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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS
        FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS




           JAQUELINE MANFRINATO THIAGO
          LAISA NASCIMENTO DA COSTA LEITE
             WILLIAN RABETTI DOS SANTOS
              WISLLA DOS SANTOS ABREU




AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS BALCONISTAS ATIVOS DO
 MUNICÍPIO DE JALES SP SOBRE O HERPES SIMPLES LABIAL
              JALES-SP




                   FERNANDÓPOLIS
                        2011
JAQUELINE MANFRINATO THIAGO
          LAISA NASCIMENTO DA COSTA LEITE
             WILLIAN RABETTI DOS SANTOS
              WISLLA DOS SANTOS ABREU




AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS BALCONISTAS ATIVOS DO
 MUNICÍPIO DE JALES-SP SOBRE O HERPES SIMPLES LABIAL




                   Trabalho de conclusão de curso apresentado à Banca
                   Examinadora do Curso de Graduação em Farmácia da
                   Fundação Educacional de Fernandópolis como exigência
                   parcial para obtenção do título de bacharel em farmácia.


                   Orientadora: Profa. MSc. Luciana Estevam Simonato




                   FERNANDÓPOLIS
                           2011
JAQUELINE MANFRINATO THIAGO
                 LAISA NASCIMENTO DA COSTA LEITE
                    WILLIAN RABETTI DOS SANTOS
                     WISLLA DOS SANTOS ABREU




AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS BALCONISTAS ATIVOS DO
   MUNICÍPIO DE JALES-SP SOBRE O HERPES SIMPLES LABIAL




                              Trabalho de conclusão de curso aprovado como requisito
                              parcial para obtenção do título de bacharel em farmácia.

                              Aprovado em: 10 de novembro de 2011.




          Banca examinadora                      Assinatura             Conceito
Profa. MSc. Luciana Estevam Simonato
(Orientadora)
Profa. Dra. Maria Elisa Furlan Gandini
Castanheira (Avaliadora 1)
Profa. Esp. Rosana Matsumi Kagesawa
(Avaliadora 2)




                    Profa. MSc. Luciana Estevam Simonato
                        Presidente da Banca Examinadora
Dedico este meu trabalho, a aquele que sempre me
fortalece, e mesmo que meu sonho esteja tão longe
de ser alcançado, sei que Ele nunca me deixará
desistir; Deus. Aos meus pais e irmã, que em
nenhum momento mediram esforços para realização
dos meus sonhos, acreditando sempre em minha
capacidade, por todo amor, carinho dado por eles a
mim. Dedico também a meu namorado e amigo que
sempre esteve ao meu lado, me motivando, fazendo
com que eu sempre continuasse, mesmo que o
caminho não fosse fácil. Sem vocês eu nada seria
por isso o meu mais sincero obrigada, AMO VOCÊS!

                       (Jaqueline Manfrinato Thiago)



Dedico esse trabalho a Deus, pois vem dele tudo
que sou o que tenho e o que espero. A minha
querida mãe pelo sacrifício ilimitado em todos os
sentidos, orações e palavras de aconchego. Ao meu
irmão pela alegria e diversão. E ao meu namorado
pelo companheirismo, carinho e compreensão que
teve em todos esses anos.

                  (Laisa Nascimento da Costa Leite)


Dedico este trabalho primeiramente a Deus, pois
sem ele, nada seria possível, aos meus pais que me
ajudaram todos esses anos, a minha tia que
acreditou e investiu no meu sonho e a minha noiva
que suportou e teve paciência nesses quatro anos
comigo.
                         (Willian Rabetti dos Santos)


A ele que me ensinou a viver com dignidade, me deu
força quando pensava que estava tudo acabado,
iluminou meus caminhos obscuros, confiou na minha
capacidade, enfrentou várias dificuldades, porém
nunca deixou que isso me afetasse. É por ter
orgulho e reconhecer o seu esforço, que dedico este
trabalho, com todo amor, ao meu Pai.
                          (Wislla dos Santos Abreu)
AGRADECIMENTOS


      Agradecemos a Deus em primeiro lugar, por nos iluminar não apenas durante
a elaboração deste trabalho como em todas as etapas de nossa vida.
      Aos nossos familiares que nos apoiaram em todas as decisões, depositando
confiança, fazendo o possível para a realização dos nossos sonhos.
      A nossa orientadora professora Luciana Estevam Simonato, que nos fez
acreditar e nos apaixonar por este trabalho. Nosso mais sincero obrigado por se
mostrar presente ao nosso lado durante todo esse tempo, nos enriquecendo com
seu amplo conhecimento e bondade. Foi um privilégio tê-la como nossa orientadora
e amiga.
Eu lhes garanto: tudo o que vocês ligarem na terra, será
ligado no céu, e tudo o que vocês desligarem na terra,
será desligado no céu. E lhes digo mais: se dois de vocês
na terra estiverem de acordo sobre qualquer coisa que
queiram pedir, isso lhes será concedido por meu pai que
esta no céu. Pois onde dois ou três estiverem reunidos
em meu nome, eu estou aí no meio deles.

                                      (Mateus 18, 18-20)
RESUMO


O vírus herpes simples (HSV) é dividido em dois sorotipos (HSV-1 e HSV-2)
responsáveis, respectivamente, pelo herpes labial e genital. O herpes simples labial
é uma doença infecto-contagiosa comum que apresenta sintomas como: prurido,
ardência ou dor local no qual aparecem as múltiplas vesículas. O presente estudo
teve por objetivo avaliar o grau de conhecimento dos balconistas ativos no município
de Jales-SP sobre o herpes simples labial. Foram analisados 53 questionários
compostos por 20 questões. Foram avaliados 53 indivíduos através da aplicação de
um questionário. Na avaliação do perfil dos balconistas, observou-se que 27 (50,9%)
eram do sexo feminino e 26 (49,1%) eram do sexo masculino. Em relação à idade,
foram encontrados 41 (77,3%) dos indivíduos com idade igual ou inferior a 40 anos.
Os balconistas do município de Jales-SP conhecem as principais características do
herpes simples labial, mas não conhecem a conduta ideal para os pacientes
portadores desta patologia, que deve ser o encaminhamento para o cirurgião
dentista, os quais estão aptos a realizarem o diagnóstico desta patologia. Além
disso, uma grande parte ainda não realiza o exame clínico minucioso da lesão,
dificultando o diagnóstico.

Palavras-chave: Herpes simples. Herpes labial. Doença infecto-contagiosa.
ABSTRACT


The herpes simplex virus (HSV) are divided in two serotypes (HSV-1 and HSV-2)
responsible, respectively, for herpes labialis and genital. The herpes simplex labialis
are an infect-contagious disease common that presented symptoms such as itching,
burning or pain at the site in which appear the multiple vesicles. This study was to
evaluate the degree of knowledge of clerks active in the city of Jales-SP about the
herpes simplex labialis. We analyzed 53 questionnaires composed of 20 questions.
We evaluated 53 individuals through the application of a questionnaire. In the
evaluation of the profile of the clerks, it was observed that 27 (50.9%) were female
and 26 (49.1%) were male. In relation to age, we found 41 (77.3%) of individuals
aged 40 years or less. The clerks of the city of SP-Jales know the main features of
herpes simplex labialis, but not the ideal procedure for patients with this pathology,
which must be forwarding to the dentist, which are able to carry out the diagnosis of
this pathology. In addition, a large part still does not carry out a careful clinical
examination of the lesion, which makes the diagnosis difficult.

Key words: Herpes simplex. Herpes labialis. Infect-contagious disease.
LISTA DE TABELAS


Tabela 1 - Variáveis sociodemográficas da população de balconistas avaliados 27
           no município de Jales (SP), 2011
Tabela 2 - Medicamentos mais utilizados no tratamento do herpes simples 31
           labial, de acordo com a população de balconistas avaliados no
           município de Jales (SP), 2011
LISTA DE GRÁFICOS


Gráfico 1 - Gráfico 1 - Agente etiológico do herpes simples labial, segundo 29
            balconistas, Jales (SP), 2011
Gráfico 2 - Auto-avaliação sobre o nível de conhecimento referente ao herpes 31
            simples labial, segundo balconistas, Jales (SP), 2011
LISTA DE FIGURAS


Figura 1 -   Esquema básico do HSV                                             15
Figura 2 -   Períodos clínicos da manifestação do herpes simples na pele 20
             peribucal e semimucosa labial: A = período prodrômico, B = período
             clínico ativo, C = período reparatório

Figura 3 -   Herpes simples na pele peribucal e semimucosa labial, com vesícula 20
             e bolha que se transformaram em pústulas e úlceras, com ardência,
             queimação, dor e desconforto locais
Figura 4 -   Herpes simples na pele da região nasal, com úlceras típicas do 21
             período reparatório da doença
Figura 5 -   Herpes simples recorrente na pele da região nasal e labial, 21
             resultande de autoinoculação do HSV
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS


Bacilo da BCG – Bacilo de Calmette e Guérin.
DNA – Ácido Desoxirribonucléico.
FCN – Fator de Crescimento Neuronal.
gB – Glicoproteínas B.
gC – Glicoproteínas C.
gD – Glicoproteínas D.
gE – Glicoproteínas E.
gI – Glicoproteínas I.
HIV – Vírus da Imunodeficiência Humana.
HSV – Vírus do Herpes Simples.
HSV-1 – Vírus do Herpes Simples tipo - 1.
HSV-2 – Vírus do Herpes Simples tipo - 2.
HVH – Família Herpetoviridae ou Herpesviridae.
IgG – Imunoglubulina G.
LAT – Latency-Associated Transcript.
Oct-1 – Proteína Octamérica - 1.
Oct-2 – Proteína Octamérica - 2.
TCLE – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
UV – Radiação Ultravioleta.
SUMÁRIO



INTRODUÇÃO...................................................................................................          13


1 DESENVOLVIMENTO TEÓRICO...................................................................                           15

1.1 GENGIVOESTOMATITE HERPÉTICA PRIMÁRIA........................................
                                                                                                                       17
1.2 LATÊNCIA VIRAL...........................................................................................
                                                                                                                       18
1.3 GENGIVOESTOMATITE HERPÉTICA SECUNDÁRIA..................................
                                                                                                                       18
1.4 EPIDEMIOLOGIA...........................................................................................
                                                                                                                       19
1.5 MANIFESTAÇÃO CLÍNICA DO HERPES SIMPLES.....................................
                                                                                                                       19
1.6 TRATAMENTO...............................................................................................
                                                                                                                       22

2 OBJETIVO........................................................................................................     25


3 MATERIAIS E MÉTODOS................................................................................                  26


4 RESULTADOS E DISCUSSÃO.......................................................................                        27


5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................                    32


REFERÊNCIAS....................................................................................................        33


ANEXOS..............................................................................................................   35
13



                                   INTRODUÇÃO




      O nome Herpes tem sua origem do latim, proveniente da palavra Herpein que
quer dizer “aquilo que irrompe de surpresa” (REGGIORE et al., 2008), seu vírus foi
isolado pela primeira vez no ano de 1939, através do produto das glândulas
salivares de neonatos (PEDRAZINA et al., 2007).


                     O vírus causador do herpes simples labial pertence à família
                     Herpetoviridae ou Herpesviridae (HVH), que é muito ampla contendo
                     diversos causadores de outras doenças, tanto em seres humanos
                     como em animais. Alguns deles são citomegalovírus, epstein-barr e
                     varicela-zoster. Há dois distintos vírus do herpes simples (HSV): tipo
                     1 (HSV-1) e tipo 2 (HSV-2) e são responsáveis pelo herpes labial e
                     genital, respectivamente (VARELLA et al., 2005).

      De acordo com Lawall et al. (2005), sua classificação é: HSV-1 que em maior
quantidade promove infecções em órgãos como boca, olhos e face; e HSV-2 que
causa infecções herpéticas nos órgãos genitais e tecido de revestimento (pele). No
entanto, pela prática oro genital pode-se encontrar tanto HSV-1 na mucosa genital
quanto o HSV-2 na mucosa oral (TRINDADE et al., 2007).
      Ambas as formas possuem estruturas semelhantes e características
pertencentes a todos da família HVH, tais como: alta velocidade de replicação em
cultura celular, grande quantia de hospedeiros e latência nas células por vários anos
(VARELLA et al., 2005).
      Stemmer e colaboradores (2005) dividiram as infecções causadas pelo HSV
em duas classes. A primária ou gengivoestomatite herpética primária, que se dá com
a invasão do vírus no corpo humano promovendo lesões locais e ações sistêmicas e
a recorrente ou gengivoestomatite herpética secundária que acontece pela
reativação do vírus que está em estado de latência através de estímulos,
promovendo apenas lesões locais, sem manifestações sistêmicas.
      O HSV se adquire por contato direto com tecidos infectados ou secreções
(BASTIANI e MELLA, 2008), sendo que cerca de 90% das infecções são sub-
clínicas (PEDRAZINA et al., 2007). A transmissão pode ocorrer durante períodos
assintomáticos à infecção, embora o risco seja maior durante os episódios em que
há manifestação clínica (STEMMER et al., 2005).
14



      Nos dias atuais esta doença é muito frequente, cerca de dois terços da
população em idade adulta já apresentam soro positividade para está doença viral,
ou seja, possuem anticorpos contra o HSV (STEMMER et al., 2005).
      O herpes simples labial é uma doença infecto contagiosa crônica, com maior
risco para recém-nascidos e imunodeprimidos (transplantados e portadores do vírus
da imunodeficiência humana (HIV)), onde, normalmente, ocorre uma expressão mais
agressiva da moléstia (VARELLA et al., 2005).
      Estudos mostram que não existe cura para o HSV, mas existem diversas
alternativas para seu tratamento, com vidarabina ou aciclovir em forma de
comprimidos ou pomadas, além das vacinas que estão sendo testadas para sua
prevenção (MARROTI et al., 2008).
15



1 DESENVOLVIMENTO TEÓRICO




       O herpes simples é uma doença infecciosa e, provavelmente, a virose
humana mais comum, com exceção das infecções respiratórias virais (BASTIANI e
MELLA, 2008).
       Pedrazini (2007) relata que o vírus foi primeiramente isolado em 1939 da
saliva de crianças acometidas de gengivoestomatite herpética. O HSV apresenta
alta prevalência, acreditando-se que, na idade adulta, mais de dois terços da
população mundial apresentam anticorpos contra o vírus (STEMMER et al., 2005).
       O herpes simples possui duas formas distintas (TRINDADE et al., 2007), com
estruturas semelhantes (REGGIORI et al., 2008), porém pode ser individualizados: o
herpes simples peribucal, cujo principal agente é o HSV-1, e as formas perigenitais,
com preponderância do HSV-2 (TRINDADE et al., 2007).
       Embora o tipo HSV-1 afete geralmente a face, lábios, boca, olhos e pele da
parte superior do corpo (AZAMBUJA et al., 2004), segundo Trindade e
colaboradores (2007) a infecção acontece com maior frequência na área de
vermelhão do lábio e na pele adjacente dos lábios.
       O herpes simples é uma das doenças virais que mais comumente afeta a
cavidade bucal. Estas lesões se determinam pela formação de úlceras sobre uma
base eritematosa, que promove o surgimento de uma crosta serosa (REGGIORE et
al., 2008).
       O      vírus   causador   desta   doença   labial   faz   parte   da   subfamília
Alphaherpesvirinae, possuindo quatro componentes (REGGIORE et al., 2008), como
pode ser verificado na Figura 1.




              Figura 1 Esquema básico do HSV (Fonte: REGIORRE et al., 2008)
16




                     Estrutura helicoidal de ácido desorribonucléico (DNA) de dupla hélice
                     recoberta por um capsídeo icosaédrico e circundada por uma
                     substância amorfa (tegumento), além do envelope lipídico, onde
                     estão as glicoproteínas de superfície do HSV (REGGIORE et al.,
                     2008).

      O contágio direto ocorre por contato íntimo com indivíduo contaminado
através da superfície mucosa, secreções ou lesões infectantes e pela saliva
contaminada (STREMMER et al., 2005). E, também, de maneira indireta através de
objetos infectados como: barbeadores, toalhas, pratos e outros artigos de uso
comum (REGGIORI et al., 2008).
      A transmissão do HSV-1 ocorre através das superfícies mucosas ou das
soluções de continuidade na pele, principais sítios incluem a mucosa oral, ocular,
genital e anal (LUPI, 2000). Após a penetração do vírus nas células epiteliais do
indivíduo ocorre a replicação viral (LAWALL et al., 2005), inicia-se na epiderme após
a ligação do vírus às moléculas de heparan sulfato da membrana celular. O período
de incubação é cerca de 7 dias (LUPI, 2000).
      A   infecção   propaga-se     para   as   terminações     nervosas     livres   com
disseminação intra-axonal através de transporte retrógrado dos virions, partículas
infectantes básicas dos vírus, para os gânglios sensoriais, paravertebrais
(TRINDADE et al., 2007), os novos vírus formados entram em contato com as
terminações nervosas sensitivas e são transportados ao gânglio nervoso
correspondente sendo o gânglio trigeminal o local mais comum nos casos de herpes
perilabial (LAWALL et al., 2005).


                     O ciclo biológico do HSV é controlado por suas glicoproteínas de
                     superfície. As glicoproteínas C, B e D (gC, gB e gD) são
                     indispensáveis para a replicação viral nas células infectadas,
                     participam da absorção ao herparan sulfato, além da liberação de
                     vírions. Mutações virais, com translocação no gene codificador da
                     gB, produzem vírions não infecciosos. Quando a translocação afeta a
                     gB e a gD conjuntamente, o vírion efetua a adsorção, mas não
                     penetra a célula. As glicoproteínas E e I (gE e gI) codificam
                     receptores para a fração Fc da imunoglobulina G (IgG), enquanto a
                     gC atua como receptor para o fragmento C3b do complemento
                     (LUPI, 2000).
17



1.1 GENGIVOESTOMATITE HERPÉTICA PRIMÁRIA




         O primeiro episódio é denominado gengivoestomatite herpética primária
(STREMER et al., 2005), geralmente assintomática (LUPI, 2000), subclínica e passa
despercebido, pois o indivíduo torna-se portador do vírus sem apresentar sintomas
(AZAMBUJA et al., 2004), ou manifesta-se por meio de sintomatologia inespecífica
(LUPI, 2000).
         Ocorre com maior frequência em crianças na faixa etária de 1 a 5 anos, mas
também podem ocorrer em adolescentes e adultos (LAWALL et al., 2005). Na fase
prodrômica a infecção primária pode-se manifestar como faringoamigdalites e os
sintomas iniciais são dor de garganta, febre, mal estar e cefaléias (AZAMBUJA et al.,
2004), a doença raramente ocorre antes dos primeiros 6 meses de vida uma vez que
os recém-nascidos mantêm elevados títulos de anticorpos maternos (STEMMER et
al., 2005), a maior ocorrência em crianças pode ser justificada pela ampla
disseminação do vírus e devido à exposição precoce ao mesmo (LAWALL et al.,
2005).
         O diagnóstico da gengivoestomatite herpética primária é eminentemente
clínico, embora exames laboratoriais possam auxiliar nos casos atípicos (STEMMER
et al., 2005). Em poucos dias iniciam-se as manifestações bucais causando
pequenas lesões vesiculares amareladas que causam edema, dor e dificuldade de
alimentação (AZAMBUJA et al., 2004) que são as principais causas de uma
hipersalivação (LAWALL et al., 2005).
         O indivíduo infectado pode prever com antecedência de até 24 horas o
aparecimento das vesículas e bolhas, pois detecta a sintomatologia: o local fica
dolorido nas primeiras 12 horas, depois se torna discretamente edemaciado, com
prurido, ardência e quente (CONSOLARO e CONSOLARO, 2009). As inflamações
gengivais formam múltiplas vesículas acometendo toda a mucosa, especialmente
gengiva, língua, palato e lábios (STEMMER et al., 2005). Estas múltiplas vesículas
pequenas e eritematosas se coalescem, rompem-se formando úlceras recobertas
por crostas que cicatrizam no período de 10 a 14 dias sem deixar cicatrizes
(TRINDADE et al., 2007).
18



      Após a infecção primária o vírus fica em estado de latência em gânglios de
nervos cranianos ou da medula. O HSV recidivante ocorre pela migração do vírus
através dos nervos periféricos até a pele ou mucosa (AZAMBUJA et al., 2004).




1.2 LATÊNCIA VIRAL




      O período de latência corresponde à replicação e o transporte até o gânglio e
ocorre na maioria das vezes em uma semana, podendo variar, com tudo de poucos
dias em até 3 semanas (LAWALL et al., 2005).


                    A transcrição do genoma viral depende da proteína Oct-1, presente
                    na maioria das células humanas. Alguns neurônios são dotados, no
                    entanto, de uma proteína octamérica correlata, a Oct-2, que promove
                    efeito contrário ao da Oct-1, reprimindo a transcrição dos
                    nucleotídeos codificados pelo lócus gênico IE, impedindo assim a
                    reativação das cepas latentes do HSV. Os neurônios em que
                    predomina a proteína Oct-2 têm como característica principal a
                    dependência do fator de crescimento neuronal (FCN). A recorrência
                    herpética observada após injuria tecidual pode ter sua origem na
                    redução do nível de fator de FCN dos neurônios com excesso da
                    Oct-2, permitindo que a Oct-1 se torne predominante e permita a
                    transcrição do genoma do HSV (LUPI, 2000).

      De acordo com Reggiori e colaboradores (2008), a infecção latente
caracteriza-se quando o HSV apresenta tropismo positivo por ceratinócitos e
neurônios, sendo estes últimos não permissíveis à replicação do vírus. O HSV
beneficia-se ao infectar essas células imunes ao seu efeito citopático, pois não
podendo destruí-las, integra-se ao seu DNA. Pelo fato dele se integrar ao DNA tem
ausência total de síntese protéica o que permite que o vírus HSV fique
completamente invisível ao sistema imunológico. Assim o único produto viral
detectado durante a latência é conhecido como LAT (latency-associated transcript)
(LUPI, 2000).




1.3 GENGIVOESTOMATITE HERPÉTICA SECUNDÁRIA
19



         A gengivoestomatite herpética secundária ou recorrente é resultante da
reativação do HSV em indivíduos pré infectados (STEMMER et al., 2005). Os fatores
capazes de estimular a reativação do HSV são variados, com destaque para
imunodepressão, alteração hormonais, radiação ultravioleta (UV), lesão traumática
do nervo acometido (LUPI, 2000), doenças febris, processos alérgicos, distúrbios
gastrintestinais,   infecções   respiratórias,   fadiga,   menstruação,   radioterapia,
quimioterapia, infecções por HIV, leucemia (STEMMER et al., 2005).
         A latência viral nos gânglios pode hipoteticamente ser afetada pela presença
de neurotransmissores envolvidos nos estados de ansiedade, depressão e distúrbios
comportamentais (LUPI, 2000).
         Quanto maior a carga viral e o número de recorrências sem tratamento, maior
o potencial de contaminação (CONSOLARO e CONSOLARO, 2009).




1.4 EPIDEMIOLOGIA




         O HSV produz pandemia sem precedentes disseminando por todo o mundo.
Estudos soro epidemiológico confirmam que mais de 90% da população possuem
anticorpos séricos contra pelo menos uma das cepas do HSV (LUPI, 2000). A
incidência de casos novos do HSV-1 é de aproximadamente de 1,5% por ano até
idade de 50 anos. A prevalência para o HSV-1 oscila de 70%, na maioria dos países
europeus, até 95%, na América Central, África e Ásia (TRINDADE et al., 2007).
         No Rio de Janeiro, observou-se prevalência de 86% na população. As
menores prevalências situam-se no Japão (48%) e nos países escandinavos (LUPI,
2000).




1.5 MANIFESTAÇÃO CLÍNICA DO HERPES SIMPLES




         As manifestações clínicas do herpes simples dependem, fundamentalmente,
do sítio da inoculação viral, da imunidade do hospedeiro e da cepa viral adquirida. A
20



primoinfecção herpética é, geralmente, assintomática ou manifesta-se por meio de
sintomatologia inespecífica (LUPI, 2000).
      Na manifestação do herpes simples perilabial podem ser distinguidos os 3
períodos clínicos da doença: (1) prodrômico, (2) clínico ativo e (3) reparatório, como
pode ser observado nas Figuras 2, 3, 4 e 5 (CONSOLARO e CONSOLARO, 2009).
O período prodrômico é caracterizado pelo formigamento ou ardência, tensão,
tumefação ou pequena sensibilidade nos lábios ou na região onde apareceram as
lesões (AZAMBUJA et al., 2004). O período clínico ativo sucede o período
prodrômico, nele ocorre o aparecimento das primeiras pápulas, que evoluem
rapidamente para vesículas e bolhas cheias de líquido sitrino (representa um
exsudato inflamatório seroso), este período clínico ativo dura entre 2 e 4 dias, essas
vesículas agrupam-se em formas de cachos ou ramalhetes (CONSOLARO e
CONSOLARO, 2009).




A                              B                               C
Figura 2 Períodos clínicos da manifestação do herpes simples na pele peribucal e
semimucosa labial: A = período prodrômico, B = período clínico ativo, C = período
reparatório (Fonte: Consolaro e Consolaro, 2009)




Figura 3 Herpes simples na pele peribucal e semimucosa labial, com vesícula e bolha que
se transformaram em pústulas e úlceras, com ardência, queimação, dor e desconforto locais
(Fonte: Própria, 2010)
21




Figura 4 Herpes simples na pele da região nasal, com úlceras típicas do período
reparatório da doença (Fonte: Própria, 2010)




Figura 5 Herpes simples recorrente na pele da região nasal e labial, resultande de
autoinoculação do HSV (Fonte: Própria, 2010)


      Ainda, segundo Consolaro e Consolaro (2009) relata que o período
reparatório se dá quando as vesículas e bolhas reduzem, gradativamente, de
volume e o exsudato seroso é reabsorvido, desde que não tenha sido rompida
anteriormente, formando escamas e crostas amareladas e/ou escuras que duram
entre 2 a 4 dias.
22




1.6 TRATAMENTO




      Sabe-se que nos últimos anos, várias opções de tratamento têm sido
propostas para combater as manifestações do herpes vírus simples. No entanto, a
maioria consiste em tratamentos paliativos para sintomatologia dolorosa ou
supressores da replicação viral (TRINDADE et al., 2007). O aciclovir é a droga de
escolha no tratamento do herpes simples (LUPI, 2000), porém duas pró-drogas do
aciclovir foram posteriormente sintetizadas, o valaciclovir e o famciclovir, que é um
análogo do penciclovir (REGGIORI et al., 2008), que são as drogas de escolha para
o tratamento de infecções pelo HSV. Deve-se começar a terapia imediatamente
após o surgimento de qualquer sintomatologia (TRINDADE et al., 2007).


                      Diversos tratamentos para o herpes labial recorrente têm sido
                      testados, dentre eles o veneno de cobra intradérmico, compressas
                      de cânfora, tratamentos psiquiátricos, vitamina C, outros complexos
                      vitamínicos, cremes a base de lignina e carboidratos, bacilo da
                      Calmette e Guérin (BCG), que é um dos maiores estimuladores do
                      sistema imunológico e o tratamento de imunoterapia ativada, que
                      consiste em estimular a formação de células imunologicamente
                      tolerantes ao antígeno HSV (PEDRAZINI et al., 2007).

      O aciclovir atua contra os tipos 1 e 2 de herpes simples (OHIRA, 2010), ele é
um análogo acíclico do nucleosídeo 2-deoxiguanosina. Inibindo a replicação do
HSV, após a forma pró-droga sofre uma fosforilação transformando em monofosfato
de aciclovir, atuando como uma enzima viral conhecida como timidina cinase. Esse
novo composto volta a ser fosforilado pelas enzimas celulares, transformando-se,
finalmente, na forma ativa (trifosfato de aciclovir) (LUPI, 2000). O aciclovir-trifosfato
atua como inibidor específico da DNA-polimerase do vírus herpes, evitando a
posterior síntese de DNA-viral sem afetar os processos celulares normais (OHIRA,
2010). De acordo com Lupi (2000) o aciclovir trifosforilado inibe, especificamente, a
replicação do DNA do HSV ao competir com o trifosfato de desoxiguanosina pela
DNA polimerase viral. A molécula de aciclovir é ligada ao genoma do HSV através
da DNA polimerase; a ausência do grupo 3-hidroxila impede a incorporação dos
novos nucleotídeos necessários para a síntese da cadeia de DNA viral, efetuando
assim sua terminação obrigatória.
23



      O tratamento com o aciclovir pode ser por via oral, endovenosa ou tópica, e
deve ser iniciado até cinco dias após o início do surto, devendo ser mantido até que
não surjam mais novas lesões (TRINDADE et al., 2007).


                     A dose usual para adultos é de 200mg cada quatro horas, cinco
                     vezes ao dia durante dez dias, Tratamento crônico supressor das
                     infecções recorrentes: 200mg cada oito horas, durante, no máximo
                     seis vezes. Não foi estabelecida a dose para crianças. As cápsulas
                     podem ser tomadas com os alimentos, pois não foi demonstrado que
                     a absorção seja afetada por eles (OHIRA, 2010).

      Segundo Lupi (2000) o aciclovir apresenta interação medicamentosa mínima
com outras drogas, facilitando a administração em pacientes idosos, hipertensos,
diabéticos ou hospitalizados e em uso de prescrição múltipla. A biodisponibilidade é
de aproximadamente 30%, com meia vida plasmática de 3 horas, sendo excretado
na urina.
      O aciclovir intravenoso é reservado à pacientes com lesões mucocutâneas
severas e extensas de HSV ou com disseminação ou complicações neurológicas,
bem como nos casos em que a infecção compromete a vida do paciente, ou quando
não há possibilidade de administração por via oral, o que é bem observado em
pacientes imunodeprimidos (TRINDADE et al., 2007). O uso endovenoso do
aciclovir, na dose de 10mg/Kg/dose administrada de 8 em 8 horas, está indicado nos
casos de primoinfecção maligna (LUPI, 2000).
      De acordo com Azambuja e colaboradores (2004), o aciclovir creme a 0,3%,
no tratamento da infecção do herpes simples facial e labial apresentam maior
eficácia em lesões mucocutâneas, já a pomada a 5% aplicada a cinco vezes ao dia,
no início dos sintomas reduz ligeiramente a duração do herpes simples perilabial. A
aplicação deve ser realizada com espátulas ou cotonetes, para evitar o contágio dos
dedos e mãos. Os medicamentos aplicados localmente podem funcionar como
poderosos placebos e protetores oclusivos locais (CONSOLARO e CONSOLARO,
2009). A utilização racional do aciclovir indica que deve ser empregado em todos os
casos de primoinfecção herpética e nos casos graves. Acredita-se que o uso
precoce do aciclovir na primoinfecção preveniria o estabelecimento da latência viral
(LUPI, 2000).
      O valaciclovir, derivado éster L-valina do aciclovir, talvez seja um dos mais
promissores entre os novos compostos derivados dos nucleosídeos acíclicos (LUPI,
24



2000). É um medicamento antiviral e representa uma evolução e o mesmo
mecanismo de ação que o aciclovir, 63% do valaciclovir, quando absorvido pelas
mesmas vias, converte-se em aciclovir e está no plasma depois de 15 minutos da
ingestão oral, aumentando a bioviabilidade do valaciclovir em até 2 a 5 vezes, em
relação ao aciclovir (CONSOLARO e CONSOLARO, 2009). Sua posologia indicada
é de 1g/dia de valaciclovir, dividido em tomadas diárias, durante 5 dias
(recorrências) ou 10 dias (infecção inicial).
       Outro análogo purínico do aciclovir é o penciclovir, este possui baixa
biodisponibilidade quando tomado por via oral, sendo, portanto, administrado sob a
forma do famciclovir. Esta transformação é rápida e atinge altas concentrações
intracelulares, mantendo sua meia vida por 12 horas (LUPI, 2000). Após sua
administração por via oral é convertido a fármaco ativo e não é mais detectado no
plasma ou na urina. O penciclovir e seus metabólitos são eliminados principalmente
por via renal. (OHIRA, 2010). Os regimes recomendados por via oral são famciclovir
125mg, 2 vezes ao dia e na primoinfecção famciclovir 250mg 3 vezes ao dia
(AZAMBUJA et al., 2004). Por via tópica recomenda- se aplicar uma fina camada de
uma formulação que contenha penciclovir 1%, a intervalos de 2 horas durante o dia
e repetir o procedimento por 4 dias, o tratamento deve ser iniciado tão cedo possível
(OHIRA, 2010).
25



2 OBJETIVO




      Avaliar o grau de conhecimento dos balconistas ativos do município de Jales-
SP sobre o herpes simples labial.
26



3 MATERIAIS E MÉTODOS




      Esta pesquisa caracteriza-se como um estudo de corte transversal, no qual se
aplicou um questionário como instrumento de coleta de dados. Foi utilizado um
questionário constituído por 20 questões de múltipla escolha. O conteúdo do
questionário abrangeu informações sociodemográficas dos participantes (idade,
sexo, grau de escolaridade); variáveis sobre diagnóstico herpes simples labial;
variáveis sobre fatores de risco e tratamento desta patologia.
      O presente estudo foi desenvolvido durante o período de junho a setembro de
2011. Participaram dele balconistas que desenvolviam atividades em drogarias e
farmácias do município de Jales, São Paulo, Brasil.
      O questionário foi entregue por meio de abordagem direta, ou seja, o
pesquisador realizou pessoalmente a entrega do documento, sendo respondido pelo
próprio participante, sem qualquer interferência, permitindo que ele se expressasse
livremente. Em cada exemplar do questionário entregue aos participantes do estudo,
havia explicações sobre a natureza da pesquisa e o termo de consentimento livre e
esclarecido (TCLE).
      Para a análise, os dados foram digitados em planilha eletrônica (Microsoft
Office Excel 2007). Após essa etapa, foi analisada a distribuição das variáveis de
interesse.
27



4 RESULTADOS E DISCUSSÃO




         Foram avaliados 53 indivíduos através da aplicação de um questionário. Na
avaliação do perfil dos balconistas, observou-se que 27 (50,9%) eram do sexo
feminino e 26 (49,1%) eram do sexo masculino. Em relação à idade, foram
encontrados 41 (77,3%) dos indivíduos com idade igual ou inferior a 40 anos.
Quanto ao grau de escolaridade, verificou-se que 20 (37,9%) possuíam grau
superior completo (Tabela 1).


Tabela 1 Variáveis sociodemográficas da população de balconistas avaliados no município
de Jales (SP), 2011.

                                                     n
                                  Variáveis         (53)     %
                     Sexo
                       Feminino                     27      50,9
                       Masculino                    26      49,1
                     Faixa etária
                       Inferior a 25                23      43,4
                       26 a 39                      18      33,9
                       40 a 55                      10      18,8
                       Acima de 56                  2       3,9
                     Grau de escolaridade
                       Fundamental incompleto       1       1,9
                       Fundamental completo         0        0
                       Médio incompleto             5       9,4
                       Médio completo               18      33,9
                       Superior incompleto          9       16,9
                       Superior completo            20      37,9

         De acordo com os entrevistados, 51 (96,2%) conheciam o herpes simples
labial e apenas 2 (3,8%) não conheciam a patologia abordada. Concordando com a
afirmativa de que o herpes simples representa a doença viral mais comum no
homem moderno, excluindo-se as infecções respiratórias (Consolaro e Consolaro,
2009).
         Em relação à realização de exames visuais das lesões, 50 (94,3%)
entrevistados afirmaram que realizavam o exame visual procurando identificar a
lesão e 3 (5,7%) não o realizava. Segundo Consolaro e Consolaro (2009) o
diagnóstico do herpes simples labial é eminentemente clínico, sendo que 3 períodos
28



clínicos da doença podem ser distinguidos: (1) prodrômico, (2) clínico ativo e (3)
reparatório. Lembrando que quando as lesões herpéticas são diagnosticadas no
período prodrômico e a terapêutica aplicada, os resultados são muito melhores e as
lesões clinicamente ativas podem até ser evitadas.
      Ao encontrar lesões sugestivas do herpes simples labial, a conduta adotada
pela maioria dos balconistas avaliados foi encaminhar para o médico com 52,8%
(29), em seguida, medicar o paciente com 45,3% (24). Apenas 1 (1,9%) entrevistado
teve como conduta o encaminhamento para o cirurgião dentista, que seria a forma
correta de conduzir, pois o cirurgião dentista tem papel marcante no diagnóstico do
herpes simples labial, devido à rica sintomatologia das lesões (LAWALL et al., 2005).
Segundo Consolaro e Consolaro (2009) o cirurgião dentista deve ser o primeiro
profissional a ser procurado, não só pela falta de diagnóstico correto por outros
profissionais da sáude, mas, provavelmente, porque na maioria das vezes o herpes
simples labial não é tratado de forma adequada em todos os pacientes e em todos
os episódios da doença.
      Dos 53 balconistas avaliados sobre a região anatômica mais acometida pelo
herpes simples labial, 26 (49,0%) responderam que são os lábios simultaneamente,
17 (32,1%), os lábios superiores e 10 (18,9%) os lábios inferiores. Corroborando
com Stemmer et al. (2005) que verificaram que os sítios anatômicos mais
frequentemente afetados eram o vermelhão dos lábios (55,7%), a pele adjacente
(27,54%) e a mucosa do palato duro (23,19%). Lawall e colaboradores (2005)
deixaram claro que todas as mucosas podem ser atingidas assim como lábio e
região perioral, sendo o número de lesões variado.
      Quando questionados sobre os aspectos mais comuns observados no herpes
simples labial, os participantes responderam: 29 (54,7%) vesículas, 14 (26,4%) dor
intensa, 3 (5,7%) úlceras e 7 (13,2%) não souberam responder. Stemmer et al.
(2005) mostraram que dos 167 pacientes avaliados (50,72%) apresentaram dor e
(28,98%) ardência como sintomas mais frequentes.


                     O herpes simples labial é caracterizado pelo formigamento e
                     ardência, tensão, tumefação ou pequena sensibilidade nos lábios, ou
                     na região onde apareceram as lesões. A sensação de prurido
                     aparece entre 12 a 24 horas antes do aparecimento da vesícula, pois
                     as mesmas são pequenas agrupadas que podem romper deixando
                     pequenas ulcerações vermelhas com ligeiro alo eritematoso, tendo
                     duração de 7 a 14 dias sem deixar cicatrizes (AZAMBUJA et al.,
                     2004).
29




       A faixa de idade proposta pelos entrevistados como sendo a mais comum
para o aparecimento do herpes simples labial foi de 18 a 49 anos com 47 (88,6%).
               ento
No entanto, Lawall e colaboradores (2005) afirmaram que esta patologia ocorre com
maior frequência em crianças na faixa etária de 1 a 5 anos, mas também podem
ocorrer em adolescentes e adultos. Já Stemmer et al. (2005) mostraram que na sua
   rrer
amostra o paciente mais jovem tinha 8 anos de idade, enquanto o mais velho tinha
61, ficando a média de idade em 31,22 anos.
       Diante da pergunta sobre o causador do herpes simples, a maioria 48 (90,6%)
               a
dos entrevistados mostrou conhecimento sobre o assunto e apontaram o vírus como
agente etiológico como pode ser visto no Gráfico 1.


Gráfico 1 Agente etiológico do herpes simples labial, segundo balconistas, Jales (SP), 2011.

                 50
                 45
                 40
                 35
                 30                                                 Vírus
                 25                                                 Fungo
                 20
                                                                    Bactéria
                 15
                 10
                  5
                  0
                                Agente etiológico



       Ao avaliar as vias de contá
                             contágio do HSV, verificou-se que 31 (58,5%) dos
                                                        se
participantes apontaram relação sexual; 14 (26,4%) apontaram abraço, aperto de
mão; 2 (3,8%) apontaram abraço, relação sexual, aperto de mão; 2 (3,8%)
apontaram utensílios e relação sexual e 1 (1,9%) não soube responder. Stremmer e
                                                           responder.
colaboradores (2005) afirm am que o contágio direto ocorre por contato íntimo com
                     afirmaram
indivíduo contaminado através da superfície mucosa, secreções ou lesões
infectantes e também pela saliva contaminada. Enquanto, Reggiori e colaboradores
                                              Enquanto,
(2008) afirmaram que o contágio também ocorre de maneira indireta através de
objetos infectados como: barbeadores, toalhas, pratos e outros artigos de uso
comum.
30



       Quatro (7,5%) dos entrevistados afirmaram que a prática orogenital não
ocasiona o herpes simples labial, entretanto os 49 (92,5%) restantes colocaram que
a mesma prática induz a lesão. Segundo Trindade et al. (2007) afirmaram que em
virtude das práticas sexuais, o HSV-1 pode ser encontrado nas infecções genitais,
bem como o HSV-2 pode ser verificado nas infecções orais.
       Do total de participantes, 13 (24,5%) afirmaram que o principal sintoma
presente no herpes simples labial é a dor, 16 (30,2%) a ardência, 6 (11,3%) a
coceira, 3 (5,7%) a dor e a ardência, 3 (5,7%) a dor e a coceira, 7 (13,2%) a
ardência e a coceira e 5 (9,5%) a dor, a ardência e a coceira. À semelhança da
sintomatologia descrita por Consolaro e Consolaro (2009), que afirmou que a herpes
simples labial apresentada uma sintomatologia desconfortada na região, resultante
da ardência, queimação ou dor no local onde as lesões apareceram.
       Verificou-se que mais da metade dos entrevistados 33 (62,3%) avaliou que o
herpes simples possui cura e os outros 20 (37,7%) entrevistados que não possui
cura. No entanto, a literatura nos mostra que a maioria dos tratamentos consiste em
tratamentos paliativos para sintomatologia dolorosa ou supressores da replicação
viral não tendo surgido até o momento, agente promotores de cura (TRINDADE et
al., 2007).
       O melhor tratamento para o herpes simples labial de acordo com os
entrevistados foi o medicamentoso com 52 (98,1%). Apenas 1 (1,9%) participante
indicaria o uso de laserterapia para herpes simples labial. De acordo com a
literatura, até hoje não se conhece uma terapia capaz de proporcionar cura definitiva
para as infecções causadas pelo HSV. No entanto, há vários medicamentos e outras
terapias capazes de minimizar crises, quando já instaladas e ainda dificultar o
aparecimento de novas lesões (TRINDADE et al., 2007).
       O laser de baixa potência é usado para obterem-se efeitos terapêuticos
precisos de bioestimulação de células, analgesia e função antiinflamatória,
favorecendo rápida evolução do quadro, promovendo bem-estar e melhora na
qualidade de vida desses pacientes (REGGIORI et al., 2008; MAROTTI et al., 2008).
       Com relação ao tratamento medicamentoso, de acordo com os participantes,
o melhor medicamento para o herpes simples é o aciclovir (Tabela 2).
31



Tabela 2 Medicamentos mais utilizados no tratamento do herpes simples labial, de acordo
                                                      do
com a população de balconistas avaliados no município de Jales (SP), 2011.

                                                         n
                                 Variáveis              (53)     %
                   Medicamentos
                   Fanciclovir                         1       1,9
                   Aciclovir genérico                  42      79,2
                   Aciclovir pomada                    5       9,4
                   Zovirax                             2       3,8
                   Panciclovir pomada                  3       5,7
                   Posologia
                   1 comp 5x ao dia                   5        9,4
                   1 comp 3x ao dia                   18       33,9
                   1 comp 4x ao dia                   12       22,6
                   1 comp 6/6 horas                   7        13,2
                   1 comp 5/5 horas                   2        3,8
                   1 comp 12/12horas                  1        1,9
                   Pomada aplicar 8/8 horas           3        5,7
                   Pomada aplicar 12/12 horas         1        1,9
                   Pomada aplicar 6/6 horas           3        5,7
                   Pomada aplicar 2/2 horas           1        1,9

       Em relação à auto avaliação sobre o nível de conhecimento referente à
                    auto-avaliação
doença, 8 (15,1%) consideraram como ótimo, 32 (60,4%) como bom, 13 (24,5%)
como regular e nenhum como insuficiente (Gráfico 2).


Gráfico 2 Auto-avaliação sobre o nível de conhecimento referente ao herpes simples labial,
               avaliação
segundo balconistas, Jales (SP), 2011.

                  35
                  30
                  25
                                                               Ótimo
                  20
                                                               Bom
                  15                                           Regular
                  10                                           Insufiente
                   5
                   0
                                Auto-avaliação
32



5 CONSIDERAÇÕES FINAIS




      Os    balconistas   do   município   de   Jales-SP   conhecem   as   principais
características do herpes simples labial, mas não conhecem a conduta ideal para os
pacientes portadores desta patologia, que deve ser o encaminhamento para o
cirurgião dentista, ao quais estão aptos a realizarem o diagnóstico desta patologia.
Além disso, uma grande parte ainda não realiza o exame clínico minucioso da lesão,
dificultando o diagnóstico.
      Essa situação indica a necessidade de orientação e capacitação destes
profissionais, a fim de possibilitar a adoção de estratégias de diagnóstico da doença
e, com isso, viabilizar o tratamento adequado dos pacientes.
33



                                  REFERÊNCIAS




1. AZAMBUJA, T. W. F.; BERCINI, F.; FURLANETTO, T. W. Herpes simples:
revisão da literatura. Rev. Fac. Odonto, v. 45, n. 2, p. 43-46, dez. 2004.

2. BASTIANI, D.; MELLA, C. A. E. Avaliação do nível de conhecimento dos alunos
de uma instituição de ensino superior sobre o herpes simples. Revista Saúde e
Pesquisa, v. 1, n. 2, p. 137-143, maio/ago. 2008.

3. CONSOLARO, A.; CONSOLARO, M. F. M-O. Diagnóstico e tratamento do herpes
simples recorrente peribucal e intrabucal na prática ortodôntica. R Dental Press
Ortodon Ortop Facial, v. 14, n. 3, p. 16-24, maio/jun. 2009.

4. LAWALL, A. M., ALMEIDA, J. F. A.; BOSCO, J. M. D.; BOSCO. A.
Gengivoestomatite herpética primária em adulto: Relato de caso clínico. Revista
Odonto Ciência – Fac. Odonto/PUCRS, v. 20, n. 48, p. 191-194, abr/jun. 2005.

5. LUPI, O. Herpes Simples. An Bras Dermatol, v. 75, n. 3, p. 261-275, maio/jun.
2000.

6. MAROTTI, J.; ARANHA, A. C. C.; EDUARDO, C. P.; RIBEIRO, M. S. Tratamento
do herpes labial pela terapia fotodinâmica. Rev Assoc Paul Cir Dent, v. 62, n. 5, p.
370-373, jun. 2008.

7. PEDRAZINI, C. M.; CURY, P. R.; ARAÚJO, V. C.; WASSAL, T. Efeito da lisina na
incidência e duração das lesões de herpes labial recorrente. RGO, v. 55, n. 1, p. 7-
10, jan/mar. 2007.

8. REGGIORI, G. M.; ALLEGRETTI, C. E.; SCABAR, L. F.; ARMONIA, P. L.;
GIOVANI, M. Terapia a laser no tratamento de herpes simples em pacientes HIV:
Relato de caso. Revista Inst Ciência Saúde, v. 26, n. 3, p. 357-361, setembro. 2008.

9. STEMMER, C. A.; CHERUBINI, K.; FIGUEIREDO, M. A.; YURGEL, L. S. Herpes
simples no serviço de estomatologia do Hospital São Lucas da PUCRS: Estudo
epidemiológico. Revista Odonto Ciência – Fac. Odonto/PUCRS, v. 20, n. 50, p. 372-
378, out/dez. 2005.

10. TRINDADE, F. K. A.; QUEIROGA, A. S.; SILVA, D. S. C.; CAMPOS, S. E. M;
LUCENA, L. B. S.; SOUSA, E. M. D. Herpes simples Labial: Um desafio terapêutico.
Rev. Ciência Saúde, v. 18, n. 4, p. 307-314, novembro. 2007.

11. VARELLA, R. B.; PIRES, I. L.; SARAIVA, C. A.; GUIMARÃES, A. C. C.;
GUIMARÃES, M. A. A. M. Diagnóstico laboratorial da infecção pelo vírus herpes
simples (HSV) em pacientes transplantados e não-transplantados. Bras patol med
lab, v. 41, n. 4, p. 257-262, agosto. 2005.
34



12. OHIRA, R. Y. P. R. Vade-mécum: Vade-mécum de medicamentos. 15. ed. São
Paulo: RGR, 2010.
35



                                     ANEXOS


Anexo 1 - Questionário de pesquisa


Título da pesquisa: AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS BALCONISTAS
ATIVOS DO MUNICÍPIO DE JALES-SP SOBRE O HERPES SIMPLES LABIAL

Pesquisadores: Jaqueline Manfrinato Thiago, Laisa Nascimento da Costa Leite,
Willian Rabetti dos Santos e Wislla dos Santos Abreu

Orientadora: Luciana Estevam Simonato


                             QUESTIONÁRIO DE PESQUISA

                                              nº de identificação: _____________

I – IDENTIFICAÇÃO

1 – Idade: ____

2 – Gênero:
( ) Masculino ( ) Feminino

3 – Grau de escolaridade:
( ) Ensino fundamental incompleto ( ) Ensino fundamental completo
( ) Ensino médio incompleto    ( ) Ensino médio completo
( ) Ensino superior incompleto ( ) Ensino superior completo

4 – A quanto tempo é balconista?
( ) De 1 a 5 anos ( ) De 6 a 15 anos    ( ) Acima de 16 anos



II – QUESTÕES ESPECÍFICAS

5 – Possui conhecimento sobre o herpes simples labial?
[ ] 1. Sim   [ ] 2. Não

6 – Na chegada do paciente à farmácia com queixa de herpes simples labial,
você realiza exame visual procurando identificar a lesão?
[ ] 1. Sim   [ ] 2. Não

7 – Caso você não realize o exame visual, por que você o não realiza?
[ ] 1. Realizo o exame         [ ] 3. Não acho necessário
[ ] 2. Não sei como fazer      [ ] 4. Não recebo honorários pelo procedimento
36



8 – Quando você encontra lesões sugestivas de herpes simples labial, como
você conduz o caso?
[ ] 1. Eu mesmo medico o paciente  [ ] 3. Encaminho para um dentista
[ ] 2. Encaminho para um médico    [ ] 4. Não faço nada

9 – Qual a região anatômica mais frequente para o herpes simples labial?
[ ] 1. Lábio superior                 [ ] 3. Ambos os lábios simultaneamente
[ ] 2. Lábio inferior               [ ] 4. Não sei

10 – Qual o aspecto mais comum em pacientes com herpes simples labial?
[ ] 1. Vesículas  [ ] 2. Úlceras [ ] 3. Dor intensa [ ] 4. Não sei

11 – Qual é a faixa etária mais comum para a ocorrência de herpes simples
labial?
[ ] 1. Menos de 18 anos               [ ] 3. Acima de 40 anos
[ ] 2. De 18 a 39 anos              [ ] 4. Não sei

12 – Qual a causa do herpes simples labial?
[ ] 1. Fungo             [ ] 3. Vírus
[ ] 2. Bactéria          [ ] 4. Parasita

13 – Quais as vias de contágio do herpes simples labial?
[ ] 1. Abraço, aperto de mão           [ ] 3. Relações sexuais
[ ] 2. Utensílios domésticos           [ ] 4. Não sei

14 – O ato sexual orogenital pode ocasionar em herpes simples labial?
[ ] 1. Sim   [ ] 2. Não

15 – Quais os sinais e sintomas do herpes simples labial?
[ ] 1. Dor      [ ] 2. Ardência    [ ] 3. Coceira     [ ] 4. Não sei

16 – O herpes simples labial possui cura?
[ ] 1. Sim  [ ] 2. Não

17 – Qual melhor tratamento para o herpes simples labial?
[ ] 1. Medicamentoso    [ ] 2. Laserterapia    [ ] 3. Vacina       [ ] 4. Não sei

18 – Qual melhor medicamento para o herpes simples labial? ___________

19 – Qual a posologia do medicamento descrito acima_____________________
___________________________________________________________________

20 – Com relação ao nível de conhecimento sobre o herpes simples labial, qual
é sua auto-avaliação?
[ ] 1. Ótimo [ ] 2. Bom [ ] 3. Regular [ ] 4. Insuficiente


POR FAVOR, DEVOLVA             O    QUESTIONÁRIO       APÓS      CONCLUIR      O
PREENCHIMENTO.

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Conhecimento sobre herpes labial

  • 1. FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS JAQUELINE MANFRINATO THIAGO LAISA NASCIMENTO DA COSTA LEITE WILLIAN RABETTI DOS SANTOS WISLLA DOS SANTOS ABREU AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS BALCONISTAS ATIVOS DO MUNICÍPIO DE JALES SP SOBRE O HERPES SIMPLES LABIAL JALES-SP FERNANDÓPOLIS 2011
  • 2. JAQUELINE MANFRINATO THIAGO LAISA NASCIMENTO DA COSTA LEITE WILLIAN RABETTI DOS SANTOS WISLLA DOS SANTOS ABREU AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS BALCONISTAS ATIVOS DO MUNICÍPIO DE JALES-SP SOBRE O HERPES SIMPLES LABIAL Trabalho de conclusão de curso apresentado à Banca Examinadora do Curso de Graduação em Farmácia da Fundação Educacional de Fernandópolis como exigência parcial para obtenção do título de bacharel em farmácia. Orientadora: Profa. MSc. Luciana Estevam Simonato FERNANDÓPOLIS 2011
  • 3. JAQUELINE MANFRINATO THIAGO LAISA NASCIMENTO DA COSTA LEITE WILLIAN RABETTI DOS SANTOS WISLLA DOS SANTOS ABREU AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS BALCONISTAS ATIVOS DO MUNICÍPIO DE JALES-SP SOBRE O HERPES SIMPLES LABIAL Trabalho de conclusão de curso aprovado como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em farmácia. Aprovado em: 10 de novembro de 2011. Banca examinadora Assinatura Conceito Profa. MSc. Luciana Estevam Simonato (Orientadora) Profa. Dra. Maria Elisa Furlan Gandini Castanheira (Avaliadora 1) Profa. Esp. Rosana Matsumi Kagesawa (Avaliadora 2) Profa. MSc. Luciana Estevam Simonato Presidente da Banca Examinadora
  • 4. Dedico este meu trabalho, a aquele que sempre me fortalece, e mesmo que meu sonho esteja tão longe de ser alcançado, sei que Ele nunca me deixará desistir; Deus. Aos meus pais e irmã, que em nenhum momento mediram esforços para realização dos meus sonhos, acreditando sempre em minha capacidade, por todo amor, carinho dado por eles a mim. Dedico também a meu namorado e amigo que sempre esteve ao meu lado, me motivando, fazendo com que eu sempre continuasse, mesmo que o caminho não fosse fácil. Sem vocês eu nada seria por isso o meu mais sincero obrigada, AMO VOCÊS! (Jaqueline Manfrinato Thiago) Dedico esse trabalho a Deus, pois vem dele tudo que sou o que tenho e o que espero. A minha querida mãe pelo sacrifício ilimitado em todos os sentidos, orações e palavras de aconchego. Ao meu irmão pela alegria e diversão. E ao meu namorado pelo companheirismo, carinho e compreensão que teve em todos esses anos. (Laisa Nascimento da Costa Leite) Dedico este trabalho primeiramente a Deus, pois sem ele, nada seria possível, aos meus pais que me ajudaram todos esses anos, a minha tia que acreditou e investiu no meu sonho e a minha noiva que suportou e teve paciência nesses quatro anos comigo. (Willian Rabetti dos Santos) A ele que me ensinou a viver com dignidade, me deu força quando pensava que estava tudo acabado, iluminou meus caminhos obscuros, confiou na minha capacidade, enfrentou várias dificuldades, porém nunca deixou que isso me afetasse. É por ter orgulho e reconhecer o seu esforço, que dedico este trabalho, com todo amor, ao meu Pai. (Wislla dos Santos Abreu)
  • 5. AGRADECIMENTOS Agradecemos a Deus em primeiro lugar, por nos iluminar não apenas durante a elaboração deste trabalho como em todas as etapas de nossa vida. Aos nossos familiares que nos apoiaram em todas as decisões, depositando confiança, fazendo o possível para a realização dos nossos sonhos. A nossa orientadora professora Luciana Estevam Simonato, que nos fez acreditar e nos apaixonar por este trabalho. Nosso mais sincero obrigado por se mostrar presente ao nosso lado durante todo esse tempo, nos enriquecendo com seu amplo conhecimento e bondade. Foi um privilégio tê-la como nossa orientadora e amiga.
  • 6. Eu lhes garanto: tudo o que vocês ligarem na terra, será ligado no céu, e tudo o que vocês desligarem na terra, será desligado no céu. E lhes digo mais: se dois de vocês na terra estiverem de acordo sobre qualquer coisa que queiram pedir, isso lhes será concedido por meu pai que esta no céu. Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou aí no meio deles. (Mateus 18, 18-20)
  • 7. RESUMO O vírus herpes simples (HSV) é dividido em dois sorotipos (HSV-1 e HSV-2) responsáveis, respectivamente, pelo herpes labial e genital. O herpes simples labial é uma doença infecto-contagiosa comum que apresenta sintomas como: prurido, ardência ou dor local no qual aparecem as múltiplas vesículas. O presente estudo teve por objetivo avaliar o grau de conhecimento dos balconistas ativos no município de Jales-SP sobre o herpes simples labial. Foram analisados 53 questionários compostos por 20 questões. Foram avaliados 53 indivíduos através da aplicação de um questionário. Na avaliação do perfil dos balconistas, observou-se que 27 (50,9%) eram do sexo feminino e 26 (49,1%) eram do sexo masculino. Em relação à idade, foram encontrados 41 (77,3%) dos indivíduos com idade igual ou inferior a 40 anos. Os balconistas do município de Jales-SP conhecem as principais características do herpes simples labial, mas não conhecem a conduta ideal para os pacientes portadores desta patologia, que deve ser o encaminhamento para o cirurgião dentista, os quais estão aptos a realizarem o diagnóstico desta patologia. Além disso, uma grande parte ainda não realiza o exame clínico minucioso da lesão, dificultando o diagnóstico. Palavras-chave: Herpes simples. Herpes labial. Doença infecto-contagiosa.
  • 8. ABSTRACT The herpes simplex virus (HSV) are divided in two serotypes (HSV-1 and HSV-2) responsible, respectively, for herpes labialis and genital. The herpes simplex labialis are an infect-contagious disease common that presented symptoms such as itching, burning or pain at the site in which appear the multiple vesicles. This study was to evaluate the degree of knowledge of clerks active in the city of Jales-SP about the herpes simplex labialis. We analyzed 53 questionnaires composed of 20 questions. We evaluated 53 individuals through the application of a questionnaire. In the evaluation of the profile of the clerks, it was observed that 27 (50.9%) were female and 26 (49.1%) were male. In relation to age, we found 41 (77.3%) of individuals aged 40 years or less. The clerks of the city of SP-Jales know the main features of herpes simplex labialis, but not the ideal procedure for patients with this pathology, which must be forwarding to the dentist, which are able to carry out the diagnosis of this pathology. In addition, a large part still does not carry out a careful clinical examination of the lesion, which makes the diagnosis difficult. Key words: Herpes simplex. Herpes labialis. Infect-contagious disease.
  • 9. LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Variáveis sociodemográficas da população de balconistas avaliados 27 no município de Jales (SP), 2011 Tabela 2 - Medicamentos mais utilizados no tratamento do herpes simples 31 labial, de acordo com a população de balconistas avaliados no município de Jales (SP), 2011
  • 10. LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Gráfico 1 - Agente etiológico do herpes simples labial, segundo 29 balconistas, Jales (SP), 2011 Gráfico 2 - Auto-avaliação sobre o nível de conhecimento referente ao herpes 31 simples labial, segundo balconistas, Jales (SP), 2011
  • 11. LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Esquema básico do HSV 15 Figura 2 - Períodos clínicos da manifestação do herpes simples na pele 20 peribucal e semimucosa labial: A = período prodrômico, B = período clínico ativo, C = período reparatório Figura 3 - Herpes simples na pele peribucal e semimucosa labial, com vesícula 20 e bolha que se transformaram em pústulas e úlceras, com ardência, queimação, dor e desconforto locais Figura 4 - Herpes simples na pele da região nasal, com úlceras típicas do 21 período reparatório da doença Figura 5 - Herpes simples recorrente na pele da região nasal e labial, 21 resultande de autoinoculação do HSV
  • 12. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS Bacilo da BCG – Bacilo de Calmette e Guérin. DNA – Ácido Desoxirribonucléico. FCN – Fator de Crescimento Neuronal. gB – Glicoproteínas B. gC – Glicoproteínas C. gD – Glicoproteínas D. gE – Glicoproteínas E. gI – Glicoproteínas I. HIV – Vírus da Imunodeficiência Humana. HSV – Vírus do Herpes Simples. HSV-1 – Vírus do Herpes Simples tipo - 1. HSV-2 – Vírus do Herpes Simples tipo - 2. HVH – Família Herpetoviridae ou Herpesviridae. IgG – Imunoglubulina G. LAT – Latency-Associated Transcript. Oct-1 – Proteína Octamérica - 1. Oct-2 – Proteína Octamérica - 2. TCLE – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. UV – Radiação Ultravioleta.
  • 13. SUMÁRIO INTRODUÇÃO................................................................................................... 13 1 DESENVOLVIMENTO TEÓRICO................................................................... 15 1.1 GENGIVOESTOMATITE HERPÉTICA PRIMÁRIA........................................ 17 1.2 LATÊNCIA VIRAL........................................................................................... 18 1.3 GENGIVOESTOMATITE HERPÉTICA SECUNDÁRIA.................................. 18 1.4 EPIDEMIOLOGIA........................................................................................... 19 1.5 MANIFESTAÇÃO CLÍNICA DO HERPES SIMPLES..................................... 19 1.6 TRATAMENTO............................................................................................... 22 2 OBJETIVO........................................................................................................ 25 3 MATERIAIS E MÉTODOS................................................................................ 26 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO....................................................................... 27 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................. 32 REFERÊNCIAS.................................................................................................... 33 ANEXOS.............................................................................................................. 35
  • 14. 13 INTRODUÇÃO O nome Herpes tem sua origem do latim, proveniente da palavra Herpein que quer dizer “aquilo que irrompe de surpresa” (REGGIORE et al., 2008), seu vírus foi isolado pela primeira vez no ano de 1939, através do produto das glândulas salivares de neonatos (PEDRAZINA et al., 2007). O vírus causador do herpes simples labial pertence à família Herpetoviridae ou Herpesviridae (HVH), que é muito ampla contendo diversos causadores de outras doenças, tanto em seres humanos como em animais. Alguns deles são citomegalovírus, epstein-barr e varicela-zoster. Há dois distintos vírus do herpes simples (HSV): tipo 1 (HSV-1) e tipo 2 (HSV-2) e são responsáveis pelo herpes labial e genital, respectivamente (VARELLA et al., 2005). De acordo com Lawall et al. (2005), sua classificação é: HSV-1 que em maior quantidade promove infecções em órgãos como boca, olhos e face; e HSV-2 que causa infecções herpéticas nos órgãos genitais e tecido de revestimento (pele). No entanto, pela prática oro genital pode-se encontrar tanto HSV-1 na mucosa genital quanto o HSV-2 na mucosa oral (TRINDADE et al., 2007). Ambas as formas possuem estruturas semelhantes e características pertencentes a todos da família HVH, tais como: alta velocidade de replicação em cultura celular, grande quantia de hospedeiros e latência nas células por vários anos (VARELLA et al., 2005). Stemmer e colaboradores (2005) dividiram as infecções causadas pelo HSV em duas classes. A primária ou gengivoestomatite herpética primária, que se dá com a invasão do vírus no corpo humano promovendo lesões locais e ações sistêmicas e a recorrente ou gengivoestomatite herpética secundária que acontece pela reativação do vírus que está em estado de latência através de estímulos, promovendo apenas lesões locais, sem manifestações sistêmicas. O HSV se adquire por contato direto com tecidos infectados ou secreções (BASTIANI e MELLA, 2008), sendo que cerca de 90% das infecções são sub- clínicas (PEDRAZINA et al., 2007). A transmissão pode ocorrer durante períodos assintomáticos à infecção, embora o risco seja maior durante os episódios em que há manifestação clínica (STEMMER et al., 2005).
  • 15. 14 Nos dias atuais esta doença é muito frequente, cerca de dois terços da população em idade adulta já apresentam soro positividade para está doença viral, ou seja, possuem anticorpos contra o HSV (STEMMER et al., 2005). O herpes simples labial é uma doença infecto contagiosa crônica, com maior risco para recém-nascidos e imunodeprimidos (transplantados e portadores do vírus da imunodeficiência humana (HIV)), onde, normalmente, ocorre uma expressão mais agressiva da moléstia (VARELLA et al., 2005). Estudos mostram que não existe cura para o HSV, mas existem diversas alternativas para seu tratamento, com vidarabina ou aciclovir em forma de comprimidos ou pomadas, além das vacinas que estão sendo testadas para sua prevenção (MARROTI et al., 2008).
  • 16. 15 1 DESENVOLVIMENTO TEÓRICO O herpes simples é uma doença infecciosa e, provavelmente, a virose humana mais comum, com exceção das infecções respiratórias virais (BASTIANI e MELLA, 2008). Pedrazini (2007) relata que o vírus foi primeiramente isolado em 1939 da saliva de crianças acometidas de gengivoestomatite herpética. O HSV apresenta alta prevalência, acreditando-se que, na idade adulta, mais de dois terços da população mundial apresentam anticorpos contra o vírus (STEMMER et al., 2005). O herpes simples possui duas formas distintas (TRINDADE et al., 2007), com estruturas semelhantes (REGGIORI et al., 2008), porém pode ser individualizados: o herpes simples peribucal, cujo principal agente é o HSV-1, e as formas perigenitais, com preponderância do HSV-2 (TRINDADE et al., 2007). Embora o tipo HSV-1 afete geralmente a face, lábios, boca, olhos e pele da parte superior do corpo (AZAMBUJA et al., 2004), segundo Trindade e colaboradores (2007) a infecção acontece com maior frequência na área de vermelhão do lábio e na pele adjacente dos lábios. O herpes simples é uma das doenças virais que mais comumente afeta a cavidade bucal. Estas lesões se determinam pela formação de úlceras sobre uma base eritematosa, que promove o surgimento de uma crosta serosa (REGGIORE et al., 2008). O vírus causador desta doença labial faz parte da subfamília Alphaherpesvirinae, possuindo quatro componentes (REGGIORE et al., 2008), como pode ser verificado na Figura 1. Figura 1 Esquema básico do HSV (Fonte: REGIORRE et al., 2008)
  • 17. 16 Estrutura helicoidal de ácido desorribonucléico (DNA) de dupla hélice recoberta por um capsídeo icosaédrico e circundada por uma substância amorfa (tegumento), além do envelope lipídico, onde estão as glicoproteínas de superfície do HSV (REGGIORE et al., 2008). O contágio direto ocorre por contato íntimo com indivíduo contaminado através da superfície mucosa, secreções ou lesões infectantes e pela saliva contaminada (STREMMER et al., 2005). E, também, de maneira indireta através de objetos infectados como: barbeadores, toalhas, pratos e outros artigos de uso comum (REGGIORI et al., 2008). A transmissão do HSV-1 ocorre através das superfícies mucosas ou das soluções de continuidade na pele, principais sítios incluem a mucosa oral, ocular, genital e anal (LUPI, 2000). Após a penetração do vírus nas células epiteliais do indivíduo ocorre a replicação viral (LAWALL et al., 2005), inicia-se na epiderme após a ligação do vírus às moléculas de heparan sulfato da membrana celular. O período de incubação é cerca de 7 dias (LUPI, 2000). A infecção propaga-se para as terminações nervosas livres com disseminação intra-axonal através de transporte retrógrado dos virions, partículas infectantes básicas dos vírus, para os gânglios sensoriais, paravertebrais (TRINDADE et al., 2007), os novos vírus formados entram em contato com as terminações nervosas sensitivas e são transportados ao gânglio nervoso correspondente sendo o gânglio trigeminal o local mais comum nos casos de herpes perilabial (LAWALL et al., 2005). O ciclo biológico do HSV é controlado por suas glicoproteínas de superfície. As glicoproteínas C, B e D (gC, gB e gD) são indispensáveis para a replicação viral nas células infectadas, participam da absorção ao herparan sulfato, além da liberação de vírions. Mutações virais, com translocação no gene codificador da gB, produzem vírions não infecciosos. Quando a translocação afeta a gB e a gD conjuntamente, o vírion efetua a adsorção, mas não penetra a célula. As glicoproteínas E e I (gE e gI) codificam receptores para a fração Fc da imunoglobulina G (IgG), enquanto a gC atua como receptor para o fragmento C3b do complemento (LUPI, 2000).
  • 18. 17 1.1 GENGIVOESTOMATITE HERPÉTICA PRIMÁRIA O primeiro episódio é denominado gengivoestomatite herpética primária (STREMER et al., 2005), geralmente assintomática (LUPI, 2000), subclínica e passa despercebido, pois o indivíduo torna-se portador do vírus sem apresentar sintomas (AZAMBUJA et al., 2004), ou manifesta-se por meio de sintomatologia inespecífica (LUPI, 2000). Ocorre com maior frequência em crianças na faixa etária de 1 a 5 anos, mas também podem ocorrer em adolescentes e adultos (LAWALL et al., 2005). Na fase prodrômica a infecção primária pode-se manifestar como faringoamigdalites e os sintomas iniciais são dor de garganta, febre, mal estar e cefaléias (AZAMBUJA et al., 2004), a doença raramente ocorre antes dos primeiros 6 meses de vida uma vez que os recém-nascidos mantêm elevados títulos de anticorpos maternos (STEMMER et al., 2005), a maior ocorrência em crianças pode ser justificada pela ampla disseminação do vírus e devido à exposição precoce ao mesmo (LAWALL et al., 2005). O diagnóstico da gengivoestomatite herpética primária é eminentemente clínico, embora exames laboratoriais possam auxiliar nos casos atípicos (STEMMER et al., 2005). Em poucos dias iniciam-se as manifestações bucais causando pequenas lesões vesiculares amareladas que causam edema, dor e dificuldade de alimentação (AZAMBUJA et al., 2004) que são as principais causas de uma hipersalivação (LAWALL et al., 2005). O indivíduo infectado pode prever com antecedência de até 24 horas o aparecimento das vesículas e bolhas, pois detecta a sintomatologia: o local fica dolorido nas primeiras 12 horas, depois se torna discretamente edemaciado, com prurido, ardência e quente (CONSOLARO e CONSOLARO, 2009). As inflamações gengivais formam múltiplas vesículas acometendo toda a mucosa, especialmente gengiva, língua, palato e lábios (STEMMER et al., 2005). Estas múltiplas vesículas pequenas e eritematosas se coalescem, rompem-se formando úlceras recobertas por crostas que cicatrizam no período de 10 a 14 dias sem deixar cicatrizes (TRINDADE et al., 2007).
  • 19. 18 Após a infecção primária o vírus fica em estado de latência em gânglios de nervos cranianos ou da medula. O HSV recidivante ocorre pela migração do vírus através dos nervos periféricos até a pele ou mucosa (AZAMBUJA et al., 2004). 1.2 LATÊNCIA VIRAL O período de latência corresponde à replicação e o transporte até o gânglio e ocorre na maioria das vezes em uma semana, podendo variar, com tudo de poucos dias em até 3 semanas (LAWALL et al., 2005). A transcrição do genoma viral depende da proteína Oct-1, presente na maioria das células humanas. Alguns neurônios são dotados, no entanto, de uma proteína octamérica correlata, a Oct-2, que promove efeito contrário ao da Oct-1, reprimindo a transcrição dos nucleotídeos codificados pelo lócus gênico IE, impedindo assim a reativação das cepas latentes do HSV. Os neurônios em que predomina a proteína Oct-2 têm como característica principal a dependência do fator de crescimento neuronal (FCN). A recorrência herpética observada após injuria tecidual pode ter sua origem na redução do nível de fator de FCN dos neurônios com excesso da Oct-2, permitindo que a Oct-1 se torne predominante e permita a transcrição do genoma do HSV (LUPI, 2000). De acordo com Reggiori e colaboradores (2008), a infecção latente caracteriza-se quando o HSV apresenta tropismo positivo por ceratinócitos e neurônios, sendo estes últimos não permissíveis à replicação do vírus. O HSV beneficia-se ao infectar essas células imunes ao seu efeito citopático, pois não podendo destruí-las, integra-se ao seu DNA. Pelo fato dele se integrar ao DNA tem ausência total de síntese protéica o que permite que o vírus HSV fique completamente invisível ao sistema imunológico. Assim o único produto viral detectado durante a latência é conhecido como LAT (latency-associated transcript) (LUPI, 2000). 1.3 GENGIVOESTOMATITE HERPÉTICA SECUNDÁRIA
  • 20. 19 A gengivoestomatite herpética secundária ou recorrente é resultante da reativação do HSV em indivíduos pré infectados (STEMMER et al., 2005). Os fatores capazes de estimular a reativação do HSV são variados, com destaque para imunodepressão, alteração hormonais, radiação ultravioleta (UV), lesão traumática do nervo acometido (LUPI, 2000), doenças febris, processos alérgicos, distúrbios gastrintestinais, infecções respiratórias, fadiga, menstruação, radioterapia, quimioterapia, infecções por HIV, leucemia (STEMMER et al., 2005). A latência viral nos gânglios pode hipoteticamente ser afetada pela presença de neurotransmissores envolvidos nos estados de ansiedade, depressão e distúrbios comportamentais (LUPI, 2000). Quanto maior a carga viral e o número de recorrências sem tratamento, maior o potencial de contaminação (CONSOLARO e CONSOLARO, 2009). 1.4 EPIDEMIOLOGIA O HSV produz pandemia sem precedentes disseminando por todo o mundo. Estudos soro epidemiológico confirmam que mais de 90% da população possuem anticorpos séricos contra pelo menos uma das cepas do HSV (LUPI, 2000). A incidência de casos novos do HSV-1 é de aproximadamente de 1,5% por ano até idade de 50 anos. A prevalência para o HSV-1 oscila de 70%, na maioria dos países europeus, até 95%, na América Central, África e Ásia (TRINDADE et al., 2007). No Rio de Janeiro, observou-se prevalência de 86% na população. As menores prevalências situam-se no Japão (48%) e nos países escandinavos (LUPI, 2000). 1.5 MANIFESTAÇÃO CLÍNICA DO HERPES SIMPLES As manifestações clínicas do herpes simples dependem, fundamentalmente, do sítio da inoculação viral, da imunidade do hospedeiro e da cepa viral adquirida. A
  • 21. 20 primoinfecção herpética é, geralmente, assintomática ou manifesta-se por meio de sintomatologia inespecífica (LUPI, 2000). Na manifestação do herpes simples perilabial podem ser distinguidos os 3 períodos clínicos da doença: (1) prodrômico, (2) clínico ativo e (3) reparatório, como pode ser observado nas Figuras 2, 3, 4 e 5 (CONSOLARO e CONSOLARO, 2009). O período prodrômico é caracterizado pelo formigamento ou ardência, tensão, tumefação ou pequena sensibilidade nos lábios ou na região onde apareceram as lesões (AZAMBUJA et al., 2004). O período clínico ativo sucede o período prodrômico, nele ocorre o aparecimento das primeiras pápulas, que evoluem rapidamente para vesículas e bolhas cheias de líquido sitrino (representa um exsudato inflamatório seroso), este período clínico ativo dura entre 2 e 4 dias, essas vesículas agrupam-se em formas de cachos ou ramalhetes (CONSOLARO e CONSOLARO, 2009). A B C Figura 2 Períodos clínicos da manifestação do herpes simples na pele peribucal e semimucosa labial: A = período prodrômico, B = período clínico ativo, C = período reparatório (Fonte: Consolaro e Consolaro, 2009) Figura 3 Herpes simples na pele peribucal e semimucosa labial, com vesícula e bolha que se transformaram em pústulas e úlceras, com ardência, queimação, dor e desconforto locais (Fonte: Própria, 2010)
  • 22. 21 Figura 4 Herpes simples na pele da região nasal, com úlceras típicas do período reparatório da doença (Fonte: Própria, 2010) Figura 5 Herpes simples recorrente na pele da região nasal e labial, resultande de autoinoculação do HSV (Fonte: Própria, 2010) Ainda, segundo Consolaro e Consolaro (2009) relata que o período reparatório se dá quando as vesículas e bolhas reduzem, gradativamente, de volume e o exsudato seroso é reabsorvido, desde que não tenha sido rompida anteriormente, formando escamas e crostas amareladas e/ou escuras que duram entre 2 a 4 dias.
  • 23. 22 1.6 TRATAMENTO Sabe-se que nos últimos anos, várias opções de tratamento têm sido propostas para combater as manifestações do herpes vírus simples. No entanto, a maioria consiste em tratamentos paliativos para sintomatologia dolorosa ou supressores da replicação viral (TRINDADE et al., 2007). O aciclovir é a droga de escolha no tratamento do herpes simples (LUPI, 2000), porém duas pró-drogas do aciclovir foram posteriormente sintetizadas, o valaciclovir e o famciclovir, que é um análogo do penciclovir (REGGIORI et al., 2008), que são as drogas de escolha para o tratamento de infecções pelo HSV. Deve-se começar a terapia imediatamente após o surgimento de qualquer sintomatologia (TRINDADE et al., 2007). Diversos tratamentos para o herpes labial recorrente têm sido testados, dentre eles o veneno de cobra intradérmico, compressas de cânfora, tratamentos psiquiátricos, vitamina C, outros complexos vitamínicos, cremes a base de lignina e carboidratos, bacilo da Calmette e Guérin (BCG), que é um dos maiores estimuladores do sistema imunológico e o tratamento de imunoterapia ativada, que consiste em estimular a formação de células imunologicamente tolerantes ao antígeno HSV (PEDRAZINI et al., 2007). O aciclovir atua contra os tipos 1 e 2 de herpes simples (OHIRA, 2010), ele é um análogo acíclico do nucleosídeo 2-deoxiguanosina. Inibindo a replicação do HSV, após a forma pró-droga sofre uma fosforilação transformando em monofosfato de aciclovir, atuando como uma enzima viral conhecida como timidina cinase. Esse novo composto volta a ser fosforilado pelas enzimas celulares, transformando-se, finalmente, na forma ativa (trifosfato de aciclovir) (LUPI, 2000). O aciclovir-trifosfato atua como inibidor específico da DNA-polimerase do vírus herpes, evitando a posterior síntese de DNA-viral sem afetar os processos celulares normais (OHIRA, 2010). De acordo com Lupi (2000) o aciclovir trifosforilado inibe, especificamente, a replicação do DNA do HSV ao competir com o trifosfato de desoxiguanosina pela DNA polimerase viral. A molécula de aciclovir é ligada ao genoma do HSV através da DNA polimerase; a ausência do grupo 3-hidroxila impede a incorporação dos novos nucleotídeos necessários para a síntese da cadeia de DNA viral, efetuando assim sua terminação obrigatória.
  • 24. 23 O tratamento com o aciclovir pode ser por via oral, endovenosa ou tópica, e deve ser iniciado até cinco dias após o início do surto, devendo ser mantido até que não surjam mais novas lesões (TRINDADE et al., 2007). A dose usual para adultos é de 200mg cada quatro horas, cinco vezes ao dia durante dez dias, Tratamento crônico supressor das infecções recorrentes: 200mg cada oito horas, durante, no máximo seis vezes. Não foi estabelecida a dose para crianças. As cápsulas podem ser tomadas com os alimentos, pois não foi demonstrado que a absorção seja afetada por eles (OHIRA, 2010). Segundo Lupi (2000) o aciclovir apresenta interação medicamentosa mínima com outras drogas, facilitando a administração em pacientes idosos, hipertensos, diabéticos ou hospitalizados e em uso de prescrição múltipla. A biodisponibilidade é de aproximadamente 30%, com meia vida plasmática de 3 horas, sendo excretado na urina. O aciclovir intravenoso é reservado à pacientes com lesões mucocutâneas severas e extensas de HSV ou com disseminação ou complicações neurológicas, bem como nos casos em que a infecção compromete a vida do paciente, ou quando não há possibilidade de administração por via oral, o que é bem observado em pacientes imunodeprimidos (TRINDADE et al., 2007). O uso endovenoso do aciclovir, na dose de 10mg/Kg/dose administrada de 8 em 8 horas, está indicado nos casos de primoinfecção maligna (LUPI, 2000). De acordo com Azambuja e colaboradores (2004), o aciclovir creme a 0,3%, no tratamento da infecção do herpes simples facial e labial apresentam maior eficácia em lesões mucocutâneas, já a pomada a 5% aplicada a cinco vezes ao dia, no início dos sintomas reduz ligeiramente a duração do herpes simples perilabial. A aplicação deve ser realizada com espátulas ou cotonetes, para evitar o contágio dos dedos e mãos. Os medicamentos aplicados localmente podem funcionar como poderosos placebos e protetores oclusivos locais (CONSOLARO e CONSOLARO, 2009). A utilização racional do aciclovir indica que deve ser empregado em todos os casos de primoinfecção herpética e nos casos graves. Acredita-se que o uso precoce do aciclovir na primoinfecção preveniria o estabelecimento da latência viral (LUPI, 2000). O valaciclovir, derivado éster L-valina do aciclovir, talvez seja um dos mais promissores entre os novos compostos derivados dos nucleosídeos acíclicos (LUPI,
  • 25. 24 2000). É um medicamento antiviral e representa uma evolução e o mesmo mecanismo de ação que o aciclovir, 63% do valaciclovir, quando absorvido pelas mesmas vias, converte-se em aciclovir e está no plasma depois de 15 minutos da ingestão oral, aumentando a bioviabilidade do valaciclovir em até 2 a 5 vezes, em relação ao aciclovir (CONSOLARO e CONSOLARO, 2009). Sua posologia indicada é de 1g/dia de valaciclovir, dividido em tomadas diárias, durante 5 dias (recorrências) ou 10 dias (infecção inicial). Outro análogo purínico do aciclovir é o penciclovir, este possui baixa biodisponibilidade quando tomado por via oral, sendo, portanto, administrado sob a forma do famciclovir. Esta transformação é rápida e atinge altas concentrações intracelulares, mantendo sua meia vida por 12 horas (LUPI, 2000). Após sua administração por via oral é convertido a fármaco ativo e não é mais detectado no plasma ou na urina. O penciclovir e seus metabólitos são eliminados principalmente por via renal. (OHIRA, 2010). Os regimes recomendados por via oral são famciclovir 125mg, 2 vezes ao dia e na primoinfecção famciclovir 250mg 3 vezes ao dia (AZAMBUJA et al., 2004). Por via tópica recomenda- se aplicar uma fina camada de uma formulação que contenha penciclovir 1%, a intervalos de 2 horas durante o dia e repetir o procedimento por 4 dias, o tratamento deve ser iniciado tão cedo possível (OHIRA, 2010).
  • 26. 25 2 OBJETIVO Avaliar o grau de conhecimento dos balconistas ativos do município de Jales- SP sobre o herpes simples labial.
  • 27. 26 3 MATERIAIS E MÉTODOS Esta pesquisa caracteriza-se como um estudo de corte transversal, no qual se aplicou um questionário como instrumento de coleta de dados. Foi utilizado um questionário constituído por 20 questões de múltipla escolha. O conteúdo do questionário abrangeu informações sociodemográficas dos participantes (idade, sexo, grau de escolaridade); variáveis sobre diagnóstico herpes simples labial; variáveis sobre fatores de risco e tratamento desta patologia. O presente estudo foi desenvolvido durante o período de junho a setembro de 2011. Participaram dele balconistas que desenvolviam atividades em drogarias e farmácias do município de Jales, São Paulo, Brasil. O questionário foi entregue por meio de abordagem direta, ou seja, o pesquisador realizou pessoalmente a entrega do documento, sendo respondido pelo próprio participante, sem qualquer interferência, permitindo que ele se expressasse livremente. Em cada exemplar do questionário entregue aos participantes do estudo, havia explicações sobre a natureza da pesquisa e o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE). Para a análise, os dados foram digitados em planilha eletrônica (Microsoft Office Excel 2007). Após essa etapa, foi analisada a distribuição das variáveis de interesse.
  • 28. 27 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Foram avaliados 53 indivíduos através da aplicação de um questionário. Na avaliação do perfil dos balconistas, observou-se que 27 (50,9%) eram do sexo feminino e 26 (49,1%) eram do sexo masculino. Em relação à idade, foram encontrados 41 (77,3%) dos indivíduos com idade igual ou inferior a 40 anos. Quanto ao grau de escolaridade, verificou-se que 20 (37,9%) possuíam grau superior completo (Tabela 1). Tabela 1 Variáveis sociodemográficas da população de balconistas avaliados no município de Jales (SP), 2011. n Variáveis (53) % Sexo Feminino 27 50,9 Masculino 26 49,1 Faixa etária Inferior a 25 23 43,4 26 a 39 18 33,9 40 a 55 10 18,8 Acima de 56 2 3,9 Grau de escolaridade Fundamental incompleto 1 1,9 Fundamental completo 0 0 Médio incompleto 5 9,4 Médio completo 18 33,9 Superior incompleto 9 16,9 Superior completo 20 37,9 De acordo com os entrevistados, 51 (96,2%) conheciam o herpes simples labial e apenas 2 (3,8%) não conheciam a patologia abordada. Concordando com a afirmativa de que o herpes simples representa a doença viral mais comum no homem moderno, excluindo-se as infecções respiratórias (Consolaro e Consolaro, 2009). Em relação à realização de exames visuais das lesões, 50 (94,3%) entrevistados afirmaram que realizavam o exame visual procurando identificar a lesão e 3 (5,7%) não o realizava. Segundo Consolaro e Consolaro (2009) o diagnóstico do herpes simples labial é eminentemente clínico, sendo que 3 períodos
  • 29. 28 clínicos da doença podem ser distinguidos: (1) prodrômico, (2) clínico ativo e (3) reparatório. Lembrando que quando as lesões herpéticas são diagnosticadas no período prodrômico e a terapêutica aplicada, os resultados são muito melhores e as lesões clinicamente ativas podem até ser evitadas. Ao encontrar lesões sugestivas do herpes simples labial, a conduta adotada pela maioria dos balconistas avaliados foi encaminhar para o médico com 52,8% (29), em seguida, medicar o paciente com 45,3% (24). Apenas 1 (1,9%) entrevistado teve como conduta o encaminhamento para o cirurgião dentista, que seria a forma correta de conduzir, pois o cirurgião dentista tem papel marcante no diagnóstico do herpes simples labial, devido à rica sintomatologia das lesões (LAWALL et al., 2005). Segundo Consolaro e Consolaro (2009) o cirurgião dentista deve ser o primeiro profissional a ser procurado, não só pela falta de diagnóstico correto por outros profissionais da sáude, mas, provavelmente, porque na maioria das vezes o herpes simples labial não é tratado de forma adequada em todos os pacientes e em todos os episódios da doença. Dos 53 balconistas avaliados sobre a região anatômica mais acometida pelo herpes simples labial, 26 (49,0%) responderam que são os lábios simultaneamente, 17 (32,1%), os lábios superiores e 10 (18,9%) os lábios inferiores. Corroborando com Stemmer et al. (2005) que verificaram que os sítios anatômicos mais frequentemente afetados eram o vermelhão dos lábios (55,7%), a pele adjacente (27,54%) e a mucosa do palato duro (23,19%). Lawall e colaboradores (2005) deixaram claro que todas as mucosas podem ser atingidas assim como lábio e região perioral, sendo o número de lesões variado. Quando questionados sobre os aspectos mais comuns observados no herpes simples labial, os participantes responderam: 29 (54,7%) vesículas, 14 (26,4%) dor intensa, 3 (5,7%) úlceras e 7 (13,2%) não souberam responder. Stemmer et al. (2005) mostraram que dos 167 pacientes avaliados (50,72%) apresentaram dor e (28,98%) ardência como sintomas mais frequentes. O herpes simples labial é caracterizado pelo formigamento e ardência, tensão, tumefação ou pequena sensibilidade nos lábios, ou na região onde apareceram as lesões. A sensação de prurido aparece entre 12 a 24 horas antes do aparecimento da vesícula, pois as mesmas são pequenas agrupadas que podem romper deixando pequenas ulcerações vermelhas com ligeiro alo eritematoso, tendo duração de 7 a 14 dias sem deixar cicatrizes (AZAMBUJA et al., 2004).
  • 30. 29 A faixa de idade proposta pelos entrevistados como sendo a mais comum para o aparecimento do herpes simples labial foi de 18 a 49 anos com 47 (88,6%). ento No entanto, Lawall e colaboradores (2005) afirmaram que esta patologia ocorre com maior frequência em crianças na faixa etária de 1 a 5 anos, mas também podem ocorrer em adolescentes e adultos. Já Stemmer et al. (2005) mostraram que na sua rrer amostra o paciente mais jovem tinha 8 anos de idade, enquanto o mais velho tinha 61, ficando a média de idade em 31,22 anos. Diante da pergunta sobre o causador do herpes simples, a maioria 48 (90,6%) a dos entrevistados mostrou conhecimento sobre o assunto e apontaram o vírus como agente etiológico como pode ser visto no Gráfico 1. Gráfico 1 Agente etiológico do herpes simples labial, segundo balconistas, Jales (SP), 2011. 50 45 40 35 30 Vírus 25 Fungo 20 Bactéria 15 10 5 0 Agente etiológico Ao avaliar as vias de contá contágio do HSV, verificou-se que 31 (58,5%) dos se participantes apontaram relação sexual; 14 (26,4%) apontaram abraço, aperto de mão; 2 (3,8%) apontaram abraço, relação sexual, aperto de mão; 2 (3,8%) apontaram utensílios e relação sexual e 1 (1,9%) não soube responder. Stremmer e responder. colaboradores (2005) afirm am que o contágio direto ocorre por contato íntimo com afirmaram indivíduo contaminado através da superfície mucosa, secreções ou lesões infectantes e também pela saliva contaminada. Enquanto, Reggiori e colaboradores Enquanto, (2008) afirmaram que o contágio também ocorre de maneira indireta através de objetos infectados como: barbeadores, toalhas, pratos e outros artigos de uso comum.
  • 31. 30 Quatro (7,5%) dos entrevistados afirmaram que a prática orogenital não ocasiona o herpes simples labial, entretanto os 49 (92,5%) restantes colocaram que a mesma prática induz a lesão. Segundo Trindade et al. (2007) afirmaram que em virtude das práticas sexuais, o HSV-1 pode ser encontrado nas infecções genitais, bem como o HSV-2 pode ser verificado nas infecções orais. Do total de participantes, 13 (24,5%) afirmaram que o principal sintoma presente no herpes simples labial é a dor, 16 (30,2%) a ardência, 6 (11,3%) a coceira, 3 (5,7%) a dor e a ardência, 3 (5,7%) a dor e a coceira, 7 (13,2%) a ardência e a coceira e 5 (9,5%) a dor, a ardência e a coceira. À semelhança da sintomatologia descrita por Consolaro e Consolaro (2009), que afirmou que a herpes simples labial apresentada uma sintomatologia desconfortada na região, resultante da ardência, queimação ou dor no local onde as lesões apareceram. Verificou-se que mais da metade dos entrevistados 33 (62,3%) avaliou que o herpes simples possui cura e os outros 20 (37,7%) entrevistados que não possui cura. No entanto, a literatura nos mostra que a maioria dos tratamentos consiste em tratamentos paliativos para sintomatologia dolorosa ou supressores da replicação viral não tendo surgido até o momento, agente promotores de cura (TRINDADE et al., 2007). O melhor tratamento para o herpes simples labial de acordo com os entrevistados foi o medicamentoso com 52 (98,1%). Apenas 1 (1,9%) participante indicaria o uso de laserterapia para herpes simples labial. De acordo com a literatura, até hoje não se conhece uma terapia capaz de proporcionar cura definitiva para as infecções causadas pelo HSV. No entanto, há vários medicamentos e outras terapias capazes de minimizar crises, quando já instaladas e ainda dificultar o aparecimento de novas lesões (TRINDADE et al., 2007). O laser de baixa potência é usado para obterem-se efeitos terapêuticos precisos de bioestimulação de células, analgesia e função antiinflamatória, favorecendo rápida evolução do quadro, promovendo bem-estar e melhora na qualidade de vida desses pacientes (REGGIORI et al., 2008; MAROTTI et al., 2008). Com relação ao tratamento medicamentoso, de acordo com os participantes, o melhor medicamento para o herpes simples é o aciclovir (Tabela 2).
  • 32. 31 Tabela 2 Medicamentos mais utilizados no tratamento do herpes simples labial, de acordo do com a população de balconistas avaliados no município de Jales (SP), 2011. n Variáveis (53) % Medicamentos Fanciclovir 1 1,9 Aciclovir genérico 42 79,2 Aciclovir pomada 5 9,4 Zovirax 2 3,8 Panciclovir pomada 3 5,7 Posologia 1 comp 5x ao dia 5 9,4 1 comp 3x ao dia 18 33,9 1 comp 4x ao dia 12 22,6 1 comp 6/6 horas 7 13,2 1 comp 5/5 horas 2 3,8 1 comp 12/12horas 1 1,9 Pomada aplicar 8/8 horas 3 5,7 Pomada aplicar 12/12 horas 1 1,9 Pomada aplicar 6/6 horas 3 5,7 Pomada aplicar 2/2 horas 1 1,9 Em relação à auto avaliação sobre o nível de conhecimento referente à auto-avaliação doença, 8 (15,1%) consideraram como ótimo, 32 (60,4%) como bom, 13 (24,5%) como regular e nenhum como insuficiente (Gráfico 2). Gráfico 2 Auto-avaliação sobre o nível de conhecimento referente ao herpes simples labial, avaliação segundo balconistas, Jales (SP), 2011. 35 30 25 Ótimo 20 Bom 15 Regular 10 Insufiente 5 0 Auto-avaliação
  • 33. 32 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Os balconistas do município de Jales-SP conhecem as principais características do herpes simples labial, mas não conhecem a conduta ideal para os pacientes portadores desta patologia, que deve ser o encaminhamento para o cirurgião dentista, ao quais estão aptos a realizarem o diagnóstico desta patologia. Além disso, uma grande parte ainda não realiza o exame clínico minucioso da lesão, dificultando o diagnóstico. Essa situação indica a necessidade de orientação e capacitação destes profissionais, a fim de possibilitar a adoção de estratégias de diagnóstico da doença e, com isso, viabilizar o tratamento adequado dos pacientes.
  • 34. 33 REFERÊNCIAS 1. AZAMBUJA, T. W. F.; BERCINI, F.; FURLANETTO, T. W. Herpes simples: revisão da literatura. Rev. Fac. Odonto, v. 45, n. 2, p. 43-46, dez. 2004. 2. BASTIANI, D.; MELLA, C. A. E. Avaliação do nível de conhecimento dos alunos de uma instituição de ensino superior sobre o herpes simples. Revista Saúde e Pesquisa, v. 1, n. 2, p. 137-143, maio/ago. 2008. 3. CONSOLARO, A.; CONSOLARO, M. F. M-O. Diagnóstico e tratamento do herpes simples recorrente peribucal e intrabucal na prática ortodôntica. R Dental Press Ortodon Ortop Facial, v. 14, n. 3, p. 16-24, maio/jun. 2009. 4. LAWALL, A. M., ALMEIDA, J. F. A.; BOSCO, J. M. D.; BOSCO. A. Gengivoestomatite herpética primária em adulto: Relato de caso clínico. Revista Odonto Ciência – Fac. Odonto/PUCRS, v. 20, n. 48, p. 191-194, abr/jun. 2005. 5. LUPI, O. Herpes Simples. An Bras Dermatol, v. 75, n. 3, p. 261-275, maio/jun. 2000. 6. MAROTTI, J.; ARANHA, A. C. C.; EDUARDO, C. P.; RIBEIRO, M. S. Tratamento do herpes labial pela terapia fotodinâmica. Rev Assoc Paul Cir Dent, v. 62, n. 5, p. 370-373, jun. 2008. 7. PEDRAZINI, C. M.; CURY, P. R.; ARAÚJO, V. C.; WASSAL, T. Efeito da lisina na incidência e duração das lesões de herpes labial recorrente. RGO, v. 55, n. 1, p. 7- 10, jan/mar. 2007. 8. REGGIORI, G. M.; ALLEGRETTI, C. E.; SCABAR, L. F.; ARMONIA, P. L.; GIOVANI, M. Terapia a laser no tratamento de herpes simples em pacientes HIV: Relato de caso. Revista Inst Ciência Saúde, v. 26, n. 3, p. 357-361, setembro. 2008. 9. STEMMER, C. A.; CHERUBINI, K.; FIGUEIREDO, M. A.; YURGEL, L. S. Herpes simples no serviço de estomatologia do Hospital São Lucas da PUCRS: Estudo epidemiológico. Revista Odonto Ciência – Fac. Odonto/PUCRS, v. 20, n. 50, p. 372- 378, out/dez. 2005. 10. TRINDADE, F. K. A.; QUEIROGA, A. S.; SILVA, D. S. C.; CAMPOS, S. E. M; LUCENA, L. B. S.; SOUSA, E. M. D. Herpes simples Labial: Um desafio terapêutico. Rev. Ciência Saúde, v. 18, n. 4, p. 307-314, novembro. 2007. 11. VARELLA, R. B.; PIRES, I. L.; SARAIVA, C. A.; GUIMARÃES, A. C. C.; GUIMARÃES, M. A. A. M. Diagnóstico laboratorial da infecção pelo vírus herpes simples (HSV) em pacientes transplantados e não-transplantados. Bras patol med lab, v. 41, n. 4, p. 257-262, agosto. 2005.
  • 35. 34 12. OHIRA, R. Y. P. R. Vade-mécum: Vade-mécum de medicamentos. 15. ed. São Paulo: RGR, 2010.
  • 36. 35 ANEXOS Anexo 1 - Questionário de pesquisa Título da pesquisa: AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS BALCONISTAS ATIVOS DO MUNICÍPIO DE JALES-SP SOBRE O HERPES SIMPLES LABIAL Pesquisadores: Jaqueline Manfrinato Thiago, Laisa Nascimento da Costa Leite, Willian Rabetti dos Santos e Wislla dos Santos Abreu Orientadora: Luciana Estevam Simonato QUESTIONÁRIO DE PESQUISA nº de identificação: _____________ I – IDENTIFICAÇÃO 1 – Idade: ____ 2 – Gênero: ( ) Masculino ( ) Feminino 3 – Grau de escolaridade: ( ) Ensino fundamental incompleto ( ) Ensino fundamental completo ( ) Ensino médio incompleto ( ) Ensino médio completo ( ) Ensino superior incompleto ( ) Ensino superior completo 4 – A quanto tempo é balconista? ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 6 a 15 anos ( ) Acima de 16 anos II – QUESTÕES ESPECÍFICAS 5 – Possui conhecimento sobre o herpes simples labial? [ ] 1. Sim [ ] 2. Não 6 – Na chegada do paciente à farmácia com queixa de herpes simples labial, você realiza exame visual procurando identificar a lesão? [ ] 1. Sim [ ] 2. Não 7 – Caso você não realize o exame visual, por que você o não realiza? [ ] 1. Realizo o exame [ ] 3. Não acho necessário [ ] 2. Não sei como fazer [ ] 4. Não recebo honorários pelo procedimento
  • 37. 36 8 – Quando você encontra lesões sugestivas de herpes simples labial, como você conduz o caso? [ ] 1. Eu mesmo medico o paciente [ ] 3. Encaminho para um dentista [ ] 2. Encaminho para um médico [ ] 4. Não faço nada 9 – Qual a região anatômica mais frequente para o herpes simples labial? [ ] 1. Lábio superior [ ] 3. Ambos os lábios simultaneamente [ ] 2. Lábio inferior [ ] 4. Não sei 10 – Qual o aspecto mais comum em pacientes com herpes simples labial? [ ] 1. Vesículas [ ] 2. Úlceras [ ] 3. Dor intensa [ ] 4. Não sei 11 – Qual é a faixa etária mais comum para a ocorrência de herpes simples labial? [ ] 1. Menos de 18 anos [ ] 3. Acima de 40 anos [ ] 2. De 18 a 39 anos [ ] 4. Não sei 12 – Qual a causa do herpes simples labial? [ ] 1. Fungo [ ] 3. Vírus [ ] 2. Bactéria [ ] 4. Parasita 13 – Quais as vias de contágio do herpes simples labial? [ ] 1. Abraço, aperto de mão [ ] 3. Relações sexuais [ ] 2. Utensílios domésticos [ ] 4. Não sei 14 – O ato sexual orogenital pode ocasionar em herpes simples labial? [ ] 1. Sim [ ] 2. Não 15 – Quais os sinais e sintomas do herpes simples labial? [ ] 1. Dor [ ] 2. Ardência [ ] 3. Coceira [ ] 4. Não sei 16 – O herpes simples labial possui cura? [ ] 1. Sim [ ] 2. Não 17 – Qual melhor tratamento para o herpes simples labial? [ ] 1. Medicamentoso [ ] 2. Laserterapia [ ] 3. Vacina [ ] 4. Não sei 18 – Qual melhor medicamento para o herpes simples labial? ___________ 19 – Qual a posologia do medicamento descrito acima_____________________ ___________________________________________________________________ 20 – Com relação ao nível de conhecimento sobre o herpes simples labial, qual é sua auto-avaliação? [ ] 1. Ótimo [ ] 2. Bom [ ] 3. Regular [ ] 4. Insuficiente POR FAVOR, DEVOLVA O QUESTIONÁRIO APÓS CONCLUIR O PREENCHIMENTO.