SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 20
Baixar para ler offline
JB NEWS
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Editoria: Ir Jeronimo Borges
JB News nr. 2.091 –
Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de janeiro de 2016
Nesta edição:
Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e
www.google.com.br
Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste
informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
Índice desta edição:
Bloco 1 -Almanaque
Bloco 2 -IrMarcos Coimbra – Pensando o Brasil do Futuro
Bloco 3 -IrWalter Celso de Lima – Rito e Ritual de Emulação
Bloco 4 -IrJosé Valdecir Souza Martins – A Força da Egrégora -
Bloco 5 -Ir Luiz Marcelo Viegas (Site O Ponto Dentro do Círculo) – O Mito de Tântalo
Bloco 6 -IrPedro Juk – Perguntas & Respostas – do IrRodrigo Coletti (Campo Mourão-PR)
Bloco 7 - Destaques JB – O Prumo de Hiram - Breviário Maçônico para o dia 23 de junho (A Idade) –
versos do Irmão e Poeta Raimundo Augusto Corado
JB News – Informativo nr. 2.091– Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de junho de 2016 Pág. 2/26
Primeira Guerra da Independência Escocesa
 1314 - Primeira Guerra da Independência Escocesa:A Batalha de Bannockburn, ao sul de Stirling,
começa.
 1483 - O Papa Sisto IV profere a excomunhão e o interdito à República de Veneza.
 1532 - Henrique VIII de Inglaterra e Francisco I de França assinam um tratado secretamente contra o
Imperador Carlos I de Espanha.
 1565 - Turgut Reis, comandante da marinha do Império Otomano, morre durante o Cerco de Malta.
 1661 - Casamento entre Carlos II de Inglaterra e Catarina de Bragança.
 1683 - William Penn assina um tratado de amizade com os indíos Lenapes, na Pensilvânia.
 1794 - Catarina, a Grande da Rússia permite que os judeus possam morar em Kiev.
 1812 - Guerras Napoleónicas: Napoleão Bonaparte invade a Rússia.
 1828 - O rei Miguel I de Portugal usurpa a coroa da sua sobrinha, a rainha Maria II de Portugal, dando
início às Guerras Liberais.
 1894 - Fundação do Comitê Olímpico Internacional na Sorbona, em Paris, por iniciativa do
barão Pierre de Coubertin.
 1914 - Revolução Mexicana: Pancho Villa toma Zacatecas de Victoriano Huerta.
 1940 - Inauguração da Exposição do Mundo Português, em Lisboa
 1991 - A Moldávia declara sua independência da URSS.
1 – ALMANAQUE
Hoje é o 175º dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Cheia)
Faltam 191 para terminar este ano bissexto
Dia Internacional das Aldeias SOS
Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico,
POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar
atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado.
Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária.
EVENTOS HISTÓRICOS (fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki)
Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
JB News – Informativo nr. 2.091– Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de junho de 2016 Pág. 3/26
 1992 - O presidente Fernando Collor de Mello vai à televisão desmentir que tivesse a intenção de
renunciar.
 1995 - lançado o álbum Mamonas Assassinas (álbum) o único álbum oficial de estúdio da banda
brasileira Mamonas Assassinas.
 1996 - Paulo César Farias, tesoureiro da campanha presidencial de Fernando Collor, é assassinado ao
lado de sua amante.
1736 Carta desta data, dirigida à Câmara de Laguna, pedem que se providenciem socorros à colônia
de Sacramento.
1862 Nasce, na Alemanha, Paulo Zimermann, vindo criança para para o Brasil e estabelecendo-se
com a família em Blumenau. Trabalhou como agrimensor na abertura de estradas no Vale do
Itajaí, inclusive na ligação de Ituporanga-Rio do Sul. Foi deputado estadual e prefeito de
Blumenau em três períodos. Morreu no exercício do mandato de prefeito em 9 de março de
1923..
1893 Republicanos revolucionários, na cidade de Desterro, intimam o governador interino, Eliseu
Guilherme da Silva, a deixar o seu cargo; ele, entretanto, resiste.
1920 Morre, em Florianópolis, o Cônego Arcângelo Ganarini. Era natural da Itália, onde nasceu a 1º
de fevereiro de 1844.
1947 Promulgada, nesta data, a sétima Constituição do Estado de Santa Catarina.
1822 Ata da 7ª. Sessão do Grande Oriente Brasileiro, presidida por Gonçalves Ledo. Aprovada a
iniciação de diversos candidatos e reprovada de um deles por improbidade.
1831 Fundação da Grande Loja do Peru
1840 Maioridade de D. Pedro II, resultado de movimento com forte participação Maçônica, visando
pacificar a nação e evitar que viesse a ser desmembrada.
1896 Reinstalada a Loja Concórdia II de Itaboraí (RJ) no Rito Moderno sendo Elevados ao Grau 7
desse Rito os IIr Jeremias José da Silva Mello, Raimundo Gomes de Souza, Honório Parentes,
José dos Santos e Silva, Coriolando de Castro Lima e João Raimundo Martins
1926 Fundação da Grande Loja de Rondônia
1933 Filiada ao Grande Oriente Estadual e ao Grande Oriente do Brasil, a Loja Maçônica
Fraternidade Norte Fluminense foi fundada em 18 de março de 1933 e regularizada no dia
23 de julho de 1933.
1951 Fundada a Ordem Islandesa de Franco-Maçons, a Grande Loja da Islândia, cujo primeiro Grão-
Mestre foi o próprio Presidente Islandês, Sveinn Björnsson
Fatos maçônicos do dia
Fonte: O Livro dos Dias 20ª edição (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
históricos de santa Catarina
Extraído de “Datas Históricas de Santa Catarina” do Jornalista Jali Meirinho e acervo pessoal
JB News – Informativo nr. 2.091– Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de junho de 2016 Pág. 4/26
O Irmão Marcos Coimbra é Secretário de Educação e Cultura do SCRM – do GOB e MI
da Loja Maçônica União e Tranquilidade nr. 2 do GOB/RJ, Economista e Professor,
Membro do Conselho Diretor do CEBRES, Titular da Academia Brasileira de Defesa e
Autor do livro Brasil Soberano
“Na minha página www.brasilsoberano.com.br existem cerca de hum mil artigos de minha
lavra , publicados nos últimos quinze anos.”
Correio eletrônico: mcoimbra@antares.com.br
PENSANDO O BRASIL DO FUTURO
O Brasil necessita urgentemente de um Plano Nacional de Desenvolvimento capaz de
contemplar os aspectos econômicos e sociais com eficácia, sob pena de tornar-se
ingovernável em curto espaço de tempo, o qual tem de ser feito por especialistas brasileiros,
com base nos anseios, necessidades e desejos da população, alicerçados na filosofia,
doutrina, ideário e teoria adequados para seus formuladores, analisando-se a situação
internacional e nacional, levantando as necessidades básicas (carências que devem ser
atendidas), estudando-se os óbices existentes.
Para isto, necessita de Instituições que pensem o país, a médio e longo prazo. De um
modo geral, a maioria dos especialistas e técnicos está engajada no controle das variáveis de
curto prazo e poucos se preocupam com o futuro. Até o ministério do Planejamento, órgão
responsável pela missão, possui grande parte de seu trabalho absorvido pelos problemas
conjunturais. Poucas organizações preocupam-se com a tarefa de elaborar o Planejamento
Estratégico do Brasil. E uma delas é justamente a Escola Superior de Guerra (ESG) e seu
prolongamento, a Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG).
A ESG foi criada pela Lei no. 785, de 20 de agosto de 1949, como “Instituto de altos
estudos, subordinado diretamente ao Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas e
destinado a desenvolver e consolidar os conhecimentos necessários para o exercício das
funções de direção e para planejamento da Segurança Nacional”, pelo Congresso Nacional e
sancionada pelo Presidente da República Eurico Gaspar Dutra. Em seu art. 2º
determina
ainda que “funcionará como Centro Permanente de Estudos e ministrará os cursos que, nos
termos do art. 4º
, forem instituídos pelo Poder Executivo”. Ao longo do tempo, incorporou
como objeto de seus estudos o Desenvolvimento Nacional, daí surgindo o binômio
“Segurança-Desenvolvimento”, destinado a promover “Ordem e Progresso”.
Seus estagiários possuem um alto nível (mais de 6.000 diplomados) que têm sido,
dentre os civis, Ministros do Poder Judiciário, Doutores, Professores, Desembargadores e
Juízes. Várias autoridades passaram pelos seus bancos, Presidentes da República, Ministros
de Estado, Presidentes de Tribunais, Governadores, Senadores e Deputados. Trata-se de
uma Instituição criada por brasileiros ilustres como o Marechal Cordeiro de Farias, o
General Juarez Távora, o General Idálio Sardenberg e tantos outros. Segundo Castelo
Branco: "Nesta casa estuda-se o destino do Brasil".
2 – Pensando o Brasil do Futuro
Marcos Coimbra
JB News – Informativo nr. 2.091– Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de junho de 2016 Pág. 5/26
A ADESG representa, em termos de multiplicação, a expansão natural do
pensamento da ESG. Presidida atualmente pelo Prof. Gustavo Heck, a ADESG já formou
mais de 60.000 diplomados em todos os rincões do país. A Associação executa aquilo que é
impossível para a Escola realizar, diante de suas limitações físicas, financeiras e
operacionais. Encarrega-se de disseminar as ideias elaboradas pela ESG a milhares de
brasileiros, em todos os estados do país, todos os anos, através de suas delegacias e
representações.
Muitos estudos foram encomendados por autoridades do primeiro escalão
governamental, como, por exemplo, o encomendado à ESG pelo então ministro-chefe do
EMFA, Tenente-Brigadeiro-do-Ar Waldir Vasconcelos, sobre planejamento familiar, o qual
mereceu o seguinte comentário de um dos principais jornais do país: "TUDO PRONTO: A
partir de estudos feitos pela ESG nos últimos três anos o Governo poderá definir até janeiro
uma nova política demográfica nacional, optando pela ocupação dos grandes espaços em
lugar de adotar um rígido programa de planejamento familiar. A mudança de tática traz
duas vantagens para sua implantação: não contraria a orientação da Igreja Católica e é de
execução infinitamente mais simples. O estudo já está pronto e repousa nas gavetas de
Brasília à espera de um momento mais propício para ser detonado. Mais do que tudo,
segundo os que já passaram os olhos sobre o estudo, a nova política demográfica consegue
atender a interesses políticos antagônicos, mantendo-se equidistante das propostas radicais
da direita e da esquerda."
Vários outros foram elaborados, mas são mantidos em sigilo, devido a seu caráter
reservado. E o mais importante é, sem dúvida, a singular oportunidade de trabalho em
equipe, sob a supervisão de um corpo permanente, realizado por dezenas de brasileiros de
alto gabarito, civis e militares, patriotas de formação interdisciplinar, que estudam de modo
apartidário e imparcial a problemática brasileira, propondo sugestões de solução,
consubstanciadas em Planos Nacionais, contendo políticas e estratégias, de excelente
qualidade.
Além disto, depois de diplomados, passam a utilizar em seu cotidiano profissional os
proveitosos ensinamentos recebidos e permanecem irmanados pelo mesmo ideário,
reunindo-se periodicamente as diversas turmas para troca de informações e aperfeiçoamento
dos conhecimentos.
Ainda existem no Brasil pessoas em busca do Bem Comum, pensando no futuro das
novas gerações, acima da mediocridade reinante e da corrupção endêmica, que assolam
nosso país.
Correio eletrônico : mcoimbra@antares.com.br
Página: www.brasilsoberano.com.br
JB News – Informativo nr. 2.091– Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de junho de 2016 Pág. 6/26
Ir Walter Celso de Lima, KT
Loja Alvorada da Sabedoria nr. 4987
Membro da Academia Catarinense Maçônica de Letras
Florianópolis (GOB/SC)
1. Rito:
A palavra “rito” tem sua origem na língua latina; ritus, -us que significa cerimônia. Rito é um
conjunto de rituais; é uma sucessão de palavras, gestos e atos que, de maneira repetitiva, compõe
uma cerimônia completa. O rito pode ser religioso ou não. O ritual, apesar de seguir um padrão ao
ser executado, não deve ser mecanizado, automatizado. Ritual é, então, a execução de uma
cerimônia, o experimentar de sensações, a motivação de intentos, de valores, a vivência de um
rito, a vivência de uma cerimônia. Um rito, por exemplo, o Rito Escocês Antigo e Aceito (REAA)
é composto por dezenas de rituais: 3 dos graus simbólicos, 30 dos altos graus, rituais de iniciação,
de elevação, de exaltação, de instalação e posse de Venerável, reassunção de Venerável, ritual de
banquete, ritual de bodas, ritual de pompa fúnebre, etc. O ritual é, pois, um conjunto de atividades
organizadas, no qual, as pessoas que o executam se expressam por meio de gestos, de símbolos,
de linguagem (também, do silêncio) e de comportamentos, que transmitem um sentido coerente
com um objetivo definido. O caráter comunicativo do rito é de extrema importância, pois não é
qualquer atividade organizada que constitui um rito.
Os ritos podem ser jurídicos, militares, morais, religiosos, diplomáticos, maçônicos, etc. São
empregados sempre que se pretende impor uma determinada ordem a ser seguida, uma
determinada regra, uma diretriz e, por força de lei, ou de costume ou, ainda, por consenso; deve
ser seguido, sob pena de infringir o sentido, o intrínseco, que ele pretende simbolizar.
A vida é repleta de ritos que são seguidos até sem se perceber, de tão arraigados que estão
no viver. Efetivamente, vive-se e respira-se ritos diuturnamente. Exemplos: ao se apertar a mão,
num cumprimento, está-se executando um rito que, no passado, simbolizava: “ao apertar sua mão
ocupo-a tal que me é impossível, também, desembainhar uma espada contra você”. Vale dizer:
“sou amigo, não sou agressivo”. Ninguém, hoje pensa em espadas, ao apertar uma mão. O beijo é
outro rito: demonstração de afeto, carinho. Simboliza: “ao pressionar meus lábios estou
transferindo e usufruindo um sopro de vida a você”. Quando você beija sua esposa não pensa em
transferir um sopro a ela. Não se pensa assim ao beijar.
3 – Rito e Ritual de Emulação
Walter Celso de Lima
JB News – Informativo nr. 2.091– Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de junho de 2016 Pág. 7/26
Liturgia (λειτουργία, "serviço público" ou "trabalho público") é composto de "laós" (povo)
e -urgía (trabalho, ofício). Modernamente, significa celebração de um ritual formal e elaborado. A
liturgia pode ser religiosa ou não.
Místico (μυστικός, "relativo aos mistérios"), significava, originalmente, a crença que admite
a comunicação do homem com Deus. Hoje, num sentido mais lato, místico é um iniciado que
alcançou (ou que detém) um segredo importante. Tem, também, o sentido de contemplação. Uma
pessoa mística é contemplativa. A palavra, entretanto, tem sido usada para todos os tipos de
conhecimento esotérico (religioso ou não), isto e’, conhecimento não susceptível de verificação,
destinado a uns poucos iniciados. Diferentemente do sentido de exotérico, que é o conhecimento
não susceptível de verificação, destinado à ampla divulgação. O esoterismo e o exoterismo podem
ser religiosos ou não. Conhecimento não susceptível de verificação não quer dizer,
necessariamente, que não seja racional.
Mítico (relativo a mito, do grego μύθος - mythos) é aquilo que pertence a um mito ou que é
originado de um mito. Mito é um relato fantástico, de tradição oral, que, geralmente, guarda um
fundo de verdade, heroico, narrado com objetivo de pregar um fundamento moral. É uma alegoria.
Os rituais maçônicos são místicos (porque esotérico destinado a uns poucos iniciados, em
cada grau), são míticos (porque alegórico com fundamento moral) e são não-religiosos.
Uma vez definido estes conceitos, é importante lembrar que, na maçonaria, num ritual, cada
palavra, cada gesto, cada ação (incluindo o silêncio), têm um significado simbólico. Nada é feito
no ritual sem uma razão, sem um sentido. Na maioria das vezes, não se sabe o significado de cada
uma das ações. Mas, certamente, há significados simbólicos que, aos poucos, se descobre, se
desvenda e se revela (isto é, retira-se os véus), em cada execução do ritual. Aí está uma das
riquezas do ritual: a descoberta incessante, contínua, de cada significado simbólico. No final
deste trabalho dar-se-á alguns exemplos simbólicos, desvendados no Rito Brasileiro.
Raramente, absorvem-se integralmente os textos dos rituais. Absorve-se, assimila-se,
sempre, imagens isoladas, símbolos isolados, frases e fragmentos, dependendo dos interesses
imediatos e do estado mental de cada um. Estes fragmentos passam como fluídos pelas mentes de
quem participa. Interessante e importante esta observação: absorve-se, sempre, de forma
fragmentária. Por isso, talvez, os rituais são tão repetitivos. A cada execução do ritual, a cada
repetição, seleciona-se, inconscientemente, aquilo que se absorve. A seleção é uma escolha de
textos benéficos, generosos, isto é, tem um viés polarizado pelos interesses imediatos e atuais de
cada indivíduo.
Por vezes, percebe-se que, a cada vivência do ritual, encontra-se pequenas coisas que antes
não se havia dado conta. E dá-se conta que estas pequenas coisas são importantes. É como se o
ritual se renovasse, embora permaneça o mesmo há muitos séculos. É como se o ritual se
reinterpretasse e se corrigisse a si mesmo. Isto é fantástico e depende só da mente, das sensações,
dos hábitos, da existência, do espírito de cada um.
Uma afirmação muito importante: toda corporação que usa rituais litúrgicos, religiosos ou
não, todo e qualquer ritual e toda ritualística é, apenas, um meio e, nunca, um fim. Coloca-se,
então, uma questão fundamental: meio para quê?
2. Origens do ritual:
O ritual maçônico é muito antigo. Originou-se, provavelmente, no século XIV. Nenhuma
pessoa o “compôs” ou o “inventou” --- não existiu um autor. Representava a perpetuação das
atividades e práticas dos maçons operativos (maçons de ofício, pedreiros e construtores), de seus
usos e aplicações de trabalho e de seus costumes. Não era nem mesmo um ritual; foi simplesmente
chamado de “trabalho” ou “work”. Desde o século XIV e até hoje, no Reino Unido, é chamado de
JB News – Informativo nr. 2.091– Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de junho de 2016 Pág. 8/26
“work” e não de ritual. Ritual e rito são palavras que apareceram, na maçonaria, em França, no
século XVIII. Foram adotadas pelos norte-americanos, brasileiros, alemães e demais países
continentais, mas não pelos britânicos.
Do que constava esse “work” dos maçons operativos ou maçons de ofício? Um exercício de
imaginação, baseado em evidências, pode-se visualizar um ritual (“work”). O que está abaixo são
conjecturas, suposições. Não existe nada escrito sobre isso. Todo novato que entrava para uma
guilda de maçons operativos tinha, certamente, que fazer um juramento, promessa ou
compromisso. Por quê? Juramento para não revelar os segredos de construção, pois não havia
plantas, planejamentos ou cálculos, somente segredos, conhecimento pragmático, conhecimento
que importa o êxito prático e desprovido de teorias. Acresce o fato que a grande maioria dos
maçons operativos era analfabeta. E as catedrais góticas levavam muitas gerações para serem
construídas. A catedral de Notre Dame, em Paris, por exemplo, demandou 182 anos de construção
(seis gerações, à época). Uma ideia de como trabalhavam e viviam os maçons operativos na
construção de catedrais, pode ser lida num romance de Ken Follet1
(Follet, 1992) --- “Os Pilares
da Terra”. Embora romance, as circunstâncias de acontecimentos e a conjuntura são bastante
verdadeiras. Todo conhecimento de construção era pragmático e esses segredos de como construir
eram transmitidos oralmente. Ao novato, fornecia-se instruções de como trabalhar; obviamente,
era provido de ferramentas e instruções de seu uso. Era ensinado, também, como manter as
ferramentas em boas condições de uso e instruído sobre as responsabilidades do novato. A guilda
era presidida e supervisionada por um Mestre e seus assistentes. A nomenclatura da época, no
Reino Unido, era Master of the Lodge (Mestre da Loja, posteriormente, nomeado Venerável
Mestre) e os assistentes eram warden (pessoa que cuida de um lugar determinado e assegura que
as regras são obedecidas, ou seja, zeladores, guardadores, posteriormente nomeados Vigilantes).
Havia, também, os “trabalhadores do chão” ou “oficiais do chão” (officials of the ground) que
transmitiam ordens do Mestre da Loja para os Zeladores; esses “trabalhadores do chão” deram
origem aos Diáconos, e nas lojas do continente europeu, especialmente as francesas, aos Expertos.
Um “comunicador” organizava o trabalho; este “comunicador” deu origem ao Diretor de
Cerimônias. O Mestre e seus assistentes, também, davam instruções aos novatos. Este grupo de
trabalhadores desenvolveu sua própria terminologia, denominou outros cargos de seus oficiais.
Forneceu, também, a cada membro do grupo, modos reservados de identificação --- senhas,
palavras sagradas --- para provar sua condição de membro do grupo no estrangeiro ou entre
estranhos. Cada guilda cuidava de seus próprios trajes, aventais de couro para proteger suas
roupas que os identificavam e se tornaram seu distintivo. Os pagamentos, salários e as
contribuições para uma caixa de previsão para o futuro, para acidentes (futura previdência), para
as viúvas em caso de morte do maçom (surgiu, então, o Tronco da Viúva), consequentemente,
precisaram de um tesoureiro. Analogamente, os registros de trabalhos, de horários, etc.
necessitaram a nomeação de um secretário. Estava formada a loja e, com a perpetuação de usos,
costumes e práticas, estava formado o ritual (“work”) de transmissão oral. Repete-se: tudo são
conjecturas, não há provas de que assim surgiu um ritual.
Toda guilda tinha suas próprias regras, também, de transmissão oral.
1
Kenneth Martin Follet, Ken Follet, filósofo, jornalista e escritor galês, nasceu em 1949, em Cardiff, País de Gales.
Formado em filosofia pela University College of London, tornou-se jornalista e escritor. Publicou 29 romances, todos
num contexto da história medieval, moderna ou contemporânea. “Os Pilares da Terra” (The Pillars of the Earth) foi
editado em 1989 e, em 2010, transformou-se em séries de TV. Follet é membro da Yr Academi Gymreig (Academia
Galesa) e membro da Royal Society of Arts.
JB News – Informativo nr. 2.091– Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de junho de 2016 Pág. 9/26
Eram listas de deveres e de direitos dos maçons, regras e regulamentos com os quais os
trabalhadores foram governados. Algumas dessas regras foram escritas e chegaram aos nossos
dias: as Old Charges ou Antigas Obrigações. Assim, o work (ritual) perpetuou-se, elaborado e
desenvolvido não por tradição, pelo estudo em livros ou desenvolvido teoricamente, mas a partir
do próprio trabalho diário na construção de catedrais e outros edifícios. Surgiram alegorias e
lendas cujo objetivo era (e é) evidenciar, simbolicamente, a preparação para o desenvolvimento de
virtudes, de valores e de bem viver.
Aqui está a resposta: todo ritual maçônico é, apenas, um meio e, nunca um fim. Meio para
quê? Meio para a preparação, para o desenvolvimento de virtudes, de valores e de bem viver.
Aos poucos, a partir do século XVI, houve um declínio das atividades das guildas. Por quê?
Pelo desenvolvimento científico e desenvolvimento da matemática, as construções tornaram-se
viáveis tecnologicamente, baseadas em cálculos estruturais, planejamentos e elaboração de plantas
e projetos. O pragmatismo dos maçons operativos das guildas tornou-se obsoleto e
economicamente dispendioso face ao desenvolvimento tecnológico. Acrescenta-se o aparecimento
de universidades formando arquitetos e construtores (Valsechi, 2014). Aos poucos, a maçonaria
operativa transforma-se em especulativa. Na Escócia, ainda no século XVI, aparecem os primeiros
maçons “aceitos”, isto é, maçons que não eram pedreiros ou construtores, mas filósofos,
aristocratas, cientistas, oriundos das universidades que substituíram a construções de catedrais
pela construção do seu ser interior, usando toda simbologia e filosofia expressa no work (ritual).
A data aceita como marco dessa mudança foi 1717, em Londres. Já, nesta época, a
maçonaria moderna, denominada de especulativa ou dos aceitos, já distanciada da influência da
Igreja Católica; tinha ainda grande influência da Igreja Anglicana e de calvinistas escoceses. O
ritual usado nessa época pela “Loja dos Modernos” era um ritual bastante simples e quase deísta.
Esse ritual, introduzido em França em torno de 1725, compôs o então chamado Rito Francês e
posteriormente denominado Rito Moderno. A partir de 1751, com a fundação da “Loja dos
Antigos”, foi usado um ritual de origem irlandesa, bastante teísta, de 3 graus, mais o Arco Real
(que não é o 4º grau). Este ritual deu origem ao Rito de York usado especialmente pelos norte-
americanos, chamado também de Rito Inglês Antigo.
O Trabalho de Emulação tem uma extensão do terceiro grau, que não chega a ser um novo
grau, chamado Arco Real. Não se trata de um grau superior, mas um grau adicional. E não mais
faz parte do Ritual de Emulação, mas forma um corpo (agregação de maçons) próprio. Não
confundir o Arco Real do sistema inglês com o Corpo de Graus Superiores do sistema americano
(Rito de York), conhecido como Real Arco.
A rivalidade entre “Antigos” e “Modernos” requereu novos regulamentos para o governo da
Ordem. Por consenso, procurou-se uma nova forma de ritual. No ritual dos “Modernos”, foram
retiradas em 1723, as orações, omitiram os dias santos e descristianizaram o ritual. Cortaram a
leitura dos Antigos Deveres e retiraram as espadas nas iniciações.
Essa rivalidade entre “Modernos” e “Antigos” perdurou até 1813, quando da unificação e
formação da Grande Loja Unida da Inglaterra. Procurou-se, então, adotar um ritual que fosse uma
fusão entre o ritual dos “Modernos” e o dos “Antigos”. Na unificação, decidiu-se pela perfeita
unidade no “trabalho”. Foi formada uma “Loja de Reconciliação”, composta de um número
JB News – Informativo nr. 2.091– Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de junho de 2016 Pág. 10/26
igualitário de maçons “Antigos” e “Modernos”, com a incumbência de definir a forma do ritual a
ser observada permanentemente.
3. Ritual de Emulação:
Só em 5 de junho de 1816 (30 meses depois), a Loja de Reconciliação
aprovou as Cerimônias do Trabalho (“work”) em sessão presidida pelo Grão Mestre da Grande
Loja Unida da Inglaterra, o duque de Sussex2
. A Loja de Reconciliação, havendo cumprido o
propósito específico para a qual foi constituída, deixou de existir em 1816 e a divulgação e estudo
do novo ritual recaiu nas Lojas de Instrução que nasceram neste ano. A mais importante dessas
Lojas de Instrução foi a Loja Unida de Perseverança, fundada em 26 de janeiro de 1818. Essa loja
contava com os maçons mais instruídos da época, dos quais, nove foram fundadores da Loja de
Emulação e Aperfeiçoamento (Emulation Lodge of Improvement), em 1823. O objetivo dessa
nova Loja era ensinar, de forma precisa, o ritual acordado pela Loja de Reconciliação. Tornou-se,
então, a curadora oficial em todo mundo do Ritual de Emulação. Curadora é a instituição que
cuida dos interesses e defende a pureza do Ritual de Emulação. Ao contrário de outros ritos que
são admitidos pelo GOB, o Ritual de Emulação é monitorado, interpretado e explicitado, para
todo mundo, exclusivamente, pela Emulation Lodge of Improvement. Dúvidas poderão ser
sanadas no site http://emulationloi.org/
através da comunicação com o secretário da Loja: secretary@emulationloi.org.
Daí, surgiu o termo Emulation (Emulação), ligado à Loja a “Emulation Lodge of
Improvement” (Loja de Emulação e Aperfeiçoamento), verdadeira escola de maçonaria onde são
dadas instruções por preceptores que ensinam o ritual aos Irmãos, a qual existe e funciona até
hoje.
O primeiro e mais importante preceptor da Loja de Emulação e Aperfeiçoamento foi Peter
William Gilkes, célebre instrutor maçônico, cujo nome está inseparavelmente unido ao Trabalho
de Emulação.
Peter William Gilkes, um humilde verdureiro de Carnaby Market (Soho District), em
Londres, nasceu em 1765, em local não sabido e faleceu em 1833, em Londres. Iniciou-se em
1786, na British Lodge, agora de nº 8. Foi membro da Loja de Perseverança e fundador da Loja de
Emulação e Aperfeiçoamento, onde foi escolhido Líder do Comitê de Emulação, em 1825,
posição que ocupou até sua morte em 1833. Foi sucedido por brilhantes Irmãos e até hoje existe
um Líder do Comitê de Emulação. Gilkes está enterrado num grande mausoléu maçônico no
corredor norte, de leste para oeste, da St. James Church, Picadilly, Londres, desde 1834.
2
O duque de Sussex, em 1816, foi o príncipe Augustus Frederick (nascido em 1773 e falecido em 1843), 6º filho do rei
George III do Reino Unido e Grão Mestre da Grande Loja Unida da Inglaterra de 1813, até sua morte em 1843. O Grão
Mestre da GLUI tem cargo vitalício e é o chefe do Estado Maçônico; o chefe do Governo Maçônico é o Pró-Grão
Mestre, eleito a cada 4 anos.
JB News – Informativo nr. 2.091– Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de junho de 2016 Pág. 11/26
Fig. 1 - Peter William Gilkes
O princípio básico de Emulação é que o ritual não pode ser alterado em nenhum
lugar do mundo, sem que a Grande Loja Unida da Inglaterra não sancione a alteração,
após estudos da Loja de Emulação e Aperfeiçoamento. Na verdade, houve, apenas,
duas alterações. A primeira, em 1964, 148 anos após a aprovação do Trabalho de
Emulação, quando foi aprovado uma forma alternativa de penalidade, explicitando
serem penalidades figurativas. Isso foi feito por proposta do bispo Herbert, Grão-
Mestre Provincial de Norfolk. Em 1986, 170 anos após a aprovação do Trabalho de
Emulação, as penalidades que envolvem juramentos de sangue (“blood oaths”) foram
removidas.
No Brasil, o Ritual de Emulação foi modificado. Primeiramente, no nome:
traduziram, erroneamente, em 1912 “Craft Masonry” (Ofício Maçônico) por Rito de
York. O Ritual de Emulação não é um Rito e nem de York. Esse erro perdura até hoje
e é reconhecido pelo GOB (GOB, 2009 – o reconhecimento do erro está nas pags. 17
e 21). Há erros de tradução, também, no Ritual de Emulação em português, publicado
pelo GOB. Há uma confusão entre os termos “templo” e “loja” que não têm o mesmo
significado. Há, também, a abreviação por três pontinhos: V.’.M.’., em lugar de V.M..
Não existe três pontinhos na maçonaria britânica. O triponto é de origem francesa.
Não existe, também, na maçonaria britânica, o tríplice e fraternal abraço.
Em verdade, não existe, no Reino Unido, o Rito de York. O Rito de York é um
rito de 13 graus sucessivos, que é também chamado de Rito Inglês Antigo, muito
utilizado nos EUA. No Reino Unido, o sistema inglês é chamado de Craft Masonry
(Arte Maçônica ou Ofício Maçônico). O Ritual de Emulação (ou Trabalho de
Emulação – Emulation Ritual ou Emulation Work) faz parte deste sistema de Arte
Maçônica.
O Ritual de Emulação é oral e no Reino Unido não se usa manuais, exceto o
P.M.I. (último ex-Venerável ou Past Master Imediato) que funciona como “ponto”
(auxiliar que, de maneira oculta ou discreta, recorda aos participantes da sessão as
suas falas, quando necessário). O P.M.I. pode corrigir até o Venerável Mestre em suas
falas. Esse “ponto” pode ser substituído por aparelhos de gravação eletrônica de
pequenas dimensões, usados por todos os participantes que devem usar falas de uma
sessão. Em lojas inglesas, é costume não entregar rituais impressos aos Aprendizes e
aos Companheiros. Isso contribui e estimula “emular” o ritual. Emular significa
esforçar-se para a realização de um mesmo objetivo; imitar; seguir o exemplo;
igualar; praticar apenas olhando. Ao se ler o ritual, está-se sujeitando contra a própria
ideia, ou seja, não se está emulando.
O Ritual de Emulação não teve influência de qualquer ocultismo, tais como
alquimia, rosacrucismo, martinismo, cabalá, etc. Não há, no Ritual de Emulação, a
bateria feita com palmas, mas apenas o bater dos malhetes do V.M., do 1º e 2º Vig..
JB News – Informativo nr. 2.091– Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de junho de 2016 Pág. 12/26
A partir de 1871 foi impresso um ritual “The Perfect Ceremonies of Craft
Masonry” (Cerimônias Exatas da Arte Maçônica), publicado pela Lewis Publishers3
de Londres. A publicação desse ritual teve severa oposição de oficiais superiores da
Grande Loja Unida da Inglaterra. O ritual foi impresso, também, na Nigéria, em torno
de 1920 e republicado em 1939, pela Lewis, com forte oposição da Grande Loja
Unida da Inglaterra. Esse ritual nigeriano distinguiu-se por mostrar comentários sem
restrições. Por isso, foi amplamente disseminado. O ritual “Cerimônias Exatas” foi
traduzido para o português em 1920, pelo Ir. Joseph Thomas Wilson Sadler membro da
“Lodge of Unity” de São Paulo. Ele usou corretamente a expressão “Cerimônias Exatas da Arte
Maçônica” e não mencionou a expressão “Rito de York”. Em 1976, foi reimpresso o Ritual de
1920, e aparecendo a expressão “Rito de York”, inserido por algum inventor que, aliás, já vinha
sendo usado há muito tempo, consagrando assim definitivamente no Brasil, um nome que não
existe no sistema inglês. Sabe-se que na Inglaterra esse Trabalho não tem essa denominação.
Como todos os rituais usados atualmente pelos brasileiros estão baseados nessa tradução, e como
foi mantido, em 1976, o termo Rito de York, ainda que de forma incorreta, tornar-se-á muito
difícil, após muitos anos, desfazer-se desse erro que já se tornou corriqueiro e de uso geral. Deve-
se repetir que o Ritual de Emulação nem é de York e muito menos é um Rito. A Grande Loja da
Inglaterra permitiu imprimir o Ritual de Emulação somente em 1969, com a chancela da
Emulation Lodge of Improvement.
O Ritual de Emulação não é de York, mas é de Londres e não é um rito, mas um ritual. Não
é um rito estruturado, como o REAA, mas um ritual, pois é composto apenas das cerimônias de
abertura e fechamento da Loja (incluindo o fechamento da loja no descanso), da iniciação, da
passagem (elevação a Companheiro) e da elevação (exaltação a Mestre) e da instalação do Mestre
da Loja. Todos os demais procedimentos não fazem parte do ritual: cortejos, meditação, leitura e
aprovação de atas, ordem do dia, os três levantamentos, o Tronco de Beneficência, etc. Todos
esses procedimentos não pertencentes ao Ritual de Emulação poderão ser feitos em loja fechada.
O Trabalho de Emulação é o ritual mais antigo na maçonaria britânica e predominante (cerca
de 85%). A Grande Loja Unida da Inglaterra, no entanto, reconhece outros tipos de Trabalhos
(todos derivados do Ritual de Emulação), a saber: Taylor Working, Bristol Working, Lewis
Working, West End Working, Stability Working, Universal Working, além de outros tipos de
Trabalhos menos divulgados. Todos esses tipos de Trabalhos são muito parecidos com o
Emulation Working. O mais diferenciado é o Bristol Working, no qual, o Venerável usa um tipo
de chapéu chamado “cocked hats” muito usado na marinha inglesa. Nesse Trabalho as cerimônias
também são um pouco diferentes.
A Loja de Emulação e Aperfeiçoamento manteve por quase 200 anos um padrão uniforme do
Ritual de Emulação, sem alterações. Há algumas observações que devem ser feitas:
- Não se esquadra o piso mosaico da Loja, exceto na iniciação, na passagem e na elevação.
(Esquadrar é um neologismo no sentido de fazer a esquadria (dispor em ângulo reto) nos três
cantos do piso mosaico durante perambulação; é impreciso usar o termo enquadrar para o sentido
explanado acima).
3
Lewis Publishers é uma editora maçônica britânica, fundada em 1801, portanto, a mais antiga editora maçônica do
mundo. Hoje, edita, oficialmente, os rituais para a Grande Loja Unida da Inglaterra e para os capítulos do Sagrado
Arco Real.
JB News – Informativo nr. 2.091– Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de junho de 2016 Pág. 13/26
- 0 ritual de banquete ritualístico, Festive Board Ritual, não é Ritual de Emulação, mas é um
ritual britânico, diferente dos rituais de banquete do REAA, por exemplo, que é baseado nas lojas
militares napoleônicas. O Festive Board Ritual é baseado na aristocracia britânica com influências
hebraicas e celtas.
- Os sinais e palavras sagradas dos três graus são próprios e características do Ritual de
Emulação.
- Os Cinco Pontos de Companheirismo do 3º grau é a característica do Ritual e é o sinal
composto do grau. O termo correto é Cinco Pontos de Companheirismo, tradução de FPOF – Five
Points of Fellowship. Embora, deve-se afirmar que há uma tradição nas línguas latinas de chamar
Cinco Pontos de Confraternização.
- Nenhum sinal, de qualquer grau, deve ser feito com o ritual (o manual); não se deve ter nada
nas mãos, exceto os Diáconos e Diretor de Cerimônias com seus bastões. Isso inclui o sinal
composto de 3º grau (os Cinco Pontos de Companheirismo) que não deve ser feito com o ritual na
mão.
- Em loja aberta, não pode haver discussões ou debates e, portanto, não podem ser tratados
assuntos administrativos. Os assuntos administrativos devem ser tratados em reunião
administrativa, fora do templo.
4. Algumas simbologias:
No Ritual de Emulação, há vários procedimentos que, aos poucos,
descobre-se seu significado e o porquê. Algumas questões: por que o uso do cortejo inicial e final
(que não pertence ao Ritual de Emulação)? Por que não existe um Oriente, ou seja, o Leste, mais
elevado como nos outros ritos? (O Rito de Schröder, alemão, também não tem Oriente (Leste)
mais elevado). Por que o Ritual de Emulação é, ritualisticamente, mais simples se comparado, por
exemplo, ao REAA? Por que se usa ternos escuros (dark suits) e não se usa balandrau? Por que há
três levantamentos? Por que no encerramento da loja, o capelão (ou o PMI) promete, por três
vezes, fidelidade e guardar nossos segredos em lugar seguro? Por que o sinal composto de 3º grau
são os Cinco Pontos de Companheirismo, falado? Os maçons cumprem os Cinco Pontos de
Companheirismo? Os maçons cumprem os juramentos dos 3 graus? Por que não se deve fazer
sinal de nenhum grau com o ritual na mão? Por que o Ritual de Emulação, tradicionalmente, há
quase 200 anos, é oral e não lido? Por quê? Por quê? Ao se procurar respostas estas questões, se
instrui, se aprende; o ritual se revela (retira seus véus). Na verdade, a resposta a cada uma destas
questões pode dar origem a um proveitoso trabalho.
Os significados dos símbolos, na Maçonaria, têm uma limitada flexibilidade, chegando a ter
interpretações quase pessoais. Exemplo: o esquadro: símbolo da retidão e que outros dizem
símbolo da moral; outros, ainda, símbolo da virtude, ou da justiça, ou do dever, ou da probidade,
etc. Há, portanto, certa flexibilidade, elasticidade, elegância de entendimento simbólico. Na
verdade, o significado de um símbolo depende da pessoa e da ocasião, do tempo, do momento. É
conveniente, sempre, o questionamento sobre o significado de cada símbolo.
Um exemplo de interpretação simbólica do Ritual de Emulação: ao abrir a loja, o 1º
Vigilante levanta sua coluna (coluna dórica, da força) e o 2º Vigilante abaixa sua coluna (coluna
coríntia, da beleza). O V.M. permanece, sempre, com sua coluna levantada (coluna jônica, da
sabedoria). Durante o chamado para o descanso e ao encerrar a sessão, o procedimento dos 1º e 2º
Vigilantes é o oposto da abertura da loja. Por quê? O 1º Vigilante, ao levantar a coluna da força,
JB News – Informativo nr. 2.091– Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de junho de 2016 Pág. 14/26
indica que, ao abrir a loja, “os trabalhos tomam força e vigor”. O 2º Vigilante, ao levantar a
coluna da beleza no fechamento da loja (ou quando do descanso), indica que os Irmãos apreciarão
a beleza da fraternidade no ágape ou na apreciação de algum trabalho a ser debatido.
É praxe, uma rotina antiga, após a fala de alguém, num dos três levantamentos: com a mão
direita, bate-se na coxa direita, todos ao mesmo tempo, comandados pelo V.M. ou pelo Diretor de
Cerimônias. Trata-se de um sinal de agradecimento britânico; não é um aplauso, como bater
palmas. Esse
costume tem origem, provavelmente, no Parlamento Britânico4
. Mas, há quem diga que esse
costume tem origem na maçonaria operativa ou maçonaria de ofício e foi, depois, introduzido no
Parlamento Britânico. Esse sinal de agradecimento não faz parte do Ritual de Emulação, mas é
costume em toda a maçonaria britânica.
5. Considerações finais:
Os rituais são muito ricos e extremamente eficientes quando se
questiona o porquê dos procedimentos. O Ritual de Emulação é, igualmente, rico e fértil em
emular valores e virtudes. Há que se questionar o porquê de cada ação, de cada símbolo e de cada
palavra. Muitas vezes, não é imediato e fácil descobrir as respostas. Há, também, aqueles que
teorizam tentando responder questionamentos, baseados no subjetivismo pessoal; são os que
praticam o “achismo”. Há que se estudar, ler, obter respostas confiáveis em boas fontes. Só assim,
os rituais tornam-se eficientes para o principal propósito: aprimorar o ser interior, praticar
virtudes, melhorar sua vida ou simbolicamente: construir seu templo interior. Por isso, existem
maçons.
Em seguida, adapta-se um texto de “Zohar, O Livro do Esplendor”. Zohar (‫ַר‬‫ה‬ֹ ‫)ז‬ em hebraico
significa esplendor, luminosidade intensa. Zohar foi escrito, provavelmente, por Moisés de León5
,
possivelmente em 1260 (Scholem, 1963). O texto de Zohar trata da leitura da Torá. Zohar pode
ser lido na internet: Manhar, 2005; Zohar. 2004.
“Pessoas sem entendimento veem os textos dos rituais apenas como vestimenta, a roupa. Os mais
argutos veem, também, o corpo. Mas os verdadeiros sábios, os que absorvem, mesmo, o ritual,
penetram todo o texto do ritual até o âmago, até a alma, até o verdadeiro objetivo original.”
Para terminar: como, depois deste texto, se vê o ritual? Uma roupa, um corpo ou seu
verdadeiro âmago?
4
O Parlamento do Reino Unido foi a assembleia legislativa do Reino da Inglaterra, fundado em 1066 quando William da
Normandia introduziu o sistema feudal e necessitou de um conselho de “inquilinos” (tenant ou holding, algo como
inquilinos de terra arrendada) e eclesiásticos antes de promulgar leis. Em 15 de junho de 1215, os “conselheiros”
garantiram a Magna Carta (Constituição) feita pelo rei João. Na época, o Parlamento era formado somente por Lords e
eclesiásticos. A Lei Básica da União (Act of Union) de 1707 fundiu o Parlamento da Inglaterra com o Parlamento da
Escócia, formando o Parlamento da Grã Bretanha. Em 1801, quando o Parlamento da Irlanda foi abolido e fundido, o
Parlamento da Grã-Bretanha passou a chamar Parliament of the United Kingdom of Great Britain and Northern
Ireland. Em 1999, reconstituiu-se o Parlamento da Escócia.
5
Moisés de León (Moshe ben Shem-Tov - ‫יד–ןואיל‬ ‫םש–בוט‬ ‫ןב‬ ‫השמ‬ ou Moisés de Guadalajara), filósofo e
rabino judeu sefardita, nasceu em 1240 e faleceu circa de 1290, autor de Zohar, livro central da Cabalá.
JB News – Informativo nr. 2.091– Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de junho de 2016 Pág. 15/26
Referencias Bibliográficas:
- Barnes, M. “Peter William Gilkes, a Prominent Teacher of Emulation”. Quatuor Coronati
Transactions, vol. 86, pp: 166-167, 1973.
- Deflem, M. “Ritual, anti-structure, and religion: a discussion of Victor Turner’s processual
symbolic analysis”. Journal for the Scientific Study of Religion, 30 (1): 1-25, 1991.
- Follet, K. “Os Pilares da Terra”. Rio de Janeiro, Rocco, 1992.
- Gaarder, J. & Hellern, V. & Notaker, H. “O Livro das Religiões”. S.Paulo: Cia. das Letras,
2005.
- Genz, P.V. “A Maçonaria Inglesa no Brasil”. S.Paulo: Madras, 2013.
- GOB. ”Ritual – Cerimônias Aprovadas do Rito de York (Ritual de Emulação praticado
no GOB)”. Brasília, GOB, 2009
- Haywood, H.L. “Freemasonry and the Bible”. London: Collins Clear-Type Press, 1951
- Huxley, A. “A Filosofia Perene”. Cap. XXIV: “Ritual, Símbolo, Sacramento”, pp: 315 – 327,
R.Janeiro: Civilização Brasileira, 1971.
- Inman, H.F. “El Modo Emulación Explicado” (Emulation Work Explained). 3ª edición.
Londres: Gran Logia Unida de Inglaterra, 1943.
- Ismail, K. “O que é Rito e o que é Ritual.” JB News, nº 902, de 21.fev.2013. Reproduzido
em JB News, nº 1183, de 28.nov.2013.
- Jacobs, J. & Broydé, I. “Zohar (called also in the earlier literature Midrash ha-Zohar
and Midrash de-Rabbi Shim’on ben Yohai)”. Jewish Encyclopedia, 2011.
http://www.jewishencyclopedia.com/articles/15278-zohar
Acessado em 29.abr.2014.
- Johnson, P. “História do Cristianismo”. R.Janeiro: Imago ed., 2001.
- Lima, W. Celso de. “Rituais”, pp: 95-97. In: Lima, Walter Celso de. “Ensaios sobre
Filosofia e Cultura Maçônica. São Paulo: Ed. Madras, 2012.
- Manhar, Nurho de. “Zohar: Bereshith to Lekh Lekha”. Sacred Texts, 2005.
http://www.sacred-texts.com/jud/zdm/index.htm
Acessado em 29.abr.2014.
- Neves, J.F. “Ritualística, uma tradição a ser cultivada com orgulho.” JB News, nº 904, de
23.fev.2013.
- Oliynik, A. “Emulação”. (História, Ritualística e Rituais). Curitiba: ed. Vicentina, 2004.
- Paulino, F.M. “Ritual de Emulação. História e Generalidades do Sistema de Trabalho
Maçônico baseado no Ritual de Emulação”. Sorocaba: Edição do Autor, 2010.
- Paulino, F.M. “Ritual de Emulação. O Grau de Aprendiz Maçom”. Sorocaba: Edição do
Autor, 2011.
- Paulino, F.M. “Ritual de Emulação. O Grau de Companheiro Maçom”. Sorocaba: Edição
do Autor, 2012.
- Paulino, F.M. “Ritual de Emulação. O Grau de Mestre Maçom”. Sorocaba: Edição do
Autor, 2013.
- Pinto de Sá, J.P. “Os Rituais e a Liturgia.”. JB News, nº 865, de 15.jan.2013.
- Redman, G. “Rito de York Atualizado” (Trabalho de Emulação e Aperfeiçoamento).
S.Paulo: Madras, 2011.
- Ribeiro, J.G.C. “Ainda sobre o Rito Inglês”.Engenho & Arte, nº 13, pp: 19-23, 2004.
- Santos, P. “O Inexistente Rito de York junto ao Grande Oriente do Brasil.” JB News,
nº 1196, de 11.dez.2013.
- Silva Pires, J. “O Inominado Rito Inglês”. Engenho & Arte, nº 13, pp: 8-11, 2004.
- Spoladore, H. “Trabalho de Emulação (Working Emulation) – Ritual de Emulação
(Emulation Ritual)”. JB News 791, 26.out.2012.
-Tresner, J. “Ritual. Quem precisa dele ?” JB News, nº 762, de 27.set.2012.
- Valsechi, A. “Porque e Como a Maçonaria Passou de Operativa para Especulativa”. Palestra
na ARLS Alvorada da Sabedoria, nº 4285 em 25.fev.2014 e publicada
JB News – Informativo nr. 2.091– Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de junho de 2016 Pág. 16/26
Ir José Valdecir Souza Martins
MM da Loja Ordem e Progresso n° 25
G.·.L.·.E.·.M.'. S.'..·. - R.·.E.·.A.·.A.·.
Reuniões as 6ª feiras às 20:00 horas
Or.·. Campo Grande-MS.
E-mailvaldeci3pontocom@gmail.com
Site: www.administradores.com.br/home/akinathon
A FORÇA DA EGRÉGORA
Pesquisei o significado desta palavra "egrégora" no dicionário Aurélio e Michaelis e não a
encontrei.
Acredito que seja um conceito desconhecido do meio acadêmico, que também nasce de
uma palavra também pouco usual. Pelo conhecimento maçônico e Rosacruz, pela experiência já vivida
em ambos os Templos, “Egrégora” Egrégoras são energias que podem ser geradas e fortalecidas a
cada dia. Se elas serão positivas ou negativas, dependerá de quem as criará. Uma egrégora pode ser
criada com boas energias, e a medida que for crescendo e acrescentando adeptos, podem mudar o
direcionamento dessa energia. No caso a inversão pode ocorrer em todos os sentidos.
No entanto, podemos assim conceituar, que a egrégora pode ser perceptível ou
imperceptível, dependendo da sensibilidade de cada um. Forma-se pela participação de várias pessoas
num determinado ambiente. Modo geral é perceptível em cerimônias, quando "sentimos" o ambiente
psicológico presente, as energias emanadas de cada vibrando em torno de nós ou sobre nós. Referem-
se a elas religiões, seitas, associações, grupos de filosofia, reuniões de trabalho, etc.
Algumas sociedades se vêem incluídas no seguinte conceito: Por axioma, um ser humano
nunca vence a influência de uma egrégora caso se oponha frontalmente a ela. A razão é simples. Uma
pessoa, por mais forte que seja, permanece uma só. A egrégora acumula a energia de várias, incluindo
a dessa própria pessoa forte. Assim, quanto mais poderoso for o indivíduo, mais força estará
4 – A Força da Egrégora
José Valdecir Souza Martins
JB News – Informativo nr. 2.091– Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de junho de 2016 Pág. 17/26
emprestando à egrégora para que ela incorpore às dos demais e o domine. É a sociedade que querem
ser apenas servidas sem jamais servir.
Ainda dentro do conhecimento, acredito que existe uma força positiva que congrega toda a
força do homem e do universo e que estar ligado a esta força que nos faz mais feliz e mais humano.
Infelizmente muitas pessoas ao se prenderem na força do isolamento acabam criando uma força
negativa que não acaba congregando com está energia positiva e por isso é que existem tantas
discórdias e rancores. Se o homem saísse de seu isolamento e buscasse nos meio que nos agrega a
um complemento para se congregar a esta energia aí o mundo será mais humano, mais justo e mais
fraterno, mas o que vemos é que o homem busca nas agregações uma forma de se auto isolar e
buscar seu bem estar e social e não do homem como um todo e aí ignora sua própria egrégora.
Acredito que a Egrégora, não é parte de nenhuma entidade isoladamente, mas sim
formada na conformidade de sentimentos e pensamentos. Ora, se em um local, existem pessoa que,
com uma intenção e sentimento em comum, estão a trabalhar religiosamente, essas formarão uma
Egrégora positiva. Caso exista uma pessoa, que diferente das demais, esteja fora desse sentimento e
pensamento, irá somente perturbar, mas fará também parte, criando uma variação na mesma. Isso
gerará uma característica única daquele local.
A paz, o equilíbrio, a serenidade, o amor ao próximo, torna a egrégora benfazeja em
qualquer entidade. O importante compartilhar as visões esperando que cada ser humano tenha poder
pessoal para utilizar o conhecimento que dispõe em sua energia. Sempre preferi como cerne do
caminho a conexão direta com o espírito, como sempre ouvimos sem mitificar ou criar Deuses que
representam a fonte, desta forma, acredito que conseguiremos seguir adiante no nosso caminho.
Fazer parte de uma egrégora é um momento mágico e deslumbrante em nossas vidas.
Fazer parte de um grupo em que as pessoas estão sintonizadas com um mesmo objetivo e uma
mesma missão, é uma situação que nossos corações mais anseiam nesta vida. Poder contar com o
apoio, atenção, compreensão e zelo dos componentes dessa egrégora, com certeza, tornará nossa
vida mais repleta de bons sentimentos que nos levarão cada vez mais ao equilíbrio e à razão, pois
sabemos o que e quem nos está amparando. Pertencer a uma egrégora nos fortalece em vários
sentidos e nas mais diversas situações.
O importante é compartilharmos conhecimentos como este que nos faz unir em um mesmo
pensamento de caridade, humildade que faz de nossa Maçonaria um grande templo de benção e amor
e assim podemos dizer em alto e bom tom que vivemos na LIBERDADE, na IGUALDADE e na
FRATERNIDADE.
JB News – Informativo nr. 2.091– Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de junho de 2016 Pág. 18/26
O Ponto Dentro do Círculo
Seu espaço para estudos e pesquisas
O Mito de Tântalo
Publicado em 21 de junho de 2016por Luiz Marcelo Viegas
Vanitas vanitatum et omnia vanitas – Vaidade das vaidades, tudo é vaidade
Não é de hoje que o homem aspira a mais perfeita e elevada purificação. Como outrora, religiosos
ferrenhamente devotados empreendem uma luta interior buscando alcançar o Olimpo, atingir o nirvana
ou vivenciar o paraíso na terra.
O mito grego do rei Tântalo desvela a ambição de um mortal que, não satisfeito em ser notoriamente o
“predileto dos deuses”, almeja transmutar-se num “deus” propriamente, incorrendo num erro brutal.
Apontando a hýbris (desmedida) em Tântalo, na obra intitulada “O Simbolismo na Mitologia Grega”, o
renomado estudioso francês Paul Diel, afirma que: “Afoito por sua conquista e esquecido de sua
condição mortal e seus limites, Tântalo chega a se exaltar com tal intensidade que lhe sobrevém a
tentação de querer se tornar um igual entre as divindades, puros símbolos do espírito”.
A fim de obtermos maior clareza sobre esse latente desejo humano e de sua possível perversão,
descortinemos o mito legado pelo premiadíssimo tragediógrafo Ésquilo (524-456 a.C.). A desfrutar
néctar e ambrosia, Tântalo, o próspero e abençoado rei de Corinto, justo e bem quisto, torna-se o único
mortal admitido à mesa dos olímpicos. A consciência dessa distintiva predileção acaba por enredá-lo
numa vaidosa e desvairada grandiosidade imaginativa.
5 – O Mito de Tântalo
Do Site O Ponto Dentro do Círculo (Ir Luiz Marcelo Viegas)
JB News – Informativo nr. 2.091– Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de junho de 2016 Pág. 19/26
Presunçoso, no afã de confirmar seu estatuto de “igual” entre os deuses, Tântalo convida a todos do
Panteão para um banquete em seu palácio e, pondo em teste a onisciência divina, lhes oferece o
alimento terrestre sob sua forma mais abjeta: a carne de seu próprio filho, Pélops.
Servir essa funesta iguaria, fruto de sua obsessão doentia, simboliza a maior perversão empreendida por
um mortal. Eis que os deuses são mesmo oniscientes, reconhecem a blasfêmia e, horrorizados, repudiam
a ofensiva dádiva. Somente a deusa Deméter, da agricultura, perturbadíssima com o recente
desaparecimento da filha Perséfone (Prosérpina ou Kore para os romanos), desatentamente ingere um
pedacinho da carne.
Malsucedido, Tântalo nem se igualou aos deuses, nem os rebaixou a seu nível, pois Zeus, o soberano do
Olimpo, restaurador da ordem, ressuscita Pélops reconstituindo o pedaço faltante do ombro por
mármore (daí “hamartía“, a marca) e delibera sobre qual seria o pior castigo para o herege. O menino
fora poupado, mas a maldição lançada aos descendentes da Casa de Atreu (cujo expoente será o
ganancioso rei atrida Agamêmnon), como a “marca do pecado original” legado no mito de Adão e Eva,
trazemos todos até hoje: a eterna insatisfação.
A condenação pelo veredicto dos deuses, pela “lei psíquica”, ilustra a justiça inerente a todos nós. É na
perturbação oriunda do conflito interior da psyché (alma) humana que as divindades tornam-se
expressões simbólicas da legalidade essencial da vida e de sua necessidade de fazer justiça.
A santidade idealizada e perseguida em ciclos míticos como o hindu, o islâmico e o cristão, por exemplo,
é justa. Almejar, no entanto, a santidade absoluta, esquecendo-se da condição humana, é irrealizável.
Mais ainda, uma ambição dessa magnitude constitui evidente desmedida (hýbris), caso de Tântalo.
Paul Diel, afirma que: “Justamente em razão dos gregos não terem alcançado a visão clara e mais
elevada do ideal simbolicamente expresso pelo mito cristão, é que [neles] o desejo de purificação
perfeita só pôde ser visto sob seu aspecto negativo; o perigo de uma superexcitação doentia da esfera
espiritual”. A visão mítica dos gregos nos “adverte contra esse perigo exprimindo unicamente o medo de
ver rompida a harmonia das pulsões e perder a justa medida”.
Para outras formas de re-ligação (religião), o santo, o homem simbolicamente divinizado, “ungido” pelo
“deus”, venceu todos os desejos da matéria, tanto no nível das inquietações físicas quanto no nível da
imaginação exaltada e, tendo-os dissolvido, ele não é mais afetado por nenhuma tentação. Como Sidarta
Gautama, o Buda, transcende a tudo e a todos.
Ao que Tântalo almeja, tornar-se também um deus, o grego impõe interdito. O ideal de santidade
proposto pela doutrina cristã caracteriza um passo evolutivo que transpõe os marcos da cultura pagã. O
interdito é esse: a carne se fazer espírito, o homem tornar-se deus. A correção é essa: o Espírito faz-se
carne, Deus faz-se homem.
Desse modo, o indivíduo que busca a verdadeira santidade dispõe de toda energia de seus desejos,
subtraindo-se ao mundo em relação ao qual ele nada mais deseja e, precisamente por haver-se assim
libertado das múltiplas ligações afetivas, permanece unido ao mundo graças a vínculos mais intensos: o
amor (caritas), a bondade e a compaixão.
Autora: Luciene Felix ( professora de Filosofia e Mitologia Greco-Romana da ESDC)
JB News – Informativo nr. 2.091– Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de junho de 2016 Pág. 20/26
Este Bloco é produzido pelo Ir. Pedro Juk,
Loja Estrela de Morretes, 3159 - Morretes – PR
Substituto do venerável
Em 19/10/2015 o Respeitável Irmão Rodrigo Coletti, Loja Verdade e Justiça, 3.263, REAA, GOB-PR,
Oriente de Campo Mourão, Estado do Paraná, solicita o seguinte esclarecimento.
colettiecintra@colettiecintra.com.br
Caro irmão Pedro, cumprimentando-o mais uma vez e quiçá abusando de seus
conhecimentos gostaríamos de sanar uma dúvida. Em uma reunião em nossa Loja Simbólica
surgiu a seguinte indagação: Na falta do Venerável Mestre, quem é o seu substituto imediato?
Um irmão decano afirmou ser o 1º Experto, o que causou estranheza para alguns.
Aguardamos sua valorosa opinião.
Considerações:
Tradicionalmente o substituto imediato do Venerável Mestre de modo precário é o
Primeiro Vigilante. O termo “precário” aqui significa o mesmo que “eventual”, já que o
impedimento definitivo de um Venerável, por ser cargo eletivo, sua substituição carece de
procedimentos conforme aqueles emanados dos Diplomas Legais da Obediência – por exemplo,
até uma nova eleição.
No caso da ausência precária, nas Sessões Magnas de Iniciação, Elevação e
Exaltação, o substituto do Venerável será o Mestre Instalado mais recente da Loja, isso na
hipótese de que o Primeiro Vigilante não possua ainda o título distintivo de Mestre Instalado.
Atenção: Mestre Instalado não é Grau, senão uma distinção honorífica.
Quanto ao substituto imediato do Primeiro Vigilante de modo precário é o Segundo
Vigilante que, por sua vez, nessa situação, ou pela sua própria ausência, será substituído pelo
Segundo Experto e não pelo Primeiro como mencionado na questão.
Cabe lembrar que mesmo para os Vigilantes, em se tratando de ausência definitiva,
eles também se adequam às Leis da Obediência tal como o caso do Venerável (cargos eletivos).
T.F.A. PEDRO JUK –
jukirm@hotmail.com -
Dez/2015
Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência.
6 – Perguntas & Respostas
Pedro Juk

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Jb news informativo nr. 1993
Jb news   informativo nr. 1993Jb news   informativo nr. 1993
Jb news informativo nr. 1993JB News
 
Jb news informativo nr. 2319
Jb news   informativo nr. 2319Jb news   informativo nr. 2319
Jb news informativo nr. 2319JB News
 
Jb news informativo nr. 2298
Jb news   informativo nr. 2298Jb news   informativo nr. 2298
Jb news informativo nr. 2298JB News
 
Jb news informativo nr. 2238
Jb news   informativo nr. 2238Jb news   informativo nr. 2238
Jb news informativo nr. 2238JB News
 
Jb news informativo nr. 2000
Jb news   informativo nr. 2000Jb news   informativo nr. 2000
Jb news informativo nr. 2000JB News
 
Jb news informativo nr. 1991
Jb news   informativo nr. 1991Jb news   informativo nr. 1991
Jb news informativo nr. 1991JB News
 
Jb news informativo nr. 2183
Jb news   informativo nr. 2183Jb news   informativo nr. 2183
Jb news informativo nr. 2183JB News
 
Jb news informativo nr. 2142
Jb news   informativo nr. 2142Jb news   informativo nr. 2142
Jb news informativo nr. 2142JB News
 
Jb news informativo nr. 2007
Jb news   informativo nr. 2007Jb news   informativo nr. 2007
Jb news informativo nr. 2007JB News
 
Jb news informativo nr. 1.063
Jb news   informativo nr. 1.063Jb news   informativo nr. 1.063
Jb news informativo nr. 1.063Informativojbnews
 
Jb news informativo nr. 2089
Jb news   informativo nr. 2089Jb news   informativo nr. 2089
Jb news informativo nr. 2089JB News
 
Jb news informativo nr. 2114
Jb news   informativo nr. 2114Jb news   informativo nr. 2114
Jb news informativo nr. 2114JB News
 
Jb news informativo nr. 2150
Jb news   informativo nr. 2150Jb news   informativo nr. 2150
Jb news informativo nr. 2150JB News
 
Jb news informativo nr. 2125
Jb news   informativo nr. 2125Jb news   informativo nr. 2125
Jb news informativo nr. 2125JB News
 
Jb news informativo nr. 1997
Jb news   informativo nr. 1997Jb news   informativo nr. 1997
Jb news informativo nr. 1997JB News
 

Mais procurados (15)

Jb news informativo nr. 1993
Jb news   informativo nr. 1993Jb news   informativo nr. 1993
Jb news informativo nr. 1993
 
Jb news informativo nr. 2319
Jb news   informativo nr. 2319Jb news   informativo nr. 2319
Jb news informativo nr. 2319
 
Jb news informativo nr. 2298
Jb news   informativo nr. 2298Jb news   informativo nr. 2298
Jb news informativo nr. 2298
 
Jb news informativo nr. 2238
Jb news   informativo nr. 2238Jb news   informativo nr. 2238
Jb news informativo nr. 2238
 
Jb news informativo nr. 2000
Jb news   informativo nr. 2000Jb news   informativo nr. 2000
Jb news informativo nr. 2000
 
Jb news informativo nr. 1991
Jb news   informativo nr. 1991Jb news   informativo nr. 1991
Jb news informativo nr. 1991
 
Jb news informativo nr. 2183
Jb news   informativo nr. 2183Jb news   informativo nr. 2183
Jb news informativo nr. 2183
 
Jb news informativo nr. 2142
Jb news   informativo nr. 2142Jb news   informativo nr. 2142
Jb news informativo nr. 2142
 
Jb news informativo nr. 2007
Jb news   informativo nr. 2007Jb news   informativo nr. 2007
Jb news informativo nr. 2007
 
Jb news informativo nr. 1.063
Jb news   informativo nr. 1.063Jb news   informativo nr. 1.063
Jb news informativo nr. 1.063
 
Jb news informativo nr. 2089
Jb news   informativo nr. 2089Jb news   informativo nr. 2089
Jb news informativo nr. 2089
 
Jb news informativo nr. 2114
Jb news   informativo nr. 2114Jb news   informativo nr. 2114
Jb news informativo nr. 2114
 
Jb news informativo nr. 2150
Jb news   informativo nr. 2150Jb news   informativo nr. 2150
Jb news informativo nr. 2150
 
Jb news informativo nr. 2125
Jb news   informativo nr. 2125Jb news   informativo nr. 2125
Jb news informativo nr. 2125
 
Jb news informativo nr. 1997
Jb news   informativo nr. 1997Jb news   informativo nr. 1997
Jb news informativo nr. 1997
 

Semelhante a Pensando o futuro do Brasil

Jb news informativo nr. 0450
Jb news   informativo nr. 0450Jb news   informativo nr. 0450
Jb news informativo nr. 0450JB News
 
Jb news informativo nr. 2216
Jb news   informativo nr. 2216Jb news   informativo nr. 2216
Jb news informativo nr. 2216JB News
 
Jb news informativo nr. 2302
Jb news   informativo nr. 2302Jb news   informativo nr. 2302
Jb news informativo nr. 2302JB News
 
Jb news informativo nr. 2302
Jb news   informativo nr. 2302Jb news   informativo nr. 2302
Jb news informativo nr. 2302JB News
 
Jb news informativo nr. 2118
Jb news   informativo nr. 2118Jb news   informativo nr. 2118
Jb news informativo nr. 2118JB News
 
Jb news informativo nr. 2272
Jb news   informativo nr. 2272Jb news   informativo nr. 2272
Jb news informativo nr. 2272JB News
 
Jb news informativo nr. 2025
Jb news   informativo nr. 2025Jb news   informativo nr. 2025
Jb news informativo nr. 2025JB News
 
Jb news informativo nr. 2083
Jb news   informativo nr. 2083Jb news   informativo nr. 2083
Jb news informativo nr. 2083JB News
 
Jb news informativo nr. 2132
Jb news   informativo nr. 2132Jb news   informativo nr. 2132
Jb news informativo nr. 2132JB News
 
Jb news informativo nr. 2290
Jb news   informativo nr. 2290Jb news   informativo nr. 2290
Jb news informativo nr. 2290JB News
 
Jb news informativo nr. 2223
Jb news   informativo nr. 2223Jb news   informativo nr. 2223
Jb news informativo nr. 2223JB News
 
Jb news informativo nr. 2002
Jb news   informativo nr. 2002Jb news   informativo nr. 2002
Jb news informativo nr. 2002JB News
 
Jb news informativo nr. 2329
Jb news   informativo nr. 2329Jb news   informativo nr. 2329
Jb news informativo nr. 2329JB News
 
Jb news informativo nr. 2298
Jb news   informativo nr. 2298Jb news   informativo nr. 2298
Jb news informativo nr. 2298JB News
 
Jb news informativo nr. 1995
Jb news   informativo nr. 1995Jb news   informativo nr. 1995
Jb news informativo nr. 1995JB News
 
Jb news informativo nr. 1990
Jb news   informativo nr. 1990Jb news   informativo nr. 1990
Jb news informativo nr. 1990JB News
 
Jb news informativo nr. 2269
Jb news   informativo nr. 2269Jb news   informativo nr. 2269
Jb news informativo nr. 2269JB News
 
Jb news informativo nr. 2233
Jb news   informativo nr. 2233Jb news   informativo nr. 2233
Jb news informativo nr. 2233JB News
 
Jb news informativo nr. 2295
Jb news   informativo nr. 2295Jb news   informativo nr. 2295
Jb news informativo nr. 2295JB News
 
Jb news informativo nr. 2232
Jb news   informativo nr. 2232Jb news   informativo nr. 2232
Jb news informativo nr. 2232JB News
 

Semelhante a Pensando o futuro do Brasil (20)

Jb news informativo nr. 0450
Jb news   informativo nr. 0450Jb news   informativo nr. 0450
Jb news informativo nr. 0450
 
Jb news informativo nr. 2216
Jb news   informativo nr. 2216Jb news   informativo nr. 2216
Jb news informativo nr. 2216
 
Jb news informativo nr. 2302
Jb news   informativo nr. 2302Jb news   informativo nr. 2302
Jb news informativo nr. 2302
 
Jb news informativo nr. 2302
Jb news   informativo nr. 2302Jb news   informativo nr. 2302
Jb news informativo nr. 2302
 
Jb news informativo nr. 2118
Jb news   informativo nr. 2118Jb news   informativo nr. 2118
Jb news informativo nr. 2118
 
Jb news informativo nr. 2272
Jb news   informativo nr. 2272Jb news   informativo nr. 2272
Jb news informativo nr. 2272
 
Jb news informativo nr. 2025
Jb news   informativo nr. 2025Jb news   informativo nr. 2025
Jb news informativo nr. 2025
 
Jb news informativo nr. 2083
Jb news   informativo nr. 2083Jb news   informativo nr. 2083
Jb news informativo nr. 2083
 
Jb news informativo nr. 2132
Jb news   informativo nr. 2132Jb news   informativo nr. 2132
Jb news informativo nr. 2132
 
Jb news informativo nr. 2290
Jb news   informativo nr. 2290Jb news   informativo nr. 2290
Jb news informativo nr. 2290
 
Jb news informativo nr. 2223
Jb news   informativo nr. 2223Jb news   informativo nr. 2223
Jb news informativo nr. 2223
 
Jb news informativo nr. 2002
Jb news   informativo nr. 2002Jb news   informativo nr. 2002
Jb news informativo nr. 2002
 
Jb news informativo nr. 2329
Jb news   informativo nr. 2329Jb news   informativo nr. 2329
Jb news informativo nr. 2329
 
Jb news informativo nr. 2298
Jb news   informativo nr. 2298Jb news   informativo nr. 2298
Jb news informativo nr. 2298
 
Jb news informativo nr. 1995
Jb news   informativo nr. 1995Jb news   informativo nr. 1995
Jb news informativo nr. 1995
 
Jb news informativo nr. 1990
Jb news   informativo nr. 1990Jb news   informativo nr. 1990
Jb news informativo nr. 1990
 
Jb news informativo nr. 2269
Jb news   informativo nr. 2269Jb news   informativo nr. 2269
Jb news informativo nr. 2269
 
Jb news informativo nr. 2233
Jb news   informativo nr. 2233Jb news   informativo nr. 2233
Jb news informativo nr. 2233
 
Jb news informativo nr. 2295
Jb news   informativo nr. 2295Jb news   informativo nr. 2295
Jb news informativo nr. 2295
 
Jb news informativo nr. 2232
Jb news   informativo nr. 2232Jb news   informativo nr. 2232
Jb news informativo nr. 2232
 

Mais de JB News

Jb news informativo nr. 2016
Jb news   informativo nr. 2016Jb news   informativo nr. 2016
Jb news informativo nr. 2016JB News
 
Jb news informativo nr. 2015
Jb news   informativo nr. 2015Jb news   informativo nr. 2015
Jb news informativo nr. 2015JB News
 
Jb news informativo nr. 2014
Jb news   informativo nr. 2014Jb news   informativo nr. 2014
Jb news informativo nr. 2014JB News
 
Jb news informativo nr. 2013
Jb news   informativo nr. 2013Jb news   informativo nr. 2013
Jb news informativo nr. 2013JB News
 
Jb news informativo nr. 2012
Jb news   informativo nr. 2012Jb news   informativo nr. 2012
Jb news informativo nr. 2012JB News
 
Jb news informativo nr. 2011
Jb news   informativo nr. 2011Jb news   informativo nr. 2011
Jb news informativo nr. 2011JB News
 
Jb news informativo nr. 2010
Jb news   informativo nr. 2010Jb news   informativo nr. 2010
Jb news informativo nr. 2010JB News
 
Jb news informativo nr. 2009
Jb news   informativo nr. 2009Jb news   informativo nr. 2009
Jb news informativo nr. 2009JB News
 
Jb news informativo nr. 2008
Jb news   informativo nr. 2008Jb news   informativo nr. 2008
Jb news informativo nr. 2008JB News
 
Jb news informativo nr. 2005
Jb news   informativo nr. 2005Jb news   informativo nr. 2005
Jb news informativo nr. 2005JB News
 
Jb news informativo nr. 2004
Jb news   informativo nr. 2004Jb news   informativo nr. 2004
Jb news informativo nr. 2004JB News
 
Jb news informativo nr. 2003
Jb news   informativo nr. 2003Jb news   informativo nr. 2003
Jb news informativo nr. 2003JB News
 
Jb news informativo nr. 2001
Jb news   informativo nr. 2001Jb news   informativo nr. 2001
Jb news informativo nr. 2001JB News
 
Jb news informativo nr. 1998
Jb news   informativo nr. 1998Jb news   informativo nr. 1998
Jb news informativo nr. 1998JB News
 
Jb news informativo nr. 1996
Jb news   informativo nr. 1996Jb news   informativo nr. 1996
Jb news informativo nr. 1996JB News
 
Jb news informativo nr. 1994
Jb news   informativo nr. 1994Jb news   informativo nr. 1994
Jb news informativo nr. 1994JB News
 
Jb news informativo nr. 1992
Jb news   informativo nr. 1992Jb news   informativo nr. 1992
Jb news informativo nr. 1992JB News
 
Jb news informativo nr. 1989
Jb news   informativo nr. 1989Jb news   informativo nr. 1989
Jb news informativo nr. 1989JB News
 
Jb news informativo nr. 1987
Jb news   informativo nr. 1987Jb news   informativo nr. 1987
Jb news informativo nr. 1987JB News
 

Mais de JB News (19)

Jb news informativo nr. 2016
Jb news   informativo nr. 2016Jb news   informativo nr. 2016
Jb news informativo nr. 2016
 
Jb news informativo nr. 2015
Jb news   informativo nr. 2015Jb news   informativo nr. 2015
Jb news informativo nr. 2015
 
Jb news informativo nr. 2014
Jb news   informativo nr. 2014Jb news   informativo nr. 2014
Jb news informativo nr. 2014
 
Jb news informativo nr. 2013
Jb news   informativo nr. 2013Jb news   informativo nr. 2013
Jb news informativo nr. 2013
 
Jb news informativo nr. 2012
Jb news   informativo nr. 2012Jb news   informativo nr. 2012
Jb news informativo nr. 2012
 
Jb news informativo nr. 2011
Jb news   informativo nr. 2011Jb news   informativo nr. 2011
Jb news informativo nr. 2011
 
Jb news informativo nr. 2010
Jb news   informativo nr. 2010Jb news   informativo nr. 2010
Jb news informativo nr. 2010
 
Jb news informativo nr. 2009
Jb news   informativo nr. 2009Jb news   informativo nr. 2009
Jb news informativo nr. 2009
 
Jb news informativo nr. 2008
Jb news   informativo nr. 2008Jb news   informativo nr. 2008
Jb news informativo nr. 2008
 
Jb news informativo nr. 2005
Jb news   informativo nr. 2005Jb news   informativo nr. 2005
Jb news informativo nr. 2005
 
Jb news informativo nr. 2004
Jb news   informativo nr. 2004Jb news   informativo nr. 2004
Jb news informativo nr. 2004
 
Jb news informativo nr. 2003
Jb news   informativo nr. 2003Jb news   informativo nr. 2003
Jb news informativo nr. 2003
 
Jb news informativo nr. 2001
Jb news   informativo nr. 2001Jb news   informativo nr. 2001
Jb news informativo nr. 2001
 
Jb news informativo nr. 1998
Jb news   informativo nr. 1998Jb news   informativo nr. 1998
Jb news informativo nr. 1998
 
Jb news informativo nr. 1996
Jb news   informativo nr. 1996Jb news   informativo nr. 1996
Jb news informativo nr. 1996
 
Jb news informativo nr. 1994
Jb news   informativo nr. 1994Jb news   informativo nr. 1994
Jb news informativo nr. 1994
 
Jb news informativo nr. 1992
Jb news   informativo nr. 1992Jb news   informativo nr. 1992
Jb news informativo nr. 1992
 
Jb news informativo nr. 1989
Jb news   informativo nr. 1989Jb news   informativo nr. 1989
Jb news informativo nr. 1989
 
Jb news informativo nr. 1987
Jb news   informativo nr. 1987Jb news   informativo nr. 1987
Jb news informativo nr. 1987
 

Pensando o futuro do Brasil

  • 1. JB NEWS Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Editoria: Ir Jeronimo Borges JB News nr. 2.091 – Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de janeiro de 2016 Nesta edição: Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e www.google.com.br Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores. Índice desta edição: Bloco 1 -Almanaque Bloco 2 -IrMarcos Coimbra – Pensando o Brasil do Futuro Bloco 3 -IrWalter Celso de Lima – Rito e Ritual de Emulação Bloco 4 -IrJosé Valdecir Souza Martins – A Força da Egrégora - Bloco 5 -Ir Luiz Marcelo Viegas (Site O Ponto Dentro do Círculo) – O Mito de Tântalo Bloco 6 -IrPedro Juk – Perguntas & Respostas – do IrRodrigo Coletti (Campo Mourão-PR) Bloco 7 - Destaques JB – O Prumo de Hiram - Breviário Maçônico para o dia 23 de junho (A Idade) – versos do Irmão e Poeta Raimundo Augusto Corado
  • 2. JB News – Informativo nr. 2.091– Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de junho de 2016 Pág. 2/26 Primeira Guerra da Independência Escocesa  1314 - Primeira Guerra da Independência Escocesa:A Batalha de Bannockburn, ao sul de Stirling, começa.  1483 - O Papa Sisto IV profere a excomunhão e o interdito à República de Veneza.  1532 - Henrique VIII de Inglaterra e Francisco I de França assinam um tratado secretamente contra o Imperador Carlos I de Espanha.  1565 - Turgut Reis, comandante da marinha do Império Otomano, morre durante o Cerco de Malta.  1661 - Casamento entre Carlos II de Inglaterra e Catarina de Bragança.  1683 - William Penn assina um tratado de amizade com os indíos Lenapes, na Pensilvânia.  1794 - Catarina, a Grande da Rússia permite que os judeus possam morar em Kiev.  1812 - Guerras Napoleónicas: Napoleão Bonaparte invade a Rússia.  1828 - O rei Miguel I de Portugal usurpa a coroa da sua sobrinha, a rainha Maria II de Portugal, dando início às Guerras Liberais.  1894 - Fundação do Comitê Olímpico Internacional na Sorbona, em Paris, por iniciativa do barão Pierre de Coubertin.  1914 - Revolução Mexicana: Pancho Villa toma Zacatecas de Victoriano Huerta.  1940 - Inauguração da Exposição do Mundo Português, em Lisboa  1991 - A Moldávia declara sua independência da URSS. 1 – ALMANAQUE Hoje é o 175º dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Cheia) Faltam 191 para terminar este ano bissexto Dia Internacional das Aldeias SOS Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado. Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária. EVENTOS HISTÓRICOS (fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki) Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
  • 3. JB News – Informativo nr. 2.091– Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de junho de 2016 Pág. 3/26  1992 - O presidente Fernando Collor de Mello vai à televisão desmentir que tivesse a intenção de renunciar.  1995 - lançado o álbum Mamonas Assassinas (álbum) o único álbum oficial de estúdio da banda brasileira Mamonas Assassinas.  1996 - Paulo César Farias, tesoureiro da campanha presidencial de Fernando Collor, é assassinado ao lado de sua amante. 1736 Carta desta data, dirigida à Câmara de Laguna, pedem que se providenciem socorros à colônia de Sacramento. 1862 Nasce, na Alemanha, Paulo Zimermann, vindo criança para para o Brasil e estabelecendo-se com a família em Blumenau. Trabalhou como agrimensor na abertura de estradas no Vale do Itajaí, inclusive na ligação de Ituporanga-Rio do Sul. Foi deputado estadual e prefeito de Blumenau em três períodos. Morreu no exercício do mandato de prefeito em 9 de março de 1923.. 1893 Republicanos revolucionários, na cidade de Desterro, intimam o governador interino, Eliseu Guilherme da Silva, a deixar o seu cargo; ele, entretanto, resiste. 1920 Morre, em Florianópolis, o Cônego Arcângelo Ganarini. Era natural da Itália, onde nasceu a 1º de fevereiro de 1844. 1947 Promulgada, nesta data, a sétima Constituição do Estado de Santa Catarina. 1822 Ata da 7ª. Sessão do Grande Oriente Brasileiro, presidida por Gonçalves Ledo. Aprovada a iniciação de diversos candidatos e reprovada de um deles por improbidade. 1831 Fundação da Grande Loja do Peru 1840 Maioridade de D. Pedro II, resultado de movimento com forte participação Maçônica, visando pacificar a nação e evitar que viesse a ser desmembrada. 1896 Reinstalada a Loja Concórdia II de Itaboraí (RJ) no Rito Moderno sendo Elevados ao Grau 7 desse Rito os IIr Jeremias José da Silva Mello, Raimundo Gomes de Souza, Honório Parentes, José dos Santos e Silva, Coriolando de Castro Lima e João Raimundo Martins 1926 Fundação da Grande Loja de Rondônia 1933 Filiada ao Grande Oriente Estadual e ao Grande Oriente do Brasil, a Loja Maçônica Fraternidade Norte Fluminense foi fundada em 18 de março de 1933 e regularizada no dia 23 de julho de 1933. 1951 Fundada a Ordem Islandesa de Franco-Maçons, a Grande Loja da Islândia, cujo primeiro Grão- Mestre foi o próprio Presidente Islandês, Sveinn Björnsson Fatos maçônicos do dia Fonte: O Livro dos Dias 20ª edição (Ir João Guilherme) e acervo pessoal históricos de santa Catarina Extraído de “Datas Históricas de Santa Catarina” do Jornalista Jali Meirinho e acervo pessoal
  • 4. JB News – Informativo nr. 2.091– Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de junho de 2016 Pág. 4/26 O Irmão Marcos Coimbra é Secretário de Educação e Cultura do SCRM – do GOB e MI da Loja Maçônica União e Tranquilidade nr. 2 do GOB/RJ, Economista e Professor, Membro do Conselho Diretor do CEBRES, Titular da Academia Brasileira de Defesa e Autor do livro Brasil Soberano “Na minha página www.brasilsoberano.com.br existem cerca de hum mil artigos de minha lavra , publicados nos últimos quinze anos.” Correio eletrônico: mcoimbra@antares.com.br PENSANDO O BRASIL DO FUTURO O Brasil necessita urgentemente de um Plano Nacional de Desenvolvimento capaz de contemplar os aspectos econômicos e sociais com eficácia, sob pena de tornar-se ingovernável em curto espaço de tempo, o qual tem de ser feito por especialistas brasileiros, com base nos anseios, necessidades e desejos da população, alicerçados na filosofia, doutrina, ideário e teoria adequados para seus formuladores, analisando-se a situação internacional e nacional, levantando as necessidades básicas (carências que devem ser atendidas), estudando-se os óbices existentes. Para isto, necessita de Instituições que pensem o país, a médio e longo prazo. De um modo geral, a maioria dos especialistas e técnicos está engajada no controle das variáveis de curto prazo e poucos se preocupam com o futuro. Até o ministério do Planejamento, órgão responsável pela missão, possui grande parte de seu trabalho absorvido pelos problemas conjunturais. Poucas organizações preocupam-se com a tarefa de elaborar o Planejamento Estratégico do Brasil. E uma delas é justamente a Escola Superior de Guerra (ESG) e seu prolongamento, a Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG). A ESG foi criada pela Lei no. 785, de 20 de agosto de 1949, como “Instituto de altos estudos, subordinado diretamente ao Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas e destinado a desenvolver e consolidar os conhecimentos necessários para o exercício das funções de direção e para planejamento da Segurança Nacional”, pelo Congresso Nacional e sancionada pelo Presidente da República Eurico Gaspar Dutra. Em seu art. 2º determina ainda que “funcionará como Centro Permanente de Estudos e ministrará os cursos que, nos termos do art. 4º , forem instituídos pelo Poder Executivo”. Ao longo do tempo, incorporou como objeto de seus estudos o Desenvolvimento Nacional, daí surgindo o binômio “Segurança-Desenvolvimento”, destinado a promover “Ordem e Progresso”. Seus estagiários possuem um alto nível (mais de 6.000 diplomados) que têm sido, dentre os civis, Ministros do Poder Judiciário, Doutores, Professores, Desembargadores e Juízes. Várias autoridades passaram pelos seus bancos, Presidentes da República, Ministros de Estado, Presidentes de Tribunais, Governadores, Senadores e Deputados. Trata-se de uma Instituição criada por brasileiros ilustres como o Marechal Cordeiro de Farias, o General Juarez Távora, o General Idálio Sardenberg e tantos outros. Segundo Castelo Branco: "Nesta casa estuda-se o destino do Brasil". 2 – Pensando o Brasil do Futuro Marcos Coimbra
  • 5. JB News – Informativo nr. 2.091– Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de junho de 2016 Pág. 5/26 A ADESG representa, em termos de multiplicação, a expansão natural do pensamento da ESG. Presidida atualmente pelo Prof. Gustavo Heck, a ADESG já formou mais de 60.000 diplomados em todos os rincões do país. A Associação executa aquilo que é impossível para a Escola realizar, diante de suas limitações físicas, financeiras e operacionais. Encarrega-se de disseminar as ideias elaboradas pela ESG a milhares de brasileiros, em todos os estados do país, todos os anos, através de suas delegacias e representações. Muitos estudos foram encomendados por autoridades do primeiro escalão governamental, como, por exemplo, o encomendado à ESG pelo então ministro-chefe do EMFA, Tenente-Brigadeiro-do-Ar Waldir Vasconcelos, sobre planejamento familiar, o qual mereceu o seguinte comentário de um dos principais jornais do país: "TUDO PRONTO: A partir de estudos feitos pela ESG nos últimos três anos o Governo poderá definir até janeiro uma nova política demográfica nacional, optando pela ocupação dos grandes espaços em lugar de adotar um rígido programa de planejamento familiar. A mudança de tática traz duas vantagens para sua implantação: não contraria a orientação da Igreja Católica e é de execução infinitamente mais simples. O estudo já está pronto e repousa nas gavetas de Brasília à espera de um momento mais propício para ser detonado. Mais do que tudo, segundo os que já passaram os olhos sobre o estudo, a nova política demográfica consegue atender a interesses políticos antagônicos, mantendo-se equidistante das propostas radicais da direita e da esquerda." Vários outros foram elaborados, mas são mantidos em sigilo, devido a seu caráter reservado. E o mais importante é, sem dúvida, a singular oportunidade de trabalho em equipe, sob a supervisão de um corpo permanente, realizado por dezenas de brasileiros de alto gabarito, civis e militares, patriotas de formação interdisciplinar, que estudam de modo apartidário e imparcial a problemática brasileira, propondo sugestões de solução, consubstanciadas em Planos Nacionais, contendo políticas e estratégias, de excelente qualidade. Além disto, depois de diplomados, passam a utilizar em seu cotidiano profissional os proveitosos ensinamentos recebidos e permanecem irmanados pelo mesmo ideário, reunindo-se periodicamente as diversas turmas para troca de informações e aperfeiçoamento dos conhecimentos. Ainda existem no Brasil pessoas em busca do Bem Comum, pensando no futuro das novas gerações, acima da mediocridade reinante e da corrupção endêmica, que assolam nosso país. Correio eletrônico : mcoimbra@antares.com.br Página: www.brasilsoberano.com.br
  • 6. JB News – Informativo nr. 2.091– Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de junho de 2016 Pág. 6/26 Ir Walter Celso de Lima, KT Loja Alvorada da Sabedoria nr. 4987 Membro da Academia Catarinense Maçônica de Letras Florianópolis (GOB/SC) 1. Rito: A palavra “rito” tem sua origem na língua latina; ritus, -us que significa cerimônia. Rito é um conjunto de rituais; é uma sucessão de palavras, gestos e atos que, de maneira repetitiva, compõe uma cerimônia completa. O rito pode ser religioso ou não. O ritual, apesar de seguir um padrão ao ser executado, não deve ser mecanizado, automatizado. Ritual é, então, a execução de uma cerimônia, o experimentar de sensações, a motivação de intentos, de valores, a vivência de um rito, a vivência de uma cerimônia. Um rito, por exemplo, o Rito Escocês Antigo e Aceito (REAA) é composto por dezenas de rituais: 3 dos graus simbólicos, 30 dos altos graus, rituais de iniciação, de elevação, de exaltação, de instalação e posse de Venerável, reassunção de Venerável, ritual de banquete, ritual de bodas, ritual de pompa fúnebre, etc. O ritual é, pois, um conjunto de atividades organizadas, no qual, as pessoas que o executam se expressam por meio de gestos, de símbolos, de linguagem (também, do silêncio) e de comportamentos, que transmitem um sentido coerente com um objetivo definido. O caráter comunicativo do rito é de extrema importância, pois não é qualquer atividade organizada que constitui um rito. Os ritos podem ser jurídicos, militares, morais, religiosos, diplomáticos, maçônicos, etc. São empregados sempre que se pretende impor uma determinada ordem a ser seguida, uma determinada regra, uma diretriz e, por força de lei, ou de costume ou, ainda, por consenso; deve ser seguido, sob pena de infringir o sentido, o intrínseco, que ele pretende simbolizar. A vida é repleta de ritos que são seguidos até sem se perceber, de tão arraigados que estão no viver. Efetivamente, vive-se e respira-se ritos diuturnamente. Exemplos: ao se apertar a mão, num cumprimento, está-se executando um rito que, no passado, simbolizava: “ao apertar sua mão ocupo-a tal que me é impossível, também, desembainhar uma espada contra você”. Vale dizer: “sou amigo, não sou agressivo”. Ninguém, hoje pensa em espadas, ao apertar uma mão. O beijo é outro rito: demonstração de afeto, carinho. Simboliza: “ao pressionar meus lábios estou transferindo e usufruindo um sopro de vida a você”. Quando você beija sua esposa não pensa em transferir um sopro a ela. Não se pensa assim ao beijar. 3 – Rito e Ritual de Emulação Walter Celso de Lima
  • 7. JB News – Informativo nr. 2.091– Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de junho de 2016 Pág. 7/26 Liturgia (λειτουργία, "serviço público" ou "trabalho público") é composto de "laós" (povo) e -urgía (trabalho, ofício). Modernamente, significa celebração de um ritual formal e elaborado. A liturgia pode ser religiosa ou não. Místico (μυστικός, "relativo aos mistérios"), significava, originalmente, a crença que admite a comunicação do homem com Deus. Hoje, num sentido mais lato, místico é um iniciado que alcançou (ou que detém) um segredo importante. Tem, também, o sentido de contemplação. Uma pessoa mística é contemplativa. A palavra, entretanto, tem sido usada para todos os tipos de conhecimento esotérico (religioso ou não), isto e’, conhecimento não susceptível de verificação, destinado a uns poucos iniciados. Diferentemente do sentido de exotérico, que é o conhecimento não susceptível de verificação, destinado à ampla divulgação. O esoterismo e o exoterismo podem ser religiosos ou não. Conhecimento não susceptível de verificação não quer dizer, necessariamente, que não seja racional. Mítico (relativo a mito, do grego μύθος - mythos) é aquilo que pertence a um mito ou que é originado de um mito. Mito é um relato fantástico, de tradição oral, que, geralmente, guarda um fundo de verdade, heroico, narrado com objetivo de pregar um fundamento moral. É uma alegoria. Os rituais maçônicos são místicos (porque esotérico destinado a uns poucos iniciados, em cada grau), são míticos (porque alegórico com fundamento moral) e são não-religiosos. Uma vez definido estes conceitos, é importante lembrar que, na maçonaria, num ritual, cada palavra, cada gesto, cada ação (incluindo o silêncio), têm um significado simbólico. Nada é feito no ritual sem uma razão, sem um sentido. Na maioria das vezes, não se sabe o significado de cada uma das ações. Mas, certamente, há significados simbólicos que, aos poucos, se descobre, se desvenda e se revela (isto é, retira-se os véus), em cada execução do ritual. Aí está uma das riquezas do ritual: a descoberta incessante, contínua, de cada significado simbólico. No final deste trabalho dar-se-á alguns exemplos simbólicos, desvendados no Rito Brasileiro. Raramente, absorvem-se integralmente os textos dos rituais. Absorve-se, assimila-se, sempre, imagens isoladas, símbolos isolados, frases e fragmentos, dependendo dos interesses imediatos e do estado mental de cada um. Estes fragmentos passam como fluídos pelas mentes de quem participa. Interessante e importante esta observação: absorve-se, sempre, de forma fragmentária. Por isso, talvez, os rituais são tão repetitivos. A cada execução do ritual, a cada repetição, seleciona-se, inconscientemente, aquilo que se absorve. A seleção é uma escolha de textos benéficos, generosos, isto é, tem um viés polarizado pelos interesses imediatos e atuais de cada indivíduo. Por vezes, percebe-se que, a cada vivência do ritual, encontra-se pequenas coisas que antes não se havia dado conta. E dá-se conta que estas pequenas coisas são importantes. É como se o ritual se renovasse, embora permaneça o mesmo há muitos séculos. É como se o ritual se reinterpretasse e se corrigisse a si mesmo. Isto é fantástico e depende só da mente, das sensações, dos hábitos, da existência, do espírito de cada um. Uma afirmação muito importante: toda corporação que usa rituais litúrgicos, religiosos ou não, todo e qualquer ritual e toda ritualística é, apenas, um meio e, nunca, um fim. Coloca-se, então, uma questão fundamental: meio para quê? 2. Origens do ritual: O ritual maçônico é muito antigo. Originou-se, provavelmente, no século XIV. Nenhuma pessoa o “compôs” ou o “inventou” --- não existiu um autor. Representava a perpetuação das atividades e práticas dos maçons operativos (maçons de ofício, pedreiros e construtores), de seus usos e aplicações de trabalho e de seus costumes. Não era nem mesmo um ritual; foi simplesmente chamado de “trabalho” ou “work”. Desde o século XIV e até hoje, no Reino Unido, é chamado de
  • 8. JB News – Informativo nr. 2.091– Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de junho de 2016 Pág. 8/26 “work” e não de ritual. Ritual e rito são palavras que apareceram, na maçonaria, em França, no século XVIII. Foram adotadas pelos norte-americanos, brasileiros, alemães e demais países continentais, mas não pelos britânicos. Do que constava esse “work” dos maçons operativos ou maçons de ofício? Um exercício de imaginação, baseado em evidências, pode-se visualizar um ritual (“work”). O que está abaixo são conjecturas, suposições. Não existe nada escrito sobre isso. Todo novato que entrava para uma guilda de maçons operativos tinha, certamente, que fazer um juramento, promessa ou compromisso. Por quê? Juramento para não revelar os segredos de construção, pois não havia plantas, planejamentos ou cálculos, somente segredos, conhecimento pragmático, conhecimento que importa o êxito prático e desprovido de teorias. Acresce o fato que a grande maioria dos maçons operativos era analfabeta. E as catedrais góticas levavam muitas gerações para serem construídas. A catedral de Notre Dame, em Paris, por exemplo, demandou 182 anos de construção (seis gerações, à época). Uma ideia de como trabalhavam e viviam os maçons operativos na construção de catedrais, pode ser lida num romance de Ken Follet1 (Follet, 1992) --- “Os Pilares da Terra”. Embora romance, as circunstâncias de acontecimentos e a conjuntura são bastante verdadeiras. Todo conhecimento de construção era pragmático e esses segredos de como construir eram transmitidos oralmente. Ao novato, fornecia-se instruções de como trabalhar; obviamente, era provido de ferramentas e instruções de seu uso. Era ensinado, também, como manter as ferramentas em boas condições de uso e instruído sobre as responsabilidades do novato. A guilda era presidida e supervisionada por um Mestre e seus assistentes. A nomenclatura da época, no Reino Unido, era Master of the Lodge (Mestre da Loja, posteriormente, nomeado Venerável Mestre) e os assistentes eram warden (pessoa que cuida de um lugar determinado e assegura que as regras são obedecidas, ou seja, zeladores, guardadores, posteriormente nomeados Vigilantes). Havia, também, os “trabalhadores do chão” ou “oficiais do chão” (officials of the ground) que transmitiam ordens do Mestre da Loja para os Zeladores; esses “trabalhadores do chão” deram origem aos Diáconos, e nas lojas do continente europeu, especialmente as francesas, aos Expertos. Um “comunicador” organizava o trabalho; este “comunicador” deu origem ao Diretor de Cerimônias. O Mestre e seus assistentes, também, davam instruções aos novatos. Este grupo de trabalhadores desenvolveu sua própria terminologia, denominou outros cargos de seus oficiais. Forneceu, também, a cada membro do grupo, modos reservados de identificação --- senhas, palavras sagradas --- para provar sua condição de membro do grupo no estrangeiro ou entre estranhos. Cada guilda cuidava de seus próprios trajes, aventais de couro para proteger suas roupas que os identificavam e se tornaram seu distintivo. Os pagamentos, salários e as contribuições para uma caixa de previsão para o futuro, para acidentes (futura previdência), para as viúvas em caso de morte do maçom (surgiu, então, o Tronco da Viúva), consequentemente, precisaram de um tesoureiro. Analogamente, os registros de trabalhos, de horários, etc. necessitaram a nomeação de um secretário. Estava formada a loja e, com a perpetuação de usos, costumes e práticas, estava formado o ritual (“work”) de transmissão oral. Repete-se: tudo são conjecturas, não há provas de que assim surgiu um ritual. Toda guilda tinha suas próprias regras, também, de transmissão oral. 1 Kenneth Martin Follet, Ken Follet, filósofo, jornalista e escritor galês, nasceu em 1949, em Cardiff, País de Gales. Formado em filosofia pela University College of London, tornou-se jornalista e escritor. Publicou 29 romances, todos num contexto da história medieval, moderna ou contemporânea. “Os Pilares da Terra” (The Pillars of the Earth) foi editado em 1989 e, em 2010, transformou-se em séries de TV. Follet é membro da Yr Academi Gymreig (Academia Galesa) e membro da Royal Society of Arts.
  • 9. JB News – Informativo nr. 2.091– Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de junho de 2016 Pág. 9/26 Eram listas de deveres e de direitos dos maçons, regras e regulamentos com os quais os trabalhadores foram governados. Algumas dessas regras foram escritas e chegaram aos nossos dias: as Old Charges ou Antigas Obrigações. Assim, o work (ritual) perpetuou-se, elaborado e desenvolvido não por tradição, pelo estudo em livros ou desenvolvido teoricamente, mas a partir do próprio trabalho diário na construção de catedrais e outros edifícios. Surgiram alegorias e lendas cujo objetivo era (e é) evidenciar, simbolicamente, a preparação para o desenvolvimento de virtudes, de valores e de bem viver. Aqui está a resposta: todo ritual maçônico é, apenas, um meio e, nunca um fim. Meio para quê? Meio para a preparação, para o desenvolvimento de virtudes, de valores e de bem viver. Aos poucos, a partir do século XVI, houve um declínio das atividades das guildas. Por quê? Pelo desenvolvimento científico e desenvolvimento da matemática, as construções tornaram-se viáveis tecnologicamente, baseadas em cálculos estruturais, planejamentos e elaboração de plantas e projetos. O pragmatismo dos maçons operativos das guildas tornou-se obsoleto e economicamente dispendioso face ao desenvolvimento tecnológico. Acrescenta-se o aparecimento de universidades formando arquitetos e construtores (Valsechi, 2014). Aos poucos, a maçonaria operativa transforma-se em especulativa. Na Escócia, ainda no século XVI, aparecem os primeiros maçons “aceitos”, isto é, maçons que não eram pedreiros ou construtores, mas filósofos, aristocratas, cientistas, oriundos das universidades que substituíram a construções de catedrais pela construção do seu ser interior, usando toda simbologia e filosofia expressa no work (ritual). A data aceita como marco dessa mudança foi 1717, em Londres. Já, nesta época, a maçonaria moderna, denominada de especulativa ou dos aceitos, já distanciada da influência da Igreja Católica; tinha ainda grande influência da Igreja Anglicana e de calvinistas escoceses. O ritual usado nessa época pela “Loja dos Modernos” era um ritual bastante simples e quase deísta. Esse ritual, introduzido em França em torno de 1725, compôs o então chamado Rito Francês e posteriormente denominado Rito Moderno. A partir de 1751, com a fundação da “Loja dos Antigos”, foi usado um ritual de origem irlandesa, bastante teísta, de 3 graus, mais o Arco Real (que não é o 4º grau). Este ritual deu origem ao Rito de York usado especialmente pelos norte- americanos, chamado também de Rito Inglês Antigo. O Trabalho de Emulação tem uma extensão do terceiro grau, que não chega a ser um novo grau, chamado Arco Real. Não se trata de um grau superior, mas um grau adicional. E não mais faz parte do Ritual de Emulação, mas forma um corpo (agregação de maçons) próprio. Não confundir o Arco Real do sistema inglês com o Corpo de Graus Superiores do sistema americano (Rito de York), conhecido como Real Arco. A rivalidade entre “Antigos” e “Modernos” requereu novos regulamentos para o governo da Ordem. Por consenso, procurou-se uma nova forma de ritual. No ritual dos “Modernos”, foram retiradas em 1723, as orações, omitiram os dias santos e descristianizaram o ritual. Cortaram a leitura dos Antigos Deveres e retiraram as espadas nas iniciações. Essa rivalidade entre “Modernos” e “Antigos” perdurou até 1813, quando da unificação e formação da Grande Loja Unida da Inglaterra. Procurou-se, então, adotar um ritual que fosse uma fusão entre o ritual dos “Modernos” e o dos “Antigos”. Na unificação, decidiu-se pela perfeita unidade no “trabalho”. Foi formada uma “Loja de Reconciliação”, composta de um número
  • 10. JB News – Informativo nr. 2.091– Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de junho de 2016 Pág. 10/26 igualitário de maçons “Antigos” e “Modernos”, com a incumbência de definir a forma do ritual a ser observada permanentemente. 3. Ritual de Emulação: Só em 5 de junho de 1816 (30 meses depois), a Loja de Reconciliação aprovou as Cerimônias do Trabalho (“work”) em sessão presidida pelo Grão Mestre da Grande Loja Unida da Inglaterra, o duque de Sussex2 . A Loja de Reconciliação, havendo cumprido o propósito específico para a qual foi constituída, deixou de existir em 1816 e a divulgação e estudo do novo ritual recaiu nas Lojas de Instrução que nasceram neste ano. A mais importante dessas Lojas de Instrução foi a Loja Unida de Perseverança, fundada em 26 de janeiro de 1818. Essa loja contava com os maçons mais instruídos da época, dos quais, nove foram fundadores da Loja de Emulação e Aperfeiçoamento (Emulation Lodge of Improvement), em 1823. O objetivo dessa nova Loja era ensinar, de forma precisa, o ritual acordado pela Loja de Reconciliação. Tornou-se, então, a curadora oficial em todo mundo do Ritual de Emulação. Curadora é a instituição que cuida dos interesses e defende a pureza do Ritual de Emulação. Ao contrário de outros ritos que são admitidos pelo GOB, o Ritual de Emulação é monitorado, interpretado e explicitado, para todo mundo, exclusivamente, pela Emulation Lodge of Improvement. Dúvidas poderão ser sanadas no site http://emulationloi.org/ através da comunicação com o secretário da Loja: secretary@emulationloi.org. Daí, surgiu o termo Emulation (Emulação), ligado à Loja a “Emulation Lodge of Improvement” (Loja de Emulação e Aperfeiçoamento), verdadeira escola de maçonaria onde são dadas instruções por preceptores que ensinam o ritual aos Irmãos, a qual existe e funciona até hoje. O primeiro e mais importante preceptor da Loja de Emulação e Aperfeiçoamento foi Peter William Gilkes, célebre instrutor maçônico, cujo nome está inseparavelmente unido ao Trabalho de Emulação. Peter William Gilkes, um humilde verdureiro de Carnaby Market (Soho District), em Londres, nasceu em 1765, em local não sabido e faleceu em 1833, em Londres. Iniciou-se em 1786, na British Lodge, agora de nº 8. Foi membro da Loja de Perseverança e fundador da Loja de Emulação e Aperfeiçoamento, onde foi escolhido Líder do Comitê de Emulação, em 1825, posição que ocupou até sua morte em 1833. Foi sucedido por brilhantes Irmãos e até hoje existe um Líder do Comitê de Emulação. Gilkes está enterrado num grande mausoléu maçônico no corredor norte, de leste para oeste, da St. James Church, Picadilly, Londres, desde 1834. 2 O duque de Sussex, em 1816, foi o príncipe Augustus Frederick (nascido em 1773 e falecido em 1843), 6º filho do rei George III do Reino Unido e Grão Mestre da Grande Loja Unida da Inglaterra de 1813, até sua morte em 1843. O Grão Mestre da GLUI tem cargo vitalício e é o chefe do Estado Maçônico; o chefe do Governo Maçônico é o Pró-Grão Mestre, eleito a cada 4 anos.
  • 11. JB News – Informativo nr. 2.091– Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de junho de 2016 Pág. 11/26 Fig. 1 - Peter William Gilkes O princípio básico de Emulação é que o ritual não pode ser alterado em nenhum lugar do mundo, sem que a Grande Loja Unida da Inglaterra não sancione a alteração, após estudos da Loja de Emulação e Aperfeiçoamento. Na verdade, houve, apenas, duas alterações. A primeira, em 1964, 148 anos após a aprovação do Trabalho de Emulação, quando foi aprovado uma forma alternativa de penalidade, explicitando serem penalidades figurativas. Isso foi feito por proposta do bispo Herbert, Grão- Mestre Provincial de Norfolk. Em 1986, 170 anos após a aprovação do Trabalho de Emulação, as penalidades que envolvem juramentos de sangue (“blood oaths”) foram removidas. No Brasil, o Ritual de Emulação foi modificado. Primeiramente, no nome: traduziram, erroneamente, em 1912 “Craft Masonry” (Ofício Maçônico) por Rito de York. O Ritual de Emulação não é um Rito e nem de York. Esse erro perdura até hoje e é reconhecido pelo GOB (GOB, 2009 – o reconhecimento do erro está nas pags. 17 e 21). Há erros de tradução, também, no Ritual de Emulação em português, publicado pelo GOB. Há uma confusão entre os termos “templo” e “loja” que não têm o mesmo significado. Há, também, a abreviação por três pontinhos: V.’.M.’., em lugar de V.M.. Não existe três pontinhos na maçonaria britânica. O triponto é de origem francesa. Não existe, também, na maçonaria britânica, o tríplice e fraternal abraço. Em verdade, não existe, no Reino Unido, o Rito de York. O Rito de York é um rito de 13 graus sucessivos, que é também chamado de Rito Inglês Antigo, muito utilizado nos EUA. No Reino Unido, o sistema inglês é chamado de Craft Masonry (Arte Maçônica ou Ofício Maçônico). O Ritual de Emulação (ou Trabalho de Emulação – Emulation Ritual ou Emulation Work) faz parte deste sistema de Arte Maçônica. O Ritual de Emulação é oral e no Reino Unido não se usa manuais, exceto o P.M.I. (último ex-Venerável ou Past Master Imediato) que funciona como “ponto” (auxiliar que, de maneira oculta ou discreta, recorda aos participantes da sessão as suas falas, quando necessário). O P.M.I. pode corrigir até o Venerável Mestre em suas falas. Esse “ponto” pode ser substituído por aparelhos de gravação eletrônica de pequenas dimensões, usados por todos os participantes que devem usar falas de uma sessão. Em lojas inglesas, é costume não entregar rituais impressos aos Aprendizes e aos Companheiros. Isso contribui e estimula “emular” o ritual. Emular significa esforçar-se para a realização de um mesmo objetivo; imitar; seguir o exemplo; igualar; praticar apenas olhando. Ao se ler o ritual, está-se sujeitando contra a própria ideia, ou seja, não se está emulando. O Ritual de Emulação não teve influência de qualquer ocultismo, tais como alquimia, rosacrucismo, martinismo, cabalá, etc. Não há, no Ritual de Emulação, a bateria feita com palmas, mas apenas o bater dos malhetes do V.M., do 1º e 2º Vig..
  • 12. JB News – Informativo nr. 2.091– Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de junho de 2016 Pág. 12/26 A partir de 1871 foi impresso um ritual “The Perfect Ceremonies of Craft Masonry” (Cerimônias Exatas da Arte Maçônica), publicado pela Lewis Publishers3 de Londres. A publicação desse ritual teve severa oposição de oficiais superiores da Grande Loja Unida da Inglaterra. O ritual foi impresso, também, na Nigéria, em torno de 1920 e republicado em 1939, pela Lewis, com forte oposição da Grande Loja Unida da Inglaterra. Esse ritual nigeriano distinguiu-se por mostrar comentários sem restrições. Por isso, foi amplamente disseminado. O ritual “Cerimônias Exatas” foi traduzido para o português em 1920, pelo Ir. Joseph Thomas Wilson Sadler membro da “Lodge of Unity” de São Paulo. Ele usou corretamente a expressão “Cerimônias Exatas da Arte Maçônica” e não mencionou a expressão “Rito de York”. Em 1976, foi reimpresso o Ritual de 1920, e aparecendo a expressão “Rito de York”, inserido por algum inventor que, aliás, já vinha sendo usado há muito tempo, consagrando assim definitivamente no Brasil, um nome que não existe no sistema inglês. Sabe-se que na Inglaterra esse Trabalho não tem essa denominação. Como todos os rituais usados atualmente pelos brasileiros estão baseados nessa tradução, e como foi mantido, em 1976, o termo Rito de York, ainda que de forma incorreta, tornar-se-á muito difícil, após muitos anos, desfazer-se desse erro que já se tornou corriqueiro e de uso geral. Deve- se repetir que o Ritual de Emulação nem é de York e muito menos é um Rito. A Grande Loja da Inglaterra permitiu imprimir o Ritual de Emulação somente em 1969, com a chancela da Emulation Lodge of Improvement. O Ritual de Emulação não é de York, mas é de Londres e não é um rito, mas um ritual. Não é um rito estruturado, como o REAA, mas um ritual, pois é composto apenas das cerimônias de abertura e fechamento da Loja (incluindo o fechamento da loja no descanso), da iniciação, da passagem (elevação a Companheiro) e da elevação (exaltação a Mestre) e da instalação do Mestre da Loja. Todos os demais procedimentos não fazem parte do ritual: cortejos, meditação, leitura e aprovação de atas, ordem do dia, os três levantamentos, o Tronco de Beneficência, etc. Todos esses procedimentos não pertencentes ao Ritual de Emulação poderão ser feitos em loja fechada. O Trabalho de Emulação é o ritual mais antigo na maçonaria britânica e predominante (cerca de 85%). A Grande Loja Unida da Inglaterra, no entanto, reconhece outros tipos de Trabalhos (todos derivados do Ritual de Emulação), a saber: Taylor Working, Bristol Working, Lewis Working, West End Working, Stability Working, Universal Working, além de outros tipos de Trabalhos menos divulgados. Todos esses tipos de Trabalhos são muito parecidos com o Emulation Working. O mais diferenciado é o Bristol Working, no qual, o Venerável usa um tipo de chapéu chamado “cocked hats” muito usado na marinha inglesa. Nesse Trabalho as cerimônias também são um pouco diferentes. A Loja de Emulação e Aperfeiçoamento manteve por quase 200 anos um padrão uniforme do Ritual de Emulação, sem alterações. Há algumas observações que devem ser feitas: - Não se esquadra o piso mosaico da Loja, exceto na iniciação, na passagem e na elevação. (Esquadrar é um neologismo no sentido de fazer a esquadria (dispor em ângulo reto) nos três cantos do piso mosaico durante perambulação; é impreciso usar o termo enquadrar para o sentido explanado acima). 3 Lewis Publishers é uma editora maçônica britânica, fundada em 1801, portanto, a mais antiga editora maçônica do mundo. Hoje, edita, oficialmente, os rituais para a Grande Loja Unida da Inglaterra e para os capítulos do Sagrado Arco Real.
  • 13. JB News – Informativo nr. 2.091– Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de junho de 2016 Pág. 13/26 - 0 ritual de banquete ritualístico, Festive Board Ritual, não é Ritual de Emulação, mas é um ritual britânico, diferente dos rituais de banquete do REAA, por exemplo, que é baseado nas lojas militares napoleônicas. O Festive Board Ritual é baseado na aristocracia britânica com influências hebraicas e celtas. - Os sinais e palavras sagradas dos três graus são próprios e características do Ritual de Emulação. - Os Cinco Pontos de Companheirismo do 3º grau é a característica do Ritual e é o sinal composto do grau. O termo correto é Cinco Pontos de Companheirismo, tradução de FPOF – Five Points of Fellowship. Embora, deve-se afirmar que há uma tradição nas línguas latinas de chamar Cinco Pontos de Confraternização. - Nenhum sinal, de qualquer grau, deve ser feito com o ritual (o manual); não se deve ter nada nas mãos, exceto os Diáconos e Diretor de Cerimônias com seus bastões. Isso inclui o sinal composto de 3º grau (os Cinco Pontos de Companheirismo) que não deve ser feito com o ritual na mão. - Em loja aberta, não pode haver discussões ou debates e, portanto, não podem ser tratados assuntos administrativos. Os assuntos administrativos devem ser tratados em reunião administrativa, fora do templo. 4. Algumas simbologias: No Ritual de Emulação, há vários procedimentos que, aos poucos, descobre-se seu significado e o porquê. Algumas questões: por que o uso do cortejo inicial e final (que não pertence ao Ritual de Emulação)? Por que não existe um Oriente, ou seja, o Leste, mais elevado como nos outros ritos? (O Rito de Schröder, alemão, também não tem Oriente (Leste) mais elevado). Por que o Ritual de Emulação é, ritualisticamente, mais simples se comparado, por exemplo, ao REAA? Por que se usa ternos escuros (dark suits) e não se usa balandrau? Por que há três levantamentos? Por que no encerramento da loja, o capelão (ou o PMI) promete, por três vezes, fidelidade e guardar nossos segredos em lugar seguro? Por que o sinal composto de 3º grau são os Cinco Pontos de Companheirismo, falado? Os maçons cumprem os Cinco Pontos de Companheirismo? Os maçons cumprem os juramentos dos 3 graus? Por que não se deve fazer sinal de nenhum grau com o ritual na mão? Por que o Ritual de Emulação, tradicionalmente, há quase 200 anos, é oral e não lido? Por quê? Por quê? Ao se procurar respostas estas questões, se instrui, se aprende; o ritual se revela (retira seus véus). Na verdade, a resposta a cada uma destas questões pode dar origem a um proveitoso trabalho. Os significados dos símbolos, na Maçonaria, têm uma limitada flexibilidade, chegando a ter interpretações quase pessoais. Exemplo: o esquadro: símbolo da retidão e que outros dizem símbolo da moral; outros, ainda, símbolo da virtude, ou da justiça, ou do dever, ou da probidade, etc. Há, portanto, certa flexibilidade, elasticidade, elegância de entendimento simbólico. Na verdade, o significado de um símbolo depende da pessoa e da ocasião, do tempo, do momento. É conveniente, sempre, o questionamento sobre o significado de cada símbolo. Um exemplo de interpretação simbólica do Ritual de Emulação: ao abrir a loja, o 1º Vigilante levanta sua coluna (coluna dórica, da força) e o 2º Vigilante abaixa sua coluna (coluna coríntia, da beleza). O V.M. permanece, sempre, com sua coluna levantada (coluna jônica, da sabedoria). Durante o chamado para o descanso e ao encerrar a sessão, o procedimento dos 1º e 2º Vigilantes é o oposto da abertura da loja. Por quê? O 1º Vigilante, ao levantar a coluna da força,
  • 14. JB News – Informativo nr. 2.091– Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de junho de 2016 Pág. 14/26 indica que, ao abrir a loja, “os trabalhos tomam força e vigor”. O 2º Vigilante, ao levantar a coluna da beleza no fechamento da loja (ou quando do descanso), indica que os Irmãos apreciarão a beleza da fraternidade no ágape ou na apreciação de algum trabalho a ser debatido. É praxe, uma rotina antiga, após a fala de alguém, num dos três levantamentos: com a mão direita, bate-se na coxa direita, todos ao mesmo tempo, comandados pelo V.M. ou pelo Diretor de Cerimônias. Trata-se de um sinal de agradecimento britânico; não é um aplauso, como bater palmas. Esse costume tem origem, provavelmente, no Parlamento Britânico4 . Mas, há quem diga que esse costume tem origem na maçonaria operativa ou maçonaria de ofício e foi, depois, introduzido no Parlamento Britânico. Esse sinal de agradecimento não faz parte do Ritual de Emulação, mas é costume em toda a maçonaria britânica. 5. Considerações finais: Os rituais são muito ricos e extremamente eficientes quando se questiona o porquê dos procedimentos. O Ritual de Emulação é, igualmente, rico e fértil em emular valores e virtudes. Há que se questionar o porquê de cada ação, de cada símbolo e de cada palavra. Muitas vezes, não é imediato e fácil descobrir as respostas. Há, também, aqueles que teorizam tentando responder questionamentos, baseados no subjetivismo pessoal; são os que praticam o “achismo”. Há que se estudar, ler, obter respostas confiáveis em boas fontes. Só assim, os rituais tornam-se eficientes para o principal propósito: aprimorar o ser interior, praticar virtudes, melhorar sua vida ou simbolicamente: construir seu templo interior. Por isso, existem maçons. Em seguida, adapta-se um texto de “Zohar, O Livro do Esplendor”. Zohar (‫ַר‬‫ה‬ֹ ‫)ז‬ em hebraico significa esplendor, luminosidade intensa. Zohar foi escrito, provavelmente, por Moisés de León5 , possivelmente em 1260 (Scholem, 1963). O texto de Zohar trata da leitura da Torá. Zohar pode ser lido na internet: Manhar, 2005; Zohar. 2004. “Pessoas sem entendimento veem os textos dos rituais apenas como vestimenta, a roupa. Os mais argutos veem, também, o corpo. Mas os verdadeiros sábios, os que absorvem, mesmo, o ritual, penetram todo o texto do ritual até o âmago, até a alma, até o verdadeiro objetivo original.” Para terminar: como, depois deste texto, se vê o ritual? Uma roupa, um corpo ou seu verdadeiro âmago? 4 O Parlamento do Reino Unido foi a assembleia legislativa do Reino da Inglaterra, fundado em 1066 quando William da Normandia introduziu o sistema feudal e necessitou de um conselho de “inquilinos” (tenant ou holding, algo como inquilinos de terra arrendada) e eclesiásticos antes de promulgar leis. Em 15 de junho de 1215, os “conselheiros” garantiram a Magna Carta (Constituição) feita pelo rei João. Na época, o Parlamento era formado somente por Lords e eclesiásticos. A Lei Básica da União (Act of Union) de 1707 fundiu o Parlamento da Inglaterra com o Parlamento da Escócia, formando o Parlamento da Grã Bretanha. Em 1801, quando o Parlamento da Irlanda foi abolido e fundido, o Parlamento da Grã-Bretanha passou a chamar Parliament of the United Kingdom of Great Britain and Northern Ireland. Em 1999, reconstituiu-se o Parlamento da Escócia. 5 Moisés de León (Moshe ben Shem-Tov - ‫יד–ןואיל‬ ‫םש–בוט‬ ‫ןב‬ ‫השמ‬ ou Moisés de Guadalajara), filósofo e rabino judeu sefardita, nasceu em 1240 e faleceu circa de 1290, autor de Zohar, livro central da Cabalá.
  • 15. JB News – Informativo nr. 2.091– Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de junho de 2016 Pág. 15/26 Referencias Bibliográficas: - Barnes, M. “Peter William Gilkes, a Prominent Teacher of Emulation”. Quatuor Coronati Transactions, vol. 86, pp: 166-167, 1973. - Deflem, M. “Ritual, anti-structure, and religion: a discussion of Victor Turner’s processual symbolic analysis”. Journal for the Scientific Study of Religion, 30 (1): 1-25, 1991. - Follet, K. “Os Pilares da Terra”. Rio de Janeiro, Rocco, 1992. - Gaarder, J. & Hellern, V. & Notaker, H. “O Livro das Religiões”. S.Paulo: Cia. das Letras, 2005. - Genz, P.V. “A Maçonaria Inglesa no Brasil”. S.Paulo: Madras, 2013. - GOB. ”Ritual – Cerimônias Aprovadas do Rito de York (Ritual de Emulação praticado no GOB)”. Brasília, GOB, 2009 - Haywood, H.L. “Freemasonry and the Bible”. London: Collins Clear-Type Press, 1951 - Huxley, A. “A Filosofia Perene”. Cap. XXIV: “Ritual, Símbolo, Sacramento”, pp: 315 – 327, R.Janeiro: Civilização Brasileira, 1971. - Inman, H.F. “El Modo Emulación Explicado” (Emulation Work Explained). 3ª edición. Londres: Gran Logia Unida de Inglaterra, 1943. - Ismail, K. “O que é Rito e o que é Ritual.” JB News, nº 902, de 21.fev.2013. Reproduzido em JB News, nº 1183, de 28.nov.2013. - Jacobs, J. & Broydé, I. “Zohar (called also in the earlier literature Midrash ha-Zohar and Midrash de-Rabbi Shim’on ben Yohai)”. Jewish Encyclopedia, 2011. http://www.jewishencyclopedia.com/articles/15278-zohar Acessado em 29.abr.2014. - Johnson, P. “História do Cristianismo”. R.Janeiro: Imago ed., 2001. - Lima, W. Celso de. “Rituais”, pp: 95-97. In: Lima, Walter Celso de. “Ensaios sobre Filosofia e Cultura Maçônica. São Paulo: Ed. Madras, 2012. - Manhar, Nurho de. “Zohar: Bereshith to Lekh Lekha”. Sacred Texts, 2005. http://www.sacred-texts.com/jud/zdm/index.htm Acessado em 29.abr.2014. - Neves, J.F. “Ritualística, uma tradição a ser cultivada com orgulho.” JB News, nº 904, de 23.fev.2013. - Oliynik, A. “Emulação”. (História, Ritualística e Rituais). Curitiba: ed. Vicentina, 2004. - Paulino, F.M. “Ritual de Emulação. História e Generalidades do Sistema de Trabalho Maçônico baseado no Ritual de Emulação”. Sorocaba: Edição do Autor, 2010. - Paulino, F.M. “Ritual de Emulação. O Grau de Aprendiz Maçom”. Sorocaba: Edição do Autor, 2011. - Paulino, F.M. “Ritual de Emulação. O Grau de Companheiro Maçom”. Sorocaba: Edição do Autor, 2012. - Paulino, F.M. “Ritual de Emulação. O Grau de Mestre Maçom”. Sorocaba: Edição do Autor, 2013. - Pinto de Sá, J.P. “Os Rituais e a Liturgia.”. JB News, nº 865, de 15.jan.2013. - Redman, G. “Rito de York Atualizado” (Trabalho de Emulação e Aperfeiçoamento). S.Paulo: Madras, 2011. - Ribeiro, J.G.C. “Ainda sobre o Rito Inglês”.Engenho & Arte, nº 13, pp: 19-23, 2004. - Santos, P. “O Inexistente Rito de York junto ao Grande Oriente do Brasil.” JB News, nº 1196, de 11.dez.2013. - Silva Pires, J. “O Inominado Rito Inglês”. Engenho & Arte, nº 13, pp: 8-11, 2004. - Spoladore, H. “Trabalho de Emulação (Working Emulation) – Ritual de Emulação (Emulation Ritual)”. JB News 791, 26.out.2012. -Tresner, J. “Ritual. Quem precisa dele ?” JB News, nº 762, de 27.set.2012. - Valsechi, A. “Porque e Como a Maçonaria Passou de Operativa para Especulativa”. Palestra na ARLS Alvorada da Sabedoria, nº 4285 em 25.fev.2014 e publicada
  • 16. JB News – Informativo nr. 2.091– Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de junho de 2016 Pág. 16/26 Ir José Valdecir Souza Martins MM da Loja Ordem e Progresso n° 25 G.·.L.·.E.·.M.'. S.'..·. - R.·.E.·.A.·.A.·. Reuniões as 6ª feiras às 20:00 horas Or.·. Campo Grande-MS. E-mailvaldeci3pontocom@gmail.com Site: www.administradores.com.br/home/akinathon A FORÇA DA EGRÉGORA Pesquisei o significado desta palavra "egrégora" no dicionário Aurélio e Michaelis e não a encontrei. Acredito que seja um conceito desconhecido do meio acadêmico, que também nasce de uma palavra também pouco usual. Pelo conhecimento maçônico e Rosacruz, pela experiência já vivida em ambos os Templos, “Egrégora” Egrégoras são energias que podem ser geradas e fortalecidas a cada dia. Se elas serão positivas ou negativas, dependerá de quem as criará. Uma egrégora pode ser criada com boas energias, e a medida que for crescendo e acrescentando adeptos, podem mudar o direcionamento dessa energia. No caso a inversão pode ocorrer em todos os sentidos. No entanto, podemos assim conceituar, que a egrégora pode ser perceptível ou imperceptível, dependendo da sensibilidade de cada um. Forma-se pela participação de várias pessoas num determinado ambiente. Modo geral é perceptível em cerimônias, quando "sentimos" o ambiente psicológico presente, as energias emanadas de cada vibrando em torno de nós ou sobre nós. Referem- se a elas religiões, seitas, associações, grupos de filosofia, reuniões de trabalho, etc. Algumas sociedades se vêem incluídas no seguinte conceito: Por axioma, um ser humano nunca vence a influência de uma egrégora caso se oponha frontalmente a ela. A razão é simples. Uma pessoa, por mais forte que seja, permanece uma só. A egrégora acumula a energia de várias, incluindo a dessa própria pessoa forte. Assim, quanto mais poderoso for o indivíduo, mais força estará 4 – A Força da Egrégora José Valdecir Souza Martins
  • 17. JB News – Informativo nr. 2.091– Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de junho de 2016 Pág. 17/26 emprestando à egrégora para que ela incorpore às dos demais e o domine. É a sociedade que querem ser apenas servidas sem jamais servir. Ainda dentro do conhecimento, acredito que existe uma força positiva que congrega toda a força do homem e do universo e que estar ligado a esta força que nos faz mais feliz e mais humano. Infelizmente muitas pessoas ao se prenderem na força do isolamento acabam criando uma força negativa que não acaba congregando com está energia positiva e por isso é que existem tantas discórdias e rancores. Se o homem saísse de seu isolamento e buscasse nos meio que nos agrega a um complemento para se congregar a esta energia aí o mundo será mais humano, mais justo e mais fraterno, mas o que vemos é que o homem busca nas agregações uma forma de se auto isolar e buscar seu bem estar e social e não do homem como um todo e aí ignora sua própria egrégora. Acredito que a Egrégora, não é parte de nenhuma entidade isoladamente, mas sim formada na conformidade de sentimentos e pensamentos. Ora, se em um local, existem pessoa que, com uma intenção e sentimento em comum, estão a trabalhar religiosamente, essas formarão uma Egrégora positiva. Caso exista uma pessoa, que diferente das demais, esteja fora desse sentimento e pensamento, irá somente perturbar, mas fará também parte, criando uma variação na mesma. Isso gerará uma característica única daquele local. A paz, o equilíbrio, a serenidade, o amor ao próximo, torna a egrégora benfazeja em qualquer entidade. O importante compartilhar as visões esperando que cada ser humano tenha poder pessoal para utilizar o conhecimento que dispõe em sua energia. Sempre preferi como cerne do caminho a conexão direta com o espírito, como sempre ouvimos sem mitificar ou criar Deuses que representam a fonte, desta forma, acredito que conseguiremos seguir adiante no nosso caminho. Fazer parte de uma egrégora é um momento mágico e deslumbrante em nossas vidas. Fazer parte de um grupo em que as pessoas estão sintonizadas com um mesmo objetivo e uma mesma missão, é uma situação que nossos corações mais anseiam nesta vida. Poder contar com o apoio, atenção, compreensão e zelo dos componentes dessa egrégora, com certeza, tornará nossa vida mais repleta de bons sentimentos que nos levarão cada vez mais ao equilíbrio e à razão, pois sabemos o que e quem nos está amparando. Pertencer a uma egrégora nos fortalece em vários sentidos e nas mais diversas situações. O importante é compartilharmos conhecimentos como este que nos faz unir em um mesmo pensamento de caridade, humildade que faz de nossa Maçonaria um grande templo de benção e amor e assim podemos dizer em alto e bom tom que vivemos na LIBERDADE, na IGUALDADE e na FRATERNIDADE.
  • 18. JB News – Informativo nr. 2.091– Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de junho de 2016 Pág. 18/26 O Ponto Dentro do Círculo Seu espaço para estudos e pesquisas O Mito de Tântalo Publicado em 21 de junho de 2016por Luiz Marcelo Viegas Vanitas vanitatum et omnia vanitas – Vaidade das vaidades, tudo é vaidade Não é de hoje que o homem aspira a mais perfeita e elevada purificação. Como outrora, religiosos ferrenhamente devotados empreendem uma luta interior buscando alcançar o Olimpo, atingir o nirvana ou vivenciar o paraíso na terra. O mito grego do rei Tântalo desvela a ambição de um mortal que, não satisfeito em ser notoriamente o “predileto dos deuses”, almeja transmutar-se num “deus” propriamente, incorrendo num erro brutal. Apontando a hýbris (desmedida) em Tântalo, na obra intitulada “O Simbolismo na Mitologia Grega”, o renomado estudioso francês Paul Diel, afirma que: “Afoito por sua conquista e esquecido de sua condição mortal e seus limites, Tântalo chega a se exaltar com tal intensidade que lhe sobrevém a tentação de querer se tornar um igual entre as divindades, puros símbolos do espírito”. A fim de obtermos maior clareza sobre esse latente desejo humano e de sua possível perversão, descortinemos o mito legado pelo premiadíssimo tragediógrafo Ésquilo (524-456 a.C.). A desfrutar néctar e ambrosia, Tântalo, o próspero e abençoado rei de Corinto, justo e bem quisto, torna-se o único mortal admitido à mesa dos olímpicos. A consciência dessa distintiva predileção acaba por enredá-lo numa vaidosa e desvairada grandiosidade imaginativa. 5 – O Mito de Tântalo Do Site O Ponto Dentro do Círculo (Ir Luiz Marcelo Viegas)
  • 19. JB News – Informativo nr. 2.091– Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de junho de 2016 Pág. 19/26 Presunçoso, no afã de confirmar seu estatuto de “igual” entre os deuses, Tântalo convida a todos do Panteão para um banquete em seu palácio e, pondo em teste a onisciência divina, lhes oferece o alimento terrestre sob sua forma mais abjeta: a carne de seu próprio filho, Pélops. Servir essa funesta iguaria, fruto de sua obsessão doentia, simboliza a maior perversão empreendida por um mortal. Eis que os deuses são mesmo oniscientes, reconhecem a blasfêmia e, horrorizados, repudiam a ofensiva dádiva. Somente a deusa Deméter, da agricultura, perturbadíssima com o recente desaparecimento da filha Perséfone (Prosérpina ou Kore para os romanos), desatentamente ingere um pedacinho da carne. Malsucedido, Tântalo nem se igualou aos deuses, nem os rebaixou a seu nível, pois Zeus, o soberano do Olimpo, restaurador da ordem, ressuscita Pélops reconstituindo o pedaço faltante do ombro por mármore (daí “hamartía“, a marca) e delibera sobre qual seria o pior castigo para o herege. O menino fora poupado, mas a maldição lançada aos descendentes da Casa de Atreu (cujo expoente será o ganancioso rei atrida Agamêmnon), como a “marca do pecado original” legado no mito de Adão e Eva, trazemos todos até hoje: a eterna insatisfação. A condenação pelo veredicto dos deuses, pela “lei psíquica”, ilustra a justiça inerente a todos nós. É na perturbação oriunda do conflito interior da psyché (alma) humana que as divindades tornam-se expressões simbólicas da legalidade essencial da vida e de sua necessidade de fazer justiça. A santidade idealizada e perseguida em ciclos míticos como o hindu, o islâmico e o cristão, por exemplo, é justa. Almejar, no entanto, a santidade absoluta, esquecendo-se da condição humana, é irrealizável. Mais ainda, uma ambição dessa magnitude constitui evidente desmedida (hýbris), caso de Tântalo. Paul Diel, afirma que: “Justamente em razão dos gregos não terem alcançado a visão clara e mais elevada do ideal simbolicamente expresso pelo mito cristão, é que [neles] o desejo de purificação perfeita só pôde ser visto sob seu aspecto negativo; o perigo de uma superexcitação doentia da esfera espiritual”. A visão mítica dos gregos nos “adverte contra esse perigo exprimindo unicamente o medo de ver rompida a harmonia das pulsões e perder a justa medida”. Para outras formas de re-ligação (religião), o santo, o homem simbolicamente divinizado, “ungido” pelo “deus”, venceu todos os desejos da matéria, tanto no nível das inquietações físicas quanto no nível da imaginação exaltada e, tendo-os dissolvido, ele não é mais afetado por nenhuma tentação. Como Sidarta Gautama, o Buda, transcende a tudo e a todos. Ao que Tântalo almeja, tornar-se também um deus, o grego impõe interdito. O ideal de santidade proposto pela doutrina cristã caracteriza um passo evolutivo que transpõe os marcos da cultura pagã. O interdito é esse: a carne se fazer espírito, o homem tornar-se deus. A correção é essa: o Espírito faz-se carne, Deus faz-se homem. Desse modo, o indivíduo que busca a verdadeira santidade dispõe de toda energia de seus desejos, subtraindo-se ao mundo em relação ao qual ele nada mais deseja e, precisamente por haver-se assim libertado das múltiplas ligações afetivas, permanece unido ao mundo graças a vínculos mais intensos: o amor (caritas), a bondade e a compaixão. Autora: Luciene Felix ( professora de Filosofia e Mitologia Greco-Romana da ESDC)
  • 20. JB News – Informativo nr. 2.091– Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de junho de 2016 Pág. 20/26 Este Bloco é produzido pelo Ir. Pedro Juk, Loja Estrela de Morretes, 3159 - Morretes – PR Substituto do venerável Em 19/10/2015 o Respeitável Irmão Rodrigo Coletti, Loja Verdade e Justiça, 3.263, REAA, GOB-PR, Oriente de Campo Mourão, Estado do Paraná, solicita o seguinte esclarecimento. colettiecintra@colettiecintra.com.br Caro irmão Pedro, cumprimentando-o mais uma vez e quiçá abusando de seus conhecimentos gostaríamos de sanar uma dúvida. Em uma reunião em nossa Loja Simbólica surgiu a seguinte indagação: Na falta do Venerável Mestre, quem é o seu substituto imediato? Um irmão decano afirmou ser o 1º Experto, o que causou estranheza para alguns. Aguardamos sua valorosa opinião. Considerações: Tradicionalmente o substituto imediato do Venerável Mestre de modo precário é o Primeiro Vigilante. O termo “precário” aqui significa o mesmo que “eventual”, já que o impedimento definitivo de um Venerável, por ser cargo eletivo, sua substituição carece de procedimentos conforme aqueles emanados dos Diplomas Legais da Obediência – por exemplo, até uma nova eleição. No caso da ausência precária, nas Sessões Magnas de Iniciação, Elevação e Exaltação, o substituto do Venerável será o Mestre Instalado mais recente da Loja, isso na hipótese de que o Primeiro Vigilante não possua ainda o título distintivo de Mestre Instalado. Atenção: Mestre Instalado não é Grau, senão uma distinção honorífica. Quanto ao substituto imediato do Primeiro Vigilante de modo precário é o Segundo Vigilante que, por sua vez, nessa situação, ou pela sua própria ausência, será substituído pelo Segundo Experto e não pelo Primeiro como mencionado na questão. Cabe lembrar que mesmo para os Vigilantes, em se tratando de ausência definitiva, eles também se adequam às Leis da Obediência tal como o caso do Venerável (cargos eletivos). T.F.A. PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com - Dez/2015 Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência. 6 – Perguntas & Respostas Pedro Juk
  • 21. JB News – Informativo nr. 2.091– Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de junho de 2016 Pág. 21/26 (as letras em vermelho significam que a Loja completou ou está completando aniversário) GOB/SC – http://www.gob-sc.org.br/gobsc Data Loja Oriente 01.06.1998 Fritz Alt - 3194 Joinville 01.06.1993 Acquarivs - 2768 Florianópolis 03.06.1996 Luz Esotérica - 3050 Porto União 05.06.2001 Vigilantes da Verdade - 3398 Tubarão 08.06.1984 União E Trab. do Iguaçu-2243 Porto União 08.06.1987 União Mística - 2440 Videira 10.06.1910 Aurora Joinvilense - 4043 Joinville 14.06.1909 Renascer do Vale - 4007 Penha 20.06.2005 Luz de Correia Pinto - 3687 Lages 21.06.2010 Cavaleiros da Paz - 3948 São José 23/06/1930 Luz e Verdade III- 1066 Joinville 24.06.1997 São João Batista - 3061 São João Batista 24.06.2004 Acácia do Oriente - 3596 Joaçaba 29.06.2010 Ouroboros - 4093 Florianópolis 30.06.2003 Acácia de Imbituba 3506 Imbituba GLSC - http://www.mrglsc.org.br Data Nome Oriente 03.06.2009 Elimar Baumgarten nr. 101 Timbó 06.06.1984 Obreiros de Salomão nr. 39 Blumenau 06.06.1985 República Juliana nr. 40 Laguna 21.06.1994 Harmonia Brusquense nr. 61 Brusque 24.06.1911 Acácia Itajaiense nr. 01 Itajaí 24.06.1999 Luz nr. 72 Jaraguá do Sul 24.06.2002 Elos da Fraternidade nr. 84 Concórdia 24.06.2005 Amizade ao Cruzeiro do Sul II nr. 90 Joinville 24.06.2005 Cinzel nr. 89 Curitibanos Lojas Aniversariantes de Santa Catarina Mês de junho 7 – Destaques (Resenha Final)
  • 22. JB News – Informativo nr. 2.091– Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de junho de 2016 Pág. 22/26 GOSC https://www.gosc.org.br Data Nome da Loja Oriente 03/06/1985 Obreiros da Luz Lages 06/06/2003 Livres Pensadores Joaquim José Rodrigues Lages 07/06/2010 Livres Telúricos Maravilha 09/06/1975 Ordem e Progresso Brusque 14/06/1993 Tordesilhas Laguna 20/06/1979 Luz do Oriente Itajaí 21/06/1999 João de Deus São Francisco Do Sul 26/06/2001 Jacques DeMolay Itajaí
  • 23. JB News – Informativo nr. 2.091– Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de junho de 2016 Pág. 23/26 Capítulo Guardiões do Cruzeiro do Sul promove YAKISSAMBA (do Ir Glauber Santos Soares, correspondente em Vitória da Conquista) O Yakissamba, evento organizado pelo Capítulo Guardiões do Cruzeiro do Sul da Ordem DeMolay, foi realizado neste domingo, dia 19 de junho de 2016, no espaço de eventos da Loja Maçônica Luz e Sabedoria. A atividade propôs realizar um almoço com comidas típicas oriental, ao som de samba, unindo traços culturais asiáticos e brasileiros. A confecção de alimentos ficou sob o comando do Chef Alexandre Giacomini, proprietário do restaurante Pinhóli e a música pela banda Many Art. A realização além de comida farta e saborosa, excelente sonoplastia e um ambiente agradabilíssimo e decorado, contou com uma grande organização e ofertou a todos os presentes uma tarde memorável. Cerca de 300 pessoas compareceram ao Yakissamba e o evento promete ser continuado. O valor arrecadado pelo evento irá custear as obras sociais e filantrópicas do Capítulo Guardiões do Cruzeiro do Sul da Ordem Demolay.
  • 24. JB News – Informativo nr. 2.091– Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de junho de 2016 Pág. 24/26 O Prumo de Hiram: História da Maçonaria Crédito: lucianorodrigues@oprumodehiram.com.br A batalha da Jutlândia – Muitos maçons estavam lá A batalha da Jutlândia foi a maior batalha naval da 1º Guerra Mundial e a maior batalha naval da História. A batalha da Jutlândia (ou Jutland) foi travada no largo da costa da Dinamarca no Mar do Norte entre a frota inglesa e a frota alemã, entre 31 de Maio e 1 de Junho de 1916, a 100 anos atrás. Tratava-se de cerca de 250 navios e 100.000 homens e foi a principal batalha naval da Primeira Guerra Mundial . Esta batalha crítica tiveram baixas de 6.094 britânicos e 2.551 alemães que foram mortos. Dois anos depois, os últimos meses da guerra, estariam entre os mais sangrento com 1,8 milhão de mortos na “Ofensiva dos Cem Dias” de 1918, que pode obscurecer Jutland em nossas mentes e corações.[...] Leia o restante deste texto no link abaixo: http://www.oprumodehiram.com.br/a-batalha-da-jutlandia-muitos-macons-estavam-la/ Vejam as outras seções em http://www.oprumodehiram.com.br
  • 25. JB News – Informativo nr. 2.091– Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de junho de 2016 Pág. 25/26 Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴ MI da Loja Razão e Lealdade nº 21 Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI Tel: (65) 3052-6721 (O Irmão Marcelo Ângelo de Macedo, comparece diariamente no JB News repassando o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO, cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014. ISBN 978-85.370.0292-6) BREVIÁRIO MAÇÔNICO – 23 de junho O IDEAL Ideal é sinônimo de “objetivo”; todo homem tem um objetivo a realizar; é o seu sonho, a sua esperança, a sua programação; alguns conseguem satisfazer o seu ideal; a maioria, não. Dentro de cada atividade humana cabe um ideal,e assim sucede com a Maçonaria; o ideal maçônico, tantas vezes referido, objetiva a reunião dos homens de boa vontade que passaram pela Iniciação; cultiva o amor fraterno por meio de atitudes tolerantes, bondosas, justas e honradas. O ideal é um objetivo programado; o idealismo é a ação para alcançar e realizar essa programação. Em todas as atividades humanas, o idealismo é execução das ações que conduzem à realização de um ideal. As religiões, o civismo, a filosofia e a Maçonaria planificam o seu programa por meio do idealismo. O maçom visualiza o seu ideal e o constrói, peça por peça e nesse trabalho ele vai construindo a sua meta até alcançá-la para, então, objetivar um novo ideal. O ideal conduz à esperança que, por sua vez, envolve a fé. A vida deve ser programada, seja com a simplicidade do quotidiano, seja com o aprimoramento universitário; nada se faz sem o planejamento, uma vez que o que se constrói deve conter o material e o projeto arquitetônico. Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 193.
  • 26. JB News – Informativo nr. 2.091– Florianópolis(SC), quinta-feira, 23 de junho de 2016 Pág. 26/26 FORTES LIGAÇÕES -uma questão de identificação pessoal- Dedicado ao Pe. Manoel Aparecido Autor: Raimundo A. Corado Barreiras, 02 de fevereiro de 2016. Santa Rita tem abertas suas portas; Abrigando pessoas de outras plagas; Enquanto filhos teus viram as costas; Forasteiros como filhos se consagram. Terra de gente prestativa e amável; Terra de povo solidário e acolhedor; Lembrar do Santarritense é inevitável; É negar a si grande dose de amor. A exemplo de alguns sacerdotes; Tomara Deus, um dia eles voltem; Pois os consideramos “amigo fiel”. Entre eles, um em especial; Sempre presente na rede social; O inesquecível PADRE MANOEL.