas, pequenas e
amareladas, seca e morte das plantas. Em plantas muito suscetí-
veis surgem sintomas de caneluras.
Recomenda-se como controle, enxertia em cavalos tolerantes
como: Laranja azeda x limão; Limão cravo x laranja-doce; Limão ga-
lego x Laranja doce.
b) Gomose (Phytophthora parasitica, P. citrophthora) causa le-
sões na região do coleto e, com o progresso, há exsudação de go-
ma, sintoma característico da doença. Quando a lesão circunda
o tronco, a planta morre. A parte lesionada no coleto corresponde
a seca e morte dos ramos na copa.
O controle é feito com porta-enxerto resistente como limão-gale-
go. Além destas recomenda-se plantio alto, de modo que a inserção
22 -
das raízes principais fique no nível do solo, poda da "saia" para
permitir melhor aeração; pincelamento do tronco, com pasta de fun-
gicidas à base de Cobre; remoção dos tecidos afetados e posterior
tratamento com pasta de fungicida, quando a lesão estiver na fase
inicial de desenvolvimento.
- Mangueira
~ afetada nas condições da Amazônia pela antracnose que pro-
voca manchas foliares, queima dos brotos novos e apodrecimento
dos frutos, tanto na árvore como durante o processo de comerciali-
zação. Recomenda-se fazer poda de limpeza (eliminação de ramos
secos), pulverizações com fungicidas cúpricos a 0,3%, mancozeb
0,3% (Dithane M-45) ou Tiofanato rnetíllco 0,07% (Cycosin M-70 Cer-
cobln M-70) uma primeira aplicação antes da floração e uma segunda
durante o florescimento.
- Mamoeiro
São doenças comuns em mamoeiro as seguintes:
a) Variola (Asperisporium caricae) que provoca manchas pe-
quenas, circulares e escuras em folhas e frutos, desvalorizando o fru-
to para o mercado. Recomenda-se o uso de pulverizações à base
de Maneb (Maneb Sandoz) a 0,3%, iniciando o tratamento na época
de maior frutificação e quando estes estiverem jovens.
b) Antracnose (Colletotrichum gloeosporioides) causa pontos
escuros nos frutos que aumentam formando manchas deprimidas en-
volvidas por tecido aquoso. Esta podridão atinge a polpa, tornando
os frutos imprestáveis para o mercado. O controle deve ser inicia-
do no campo usando-se os fungicidas Mancozeb (Dithane M-45) a
0,3% ou Benomyl (Benlate) a 0,1%. Após a colheita mergulhar os
frutos durante três minutos em solução de Benomyl a 0,01% .
c) Podridão do pé (Phytophthora parasitica) - afeta o coleto
da planta, causando um encharcamento dos tecidos seguido de apo-
drecimento. Quando a doença já atingiu um estado avançado, há
uma exsudação de goma no local afetado. Quando todo o diâmetro
do caule é atingido, as folhas amarelam, caem e a planta é facilmen-
- 23
te tombada pelo vento. Se a lesão está na fase inicial pode-se fazer
a remoção dos tecidos doentes e pincelamento com uma pasta de
fungicida cúprico. Fazer também, o plantio com cova cheia com
solo livre da doença, porque os mamoeiros são mais sensíveis até
três meses de idade.
- Maracujazeiro
Nas nossas condições o maracujazeiro é afetado por:
a) Ferrugem (Puccinia scleriae) - caracterizada pelo apareci-
mento de bolsões nas folhas. Eliminar os hospedeiros intermediá-
rios e pulverizar com fungicidas à base de Cobre.
b) Verrugose e manchas de Cladosporium pulverizar com
fungicidas cúpricos (Cuprosan, Cupravit) a 0,3% ou Mancozeb (Di-
thane M-45) a 0,3%.
- Bacabeira e Coqueiro
Estas duas culturas são afetadas pelo anel vermelho causado
pelo nematódeo Radinaphelenchus cocophilus, sendo a bacabeira
mais sensível do que o coqueiro, além de servir de reservatório do
nematódeo. As plantas afetadas devem ser erradicadas imediata-
mente, porque é uma doença de controle difícil. A eliminação da
planta doente contribui para a redução do inóculo na área.
-- Pupunheira
A pupunheira é afetada principalmente por duas doenças. O
anel vermelho que se caracteriza pela formação de um anel averme-
Ihado quando se faz um corte no sentido do diâmetro do caule e a
antracnose (Colletotrichum gloesporioides) que causa o apodrecimen-
to da polpa dos frutos. No caso do anel vermelho deve-se proceder
a eliminação das plantas doentes. Para controlar a antracnose, re-
comenda-se o uso de adubação balanceada para dar melhores condi-
ções para o desenvolvimento da planta.
24 -
- Gravioleira e Biribazeiro
Estas duas espécies são afetadas pela antracnose causada por
Colletotrichum gloesporioides. Os sintomas característicos são
manchas foliares escuras e apodrecimento de frutos. Recomenda-
se pulverizar as plantas e os frutos com fungicidas à base de Cobre
(Cuprosan, Cupravit, Oleocuivre) a 0,3%.
- Murucizeiro
Nas nossas condições o murucizeiro é afetado por ferrugem cau-
sada por Crossospora notata. Como o índice de incidência é baixo
nenhuma medida de controle é indicada, entretanto, se a incidência
da doença na área for elevada, pulverizações com fungicidas cúprl-
cos a 0,3% controlam a doença.
- Ateira
A ateira nas nossas condições é afetada por duas doenças: a an-
tracnose (Colletrotrichum gloeosporioides) e a mancha parda (Cer-
cospora anonae). Estas doenças podem ser controladas com pulve-
rizações à base de Cobre a 0,3% ou Captafol a 0,3%.
- Goiabeira
Na goiabeira já foi constatada a ocorrência de antracnose causa-
da por Colletotrichum gloesporioides e ferrugem causada por Pucci-
nia psidii. Estas duas doenças podem ser controladas por fungici-
das cúpricos ou Captafol, ou Dyrene na dosagem de 0,3%.
- Jambeiro vermelho
Nas nossas condições o jambeiro apresenta sintomas de ama-
relecimento, queda de folhas e deperecimento que culminam na morte
da planta. A causa é desconhecida, mas acredita-se que se trata de
doença de natureza fúngica. Deve-se erradicar as plantas afetadas
para reduzir o inóculo.
- 25
- Fruta-pãozeiro
~ afetado por podridão de raiz de causa desconhecida. Eliminar
as plantas doentes.
As demais fruteiras como açaizeiro, bacurizeiro, mangostãozeiro,
sapotizeiro, araçazeiro, caramboleira, cutiteiro, jambeiro rosa, jenipa-
peiro, mangabeira, grumixameira e sorveira não são afetadas por
doenças importantes nas condições atuais de exploração extrativa.
Entretanto. o cultivo racional destas fruteiras deverá proporcionar
condições para o aparecimento de doenças de importância econômi-
ca.
OBSERVAÇÕES GERAIS
Algumas espécies. principalmente aquelas que formam toucei-
ras, requerem manejo. Como exemplos. podem ser dadas algu-
mas espécies com as devidas indicações do desbaste de plantas na
touceira:
Bananeira: recomenda-se fazer o desbaste dos filhos, deixando
a planta mãe. uma filha e uma neta. Para o desbaste em pomar ca-
seiro. pode ser usado um enxadeco ou enxada. cortando-se a brotação
abaixo do nível do solo.
Pupunheira: é conveniente deixar a planta mãe e três a quatro
filhos. eliminando-se a planta mãe quando esta estiver excessiva-
mente alta. dificultando a colheita dos frutos.
Outras espécies frutícolas requerem peculiaridades no seu cul-
tivo. como por exemplo o mamoeiro. Nessa espécie. recomenda-se
utilizar plantio direto das sementes no saco plástico. semeando três
sementes, provenientes de fruto de plantas hermafrodita. por saco.
fazendo-se o desbaste quando as mudas atingirem cerca de cinco cen-
tímetros de altura. deixando a planta mais desenvolvida e/ou melhor
formada. Quando do plantio no campo. geralmente feito em letras,
usar três mudas por cova. eliminando duas no início de floração, dei-
xando apenas uma planta hermafrodita por cova.
Os botões e flores das plantas hermafroditas e femininas dife-
rem bastante. como pode ser verificado na Fig. 4, facilitando a esco-
lha e conseqüentemente o desbaste.
26 -
HERMAFRODITA FEMININA
Fig. 4 - Botões florais e flores de plantas de mamão hermafrodita e feminina.
MOLLER,C.H.; KATO, A.K. & DUARTE,M. de Lourdes, R.
Manual prático do cultivo de fruteiras. Belém.
EMBRAPA-CPATU, 1981. 28p. (EMBRAPA-CPATU.
Miscelânea, 9).
ABSTRACT: Practical recommendations for the cultivation of
various fruit trees in domestic orchards, including the preparation of
seedbeds and nurseries, and cultural practices are described. Re-
commended spaclnq, fertilization and the description of the principal
diseases and their control are also given. Special emphasis was
given to the native species of the Amazon Region with economical
interest. A list of twenty nine references is supplied for additional
information.
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
ALBUOUEROUE,F.C. Mancha parda do abacate. Rev. Soe. dos Agrõn. e Veter.
do Pará, 3 (8): 35-41. 1962.
ANDRADE, A.C. O controle da ferrugem da qclabelra por meio de pulverizações.
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27
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BITANCOURT,A.A. & JENKINS, A.E. Estudos sobre as Miriangiales I. Dez novas
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FALANGOlA
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Manual prático do cultivo de fruteiras

  • 1. EMBRAPA CENTRO DE PESQUISA AGROPECUARIA DO TRÓPICO ÚMIDO MANUAL PRATICO DO CULTIVO DE FRUTEIRAS MISCELÂNEA NQ 9 BELtM-PARA 1981
  • 2. EMBRAPA CÉNTRO DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DO TROPICO ÚMIDO MANUAL PRÁTICO DO CULTIVO DE FRUTEIRAS Cartos Hans Müller Eng." Agr.o, M.S. em Fitotecnia. Pesquisador do CPATU Armando Kouzo Kato Enq," Aqr,", M.S. em Fitotecnia. Pesquisador do CPATU Maria de Lourdes Reis Duarte Eng.o Agr.°, M.S. em Fitopatologia. Pesquisadora do CPATU MISCELANEA N.o 9 Belém - Pará 1981
  • 3. ISSN 0101H262 Centro de Pesquisa Agropecuária do Trópico Úmido Trav. Dr. Enéas Pinheiro, s/n Caixa Postal. 48 66.000 - Belém, PA Telex (091) 1210 Müller, Carlos Hans Manual prático do cultivo de fruteiras, por Carlos Hans Müller, Ar- mando Kouzo Kato e Maria de Lourdes Reis Duarte. Belém, EMBRAPA- CPATU, 1981. 28p. ilust. (EMBRAPA·CPATU. Miscelânea, 9). 1. Frutas tropicais - Cultivo. I. Kato, Armando Kouzo. 11I. Duarte, Maria de Lourdes Reis. 111. Título. IV. Série. CDD: 634.6 © EMBRAPA
  • 4. SUMÁRIO INTRODUÇÃO 5 PREPARO DA SEMENTEIRA 5 SEMEADURA DIRETA NO SACO PLÁSTICO.. . . . . . . . . . . . . . . . . 6 CONTROLE DE UMIDADE E TRATAMENTO DAS SEMENTES.... 6 PREPARO DO SUBSTRATO PARA OS SACOS PLASTICOS.... .. 6 REPICAGEM 6 MANEJO DOS SACOS PLASTlCOS 8 MANUTENÇÃO DO VIVEIRO 8 ADAPTAÇÃO AO SOL 9 PREPARO DA AREA 9 ESPAÇAMENTO 12 PREPARO DA COVA................ 15 PLANTIO DA MUDA 16 REPLANTIO 16 TRATOS CULTURAIS 16 Coroamento 16 Roçagem 17 Podas 17 Adubações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 Controle de pragas 19 Principais doenças e métodos de controle. . . . . . . . . . . . . . . 19 OBSERVAÇÕES GERAIS 25 BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA 26
  • 5. -5 MANUAL PRÁTICO DO CULTIVO DE FRUTEIRAS RESUMO: São descritos de maneira generalizada as recomendações práticas para o cultivo de diversas fruteiras a nível de pomar caseiro, incluindo o preparo de sementeira e viveiro, práticas culturais, espa- çamentos, adubações e a ocorrência das principais doenças nas espé- cies e seus controles. Foi dado ênfase às espécies nativas da Ama- zônia que já possuem interesse econômico. Apresenta ainda vinte e nove referências bibliográficas para leitura complementar. INTRODUÇAO A Amazônia parece ser a área do globo onde vegeta o maior número de espécies frutícolas nativas, entretanto pouco se conhece sobre o comportamento agronômico e produtivo das mesmas. Várias observações pessoais têm contribuído para o conheci- mento de algumas fruteiras nativas, notadamente aquelas de maior expressão econômica atual. Este manual prático baseia-se nas observações e práticas adquiridas no manuseio com fruteiras nati- vas e conhecimentos sobre outras espécies através de bibliografias e prática do cultivo, tendo como objetivo fornecer subsídios aos interessados na implantação de pomares caseiros, mais diretamente àqueles com pouco conhecimento sobre o assunto. PREPARO DA SEMENTEIRA Para facilitar a semeadura e posteriormente a retirada das mu- das, recomenda-se sementeiras suspensas, a 1 metro do solo, com dimensões de 1 metro de largura e 20 cm de altura O comprimento varia de acordo com o número de sementes utilizadas. No tocante ao substrato é mais adequado usar uma mistura de 1:1 de terra vegetal com serragem curtida, o que facilitará a retirada das plântulas, sem que o sistema radicular venha sofrer danos.
  • 6. SEMEADURA DIRETA NO SACO PLÁSTICO Esta prática é viável para algumas espécies como cupuaçu, aba- cate. manga. [aca, mamão e maracujá. desde que seja previamente feita uma boa seleção das sementes, que de um modo geral é feita eliminando-se aquelas menores e mais leves. assim como as que apresentam injúrias e mofos. CONTROLE DE UMIDADE E TRATAMENTO DAS SEMENTES Várias espécies são altamente suscetíveis ao excesso de umi- dade na sementeira. Deste modo. recomenda-se para as espécies abacateiro. sapotizeiro. camitiêzeiro. cutitezeiro. abluzeiro, gravioleira. ateira e biribazeiro um controle de rega na sementeira. fazendo-a em dias alternados. Para o abacate, onde a incidência de podridão das raizes é gran- de. além do controle de umidade recomenda-se o tratamento da se- mente com fungicida Ridomil na concentração de 0.1 % deixando-se em imersão durante dez minutos. PREPARO DO SUBSTRATO PARA OS SACOS PLÁSTICOS De um modo geral o crescimento das plantas é favorecido com a adição de estêrco curtido no substrato do saco plástico. Portanto. aconselha-se uma mistura de oito partes de terriço com duas partes de estêrco curtido de gado. Em caso de cama de aviário. a mistura pode ser de nove partes de terriço para uma parte de 'cama de aviá- rio. o tamanho do saco plástico mais em uso é o 17 x 27 em, e este deve ser dobrado na parte superior. para dar maior resistência no transporte. REPICAGEM Sempre que possível. a repicagem deve ser feita antes da aber- tura das primeiras folhas. o que evitará a perda de água da muda. Nas plântulas. onde os cotllédones elevam-se acima do solo. a repi- cagem é feita logo após a abertura das duas primeiras folhas.
  • 7. -7. Os cuidados mais importantes que se devem ter na repicagem são: a) Evitar que as raízes fiquem em direção da superfície do substrato; b) O coleto deve ficar na posição exata, ou seja no nível do substrato; c) Não deixar bolsas de ar entre as raízes e o substrato. Evi- ta-se isto apertando o substrato contra as raízes; d) Evitar ao máximo a quebra de raízes, portanto, a retirada da plântula da sementeira deve ser cuidadosa e sempre após uma boa rega; e) Não deixar as plântulas, após retirá-Ias da sementeira, muito tempo fora do substrato. Desde modo, somente retirar da sementei- ra pequenas quantidades de mudas de cada vez e colocar imediata- mente no saco plástico; f) Os sacos devem ser colocados à sombra e gradativamente levados ao sol; g) É uma boa prática colocar sobre o substrato dos sacos plás- ticos uma camada fina de casca de arroz curtida ou serragem curtida ou ainda caroços de açaí velhos. Isto evita que o gotejamento das árvores, local onde geralmente os sacos são arrumados, retire parte do terriço; h) Após a repicagem efetuar uma boa rega sobre os sacos plásticos. Observações: Semeadura direta nos sacos plásticos: abacate, caju, cupuaçu, jaca, mamão, manga, maracujá e outras fruteiras. Nas espécies ma- moeiro e maracujazeiro usa-se a semeadura de três sementes por sa- co plástico, com posterior eliminação de duas, quando as plântulas atingem 5 cm de altura. A semeadura em sementeira é feita para as espécies bacurizeiro, açaizeiro, biribazeiro, coqueiro, goiabeira, gravioleira, guaranazeiro, pupunheira, sapotizeiro, camitizeiro. bacabeira, grumixameira, sorvei- ra e outras.
  • 8. 8- Por outro lado, muitas espécies requerem porta-enxertos, e nes- tes casos faz-se a semeadura da espécie que vai servir de U cavalo". Exemplo: Para citros, os "cavalos" mais em uso no norte são o limão cravo e o limão rugoso da Flórida. Para a mangueira, usa-se para • cavalo " a variedade espada, por ser encontrada em grande quanti- dade. MANEJO DOS SACOS PLÁSTICOS Essa prática evita que as raízes das plantas, após ultrapassarem os sacos, se fixem no solo, e, quando da remoção destas para o plantio, se quebre parte do sistema radicular. Evita-se isto fazendo- se remanejo de local dos sacos ou utilizando-se encerado plástico sob os recipientes plásticos. MANUTENÇAO DO VIVEIRO A manutenção consiste de mondas (capinas manuais) periódicas. para evitar que as ervas indesejáveis concorram com a planta útil. ~ recomendada a primeira monda, quinze dias após a repicagem, sen- do as posteriores feitas com o espaço de um mês. Outra atividade de manutenção é o controle de pragas e doenças. que pode ser feito através de tratos culturais ou pela aplicação de produtos químicos. Quanto a pragas, deve ser verificado que tipo de inseto está atacando as plantas. Em caso de sugadores (pulgões. cochonilhas. etc.) indica-se pulverização com o inseticida Dimecron a 0,1%, mis- turado a um espalhante adesivo (Ex. Novapal). Por outro lado, se o ataque é de inseto mastigador (gafanhotos, etc.) convém aplicar o inseticida Folidol a 0,1%, também misturado a um espalhante ade- sivo. Uma outra prática de manutenção é o desbaste de plântulas, usa- do principalmente nas espécies poliembrionárias, como a mangueira. o jambeiro, etc. Neste caso, é aconselhável deixar a planta mais desenvolvida e melhor formada, eliminando-se as outras.
  • 9. -9 ADAPTAÇÃO AO SOL Como as mudas são repicadas da sementeira ou plantadas dire- tamente nos sacos plásticos e geralmente colocadas à sombra, con- vém que, no período de crescimento, sejam gradativamente levadas ao sol, evitando-se deste modo, que no local definitivo ocorra quei- ma das folhas ou mesmo a morte de plantas. Uma outra prática usada em mudas que vão para o campo com tamanho grande, é a retirada de parte da folhagem, para evitar a per- da de água pelas folhas, dando equilíbrio entre a água absorvida pe- las raízes e a perdida na transpiração. PREPARO DA ÁREA Neste ítem deve ser levado em consideração que especie vai ser cultivada, ou seja, se a mesma requer sombreamento permanen- te. (Ex. cacaueiro, cupuaçuzeiro, etc.l: se somente requer sombra por pequeno período após o plantio definitivo, ou se necessita de incidência direta da luz solar. Vejamos então os casos específicos. 1 - Plantas permanentemente sombreadas Podem ser usados dois tipos de sombreamento quais sejam: o for- mado previamente ou o aproveitamento da cobertura original do solo. Considera-se formado aquele implantado propositalmente para o som- breamento permanente, geralmente utilizando plantas apropriadas pa- ra esse fim, como a ingazeira e eritrina. No segundo caso é o aproveitamento de capoeiras, somente fa- zendo broca e raleamento da mesma. Isto torna mais barata a im- plantação de cultivos desse gênero, razão pela qual passamos a descrever o processo. Primeiramente é feita uma broca na capoei- ra, ou seja, a eliminação da vegetação baixa, seguindo-se da elimina- ção das plantas finas e algumas de maior porte, procurando unifor- mizar o sombreamento da área (desbaste ou raleamento). A seguir é feito o piqueteamento das linhas base, ou seja, a linha da frente e a do fundo da área de plantio. O espaçamento nestas linhas varia de acordo com a cultura, mas para exemplificar, ele-
  • 10. 10 - gemos O cupuaçuzeiro. Portanto, o espaçamento em hexágono será de 8m x 8m, e neste caso a cada 6,9 m nas linhas base se- rá fincado um piquete (Fig. 1}. L. base o o o o o o o o o o o o o ~ro .. o o o 69m L. base Ó -t! Ll L2 Fig. 1 - Esquema do preparo de área para plantas permanentemente sombreadas. A partir do ponto em que as cabeças da quadra estão piquetadas, realiza-se a limpeza das linhas de plantio, fazendo a eliminação das plantas que estão na direção dos piquetes "correspondentes". A limpeza é feita 1 m para cada lado da linha de plantio. Com as linhas de plantio desobstruídas, passa-se a piquetear a mesma, fincando os piquetes a cada oito metros, nas linhas ímpares
  • 11. - 11 de plantio, ou seja, 1.', 3.' e 5.', etc. Nas linhas pares (2.' e 4.'. etc.I, o primeiro piquete é fincado com um afastamento de 4 m da linha base. 2 - Plantas que requerem sombreamento provisório A área é totalmente limpa, entretanto as plantas devem ser som- breadas provisoriamente. Neste caso podem ser usados três méto- dos: sombreamento com plantas vivas ou sombreamento tipo foguei- ra (toras) ou ainda com folhas de palmácea (Fig. 2). Fig. 2 - Tipos de coberturas provisórias. No primeiro caso, podem ser utilizadas a mandioca, a mamona, a bananeira, com posterior eliminação da espécie provisória. O sombreamento provisório tipo fogueira é feito com toras de madeira, arrumadas à semelhança de uma fogueira. Esse método é muito utilizado no sombreamento provisório de cultivos de guarana- zeiro. O último método de sombreamento provisório é mais barato e oferece ótimos resultados. Consiste na utilização de folhas de pai- máceas (açaizeiro, dendezeiro, etc.) cortadas a 1,5 m de comprimen- to. Geralmente são usados três pedaços por planta sombreada. Quanto à arrumação das folhas, indica-se a cobertura de casinha, que consiste na utilização de três piquetes fincados em triângulo ao redor da planta, e mais três piquetes amarrados na parte superior
  • 12. 12 - dos fincados ao chão. Por sobre os piquetes suspensos são amarra- dos os pedaços de folhas de palmácea. O processo descrito acima é superior ao da tenda indígena, onde uma ponta da folha de palmácea é colocada no chão e a outra amar- rada junto às pontas das outras duas palhas acima da muda a ser sombreada. 3 - Plantas que não necessitam de sombreamento Como no caso anterior, a área deve ser completamente limpa ou seja livre de toras e tocos, o que vai facilitar a manutenção da mes- ma ou favorecer o aproveitamento das entrelinhas para cultivos de subsistência. Quanto às plantas em si, salienta-se que as mesmas devem so- frer o processo de adaptação ao sol, pois mesmo suportando a inci- dência direta da luz solar, podem sofrer injúrias por falta de adapta- ção ao sol. ESPAÇAMENTO O compasso para fruteiras varia de espécie para especie e até mesmo para uma mesma espécie, pois depende da formação e ta- manho da copa de cada variedade. Um exemplo claro pode ser dado com a mangueira, onde existem variedades com copas reduzidíssi- mas, em relação a outras variedades de copas exuberantes. Existem ainda outros fatores que podem interferir no tamanho da copa, e, portanto, devem ser levados em consideração. A experiência tem mostrado a existência de comportamento diferencial de copas de mes- ma variedade enxertada sobre diferentes" cavalos", fato esse bastan- te estudado em citros. A fertilidade do solo também tem influência na formação da co- pa, tanto que, de um modo geral, recomendam-se espaçamentos me- nores quando o cultivo é implantado em solos fracos, em relação a solos férteis. Na Amazônia, não se têm dados experimentais sobre espaçamen- tos de fruteiras, entretanto algumas indicações podem ser forneci- das, com base em observações práticas, com a disposição das plan- tas em hexágono, quadrado e retângulo (Tabela 1).
  • 13. TABELA 1 - Espaçamentos de fruteiras com disposições em hexágono, quadrado e retângulo. Distância (m) entre as linhas de Distância (m) das plantas na Número de plantas por hectare Fruteira plantio mesma linha hexagonal I quadrangular Iretangular hexagonal I quadrangular Iretangular hexagonal I quadrangular Iretangular Abacateiro 6,9 8,0 8,0 8,0 181 156 Abieiro 6,0 7,0 7,0 7,0 238 204 Abricozeiro 8,6 10,0 10,0 10,0 116 100 Açaizeiro 5,2 6,0 6,0 6,0 320 277 Araçazeiro 6,0 7,0 7,0 7,0 238 204 Ateira 3,5 4,0 4,0 4,0 714 625 Bacabeira 5,2 6,0 6,0 6,0 320 277 Bacurizeiro 8,6 10,0 10,0 10,0 116 100 Bananeira 3,5 4,0 4,0 4,0 4,0 2,5 320 625 1.000 Biribazelro 6,0 7,0 7,0 7,0 238 204 Caimiteiro 6,9 8,0 8,0 8,0 181 156 Cajaraneira 6,0 7,0 7,0 7,0 238 204 Cajueiro 6,9 8,0 8,0 8,0 181 156 Caramboleira 4,3 5,0 5,0 5,0 465 400 Coqueiro 6,9 8,0 8,0 8,0 181 156 Cupuaçuzeiro 6,9 8,0 8,0 8,0 181 156 Cutiteiro 8,6 10,0 10,0 10,0 116 100 Fruta-pãozeiro 6,0 7,0 7,0 7,0 238 204 Goiabeira 6,0 7,0 7,0 7,0 238 204 Gravioleira 4,3 5,0 5,0 5,0 465 400 Jambeiro rosa 6,0 7,0 7,0 7,0 238 204 Jamb. vermelho 6,0 7,0 7,0 7,0 238 204 Jaqueira 8,6 10,0 10,0 10,0 116 100 ..•.Cio)
  • 14. TABELA 1 - (Contlnuaolo) ..•..;:. Distância (m) entre as linhas de Distância (m) das plantas na Número de plantas por hectare Fruteira plantio mesma linha hexagonal I quadrangular Iretangular hexagonal I quodrangular Iretangular hexagonal I qucdrcnçutcr I retangular Jenlpapelro 6,9 8,0 8,0 8,0 181 156 laranjeira 6,0 7,0' 7,0 7,0 238 204 limeira 6,9 8,0 8,0 8,0 181 156 limoeiro 6,0 7,0 7,0 7,0 238 204 Mamoeiro - 3,0 4,0-3,0 - 3,0 2,5-2,0 - 1.111 1.000 - 1.666 Mangabeira 5,2 6,0 6,0 6,0 320 277 Mangostãozelro 6,0 7,0 7,0 7,0 238 204 Mangueira 8,6 10,0 10,0 10,0 116 100 Maracujazeiro - - 5,0 - - 2,0 - - 1.000 Murucizelro 5,2 6,0 6,0 6,0 320 277 Pupunhelra 5,2 6,0 6,0 6,0 320 277 Sapotizeiro 6,9 8,0 8,0 8,0 181 156 Taperebazelro 8,6 10,0 10,0 10,0 116 100
  • 15. - 15 PREPARO DA COVA A cova de plantio para fruteiras pode ser preparada de um modo geral, com a dimensão de 50 cm em todos os sentidos. Entretanto, algumas espécies, como por exemplo o coqueiro, requerem covas com 1 m x 1 m x 1 m e ainda um preparo todo especial. Quando da abertura das covas e o posterior plantio das mudas, recomenda-se o uso da tábua de plantio que evita o desalinhamento das plantas (Fig. 3). O uso dessa tábua consiste em aprumar o cor- te central do piquete da cova e fincar dois outros piquetes nos cortes laterais da tábua. Após esta operação, é retirado o piquete do corte central juntamente com a tábua de plantio, e iniciada a abertura da cova. 100 (11, ! . {l A JFig. 3 - Tábua de plantio usada na abertura da cova e plantio propriamente dito. Após O preparo da cova, novamente a tábua é colocada e ajusta- dos os cortes laterais nos dois piquetes laterais, sendo então reco- locado o piquete do corte central da tábua e retirados os laterais. Deste modo, a cova foi preparada sem modificar a posição inicial do piquete fincado durante a marcação das covas. Esse mesmo processo deve ser repetido na ocasião do plantio da muda, sendo que no corte central da tábua será ajustado o coleto da planta. A maioria das fruteiras cresce bem em covas preparadas com pelo menos quinze litros de estêrco curtido, 250 gramas de farinha de ossos e 100 gramas de superfosfato triplo, podendo ainda ser adi- cionada 50 gramas de cloreto de potássio. Esse material deve ser
  • 16. 16 - misturado com a terra preta do solo, (separada durante o coveamen- to) e a mistura colocada no fundo da cova e ao redor do torrão da muda, sendo a cova completada com o restante da terra retirada da mesma. Convém salientar que a adubação da cova indicada aqui é de uma maneira geral, pois o preparo da cova varia com a planta, pos- sibilidade do agricultor e com a fertilidade do solo. PLANTIO DA MUDA o plantio propriamente dito consiste na colocação da muda na cova de plantio. Antes do plantio, o recipiente onde a muda foi preparada deve ser retirado, para posteriormente a muda ser coloca- da cuidadosamente na cova, observando-se uma altura do coleto de 5 em acima do nível do solo evitando, também, a quebra do torrão das raízes . Para que não se formem bolsas de ar em torno do torrão da mu- da, comprime-se a mistura de terra mais adubos em torno da plan- ta. Após completar o volume da cova, executar uma boa rega e co- brir com capim seco o solo da superfície da cova. REPLANTIO Consiste na reposição de plantas, onde houve morte após o plan- tio. Os replantios são comuns na implantação de cultivos e são tão reduzidos quando maiores tenham sido os cuidados na seleção da muda, adaptação ao sol, desbaste de folhas, controle de pragas e plantio. TRATOS CULTURAIS Consiste de coroamento, roçagem, podas, adubações, e controle de pragas e doenças. Coroamento É a eliminação das ervas daninhas em torno da planta, para evi- tar competição por água e nutrientes, como também o abafamento da
  • 17. - 17 planta desejável. Essa prática é feita manualmente utilizando enxa- da, quando as plantas ainda são novas, ou com herbicidas, geral- mente usados em plantas adultas. A periodicidade do coroamento é, de um modo geral, de dois em dois meses. Roçagem Consiste no rebaixamento da cobertura vegetal da entrelinha das plantas desejáveis, feita com roçadeira ou terçado. A periodi- cidade varia de dois em dois meses até quatro em quatro meses. t boa prática utilizar o capim roçado e seco para a cobertura morta na coroa das plantas principalmente no período de menor intensidade pluviométrica, pois além de abafar as ervas daninhas, retém a umi- dade e, posteriormente, são devolvidos ao solo os nutrientes por elas absorvidos. Podas As fruteiras necessitam de podas de formação, de frutificação e de limpeza. Entretanto, nas fruteiras tropicais perenes não é co- mum o uso de poda de formação e muito menos a de frutificação. Deste modo, pode-se indicar a eliminação de ramos laterais próximos ao solo, para que o tronco fique único e livre de ramificação até 1,5 a 2 m do solo. Isto irá facilitar a execução dos coroamentos e adu- bações, além de evitar quebra de galhos por máquinas agrícolas. A poda de limpeza é muito importante em espécies tropicais, tendo em vista a grande incidência de fungos, favorecidos pela alta umidade. Essa poda consiste na el iminação de ramos doentes ou secos, queimando-os posteriormente. Adubações As espécies diferem quanto às suas necessidades de elementos nutritivos. Entretanto, o assunto aqui será abordado em sentido amplo, procurando-se indicar fertilizações mínimas e também opções de fertilizantes, de acordo com a possibilidade do agricultor e dispo- nibil idade de adubo. Para os solos arenosos, de maior ocorrência na Zona Braqantl- na, é indispensável que se faça pelo menos uma aplicação anual de
  • 18. 18 - adubo orgânico (esterco), logo no início das chuvas, adubando a coroa com cerca de 15 Iitros de adubo em cobertura. As adubações minerais são feitas em círculo na coroa da planta, procurando sempre abrir o sulco de 5 cm de profundidade na proje- ção da copa e distribuir a dosagem da mistura uniformemente por todo o sulco, preenchendo-o com terra, posteriormente. Na fase de crescimento da planta, indica-se uma formulação de NPK + Mg qual seja: 12 - 12 - 12 + Mg, nas seguintes quantida- des por planta/ano / apl icação . 1.° ano 2.° ano 3.° ano 4.° ano 1.' 2.' 3.' T 309 309 409 1009 1.' 2.' 3.' T 45 45 60 1509 1.' 2.' 3.' T 60 60 80 2009 1.' 2.' 3.' T 90 90 120 300g As aplicações deverão ser ministradas no período chuvoso e sempre depois da limpeza na coroa das plantas. Na fase de produção, convém consultar livros específicos de cada espécie ou mesmo experimentos de nutrição destas ou ainda publicações de fruticultura, pois geralmente são' indicadas formula- ções e quantidades de fertilizantes específicas por caixa de frutos colhida. Entretanto, dificilmente serão encontradas informações a respeito da fertilização das fruteiras regionais e porque não dizer das tropicais. Deste modo pode-se indicar uma fertilização de suporte das fru- teiras, que, embora não sendo a ideal para cada espécie, assegura boas colheitas anuais. Portanto, recomenda-se apl icar uma formula- ção 15 - 15 - 23 + Mg, na base de 300-600 gramas por ano, divi- didos em três apl icações. Convém ainda, aplicar cerca de 200 gra- mas de calcário dolomítico por ano, podendo ser aplicado em mistu- ra com a adubação anual de esterco. Ressalta-se mais uma vez, que a adubação indicada é somente para fruteiras perenes, mais precisamente para aquelas cujas infor- mações de suas necessidades nutricionais não existem.
  • 19. - 19 Controle de pragas As pragas comuns das fruteiras são os insetos mastigadores (gafanhotos, etc.) e sugadores (pulgões, etc.). De uma maneira ge- ral, controla-se os mastigadores com pulverizações de Folidol aO,1 %, e os sugadores com aplicações de Dimecron a 0,1%, misturado a um espalhante adesivo, principalmente na época mais chuvosa do ano. Nas fruteiras com frutos amadurecendo, convém substituir o Fo- lidol pelo Malatol, pois o período residual deste é de apenas quatro dias, podendo deste modo, serem consumidos os frutos após esse tempo. Principais doenças e métodos de controle A maior parte das árvores frutíferas da Amazônia não tem sido prejudicadas pela incidência de doenças, provavelmente devido a fal- ta de cultivos racionais. Aquelas como abacateiro, mamoeiro, ba- naneira, cajueiro, laranjeira, limoeiro e Maracujazeiro possuem doen- ças importantes, que chegam a comprometer sua produção. As fru- teiras restantes são pouco afetadas por patógenos. - Abacateiro As principais doenças do abacateiro são a podridão das raízes (Phytophthora cinnamomi), mancha parda das folhas (Cercospora pur- purea) verrugose (Sphaceloma perseae) e antracnose (Colletotrichum gloesporioides) . a) Podridão das raízes - plantas afetadas apresentam amare- lecimento e queda gradual das folhas. Os ramos mais novos secam e a produção é falsamente aumentada, antes da morte das plantas. Como o agente patogênico vive no solo e necessita de bastante umi- dade para crescer e reproduzir, recomenda-se a drenagem do solo, principalmente se for argiloso; incorporação de matéria orgânica no solo e tratamento do solo da cova com os fungicidas Metalaxyl (Rido- mil), Fosetil (Aliette) ou Lesan (Dexonl na dosagem de 0,1 a 0,2%. b) Antracnose e verrugose - os frutos afetados apresentam manchas escuras na casca e em correspondência os tecidos da polpa
  • 20. 20 - apresentam-se apodrecidos. Mergulhar os frutos após a colheita em solução de Thiabendazol (Tecto 60 PM) a 0,1% ou Direne (Delan) 0,1% ou Captafol (Difolatan 80 PM) a 0,4%. c) Mancha parda das folhas - devido não causar queda da fo- lhagem, não se recomenda, atualmente, o uso de produtos químicos. Entretanto uma adubação bem balanceada dará condições para que a planta seja menos afetada pela doença. - Bananeira Na cultura da bananeira ocorrem pelo menos três doenças impor- tantes: o mal de Sigatoka (Cercospora musae), o mal de Panamá (Fu- sarium oxysporum f. sp. cubense) e o ..Moko" ou murcha bacteriana da bananeira (Pseudomonas solanacearum raça 2). a) Mal de Sigatoka - produz manchas escuras alongadas dis- tribuídas pela folhagem. Muitas vezes estas manchas são invadidas por outros microorganismos que formam as manchas maiores, quei- mando grandes extensões da folhagem. O controle é feito com fun- gicidas à base de cobre a 0,3% (Cuprosan, Cupravit verde, Cobre San- dozl, ou óleo mineral especial (Spray oil n.O3). b) Mal do Panamá - as plantas apresentam amarelecimento progressivo da folhagem, iniciando pelas mais velhas que após fica- rem murchas quebram na junção com o pseudo-caule parecendo um guarda chuva fechado. Os cachos são mal-formados e com frutos pequenos. O pseudo-caule apresenta rachaduras. O controle é fei- to com variedades resistentes como Nanica e Nanicão. Na falta des- tas cultivares, recomenda-se o uso de mudas sadias; tratamento das mudas antes do plantio com 0,5% de Aldrex 4 + 0,25% de Nemagon + 0,25% de Furadan Shell Azul e 0,20% de Shellsan Forte; plantio em solos novos; rotação de cultura. - Cajueiro Antracnose - causada por Colletotrichum gloesporioides, é a principal doença da cultura. Provoca manchas e deformações das folhas novas, apodrecimento da castanha e rachaduras do pendúclo
  • 21. - 21 (polpa). Recomenda-se a aplicação de produtos à base de Cobre (Cuprosan, Cupravit a 0,3%). Thiabendazol (Tecto 60 PM) a 0,1%, Captafol (Difolatan 80 PM) a 0,3%. - Cupuaçuzeiro É afetado principalmente pela vassoura de bruxa causada por Crinipellis perniciosa. O fungo causa o superbrotamento dos ramos produtivos, reduzindo drasticamente a produção. Para controlar a doença recomenda-se a poda e queima dos ramos doentes um pouco abaixo da zona entumescida. - Jaqueira É afetada por Rhizopus artocarpi que causa o apodrecimento da casca e polpa dos frutos. Quando afeta o pendúnculo provoca a queda precoce dos frutos. Pulverização com fungicidas à base de Cobre a 0,3% controla a doença. - Citros (Laranjeira, Limoeiro, etc.) As plantas cítricas da Amazônia são afetadas principalmente pe- las seguintes doenças: a) Tristeza (vírus) provoca morte das radicelas, necrose das nervuras, queda de folhas, formação de folhas novas, pequenas e amareladas, seca e morte das plantas. Em plantas muito suscetí- veis surgem sintomas de caneluras. Recomenda-se como controle, enxertia em cavalos tolerantes como: Laranja azeda x limão; Limão cravo x laranja-doce; Limão ga- lego x Laranja doce. b) Gomose (Phytophthora parasitica, P. citrophthora) causa le- sões na região do coleto e, com o progresso, há exsudação de go- ma, sintoma característico da doença. Quando a lesão circunda o tronco, a planta morre. A parte lesionada no coleto corresponde a seca e morte dos ramos na copa. O controle é feito com porta-enxerto resistente como limão-gale- go. Além destas recomenda-se plantio alto, de modo que a inserção
  • 22. 22 - das raízes principais fique no nível do solo, poda da "saia" para permitir melhor aeração; pincelamento do tronco, com pasta de fun- gicidas à base de Cobre; remoção dos tecidos afetados e posterior tratamento com pasta de fungicida, quando a lesão estiver na fase inicial de desenvolvimento. - Mangueira ~ afetada nas condições da Amazônia pela antracnose que pro- voca manchas foliares, queima dos brotos novos e apodrecimento dos frutos, tanto na árvore como durante o processo de comerciali- zação. Recomenda-se fazer poda de limpeza (eliminação de ramos secos), pulverizações com fungicidas cúpricos a 0,3%, mancozeb 0,3% (Dithane M-45) ou Tiofanato rnetíllco 0,07% (Cycosin M-70 Cer- cobln M-70) uma primeira aplicação antes da floração e uma segunda durante o florescimento. - Mamoeiro São doenças comuns em mamoeiro as seguintes: a) Variola (Asperisporium caricae) que provoca manchas pe- quenas, circulares e escuras em folhas e frutos, desvalorizando o fru- to para o mercado. Recomenda-se o uso de pulverizações à base de Maneb (Maneb Sandoz) a 0,3%, iniciando o tratamento na época de maior frutificação e quando estes estiverem jovens. b) Antracnose (Colletotrichum gloeosporioides) causa pontos escuros nos frutos que aumentam formando manchas deprimidas en- volvidas por tecido aquoso. Esta podridão atinge a polpa, tornando os frutos imprestáveis para o mercado. O controle deve ser inicia- do no campo usando-se os fungicidas Mancozeb (Dithane M-45) a 0,3% ou Benomyl (Benlate) a 0,1%. Após a colheita mergulhar os frutos durante três minutos em solução de Benomyl a 0,01% . c) Podridão do pé (Phytophthora parasitica) - afeta o coleto da planta, causando um encharcamento dos tecidos seguido de apo- drecimento. Quando a doença já atingiu um estado avançado, há uma exsudação de goma no local afetado. Quando todo o diâmetro do caule é atingido, as folhas amarelam, caem e a planta é facilmen-
  • 23. - 23 te tombada pelo vento. Se a lesão está na fase inicial pode-se fazer a remoção dos tecidos doentes e pincelamento com uma pasta de fungicida cúprico. Fazer também, o plantio com cova cheia com solo livre da doença, porque os mamoeiros são mais sensíveis até três meses de idade. - Maracujazeiro Nas nossas condições o maracujazeiro é afetado por: a) Ferrugem (Puccinia scleriae) - caracterizada pelo apareci- mento de bolsões nas folhas. Eliminar os hospedeiros intermediá- rios e pulverizar com fungicidas à base de Cobre. b) Verrugose e manchas de Cladosporium pulverizar com fungicidas cúpricos (Cuprosan, Cupravit) a 0,3% ou Mancozeb (Di- thane M-45) a 0,3%. - Bacabeira e Coqueiro Estas duas culturas são afetadas pelo anel vermelho causado pelo nematódeo Radinaphelenchus cocophilus, sendo a bacabeira mais sensível do que o coqueiro, além de servir de reservatório do nematódeo. As plantas afetadas devem ser erradicadas imediata- mente, porque é uma doença de controle difícil. A eliminação da planta doente contribui para a redução do inóculo na área. -- Pupunheira A pupunheira é afetada principalmente por duas doenças. O anel vermelho que se caracteriza pela formação de um anel averme- Ihado quando se faz um corte no sentido do diâmetro do caule e a antracnose (Colletotrichum gloesporioides) que causa o apodrecimen- to da polpa dos frutos. No caso do anel vermelho deve-se proceder a eliminação das plantas doentes. Para controlar a antracnose, re- comenda-se o uso de adubação balanceada para dar melhores condi- ções para o desenvolvimento da planta.
  • 24. 24 - - Gravioleira e Biribazeiro Estas duas espécies são afetadas pela antracnose causada por Colletotrichum gloesporioides. Os sintomas característicos são manchas foliares escuras e apodrecimento de frutos. Recomenda- se pulverizar as plantas e os frutos com fungicidas à base de Cobre (Cuprosan, Cupravit, Oleocuivre) a 0,3%. - Murucizeiro Nas nossas condições o murucizeiro é afetado por ferrugem cau- sada por Crossospora notata. Como o índice de incidência é baixo nenhuma medida de controle é indicada, entretanto, se a incidência da doença na área for elevada, pulverizações com fungicidas cúprl- cos a 0,3% controlam a doença. - Ateira A ateira nas nossas condições é afetada por duas doenças: a an- tracnose (Colletrotrichum gloeosporioides) e a mancha parda (Cer- cospora anonae). Estas doenças podem ser controladas com pulve- rizações à base de Cobre a 0,3% ou Captafol a 0,3%. - Goiabeira Na goiabeira já foi constatada a ocorrência de antracnose causa- da por Colletotrichum gloesporioides e ferrugem causada por Pucci- nia psidii. Estas duas doenças podem ser controladas por fungici- das cúpricos ou Captafol, ou Dyrene na dosagem de 0,3%. - Jambeiro vermelho Nas nossas condições o jambeiro apresenta sintomas de ama- relecimento, queda de folhas e deperecimento que culminam na morte da planta. A causa é desconhecida, mas acredita-se que se trata de doença de natureza fúngica. Deve-se erradicar as plantas afetadas para reduzir o inóculo.
  • 25. - 25 - Fruta-pãozeiro ~ afetado por podridão de raiz de causa desconhecida. Eliminar as plantas doentes. As demais fruteiras como açaizeiro, bacurizeiro, mangostãozeiro, sapotizeiro, araçazeiro, caramboleira, cutiteiro, jambeiro rosa, jenipa- peiro, mangabeira, grumixameira e sorveira não são afetadas por doenças importantes nas condições atuais de exploração extrativa. Entretanto. o cultivo racional destas fruteiras deverá proporcionar condições para o aparecimento de doenças de importância econômi- ca. OBSERVAÇÕES GERAIS Algumas espécies. principalmente aquelas que formam toucei- ras, requerem manejo. Como exemplos. podem ser dadas algu- mas espécies com as devidas indicações do desbaste de plantas na touceira: Bananeira: recomenda-se fazer o desbaste dos filhos, deixando a planta mãe. uma filha e uma neta. Para o desbaste em pomar ca- seiro. pode ser usado um enxadeco ou enxada. cortando-se a brotação abaixo do nível do solo. Pupunheira: é conveniente deixar a planta mãe e três a quatro filhos. eliminando-se a planta mãe quando esta estiver excessiva- mente alta. dificultando a colheita dos frutos. Outras espécies frutícolas requerem peculiaridades no seu cul- tivo. como por exemplo o mamoeiro. Nessa espécie. recomenda-se utilizar plantio direto das sementes no saco plástico. semeando três sementes, provenientes de fruto de plantas hermafrodita. por saco. fazendo-se o desbaste quando as mudas atingirem cerca de cinco cen- tímetros de altura. deixando a planta mais desenvolvida e/ou melhor formada. Quando do plantio no campo. geralmente feito em letras, usar três mudas por cova. eliminando duas no início de floração, dei- xando apenas uma planta hermafrodita por cova. Os botões e flores das plantas hermafroditas e femininas dife- rem bastante. como pode ser verificado na Fig. 4, facilitando a esco- lha e conseqüentemente o desbaste.
  • 26. 26 - HERMAFRODITA FEMININA Fig. 4 - Botões florais e flores de plantas de mamão hermafrodita e feminina. MOLLER,C.H.; KATO, A.K. & DUARTE,M. de Lourdes, R. Manual prático do cultivo de fruteiras. Belém. EMBRAPA-CPATU, 1981. 28p. (EMBRAPA-CPATU. Miscelânea, 9). ABSTRACT: Practical recommendations for the cultivation of various fruit trees in domestic orchards, including the preparation of seedbeds and nurseries, and cultural practices are described. Re- commended spaclnq, fertilization and the description of the principal diseases and their control are also given. Special emphasis was given to the native species of the Amazon Region with economical interest. A list of twenty nine references is supplied for additional information. BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA ALBUOUEROUE,F.C. Mancha parda do abacate. Rev. Soe. dos Agrõn. e Veter. do Pará, 3 (8): 35-41. 1962. ANDRADE, A.C. O controle da ferrugem da qclabelra por meio de pulverizações. Arquivos do Inst. Biológico. 20: 127-146. 1950/51.
  • 27. 27 BASTOSCRUZ, B.P. Podridão da jaca. O Biológico, 29 (11): 237-238. 1963. BITANCOURT,A.A. & JENKINS, A.E. Estudos sobre as Miriangiales I. Dez novas espécies de Elsinoaceas descobertas no Brasil. Arquivos do Inst. Biológico. 19 (11): 93-114. 1949/50. CALZAVARA, B.B.G. Fruteiras: abacaxizeiro, cafeeiro, goiabeira, maracujazeiro, murucizeiro. Belém, IPEAN, 1970. p. 45-84. (IPEAN. Série Culturas da Ama- zônia, V. 1, n. 1). CALZAVARA, B.B.G. Fruteiras: abieiro, abricozeiro, bacurizeiro, biribazeiro, eupua- çuzeiro. Belém, IPEAN, 1970. p. 45-84. (lPEAN. Série Culturas da Amazônia, V. 1, n. 2). . CAMPACCI, C.A. Ocorrência de Phytophthora parasitica Dast. em mamoeiro. O Biológico, 17 (8): 142-43. 1951. CAVALCANTE,P.B. Frutas comestíveis da Amazônia. 3. ed. rev. aum. Belém, INPA, 1976. 166p. DANTAS, B. A ocorrência da "cercosporiose" da bananeira no Brasil, Cercospora musae Zimm. Belém, IPEAN, 1948. 48p. (IPEAN. Boletim Técnico, 14). EMPRESABRASILEIRADE PESQUISA AGROPECUÁRIA, Brasília. Sistema de Pro- dução para banana; Amazonas. Coari, 1975. 11p. (EMBRAPA, Circular, 54). FREITAS,J.M. de Q. A cultura do mamão Hawaí. Belém, 1979. 24p. (EMATER-PA_ Série Culturas, 2). GALLI, F.; CARVALHO, P.C.T.de; TOKESHI, H.; BALMER, E.; KIMATI, H.; CARDO- SO, C.O.N.; SALGADO, C.L.; KROGNER,T.L.; CARDOSO, E.J.B.N. & BERGAMIN FILHO, A. Manual de Fitopatologia - Doenças das Plantas cultivadas. São Paulo, 600p. Agronômica Ceres, 1980. V. 2. GOMES, R.P. Fruticultura Brasileira. 2. ed. São Paulo, Nobel, 1975. 446p. GOMES, R.P. O coqueiro da Baía. 2. ed. São Paulo, Nobel, 1977. 111p. HUNTER,J.E. & BUDDENHAGEN,.W. Incidence, epidemiology and control of fruit disease of papaya. Tropical Agric. 49 (1): 61-75, 1972. MANICA, . Cultura do mamoeiro. Viçosa, U.F.V., 1971. 20p. (U.F.V. Série Téc- nica. Boletim, 28). MOLLER,C.H.; REIS, G.G. dos & MÜLLER, A.A. Influência do esterco no cresci- mento e no acúmulo de nutrientes em mudas de mamão hawaí. Belém, EMBRAPA-CPATU,1979. 14p. (EMBRAPA-CPATU. Comunicado Técnico, 30). PEARSON,A.S.A. Pulverização de bananeiras com óleos minerais. Divulgação Agron. (2): 9-13, 1960. PEIXOTO,A. Banana. (Séries Produtos Rurais n. 15), Rio de Janeiro, Servo Infor- mação hgrícola. MA, 1981. 61p.
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