3. DRENAGEM LINFÁTICA
A principal via de drenagem linfática da mama ocorre
por meio dos linfonodos axilares (75%) e grande
parte do restante é drenado através dos linfonodos
mamários internos (20%) e pequena parcela através
dos intercostais posteriores (5%, aproximadamente).
4. O QUE É A MASTECTOMIA
A mastectomia é a retirada total da mama, com pele,
aréola e mamilo. É a opção mais segura para
tumores extensos. Quando é realizada atualmente é
quase sempre acompanhada de reconstrução
mamária imediata, que proporciona resultados
bastante satisfatórios.
5. A retirada de uma quantidade limitada de pele, incluindo
a remoção de aréola e mamilo, recebe o nome de
mastectomia preservadora de pele (skin-sparing
mastectomy). Esta variante é muito usada para tumores
de localização central e não muito grandes.
6. TIPOS DE MASTECTOMIA
Os tipos de cirurgias são geralmente agrupados em três
categorias:
A mastectomia total (simples) remove todo o tecido
mamário,porém todos ou muitos dos linfáticos e
músculos torácicos são mantidos intactos.
A mastectomia radical modificada (Patty) (cirúrgica mais
comum): remove toda a mama,algum ou muitos nódulos
linfáticos,e algumas vezes os músculos peitorais
menores torácicos.
A mastectomia radical(Halsted) é um procedimento
realizado raramente porque requer a remoção de toda a
mama,pele,músculo peitorais maior e menor, nódulos
linfáticos axilares,e algumas vezes as nódulos linfáticos
mamários internos ou os supra-claviculares.
7. DISSECÇÃO AXILAR
A dissecção de linfonodos (gânglios) axilares é
necessária porque os carcinomas de mama se
disseminam por essa via. A retirada dos linfonodos
infiltrados pela neoplasia é importante para evitar
retorno do tumor (recidiva) na axila, além de oferecer
parâmetros prognósticos da doença, fundamentais
para se entender a necessidade de tratamentos
adicionais.
8. LINFEDEMA
O linfedema é um tipo de contenção de
substâncias causado pelo acúmulo anormal de
proteínas e líquidos nos tecidos; costuma ser
resultante da falha de drenagem no sistema
linfático, que vem a ser manifestada por inchaço,
principalmente nas extremidades dos membros
superiores e inferiores.
Os líquidos e substâncias que as veias não
retiram dos tecidos formam a linfa, composta por
água, proteínas e outras substâncias. Entretanto,
pode ocorrer falha nesse sistema de drenagem,
causando o linfedema, ou acúmulo dessas
substâncias.
9. Quando o linfedema não é tratado rapidamente,
torna-se uma doença crônica causando o inchaço da
área afetada, aumento de volume, sensação de
peso, desconforto, perda parcial de mobilidade,
deformações estéticas e dor.
O linfedema pode ser desencadeado logo após a
cirurgia, semanas, ou até mesmo anos mais tarde. A
probabilidade de desenvolver após a cirurgia de
mastectomia, depende do número de gânglios
removidos, da quantidade de radiação recebida e na
capacidade que as funcionalidades restantes ainda
tiverem para compensar a perda.
10. A prevenção e redução é o principal objetivo no
tratamento do linfedema, muito embora, as medidas
com esse objetivo sejam paliativas e muitas vezes
criticadas na literatura. Na fase precoce, quando os
tecidos ainda estão relativamente preservados, pode-
se reduzir o membro ao seu tamanho inicial.
11. SINAIS E SINTOMAS
Alguns sinais e sintomas podem incluir:
- Inchaço da mão ou do braço
- Dor, queimação, formigamento ou sensação de
peso na mão ou no braço
Roupas ou acessórios apertados
- Menor movimento ou flexibilidade na mão ou no
pulso
12. PREVENÇÃO DO LINFEDEMA
Aumentar gradativamente a duração e a intensidade de
qualquer atividade ou exercício físico
-Descansar frequentemente durante a atividade para
permitir a recuperação do membro
-Monitorar o braço e a mão durante e após a atividade
para verificar se ocorreu alguma alteração de tamanho,
forma, tecido, textura, dor, peso e firmeza
-Manter o peso ideal
-Se possível, evitar que a pressão arterial seja medida no
braço da cirurgia
-Usar roupas e acessórios folgados Evitar carregar
bolsas pesadas ou puxar malas com o braço da cirurgia
Evite exposição prolongada (por mais de 15 minutos) ao
calor ou frio extremo (ex: banho quente, sauna). Não
mergulhe o braço em água com temperatura superior a
38,8 (102) graus.
13. IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA
A Fisioterapia iniciada nos primeiros dias após a
cirurgia pode trazer inúmeras vantagens:
prevenindo algumas complicações principalmente o
linfedema e retrações do ombro, promovendo
adequada recuperação funcional e,
conseqüentemente, propiciando melhor qualidade de
vida.
14. TRATAMENTO NO PÓS OPERATÓRIO
MASTECTOMIA
O Exame físico DEVE Ser Realizado bilateralmente,
avaliando a Função pulmonar, uma amplitude de Movimento
dos ombros e cintura escapular, a Força muscular e
perimetria dos MMSS, Além da Avaliação postural.
A prevenção das complicações deve começar no primeiro
dia do pós-operatório.
-Deve-se realizar uma pequena elevação do braço operado,
com a ajuda de um travesseiro, de maneira que o cotovelo, o
punho e a mão estejam mais altos que o ombro.
-Leves movimentos de dedos, punho, mão e cotovelo,
devem ser iniciados no segundo dia do pós-operatório,
voltando, gradativamente, a realizar todos os movimentos
até 90º durante o período que estiver com os pontos. Após
a retirada dos pontos, a paciente pode voltar às suas
atividades acima de 90º com exercícios leves e livres
15. TRATAMENTO FISIOTERAPEUTICO PARA
LINFEDEMA
A forma correta de se tratar um linfedema é
aumentando a oferta de vasos disponíveis, ou seja,
estimular a circulação colateral, e a função dos
gânglios e vasos linfáticos.
É a massagem de drenagem proximal. Consiste na
estimulação manual das regiões de linfonodos
superficiais e vias linfáticas, iniciando pelas vias
proximais, prosseguindo com a estimulação de áreas
mais distais, conseguindo o descongestionamento
das vias linfáticas e melhorando o fluxo.
16. Deslizamento superficial e profundo: Um dos efeitos
da massagem é o relaxamento muscular. Através da
massagem, pode-se tentar diminuir espasmos
musculares, sem que se causem danos aos tecidos.
Tanto tecido muscular quanto o conjuntivo só estarão
prontos para realizar exercícios de estiramento e
liberação articular após a massagem.
17. A cinesioterapia é fundamental no tratamento do
linfedema, principalmente na primeira fase, quando
se objetiva a redução do linfedema e o membro
permanece sob compressão das ataduras. Os
exercícios devem ser de grande amplitude,
envolvendo as articulações do ombro, cotovelo,
punho, dedos e cintura escapular e de fácil
memorização, para que a paciente participe
ativamente desta atividade. Desta forma, são
orientados os seguintes exercícios: 1) Cintura
escapular: flexão anterior, extensão, abdução e
rotações do ombro, elevação e depressão da
escápula; 2) Cotovelo: flexão, extensão e prono-
supinação; 3) Punho: flexão e extensão; 4) Mão:
flexoextensão de dedos e polegar, Exercícios em
diagonal principal de Kabat para manter a
mobilidade.
18. Exercícios para flexibilidade: Exercícios de alongamento
para cervical, ombros, região axilar, região do músculo
peitoral e grande dorsal. Podem ajudar a alongar tecido
cicatricial e diminuir o endurecimento axilar e a
compressão do desfiladeiro torácico, aumentando o fluxo
linfático.
Treino de força: concentrando em músculos de ombros e
costa, incluindo deltóide, serrátil anterior, trapézio,
rombóides, manguito rotador. Trabalho da região
abdominal para facilitar o retorno do fluxo linfático ao ducto
torácico.
Exercícios de pilates, os quais enfatizam a postura e
respiração enquanto trabalham a região abdominal.
19. ENFAIXAMENTO COMPRESIVO
O enfaixamento compresivo deve
ser utilizado para manter e
incrementar os efeitos da
drenagem linfática manual. O
enfaixamento tem como objetivo,
aumentar o fluxo linfático através
do aumento da pressão tecidual e
prevenir um novo acumulo de
fluido após a drenagem. Deve se
funcional e a pressão deve ser
sempre maior em nível distal.