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MANUAL DE
TEMPEROS
( ÍNDICE )
2
INTRODUÇÃO 3
PROPAGAÇÃO 4
PROTEÇÃO DA HORTA 6
CLIMA 6
SOLO 7
IRRIGAÇÃO 8
CAPINA E ESCARIFICAÇÃO DA TERRA 9
MEDIDAS GERAIS NO MANEJO DE PRAGAS E DOENÇAS 10
REMOÇÃO DAS FLORES OU INFLORESCÊNCIAS 11
PRINCIPAIS PROBLEMAS OBSERVADOS EM HORTAS DOMÉSTICAS 12
COLHEITA 13
Cebolinha, salsinha e coentro 14
Manjericão 15
Hortelã 16
Alecrim 17
Tomilho 18
2
( Introdução )
Hábitos alimentares saudáveis devem estar
presentes todos os dias, pois contribuem para uma
vida mais saudável. Pequenas alterações são
significativas, como trocar o sal por temperos
naturais, uma vez que estes não trazem danos à
saúde e podem gerar inúmeros benefícios.
A utilização de temperos frescos como alecrim,
hortelã, salsinha, etc na preparação dos pratos é
uma forma saudável de adicionar mais nutrientes,
aroma, cor e sabor. Investir na própria horta em
casa, traz inúmeras vantagens, como ter sempre
espécies frescas para culinária, além de um toque
verde no ambiente e uma terapia relaxante.
Com o objetivo de fornecer orientações para o
cultivo não comercial, a Sodexo Benefícios e
Incentivos, em parceria com a UNESP, elaborou
este material sobre plantio, manejo e colheita de
temperos em casa.
3
Propagação
Mudas PRONTAS ou Sementes?
Para hortas caseiras, sempre
que houver um bom viveirista
próximo, o ideal é comprar as
mudas já prontas para plantar.
Com isto, economiza-se tempo e
inicia-se com plantas sadias e
bem formadas.
Caso necessite ou queira formar
suas mudas, as espécies podem
ser propagadas por sementes ou
vegetativamente. As sementes
geralmente têm a vantagem de
serem fáceis de se encontrar e
são baratas. Além disto, geral-
mente são livres de doenças. No
entanto, a produção de mudas
por sementes é mais lenta. Na propagação
vegetativa, geralmente são usadas toucei-
ras ou estacas, isto é, pedaços de uma
planta. As plantas “filhas” serão iguais às
plantas mães, o que nem sempre ocorre
com sementes.
Seja a muda formada por semente ou
vegetativamente, ao transplantá-las, é
importante não realizar o plantio muito
profundo, evitando-se enterrar parte do
caule. Também deve-se transplantar logo
que a muda tenha ficado pronta, com cerca
de 4-5 folhas e bem enraizada, pois mudas
velhas demoram mais para iniciar produção
e muitas vezes acabam formando plantas
enfraquecidas.
4
5
DEPOIS MOLHE de acordo com a
necessidade: em períodos quentes
e secos mais frequentemente que
em períodos frios ou chuvosos.
41 FAÇA COVAS
na distância e profun-
didade exigidas pela
espécie que irá plantar.
2COLOQUE A MUDA na cova,
encha-a de terra e aperte um
pouco para ficar firme e sem
bolsões de ar em volta da raiz.
3MOLHE
o suficiente,
todos os dias,
até a muda pegar.
IMPORTANTE:
Se for utilizar a propagação
vegetativa (geralmente
touceiras ou estacas), evite
plantas fracas e/ou doentes!
ExemploS de plantas geralmente propagadas por estacas
• pedaços da planta “mãe” •
(
Alecrim, hortelã, manjericão, tomilho. Neste tipo de propagação,
utiliza-se um pedaço da planta “mãe” (geralmente, um pequeno
ramo ou broto), chamado de “estaca”. Coloca-se para enraizar em
substrato (às vezes, com o início do processo em água) e depois este
pedaço se desenvolverá em uma nova planta igual à planta “mãe”.
Exemplo de plantas
geralmente propagadas
por sementes
(
Cebolinha, coentro e
salsinha, principalmente
as duas últimas.
Exemplo de planta
geralmente propagada
por divisão de touceiras
(
Cebolinha.
Clima
Para plantas em vaso, geralmente é melhor
posicioná-las para “tomar” o sol da manhã.
A maioria das espécies de temperos/aromáticas
necessita de temperaturas amenas (15 a 23ºC),
tais como a salsinha e a cebolinha. Porém, algumas
preferem temperaturas mais elevadas (20 a 30ºC),
como o coentro e o manjericão.
Proteção da horta
A área onde será instalada a horta deve ser
protegida do trânsito de animais, para evitar que
as plantas sejam ingeridas ou pisoteadas e também
para mantê-las longe de sujeiras como fezes e urina.
A maioria das espécies
de temperos/aromáticas
necessita de sol direto por,
pelo menos, 4-5 horas por dia.
6
(hortelã) (ALECRIM) (MANJERICÃO) (STÉVIA)
7
Solo
Estes temperos/aromáticas podem ser culti-
vados diretamente no solo ou em recipientes/
vasos. Independentemente do local, o solo deve ser
preferencialmente fértil (rico) ou previamente
adubado com fertilizante orgânico e/ou inorgânico
(“mineral”). Também não pode ser muito ácido
nem alcalino, geralmente com pH entre 5,5 a 6,0.
Adubação orgânica: APLICAR DE 2 A 4 LITROS DE
ESTERCO DE CURRAL CURTIDO (OU COMPOSTO ORGÂ-
NICO) POR M2
DE CANTEIRO, OU 1/4 DESSAS
QUANTIDADES SE FOR ESTERCO DE GALINHA. INCOR-
PORAR AO SOLO, ENTRE 10 E 20 DIAS ANTES DO PLANTIO.
Outra importante característica do solo é ser de
fácil drenagem, ou seja, não pode encharcar
(acumular água em excesso), nem pode ser
excessivamente arenoso, que não retenha umidade.
Para solos arenosos, é mais importante ainda a
adubação, principalmente a orgânica.
Plantios em canteiros geralmente são melhores do
que em recipientes, do ponto de vista do
desenvolvimento das plantas e da produção. Porém,
demandam limpeza prévia da área, incluindo
capinar o mato, arrancar tocos de árvores, catar
pedras, cacos de telhas e vidros, retirar sacos
plásticos, restos de tijolos, madeira e todo o entulho.
8
IRRIgação
Tanto a falta quanto o excesso de água são prejudi-
ciais. No caso de falta, pode-se fazer a irrigação (“rega”).
A quantidade de água e a frequência da irrigação
dependem de vários fatores, tais como: espécie,
clima, idade da planta, solo, dentre outros.
Deve-se utilizar o bom senso:
Alguns pontos são importantes: nunca irrigar em
excesso, ou seja, o solo não pode ficar encharcado,
pois favorece o apodrecimento das raízes e maior
incidência de doenças. Também deve-se evitar,
sempre que possível, molhar as folhas. Quem
precisa da água são o solo e as raízes. A irrigação,
sempre que possível, não deve ser feita nas horas
mais quentes do dia. Se for utilizar mangueira que
fica exposta ao sol, evitar “jogar” água logo após
ligar a torneira, pois esta “primeira” água virá quente.
SE USAR RECIPIENTES (ex.: vasos, pets...), estes tem
que ser perfurados no fundo para permitir a saída do
excesso de água. Nestes recipientes, sempre que
ocorrer saída de muita água pelos furos, com certeza a
irrigação está sendo excessiva, o que pode prejudicar a
planta e “lavar” os nutrientes do solo.
( ALGUMAS ESPÉCIES,
como o alecrim, toleram
pequenas secas quando a
planta já é adulta.
( Em ÉPOCAS frescas
e nubladas, a irrigação será
menos frequente que em
épocas quentes e secas.
( SOLOS ARENOSOS E COM
POUCA MATÉRIA ORGÂNICA
armazenam menos água e,
portanto, precisam ser irrigados
com maior frequência.
( PLANTAS NOVAS E
RECÉM TRANSPLANTADAS
necessitam normalmente de maior
frequência de irrigação, pois as
raízes ainda estão em pequena
profundidade e em menor número.
CAPINA
As plantas que crescem
“espontaneamente na horta”
(mato) competem com as
plantas cultivadas, por espaço,
luz, água e nutrientes. Portanto,
devem ser eliminadas para
que as plantas cultivadas se
desenvolvam melhor.
Capina e
escarificação da terra
ESCARIFICAÇÃO da terra
Deve ser feita sempre que esta crosta dura
for observada, utilizando-se uma enxadinha
(ou outro instrumento) para “afofar” o solo.
CUIDADO PARA NÃO DANIFICAR
AS RAÍZES DAS PLANTAS.
( A escarificação é a operação de “quebrar” a crosta dura
formada na superfície do solo, que dificulta a penetração da
água e as trocas gasosas entre o solo e a atmosfera )
9
10
ALÉM DISSO, ELIMINE FOLHAS OU RAMOS DOENTES. ÀS VEZES, PODE SER NECESSÁRIA A
ELIMINAÇÃO DE PLANTAS INTEIRAS PARA EVITAR QUE PASSEM A DOENÇA PARA OUTRAS PLANTAS.
NÃO REPITA O PLANTIO EM LOCAIS ONDE JÁ TENHAM OCORRIDO DOENÇAS DE SOLO.
Medidas gerais no manejo de pragas e doenças
(
Use
)
sementes
ou mudas
sadias
(
FAÇA
)
rotação de culturas,
ou seja, evite plantar
a mesma espécie ou
da mesma família
em sequência
(
PLANTE
)
em espaçamentos
adequados para
permitir melhor
ventilação entre
as plantas
(
FAÇA
)
o plantio
em local bem
drenado, que não
acumule água
(
ADUBE
)
e irrigue de
forma equilibrada,
evitando excesso
de nitrogênio,
esterco e de água
(
EVITE
)
plantios sucessivos
e próximos a
lavouras velhas de
qualquer espécie
da mesma família
(
DESTRUA
)
restos de
cultura
anterior antes
de se iniciar
novo plantio
São medidas que irão contribuir para evitar ou
diminuir problemas com pragas e doenças,
lembrando que, em hortas caseiras, a diversidade
de espécies de plantas, próximas umas às outras
também ajuda a reduzir estes problemas.
Veja as dicas:
Remoção das flores
ou inflorescências
A maioria dos temperos/condimentos utilizam-se
apenas das folhas e ramos. Neste caso, sempre que
ocorrer o florescimento, as flores ou inflorescências
devem ser eliminadas para evitar que compitam
com as folhas pelos fatores de crescimento.
Lembre-se que as flores irão originar os frutos com
sementes, que são os “filhos” das plantas e as
boas mães sempre dão preferência aos filhos.
Se as flores não forem eliminadas,
haverá menor produção de folhas,
estas serão menores e, às vezes, terão
aroma/sabor modificado.
EXISTEM EXCEÇÕES COMO, POR
EXEMPLO, O TOMILHO, CUJAS FLORES
TAMBÉM PODEM SER UTILIZADAS.
11
12
Principais problemas observados
em hortas domésticas
)
NÃO REALIZAR
A ELIMINAÇÃO
DE FOLHAS OU DE
PLANTAS DOENTES
ou já fracas de
produção. Às vezes,
é melhor eliminar o
que está ruim e
começar de novo
CUSTO DA ÁGUA
Geralmente utiliza-se
água tratada e as
plantas precisam de
muita água
FALTA OU
EXCESSO
de água na
irrigação
ESCOLHA DE LOCAL
SOMBREADO
Às vezes não é
escolha, é falta de
opção mesmo
13
COLHEITA
Em uma horta caseira/doméstica, não existe um
ponto certo e rigoroso para determinar a
colheita, podendo serem colhidas um pouquinho
antes ou depois do ponto, para aproveitar melhor a
plantação. É importante que se lave bem as
hortaliças/temperos/aromáticas depois de colhi-
das, para que as mesmas mantenham-se frescas e
conservadas.
Se o plantio for em vaso, este pode restringir o
crescimento da planta e esta pode ir ficando fraca
de produção. Neste caso, torna-se necessário
eliminá-la para começar o plantio novamente, com
novo solo “enriquecido” por adubo (orgânico e/ou
mineral). Às vezes, a planta pode se desenvolver
mais que a capacidade do vaso. Se mesmo assim,
ainda estiver sadia e produzindo bem, pode ser
dividida em 2 a 4 partes, todas com raízes, e cada
parte pode ser plantada em um novo vaso. É o caso
da hortelã, por exemplo.
A seguir, será
detalhado o processo
de colheita de cada
espécie, sendo este o
principal objetivo
deste material.
14
COLHEITA
Alguns produtores comerciais, em maior
escala e também no sistema hidropônico,
realizam uma única colheita destas plantas
inteiras, arrancando-as com raízes, e depois
realizam novo plantio em outra área.
Outros fazem a colheita cortando-se todas
as folhas das plantas rente ao solo,
deixando cerca de 1,5 a 2,0 cm acima do
solo. Após esta colheita, realiza-se uma nova
adubação e a planta rebrota, permitindo
novas colheitas. Após 2 a 4 cortes, a
tendência é que ocorra perda de vigor e não
compense realizar novas colheitas, sendo
necessário arrancar a planta inteira e iniciar
novo plantio em outra área.
Em hortas caseiras, além destes dois
métodos de colheita, também podem ser
colhidas apenas algumas folhas de cada
planta, geralmente as mais velhas (que são
maiores), à medida em que se precisa delas.
Neste caso, o corte também deve ser próximo
ao solo, evitando-se colher “meia” folha.
Não esquecer de eliminar folhas ou plantas
doentes ou já fracas de produção. Às vezes,
é melhor eliminar o que está ruim e começar
de novo. Se, por algum motivo, as folhas
mais velhas passarem do ponto (ficando
amareladas e/ou secando), devem ser
eliminadas.
O coentro é da mesma família da
salsinha. Portanto, é importante destacar
que deve-se evitar o plantio junto ou na
sequência, ou seja, após eliminar a salsinha,
não se deve plantar coentro no mesmo
lugar, ou vice-versa. Sempre dê preferência a
outra espécie.
( CEBOLINHA, SALSINHA E COENTRO )
(MANJERICÃO)
15
COLHEITA
Em hortas caseiras, o manjericão pode ser colhido
quando apresentar pelo menos 15-20cm de altura.
Devem ser colhidas folhas já bem desenvolvidas,
evitando-se colher mais de 1/3 das folhas
presentes.
O corte deve ser feito preferencialmente com uma
tesoura, evitando-se utilizar a mão, pois, neste caso,
pode-se quebrar ou amassar os ramos das plantas
durante a colheita. Evite colher quando a planta
estiver molhada e evite que o solo ou algum tipo de
sujeira entrem em contato com a área cortada.
Manejando-se bem o corte, contando-se com um solo
fértil e realizando-se adubação em cobertura ade-
quada (a cada 15 dias), pode-se colher manjericão da
mesma planta por muito tempo.
Não se esqueça de eliminar folhas ou plantas
doentes ou já fracas de produção. Lembre-se: às
vezes, é melhor eliminar o que está ruim e começar de
novo. Se, por algum motivo, as folhas mais velhas
passarem do ponto (ficando amareladas e/ou
secando), estas devem ser eliminadas.
16
(HORTELÃ)
COLHEITA
Em hortas caseiras, o manejo de colheita da hortelã
é mais ou menos parecido com o do manjericão.
Inicialmente deve-se esperar que a planta se
desenvolva e cresça antes de realizar a primeira
colheita.
Devem ser colhidas folhas já bem desenvolvidas,
evitando-se colher mais de 1/3 das folhas
presentes. O corte deve ser feito preferencialmente
com uma tesoura, evitando-se utilizar a mão, pois,
neste caso, podem-se quebrar ou amassar os
ramos das plantas durante a colheita.
Evite colher quando a planta estiver molhada e
evite que o solo ou algum tipo de sujeira entrem em
contato com a área cortada.
Se o corte for bem manejado, se o solo for fértil e se
for realizada adubação em cobertura adequada (a
cada 15 dias), pode-se colher hortelã da mesma
planta por muito tempo.
Não se esqueça de eliminar folhas ou plantas
doentes ou já fracas de produção. Às vezes, é
melhor eliminar o que está ruim e começar de novo.
Se, por algum motivo, as folhas mais velhas
passarem do ponto (ficando amareladas e/ou
secando), estas devem ser eliminadas.
17
(ALECRIM)
COLHEITA
O alecrim é um arbusto que pode atingir até 1,0
a 1,5m de altura e produzir por vários anos, se
estiver bem nutrido (solo fértil e bem adubado a
cada 15 dias) e sem doenças.
Quando a planta estiver bem desenvolvida (cerca
de 90 a 120 dias após o plantio da muda), pode-se
colher folhas com ramos ao longo de todo o ano,
sem exagerar, evitando-se colher mais de 1/3 das
folhas presentes.
Deve-se preferencialmente colher dos ramos mais
desenvolvidos (mais altos), pois a planta rebrota
facilmente formando novas folhas.
O corte deve ser feito preferencialmente com
uma tesoura, evitando-se utilizar a mão, pois,
neste caso, podem-se quebrar ou amassar os
ramos das plantas durante a colheita.
Evite colher quando a planta estiver molhada e
evite que solo ou algum tipo de sujeira entrem em
contato com a área cortada.
18
(TOMILHO)
COLHEITA
Assim como o alecrim, o tomilho é uma planta que
pode viver produzindo por muitos anos. No
entanto, com o avanço da idade, pode reduzir a
produtividade e a qualidade das folhas. O plantio
pode ser renovado a cada 2 ou 3 anos.
Assim como o alecrim, a colheita deve ser iniciada
quando a planta estiver bem desenvolvida, o que
ocorre mais precocemente, com 2 a 3 meses, se as
condições de solo e clima forem favoráveis.
Podem-se colher folhas com ramos ao longo de todo
o ano, sem exagerar, evitando-se colher mais de 1/3
das folhas presentes.
O corte deve ser feito preferencialmente com uma
tesoura, evitando-se utilizar a mão, pois neste caso,
podem-se quebrar ou amassar os ramos durante a
colheita. Evite colher quando a planta estiver
molhada e evite que o solo ou algum tipo de sujeira
entrem em contato com a área cortada.
No tomilho, ao contrário das outras espécies
citadas, as flores podem ser colhidas e utilizadas.
Portanto, nesta espécie não é necessário eliminar
as flores.
Não se esqueça de eliminar folhas ou plantas doentes
ou já fracas de produção. Às vezes é melhor eliminar
o que está ruim e começar de novo. Se, por algum
motivo, as folhas mais velhas passarem do ponto
(ficando amareladas e/ou secando), estas devem ser
eliminadas.
19
O conteúdo deste manual foi desenvolvido por:
Prof. Dr. Antonio Ismael Inácio Cardoso - Campus UNESP Botucatu
Prof. Dr. Arthur Bernardes Cecílio Filho - Campus UNESP Jaboticabal
( USE A CRIATIVIDADE )
UMA horta de temperos PODE deixar sua comida e sua vida muito mais saborosas
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Manual de temperos caseiros

  • 2. ( ÍNDICE ) 2 INTRODUÇÃO 3 PROPAGAÇÃO 4 PROTEÇÃO DA HORTA 6 CLIMA 6 SOLO 7 IRRIGAÇÃO 8 CAPINA E ESCARIFICAÇÃO DA TERRA 9 MEDIDAS GERAIS NO MANEJO DE PRAGAS E DOENÇAS 10 REMOÇÃO DAS FLORES OU INFLORESCÊNCIAS 11 PRINCIPAIS PROBLEMAS OBSERVADOS EM HORTAS DOMÉSTICAS 12 COLHEITA 13 Cebolinha, salsinha e coentro 14 Manjericão 15 Hortelã 16 Alecrim 17 Tomilho 18 2
  • 3. ( Introdução ) Hábitos alimentares saudáveis devem estar presentes todos os dias, pois contribuem para uma vida mais saudável. Pequenas alterações são significativas, como trocar o sal por temperos naturais, uma vez que estes não trazem danos à saúde e podem gerar inúmeros benefícios. A utilização de temperos frescos como alecrim, hortelã, salsinha, etc na preparação dos pratos é uma forma saudável de adicionar mais nutrientes, aroma, cor e sabor. Investir na própria horta em casa, traz inúmeras vantagens, como ter sempre espécies frescas para culinária, além de um toque verde no ambiente e uma terapia relaxante. Com o objetivo de fornecer orientações para o cultivo não comercial, a Sodexo Benefícios e Incentivos, em parceria com a UNESP, elaborou este material sobre plantio, manejo e colheita de temperos em casa. 3
  • 4. Propagação Mudas PRONTAS ou Sementes? Para hortas caseiras, sempre que houver um bom viveirista próximo, o ideal é comprar as mudas já prontas para plantar. Com isto, economiza-se tempo e inicia-se com plantas sadias e bem formadas. Caso necessite ou queira formar suas mudas, as espécies podem ser propagadas por sementes ou vegetativamente. As sementes geralmente têm a vantagem de serem fáceis de se encontrar e são baratas. Além disto, geral- mente são livres de doenças. No entanto, a produção de mudas por sementes é mais lenta. Na propagação vegetativa, geralmente são usadas toucei- ras ou estacas, isto é, pedaços de uma planta. As plantas “filhas” serão iguais às plantas mães, o que nem sempre ocorre com sementes. Seja a muda formada por semente ou vegetativamente, ao transplantá-las, é importante não realizar o plantio muito profundo, evitando-se enterrar parte do caule. Também deve-se transplantar logo que a muda tenha ficado pronta, com cerca de 4-5 folhas e bem enraizada, pois mudas velhas demoram mais para iniciar produção e muitas vezes acabam formando plantas enfraquecidas. 4
  • 5. 5 DEPOIS MOLHE de acordo com a necessidade: em períodos quentes e secos mais frequentemente que em períodos frios ou chuvosos. 41 FAÇA COVAS na distância e profun- didade exigidas pela espécie que irá plantar. 2COLOQUE A MUDA na cova, encha-a de terra e aperte um pouco para ficar firme e sem bolsões de ar em volta da raiz. 3MOLHE o suficiente, todos os dias, até a muda pegar. IMPORTANTE: Se for utilizar a propagação vegetativa (geralmente touceiras ou estacas), evite plantas fracas e/ou doentes! ExemploS de plantas geralmente propagadas por estacas • pedaços da planta “mãe” • ( Alecrim, hortelã, manjericão, tomilho. Neste tipo de propagação, utiliza-se um pedaço da planta “mãe” (geralmente, um pequeno ramo ou broto), chamado de “estaca”. Coloca-se para enraizar em substrato (às vezes, com o início do processo em água) e depois este pedaço se desenvolverá em uma nova planta igual à planta “mãe”. Exemplo de plantas geralmente propagadas por sementes ( Cebolinha, coentro e salsinha, principalmente as duas últimas. Exemplo de planta geralmente propagada por divisão de touceiras ( Cebolinha.
  • 6. Clima Para plantas em vaso, geralmente é melhor posicioná-las para “tomar” o sol da manhã. A maioria das espécies de temperos/aromáticas necessita de temperaturas amenas (15 a 23ºC), tais como a salsinha e a cebolinha. Porém, algumas preferem temperaturas mais elevadas (20 a 30ºC), como o coentro e o manjericão. Proteção da horta A área onde será instalada a horta deve ser protegida do trânsito de animais, para evitar que as plantas sejam ingeridas ou pisoteadas e também para mantê-las longe de sujeiras como fezes e urina. A maioria das espécies de temperos/aromáticas necessita de sol direto por, pelo menos, 4-5 horas por dia. 6
  • 7. (hortelã) (ALECRIM) (MANJERICÃO) (STÉVIA) 7 Solo Estes temperos/aromáticas podem ser culti- vados diretamente no solo ou em recipientes/ vasos. Independentemente do local, o solo deve ser preferencialmente fértil (rico) ou previamente adubado com fertilizante orgânico e/ou inorgânico (“mineral”). Também não pode ser muito ácido nem alcalino, geralmente com pH entre 5,5 a 6,0. Adubação orgânica: APLICAR DE 2 A 4 LITROS DE ESTERCO DE CURRAL CURTIDO (OU COMPOSTO ORGÂ- NICO) POR M2 DE CANTEIRO, OU 1/4 DESSAS QUANTIDADES SE FOR ESTERCO DE GALINHA. INCOR- PORAR AO SOLO, ENTRE 10 E 20 DIAS ANTES DO PLANTIO. Outra importante característica do solo é ser de fácil drenagem, ou seja, não pode encharcar (acumular água em excesso), nem pode ser excessivamente arenoso, que não retenha umidade. Para solos arenosos, é mais importante ainda a adubação, principalmente a orgânica. Plantios em canteiros geralmente são melhores do que em recipientes, do ponto de vista do desenvolvimento das plantas e da produção. Porém, demandam limpeza prévia da área, incluindo capinar o mato, arrancar tocos de árvores, catar pedras, cacos de telhas e vidros, retirar sacos plásticos, restos de tijolos, madeira e todo o entulho.
  • 8. 8 IRRIgação Tanto a falta quanto o excesso de água são prejudi- ciais. No caso de falta, pode-se fazer a irrigação (“rega”). A quantidade de água e a frequência da irrigação dependem de vários fatores, tais como: espécie, clima, idade da planta, solo, dentre outros. Deve-se utilizar o bom senso: Alguns pontos são importantes: nunca irrigar em excesso, ou seja, o solo não pode ficar encharcado, pois favorece o apodrecimento das raízes e maior incidência de doenças. Também deve-se evitar, sempre que possível, molhar as folhas. Quem precisa da água são o solo e as raízes. A irrigação, sempre que possível, não deve ser feita nas horas mais quentes do dia. Se for utilizar mangueira que fica exposta ao sol, evitar “jogar” água logo após ligar a torneira, pois esta “primeira” água virá quente. SE USAR RECIPIENTES (ex.: vasos, pets...), estes tem que ser perfurados no fundo para permitir a saída do excesso de água. Nestes recipientes, sempre que ocorrer saída de muita água pelos furos, com certeza a irrigação está sendo excessiva, o que pode prejudicar a planta e “lavar” os nutrientes do solo. ( ALGUMAS ESPÉCIES, como o alecrim, toleram pequenas secas quando a planta já é adulta. ( Em ÉPOCAS frescas e nubladas, a irrigação será menos frequente que em épocas quentes e secas. ( SOLOS ARENOSOS E COM POUCA MATÉRIA ORGÂNICA armazenam menos água e, portanto, precisam ser irrigados com maior frequência. ( PLANTAS NOVAS E RECÉM TRANSPLANTADAS necessitam normalmente de maior frequência de irrigação, pois as raízes ainda estão em pequena profundidade e em menor número.
  • 9. CAPINA As plantas que crescem “espontaneamente na horta” (mato) competem com as plantas cultivadas, por espaço, luz, água e nutrientes. Portanto, devem ser eliminadas para que as plantas cultivadas se desenvolvam melhor. Capina e escarificação da terra ESCARIFICAÇÃO da terra Deve ser feita sempre que esta crosta dura for observada, utilizando-se uma enxadinha (ou outro instrumento) para “afofar” o solo. CUIDADO PARA NÃO DANIFICAR AS RAÍZES DAS PLANTAS. ( A escarificação é a operação de “quebrar” a crosta dura formada na superfície do solo, que dificulta a penetração da água e as trocas gasosas entre o solo e a atmosfera ) 9
  • 10. 10 ALÉM DISSO, ELIMINE FOLHAS OU RAMOS DOENTES. ÀS VEZES, PODE SER NECESSÁRIA A ELIMINAÇÃO DE PLANTAS INTEIRAS PARA EVITAR QUE PASSEM A DOENÇA PARA OUTRAS PLANTAS. NÃO REPITA O PLANTIO EM LOCAIS ONDE JÁ TENHAM OCORRIDO DOENÇAS DE SOLO. Medidas gerais no manejo de pragas e doenças ( Use ) sementes ou mudas sadias ( FAÇA ) rotação de culturas, ou seja, evite plantar a mesma espécie ou da mesma família em sequência ( PLANTE ) em espaçamentos adequados para permitir melhor ventilação entre as plantas ( FAÇA ) o plantio em local bem drenado, que não acumule água ( ADUBE ) e irrigue de forma equilibrada, evitando excesso de nitrogênio, esterco e de água ( EVITE ) plantios sucessivos e próximos a lavouras velhas de qualquer espécie da mesma família ( DESTRUA ) restos de cultura anterior antes de se iniciar novo plantio São medidas que irão contribuir para evitar ou diminuir problemas com pragas e doenças, lembrando que, em hortas caseiras, a diversidade de espécies de plantas, próximas umas às outras também ajuda a reduzir estes problemas. Veja as dicas:
  • 11. Remoção das flores ou inflorescências A maioria dos temperos/condimentos utilizam-se apenas das folhas e ramos. Neste caso, sempre que ocorrer o florescimento, as flores ou inflorescências devem ser eliminadas para evitar que compitam com as folhas pelos fatores de crescimento. Lembre-se que as flores irão originar os frutos com sementes, que são os “filhos” das plantas e as boas mães sempre dão preferência aos filhos. Se as flores não forem eliminadas, haverá menor produção de folhas, estas serão menores e, às vezes, terão aroma/sabor modificado. EXISTEM EXCEÇÕES COMO, POR EXEMPLO, O TOMILHO, CUJAS FLORES TAMBÉM PODEM SER UTILIZADAS. 11
  • 12. 12 Principais problemas observados em hortas domésticas ) NÃO REALIZAR A ELIMINAÇÃO DE FOLHAS OU DE PLANTAS DOENTES ou já fracas de produção. Às vezes, é melhor eliminar o que está ruim e começar de novo CUSTO DA ÁGUA Geralmente utiliza-se água tratada e as plantas precisam de muita água FALTA OU EXCESSO de água na irrigação ESCOLHA DE LOCAL SOMBREADO Às vezes não é escolha, é falta de opção mesmo
  • 13. 13 COLHEITA Em uma horta caseira/doméstica, não existe um ponto certo e rigoroso para determinar a colheita, podendo serem colhidas um pouquinho antes ou depois do ponto, para aproveitar melhor a plantação. É importante que se lave bem as hortaliças/temperos/aromáticas depois de colhi- das, para que as mesmas mantenham-se frescas e conservadas. Se o plantio for em vaso, este pode restringir o crescimento da planta e esta pode ir ficando fraca de produção. Neste caso, torna-se necessário eliminá-la para começar o plantio novamente, com novo solo “enriquecido” por adubo (orgânico e/ou mineral). Às vezes, a planta pode se desenvolver mais que a capacidade do vaso. Se mesmo assim, ainda estiver sadia e produzindo bem, pode ser dividida em 2 a 4 partes, todas com raízes, e cada parte pode ser plantada em um novo vaso. É o caso da hortelã, por exemplo. A seguir, será detalhado o processo de colheita de cada espécie, sendo este o principal objetivo deste material.
  • 14. 14 COLHEITA Alguns produtores comerciais, em maior escala e também no sistema hidropônico, realizam uma única colheita destas plantas inteiras, arrancando-as com raízes, e depois realizam novo plantio em outra área. Outros fazem a colheita cortando-se todas as folhas das plantas rente ao solo, deixando cerca de 1,5 a 2,0 cm acima do solo. Após esta colheita, realiza-se uma nova adubação e a planta rebrota, permitindo novas colheitas. Após 2 a 4 cortes, a tendência é que ocorra perda de vigor e não compense realizar novas colheitas, sendo necessário arrancar a planta inteira e iniciar novo plantio em outra área. Em hortas caseiras, além destes dois métodos de colheita, também podem ser colhidas apenas algumas folhas de cada planta, geralmente as mais velhas (que são maiores), à medida em que se precisa delas. Neste caso, o corte também deve ser próximo ao solo, evitando-se colher “meia” folha. Não esquecer de eliminar folhas ou plantas doentes ou já fracas de produção. Às vezes, é melhor eliminar o que está ruim e começar de novo. Se, por algum motivo, as folhas mais velhas passarem do ponto (ficando amareladas e/ou secando), devem ser eliminadas. O coentro é da mesma família da salsinha. Portanto, é importante destacar que deve-se evitar o plantio junto ou na sequência, ou seja, após eliminar a salsinha, não se deve plantar coentro no mesmo lugar, ou vice-versa. Sempre dê preferência a outra espécie. ( CEBOLINHA, SALSINHA E COENTRO )
  • 15. (MANJERICÃO) 15 COLHEITA Em hortas caseiras, o manjericão pode ser colhido quando apresentar pelo menos 15-20cm de altura. Devem ser colhidas folhas já bem desenvolvidas, evitando-se colher mais de 1/3 das folhas presentes. O corte deve ser feito preferencialmente com uma tesoura, evitando-se utilizar a mão, pois, neste caso, pode-se quebrar ou amassar os ramos das plantas durante a colheita. Evite colher quando a planta estiver molhada e evite que o solo ou algum tipo de sujeira entrem em contato com a área cortada. Manejando-se bem o corte, contando-se com um solo fértil e realizando-se adubação em cobertura ade- quada (a cada 15 dias), pode-se colher manjericão da mesma planta por muito tempo. Não se esqueça de eliminar folhas ou plantas doentes ou já fracas de produção. Lembre-se: às vezes, é melhor eliminar o que está ruim e começar de novo. Se, por algum motivo, as folhas mais velhas passarem do ponto (ficando amareladas e/ou secando), estas devem ser eliminadas.
  • 16. 16 (HORTELÃ) COLHEITA Em hortas caseiras, o manejo de colheita da hortelã é mais ou menos parecido com o do manjericão. Inicialmente deve-se esperar que a planta se desenvolva e cresça antes de realizar a primeira colheita. Devem ser colhidas folhas já bem desenvolvidas, evitando-se colher mais de 1/3 das folhas presentes. O corte deve ser feito preferencialmente com uma tesoura, evitando-se utilizar a mão, pois, neste caso, podem-se quebrar ou amassar os ramos das plantas durante a colheita. Evite colher quando a planta estiver molhada e evite que o solo ou algum tipo de sujeira entrem em contato com a área cortada. Se o corte for bem manejado, se o solo for fértil e se for realizada adubação em cobertura adequada (a cada 15 dias), pode-se colher hortelã da mesma planta por muito tempo. Não se esqueça de eliminar folhas ou plantas doentes ou já fracas de produção. Às vezes, é melhor eliminar o que está ruim e começar de novo. Se, por algum motivo, as folhas mais velhas passarem do ponto (ficando amareladas e/ou secando), estas devem ser eliminadas.
  • 17. 17 (ALECRIM) COLHEITA O alecrim é um arbusto que pode atingir até 1,0 a 1,5m de altura e produzir por vários anos, se estiver bem nutrido (solo fértil e bem adubado a cada 15 dias) e sem doenças. Quando a planta estiver bem desenvolvida (cerca de 90 a 120 dias após o plantio da muda), pode-se colher folhas com ramos ao longo de todo o ano, sem exagerar, evitando-se colher mais de 1/3 das folhas presentes. Deve-se preferencialmente colher dos ramos mais desenvolvidos (mais altos), pois a planta rebrota facilmente formando novas folhas. O corte deve ser feito preferencialmente com uma tesoura, evitando-se utilizar a mão, pois, neste caso, podem-se quebrar ou amassar os ramos das plantas durante a colheita. Evite colher quando a planta estiver molhada e evite que solo ou algum tipo de sujeira entrem em contato com a área cortada.
  • 18. 18 (TOMILHO) COLHEITA Assim como o alecrim, o tomilho é uma planta que pode viver produzindo por muitos anos. No entanto, com o avanço da idade, pode reduzir a produtividade e a qualidade das folhas. O plantio pode ser renovado a cada 2 ou 3 anos. Assim como o alecrim, a colheita deve ser iniciada quando a planta estiver bem desenvolvida, o que ocorre mais precocemente, com 2 a 3 meses, se as condições de solo e clima forem favoráveis. Podem-se colher folhas com ramos ao longo de todo o ano, sem exagerar, evitando-se colher mais de 1/3 das folhas presentes. O corte deve ser feito preferencialmente com uma tesoura, evitando-se utilizar a mão, pois neste caso, podem-se quebrar ou amassar os ramos durante a colheita. Evite colher quando a planta estiver molhada e evite que o solo ou algum tipo de sujeira entrem em contato com a área cortada. No tomilho, ao contrário das outras espécies citadas, as flores podem ser colhidas e utilizadas. Portanto, nesta espécie não é necessário eliminar as flores. Não se esqueça de eliminar folhas ou plantas doentes ou já fracas de produção. Às vezes é melhor eliminar o que está ruim e começar de novo. Se, por algum motivo, as folhas mais velhas passarem do ponto (ficando amareladas e/ou secando), estas devem ser eliminadas.
  • 19. 19 O conteúdo deste manual foi desenvolvido por: Prof. Dr. Antonio Ismael Inácio Cardoso - Campus UNESP Botucatu Prof. Dr. Arthur Bernardes Cecílio Filho - Campus UNESP Jaboticabal ( USE A CRIATIVIDADE ) UMA horta de temperos PODE deixar sua comida e sua vida muito mais saborosas