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JB NEWS
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Editoria: Ir Jeronimo Borges
Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro
Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário
Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário
Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente
Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente
Academia Catarinense Maçônica de Letras
Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte
O JB News saúda os Irmãos leitores de Colatina – ES - (Imagem Google)
Saudações, Prezado Irmão!
Índice do JB News nr. 2.306 – Florianópolis (SC) – domingo , 22 de janeiro de 2017
Bloco 1-Almanaque
Bloco 2-IrNewton Agrella – A Torre de Babel e a Origem das Línguas
Bloco 3-IrJoão Ivo Girardi – Lágrimas
Bloco 4-IrJosé Ronaldo Viega Alves – Sobre os Sofistas, Sofismas e Falácias
Bloco 5-IrHercule Spoladore – Conde De Saint Germain
Bloco 6-IrJoão Anatalino Rodrigues – Maçonaria – O Iluminismo Esotérico
Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 22 de janeiro e versos do Irmão e Poeta
Sinval Santos da Silveira (Florianópolis – SC)
JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 2/42
22 de janeiro
 1462 — Descoberta da ilha de São Vicente, em Cabo Verde.
 1502 — Descoberta da ilha de São Vicente no Brasil.
 1506 — O Papa Júlio II cria a Guarda Suíça para proteger o Vaticano.
 1532 — Fundação da vila de São Vicente, a primeira do Brasil.
 1615 — Exército Tokugawa recua, proclamando o fim da Campanha de Inverno de Osaka.
 1800 — Fundação dos condados de Adams e Allegheny (EUA).
 1808 — Chegada da Família Real ao Brasil, após fuga ocasionada pela ocupação de Portugal pelas tropas
de Napoleão.
 1815 — É assinado em Viena o Tratado de 22 de Janeiro de 1815 entre Portugal e o Reino Unido, abolindo
o tráfico de escravos na costa de África acima do Equador.
 1905 — Domingo Sangrento: soldados russos matam e ferem manifestantes liderados pelo padre George
Gapon. É um dos acontecimentos que desencadearão a Revolução Russa de 1905.
 1919 — A República Autônoma Ocidental se une à República Popular da Ucrânia.
 1941 — Segunda Guerra Mundial: Tropas britânicas e australianas capturam o porto de Tobruk, na Líbia.
 1944 — Segunda Guerra Mundial: Início da Operação Shingle, o assalto aliado em Anzio na Itália. A 45ª
Divisão de Infantaria do Exército Norte-americano mantém-se em Anzio, combatendo contra violentos
assaltos italianos durante quatro meses.
 1957 — Israel se retira da Península de Sinai.
Nesta edição:
Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e
www.google.com.br
Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste
informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
1 – ALMANAQUE
Hoje é o 22º dia do Calendário Gregoriano.
Faltam 343 dias para terminar o ano de 2017
- Lua Quarto Minguante –
É o 128º ano da Proclamçaõ da República;
195º da Independência do Brasil e
517º ano do Descobrimento do Brasil
Colabore conosco. Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço
eletrônico, POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebe o JB News, para evitar
atropelos em nossas remesssas diárias por mala direta. Obrigado.
EVENTOS HISTÓRICOS
(Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki) Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
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 1961 — N/T Santa Maria: Sequestro do paquete por um grupo de portugueses e espanhóis integrantes da
Direção Revolucionária Ibérica de Libertação (DRIL).
 1969 — O presidente da União Soviética, Leonid Brejnev, sofre um atentado junto a conhecidos
cosmonautas.
 1971 — Fundação da Universidade Federal do Acre.
 2006
 Cavaco Silva é eleito presidente da República de Portugal.
 2008 — O Iraque adopta a sua nova bandeira.
1826 O padre Lourenço Rodrigues de Andrade, natural de Santo Antônio de Lisboa, na ilha de Santa
Catarina, é escolhido Senador do Império, representando esta Província.
1961 Instalado, nesta data, o município de Major Vieira, criado pela Lei nº 633, de 23 de dezembro de 1960.
1963 Lei nº 869, desta data, criou o município de Catanduvas, desmembrado de Joaçaba.
1561
Nasce Francis Bacon, filósofo naturalista inglês, cuja obra Novum Organum foi uma
das principais influências na criação da Royal Society.
1729 Nasce Gotthold Lessing, filósofo e dramaturgo alemão.
1783 Nasce Henri Beyle, escritor e crítico francês conhecido como Stendhyal, membro da Loja Sainte
Caroline.
1883 Oscar Wilde é excluído da Loja Apollo University, de Londres, por ser homossexual. Era
dramaturgo, escritor e poeta irlandês.
1982 O Parlamento Italiano dissolve a Loja Maçônica P-2, cuja fundação ocorreu em 1877 pelo Grande
Oriente da Itália
Fatos históricos de santa Catarina
Fatos maçônicos do dia
Fonte: O Livro dos Dias 20ª edição (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
Em Florianópolis visite o hotel da Família Maçônica. Marina’s Palace Hotel
Praia de Canasvieiras - Reservas : (48) 3266-0010 – 32660271
Irmão tem desconto especial. Aproveite a temporada.
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Contatos: Ir Darci Rocco (Loja Templários da Nova Era) nos telefones
(48) 3233-5069 – 9 9943 1571
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O Ir Newton Agrella -
M I Gr 33 escreve aos domingos.
É membro ativo da Loja Luiz Gama Nr. 0464
e Loja Estrela do Brasil nr. 3214
REAA - GOSP - GOB
newagrella@gmail.com
"A TORRE DE BABEL E A ORIGEM DAS LÍNGUAS"
A Torre de Babel encerra em si um significado muito mais simbólico e lendário do que
propriamente físico, artístico ou arquitetônico do ponto de vista das relações humanas.
De acordo com o , Antigo Testamento (Gênesis 11, 1-9 ) a referida Torre construída na
Mesopotâmia, mais especificamente na Babilônia, pelos descendentes de Noé - tinha por
finalidade eternizar seus nomes.
Seu objetivo era o de que a referida Torre alcançasse o Céu.
Tal ousadia provocou a ira de Deus - que como forma de punição, confundiu-lhes as Línguas e os
espalhou por toda a Terra.
Cabe ilustrar que o vocábulo BABEL deriva da composição das palavras "bab ilu" . Ou
seja: bab ("porta" ou "portão" e ilu ("Deus") - portanto significa "PORTA DE DEUS"
Para os Judeus adquiriu o significado de "confusão" pois teria derivado do nome hebraico
"bavel" raiz do verbo ba.lál que significa "confundir"
A Ciência porém explica e esclarece o mito da "confusão das Línguas" : BABEL era um
importante centro econômico, político e militar do mundo antigo. Consequentemente inúmeros
indivíduos advindos das mais variadas tribos da região migravam para BABEL para trabalhar,
estudar e fazer negócios. Daí a diversidade de idiomas que eram falados por lá.
Algo como o que ocorre hoje em grandes metrópoles cosmopolitas como New York, Paris,
Londres e Roma dado o grande número de imigrantes que vivem nessas cidades.
2 – A Torre de Babel e a Origem das Línguas
Newton Agrella
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A origem das Línguas de um modo ou de outro obedece a um critério de comparação e de
assimilação entre si. Por isso há sempre um a idéia do surgimento das Línguas a partir de diversas
especulações.
Há contudo um aspecto comum de entendimento de todos os linguistas - que dá conta que o
princípio universal é que toda Língua possui sujeito, verbo e objeto sendo que sua ordem nas
frases é sempre variável.
Cabe ainda destacar que a capacidade de comunicação entre os seres humanos, ao longo de sua
evolução tornou-se sedimentada e estruturada com maior clareza e concisão, a partir do momento
em que os homens começaram através dos sons, transmitir suas emoções, sentimentos, desejos,
angústias, medos e aflições que instintivamente extravasavam de si.
Conceito amplamente aceito entre filólogos, também dá conta de que a Língua evoluiu a partir de
uma série de sinais sonoros, baseados naqueles emitidos pelas Aves, pelos Animais Terrestres e
Marinhos.
Há ainda uma corrente de filólogos que apontam que até mesmo os Sons produzidos pelos
fenômenos naturais ou aqueles emitidos a partir de algumas ações ou reações tenham igualmente
contribuído para a legitimação e formação das Línguas.
A figura de linguagem chamada "onomatopeia" é um exemplo tácito e inquestionável sobre a
influência na construção e expressão de uma Língua. A onomatopeia consiste na
reprodução do som de qualquer coisa. Seja qual for o Idioma.
Por exemplo: na Língua Portuguesa temos o verbo "MIAR" surgido a partir do som "miau" que
sugere a transcrição fonética do som emitido pelo gato.
Na Língua Inglesa : O verbo "to knock" (pronuncia-se "nóc" ) significa "bater à porta" que nada
mais é senão a transcrição fonética para os falantes da língua inglesa do referido som...
Interessante que em Português ouve-se : TOC TOC da porta e em Inglês ouve-se: NOC NOC
Trata-se pois de uma questão puramente de Interpretação Semântica e Auditiva basicamente
estabelecida ao que soa comum aos ouvidos de um determinado grupo étnico.
Destaque-se que Fonema é transcrição do Som.
Letra a representação gráfica de um Som.
Hoje em nosso planeta falam-se cerca de 2.800 Línguas.
Há ainda o que se denomina "Dialetos", que nada mais são do que a desfiguração e de certa forma
até uma tentativa de ocultação e de proteção no processo de comunicação entre Povos de uma
determinada etnia, a partir de, um Idioma estruturado gramaticalmente e que por motivos de
isolamento geográfico, algumas barreiras culturais, usos e costumes de uma determinada região,
JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 7/42
acabam originando formas diferenciadas e alteradas de comunicação verbal e até mesmo escrita
de um mesmo Idioma, uma mesma Língua.
Exemplos de "dialetos" que tornaram-se verdadeiras vertentes, quase ininteligíveis perante sua
Língua Original verificam-se sobretudo na Itália, onde o TOSCANO que deu origem ao que hoje
se constitui na Língua Italiana oficial, ensinada em todas as escolas daquele País e que é
pretensamente a Língua falada e entendida por todos os italianos.
Há porém mais de 70 dialetos diferentes falados ao longo de toda a Península Itálica, desde o
Norte (região da Lombardia) até o extremo sul. Na Sardenha por exemplo fala-se o SARDO - que
é sim um outro idioma - que os demais italianos não entendem. Há também o Siciliano, e o
Napolitano estes já bem mais próximos do TOSCANO (o Italiano oficial).
A própria Língua Portuguesa possui nuances que a distingue de maneira muito evidente entre os
seus falantes (hoje cerca de 250 milhões de pessoas falam o Português em todo o Mundo) e quase
beiram a denominação de Dialetos , tamanhas são as diferenças de sotaque, de entonação e de
vocábulos entre os seus falantes.
Exemplo claro é do Português falado em Portugal e o o falado no Brasil.
Há inclusive para os brasileiros uma relativa dificuldade para entender o Português
aborígene. Em Cabo Verde, Macau, Guiné Bissau, Timor Leste, Angola, Moçambique, Goa, Ilhas
dos Açores as diferenças tornam-se ainda mais acentuadas.
O mesmo se aplica entre o INGLÊS falado na Inglaterra e aquele falado nos Estados Unidos, bem
como entre outros países de Língua Inglesa oficial como a Escócia, Irlanda, País de Gales,
Austrália e Nova Zelândia.
Os registros históricos sinalizam que as Línguas mais antigas do Mundo são aquelas surgidas na
Mesopotâmia, ou seja: O Caldeu, o Sumério, e o Assírio - que a partir destas deram origem ao
grupo de idiomas Semíticos como o Árabe, o Hebraico e o Aramaico. E numa vertente extensiva
para os idiomas do grupo Indo-Asiáticos: que posteriormente ensejaram o surgimento do Chinês,
Japonês, Coreano , e aos diversos Idiomas espalhados pelas regiões da Índia, Paquistão, Birmânia
(hoje Mianmar), Afeganistão e dos Idiomas da chamada Ásia Menor e Ásia da Monções. Além
das Linguas urálicas como o Turco e o Armênio e o próprio Grego que nasceu nas
confluências euro-asiáticas.
Merece ainda um destaque especial o idioma Maltês, falado na República de Malta (Mediterrâneo
Europeu) que embora tenha grande parte de suas raízes derivadas do Árabe, porém com uma
enorme carga de influências do Italiano, do Inglês e do Francês - face questões geográficas e
políticas - curiosamente é a única língua semítica - que se utiliza do alfabeto Latino - onde
inclusive a palavra Deus - se escreve "ALLA"
Atualmente apenas 101 Idiomas contam com mais de 1 milhão de falantes.
JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 8/42
Sendo que os 15 Idiomas mais importantes quanto ao número de falantes são em ordem
aproximada:
Chinês, Inglês, Hindi, Urdu, Russo, Espanhol, Japonês, Alemão, Indonésio, Português, Francês,
Árabe, Bengali, Malaio e Italiano.
Todos esses idiomas possuem pelo menos 50 milhôes de falantes, incluindo seus dialetos.
O Chinês (Mandarim) é falado por 1 bilhão e meio de falantes.
Logo em seguida o Inglês falado por cerca de 400 milhões de falantes nativos - porém é falado
numa fatia muito maior da superfície da Terra do que o Chinês - como língua franca - ou seja;
aquela de maior acessibilidade em termos de compreensão e facilidade até mesmo em razão de
sua estrutura gramatical simples e concisa - que permite mais rápida compreensão entre os povos.
Além claro do próprio poderio econômico de nações como os Estados Unidos e da própria
Inglaterra num período imperialista da História.
Talvez cerca de 250 milhões de pessoas em todo o Planeta utilizam-se do Inglês como segunda
Língua.
O tema é extremamente complexo e mereceria uma abordagem ainda mais profunda, pois há um
gama de Línguas Vivas faladas na África, nas Américas e na própria Europa que necessitariam de
um Capítulo Especial.
Especificamente para um breve exemplo léxico dentro de nossa Sublime Ordem cumpre lembrar
que o substantivo "MAÇOM" etimologicamente provem do Latim baixo ou Latim Inculto
"Machio", "Matio" ou "Macio" (aquele que faz) - que também algumas correntes dizem originar-
se do Alemão "Metz" (cortador de pedras) e outras do Francônio (estágio preliminar da Língua
Francesa) Mattjo e do Inglês Mason ou do Francês "Maçon" (Pedreiro) - que em função de sua
própria essência no tempo e no espaço ganhou Força, Universalidade e Significado pleno de
"Construtor Social", em qualquer dos Idiomas dos quais presume-se a sua origem Operativa e ou
Especulativa.
Fraternalmente
Ir.´. Newton Agrella
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O Ir. João Ivo Girardi joaogira@terra.com.br da Loja
“Obreiros de Salomão” nr. 39 de Blumenau é autor do
“Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite”
Premiado com a Comenda do Mérito Cultural Maçônico
“Aquiles Garcia” 2016 da GLSC e com a Ordem do Mérito Templário
da Loja Templários da Nova Era.
escreve às quartas-feiras e domingos.
LÁGRIMAS
“Deve existir algo estranhamente sagrado no sal: está em nossas lágrimas e no mar”. (Khalil
Gibran).
1: Para aliviar a tensão nervosa que uma emoção pode causar o organismo humano,
através do saco lacrimal, emite uma secreção límpida, de gosto salgado-doce; essa
liberação pode resultar da emoção alegre ou triste e da dor. O ato de verter lágrimas diz-se
choro ou pranto. Jesus, quando na crucificação chorou.
A lágrima, em si, é um produto do organismo humano, que surge em momentos de
elevado misticismo; o seu derramar é contagioso, pois toda a emoção toca a quem dela
participa. Apesar de a lágrima ser transparente, ela pode adquirir colorações místicas:
lágrimas de sangue, lágrimas de luto, lágrimas de saudades. Quando o maçom chora,
expressa um sentimento profundo de emoção.
2. Símbolo: É o símbolo da dor e da intercessão. É bastante comparada à pérola. Para os
astecas, as lágrimas das crianças que eram conduzidas ao sacrifício para invocar a chuva
já simbolizavam as gotas de água.
3. Ensaio: Quando chorar pega bem: Quando a garganta trava e os olhos ficam
umedecidos, muitos engolem o choro ou enxugam as lágrimas discreta e rapidamente, para
evitar a exposição pública. Aprendemos desde cedo que chorar é sinal de fraqueza,
imaturidade e de despreparo para lidar com a realidade.
A pesquisa Confie numa gota de lágrima, desenvolvida pela Universidade de Tel-Aviv,
revela que ela reforça vínculos interpessoais, funciona como um pedido de ajuda e pode
amansar um inimigo. É uma forma de obter a misericórdia do antagonista, conquistar a
simpatia dos demais e criar intimidade. A confiança social é construída a partir de uma
premissa básica. Quem chora é capaz de elaborar conflitos internos, portanto, é visto como
alguém que sabe se colocar no lugar dos demais. Quando nos projetamos nos conflitos dos
outros, nos tornamos mais sensíveis aos dramas humanos e mais confiáveis. Mas onde
chorar pega mal? Lágrimas no ambiente do trabalho são unanimidade negativa. Nessa
situação, pode parecer manipulador. Sugere que a pessoa está fazendo drama. Diante de
pessoas de outras culturas também pode ser mal interpretado. Os latinos têm mais
3 –Lágrimas
João Ivo Girardi
JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 10/42
facilidade de expressar sentimentos. Já entre os europeus, o choro é familiar, íntimo. Não
se emociona na frente de estranhos.
Na cultura brasileira, o choro é mais do que um símbolo social de vínculo e
confiança - a falta dele projeta a imagem de frieza e desapego. O ato valida emoções
comuns a um grupo e comunica um sentimento coletivo. As lágrimas podem significar um
sinal de apaziguamento e da necessidade de união em momento de dor. Em situações de
luto são quase obrigatórias - funcionam como um termômetro para confirmar o sofrimento.
O critério pode ser injusto com aqueles que não choram nunca. O choro já foi objeto de
outros trabalhos. Uma outra pesquisa revela que 70% dos entrevistados constataram
benefícios psicológicos e melhorias no humor após se debulharem em lágrimas. Aqueles
que receberam suporte emocional durante a crise se sentiram mais aliviados. Quem chora
pede ajuda, reconhece a dor e quer mudar sua condição.
O choro é um compromisso com a vida. O choro como ferramenta de comunicação é
uma resultante do processo evolutivo e exclusivo dos seres humanos. A sobrevivência dos
mais adaptados inclui, não apenas a destreza dos fortes e espertos, mas também a
habilidade dos emocionalmente expressivos. Não é apenas a capacidade de chorar que é
considerada adaptativa, mas de saber ‘chorar bem’, de forma que seja um convite à ajuda.
Na carona da evolução, o choro se tornou um artifício de comoção e não faltam aqueles
que sabem administrá-lo com maestria. Sempre que você se mostra frágil, a primeira
reação do outro é ‘crescer’. Mas quando você chora, as pessoas recuam e acolhem. De
qualquer modo, para a formação do tal vínculo social, é recomendável que as lágrimas
sejam autênticas. (Carina Rabelo).
4. Lágrimas pela História: Antiguidade: Na Grécia, os homens podiam chorar; as
mulheres, não. A expressão dos sentimentos era um direito masculino. As mulheres
deveriam ser fortes e equilibradas.
Início da Era Cristã: As lágrimas passaram a ser associadas às santidades e aos atos
de penitência e redenção, como as das pecadoras que lavaram os pés de Cristo e o choro
de arrependimento de Pedro, que negou Cristo.
Romantismo (Século XVIII): Homens e mulheres tinham permissão para chorar em
público, principalmente durante as sessões coletivas de leitura. O drama era a tônica
central das obras literárias e teatrais.
Era Industrial (Século XIX): As lágrimas eram permitidas aos homens das classes
baixas e às mulheres. Jamais às elites. As obras artísticas se tornaram mais irônicas e
menos melodramáticas.
Pós-modernidade (Século XXI): Apesar do conceito homem não chora, passa-se a
valorizar a sensibilidade. O ato de chorar é de foro íntimo. Lágrimas no local de trabalho é
sinal de fraqueza.
5. Poema: Lágrimas existem para serem derramadas... Alguns momentos da vida rimos,
outros somos compelidos ao pranto. Inevitavelmente. Somos todos feitos metade alegria,
metade tristeza. Ambas sobressaem-se e se alternam ao longo de nossas vidas. Quando
vier o pranto deixe fluírem as lágrimas. Não as economize nem se esforce tentando retê-
las. As lágrimas vertidas desfazem a tristeza da alma. São como a chuva que vem para
lavar a poeira da terra. Lembre-se que por sermos humanos não é demérito chorar. Esvazie
o quarto triste do sentimento. Todo momento triste é passageiro, pense assim.
JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 11/42
Restabeleça-se depois, coração renovado com o néctar da alegria. Afinal, depois das
tormentas de um temporal um novo sol volta sempre a brilhar!
6. Máximas: As lágrimas são o extremo sorrir do amor. (Stendhal).
- As lágrimas de piedade consolam quando é um amigo que as derrama. (Alexandre
Herculano).
- As lágrimas possuem uma força especial: derretem gelo e aquecem corações. (Textos
Judaicos).
- As lágrimas não pedem perdão, mas o alcançam. (Santo Ambrósio).
- Se a noite você chorar por ter perdido o sol, as lágrima não te deixarão ver as
estrelas. (Bob Marley).
- Eu queria ser uma lágrima para nascer nos seus olhos, deslizar na sua face e morrer nos
seus lábios. (Rogério Baraldi).
- A lágrima é o suco extraído dos frutos do coração, que é filtrada pelo cérebro e servida
pelos olhos! (A).
- Lágrima: É quando o coração pede aos olhos que falem por ele. (A).
MAÇONARIA
1. Graus Superiores REAA: Para aliviar a tensão nervosa que uma emoção pode causar,
o organismo humano, através, do saco lacrimal situado na base das pálpebras, emite uma
secreção límpida, de gosto salgado-doce; essa liberação pode resultar da emoção alegre
ou triste e da dor.
No Grau 4 da Maçonaria Filosófica, o primeiro dos Graus Inefáveis em certo trecho do
Ritual é dito, quando da visão do túmulo de Hiram Abif: Vi um túmulo e derramei lágrimas.
Em certos Graus, tanto o do Mestre como na fase filosóficas, as paredes do Templo, são
recobertas com panos negros salpicados de lágrimas; essas representadas por desenhos
de uma lágrima em forma de pêra.
O ato de verter lágrima diz-se choro; Jesus, quando na crucificação, chorou; a lágrima
em si é um produto do organismo humano, que surge em momento de elevado misticismo;
o seu derramar é contagioso, pois toda emoção toca a quem dela participa. Apesar de uma
lágrima ser transparente, ela pode adquirir colorações místicas; lágrimas de sangue,
lágrimas de luto, lágrimas de saudades, etc. Símbolo maçônico das tristezas e tribulações
do mundo, quando não figuras, como simples emblemas decorativos dos templos.
2. Painel da Loja de Mestre: As lágrimas de prata simbolizam de forma excelente os
raios lunares, que irão ajudar o impetrante a se abstrair da influência solar física, da
atividade fictícia. É durante a noite, na escuridão mais negra dos hermetistas, isto é, no
silêncio e na meditação que a alma se torna alva. Depois da chamada fase da coput corvi,
cabeça de corvo, vem a fase da brancura brilhante. (A Simbólica Maçônica, Jules Boucher).
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O Ir.·. José Ronaldo Viega Alves*
escreve às quartas-feiras e domingos.
Loja Saldanha Marinho, “A Fraterna”
Santana do Livramento – RS
ronaldoviega@hotmail.com
SOBRE OS SOFISTAS, SOFISMAS E FALÁCIAS.
“SOFISMA, ou ‘Falácia”, é uma refutação
aparente, refutação sofística, e também, um silogismo aparente, ou
silogismo sofístico, mediante os quais quer se defender algo falso e
confundir o contrário.” (Da Camino, pág. 141, 1997)
Lendo acerca dos sofistas, ou melhor, sobre os filósofos que eram denominados sofistas,
em função da sua maneira muito própria de pensar, aliás, alguns conhecidos de todos nós,
descobrindo também em que consistia ou como se desenvolvia um sofisma e percebendo que esses
termos (sofistas, sofismas) estão presentes em vários dicionários maçônicos, minha curiosidade foi
despertada no que tange às razões, ou em que sentido exatamente, eles foram para ali, estão
inseridos (?) ou são utilizados (?) em nossa doutrina.
Sofistas eram os filósofos da antiga Grécia que buscavam transmitir um tipo de filosofia, a
qual se pode dizer que era meramente aparente, já que os mesmos não compartilhavam da ideia de
que pudesse existir uma sabedoria verdadeira, sendo que, no fundo, eram todos muito pragmáticos e
céticos. Radicais, até. Questionavam o que era a verdade, a ética, a justiça, fazendo pouco da filosofia
e dos valores humanos. Além do mais, constava entre seus métodos ensinar ainda aos seus discípulos
habilidades retóricas, onde os sofismas, que nada mais eram do que argumentos falsos, com o
propósito de confundir e de enganar seus interlocutores. Essas habilidades retóricas, ou os sofismas,
partiam de premissas verdadeiras, ou supostas verdades, para que se chegasse a uma conclusão
absurda, porém, muito difícil de ser refutada e consequentemente vencer as discussões.
Os ditos sofismas, ainda podem ser entendidos, como hábeis jogos de palavras que
levam a constituir um argumento, que tem somente aparência de correto, e que no fundo é falso, pois,
induz o interlocutor ao erro. Como descreveu o filósofo da atualidade Robert C. Solomon “enredar
oponentes em redes verbais”. Ou, “hora de descer aos assuntos da vida, de usar a filosofia para fazer
algo de nós mesmos...” Nossa! Considerando os avanços tecnológicos da nossa época em relação
àquela, penso no uso que alguns fazem das redes sociais... Ou seja, o ser humano é sempre tão
previsível.
Os sofistas descartaram a busca pela verdade absoluta e objetiva e optaram pelo
pragmatismo, que é também um tipo de filosofia onde se dá ênfase para a utilidade imediata que as
coisas possuem, ou ainda, que a verdade é medida pelos efeitos práticos que possa produzir. E aí, já
que estamos no terreno da filosofia, há refutações, claro, onde apoiados pela experiência se pode dizer
que tudo é relativo, sendo que, o valor utilitário atribuído hoje para alguma coisa, amanhã já poderá
4 – Sobre os Sofistas, Sofismas e Falácias
José Ronaldo Viega Alves
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não ser o mesmo, além de que, a utilidade é algo que pode ser considerada efêmera. (Vade-Mecum
Maçônio, pág. 514, 2008)
Ao vermos a palavra ‘falácia’ associada a sofismo, e sabendo que a mesma significa
inverdade, falsidade, fica mais fácil então de entender o que seja um sofisma.
Vários filósofos sofistas passaram à posteridade, e entre eles vamos destacar os
seguintes:
Protágoras: O mais famosos deles. Ensinava um humanismo pragmático. É dele a frase: “O homem é
a medida de todas as coisas.” (O Irmão Theobaldo Varoli, quando se referindo a esse lema de
Protágoras comentou-o assim: “Vontade e opiniões, verdade, conceitos de justiça e de beleza
dependeriam, dos interesses e das necessidades do indivíduo.”
COMENTÁRIOS:
Exatamente! Como já mencionei logo acima, o mundo, dá para ver, não mudou tanto
assim, no que vai pelos recônditos da alma humana! Podemos aprender muito com os sofistas lá da
Grécia antiga, e quem sabe entender os sofistas atuais, agora em número muito maior, presentes em
todos os lugares.
Aliás, o quanto deveríamos estudar os gregos, o quanto alguns deles são atuais, o quanto
poderemos aprender sobre a alma humana, a sociedade... Conhecer melhor as obras dos seus
luminares, Sócrates (“conhece-te a ti mesmo”...), Platão (o Mito da Caverna...), Aristóteles (os
peripatéticos, a metafísica...), Pitágoras (os números...), os estoicos e tantos outros. E do quanto da
sabedoria dos filósofos gregos, está impregnada a doutrina maçônica!
Voltando àqueles sofistas que mais se destacaram:
Pródico: Chamado de “precursor de Sócrates”, em virtude da influência positiva e negativa que
exerceu sobre o mesmo. É considerado o inventor do mito de Héracles ou Hércules.
Górgias: Outro dos famosos. Tão cético que chegava a duvidar da existência da sua própria pessoa,
quanto mais do que estava do lado de fora. Dominava muito bem a arte da retórica, tanto que a
transformou em arte da persuasão.
Trasímaco: Mencionado em um dos diálogos de Platão. Sobre a justiça, ele disse que ela seria aquilo
que os mais fortes querem que seja.
Crítias: É sua a declaração de que os estados sociólogos produziram as religiões, além de que o medo
é a emoção básica que conduz a pessoa para uma religião.
Em seu já clássico livro intitulado “Curso de Maçonaria Simbólica (Aprendiz)”, o Irmão
Varoli escreveu:
“Dos sofistas, sobrelevam-se Protágoras (480-411 a.C.) e Górgias (480-375 a. C.). Os sofistas
resultaram mais do fastígio de Atenas , da abundância de riquezas da época, dos costumes que
passaram da futilidade à devassidão. Há uma certa analogia entre a época dos sofistas e a sociedade
de consumo de nosso dias.”
COMENTÁRIOS:
O Irmão Theobaldo Varoli Filho foi um grande sábio e Mestre. O interessante é que o seu
livro (esse em que conta a analogia acima) é de 1977. De lá para cá, já se vão 40 anos, sendo que
nesse período a sociedade moderna se voltou muito mais para o egoísmo, o consumismo e o
hedonismo. Se ele já havia detectado uma sociedade voltada para o consumismo, o que diria sobre a
sociedade de agora, constituída em sua maioria de seres voltados para os seus umbigos, para suas
posses, onde o ‘ter ‘prevalece sobre o ’ser’, voltada a para uma cultura de aparências, do consumo
exagerado, do superficial, do descartável e da hipocrisia dominando as relações sociais?
E agora, voltando ao texto do Irmão Varoli:
“Sob o ponto de vista maçônico, o movimento dos sofistas representou uma antítese ‘necessária’, pois
a dialética por eles desenvolvida com grandes méritos e intelectualidade contribuiu para a evolução da
filosofia e para reações salutares, no pensamento grego. Criticaram a guerra e pregaram a paz,
quando o militarismo grego mais se envaidecia. Estigmatizaram os maus costumes gregos, de maneira
realista e, mesmo, sem diferença alguma daquilo que hoje se faz. Protágoras, como qualquer outro
homem moderno de hoje, sustentava que a moral seria apenas uma convenção relativa ao tempo e ao
lugar. Como observou, os atenienses recusavam às mulheres uma vida social, ao passo que os
espartanos animavam as mulheres e os homens à prática do adultério. Quanta gente ignorante de hoje
afirma isso como se fosse uma conquista do século XX! Aí está uma prova da doutrina maçônica,
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semelhante a dos ‘ricorsi historici’ de Vico, porém muito mais realista no sentido de afirmar que o
mundo ainda é uma pedra bruta, eis que, apesar de todo o decantado progresso da técnica, muito
pouco evoluiu moral e espiritualmente.
Os sofistas, pelo menos, tiveram a coragem de abominar a escravidão, os preconceitos, o
exclusivismo racial, a pobreza, a estupidez do regime de castas. Foram os mais ardentes defensores
dos direitos individuais e da vida sem hipocrisia. Além disso, criaram para a filosofia a física e a
metafísica, a ética, a ciência do conhecimento (epistemologia) e até a política. Não fossem eles, talvez
não tivesse surgido um Aristóteles.”
E durante a feitura deste trabalho deparei-me com algumas situações, bem
caracterizadas, que remetem à Maçonaria:
_ A primeira, por ocasião da leitura do verbete SOFISMA no “Dicionário Maçônico” do Irmão Rizzardo
Da Camino, quando nos dois últimos parágrafos referentes ao mesmo, ele escreveu:
“Quando, durante a cerimônia de Iniciação, é solicitado ao Neófito o juramento convencional, o
Venerável Mestre adverte que ‘jure sem reserva ou sofisma’.
O maçom tem o dever de ser ‘transparente’; o seu sim deve ser ‘sim’ e o seu não deve ser
‘não’. Não há lugar para o maçom servir-se do Sofisma.”
_ A segunda, no “Vade-Mécum Maçônico”, de autoria do Irmão João Ivo Girardi, em seu verbete
FALÁCIA ”, quando em um dos itens, há uma transcrição da passagem de um Ritual que diz: “A
imagem de um Mestre que pensa que sabe tudo é uma grande falácia. Nós nos descobrimos Mestres
quando nos descobrimos Aprendizes.”
COMENTÁRIOS FINAIS:
A partir dessas leituras comecei a entender bem melhor o porquê destes termos e a
importância que eles adquiriram, principalmente em nossa sociedade moderna. Com os sofistas, a
filosofia mudou, os questionamentos foram outros, as discussões também, além de implantarem a ideia
de que em se sabendo construir uma argumentação com uma boa dose de esperteza, um filósofo pode
“provar” o que quiser, e aqui inferimos que o mesmo raciocínio se aplica a outros, desde que munidos
da mesma dose de astúcia. E serve para o nosso aprendizado, ou para quem quer mesmo aprender,
pois, dá para fazermos algumas analogias com fatos que presenciamos em nossas vivências, ou
quando vemos as palavras sendo proferidas de maneira fácil, sem que sejam medidas, sem que sejam
pensadas, falácias, inverdades ou falsidades daqueles que um dia juraram e agora usam dos sofismas,
trocam o sim pelo não e vice-versa, além de que, jamais admitiriam serem Aprendizes, mesmo no seu
sentido simbólico, pois, se acham donos da verdade sem a menor pudicícia. Já os sofistas na sua
visão, concluíram que a verdade não poderia ser conhecida, que tudo é relativo...
CONSULTAS BIBLIOGRÁFICAS:
CHAMPLIN, R. N. “Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia” – Volume 6 – Hagnos Editora – 9ª Edição -
2008
Dicionário Enciclopédico VEJA LAROUSSE – Volumes 9, 19 e 21 – Editora Abril S/A – 1ª Edição – 2006
DA CAMINO, Rizzardo. “Dicionário Filosófico de Maçonaria” – Madras Livraria e Editora Ltda. – 1997
GIRARDI, João Ivo. “Do Meio-Dia à Meia-Noite Vade-Mécum Maçônico” – Nova Letra Gráfica e Editora Ltda.
– 2ª Edição – 2008
SOLOMON, Robert C. & HIGGINS, Kathleen M. “PAIXÃO PELO SABER – Uma Breve História da Filosofia”
– Editora Civilização Brasileira - 2001
VAROLI FILHO, Theobaldo. “Curso de Maçonaria Simbólica” – 1º Tomo (Aprendiz)- Editora A Gazeta
Maçônica - 1977
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O Ir Hercule Spoladore –
Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil”-
Londrina – PR – escreve aos domingos
hercule_spolad@sercomtel.com.br
Conde De Saint Germain
Ficção ou verdade? Especulações.
Louco ou visionário? Aventureiro? Prestidigitador? Charlatão? Espião? Ou um subproduto
da aristocracia das cortes europeias, do cavalheirismo dos gentis-homens que existiram no século
XVIII? Paranormal ou viajante do tempo? Ou tudo somente um exagero nas narrações a seu
respeito ou então apenas um lenda?
Falava-se que ele foi místico, alquimista, químico ourives, lapidador de diamantes,
cientista, aventureiro, cortesão, músico e compositor.
São estas as indagações a respeito deste homem misterioso que viveu naquele século. Não
confundi-lo com um seu contemporâneo Claude Louis, também Conde de Saint Germain que foi
general e ministro da França.
Dizem que ele teria sido filho de judeu português ou que teria nascido na Alemanha, na
cidade de Eckenförd (Schlswig) Também se falava que era filho de Francis II Rakoczik e teria
nascido na Transilvânia ou então que seria filho de Marie Ann de Klouburg, viúva do rei Carlos II
com o conde Adanero. Mas sua origem é desconhecida. Nasceu segundo alguns autores no dia
28/05/1696.
Teria estudado na Itália como protegido pelo Duque Gian Gastoni, último descendente dos
Médici.
Sabe-se que viajava muito e que sempre esteve ligado à música, alquimia e ocultismo e que
tinha uma memoria prodigiosa, que podia predizer o futuro, que era supostamente maçom e tinha
atividades politicas e sociais. Assombrou muitos países da Europa e em especial a corte francesa
da época.
Será relatada uma sinopse do que se conseguiu compilar através dos livros que falam sobre
este fantástico personagem.
Quando o Conde de Saint Germain a esfinge do século XVVV apareceu na Inglaterra em
1745, não foi de se surpreender que o inglês respeitável como Horace Walpole dissesse: “Canta,
toca violino maravilhosamente, compõe, é louco e não muito sensível”.
Certas enciclopédias o criticaram chamando de aventureiro, mas há um abismo entre
atribuir-lhe adjetivos e estudar sua vida e sua natureza.
A polícia francesa pensava que ele fosse espião prussiano. Outras polícias secretas
pensavam que ele fosse agente russo, ou partidário da restauração dos Stuarts da Inglaterra, nome
esse ligado às origens do REAA.
Voltaire dizia: “Homem sabe-tudo”. Um dos seus discípulos, o Príncipe Karl Von Hesse-
Kassel escreveu que Saint Germain foi um dos maiores filósofos que viveu neste mundo.
5 – Conde De Saint Germain
Hercule Spoladore
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Quando o Marechal Belle-Isle, o apresentou à Marquesa Pompadour e a Luiz XV, seu
amante, o rei estava entediado. O Conde manteve muitas conversações com o Rei e com a
Marquesa sobre alquimia e outros assuntos.
A princípio Luiz XV mostrou-se céptico em relação aos conhecimentos do Conde sobre
alquimia e transmutação. Mas não podia criticar um homem que ostentava brilhantes mais lindos
que os dele.
O Marechal Belle-Isle descreveu com muita vivacidade o primeiro encontro e diálogo entre
Saint- Germain e o Rei “se puder fazer o elixir de longa vida ou a Pedra Filosofal estaremos
prontos para comprar a fórmula. Enquanto isso poderá ter uma mansão e uma pensão, mas isso
não quer dizer que eu acredito em suas pretensões”.
-“Não peço nem mansão, nem pensão. Trago comigo todos os recursos que necessito, um
séquito de servidores e dinheiro para arrendar uma casa”.
Ato contínuo colocou a mão no seu bolso e de lá retirou certa porção de lindos brilhantes
soltos e jogou-os sobre a mesa e ante ao Rei disse: “E queira Vossa Majestade aceitar estas
pedras como uma pobre oferta”. Esses, Majestade são alguns brilhantes que consegui fabricar,
graças à minha arte.
Um magnifico castelo o de Chambord foi colocado à disposição do Conde. Ali, o indolente
Rei descobriu a alegria do trabalho, iniciando suas experiências sob a orientação do maior
químico da época, o Conde de Saint Germain.
O Jornal London Chronicale de 31 de Junho de 1766 diz o seguinte: “Tudo o que se pode
dizer com justiça desse cavalheiro é que ele deve ser considerado um estrangeiro desconhecido e
inofensivo, que tem recursos para consideráveis despesas cujas fontes não são conhecidas. Levou
da Alemanha para a França a reputação de um insuperável alquimista que possui o pó secreto e
em consequência disso a panaceia universal. Correm rumores que o estrangeiro é capaz de fazer
ouro”.
A coleção de lindas pedras preciosas que o Conde possuía, concorreu para aumentar a sua
reputação de químico e alquimista.
Quando o Marquês de Valbelle visitou o Conde de Saint Germain, este lhe pediu uma
moeda de prata de seis francos. Depois de cobri-la com uma substância negra expôs esta moeda ao
fogo. Quando esfriou a peça de prata esta já não era mais prata e sim ouro.
Quando o capelão da corte de Versaille perguntou se ele praticava magia negra, ele
respondeu que era um estudioso sério da química e tinha feito descobertas, que eram de utilidade
da humanidade.
As experiências com corantes provavelmente entre Saint Germain e o Rei foram realizadas
muito antes das anilinas serem descobertas por Unverdoben em 1826.
Este homem aparentava ter mais ou menos uns cinquenta anos. Para se opinar mais com
base a sua idade é necessário examinar as memórias, cartas, documentos, registros, artigos de
jornais daquele século.
Segundo o Barão de Gleischen, franco-maçom o mesmo relata ter conhecido Saint Germain
em 1710 sendo que ele aparentava ter uns cinquenta anos.
Nos anos 1737 a 1742 foi hóspede de honra da corte do Xá da Pérsia.
De 1745 a 1746 viveu em Viena na mansão do Príncipe Ferdinand Von Lobkowistz.
Em 1749 chegou a Paris por insistência do Marechal Belle-Isle.
Em 1756 O Conde Robert Clive fundador do domínio inglês na Índia encontrou-se com ele
lá.
Em 1760 o Jornal London Chronicale, publicou um artigo sobre o interesse que Saint
Germain estava despertando em Londres nesta época.
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Em 1762 O Conde estava em São Petsburgo onde participou do golpe de estado que levou
vitoriosa Catarina, a Grande ao trono da Rússia.
Em 1768 o Conde estava em Berlin. No ano seguinte viajou para a Itália, Córsega e Tunes.
Em 1770 foi hóspede do Conde Orloff quando a esquadra russa aportou em Liverpool.
Usava uniforme de general russo.
Na década de 1770 ficou na Alemanha, ativamente empenhado em atividades maçônicas e
rosacrucianas com seu protetor o Príncipe Kar Von Esse-Kassel.
Em 1780 Walsh publicou uma música composta por Saint Germain.
Entre os maçons convidados para a Conferência de Vilhelmsbad realizada no dia quinze de
fevereiro de 1782, quando a Maçonaria alemã por consenso geral acabou de vez com a enxurrada
de graus superiores maçônicos que pululavam no país, oriundos da França. Saint Germain estava
ao lado de Saint Martin e de outros eminentes maçons da época neste congresso.
Nos registros da Igreja de Eckenförd na Alemanha existe o seguinte registro:
“Falecido a dois de fevereiro e sepultado no dia quatro de março de 1784, o chamado Conde de
Saint Germain. Outras informações desconhecidas. Enterrado privativamente nesta Igreja”.
Segundo Nicola Aslan, o esotérico Paul Chacomac, chegou à conclusão que Saint-Germain
faleceu em Gottorp (Schleswig) no dia quatro de fevereiro de 1784, nos braços de Hesse-Kassel,
do qual era bibliotecário e amigo íntimo que o cercara de cuidados e respeito. Mas segundo outros
autores sua morte teria ocorrido no dia 27/02/1784. Até na data do seu provável óbito há
contradições.
Citando-se a observação de Rameau e da Condessa Gergy, ele deveria ter 124 anos por
ocasião de sua morte. Impossível acreditar nisso cientificamente.
Um ano após a sua “morte” ele já estava presente numa conferência maçônica (Fraternidade
Maçônica da França).
Stefannie Felicite, Condessa de Genlis, pedagoga que escreveu oitenta livros, recebendo
uma pensão de Napoleão I fez uma afirmação em suas memórias que viu Saint Germain em 1821
em Viena. Nestas alturas este personagem estaria com 161 anos de idade.
Ele teria sido visto em 1835 em Paris e 1867 em Milão. Ane Besant, a teósofa, relata ter
conhecido o Conde em 1896. W. Leadbeater o encontrou em Roma em 1926. Refere-se um
aviador americano, cujo avião por falha motora foi obrigado a pousar nas proximidades de uma
montanha no Tibet relata que na aldeia havia um homem estranho que se identificou como sendo
o Conde Saint Germain e lhe disse “eu sou o Conde Saint Germain e em breve voltarei para
Paris”.
Pode-se acreditar nisso? Impossível. Pela ciência atual e pela própria evolução da espécie
do homo sapiens sabe-se que este atualmente tem sua vida média estimada em torno dos 75 anos,
com alguns macróbios chegando ou até passando dos 100 anos.
Voltaire na sua época voltaria a se manifestar novam: “É um homem que nunca morre”.
Franz Graffer registrou em suas “Memorias” em Viena uma frase significativa de Saint
Germain: “Vou partir amanhã à noite. Vou desaparecer da Europa. Vou para o Himalaia”.
A informação de Graffer é importante porque dá a localização de um suposto centro de
sábios, que viriam segundo a crença esotérica preservando há milhares de anos a Ciência Secreta,
ou seja, também para outros, seja o Himalaia a sede secreta da misteriosa Fraternidade Branca.
O Conde disse certa vez “É preciso estudar as pirâmides como eu as estudei”.
O único manuscrito que se atribui à lavra de Saint Germain é a “La trés sainte Trinosophie”.
Esse documento contem ilustrações simbólicas e um texto enigmático:
“A velocidade com que corríamos através do espaço não pode ser comparada senão a ela
mesma. Num instante eu perdera de vista planícies lá em baixo. A Terra me parecia apenas uma
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vaga nuvem. Eu tinha sido levantado a grande altura. Durante muito tempo rolei através do
espaço, Vi globos girarem em torno de mim e as terras gravitarem a meus pés”.
Evidentemente os ufólogos dirão que o Conde estava a bordo de uma nave interplanetária.
Já os parapsicólogos científicos, sem comprometimento com credos religiosos dirão que
Saint Germain foi um paranormal e que simplesmente fez nesta ocasião uma bilocação de
consciência, ou seja, sua mente expandiu através do universo, livre, sem a interferência dos cinco
sentidos, mas com a sede da mente funcionando em seu cérebro. A mente simplesmente se
expande e o indivíduo tem a sensação de estar realizando uma viagem. Este fenômeno é muito
mais comum do que se imagina. Não se trata de sonho. A pessoa fica com as faculdades mentais
aguçadas, perfeitamente consciente e tem a viva noção e se lembra de tudo o que está
acontecendo. Não é comum o paranormal interagir com o que está ocorrendo em sua volta quando
biloca. Vê tudo como se fosse num filme. Mas alguns interagem de maneira indireta’. Esse
fenômeno ocorre num estado alterado da mente.
Transmutações, extensão da vida, viagens espaciais, conquista do tempo, tudo isso parece
ser o que chama fronteira da ciência. Poder-se-ia presumir segundo Jacques Bergier, segundo seus
conceitos que Saint Germain tivesse acesso à Fonte Secreta do Conhecimento.
Vários escritores famosos da época escreveram sobre este personagem enigmático. Todavia,
sua biografia é muito controversa, Cada qual faz uma afirmação sobre o biografado
completamente discrepante em relação aos outros. Mesmo atualmente encontramos citações até
em livros de maçonólogos como é o caso do Dicionário de Maçonaria Joaquim Gervásio de
Figueiredo onde ele afirma que Saint Germain foi o maior Adepto oriental dos últimos tempos e
que teria sido uma figura importante nas atividades primitivas da Franco-Maçonaria e que
numerosas lojas o reverenciam como seu patrono e como luz da Ordem.
Questiona-se como ele seria recebido hoje pela sociedade? Seria taxado de louco? Talvez
não fosse levado a sério, porque a ciência avançou muito, a tecnologia hoje em dia faz milagres.
Já se consegue até fabricar diamantes artificiais, como ele disse que fazia, só que por outros
processos.
Mas ele seria tido pelo menos pelos parapsicólogos como paranormal. Já existem
faculdades de Parapsicologia em todo o mundo, que estudam indivíduos que já nascem com
determinadas capacidades mentais diferente dos tidos como normais. Estas extrapolam os cinco
sentidos.
Hoje se pode saber se um indivíduo como Saint Germain é paranormal, prestidigitador,
esquizofrênico ou charlatão, ou lá o que seja. Já se tem parâmetros científicos para tal aferição,
para pelo menos saber se é doente mental ou paranormal. Quanto aos outros epítetos, estes não se
precisam de meios científicos para detecta-los, pois ainda hoje existem charlatães que enganam o
povo, fazendo-se valer do famoso proverbio latino que diz: “que mundo quer ser enganado
(mundus volpi dicipe)” ainda válido e se aplica ao mundo atual. Talvez até existam mais
charlatães que na época de Saint Germain. Hoje são organizados dentro de um sistema financeiro
se escondem sob o manto de religiões de vigaristas inteligentes e maldosos que utilizam
habilmente os meios de comunicação. Vendem a mentira com maior facilidade.
Saint Germain foi maçom? Não se prova, mas possivelmente deve ter sido pelas
circunstâncias da época. Enquanto que a maçonaria inglesa permaneceu apegada às suas raízes e
também à Bíblia, praticando a maçonaria tradicional, a maçonaria francesa do século XVIII foi
responsável pela entrada na Ordem de alquimistas, ocultistas, rosa-cruzes, cabalistas, esotéricos e
praticantes de atividades e também responsável pelo grande número de graus superiores. Foi
justamente lá que ao lado dos ritos tradicionais, apareceram os chamados ritos mágicos praticados
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por Swendenborg Mesmer, Cagliostro, Schroepfer, Martinés de Pasqually e outros que fundaram
lojas onde se praticava este tipo de rito que nada tinha a ver com os ritos conservadores.
As atividades de Saint Germain levam a crer que ele deve ter pertencido a alguma loja
maçônica que praticasse os tais ritos de magia.
Saint Germain foi um fenômeno do século XVIII. Foi algo que aconteceu e assombrou o
mundo. Ele deve ter usado a Maçonaria e outras entidades ou organizações em proveito próprio
como meio de promoção pessoal.
Saint Germain é um fenômeno que não se pode explicar à luz da razão cartesiana.
Várias organizações esotéricas espalhadas pelo mundo o adotaram como seu patrono ou
como seu mentor, porque algumas atestam que ele ainda está vivo e que possui o Elixir da
Juventude e a Pedra Filosofal.
Existe a Fraternidade Saint Germain, com sede em São Paulo.
E algumas lojas maçônicas espalhadas pelo mundo o reverenciam dando-lhe seu nome.
Foi mostrado neste trabalho um resumo do que se apurou compulsando vários livros que
tratam deste assunto. Parece um tema muito ao gosto dos irmãos de tendência ocultista e esotérica,
mas sabe-se que a maioria dos leitores achará este artigo fantástico, esquisito, inverossímil. Que
cada um tire a sua própria conclusão.
Referências
ASLAN, Nicola – Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia
Editora Artenova S.A. São Paulo vol. IV, 1976
BERGIER, Jacques - Os Mestres Secretos do Tempo
Hemus, Livraria Editora Ltda. São Paulo, 1976
BERGIER, Jacques - Passaporte para uma outra terra
Editora Francisco Alves S.A. - São Paulo, 1974
FIGUEIREDO, Joaquim Gervasio de - Dicionário de Maçonaria.
Editora Pensamento - São Paulo, 1974
NAUDON, Paul – A Maçonaria
Editora Difusão Europeia do Livro - São Paulo, 1964
TRONDIAU, Julien - O Ocultismo
Editora Difusão Europeia do Livro - São Paulo, 1964
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O Irmão João Anatalino Rodrigues
escreve às quintas-feiras e domingos.
É premiado com a Ordem do Mérito Templário
da Loja Templários da Nova Era.
jjnatal@gmail.com -
www.joaoanatalino.recantodasletras.com.br
MAÇONARIA- O ILUMINISMO ESOTÉRICO
A questão do racionalismo
A partir do século XVII o racionalismo cartesiano invadiu as consciências de tal modo, que
nada mais podia ser sustentado no terreno do pensamento e da experiência científica e social,
se não fosse passível de ser reproduzida empiricamente, ou explicado com estrita clareza,
ordem, concisão e exatidão. Toda e qualquer proposição formulada tinha que ser aceitável
pelos parâmetros da lógica. A cultura pelo exato, pelo matematicamente provável, pelo passível
de repetição nos laboratórios, expulsou dos meios intelectuais a antiga tradição esotérica dos
filhos de Hermes, que escondiam nos símbolos os tesouros da sua ciência. Numa sociedade
fundada sob a certeza de suas fórmulas, na organização de suas estruturas, na demonstração
inequívoca de resultados, no amor pela evidência racional, não havia lugar para uma metafísica
apoiada em símbolos que somente iniciados podiam desvendar, e mesmo assim, sem
nenhuma prova incontestável que demonstrasse a verdade de seus postulados ou a certeza da
obtenção de qualquer resultado concreto.
A “alta ciência” que se hospedava na pratica da alquimia e da Maçonaria operativa teve que
se adaptar as exigências do racionalismo. Daí o nascimento da moderna Arte Real, com a
introdução daqueles elementos que Ambelain chamou de caminho político da Maçonaria, onde
se aliavam, segundo suas próprias palavras, “as melhores noções de progresso e evolução, e
também, infelizmente, ideias novas, desconhecidas dos antigos franco-maçons, e que
tenderiam, pouco a pouco, a minar certos valores que fazem a dignidade do homem, pelo
ateísmo, pelo materialismo, o laxismo, que conduzem ao amoralismo desagregador.” 1
Nesse sentido, pode-se dizer que a Maçonaria moderna foi uma concessão do espírito
místico ao apelo da razão.
Talvez Ambelain tenha razão, porquanto uma disciplina que fala mais ao espírito do que á
razão tem muito mais atrativos que as áridas “logias” ensinadas nas universidades oficiais.
Afinal, para se adquirir uma sabedoria que se conforme aos limites de uma fórmula ou um
silogismo, é suficiente freqüentar os bancos escolares, ou ser capaz de ler, com proveito, um
bom livro. E não é isso que um espírito ávido por uma filosofia de vida, capaz de fornecer-lhe
aprimoramento espiritual e ao mesmo tempo uma ética para a vida social, buscaria em uma
sociedade iniciática. É nesse sentido que a chamada “profanização” da Maçonaria, como René
Guénon entendia ter acontecido após a edição das Constituições de Anderson, talvez tenha
prejudicado a influência psíquica dos ritos maçônicos e desmistificada a sua prática, pois a
partir de então ela se tornou mais uma espécie de partido político com um utópico programa
fundado em uma mística revolução social do que propriamente uma Ordem iniciática. Mas isso
foi uma exigência do momento histórico, como nos mostra a própria histórica da Maçonaria
1
Robert Ambelain- A Franco Maçonaria , citado, pg. 86
6 – Maçonaria – O Iluminismo Esotérico
João Anatalino Rodrigues
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enquanto instituição. A Maçonaria secularizada, como todas as instituições, precisava se
adaptar ás exigências da cultura da época, que elegera o racionalismo como nova religião
oficial.
Da interação entre as antigas tradições maçônicas e as ideias pregadas pelos filósofos
iluministas nasceu uma nova ordem de idéias e práticas que podemos chamar de Iluminismo
Maçônico.
O Iluminismo filosófico
Vejamos primeiro o que foi o Iluminismo filosófico, propriamente dito. Esse movimento, que
teve profundas repercussões sociais e intelectuais, embora seja sempre creditado aos
franceses, na verdade tem origem inglesa. Isso talvez ocorra pelo fato dos franceses,
reconhecidamente melhores filósofos que os ingleses, terem entendido com mais propriedade
as idéias iluministas. Por isso a primazia que se lhes concede sobre esse movimento intelectual
que forneceu as bases para o pensamento moderno.
O Iluminismo foi o produto filosófico do racionalismo cientifico inaugurado por Francis Bacon
e desenvolvido cientificamente por espíritos do porte de René Descartes e Isaac Newton. Eles,
como os iluministas Voltaire, Montesquieu, Locke, Adam Smith, Kant e outros pensadores que
lançaram luz sobre o pensamento ocidental, eram maçons, ou de alguma forma estavam
ligados aos círculos maçônicos. Descartes, que nasceu em 1596, em pleno apogeu da
Renascença e morreu em 1650, fase mais aguda das guerras religiosas, foi o verdadeiro pai do
racionalismo. Acreditava na razão como única forma de conhecimento da verdade e tinha a
matemática como a fórmula mais perfeita de demonstração. Seu método
induzia a mente a estudar um objeto, partindo do particular para o geral.
Através de cortes epistemológicos no objeto estudado, do isolamento e do
estudo de uma parte do conjunto, ele acreditava que era possível obter
conclusões sobre a totalidade dos objetos pertencentes aquele conjunto.
Partindo do estudo das realidades individuais, como o homem, ou do
estudo da totalidade das realidades materiais, como o universo, a mente
humana poderia organizar um conjunto geral de conhecimentos que
abarcasse todo o saber universal, pois o mundo era uma grande máquina,
organizado e controlado por leis exclusivamente naturais, que podiam ser deduzidas e
conhecidas pelos instrumentos da razão. 2
O universo cartesiano era um plano que podia ser definido em termos de extensão e
movimento. Todos os conjuntos, grandes ou pequenos, obedeciam a uma lei geral de mo-
vimento, neles imprimida por Deus. No homem, Descartes distinguia a dualidade espírito-
matéria, sendo esta última construída a partir do movimento do primeiro.
O cartesianismo abalou profundamente as convicções teológicas da época, baseadas
fundamentalmente na fé e na revelação divina como fontes únicas da verdade religiosa. Se a
razão era a única forma de conhecimento, e só através dela se podiam conhecer as realidades
do universo, inclusive as divinas, porque então se lutava tanto pela fé? Não seriam as questões
éticas e morais mais importantes que a religião?
Muitos pensadores importantes passaram a se ocupar da questão. Barush Espinosa (1622-
1677), pensador judeu-alemão, pôs em dúvida os dogmas do judaísmo, valorizando as
concepções panteístas do universo que Pitágoras, Parmênides, Plotino e os hindus já haviam
defendido. Nesse sentido, ele deu ênfase á ética e a moral como fórmulas mais eficazes que a
religião, para a construção de um mundo mais justo e humano.
Thomas Hobbes (1588 — 1679), mais materialista que Espinosa, sustentou que o
desenvolvimento da civilização se baseava na busca constante do prazer e na repressão á dor,
dando origem á corrente filosófica que ficou conhecida como hedonismo. As idéias de Hobbes
2
Na imagem, o filósofo Renê Descartes. Enciclopédia Barsa.
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refletiram imediatamente no pensamento econômico da época, influenciando pensadores como
Adam Smith (1723-1790), por exemplo, o mais importante dos economistas clássicos.
Como já foi dito, o Iluminismo propriamente dito, teve inicio na Inglaterra em 1680, tendo
como seus precursores o cientista Isaac Newton (1643 — 1727), pai da teoria da gravitação
universal, e o filósofo John Locke (1632-1704). Partindo das concepções cartesianas, que
adotava a razão como único guia para o descobrimento da verdade, Newton, mais do que
qualquer outro cientista do seu tempo, revolucionou o conhecimento que se tinha do mundo
físico. Suas teorias a respeito do universo e suas leis de desenvolvimento permaneceram
incontestáveis até o surgimento de Einsten.
Visceralmente inimigo do dogmatismo religioso, Newton introduziu na ciência o conceito
mecanicista do universo, banindo a noção do milagre, da explicação dos fenômenos pela fé, do
conhecimento da verdade pela revelação divina, afirmando que tudo no cosmo se explicava
pela atuação de leis exclusivamente naturais. Como apóstolo convicto da liberdade natural,
forneceu aos espíritos ansiosos pelo livre pensamento em todos os campos, o fermento
necessário para o desenvolvimento das idéias iluministas que revolucionaram a filosofia nos
séculos XVII, XVIII e XIX.
Jonh Locke, refutando qualquer influência divina na formação do espírito humano, pregou
que o homem nascia “tabula rasa”, isto é, ele era, ao nascer, uma folha em branco na qual tudo
ainda estava por escrever. Com essa concepção, Locke afastava qualquer idéia de
predeterminação, qualquer explicação metafísica para o surgimento da consciência humana,
qualquer forma de intervenção divina na estrutura psíquica do homem, que não fosse aquela
que ele mesmo adquiria no decorrer da vida. Com isso o homem ficava livre para assumir o
leme do seu destino, sendo ele mesmo o único responsável por tudo que lhe acontecia.
Dessa forma, os iluministas rejeitavam tanto o tradicionalismo cego da teologia calvinista
com suas idéias de predestinação, pecado original e origem corrupta da humanidade, quanto o
conteúdo dogmático da doutrina católica, que tinha no Papa e nos seus representantes o
monopólio da intermediação entre Deus e os homens. O Iluminismo aparecia como uma
religião liberal e otimista, onde todos poderiam se salvar através da sua própria atitude, da sua
crença no progresso, sua fé em si mesmo.
Cada individuo tinha em si o caminho da salvação e não precisava de “intermediários’ entre
ele e Deus. O que se precisava era de mais ética, mais moral, mais autonomia e mais liberdade
de atitude e de pensamento, pois todos tinham direito a uma auto-realização. Assim sendo, que
importância tinham os dogmas, as verdades religiosas, os paradigmas da religião? A luta pela
fé perdia todo o sentido, pois somente a razão podia conduzir ao conhecimento da verdade.
Destarte, a construção de um sistema moral e ético que conduzisse á felicidade geral era muito
mais importante do que a luta para defender a crença numa “orientação divina”, que não existia
nem nunca existiu.
Na França, o Iluminismo alcançou o apogeu com os trabalhos do grande Voltaire (François-
Marie Arouet,1694-1778). Em razão das suas idéias libertárias, Voltaire enfrentou a prisão na
Bastilha e o exílio na Inglaterra, onde se filiou ao grupo de pensadores e cientistas do Clube
Real onde pontificavam Newton, Locke, Robert Fludd e outros. Recuperou, com base na nova
ética e moral do Iluminismo, as idéias utópicas do estado ideal de ordem, harmonia e
felicidade, situando-o em algum lugar na América do Sul. Nesse país imaginário, dizia ele, não
há monges, nem padres, nem processos, nem governos autoritários e burocratas para
infernizar a vida dos homens. Esse país seria governado exclusivamente pelas grandes leis da
natureza. Era a aplicação do princípio da Maat egípcia, mas sem um faraó ou um estado
organizado para encarná-la.
Voltaire foi o campeão da liberdade individual. Popularizou seu amor pela liberdade na
famosa expressão “não concordo com o que dizes, mas defenderei até a morte vosso direito de
dizê-lo”.
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Outros grandes nomes do Iluminismo foram Denis Diderot (1713-1784), Jean d!Alembert
(1717-1783), Claude Adrian Helvetius (1715-1771) e o Barão Holbach (Paul-Henri Thiry, 1723-
1789). Os dois primeiros formaram um grupo conhecido como “Os Enciclo-pedistas”, pelo fato
de terem colaborado na organização da Grande Enciclopédia Filosófica Universal, trabalho que
pretendeu reunir todo o conhecimento filosófico e cientifico existente na época. Todos eles
eram inimigos irreconciliáveis do obscurantismo e defendiam a educação como forma de
eliminar as diferenças entre os homens, a pobreza, a ignorância e as guerras. Outros nomes
importantes do pensamento iluminista foram Jean Jacques Rousseau (1712-1778) o poeta
Lessing (Gotthold Ephraim 1729 – 1781) e os filósofos Mendelssohn, o compositor 1809 —
1847) e Emmanuel Kant (1724 — 1804), um dos maiores filósofos da época moderna. Todos
eles viveram a maior parte de suas vidas e produziram suas obras na primeira metade do
século XVIII. 3
O Iluminismo influenciou os principais movimentos revolucionários dos séculos XVIII e XIX
que culminaram na organização política do mundo moderno. Na França as idéias iluministas
estão no cerne da Revolução Francesa. Na América inspiraram Thomas Payne, Benjamim
Franklin, Thomas Jefferson e outros, líderes da revolução que libertou a América do domínio
inglês e estabeleceu as bases dos estados democráticos modernos. Todos eles filiados á
Maçonaria. No Brasil, o Iluminismo se fez sentir principalmente entre os revolucionários da
Inconfidência Mineira e os inspiradores da nossa Independência. 4
O Iluminismo maçônico
O resumo histórico que fizemos acima teve por objetivo trazer para este
trabalho a moldura na qual a Maçonaria moderna se inscreveu. O
racionalismo e o iluminismo forneceram o fundo filosófico e cultural a partir
do qual ela se definiu, e as lutas políticas e religiosas moldaram o desenho
e a conformação que ela assumiu. Desse ponto de partida podemos
começar um exercício semiótico. Podemos visualizar grupos de nobres,
intelectuais, cientistas, militares e outras pessoas de responsabilidade nas
sociedades em que viviam, descontentes com a ortodoxia das religiões
oficiais, descrentes da filosofia que as orientava, cujo resultado só conduzira á desarmonia, á
desordem, á guerra, á carnificina e á perpetuação das tiranias políticas; podemos ver como
esses homens apaixonados pela liberdade, pelo livre pensamento, pelo exercício racional de
uma prática religiosa, orientada mais pela razão do que pela fé, decidem procurar uma fórmula
que agasalhasse, ao mesmo tempo, a sensibilidade de uma alma que acreditava na origem
mágica do universo (presentes principalmente na alquimia, na cabala e na gnose) e a
necessidade de uma nova religião, fundamentada na razão pura e na ação social.
Nasce, dessa forma, uma nova filosofia dentro das sociedades de pensamento, que então
começavam a se propagar pela Europa a partir da interação entre os “fellow-crafts” das Lojas
de companheiros e os “novos maçons aceitos”, cultores da filosofia hermética. Essa nova
filosofia era uma espécie de Iluminismo Esotérico que apelava, ao mesmo tempo, para as
inclinações profanas do homem desejoso de ser feliz no único mundo que conhecia, mas que
também respeitava o sentimento religioso daqueles que acreditavam num universo governado
por forças maiores que a razão humana e leis simplesmente naturais. Esses espíritos não
queriam o materialismo ateu dos racionalistas ortodoxos nem a fé dogmática dos católicos
escolásticos, como também repudiavam o visionarismo intolerante dos calvinistas e luteranos.
Como desconfiavam também do catolicismo alternativo dos anglicanos, cujo fundamento era
mais político que religioso.
3
Na imagem, Emmanuel Kant, um dos maiores filósofos da época moderna.
4
No Brasil destacam-se os nomes de José Bonifácio de Andrada e Silva e Gonçalves Ledo, maçons cujo pensamento iluminista
influenciaram sobremaneira os acontecimentos que culminaram com a indepen-dência brasileira. Vide a esse respeito a obra essencial de
José Castelanni e William Almeida de Carvalho, História do Grande Oriente do Brasil- Madras, São Paulo, 2009.
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Eram pensadores formados na onda do racionalismo que varria a Europa, mas recusavam-se a
crer que a aventura humana sobre a terra lhes reservasse mais que uma mera lembrança na
memória das pessoas. Eles queriam acreditar que alguma coisa mais regia o universo e o
processo de evolução da humanidade como um todo, e que essa evolução era sustentada na
atuação dos indivíduos. Essa “alguma coisa” mais que regia o universo era o seu Grande
Arquiteto. Por isso era preciso ajudá-lo nessa missão, criando um Homem Universal, que fosse
capaz de realizar, na sociedade, o mesmo trabalho que o Grande Arquiteto realizava em
relação ao universo.
A Maçonaria moderna nasceu, portanto, da fusão entre o pensamento mágico dos
hermetistas, sensíveis ás tradições herdadas das sociedades iniciáticas, com o racionalismo
iluminista. Buscava, em ultima análise, uma nova forma de gnose, ou seja, uma sabedoria que
se fundamentasse, não mais na procura de um caminho para o divino através de construções
materiais, como propunham a alquimia e a própria atividade maçônica operativa, mas sim
através de uma prática ativa de virtudes éticas e morais, adquiridas através de uma adequada
iniciação. Entre esses homens estavam Robert Fludd, Voltaire, o próprio James Anderson,
André Michel de Ransay, Jean Teóphile Deságuliers e outros, malgrado suas inclinações
religiosas e políticas.
E com eles muitos padres e pastores, descontentes com os rumos que a Reforma e a
Contra Reforma religiosa estavam tomando. Havia também muitos judeus cristianizados,
dissidentes do judaísmo ortodoxo, mas não totalmente convencidos para assumir, de todo o
coração, as doutrinas do cristianismo. Esses, como vimos, eram os mestres praticantes da
grande tradição da cabala. Eis, na nossa visão, as tintas, a moldura, a tela e o fundo nos quais
se pintaria a figura dos novos Obreiros da Arte Real em suas roupagens modernas. É essa
interação entre racionalistas e hermetistas que podemos chamar de Iluminismo Maçônico,
eufemismo que podemos utilizar para designar a filosofia que orienta a prática maçônica,
É assim que se percebe, pelo desenvolver do ensinamento maçônico, que este nada mais é
que a moral iluminista temperada por um forte apelo ao pensamento mágico, próprio dos
hermetistas e dos filósofos gnósticos. Se de um lado ele propaga uma idéia moralista, que
poderia ser encampada por qualquer escola filosófica do século XVIII ou XIX, o seu método é
francamente iniciático, semelhante ao utilizado pelas seitas esotéricas da antiguidade ou os
próprios discípulos de Hermes.
Nesse sentido, podemos dizer que a Maçonaria, na sua face especulativa, nada mais é que
uma alquimia do espírito, e uma filosofia que se transmite não somente á razão, mas
principalmente aos sentidos. O maçom que realmente entendeu o que é a Arte Real precisa
incorporar o espírito do adepto e a mentalidade do filósofo. A Arte Real tornar-se-á então, uma
nova Art d!amour, porque se dirige ao espírito do praticante;5
é também um novo Iluminismo,
praticado social e politicamente com a esperança de se construir uma humanidade melhor. Em
nenhuma outra atividade humana, seja ela política, social ou intelectual, como bem salientou a
professora Frances Yates, se casou tão bem o ideal hermético com a esperança iluminista,
como aconteceu na Maçonaria.
A partir daí, tudo foi costurado num catecismo que utiliza o simbolismo da arquitetura como
estrutura de sustentação e as diversas manifestações espirituais da humanidade, em todos os
tempos, como processo de construção de um sistema de ensino, que busca, em última
análise,educar pessoas para o exercício consciente e eficaz da cidadania e uma prática de vida
capaz de gerar e sustentar uma sociedade justa e harmônica. Em outro sentido, a utopia
sonhada pelos místicos filósofos da Renascença e pelos iluministas que o seguiram.
5
Art d’amour era um dos termos que se aplicava á alquimia.
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(as letras em vermelho significam que a Loja completou
ou está completando aniversário)
GLSC -
http://www.mrglsc.org.br
GOSC
https://www.gosc.org.br
Data Nome Oriente
01/01/2003 Fraternidade Joinvillense Joinville
26/01/1983 Humânitas Joinville
31/01/1998 Loja Maçônica Especial União e
Fraternidade do Mercosul Ir
Hamilton Savi nr. 70
Florianópolis (só trabalha no
recesso maçônico)
11/02/1980 Toneza Cascaes Orleans
13/02/2011 Entalhadores de Maçaranduba Massaranduba
17/02/2000 Samuel Fonseca Florianópolis
21/02/1983 Lédio Martins São José
21/02/2006 Pedra Áurea do Vale Taió
22/02/1953 Justiça e Trabalho Blumenau
Data Nome da Loja Oriente
11.01.1957 Pedro Cunha nr. 11 Araranguá
18.01.2006 Obreiros de Salomão nr. 39 Blumenau
15.02.2001 Pedreiros da Liberdade nr. 79 Florianópolis
21.02.1903 Fraternidade Lagunense nr. 10 Laguna
25.02.1997 Acácia Blumenauense nr. 67 Blumenau
25.02.2009 Caminho da Luz nr. 99 Brusque
7 – Destaques (Resenha Final)
Lojas Aniversariantes de Santa Catarina
Mêses de janeiro e fevereiro
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GOB/SC –
http://www.gob-sc.org.br/gobsc
Data Nome Oriente
07.01.77 Prof. Mâncio da Costa - 1977 Florianópolis
14.01.06 Osmar Romão da Silva - 3765 Florianópolis
25.01.95 Gideões da Paz - 2831 Itapema
06.02.06 Ordem e Progresso - 3797 Navegantes
11.02.98 Energia e Luz -3130 Tubarão
29.02.04 Luz das Águas - 3563 Corupá
GRANDE ORIENTE DE SANTA CATARINA - GOSC/COMAB
Loja Especial “União e Fraternidade do Mercosul” nº 70
RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO - FUNDADA EM 31/01/1998
Convite Palestra
Dia 23/01/2017: 20h00
Palestra do eminente Ir.: Gean Marques Loureiro, Prefeito eleito da Capital de Santa
Catarina, Mestre instalado da ARLS Samuel Fonseca nº 79 - GOSC
A Administração Pública em Época de Crise
Informamos que as sessões da Loja Mercosul Hamilton Savi nº 70 serão
realizadas no Templo da Loja Ordem e Trabalho nº 3, Or. de Florianópolis, Situado
próximo à UFSC –. AV. DESEMBARGADOR VITOR LIMA. 550, Serrinha Florianópolis
SC, com inicio às 20:00hs
Grande Abraço
Ir.: EMÍLIO CÉSAR ESPÍNDOLA V.: M.:
(048)32445761 - (048)999824363
emilioespindola@yahoo.com.br
JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 27/42
Grande Oriente do Brasil – Piauí
Irmão Ballouk – Grão-Mestre Honorário
Na abertura do ano Maçônico 2017, em Teresina, a homenagem ao Eminente Grão-Mestre do
Grande Oriente de São Paulo – GOSP, Irmão Benedito Marques Ballouk Filho. Veja os
registros:
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JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 29/42
Ballouk: “com muito orgulho e responsabilidade, recebo o título de Grão-Mestre de Honra do
GOB-PI”
JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 30/42
GRANDE LOJA MAÇÔNICA DA PARAÍBA EMPOSSA SUA NOVA
DIRETORIA
Irmão Ailton Elisiário, segundo da esquerda para a direita, colunista semanal do JB News,
na posse como Grão-Mestre Adjunto da Grande Loja Maçônica da Paraíba.
Nos dias 14 e 15 de janeiro, a Grande Loja Maçônica do Estado da Paraíba realizou cerimônias de
posse de sua nova Diretoria, eleita para o quadriênio 2017/2021, tendo como Grão Mestre e Grão
Mestre Adjunto, respectivamente, os irmãos José Reinaldo Camilo de Souza e Ailton Elisiário de
Souza. O irmão Ailton Elisiário de Souza é colaborador do JB News.
A cerimônia litúrgica se realizou no sábado, dia 14, no Templo da Grande Loja e, no domingo, dia
15, foi realizada a sessão pública no Salão de Recepções Marriage, que foi prestigiada pela
Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil, representada pelo Secretário Geral Etevaldo
Fontenelle, por autoridades maçônicas dos Estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Alagoas,
Ceará, Goiás e Distrito Federal, além das autoridades civis dos Poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário.
O Grão Mestre do Grande Oriente da Paraíba e Representante do Grande Oriente do Brasil, Seção
Paraíba, além de Veneráveis Mestres e Irmãos das Lojas Maçônicas do todo o Estado prestigiaram
a posse de José Reinaldo e Ailton Elisiário. A Grande Loja é a Potência Maçônica mais antiga em
atividade na Paraíba e estará completando 90 anos em agosto próximo.
Acompanhe os registros da grande posse:
JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 31/42
JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 32/42
JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 33/42
JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 34/42
JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 35/42
JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 36/42
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Associação de Médicos Maçons
A Realidade da Saúde do Brasil, sem “Véus”... (II)
Em prancha anterior, buscamos demonstrar que o maior problema da Saúde Pública no
Brasil, se deve à Falta de Investimentos e Decisão Político-social. Até mesmo os valores destinados ao
setor pelo Orçamento Anual não foram utilizados em sua totalidade, senão desviados. O Brasil
destaca-se internacionalmente como um dos mais baixos investimentos na Saúde per capita das
Américas no ano de 2013. Neste mesmo ano, ainda no governo Dilma, o investimento foi de US$
523,00 per capita, talvez o ano de menor investimento da história do país, mesmo diante do clamor
da população desassistida e de todos os problemas decorrentes da má administração e desatenção
ao setor.
Seguramente, o caos da Saúde brasileira, exposto na realidade dos Hospitais sucateados, na
eliminação de milhares de leitos hospitalares a título de economia, na falta de um plano de carreira
para os médicos e de seus baixos salários, dos valores pífios e irrisórios pagos pelo SUS às Instituições,
além do despreparo dos profissionais formados pela inadvertida abertura de inúmeras Faculdades de
Medicina, sem a capacidade mínima de formação ideal destes profissionais, somado uma campanha
sistemática de formação de opinião popular que a falta de médicos é a responsável pelos problemas
da Saúde no Brasil.
Em uma articulação político-partidária, evidenciando despreparo administrativo e a
transferência de responsabilidades surge, então, o “Programa Mais Médicos”, instituído pela Lei
12.871/13 promulgada pela Sra. Dilma Rousseff, então Presidente da República do Brasil.
Este programa, Introduziu regras que afetam diferentes dimensões da Saúde e do exercício
da Medicina no Brasil com impacto sobre atendimento, ensino dos futuros profissionais, formação
dos especialistas e gestão/controle de atividades relacionadas. Foi seu objetivo prover e fixar
médicos, em sua maioria intercambistas, na área da Atenção Básica. O projeto apontou como
prioritárias as regiões carentes (distantes, pobres ou com dificuldade de fixação de profissionais),
no entanto, não foi esse o roteiro de implementação seguido pelo Governo. Teve seu início em
outubro de 2013.
Em Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), divulgada em março de
2015, observou-se diversas distorções que permitiram diversas conclusões e algumas destacamos:
1. De 13.790 inscritos, 4.375 (31,7%) não possuíam supervisores indicados para avaliar
desempenho e conduta profissional;
2. As referências de maior gravidade surgiram quando 17,7% dos "supervisionados“, ao
entrarem em contato com seus supervisores para dirimir dúvidas, admitiram que a falta de
conhecimento dos protocolos clínicos conturbou diagnósticos e terapêuticas;
3. O pagamento feito de forma indireta – via OPAS– conflita com a legislação brasileira,
conforme o Ministério Público, além de que após as transferências ao Governo Cubano,
apenas 10% dos valores eram repassados aos profissionais;
4. Desrespeito à exigência de revalidação para permitir a atuação de estrangeiros no Brasil;
JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 38/42
5. Muitos intercambistas não tiveram documentos traduzidos e não comprovaram domínio
da língua portuguesa;
6. A distribuição dos intercambistas não atendeu aos propósitos da Lei, com forte presença
do grupo em capitais, municípios desenvolvidos e onde já existia número importante de
médicos;
7. 34,3% dos "supervisores" afirmaram que os médicos formados no exterior enfrentaram
obstáculos devido ao desconhecimento de protocolos, com relatos de dificuldades na
definição dos nomes de medicamentos e de dosagens;
8. A auditoria mostra que em 49% dos primeiros locais atendidos pelo Programa, ao
receberem os bolsistas, ocorreu a dispensa de médicos contratados anteriormente;
9. Em agosto de 2013, nesses municípios com redução da oferta de serviços médicos havia
2.630 médicos, que, somados aos 262 profissionais que chegaram pelo Mais Médicos,
totalizavam 2.892 médicos. Em abril de 2014, porém, contabilizou-se apenas 2.288 médicos;
10. De acordo com a auditoria, houve diminuição das consultas médicas em 25% dos
municípios cadastrados e uma distribuição de intercambistas sem prioridade às áreas de
pouca ou nenhuma assistência.
Ainda que discutível a necessidade de profissionais estrangeiros em nosso país, certamente
são bem-vindos, desde que com diplomas revalidados, qualificados, capacitados tecnicamente e com
boa formação humanística. Sua admissão, e para todos os que obtiveram diplomas em outros
países, deve ser submetida e aprovada pelo Revalida (exame criado pelo Governo e que mede de
forma isenta conhecimentos, capacidades e competências).
Obstados pelos órgãos classistas brasileiros, inconformados com as evidentes distorções
existentes neste Projeto, em ato autoritário e inédito, o Governo define o Ministério de Saúde como
o órgão autorizado a referendar o exercício destes profissionais, suprimindo dos Conselhos o direito
indiscutível de fiscalização da classe profissional médica.
Apesar da adesão de brasileiros ao Programa, não há milagres. É preciso que o Estado
ofereça condições de trabalho adequadas ao atendimento eficaz. Os postos de saúde e hospitais
precisam de boa estrutura, equipamentos, insumos e equipes multidisciplinares que atuem de
forma integrada em prol do cidadão, em sistema de referência e contra-referência.
Qualquer profissional, seja de que área for, necessita de um mínimo para exercer sua
função... E o mais importante: nós lidamos com vidas, e não com política.
É dever estatutário da AMEM-BRASIL abrir uma frente de luta contra estas agressões...
Precisamos encontrar soluções para reduzir, senão evitar, estas violências. Devemos nos organizar e
somar esforços junto aos órgãos classistas, CFM e CRMs para o livre e digno exercício de nossa
profissão. Somente com a união de todos isto será possível.
***Dados obtidos em palestra ministrada por Dr. Carlos Vital Tavares Correa Lima, Presidente do
CFM – Conselho Federal de Medicina em Encontro Presencial AMEM.
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Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴
MI da Loja Razão e Lealdade nº 21
Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI
Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no
JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO,
cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico /
Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6)
Dia 22 de janeiro:
A Ambição
O vocábulo é frequentemente mal empregado; sua raiz é latina, significa: "andar de
um lado para outro", ou seja, estar em constante movimento.
Ambição não significa o desejo de sobressair e de conquista, mas de movimento.
O homem equilibrado deve ser ambicioso porque as suas aspirações não prejudicarão
a ninguém.
A ambição compreende o movimento físico, como o de andar, gesticular, e o
movimento mental, como a produção de pensamentos, a criação literária e o discurso.
O maçom deve estar sempre em "movimento" e ambicionar que esse reflita bons
exemplos nos seus Irmãos.
Dentro da loja, o comportamento estático é negativo; deve haver, sempre, uma
dinâmica, uma vez que o exercício é um dos meios de desenvolvimento e progresso.
A mente do maçom deve estar, além de sempre alerta, criativa, uma vez que nem
todos têm o "pique" da dinâmica; o exemplo é positivo e salutar.
A inércia vicia e prejudica; o entusiasmo contagia e beneficia.
Sejamos todos, no bom sentido, ambiciosos no viver.
Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 40.
JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 40/42
Michael Jackson em um pavimento mosaico.
O título "Blood on the Dancefloor" (Sangue na Pista de Dança)
refere-se a MJ, sangrando, no chão maçônico.
Esta é a capa de um album musical nos EEUU
que com muito sucesso e discutido em lojas maçônicas americanas.
JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 41/42
O Irmão e poeta Sinval Santos da
Silveira *
escreve aos domingos
NÃO CONSEGUES DOMINAR ESSA
ALMA BANDOLEIRA,
TRANSFORMANDO OS HOMENS NUMA SIMPLES
BRINCADEIRA.
QUE PENA !
DEVE SER PRAGA DE MADRINHA, OU
TRABALHO DE FEITICEIRA.
VOU FALAR COM A BENZEDEIRA, LÁ DO ALTO DA
MONTANHA, PARA TE BENZER, MULHER, COM
FOLHINHAS DE " BEM ME QUER ".
VOU PROCURAR A GAIVOTA DOURADA, A MAIS
JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 42/42
BELA E ENCANTADA
AVE MARINHA, PARA FALAR COM A
SOBERANA RAINHA.
LEVARÁ RECADO MEU E QUEBRARÁ O FEITIÇO TEU.
QUERO TE VER SOLTA NA VIDA, COMO OS
PÁSSAROS NO CÉU, VOANDO
E CONQUISTANDO AMORES, FAZENDO FELIZES
OS HOMENS TEUS.
NÃO FARÁS MAIS BRINCADEIRA, TE VESTINDO
DE BANDOLEIRA.
AMARÁS DE VERDADE, ENCANTARÁS DE
FELICIDADE, TODAS
AS CONQUISTAS DA TUA VIDA.
ÉS MULHER, E DAS MAIS BONITAS !
Veja mais poemas do autor, Clicando no seu BLOG:
http://poesiasinval.blogspot.com
* Sinval Santos da Silveira -
MI da Loja Alferes Tiradentes nr. 20 - Florianópolis

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  • 1. JB NEWS Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Editoria: Ir Jeronimo Borges Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente Academia Catarinense Maçônica de Letras Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte O JB News saúda os Irmãos leitores de Colatina – ES - (Imagem Google) Saudações, Prezado Irmão! Índice do JB News nr. 2.306 – Florianópolis (SC) – domingo , 22 de janeiro de 2017 Bloco 1-Almanaque Bloco 2-IrNewton Agrella – A Torre de Babel e a Origem das Línguas Bloco 3-IrJoão Ivo Girardi – Lágrimas Bloco 4-IrJosé Ronaldo Viega Alves – Sobre os Sofistas, Sofismas e Falácias Bloco 5-IrHercule Spoladore – Conde De Saint Germain Bloco 6-IrJoão Anatalino Rodrigues – Maçonaria – O Iluminismo Esotérico Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 22 de janeiro e versos do Irmão e Poeta Sinval Santos da Silveira (Florianópolis – SC)
  • 2. JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 2/42 22 de janeiro  1462 — Descoberta da ilha de São Vicente, em Cabo Verde.  1502 — Descoberta da ilha de São Vicente no Brasil.  1506 — O Papa Júlio II cria a Guarda Suíça para proteger o Vaticano.  1532 — Fundação da vila de São Vicente, a primeira do Brasil.  1615 — Exército Tokugawa recua, proclamando o fim da Campanha de Inverno de Osaka.  1800 — Fundação dos condados de Adams e Allegheny (EUA).  1808 — Chegada da Família Real ao Brasil, após fuga ocasionada pela ocupação de Portugal pelas tropas de Napoleão.  1815 — É assinado em Viena o Tratado de 22 de Janeiro de 1815 entre Portugal e o Reino Unido, abolindo o tráfico de escravos na costa de África acima do Equador.  1905 — Domingo Sangrento: soldados russos matam e ferem manifestantes liderados pelo padre George Gapon. É um dos acontecimentos que desencadearão a Revolução Russa de 1905.  1919 — A República Autônoma Ocidental se une à República Popular da Ucrânia.  1941 — Segunda Guerra Mundial: Tropas britânicas e australianas capturam o porto de Tobruk, na Líbia.  1944 — Segunda Guerra Mundial: Início da Operação Shingle, o assalto aliado em Anzio na Itália. A 45ª Divisão de Infantaria do Exército Norte-americano mantém-se em Anzio, combatendo contra violentos assaltos italianos durante quatro meses.  1957 — Israel se retira da Península de Sinai. Nesta edição: Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e www.google.com.br Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores. 1 – ALMANAQUE Hoje é o 22º dia do Calendário Gregoriano. Faltam 343 dias para terminar o ano de 2017 - Lua Quarto Minguante – É o 128º ano da Proclamçaõ da República; 195º da Independência do Brasil e 517º ano do Descobrimento do Brasil Colabore conosco. Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebe o JB News, para evitar atropelos em nossas remesssas diárias por mala direta. Obrigado. EVENTOS HISTÓRICOS (Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki) Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
  • 3. JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 3/42  1961 — N/T Santa Maria: Sequestro do paquete por um grupo de portugueses e espanhóis integrantes da Direção Revolucionária Ibérica de Libertação (DRIL).  1969 — O presidente da União Soviética, Leonid Brejnev, sofre um atentado junto a conhecidos cosmonautas.  1971 — Fundação da Universidade Federal do Acre.  2006  Cavaco Silva é eleito presidente da República de Portugal.  2008 — O Iraque adopta a sua nova bandeira. 1826 O padre Lourenço Rodrigues de Andrade, natural de Santo Antônio de Lisboa, na ilha de Santa Catarina, é escolhido Senador do Império, representando esta Província. 1961 Instalado, nesta data, o município de Major Vieira, criado pela Lei nº 633, de 23 de dezembro de 1960. 1963 Lei nº 869, desta data, criou o município de Catanduvas, desmembrado de Joaçaba. 1561 Nasce Francis Bacon, filósofo naturalista inglês, cuja obra Novum Organum foi uma das principais influências na criação da Royal Society. 1729 Nasce Gotthold Lessing, filósofo e dramaturgo alemão. 1783 Nasce Henri Beyle, escritor e crítico francês conhecido como Stendhyal, membro da Loja Sainte Caroline. 1883 Oscar Wilde é excluído da Loja Apollo University, de Londres, por ser homossexual. Era dramaturgo, escritor e poeta irlandês. 1982 O Parlamento Italiano dissolve a Loja Maçônica P-2, cuja fundação ocorreu em 1877 pelo Grande Oriente da Itália Fatos históricos de santa Catarina Fatos maçônicos do dia Fonte: O Livro dos Dias 20ª edição (Ir João Guilherme) e acervo pessoal Em Florianópolis visite o hotel da Família Maçônica. Marina’s Palace Hotel Praia de Canasvieiras - Reservas : (48) 3266-0010 – 32660271 Irmão tem desconto especial. Aproveite a temporada.
  • 4. JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 4/42 Contatos: Ir Darci Rocco (Loja Templários da Nova Era) nos telefones (48) 3233-5069 – 9 9943 1571
  • 5. JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 5/42 O Ir Newton Agrella - M I Gr 33 escreve aos domingos. É membro ativo da Loja Luiz Gama Nr. 0464 e Loja Estrela do Brasil nr. 3214 REAA - GOSP - GOB newagrella@gmail.com "A TORRE DE BABEL E A ORIGEM DAS LÍNGUAS" A Torre de Babel encerra em si um significado muito mais simbólico e lendário do que propriamente físico, artístico ou arquitetônico do ponto de vista das relações humanas. De acordo com o , Antigo Testamento (Gênesis 11, 1-9 ) a referida Torre construída na Mesopotâmia, mais especificamente na Babilônia, pelos descendentes de Noé - tinha por finalidade eternizar seus nomes. Seu objetivo era o de que a referida Torre alcançasse o Céu. Tal ousadia provocou a ira de Deus - que como forma de punição, confundiu-lhes as Línguas e os espalhou por toda a Terra. Cabe ilustrar que o vocábulo BABEL deriva da composição das palavras "bab ilu" . Ou seja: bab ("porta" ou "portão" e ilu ("Deus") - portanto significa "PORTA DE DEUS" Para os Judeus adquiriu o significado de "confusão" pois teria derivado do nome hebraico "bavel" raiz do verbo ba.lál que significa "confundir" A Ciência porém explica e esclarece o mito da "confusão das Línguas" : BABEL era um importante centro econômico, político e militar do mundo antigo. Consequentemente inúmeros indivíduos advindos das mais variadas tribos da região migravam para BABEL para trabalhar, estudar e fazer negócios. Daí a diversidade de idiomas que eram falados por lá. Algo como o que ocorre hoje em grandes metrópoles cosmopolitas como New York, Paris, Londres e Roma dado o grande número de imigrantes que vivem nessas cidades. 2 – A Torre de Babel e a Origem das Línguas Newton Agrella
  • 6. JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 6/42 A origem das Línguas de um modo ou de outro obedece a um critério de comparação e de assimilação entre si. Por isso há sempre um a idéia do surgimento das Línguas a partir de diversas especulações. Há contudo um aspecto comum de entendimento de todos os linguistas - que dá conta que o princípio universal é que toda Língua possui sujeito, verbo e objeto sendo que sua ordem nas frases é sempre variável. Cabe ainda destacar que a capacidade de comunicação entre os seres humanos, ao longo de sua evolução tornou-se sedimentada e estruturada com maior clareza e concisão, a partir do momento em que os homens começaram através dos sons, transmitir suas emoções, sentimentos, desejos, angústias, medos e aflições que instintivamente extravasavam de si. Conceito amplamente aceito entre filólogos, também dá conta de que a Língua evoluiu a partir de uma série de sinais sonoros, baseados naqueles emitidos pelas Aves, pelos Animais Terrestres e Marinhos. Há ainda uma corrente de filólogos que apontam que até mesmo os Sons produzidos pelos fenômenos naturais ou aqueles emitidos a partir de algumas ações ou reações tenham igualmente contribuído para a legitimação e formação das Línguas. A figura de linguagem chamada "onomatopeia" é um exemplo tácito e inquestionável sobre a influência na construção e expressão de uma Língua. A onomatopeia consiste na reprodução do som de qualquer coisa. Seja qual for o Idioma. Por exemplo: na Língua Portuguesa temos o verbo "MIAR" surgido a partir do som "miau" que sugere a transcrição fonética do som emitido pelo gato. Na Língua Inglesa : O verbo "to knock" (pronuncia-se "nóc" ) significa "bater à porta" que nada mais é senão a transcrição fonética para os falantes da língua inglesa do referido som... Interessante que em Português ouve-se : TOC TOC da porta e em Inglês ouve-se: NOC NOC Trata-se pois de uma questão puramente de Interpretação Semântica e Auditiva basicamente estabelecida ao que soa comum aos ouvidos de um determinado grupo étnico. Destaque-se que Fonema é transcrição do Som. Letra a representação gráfica de um Som. Hoje em nosso planeta falam-se cerca de 2.800 Línguas. Há ainda o que se denomina "Dialetos", que nada mais são do que a desfiguração e de certa forma até uma tentativa de ocultação e de proteção no processo de comunicação entre Povos de uma determinada etnia, a partir de, um Idioma estruturado gramaticalmente e que por motivos de isolamento geográfico, algumas barreiras culturais, usos e costumes de uma determinada região,
  • 7. JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 7/42 acabam originando formas diferenciadas e alteradas de comunicação verbal e até mesmo escrita de um mesmo Idioma, uma mesma Língua. Exemplos de "dialetos" que tornaram-se verdadeiras vertentes, quase ininteligíveis perante sua Língua Original verificam-se sobretudo na Itália, onde o TOSCANO que deu origem ao que hoje se constitui na Língua Italiana oficial, ensinada em todas as escolas daquele País e que é pretensamente a Língua falada e entendida por todos os italianos. Há porém mais de 70 dialetos diferentes falados ao longo de toda a Península Itálica, desde o Norte (região da Lombardia) até o extremo sul. Na Sardenha por exemplo fala-se o SARDO - que é sim um outro idioma - que os demais italianos não entendem. Há também o Siciliano, e o Napolitano estes já bem mais próximos do TOSCANO (o Italiano oficial). A própria Língua Portuguesa possui nuances que a distingue de maneira muito evidente entre os seus falantes (hoje cerca de 250 milhões de pessoas falam o Português em todo o Mundo) e quase beiram a denominação de Dialetos , tamanhas são as diferenças de sotaque, de entonação e de vocábulos entre os seus falantes. Exemplo claro é do Português falado em Portugal e o o falado no Brasil. Há inclusive para os brasileiros uma relativa dificuldade para entender o Português aborígene. Em Cabo Verde, Macau, Guiné Bissau, Timor Leste, Angola, Moçambique, Goa, Ilhas dos Açores as diferenças tornam-se ainda mais acentuadas. O mesmo se aplica entre o INGLÊS falado na Inglaterra e aquele falado nos Estados Unidos, bem como entre outros países de Língua Inglesa oficial como a Escócia, Irlanda, País de Gales, Austrália e Nova Zelândia. Os registros históricos sinalizam que as Línguas mais antigas do Mundo são aquelas surgidas na Mesopotâmia, ou seja: O Caldeu, o Sumério, e o Assírio - que a partir destas deram origem ao grupo de idiomas Semíticos como o Árabe, o Hebraico e o Aramaico. E numa vertente extensiva para os idiomas do grupo Indo-Asiáticos: que posteriormente ensejaram o surgimento do Chinês, Japonês, Coreano , e aos diversos Idiomas espalhados pelas regiões da Índia, Paquistão, Birmânia (hoje Mianmar), Afeganistão e dos Idiomas da chamada Ásia Menor e Ásia da Monções. Além das Linguas urálicas como o Turco e o Armênio e o próprio Grego que nasceu nas confluências euro-asiáticas. Merece ainda um destaque especial o idioma Maltês, falado na República de Malta (Mediterrâneo Europeu) que embora tenha grande parte de suas raízes derivadas do Árabe, porém com uma enorme carga de influências do Italiano, do Inglês e do Francês - face questões geográficas e políticas - curiosamente é a única língua semítica - que se utiliza do alfabeto Latino - onde inclusive a palavra Deus - se escreve "ALLA" Atualmente apenas 101 Idiomas contam com mais de 1 milhão de falantes.
  • 8. JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 8/42 Sendo que os 15 Idiomas mais importantes quanto ao número de falantes são em ordem aproximada: Chinês, Inglês, Hindi, Urdu, Russo, Espanhol, Japonês, Alemão, Indonésio, Português, Francês, Árabe, Bengali, Malaio e Italiano. Todos esses idiomas possuem pelo menos 50 milhôes de falantes, incluindo seus dialetos. O Chinês (Mandarim) é falado por 1 bilhão e meio de falantes. Logo em seguida o Inglês falado por cerca de 400 milhões de falantes nativos - porém é falado numa fatia muito maior da superfície da Terra do que o Chinês - como língua franca - ou seja; aquela de maior acessibilidade em termos de compreensão e facilidade até mesmo em razão de sua estrutura gramatical simples e concisa - que permite mais rápida compreensão entre os povos. Além claro do próprio poderio econômico de nações como os Estados Unidos e da própria Inglaterra num período imperialista da História. Talvez cerca de 250 milhões de pessoas em todo o Planeta utilizam-se do Inglês como segunda Língua. O tema é extremamente complexo e mereceria uma abordagem ainda mais profunda, pois há um gama de Línguas Vivas faladas na África, nas Américas e na própria Europa que necessitariam de um Capítulo Especial. Especificamente para um breve exemplo léxico dentro de nossa Sublime Ordem cumpre lembrar que o substantivo "MAÇOM" etimologicamente provem do Latim baixo ou Latim Inculto "Machio", "Matio" ou "Macio" (aquele que faz) - que também algumas correntes dizem originar- se do Alemão "Metz" (cortador de pedras) e outras do Francônio (estágio preliminar da Língua Francesa) Mattjo e do Inglês Mason ou do Francês "Maçon" (Pedreiro) - que em função de sua própria essência no tempo e no espaço ganhou Força, Universalidade e Significado pleno de "Construtor Social", em qualquer dos Idiomas dos quais presume-se a sua origem Operativa e ou Especulativa. Fraternalmente Ir.´. Newton Agrella
  • 9. JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 9/42 O Ir. João Ivo Girardi joaogira@terra.com.br da Loja “Obreiros de Salomão” nr. 39 de Blumenau é autor do “Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite” Premiado com a Comenda do Mérito Cultural Maçônico “Aquiles Garcia” 2016 da GLSC e com a Ordem do Mérito Templário da Loja Templários da Nova Era. escreve às quartas-feiras e domingos. LÁGRIMAS “Deve existir algo estranhamente sagrado no sal: está em nossas lágrimas e no mar”. (Khalil Gibran). 1: Para aliviar a tensão nervosa que uma emoção pode causar o organismo humano, através do saco lacrimal, emite uma secreção límpida, de gosto salgado-doce; essa liberação pode resultar da emoção alegre ou triste e da dor. O ato de verter lágrimas diz-se choro ou pranto. Jesus, quando na crucificação chorou. A lágrima, em si, é um produto do organismo humano, que surge em momentos de elevado misticismo; o seu derramar é contagioso, pois toda a emoção toca a quem dela participa. Apesar de a lágrima ser transparente, ela pode adquirir colorações místicas: lágrimas de sangue, lágrimas de luto, lágrimas de saudades. Quando o maçom chora, expressa um sentimento profundo de emoção. 2. Símbolo: É o símbolo da dor e da intercessão. É bastante comparada à pérola. Para os astecas, as lágrimas das crianças que eram conduzidas ao sacrifício para invocar a chuva já simbolizavam as gotas de água. 3. Ensaio: Quando chorar pega bem: Quando a garganta trava e os olhos ficam umedecidos, muitos engolem o choro ou enxugam as lágrimas discreta e rapidamente, para evitar a exposição pública. Aprendemos desde cedo que chorar é sinal de fraqueza, imaturidade e de despreparo para lidar com a realidade. A pesquisa Confie numa gota de lágrima, desenvolvida pela Universidade de Tel-Aviv, revela que ela reforça vínculos interpessoais, funciona como um pedido de ajuda e pode amansar um inimigo. É uma forma de obter a misericórdia do antagonista, conquistar a simpatia dos demais e criar intimidade. A confiança social é construída a partir de uma premissa básica. Quem chora é capaz de elaborar conflitos internos, portanto, é visto como alguém que sabe se colocar no lugar dos demais. Quando nos projetamos nos conflitos dos outros, nos tornamos mais sensíveis aos dramas humanos e mais confiáveis. Mas onde chorar pega mal? Lágrimas no ambiente do trabalho são unanimidade negativa. Nessa situação, pode parecer manipulador. Sugere que a pessoa está fazendo drama. Diante de pessoas de outras culturas também pode ser mal interpretado. Os latinos têm mais 3 –Lágrimas João Ivo Girardi
  • 10. JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 10/42 facilidade de expressar sentimentos. Já entre os europeus, o choro é familiar, íntimo. Não se emociona na frente de estranhos. Na cultura brasileira, o choro é mais do que um símbolo social de vínculo e confiança - a falta dele projeta a imagem de frieza e desapego. O ato valida emoções comuns a um grupo e comunica um sentimento coletivo. As lágrimas podem significar um sinal de apaziguamento e da necessidade de união em momento de dor. Em situações de luto são quase obrigatórias - funcionam como um termômetro para confirmar o sofrimento. O critério pode ser injusto com aqueles que não choram nunca. O choro já foi objeto de outros trabalhos. Uma outra pesquisa revela que 70% dos entrevistados constataram benefícios psicológicos e melhorias no humor após se debulharem em lágrimas. Aqueles que receberam suporte emocional durante a crise se sentiram mais aliviados. Quem chora pede ajuda, reconhece a dor e quer mudar sua condição. O choro é um compromisso com a vida. O choro como ferramenta de comunicação é uma resultante do processo evolutivo e exclusivo dos seres humanos. A sobrevivência dos mais adaptados inclui, não apenas a destreza dos fortes e espertos, mas também a habilidade dos emocionalmente expressivos. Não é apenas a capacidade de chorar que é considerada adaptativa, mas de saber ‘chorar bem’, de forma que seja um convite à ajuda. Na carona da evolução, o choro se tornou um artifício de comoção e não faltam aqueles que sabem administrá-lo com maestria. Sempre que você se mostra frágil, a primeira reação do outro é ‘crescer’. Mas quando você chora, as pessoas recuam e acolhem. De qualquer modo, para a formação do tal vínculo social, é recomendável que as lágrimas sejam autênticas. (Carina Rabelo). 4. Lágrimas pela História: Antiguidade: Na Grécia, os homens podiam chorar; as mulheres, não. A expressão dos sentimentos era um direito masculino. As mulheres deveriam ser fortes e equilibradas. Início da Era Cristã: As lágrimas passaram a ser associadas às santidades e aos atos de penitência e redenção, como as das pecadoras que lavaram os pés de Cristo e o choro de arrependimento de Pedro, que negou Cristo. Romantismo (Século XVIII): Homens e mulheres tinham permissão para chorar em público, principalmente durante as sessões coletivas de leitura. O drama era a tônica central das obras literárias e teatrais. Era Industrial (Século XIX): As lágrimas eram permitidas aos homens das classes baixas e às mulheres. Jamais às elites. As obras artísticas se tornaram mais irônicas e menos melodramáticas. Pós-modernidade (Século XXI): Apesar do conceito homem não chora, passa-se a valorizar a sensibilidade. O ato de chorar é de foro íntimo. Lágrimas no local de trabalho é sinal de fraqueza. 5. Poema: Lágrimas existem para serem derramadas... Alguns momentos da vida rimos, outros somos compelidos ao pranto. Inevitavelmente. Somos todos feitos metade alegria, metade tristeza. Ambas sobressaem-se e se alternam ao longo de nossas vidas. Quando vier o pranto deixe fluírem as lágrimas. Não as economize nem se esforce tentando retê- las. As lágrimas vertidas desfazem a tristeza da alma. São como a chuva que vem para lavar a poeira da terra. Lembre-se que por sermos humanos não é demérito chorar. Esvazie o quarto triste do sentimento. Todo momento triste é passageiro, pense assim.
  • 11. JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 11/42 Restabeleça-se depois, coração renovado com o néctar da alegria. Afinal, depois das tormentas de um temporal um novo sol volta sempre a brilhar! 6. Máximas: As lágrimas são o extremo sorrir do amor. (Stendhal). - As lágrimas de piedade consolam quando é um amigo que as derrama. (Alexandre Herculano). - As lágrimas possuem uma força especial: derretem gelo e aquecem corações. (Textos Judaicos). - As lágrimas não pedem perdão, mas o alcançam. (Santo Ambrósio). - Se a noite você chorar por ter perdido o sol, as lágrima não te deixarão ver as estrelas. (Bob Marley). - Eu queria ser uma lágrima para nascer nos seus olhos, deslizar na sua face e morrer nos seus lábios. (Rogério Baraldi). - A lágrima é o suco extraído dos frutos do coração, que é filtrada pelo cérebro e servida pelos olhos! (A). - Lágrima: É quando o coração pede aos olhos que falem por ele. (A). MAÇONARIA 1. Graus Superiores REAA: Para aliviar a tensão nervosa que uma emoção pode causar, o organismo humano, através, do saco lacrimal situado na base das pálpebras, emite uma secreção límpida, de gosto salgado-doce; essa liberação pode resultar da emoção alegre ou triste e da dor. No Grau 4 da Maçonaria Filosófica, o primeiro dos Graus Inefáveis em certo trecho do Ritual é dito, quando da visão do túmulo de Hiram Abif: Vi um túmulo e derramei lágrimas. Em certos Graus, tanto o do Mestre como na fase filosóficas, as paredes do Templo, são recobertas com panos negros salpicados de lágrimas; essas representadas por desenhos de uma lágrima em forma de pêra. O ato de verter lágrima diz-se choro; Jesus, quando na crucificação, chorou; a lágrima em si é um produto do organismo humano, que surge em momento de elevado misticismo; o seu derramar é contagioso, pois toda emoção toca a quem dela participa. Apesar de uma lágrima ser transparente, ela pode adquirir colorações místicas; lágrimas de sangue, lágrimas de luto, lágrimas de saudades, etc. Símbolo maçônico das tristezas e tribulações do mundo, quando não figuras, como simples emblemas decorativos dos templos. 2. Painel da Loja de Mestre: As lágrimas de prata simbolizam de forma excelente os raios lunares, que irão ajudar o impetrante a se abstrair da influência solar física, da atividade fictícia. É durante a noite, na escuridão mais negra dos hermetistas, isto é, no silêncio e na meditação que a alma se torna alva. Depois da chamada fase da coput corvi, cabeça de corvo, vem a fase da brancura brilhante. (A Simbólica Maçônica, Jules Boucher).
  • 12. JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 12/42 O Ir.·. José Ronaldo Viega Alves* escreve às quartas-feiras e domingos. Loja Saldanha Marinho, “A Fraterna” Santana do Livramento – RS ronaldoviega@hotmail.com SOBRE OS SOFISTAS, SOFISMAS E FALÁCIAS. “SOFISMA, ou ‘Falácia”, é uma refutação aparente, refutação sofística, e também, um silogismo aparente, ou silogismo sofístico, mediante os quais quer se defender algo falso e confundir o contrário.” (Da Camino, pág. 141, 1997) Lendo acerca dos sofistas, ou melhor, sobre os filósofos que eram denominados sofistas, em função da sua maneira muito própria de pensar, aliás, alguns conhecidos de todos nós, descobrindo também em que consistia ou como se desenvolvia um sofisma e percebendo que esses termos (sofistas, sofismas) estão presentes em vários dicionários maçônicos, minha curiosidade foi despertada no que tange às razões, ou em que sentido exatamente, eles foram para ali, estão inseridos (?) ou são utilizados (?) em nossa doutrina. Sofistas eram os filósofos da antiga Grécia que buscavam transmitir um tipo de filosofia, a qual se pode dizer que era meramente aparente, já que os mesmos não compartilhavam da ideia de que pudesse existir uma sabedoria verdadeira, sendo que, no fundo, eram todos muito pragmáticos e céticos. Radicais, até. Questionavam o que era a verdade, a ética, a justiça, fazendo pouco da filosofia e dos valores humanos. Além do mais, constava entre seus métodos ensinar ainda aos seus discípulos habilidades retóricas, onde os sofismas, que nada mais eram do que argumentos falsos, com o propósito de confundir e de enganar seus interlocutores. Essas habilidades retóricas, ou os sofismas, partiam de premissas verdadeiras, ou supostas verdades, para que se chegasse a uma conclusão absurda, porém, muito difícil de ser refutada e consequentemente vencer as discussões. Os ditos sofismas, ainda podem ser entendidos, como hábeis jogos de palavras que levam a constituir um argumento, que tem somente aparência de correto, e que no fundo é falso, pois, induz o interlocutor ao erro. Como descreveu o filósofo da atualidade Robert C. Solomon “enredar oponentes em redes verbais”. Ou, “hora de descer aos assuntos da vida, de usar a filosofia para fazer algo de nós mesmos...” Nossa! Considerando os avanços tecnológicos da nossa época em relação àquela, penso no uso que alguns fazem das redes sociais... Ou seja, o ser humano é sempre tão previsível. Os sofistas descartaram a busca pela verdade absoluta e objetiva e optaram pelo pragmatismo, que é também um tipo de filosofia onde se dá ênfase para a utilidade imediata que as coisas possuem, ou ainda, que a verdade é medida pelos efeitos práticos que possa produzir. E aí, já que estamos no terreno da filosofia, há refutações, claro, onde apoiados pela experiência se pode dizer que tudo é relativo, sendo que, o valor utilitário atribuído hoje para alguma coisa, amanhã já poderá 4 – Sobre os Sofistas, Sofismas e Falácias José Ronaldo Viega Alves
  • 13. JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 13/42 não ser o mesmo, além de que, a utilidade é algo que pode ser considerada efêmera. (Vade-Mecum Maçônio, pág. 514, 2008) Ao vermos a palavra ‘falácia’ associada a sofismo, e sabendo que a mesma significa inverdade, falsidade, fica mais fácil então de entender o que seja um sofisma. Vários filósofos sofistas passaram à posteridade, e entre eles vamos destacar os seguintes: Protágoras: O mais famosos deles. Ensinava um humanismo pragmático. É dele a frase: “O homem é a medida de todas as coisas.” (O Irmão Theobaldo Varoli, quando se referindo a esse lema de Protágoras comentou-o assim: “Vontade e opiniões, verdade, conceitos de justiça e de beleza dependeriam, dos interesses e das necessidades do indivíduo.” COMENTÁRIOS: Exatamente! Como já mencionei logo acima, o mundo, dá para ver, não mudou tanto assim, no que vai pelos recônditos da alma humana! Podemos aprender muito com os sofistas lá da Grécia antiga, e quem sabe entender os sofistas atuais, agora em número muito maior, presentes em todos os lugares. Aliás, o quanto deveríamos estudar os gregos, o quanto alguns deles são atuais, o quanto poderemos aprender sobre a alma humana, a sociedade... Conhecer melhor as obras dos seus luminares, Sócrates (“conhece-te a ti mesmo”...), Platão (o Mito da Caverna...), Aristóteles (os peripatéticos, a metafísica...), Pitágoras (os números...), os estoicos e tantos outros. E do quanto da sabedoria dos filósofos gregos, está impregnada a doutrina maçônica! Voltando àqueles sofistas que mais se destacaram: Pródico: Chamado de “precursor de Sócrates”, em virtude da influência positiva e negativa que exerceu sobre o mesmo. É considerado o inventor do mito de Héracles ou Hércules. Górgias: Outro dos famosos. Tão cético que chegava a duvidar da existência da sua própria pessoa, quanto mais do que estava do lado de fora. Dominava muito bem a arte da retórica, tanto que a transformou em arte da persuasão. Trasímaco: Mencionado em um dos diálogos de Platão. Sobre a justiça, ele disse que ela seria aquilo que os mais fortes querem que seja. Crítias: É sua a declaração de que os estados sociólogos produziram as religiões, além de que o medo é a emoção básica que conduz a pessoa para uma religião. Em seu já clássico livro intitulado “Curso de Maçonaria Simbólica (Aprendiz)”, o Irmão Varoli escreveu: “Dos sofistas, sobrelevam-se Protágoras (480-411 a.C.) e Górgias (480-375 a. C.). Os sofistas resultaram mais do fastígio de Atenas , da abundância de riquezas da época, dos costumes que passaram da futilidade à devassidão. Há uma certa analogia entre a época dos sofistas e a sociedade de consumo de nosso dias.” COMENTÁRIOS: O Irmão Theobaldo Varoli Filho foi um grande sábio e Mestre. O interessante é que o seu livro (esse em que conta a analogia acima) é de 1977. De lá para cá, já se vão 40 anos, sendo que nesse período a sociedade moderna se voltou muito mais para o egoísmo, o consumismo e o hedonismo. Se ele já havia detectado uma sociedade voltada para o consumismo, o que diria sobre a sociedade de agora, constituída em sua maioria de seres voltados para os seus umbigos, para suas posses, onde o ‘ter ‘prevalece sobre o ’ser’, voltada a para uma cultura de aparências, do consumo exagerado, do superficial, do descartável e da hipocrisia dominando as relações sociais? E agora, voltando ao texto do Irmão Varoli: “Sob o ponto de vista maçônico, o movimento dos sofistas representou uma antítese ‘necessária’, pois a dialética por eles desenvolvida com grandes méritos e intelectualidade contribuiu para a evolução da filosofia e para reações salutares, no pensamento grego. Criticaram a guerra e pregaram a paz, quando o militarismo grego mais se envaidecia. Estigmatizaram os maus costumes gregos, de maneira realista e, mesmo, sem diferença alguma daquilo que hoje se faz. Protágoras, como qualquer outro homem moderno de hoje, sustentava que a moral seria apenas uma convenção relativa ao tempo e ao lugar. Como observou, os atenienses recusavam às mulheres uma vida social, ao passo que os espartanos animavam as mulheres e os homens à prática do adultério. Quanta gente ignorante de hoje afirma isso como se fosse uma conquista do século XX! Aí está uma prova da doutrina maçônica,
  • 14. JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 14/42 semelhante a dos ‘ricorsi historici’ de Vico, porém muito mais realista no sentido de afirmar que o mundo ainda é uma pedra bruta, eis que, apesar de todo o decantado progresso da técnica, muito pouco evoluiu moral e espiritualmente. Os sofistas, pelo menos, tiveram a coragem de abominar a escravidão, os preconceitos, o exclusivismo racial, a pobreza, a estupidez do regime de castas. Foram os mais ardentes defensores dos direitos individuais e da vida sem hipocrisia. Além disso, criaram para a filosofia a física e a metafísica, a ética, a ciência do conhecimento (epistemologia) e até a política. Não fossem eles, talvez não tivesse surgido um Aristóteles.” E durante a feitura deste trabalho deparei-me com algumas situações, bem caracterizadas, que remetem à Maçonaria: _ A primeira, por ocasião da leitura do verbete SOFISMA no “Dicionário Maçônico” do Irmão Rizzardo Da Camino, quando nos dois últimos parágrafos referentes ao mesmo, ele escreveu: “Quando, durante a cerimônia de Iniciação, é solicitado ao Neófito o juramento convencional, o Venerável Mestre adverte que ‘jure sem reserva ou sofisma’. O maçom tem o dever de ser ‘transparente’; o seu sim deve ser ‘sim’ e o seu não deve ser ‘não’. Não há lugar para o maçom servir-se do Sofisma.” _ A segunda, no “Vade-Mécum Maçônico”, de autoria do Irmão João Ivo Girardi, em seu verbete FALÁCIA ”, quando em um dos itens, há uma transcrição da passagem de um Ritual que diz: “A imagem de um Mestre que pensa que sabe tudo é uma grande falácia. Nós nos descobrimos Mestres quando nos descobrimos Aprendizes.” COMENTÁRIOS FINAIS: A partir dessas leituras comecei a entender bem melhor o porquê destes termos e a importância que eles adquiriram, principalmente em nossa sociedade moderna. Com os sofistas, a filosofia mudou, os questionamentos foram outros, as discussões também, além de implantarem a ideia de que em se sabendo construir uma argumentação com uma boa dose de esperteza, um filósofo pode “provar” o que quiser, e aqui inferimos que o mesmo raciocínio se aplica a outros, desde que munidos da mesma dose de astúcia. E serve para o nosso aprendizado, ou para quem quer mesmo aprender, pois, dá para fazermos algumas analogias com fatos que presenciamos em nossas vivências, ou quando vemos as palavras sendo proferidas de maneira fácil, sem que sejam medidas, sem que sejam pensadas, falácias, inverdades ou falsidades daqueles que um dia juraram e agora usam dos sofismas, trocam o sim pelo não e vice-versa, além de que, jamais admitiriam serem Aprendizes, mesmo no seu sentido simbólico, pois, se acham donos da verdade sem a menor pudicícia. Já os sofistas na sua visão, concluíram que a verdade não poderia ser conhecida, que tudo é relativo... CONSULTAS BIBLIOGRÁFICAS: CHAMPLIN, R. N. “Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia” – Volume 6 – Hagnos Editora – 9ª Edição - 2008 Dicionário Enciclopédico VEJA LAROUSSE – Volumes 9, 19 e 21 – Editora Abril S/A – 1ª Edição – 2006 DA CAMINO, Rizzardo. “Dicionário Filosófico de Maçonaria” – Madras Livraria e Editora Ltda. – 1997 GIRARDI, João Ivo. “Do Meio-Dia à Meia-Noite Vade-Mécum Maçônico” – Nova Letra Gráfica e Editora Ltda. – 2ª Edição – 2008 SOLOMON, Robert C. & HIGGINS, Kathleen M. “PAIXÃO PELO SABER – Uma Breve História da Filosofia” – Editora Civilização Brasileira - 2001 VAROLI FILHO, Theobaldo. “Curso de Maçonaria Simbólica” – 1º Tomo (Aprendiz)- Editora A Gazeta Maçônica - 1977
  • 15. JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 15/42 O Ir Hercule Spoladore – Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil”- Londrina – PR – escreve aos domingos hercule_spolad@sercomtel.com.br Conde De Saint Germain Ficção ou verdade? Especulações. Louco ou visionário? Aventureiro? Prestidigitador? Charlatão? Espião? Ou um subproduto da aristocracia das cortes europeias, do cavalheirismo dos gentis-homens que existiram no século XVIII? Paranormal ou viajante do tempo? Ou tudo somente um exagero nas narrações a seu respeito ou então apenas um lenda? Falava-se que ele foi místico, alquimista, químico ourives, lapidador de diamantes, cientista, aventureiro, cortesão, músico e compositor. São estas as indagações a respeito deste homem misterioso que viveu naquele século. Não confundi-lo com um seu contemporâneo Claude Louis, também Conde de Saint Germain que foi general e ministro da França. Dizem que ele teria sido filho de judeu português ou que teria nascido na Alemanha, na cidade de Eckenförd (Schlswig) Também se falava que era filho de Francis II Rakoczik e teria nascido na Transilvânia ou então que seria filho de Marie Ann de Klouburg, viúva do rei Carlos II com o conde Adanero. Mas sua origem é desconhecida. Nasceu segundo alguns autores no dia 28/05/1696. Teria estudado na Itália como protegido pelo Duque Gian Gastoni, último descendente dos Médici. Sabe-se que viajava muito e que sempre esteve ligado à música, alquimia e ocultismo e que tinha uma memoria prodigiosa, que podia predizer o futuro, que era supostamente maçom e tinha atividades politicas e sociais. Assombrou muitos países da Europa e em especial a corte francesa da época. Será relatada uma sinopse do que se conseguiu compilar através dos livros que falam sobre este fantástico personagem. Quando o Conde de Saint Germain a esfinge do século XVVV apareceu na Inglaterra em 1745, não foi de se surpreender que o inglês respeitável como Horace Walpole dissesse: “Canta, toca violino maravilhosamente, compõe, é louco e não muito sensível”. Certas enciclopédias o criticaram chamando de aventureiro, mas há um abismo entre atribuir-lhe adjetivos e estudar sua vida e sua natureza. A polícia francesa pensava que ele fosse espião prussiano. Outras polícias secretas pensavam que ele fosse agente russo, ou partidário da restauração dos Stuarts da Inglaterra, nome esse ligado às origens do REAA. Voltaire dizia: “Homem sabe-tudo”. Um dos seus discípulos, o Príncipe Karl Von Hesse- Kassel escreveu que Saint Germain foi um dos maiores filósofos que viveu neste mundo. 5 – Conde De Saint Germain Hercule Spoladore
  • 16. JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 16/42 Quando o Marechal Belle-Isle, o apresentou à Marquesa Pompadour e a Luiz XV, seu amante, o rei estava entediado. O Conde manteve muitas conversações com o Rei e com a Marquesa sobre alquimia e outros assuntos. A princípio Luiz XV mostrou-se céptico em relação aos conhecimentos do Conde sobre alquimia e transmutação. Mas não podia criticar um homem que ostentava brilhantes mais lindos que os dele. O Marechal Belle-Isle descreveu com muita vivacidade o primeiro encontro e diálogo entre Saint- Germain e o Rei “se puder fazer o elixir de longa vida ou a Pedra Filosofal estaremos prontos para comprar a fórmula. Enquanto isso poderá ter uma mansão e uma pensão, mas isso não quer dizer que eu acredito em suas pretensões”. -“Não peço nem mansão, nem pensão. Trago comigo todos os recursos que necessito, um séquito de servidores e dinheiro para arrendar uma casa”. Ato contínuo colocou a mão no seu bolso e de lá retirou certa porção de lindos brilhantes soltos e jogou-os sobre a mesa e ante ao Rei disse: “E queira Vossa Majestade aceitar estas pedras como uma pobre oferta”. Esses, Majestade são alguns brilhantes que consegui fabricar, graças à minha arte. Um magnifico castelo o de Chambord foi colocado à disposição do Conde. Ali, o indolente Rei descobriu a alegria do trabalho, iniciando suas experiências sob a orientação do maior químico da época, o Conde de Saint Germain. O Jornal London Chronicale de 31 de Junho de 1766 diz o seguinte: “Tudo o que se pode dizer com justiça desse cavalheiro é que ele deve ser considerado um estrangeiro desconhecido e inofensivo, que tem recursos para consideráveis despesas cujas fontes não são conhecidas. Levou da Alemanha para a França a reputação de um insuperável alquimista que possui o pó secreto e em consequência disso a panaceia universal. Correm rumores que o estrangeiro é capaz de fazer ouro”. A coleção de lindas pedras preciosas que o Conde possuía, concorreu para aumentar a sua reputação de químico e alquimista. Quando o Marquês de Valbelle visitou o Conde de Saint Germain, este lhe pediu uma moeda de prata de seis francos. Depois de cobri-la com uma substância negra expôs esta moeda ao fogo. Quando esfriou a peça de prata esta já não era mais prata e sim ouro. Quando o capelão da corte de Versaille perguntou se ele praticava magia negra, ele respondeu que era um estudioso sério da química e tinha feito descobertas, que eram de utilidade da humanidade. As experiências com corantes provavelmente entre Saint Germain e o Rei foram realizadas muito antes das anilinas serem descobertas por Unverdoben em 1826. Este homem aparentava ter mais ou menos uns cinquenta anos. Para se opinar mais com base a sua idade é necessário examinar as memórias, cartas, documentos, registros, artigos de jornais daquele século. Segundo o Barão de Gleischen, franco-maçom o mesmo relata ter conhecido Saint Germain em 1710 sendo que ele aparentava ter uns cinquenta anos. Nos anos 1737 a 1742 foi hóspede de honra da corte do Xá da Pérsia. De 1745 a 1746 viveu em Viena na mansão do Príncipe Ferdinand Von Lobkowistz. Em 1749 chegou a Paris por insistência do Marechal Belle-Isle. Em 1756 O Conde Robert Clive fundador do domínio inglês na Índia encontrou-se com ele lá. Em 1760 o Jornal London Chronicale, publicou um artigo sobre o interesse que Saint Germain estava despertando em Londres nesta época.
  • 17. JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 17/42 Em 1762 O Conde estava em São Petsburgo onde participou do golpe de estado que levou vitoriosa Catarina, a Grande ao trono da Rússia. Em 1768 o Conde estava em Berlin. No ano seguinte viajou para a Itália, Córsega e Tunes. Em 1770 foi hóspede do Conde Orloff quando a esquadra russa aportou em Liverpool. Usava uniforme de general russo. Na década de 1770 ficou na Alemanha, ativamente empenhado em atividades maçônicas e rosacrucianas com seu protetor o Príncipe Kar Von Esse-Kassel. Em 1780 Walsh publicou uma música composta por Saint Germain. Entre os maçons convidados para a Conferência de Vilhelmsbad realizada no dia quinze de fevereiro de 1782, quando a Maçonaria alemã por consenso geral acabou de vez com a enxurrada de graus superiores maçônicos que pululavam no país, oriundos da França. Saint Germain estava ao lado de Saint Martin e de outros eminentes maçons da época neste congresso. Nos registros da Igreja de Eckenförd na Alemanha existe o seguinte registro: “Falecido a dois de fevereiro e sepultado no dia quatro de março de 1784, o chamado Conde de Saint Germain. Outras informações desconhecidas. Enterrado privativamente nesta Igreja”. Segundo Nicola Aslan, o esotérico Paul Chacomac, chegou à conclusão que Saint-Germain faleceu em Gottorp (Schleswig) no dia quatro de fevereiro de 1784, nos braços de Hesse-Kassel, do qual era bibliotecário e amigo íntimo que o cercara de cuidados e respeito. Mas segundo outros autores sua morte teria ocorrido no dia 27/02/1784. Até na data do seu provável óbito há contradições. Citando-se a observação de Rameau e da Condessa Gergy, ele deveria ter 124 anos por ocasião de sua morte. Impossível acreditar nisso cientificamente. Um ano após a sua “morte” ele já estava presente numa conferência maçônica (Fraternidade Maçônica da França). Stefannie Felicite, Condessa de Genlis, pedagoga que escreveu oitenta livros, recebendo uma pensão de Napoleão I fez uma afirmação em suas memórias que viu Saint Germain em 1821 em Viena. Nestas alturas este personagem estaria com 161 anos de idade. Ele teria sido visto em 1835 em Paris e 1867 em Milão. Ane Besant, a teósofa, relata ter conhecido o Conde em 1896. W. Leadbeater o encontrou em Roma em 1926. Refere-se um aviador americano, cujo avião por falha motora foi obrigado a pousar nas proximidades de uma montanha no Tibet relata que na aldeia havia um homem estranho que se identificou como sendo o Conde Saint Germain e lhe disse “eu sou o Conde Saint Germain e em breve voltarei para Paris”. Pode-se acreditar nisso? Impossível. Pela ciência atual e pela própria evolução da espécie do homo sapiens sabe-se que este atualmente tem sua vida média estimada em torno dos 75 anos, com alguns macróbios chegando ou até passando dos 100 anos. Voltaire na sua época voltaria a se manifestar novam: “É um homem que nunca morre”. Franz Graffer registrou em suas “Memorias” em Viena uma frase significativa de Saint Germain: “Vou partir amanhã à noite. Vou desaparecer da Europa. Vou para o Himalaia”. A informação de Graffer é importante porque dá a localização de um suposto centro de sábios, que viriam segundo a crença esotérica preservando há milhares de anos a Ciência Secreta, ou seja, também para outros, seja o Himalaia a sede secreta da misteriosa Fraternidade Branca. O Conde disse certa vez “É preciso estudar as pirâmides como eu as estudei”. O único manuscrito que se atribui à lavra de Saint Germain é a “La trés sainte Trinosophie”. Esse documento contem ilustrações simbólicas e um texto enigmático: “A velocidade com que corríamos através do espaço não pode ser comparada senão a ela mesma. Num instante eu perdera de vista planícies lá em baixo. A Terra me parecia apenas uma
  • 18. JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 18/42 vaga nuvem. Eu tinha sido levantado a grande altura. Durante muito tempo rolei através do espaço, Vi globos girarem em torno de mim e as terras gravitarem a meus pés”. Evidentemente os ufólogos dirão que o Conde estava a bordo de uma nave interplanetária. Já os parapsicólogos científicos, sem comprometimento com credos religiosos dirão que Saint Germain foi um paranormal e que simplesmente fez nesta ocasião uma bilocação de consciência, ou seja, sua mente expandiu através do universo, livre, sem a interferência dos cinco sentidos, mas com a sede da mente funcionando em seu cérebro. A mente simplesmente se expande e o indivíduo tem a sensação de estar realizando uma viagem. Este fenômeno é muito mais comum do que se imagina. Não se trata de sonho. A pessoa fica com as faculdades mentais aguçadas, perfeitamente consciente e tem a viva noção e se lembra de tudo o que está acontecendo. Não é comum o paranormal interagir com o que está ocorrendo em sua volta quando biloca. Vê tudo como se fosse num filme. Mas alguns interagem de maneira indireta’. Esse fenômeno ocorre num estado alterado da mente. Transmutações, extensão da vida, viagens espaciais, conquista do tempo, tudo isso parece ser o que chama fronteira da ciência. Poder-se-ia presumir segundo Jacques Bergier, segundo seus conceitos que Saint Germain tivesse acesso à Fonte Secreta do Conhecimento. Vários escritores famosos da época escreveram sobre este personagem enigmático. Todavia, sua biografia é muito controversa, Cada qual faz uma afirmação sobre o biografado completamente discrepante em relação aos outros. Mesmo atualmente encontramos citações até em livros de maçonólogos como é o caso do Dicionário de Maçonaria Joaquim Gervásio de Figueiredo onde ele afirma que Saint Germain foi o maior Adepto oriental dos últimos tempos e que teria sido uma figura importante nas atividades primitivas da Franco-Maçonaria e que numerosas lojas o reverenciam como seu patrono e como luz da Ordem. Questiona-se como ele seria recebido hoje pela sociedade? Seria taxado de louco? Talvez não fosse levado a sério, porque a ciência avançou muito, a tecnologia hoje em dia faz milagres. Já se consegue até fabricar diamantes artificiais, como ele disse que fazia, só que por outros processos. Mas ele seria tido pelo menos pelos parapsicólogos como paranormal. Já existem faculdades de Parapsicologia em todo o mundo, que estudam indivíduos que já nascem com determinadas capacidades mentais diferente dos tidos como normais. Estas extrapolam os cinco sentidos. Hoje se pode saber se um indivíduo como Saint Germain é paranormal, prestidigitador, esquizofrênico ou charlatão, ou lá o que seja. Já se tem parâmetros científicos para tal aferição, para pelo menos saber se é doente mental ou paranormal. Quanto aos outros epítetos, estes não se precisam de meios científicos para detecta-los, pois ainda hoje existem charlatães que enganam o povo, fazendo-se valer do famoso proverbio latino que diz: “que mundo quer ser enganado (mundus volpi dicipe)” ainda válido e se aplica ao mundo atual. Talvez até existam mais charlatães que na época de Saint Germain. Hoje são organizados dentro de um sistema financeiro se escondem sob o manto de religiões de vigaristas inteligentes e maldosos que utilizam habilmente os meios de comunicação. Vendem a mentira com maior facilidade. Saint Germain foi maçom? Não se prova, mas possivelmente deve ter sido pelas circunstâncias da época. Enquanto que a maçonaria inglesa permaneceu apegada às suas raízes e também à Bíblia, praticando a maçonaria tradicional, a maçonaria francesa do século XVIII foi responsável pela entrada na Ordem de alquimistas, ocultistas, rosa-cruzes, cabalistas, esotéricos e praticantes de atividades e também responsável pelo grande número de graus superiores. Foi justamente lá que ao lado dos ritos tradicionais, apareceram os chamados ritos mágicos praticados
  • 19. JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 19/42 por Swendenborg Mesmer, Cagliostro, Schroepfer, Martinés de Pasqually e outros que fundaram lojas onde se praticava este tipo de rito que nada tinha a ver com os ritos conservadores. As atividades de Saint Germain levam a crer que ele deve ter pertencido a alguma loja maçônica que praticasse os tais ritos de magia. Saint Germain foi um fenômeno do século XVIII. Foi algo que aconteceu e assombrou o mundo. Ele deve ter usado a Maçonaria e outras entidades ou organizações em proveito próprio como meio de promoção pessoal. Saint Germain é um fenômeno que não se pode explicar à luz da razão cartesiana. Várias organizações esotéricas espalhadas pelo mundo o adotaram como seu patrono ou como seu mentor, porque algumas atestam que ele ainda está vivo e que possui o Elixir da Juventude e a Pedra Filosofal. Existe a Fraternidade Saint Germain, com sede em São Paulo. E algumas lojas maçônicas espalhadas pelo mundo o reverenciam dando-lhe seu nome. Foi mostrado neste trabalho um resumo do que se apurou compulsando vários livros que tratam deste assunto. Parece um tema muito ao gosto dos irmãos de tendência ocultista e esotérica, mas sabe-se que a maioria dos leitores achará este artigo fantástico, esquisito, inverossímil. Que cada um tire a sua própria conclusão. Referências ASLAN, Nicola – Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia Editora Artenova S.A. São Paulo vol. IV, 1976 BERGIER, Jacques - Os Mestres Secretos do Tempo Hemus, Livraria Editora Ltda. São Paulo, 1976 BERGIER, Jacques - Passaporte para uma outra terra Editora Francisco Alves S.A. - São Paulo, 1974 FIGUEIREDO, Joaquim Gervasio de - Dicionário de Maçonaria. Editora Pensamento - São Paulo, 1974 NAUDON, Paul – A Maçonaria Editora Difusão Europeia do Livro - São Paulo, 1964 TRONDIAU, Julien - O Ocultismo Editora Difusão Europeia do Livro - São Paulo, 1964
  • 20. JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 20/42 O Irmão João Anatalino Rodrigues escreve às quintas-feiras e domingos. É premiado com a Ordem do Mérito Templário da Loja Templários da Nova Era. jjnatal@gmail.com - www.joaoanatalino.recantodasletras.com.br MAÇONARIA- O ILUMINISMO ESOTÉRICO A questão do racionalismo A partir do século XVII o racionalismo cartesiano invadiu as consciências de tal modo, que nada mais podia ser sustentado no terreno do pensamento e da experiência científica e social, se não fosse passível de ser reproduzida empiricamente, ou explicado com estrita clareza, ordem, concisão e exatidão. Toda e qualquer proposição formulada tinha que ser aceitável pelos parâmetros da lógica. A cultura pelo exato, pelo matematicamente provável, pelo passível de repetição nos laboratórios, expulsou dos meios intelectuais a antiga tradição esotérica dos filhos de Hermes, que escondiam nos símbolos os tesouros da sua ciência. Numa sociedade fundada sob a certeza de suas fórmulas, na organização de suas estruturas, na demonstração inequívoca de resultados, no amor pela evidência racional, não havia lugar para uma metafísica apoiada em símbolos que somente iniciados podiam desvendar, e mesmo assim, sem nenhuma prova incontestável que demonstrasse a verdade de seus postulados ou a certeza da obtenção de qualquer resultado concreto. A “alta ciência” que se hospedava na pratica da alquimia e da Maçonaria operativa teve que se adaptar as exigências do racionalismo. Daí o nascimento da moderna Arte Real, com a introdução daqueles elementos que Ambelain chamou de caminho político da Maçonaria, onde se aliavam, segundo suas próprias palavras, “as melhores noções de progresso e evolução, e também, infelizmente, ideias novas, desconhecidas dos antigos franco-maçons, e que tenderiam, pouco a pouco, a minar certos valores que fazem a dignidade do homem, pelo ateísmo, pelo materialismo, o laxismo, que conduzem ao amoralismo desagregador.” 1 Nesse sentido, pode-se dizer que a Maçonaria moderna foi uma concessão do espírito místico ao apelo da razão. Talvez Ambelain tenha razão, porquanto uma disciplina que fala mais ao espírito do que á razão tem muito mais atrativos que as áridas “logias” ensinadas nas universidades oficiais. Afinal, para se adquirir uma sabedoria que se conforme aos limites de uma fórmula ou um silogismo, é suficiente freqüentar os bancos escolares, ou ser capaz de ler, com proveito, um bom livro. E não é isso que um espírito ávido por uma filosofia de vida, capaz de fornecer-lhe aprimoramento espiritual e ao mesmo tempo uma ética para a vida social, buscaria em uma sociedade iniciática. É nesse sentido que a chamada “profanização” da Maçonaria, como René Guénon entendia ter acontecido após a edição das Constituições de Anderson, talvez tenha prejudicado a influência psíquica dos ritos maçônicos e desmistificada a sua prática, pois a partir de então ela se tornou mais uma espécie de partido político com um utópico programa fundado em uma mística revolução social do que propriamente uma Ordem iniciática. Mas isso foi uma exigência do momento histórico, como nos mostra a própria histórica da Maçonaria 1 Robert Ambelain- A Franco Maçonaria , citado, pg. 86 6 – Maçonaria – O Iluminismo Esotérico João Anatalino Rodrigues
  • 21. JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 21/42 enquanto instituição. A Maçonaria secularizada, como todas as instituições, precisava se adaptar ás exigências da cultura da época, que elegera o racionalismo como nova religião oficial. Da interação entre as antigas tradições maçônicas e as ideias pregadas pelos filósofos iluministas nasceu uma nova ordem de idéias e práticas que podemos chamar de Iluminismo Maçônico. O Iluminismo filosófico Vejamos primeiro o que foi o Iluminismo filosófico, propriamente dito. Esse movimento, que teve profundas repercussões sociais e intelectuais, embora seja sempre creditado aos franceses, na verdade tem origem inglesa. Isso talvez ocorra pelo fato dos franceses, reconhecidamente melhores filósofos que os ingleses, terem entendido com mais propriedade as idéias iluministas. Por isso a primazia que se lhes concede sobre esse movimento intelectual que forneceu as bases para o pensamento moderno. O Iluminismo foi o produto filosófico do racionalismo cientifico inaugurado por Francis Bacon e desenvolvido cientificamente por espíritos do porte de René Descartes e Isaac Newton. Eles, como os iluministas Voltaire, Montesquieu, Locke, Adam Smith, Kant e outros pensadores que lançaram luz sobre o pensamento ocidental, eram maçons, ou de alguma forma estavam ligados aos círculos maçônicos. Descartes, que nasceu em 1596, em pleno apogeu da Renascença e morreu em 1650, fase mais aguda das guerras religiosas, foi o verdadeiro pai do racionalismo. Acreditava na razão como única forma de conhecimento da verdade e tinha a matemática como a fórmula mais perfeita de demonstração. Seu método induzia a mente a estudar um objeto, partindo do particular para o geral. Através de cortes epistemológicos no objeto estudado, do isolamento e do estudo de uma parte do conjunto, ele acreditava que era possível obter conclusões sobre a totalidade dos objetos pertencentes aquele conjunto. Partindo do estudo das realidades individuais, como o homem, ou do estudo da totalidade das realidades materiais, como o universo, a mente humana poderia organizar um conjunto geral de conhecimentos que abarcasse todo o saber universal, pois o mundo era uma grande máquina, organizado e controlado por leis exclusivamente naturais, que podiam ser deduzidas e conhecidas pelos instrumentos da razão. 2 O universo cartesiano era um plano que podia ser definido em termos de extensão e movimento. Todos os conjuntos, grandes ou pequenos, obedeciam a uma lei geral de mo- vimento, neles imprimida por Deus. No homem, Descartes distinguia a dualidade espírito- matéria, sendo esta última construída a partir do movimento do primeiro. O cartesianismo abalou profundamente as convicções teológicas da época, baseadas fundamentalmente na fé e na revelação divina como fontes únicas da verdade religiosa. Se a razão era a única forma de conhecimento, e só através dela se podiam conhecer as realidades do universo, inclusive as divinas, porque então se lutava tanto pela fé? Não seriam as questões éticas e morais mais importantes que a religião? Muitos pensadores importantes passaram a se ocupar da questão. Barush Espinosa (1622- 1677), pensador judeu-alemão, pôs em dúvida os dogmas do judaísmo, valorizando as concepções panteístas do universo que Pitágoras, Parmênides, Plotino e os hindus já haviam defendido. Nesse sentido, ele deu ênfase á ética e a moral como fórmulas mais eficazes que a religião, para a construção de um mundo mais justo e humano. Thomas Hobbes (1588 — 1679), mais materialista que Espinosa, sustentou que o desenvolvimento da civilização se baseava na busca constante do prazer e na repressão á dor, dando origem á corrente filosófica que ficou conhecida como hedonismo. As idéias de Hobbes 2 Na imagem, o filósofo Renê Descartes. Enciclopédia Barsa.
  • 22. JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 22/42 refletiram imediatamente no pensamento econômico da época, influenciando pensadores como Adam Smith (1723-1790), por exemplo, o mais importante dos economistas clássicos. Como já foi dito, o Iluminismo propriamente dito, teve inicio na Inglaterra em 1680, tendo como seus precursores o cientista Isaac Newton (1643 — 1727), pai da teoria da gravitação universal, e o filósofo John Locke (1632-1704). Partindo das concepções cartesianas, que adotava a razão como único guia para o descobrimento da verdade, Newton, mais do que qualquer outro cientista do seu tempo, revolucionou o conhecimento que se tinha do mundo físico. Suas teorias a respeito do universo e suas leis de desenvolvimento permaneceram incontestáveis até o surgimento de Einsten. Visceralmente inimigo do dogmatismo religioso, Newton introduziu na ciência o conceito mecanicista do universo, banindo a noção do milagre, da explicação dos fenômenos pela fé, do conhecimento da verdade pela revelação divina, afirmando que tudo no cosmo se explicava pela atuação de leis exclusivamente naturais. Como apóstolo convicto da liberdade natural, forneceu aos espíritos ansiosos pelo livre pensamento em todos os campos, o fermento necessário para o desenvolvimento das idéias iluministas que revolucionaram a filosofia nos séculos XVII, XVIII e XIX. Jonh Locke, refutando qualquer influência divina na formação do espírito humano, pregou que o homem nascia “tabula rasa”, isto é, ele era, ao nascer, uma folha em branco na qual tudo ainda estava por escrever. Com essa concepção, Locke afastava qualquer idéia de predeterminação, qualquer explicação metafísica para o surgimento da consciência humana, qualquer forma de intervenção divina na estrutura psíquica do homem, que não fosse aquela que ele mesmo adquiria no decorrer da vida. Com isso o homem ficava livre para assumir o leme do seu destino, sendo ele mesmo o único responsável por tudo que lhe acontecia. Dessa forma, os iluministas rejeitavam tanto o tradicionalismo cego da teologia calvinista com suas idéias de predestinação, pecado original e origem corrupta da humanidade, quanto o conteúdo dogmático da doutrina católica, que tinha no Papa e nos seus representantes o monopólio da intermediação entre Deus e os homens. O Iluminismo aparecia como uma religião liberal e otimista, onde todos poderiam se salvar através da sua própria atitude, da sua crença no progresso, sua fé em si mesmo. Cada individuo tinha em si o caminho da salvação e não precisava de “intermediários’ entre ele e Deus. O que se precisava era de mais ética, mais moral, mais autonomia e mais liberdade de atitude e de pensamento, pois todos tinham direito a uma auto-realização. Assim sendo, que importância tinham os dogmas, as verdades religiosas, os paradigmas da religião? A luta pela fé perdia todo o sentido, pois somente a razão podia conduzir ao conhecimento da verdade. Destarte, a construção de um sistema moral e ético que conduzisse á felicidade geral era muito mais importante do que a luta para defender a crença numa “orientação divina”, que não existia nem nunca existiu. Na França, o Iluminismo alcançou o apogeu com os trabalhos do grande Voltaire (François- Marie Arouet,1694-1778). Em razão das suas idéias libertárias, Voltaire enfrentou a prisão na Bastilha e o exílio na Inglaterra, onde se filiou ao grupo de pensadores e cientistas do Clube Real onde pontificavam Newton, Locke, Robert Fludd e outros. Recuperou, com base na nova ética e moral do Iluminismo, as idéias utópicas do estado ideal de ordem, harmonia e felicidade, situando-o em algum lugar na América do Sul. Nesse país imaginário, dizia ele, não há monges, nem padres, nem processos, nem governos autoritários e burocratas para infernizar a vida dos homens. Esse país seria governado exclusivamente pelas grandes leis da natureza. Era a aplicação do princípio da Maat egípcia, mas sem um faraó ou um estado organizado para encarná-la. Voltaire foi o campeão da liberdade individual. Popularizou seu amor pela liberdade na famosa expressão “não concordo com o que dizes, mas defenderei até a morte vosso direito de dizê-lo”.
  • 23. JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 23/42 Outros grandes nomes do Iluminismo foram Denis Diderot (1713-1784), Jean d!Alembert (1717-1783), Claude Adrian Helvetius (1715-1771) e o Barão Holbach (Paul-Henri Thiry, 1723- 1789). Os dois primeiros formaram um grupo conhecido como “Os Enciclo-pedistas”, pelo fato de terem colaborado na organização da Grande Enciclopédia Filosófica Universal, trabalho que pretendeu reunir todo o conhecimento filosófico e cientifico existente na época. Todos eles eram inimigos irreconciliáveis do obscurantismo e defendiam a educação como forma de eliminar as diferenças entre os homens, a pobreza, a ignorância e as guerras. Outros nomes importantes do pensamento iluminista foram Jean Jacques Rousseau (1712-1778) o poeta Lessing (Gotthold Ephraim 1729 – 1781) e os filósofos Mendelssohn, o compositor 1809 — 1847) e Emmanuel Kant (1724 — 1804), um dos maiores filósofos da época moderna. Todos eles viveram a maior parte de suas vidas e produziram suas obras na primeira metade do século XVIII. 3 O Iluminismo influenciou os principais movimentos revolucionários dos séculos XVIII e XIX que culminaram na organização política do mundo moderno. Na França as idéias iluministas estão no cerne da Revolução Francesa. Na América inspiraram Thomas Payne, Benjamim Franklin, Thomas Jefferson e outros, líderes da revolução que libertou a América do domínio inglês e estabeleceu as bases dos estados democráticos modernos. Todos eles filiados á Maçonaria. No Brasil, o Iluminismo se fez sentir principalmente entre os revolucionários da Inconfidência Mineira e os inspiradores da nossa Independência. 4 O Iluminismo maçônico O resumo histórico que fizemos acima teve por objetivo trazer para este trabalho a moldura na qual a Maçonaria moderna se inscreveu. O racionalismo e o iluminismo forneceram o fundo filosófico e cultural a partir do qual ela se definiu, e as lutas políticas e religiosas moldaram o desenho e a conformação que ela assumiu. Desse ponto de partida podemos começar um exercício semiótico. Podemos visualizar grupos de nobres, intelectuais, cientistas, militares e outras pessoas de responsabilidade nas sociedades em que viviam, descontentes com a ortodoxia das religiões oficiais, descrentes da filosofia que as orientava, cujo resultado só conduzira á desarmonia, á desordem, á guerra, á carnificina e á perpetuação das tiranias políticas; podemos ver como esses homens apaixonados pela liberdade, pelo livre pensamento, pelo exercício racional de uma prática religiosa, orientada mais pela razão do que pela fé, decidem procurar uma fórmula que agasalhasse, ao mesmo tempo, a sensibilidade de uma alma que acreditava na origem mágica do universo (presentes principalmente na alquimia, na cabala e na gnose) e a necessidade de uma nova religião, fundamentada na razão pura e na ação social. Nasce, dessa forma, uma nova filosofia dentro das sociedades de pensamento, que então começavam a se propagar pela Europa a partir da interação entre os “fellow-crafts” das Lojas de companheiros e os “novos maçons aceitos”, cultores da filosofia hermética. Essa nova filosofia era uma espécie de Iluminismo Esotérico que apelava, ao mesmo tempo, para as inclinações profanas do homem desejoso de ser feliz no único mundo que conhecia, mas que também respeitava o sentimento religioso daqueles que acreditavam num universo governado por forças maiores que a razão humana e leis simplesmente naturais. Esses espíritos não queriam o materialismo ateu dos racionalistas ortodoxos nem a fé dogmática dos católicos escolásticos, como também repudiavam o visionarismo intolerante dos calvinistas e luteranos. Como desconfiavam também do catolicismo alternativo dos anglicanos, cujo fundamento era mais político que religioso. 3 Na imagem, Emmanuel Kant, um dos maiores filósofos da época moderna. 4 No Brasil destacam-se os nomes de José Bonifácio de Andrada e Silva e Gonçalves Ledo, maçons cujo pensamento iluminista influenciaram sobremaneira os acontecimentos que culminaram com a indepen-dência brasileira. Vide a esse respeito a obra essencial de José Castelanni e William Almeida de Carvalho, História do Grande Oriente do Brasil- Madras, São Paulo, 2009.
  • 24. JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 24/42 Eram pensadores formados na onda do racionalismo que varria a Europa, mas recusavam-se a crer que a aventura humana sobre a terra lhes reservasse mais que uma mera lembrança na memória das pessoas. Eles queriam acreditar que alguma coisa mais regia o universo e o processo de evolução da humanidade como um todo, e que essa evolução era sustentada na atuação dos indivíduos. Essa “alguma coisa” mais que regia o universo era o seu Grande Arquiteto. Por isso era preciso ajudá-lo nessa missão, criando um Homem Universal, que fosse capaz de realizar, na sociedade, o mesmo trabalho que o Grande Arquiteto realizava em relação ao universo. A Maçonaria moderna nasceu, portanto, da fusão entre o pensamento mágico dos hermetistas, sensíveis ás tradições herdadas das sociedades iniciáticas, com o racionalismo iluminista. Buscava, em ultima análise, uma nova forma de gnose, ou seja, uma sabedoria que se fundamentasse, não mais na procura de um caminho para o divino através de construções materiais, como propunham a alquimia e a própria atividade maçônica operativa, mas sim através de uma prática ativa de virtudes éticas e morais, adquiridas através de uma adequada iniciação. Entre esses homens estavam Robert Fludd, Voltaire, o próprio James Anderson, André Michel de Ransay, Jean Teóphile Deságuliers e outros, malgrado suas inclinações religiosas e políticas. E com eles muitos padres e pastores, descontentes com os rumos que a Reforma e a Contra Reforma religiosa estavam tomando. Havia também muitos judeus cristianizados, dissidentes do judaísmo ortodoxo, mas não totalmente convencidos para assumir, de todo o coração, as doutrinas do cristianismo. Esses, como vimos, eram os mestres praticantes da grande tradição da cabala. Eis, na nossa visão, as tintas, a moldura, a tela e o fundo nos quais se pintaria a figura dos novos Obreiros da Arte Real em suas roupagens modernas. É essa interação entre racionalistas e hermetistas que podemos chamar de Iluminismo Maçônico, eufemismo que podemos utilizar para designar a filosofia que orienta a prática maçônica, É assim que se percebe, pelo desenvolver do ensinamento maçônico, que este nada mais é que a moral iluminista temperada por um forte apelo ao pensamento mágico, próprio dos hermetistas e dos filósofos gnósticos. Se de um lado ele propaga uma idéia moralista, que poderia ser encampada por qualquer escola filosófica do século XVIII ou XIX, o seu método é francamente iniciático, semelhante ao utilizado pelas seitas esotéricas da antiguidade ou os próprios discípulos de Hermes. Nesse sentido, podemos dizer que a Maçonaria, na sua face especulativa, nada mais é que uma alquimia do espírito, e uma filosofia que se transmite não somente á razão, mas principalmente aos sentidos. O maçom que realmente entendeu o que é a Arte Real precisa incorporar o espírito do adepto e a mentalidade do filósofo. A Arte Real tornar-se-á então, uma nova Art d!amour, porque se dirige ao espírito do praticante;5 é também um novo Iluminismo, praticado social e politicamente com a esperança de se construir uma humanidade melhor. Em nenhuma outra atividade humana, seja ela política, social ou intelectual, como bem salientou a professora Frances Yates, se casou tão bem o ideal hermético com a esperança iluminista, como aconteceu na Maçonaria. A partir daí, tudo foi costurado num catecismo que utiliza o simbolismo da arquitetura como estrutura de sustentação e as diversas manifestações espirituais da humanidade, em todos os tempos, como processo de construção de um sistema de ensino, que busca, em última análise,educar pessoas para o exercício consciente e eficaz da cidadania e uma prática de vida capaz de gerar e sustentar uma sociedade justa e harmônica. Em outro sentido, a utopia sonhada pelos místicos filósofos da Renascença e pelos iluministas que o seguiram. 5 Art d’amour era um dos termos que se aplicava á alquimia.
  • 25. JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 25/42 (as letras em vermelho significam que a Loja completou ou está completando aniversário) GLSC - http://www.mrglsc.org.br GOSC https://www.gosc.org.br Data Nome Oriente 01/01/2003 Fraternidade Joinvillense Joinville 26/01/1983 Humânitas Joinville 31/01/1998 Loja Maçônica Especial União e Fraternidade do Mercosul Ir Hamilton Savi nr. 70 Florianópolis (só trabalha no recesso maçônico) 11/02/1980 Toneza Cascaes Orleans 13/02/2011 Entalhadores de Maçaranduba Massaranduba 17/02/2000 Samuel Fonseca Florianópolis 21/02/1983 Lédio Martins São José 21/02/2006 Pedra Áurea do Vale Taió 22/02/1953 Justiça e Trabalho Blumenau Data Nome da Loja Oriente 11.01.1957 Pedro Cunha nr. 11 Araranguá 18.01.2006 Obreiros de Salomão nr. 39 Blumenau 15.02.2001 Pedreiros da Liberdade nr. 79 Florianópolis 21.02.1903 Fraternidade Lagunense nr. 10 Laguna 25.02.1997 Acácia Blumenauense nr. 67 Blumenau 25.02.2009 Caminho da Luz nr. 99 Brusque 7 – Destaques (Resenha Final) Lojas Aniversariantes de Santa Catarina Mêses de janeiro e fevereiro
  • 26. JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 26/42 GOB/SC – http://www.gob-sc.org.br/gobsc Data Nome Oriente 07.01.77 Prof. Mâncio da Costa - 1977 Florianópolis 14.01.06 Osmar Romão da Silva - 3765 Florianópolis 25.01.95 Gideões da Paz - 2831 Itapema 06.02.06 Ordem e Progresso - 3797 Navegantes 11.02.98 Energia e Luz -3130 Tubarão 29.02.04 Luz das Águas - 3563 Corupá GRANDE ORIENTE DE SANTA CATARINA - GOSC/COMAB Loja Especial “União e Fraternidade do Mercosul” nº 70 RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO - FUNDADA EM 31/01/1998 Convite Palestra Dia 23/01/2017: 20h00 Palestra do eminente Ir.: Gean Marques Loureiro, Prefeito eleito da Capital de Santa Catarina, Mestre instalado da ARLS Samuel Fonseca nº 79 - GOSC A Administração Pública em Época de Crise Informamos que as sessões da Loja Mercosul Hamilton Savi nº 70 serão realizadas no Templo da Loja Ordem e Trabalho nº 3, Or. de Florianópolis, Situado próximo à UFSC –. AV. DESEMBARGADOR VITOR LIMA. 550, Serrinha Florianópolis SC, com inicio às 20:00hs Grande Abraço Ir.: EMÍLIO CÉSAR ESPÍNDOLA V.: M.: (048)32445761 - (048)999824363 emilioespindola@yahoo.com.br
  • 27. JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 27/42 Grande Oriente do Brasil – Piauí Irmão Ballouk – Grão-Mestre Honorário Na abertura do ano Maçônico 2017, em Teresina, a homenagem ao Eminente Grão-Mestre do Grande Oriente de São Paulo – GOSP, Irmão Benedito Marques Ballouk Filho. Veja os registros:
  • 28. JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 28/42
  • 29. JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 29/42 Ballouk: “com muito orgulho e responsabilidade, recebo o título de Grão-Mestre de Honra do GOB-PI”
  • 30. JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 30/42 GRANDE LOJA MAÇÔNICA DA PARAÍBA EMPOSSA SUA NOVA DIRETORIA Irmão Ailton Elisiário, segundo da esquerda para a direita, colunista semanal do JB News, na posse como Grão-Mestre Adjunto da Grande Loja Maçônica da Paraíba. Nos dias 14 e 15 de janeiro, a Grande Loja Maçônica do Estado da Paraíba realizou cerimônias de posse de sua nova Diretoria, eleita para o quadriênio 2017/2021, tendo como Grão Mestre e Grão Mestre Adjunto, respectivamente, os irmãos José Reinaldo Camilo de Souza e Ailton Elisiário de Souza. O irmão Ailton Elisiário de Souza é colaborador do JB News. A cerimônia litúrgica se realizou no sábado, dia 14, no Templo da Grande Loja e, no domingo, dia 15, foi realizada a sessão pública no Salão de Recepções Marriage, que foi prestigiada pela Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil, representada pelo Secretário Geral Etevaldo Fontenelle, por autoridades maçônicas dos Estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Alagoas, Ceará, Goiás e Distrito Federal, além das autoridades civis dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. O Grão Mestre do Grande Oriente da Paraíba e Representante do Grande Oriente do Brasil, Seção Paraíba, além de Veneráveis Mestres e Irmãos das Lojas Maçônicas do todo o Estado prestigiaram a posse de José Reinaldo e Ailton Elisiário. A Grande Loja é a Potência Maçônica mais antiga em atividade na Paraíba e estará completando 90 anos em agosto próximo. Acompanhe os registros da grande posse:
  • 31. JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 31/42
  • 32. JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 32/42
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  • 37. JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 37/42 Associação de Médicos Maçons A Realidade da Saúde do Brasil, sem “Véus”... (II) Em prancha anterior, buscamos demonstrar que o maior problema da Saúde Pública no Brasil, se deve à Falta de Investimentos e Decisão Político-social. Até mesmo os valores destinados ao setor pelo Orçamento Anual não foram utilizados em sua totalidade, senão desviados. O Brasil destaca-se internacionalmente como um dos mais baixos investimentos na Saúde per capita das Américas no ano de 2013. Neste mesmo ano, ainda no governo Dilma, o investimento foi de US$ 523,00 per capita, talvez o ano de menor investimento da história do país, mesmo diante do clamor da população desassistida e de todos os problemas decorrentes da má administração e desatenção ao setor. Seguramente, o caos da Saúde brasileira, exposto na realidade dos Hospitais sucateados, na eliminação de milhares de leitos hospitalares a título de economia, na falta de um plano de carreira para os médicos e de seus baixos salários, dos valores pífios e irrisórios pagos pelo SUS às Instituições, além do despreparo dos profissionais formados pela inadvertida abertura de inúmeras Faculdades de Medicina, sem a capacidade mínima de formação ideal destes profissionais, somado uma campanha sistemática de formação de opinião popular que a falta de médicos é a responsável pelos problemas da Saúde no Brasil. Em uma articulação político-partidária, evidenciando despreparo administrativo e a transferência de responsabilidades surge, então, o “Programa Mais Médicos”, instituído pela Lei 12.871/13 promulgada pela Sra. Dilma Rousseff, então Presidente da República do Brasil. Este programa, Introduziu regras que afetam diferentes dimensões da Saúde e do exercício da Medicina no Brasil com impacto sobre atendimento, ensino dos futuros profissionais, formação dos especialistas e gestão/controle de atividades relacionadas. Foi seu objetivo prover e fixar médicos, em sua maioria intercambistas, na área da Atenção Básica. O projeto apontou como prioritárias as regiões carentes (distantes, pobres ou com dificuldade de fixação de profissionais), no entanto, não foi esse o roteiro de implementação seguido pelo Governo. Teve seu início em outubro de 2013. Em Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), divulgada em março de 2015, observou-se diversas distorções que permitiram diversas conclusões e algumas destacamos: 1. De 13.790 inscritos, 4.375 (31,7%) não possuíam supervisores indicados para avaliar desempenho e conduta profissional; 2. As referências de maior gravidade surgiram quando 17,7% dos "supervisionados“, ao entrarem em contato com seus supervisores para dirimir dúvidas, admitiram que a falta de conhecimento dos protocolos clínicos conturbou diagnósticos e terapêuticas; 3. O pagamento feito de forma indireta – via OPAS– conflita com a legislação brasileira, conforme o Ministério Público, além de que após as transferências ao Governo Cubano, apenas 10% dos valores eram repassados aos profissionais; 4. Desrespeito à exigência de revalidação para permitir a atuação de estrangeiros no Brasil;
  • 38. JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 38/42 5. Muitos intercambistas não tiveram documentos traduzidos e não comprovaram domínio da língua portuguesa; 6. A distribuição dos intercambistas não atendeu aos propósitos da Lei, com forte presença do grupo em capitais, municípios desenvolvidos e onde já existia número importante de médicos; 7. 34,3% dos "supervisores" afirmaram que os médicos formados no exterior enfrentaram obstáculos devido ao desconhecimento de protocolos, com relatos de dificuldades na definição dos nomes de medicamentos e de dosagens; 8. A auditoria mostra que em 49% dos primeiros locais atendidos pelo Programa, ao receberem os bolsistas, ocorreu a dispensa de médicos contratados anteriormente; 9. Em agosto de 2013, nesses municípios com redução da oferta de serviços médicos havia 2.630 médicos, que, somados aos 262 profissionais que chegaram pelo Mais Médicos, totalizavam 2.892 médicos. Em abril de 2014, porém, contabilizou-se apenas 2.288 médicos; 10. De acordo com a auditoria, houve diminuição das consultas médicas em 25% dos municípios cadastrados e uma distribuição de intercambistas sem prioridade às áreas de pouca ou nenhuma assistência. Ainda que discutível a necessidade de profissionais estrangeiros em nosso país, certamente são bem-vindos, desde que com diplomas revalidados, qualificados, capacitados tecnicamente e com boa formação humanística. Sua admissão, e para todos os que obtiveram diplomas em outros países, deve ser submetida e aprovada pelo Revalida (exame criado pelo Governo e que mede de forma isenta conhecimentos, capacidades e competências). Obstados pelos órgãos classistas brasileiros, inconformados com as evidentes distorções existentes neste Projeto, em ato autoritário e inédito, o Governo define o Ministério de Saúde como o órgão autorizado a referendar o exercício destes profissionais, suprimindo dos Conselhos o direito indiscutível de fiscalização da classe profissional médica. Apesar da adesão de brasileiros ao Programa, não há milagres. É preciso que o Estado ofereça condições de trabalho adequadas ao atendimento eficaz. Os postos de saúde e hospitais precisam de boa estrutura, equipamentos, insumos e equipes multidisciplinares que atuem de forma integrada em prol do cidadão, em sistema de referência e contra-referência. Qualquer profissional, seja de que área for, necessita de um mínimo para exercer sua função... E o mais importante: nós lidamos com vidas, e não com política. É dever estatutário da AMEM-BRASIL abrir uma frente de luta contra estas agressões... Precisamos encontrar soluções para reduzir, senão evitar, estas violências. Devemos nos organizar e somar esforços junto aos órgãos classistas, CFM e CRMs para o livre e digno exercício de nossa profissão. Somente com a união de todos isto será possível. ***Dados obtidos em palestra ministrada por Dr. Carlos Vital Tavares Correa Lima, Presidente do CFM – Conselho Federal de Medicina em Encontro Presencial AMEM.
  • 39. JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 39/42 Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴ MI da Loja Razão e Lealdade nº 21 Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO, cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6) Dia 22 de janeiro: A Ambição O vocábulo é frequentemente mal empregado; sua raiz é latina, significa: "andar de um lado para outro", ou seja, estar em constante movimento. Ambição não significa o desejo de sobressair e de conquista, mas de movimento. O homem equilibrado deve ser ambicioso porque as suas aspirações não prejudicarão a ninguém. A ambição compreende o movimento físico, como o de andar, gesticular, e o movimento mental, como a produção de pensamentos, a criação literária e o discurso. O maçom deve estar sempre em "movimento" e ambicionar que esse reflita bons exemplos nos seus Irmãos. Dentro da loja, o comportamento estático é negativo; deve haver, sempre, uma dinâmica, uma vez que o exercício é um dos meios de desenvolvimento e progresso. A mente do maçom deve estar, além de sempre alerta, criativa, uma vez que nem todos têm o "pique" da dinâmica; o exemplo é positivo e salutar. A inércia vicia e prejudica; o entusiasmo contagia e beneficia. Sejamos todos, no bom sentido, ambiciosos no viver. Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 40.
  • 40. JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 40/42 Michael Jackson em um pavimento mosaico. O título "Blood on the Dancefloor" (Sangue na Pista de Dança) refere-se a MJ, sangrando, no chão maçônico. Esta é a capa de um album musical nos EEUU que com muito sucesso e discutido em lojas maçônicas americanas.
  • 41. JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 41/42 O Irmão e poeta Sinval Santos da Silveira * escreve aos domingos NÃO CONSEGUES DOMINAR ESSA ALMA BANDOLEIRA, TRANSFORMANDO OS HOMENS NUMA SIMPLES BRINCADEIRA. QUE PENA ! DEVE SER PRAGA DE MADRINHA, OU TRABALHO DE FEITICEIRA. VOU FALAR COM A BENZEDEIRA, LÁ DO ALTO DA MONTANHA, PARA TE BENZER, MULHER, COM FOLHINHAS DE " BEM ME QUER ". VOU PROCURAR A GAIVOTA DOURADA, A MAIS
  • 42. JB News – Informativo nr. 2.306 – Florianópolis (SC), domingo, 22 de janeiro de 2017 - Pág. 42/42 BELA E ENCANTADA AVE MARINHA, PARA FALAR COM A SOBERANA RAINHA. LEVARÁ RECADO MEU E QUEBRARÁ O FEITIÇO TEU. QUERO TE VER SOLTA NA VIDA, COMO OS PÁSSAROS NO CÉU, VOANDO E CONQUISTANDO AMORES, FAZENDO FELIZES OS HOMENS TEUS. NÃO FARÁS MAIS BRINCADEIRA, TE VESTINDO DE BANDOLEIRA. AMARÁS DE VERDADE, ENCANTARÁS DE FELICIDADE, TODAS AS CONQUISTAS DA TUA VIDA. ÉS MULHER, E DAS MAIS BONITAS ! Veja mais poemas do autor, Clicando no seu BLOG: http://poesiasinval.blogspot.com * Sinval Santos da Silveira - MI da Loja Alferes Tiradentes nr. 20 - Florianópolis