SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 4
Baixar para ler offline
20 novembro/dezembro 2012 Onco&
C
OMO SE SABE,O TERMO LEUCEMIA REFERE-SE A UM
GRUPO DE DOENÇAS COMPLEXAS E DIFERENTES
ENTRE SI QUE AFETAM A PRODUÇÃO DOS GLÓBULOS
brancos.Osprincipaistipossãoaleucemiamieloide
crônica, a leucemia linfoide crônica, a leucemia
mieloide aguda e a leucemia linfoide aguda.
Foram estimados cerca de 351 mil casos novos
e 257 mil óbitos por leucemia no mundo para o ano
de 2008. Segundo a publicação Estimativas do
Câncer 2012, do Instituto Nacional de Câncer José
Alencar Gomes da Silva (INCA), são esperados no
Brasil 8.510 novos casos de leucemia, sendo 4.570
casos novos em homens e 3.940 em mulheres. Esses
valores correspondem a um risco estimado de 5
casos novos a cada 100 mil homens e 4 a cada 100
mil mulheres.
Sem considerar os tumores da pele não mela-
noma, a leucemia em homens é a quinta neoplasia
mais frequente no Norte (3/100 mil) do Brasil. No
Nordeste (4/100 mil), ocupa a oitava posição, no
Centro-Oeste (5/100 mil), a décima, e nas regiões
Sul (6/100 mil) e Sudeste (5/100 mil), a 11a. Para
as mulheres, é a sétima mais frequente no Norte
(3/100 mil) e a décima nas regiões Centro-Oeste
(4/100 mil) e Nordeste (3/100 mil), enquanto no
Sudeste (4/100 mil) e no Sul (5/100 mil), é a 12a e
a 13a mais incidente, respectivamente.
Leucemia mieloide crônica (LMC)
A leucemia mieloide crônica (LMC) é caracte-
rizada por uma anormalidade genética adquirida,
que foi chamada de cromossomo Philadelphia (por
ter sido descoberta na Universidade da Pensilvânia,
em 1960); foi a primeira doença neoplásica em que
se caracterizou uma alteração cromossômica. Até o
ano 2000, sua principal forma de tratamento era o
transplante de medula óssea, e dados de institui-
ções brasileiras mostram que a sobrevida global em
cinco anos era de 59% dos pacientes. A partir do
ano 2000, o mesilato de imatinibe se tornou
disponível no Brasil, inicialmente para pacientes re-
fratários ou intolerantes ao interferon e mais tarde
como medicamento de primeira linha. Vários cen-
tros de tratamento no Brasil participaram de estudo
com acesso expandido ao imatinibe mesmo antes
de sua utilização comercial no Brasil. Hoje, a droga
é utilizada em primeira linha e disponível a pa-
cientes do Sistema Único de Saúde (SUS). O estudo
IRIS demonstrou que, após mais de dez anos, os re-
sultados são surpreendentes, o que levou especia-
listas como o dr. Kantarjian, do MD Anderson, a
usar a expressão “cura funcional”. Dados do Brasil
mostram mais de 90% de sobrevida global.
São disponíveis também as medicações dasa-
tinibe (Sprycell) e nilotinibe (Tasigna) para segunda
linha. Publicação da Latin America Leukemia Net
(LALNET), com ampla participação de centros
brasileiros de tratamento, mostrou que mais de 90%
dos médicos tiveram acesso ao imatinibe como
primeira linha e que 42% tiveram acesso às drogas
de segunda linha, em 2010. Essas medicações ne-
cessitam de educação adequada dos pacientes para
que mantenham a aderência ao tratamento e rea-
lizem exames hematológicos, citogenéticos e mole-
culares periódicos, de acordo com cronograma es-
tabelecido. Dados da Associação Brasileira de
Linfomas e Leucemias (ABRALE), enviados para
publicação, mostram que a introdução dos ini-
bidores de tirosino-quinase melhorou a qualidade
de vida dos pacientes brasileiros, que ainda neces-
sitam ser mais bem informados e, de uma forma
geral, mais bem controlados com exames laborato-
riais, principalmente citogenéticos e moleculares.
Laboratórios de referência são disponíveis aos pa-
cientes e aos médicos.
Leucemia linfoide crônica (LLC)
Na leucemia linfoide crônica (LLC), as altera-
ções em nível de DNA também produzem cresci-
mento descontrolado das células linfocitárias na
medula óssea, levando a um número aumentado de
linfócitos no sangue. Esse aumento de células na
medula óssea não impede a produção de células
normais, como ocorre na leucemia linfoide aguda,
hematologia
As leucemias no Brasil
Nelson Hamerschlak
* Especialista em hematologia-
hemoterapia com atuação em
transplantes de medula óssea.
Doutor pela Universidade de
São Paulo. Coordenador médico
do Instituto Einstein de
Oncologia e Hematologia.
Presidente da Sociedade
Brasileira de Hematologia e
Hemoterapia (gestão 1990).
Contato:
hamer@einstein.br
Arquivopessoal
p20-23 Nelson:Onco& 02/11/12 20:15 Page 20
explicando o curso insidioso da doença e a sua des-
coberta, geralmente, em pacientes submetidos a
exames médicos e laboratoriais rotineiros. Essa é
uma doença de predominância acima dos 50 anos,
aumentando sua incidência com o passar dos anos.
Observa-se maior prevalência familiar. Sabe-se que
o risco de aparecimento da doença é três vezes mais
frequente entre parentes de primeiro grau do que
entre pessoas não relacionadas entre si.
O tratamento atual da LLC depende do estado
físico (status performance) do paciente. De modo
geral, aos pacientes com condições físicas ade-
quadas, a primeira linha de tratamento recomen-
dada é o FCR (fludarabina, ciclofosfamida e ritu-
ximabe), enquanto para aqueles com comprometi-
mento do estado clínico ou idade avançada, o clo-
rambucil, uma droga com mais de 50 anos, com ou
sem rituximabe, tem sido utilizada. Infelizmente,
os pagamentos no sistema público de saúde não
contabilizam o rituximabe no tratamento desses pa-
cientes. Através de estudos clínicos disponíveis no
Brasil, encontramos pacientes em tratamento com
lenalidomida, ofatumumabe e várias composições
com rituximabe, permitindo que uma parcela sig-
nificativa se beneficie de tratamentos modernos. O
campath também está aprovado para segunda linha
em nosso país.
Na LLC, os estádios de Rai e Binet são ainda
usados como prognósticos, e o grupo da Universi-
dade Federal de São Paulo (Unifesp) já em 2000
comparou resultados de uma série de pacientes a
partir desses dois sistemas, concluindo que o índice
de Binet foi superior no grupo de pacientes
brasileiros. No entanto, hoje temos carência em
serviços privados e públicos na realização de testes
prognósticos, como o ZAP 70, estado mutante de
cadeia de imunoglobulina, e testes de FISH especí-
ficos para alterações cromossômicas. Destes, desta-
camos o FISH para alterações do cromossomo 17,
que tem implicações não somente prognósticas,
mas também terapêuticas. A agência nacional da
saúde ainda não incluiu esses testes no seu rol de
procedimentos. Uma excelente iniciativa de se criar
um registro desse tipo de leucemia no Brasil não
contou com adesão dos diversos serviços, por uma
série de dificuldades.
Leucemia mieloide aguda (LMA)
A leucemia mieloide aguda (LMA) caracteriza-
se pelo crescimento descontrolado e exagerado das
células indiferenciadas chamadas “blastos”. Além
disso, existe um bloqueio na fabricação das células
normais, havendo uma deficiência de glóbulos ver-
melhos (anemia), plaquetas (plaquetopenia) e
glóbulos brancos (neutropenia). Ocorre na infância,
adolescência, entre adultos e idosos. O diagnóstico
da LMA é feito através da análise do aspecto das
células em microscópio e da identificação dos
chamados “blastos”. O material obtido no sangue
e/ou medula óssea deve também ser submetido à
técnica de imunofenotipagem e à análise do número
e do aspecto dos cromossomos (citogenética). A
análise cromossômica e testes moleculares são par-
ticularmente úteis na indicação do tipo de trata-
mento e na análise do prognóstico de cada caso.
No Brasil, assim como na maioria dos países do
mundo, as drogas utilizadas na fase de indução são
a citarabina ou aracytin por sete dias e a idarrubi-
cina ou daunorrubicina por três dias (esquema
chamado 3 + 7). Geralmente, dois cursos de trata-
mento nessa fase são utilizados. O tratamento pós-
remissão depende da idade do paciente, das
condições clínicas e, principalmente, dos resultados
da citogenética e de fatores moleculares (FLT3,
NPM1, CEBPA, c-kit), podendo variar desde a in-
tensificação da quimioterapia com altas doses de
Aracytin em um ou mais ciclos até o uso das diver-
sas modalidades de transplantes de medula óssea
(autólogo ou alogênico).
O Consenso Brasileiro de Transplantes de Me-
dula Óssea, publicado em 2009, revisto e em fase
de publicação em 2012, estabelece:
1. O autotransplante é procedimento aceito no
tratamento de consolidação das LMA após dois ci-
clos de indução e pelo menos um de consolidação
em pacientes sem doadores e com prognóstico bom
ou intermediário;
2. Em casos de mau prognóstico (citogenética des-
favorável), o transplante alogênico é superior e deve
ser indicado sempre que possível. Parece também
superior em casos de prognóstico intermediário. É
aceito em casos de leucemia refratária;
3. O autotransplante é procedimento aceito no trata-
mento de consolidação das LMA após dois ciclos de
indução e pelo menos um de consolidação. A expe-
riência brasileira sugere que o autotransplante é su-
perior à consolidação apenas com quimioterapia;
4. Na LMA M3, o autotransplante é aceito em se-
gunda remissão completa molecular;
5. Não há benefício de quimioterapia adicional
pós-remissão completa antes do transplante alo-
gênico, que deve ser realizado logo que possível.
“A introdução dos
inibidores de
tirosino-quinase
melhorou a
qualidade de vida
dos pacientes
brasileiros, que
podem ser mais
bem controlados,
principalmente com
exames citogenéticos
e moleculares”
Onco& novembro/dezembro 2012 21
p20-23 Nelson:Onco& 02/11/12 20:15 Page 21
22 novembro/dezembro 2012 Onco&
Mieloablativo de
toxicidade reduzida
(Alatrash et al.)
Não mieloablativo
(Farag et al.)
n = 79 n = 94
Sobrevida
geral
Remissão completa 1 71% 37%
Remissão completa 2 44%
Doença ativa 32%
Sobrevida livre de
leucemia
Remissão completa 1 68% 32%
Remissão completa 2 42%
Doença ativa 30%
Doença do enxerto
vs. hospedeiro aguda
37% 39%
Doença do enxerto
vs. hospedeiro crônica
34% 39%
Tabela 1. Transplantes de células-tronco hematopoiéticas em pacientes acima de 55 anos de idade
Portanto, alo-TCTH logo após a RC; auto-TMO após pelo menos
uma consolidação;
6. Em pacientes com doença avançada, o sangue periférico parece ser
melhor.
No sentido de ampliar as indicações dos transplantes para pacien-
tes mais idosos, o consenso 2012 analisou duas séries de pacientes:
uma do CIBMTR, levantamento retrospectivo multicêntrico da moda-
lidade não mieloablativa, e outra que envolveu pacientes do MD
Anderson Cancer Center e do Hospital Israelita Albert Einstein, com
transplantes mieloablativos de toxicidade reduzida. Os resultados
podem ser analisados na Tabela 1. Ambos os estudos recomendaram
a indicação da SBHH de transplantes em pacientes com bom estado
clínico com mais de 60 anos de idade.
No sentido de tornar possível a utilização da citogenética e testes
moleculares para a maioria dos centros brasileiros de tratamento, cabe
destacar duas iniciativas, uma do Hemocentro da Faculdade de Medi-
cina da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto, com
auxílio da American Society of Hematology e da Fundação de Am-
paro à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), e outra do Hospital
Israelita Albert Einstein, com recursos do PROADI (Ministério
da Saúde).
De particular interesse é a leucemia pró-mielocítica (LPA), que é
tratada segundo protocolo brasileiro estimulado pela American Society
of Hematology. A taxa de remissão completa foi de 83%, enquanto a
sobrevida geral e a sobrevida livre de doença foram, respectivamente,
de 80% e 90%. A mortalidade precoce, ao contrário do observado em
dados anteriores, foi baixa, 7,5%.
Leucemia linfocítica aguda (LLA)
A leucemia linfocítica aguda (LLA) resulta na produção descontro-
lada de blastos de características linfoides e no bloqueio da produção
normal de glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas. Na verdade, o
tratamento completo da LLA deve considerar a idade do paciente, a
imunofenotipagem, a citogenética, a contagem inicial de glóbulos, as
condições clínicas e o envolvimento ou não do sistema nervoso,
testículos e gânglios, e é realizado com quimioterapia. Os pacientes
necessitam ser tratados assim que o diagnóstico é confirmado, e o ob-
jetivo inicial, também aqui, é a remissão com restauração da produção
normal de glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas.
No Brasil, o tratamento da leucemia linfoide aguda também se dá
com a combinação de várias drogas. É importante a escolha adequada
do melhor esquema de tratamento e sua sequência para garantir as
melhores chances de cura aos pacientes. Hoje, mais de 70% das crian-
ças com esse tipo de doença são curadas, assim como cerca de 50%
dos adultos jovens. No entanto, para melhores resultados, deve-se
escolher adequadamente o esquema quimioterápico com base na
idade, quadro clínico, resultados laboratoriais e resposta ao tratamento
inicial. A presença de fatores prognósticos desfavoráveis ou recidiva
da doença deve dirigir a abordagem do paciente para tratamentos mais
agressivos, considerando-se aqui o transplante de medula óssea nas
suas diversas modalidades.
Uma das causas de prognóstico desfavorável e que ocorre em 5%
das LLA da infância e 25% das LLA do adulto é a presença do cromos-
somo Philadelphia. Nesses casos, o uso de inibidores da tirosino-
quinase, junto com a quimioterapia e transplantes, pode ser útil, uma
vez que seu uso isolado mostrou resultados pobres. A fase inicial de
p20-23 Nelson:Onco& 01/11/12 00:26 Page 22
Onco& novembro/dezembro 2012 23
tratamento é chamada de indução e deve incluir o tratamento ou pre-
venção da doença no sistema nervoso central, que inclui a quimiote-
rapia no líquido da espinha (intratecal). Uma vez obtida a remissão,
os pacientes são submetidos a ciclos de quimioterapia pós-remissão e,
posteriormente, passam a usar medicamentos quimioterápicos por
aproximadamente dois anos, geralmente via oral, como manutenção.
No Brasil, para pacientes adultos, os principais protocolos utilizados
são BFM, CALGB e Hyper C VAD. Estudo de Maria Aparecida
Zanichelli mostrou que ainda faltam dados de citogenética entre pa-
cientes brasileiros. Isso é particularmente grave, pois impede a asso-
ciação de inibidores de tirosino-quinase na presença da t 9:22.
Os linfomas correspondem ao terceiro tipo de câncer mais comum
em países desenvolvidos. Já nos países em desenvolvimento, corres-
pondem ao segundo lugar, ficando atrás apenas das leucemias. Desde
1980, o grupo brasileiro de tratamento da leucemia na infância de-
dica-se a realizar e controlar protocolos para tratamento de crianças
com LLA. Os resultados brasileiros são excelentes nas diversas versões
desse protocolo, utilizado pela maioria dos centros de tratamento na-
cionais. Já nos protocolos iniciais, a sobrevida livre de eventos era de
70%, com resultados acima de 50% para casos de alto risco. Os resul-
tados atuais são ainda melhores.
Segundo o consenso brasileiro de transplantes, em LLA, o trans-
plante alogênico está indicado em pacientes de prognóstico desfa-
vorável, não somente nos pacientes Philadelphia-positivos, mas
também em outros grupos de doentes, como aqueles com resposta ina-
dequada ao tratamento de indução, com presença de alterações cro-
mossômicas 11q23 e os portadores de doença residual mínima. O
transplante autólogo não representa indicação nessa doença.
Transplante de medula óssea
O Brasil realiza transplantes de medula óssea desde 1979. O centro
de tratamento pioneiro foi o de Curitiba, localizado no Hospital de
Clínicas da Universidade Federal do Paraná, e o primeiro transplante
foi liderado pelos professores Ricardo Pasquini e Eurípides Ferreira.
Hoje, são 70 centros para transplantes de medula óssea e diversas
unidades para transplantes com doadores não aparentados: Hospital
de Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, Real Hospital
Português de Beneficência em Pernambuco, Hospital de Clínicas da
Universidade Federal do Paraná, Hospital Universitário Clementino
Fraga Filho (UFRJ), Instituto Nacional de Câncer (INCA), Hospital das
Clínicas Porto Alegre, Casa de Saúde Santa Marcelina, Centro Infantil
Boldrini, Grupo e Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer
(GRAAC), Hospital São Paulo, da Unifesp, Hospital de Clínicas da Fa-
culdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP), Hospital A.C.Camargo,
Fundação E. J. Zerbini, Hospital de Clínicas da Universidade Estadual
de Campinas (Unicamp), Hospital Amaral Carvalho, Hospital Israelita
Albert Einstein e Hospital Sírio-Libanês.
Contamos com uma sociedade de especialistas com ampla pro-
dução. Fundada em 1996, realiza um congresso por ano e já promoveu
dois consensos da especialidade. Mais de mil transplantes são realiza-
dos por ano no Brasil, principalmente para leucemias agudas, e nota-
se um crescimento enorme nos transplantes não aparentados. Para dar
suporte a eles, o número de doadores voluntários tem aumentado
expressivamente nos últimos anos. Em 2000, existiam apenas 12 mil
inscritos. Naquele ano, dos transplantes de medula realizados, apenas
10% dos doadores eram brasileiros localizados no Registro Nacional
de Doadores de Medula Óssea (Redome). Agora há 2 milhões de
doadores inscritos e o percentual subiu para 70%. O Brasil tornou-se
o terceiro maior banco de dados do gênero no mundo, ficando atrás
apenas dos registros dos Estados Unidos (com 5 milhões de doadores)
e da Alemanha (3 milhões de doadores). A evolução deveu-se aos
investimentos e às campanhas de sensibilização da população, pro-
movidas pelo Ministério da Saúde e órgãos vinculados, como o INCA,
que resultaram em um crescimento incrível das atividades dos regis-
tros de doadores (Redome) e do Nacional de Receptores de Medula
Óssea (Rereme).
Referências bibliográficas
1. Binet JL, Auquier A, Dighiero G, et al.: A new prognostic classification of
chronic lymphocytic leukemia derived from a multivariate survival analysis.
Cancer 48 (1): 198-206, 1981.
2. Farag SS, Maharry K, Zhang MJ, et al. Comparison of reduced-intensity
hematopoietic cell transplantation with chemotherapy in patients age 60-70
years with acute myelogenous leukemia in first remission. Biol Blood Marrow
Transplant. 2011.
3. Ferreira E, Dulley FL, Morsoletto F, Neto JZ, Pasquini R. Bone marrow trans-
plantation in Brazil. Hum Immunol. 1985;14(3):324-32.
4. Hamerschlak N, Souza C, Cornacchioni AL, Pasquini R, Tabak D, Spector
N, et al. Diagnosis and treatment of chronic myeloid leukemia in Brazil: pa-
tients' perceptions. Submetido para publicação: Cancer Nursing.
5. Hamerschlak N, Souza C, Cornacchioni AL, Pasquini R, Tabak D, Spector
N, et al. Quality of life of chronic myeloid leukemia patients in Brazil. Sub-
metido para publicação: Cancer Nursing.
6. Hamerschlak N. Transplantes em leucemias agudas no Brasil: para onde
vamos? (editorial) [Bone marrow transplantation for acute leukemias in Brazil:
where are we going?: (editorial)]. Rev Bras Hematol Hemoter. 2010;32(2):97.
7. Rego EM, Kim HT, Ruiz-Argüelles GJ, Uriarte Mdel R, Jacomo RH, Gutiér-
rez-Aguirre H, et al. The impact of medical education and networking on the
outcome of leukemia treatment in developing countries. The experience of In-
ternational Consortium on Acute Promyelocytic Leukemia (IC-APL). Hema-
tology. 2012;17 Suppl 1:S36-8.
8. Santos FP, O'Brien S. Small lymphocytic lymphoma and chronic lymphocytic
leukemia: are they the same disease? Cancer J. 2012;18(5):396-403.
9. Silla LMR, Dulley F, Saboya R, Paton E, Kerbauy F, Arantes AM, et al. Trans-
plante de células-tronco hematopoéticas e leucemia mieloide aguda: diretrizes
brasileiras [Hematopoietic stem cells transplantation and acute myeloid
leukemia: Brazilian guidelines]. Rev Bras Hematol Hemoter. 2010;32
(supl. 1):61-5.
10. Zanichelli MA, Colturato VR, Sobrinho J. Indicações em transplantes de
células-tronco hematopoéticas em pacientes adultos com leucemia linfoide
aguda [Indications for hematopoietic stem cell transplantation in adults in acute
lymphoblastic leukemia]. Rev Bras Hematol Hemoter. 2010;32(supl. 1):54-60
p20-23 Nelson:Onco& 01/11/12 00:26 Page 23

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Novos conceitos na investigação da infertilidade masculina
Novos conceitos na investigação da infertilidade masculinaNovos conceitos na investigação da infertilidade masculina
Novos conceitos na investigação da infertilidade masculinaSandro Esteves
 
Bebé Vida - Partilha nº 08
Bebé Vida - Partilha nº 08Bebé Vida - Partilha nº 08
Bebé Vida - Partilha nº 08Bebé Vida
 
Câncer de Rim
Câncer de RimCâncer de Rim
Câncer de RimOncoguia
 
Oncologia - Dr. Carlos A.S. Ferreira
Oncologia - Dr. Carlos A.S. Ferreira Oncologia - Dr. Carlos A.S. Ferreira
Oncologia - Dr. Carlos A.S. Ferreira casaamofraterno
 
Pesquisa células tronco2
Pesquisa células tronco2Pesquisa células tronco2
Pesquisa células tronco2elisetebio
 
Terapia alvo na cancerologia pediátrica
Terapia alvo na cancerologia pediátricaTerapia alvo na cancerologia pediátrica
Terapia alvo na cancerologia pediátricaFrancisco H C Felix
 
Câncer Uma doença Genética
Câncer Uma doença GenéticaCâncer Uma doença Genética
Câncer Uma doença Genéticath41s
 
Espermograma: OMS e a Prática
Espermograma: OMS e a PráticaEspermograma: OMS e a Prática
Espermograma: OMS e a PráticaSandro Esteves
 
Aula para segundo ano FMUSP - fisiologia e disfunção erétil
Aula para segundo ano FMUSP - fisiologia e disfunção erétil Aula para segundo ano FMUSP - fisiologia e disfunção erétil
Aula para segundo ano FMUSP - fisiologia e disfunção erétil Conrado Alvarenga
 
Carcinogenese e Bases Moleculares Da Oncologia
Carcinogenese e Bases  Moleculares Da OncologiaCarcinogenese e Bases  Moleculares Da Oncologia
Carcinogenese e Bases Moleculares Da OncologiaCarlos Frederico Pinto
 
Apresentação das cc diagnosticadas ao nascimento 2008
Apresentação das cc diagnosticadas ao nascimento   2008Apresentação das cc diagnosticadas ao nascimento   2008
Apresentação das cc diagnosticadas ao nascimento 2008gisa_legal
 
Transfusão sanguínea e Transplante de órgãos
Transfusão sanguínea e Transplante de órgãosTransfusão sanguínea e Transplante de órgãos
Transfusão sanguínea e Transplante de órgãosSimara Alves
 
CâNcer
CâNcerCâNcer
CâNcerISJ
 
Lidiano Oliveira, Artigo - defesa
Lidiano Oliveira, Artigo - defesaLidiano Oliveira, Artigo - defesa
Lidiano Oliveira, Artigo - defesaLidiano Oliveira
 

Mais procurados (20)

Novos conceitos na investigação da infertilidade masculina
Novos conceitos na investigação da infertilidade masculinaNovos conceitos na investigação da infertilidade masculina
Novos conceitos na investigação da infertilidade masculina
 
Bebé Vida - Partilha nº 08
Bebé Vida - Partilha nº 08Bebé Vida - Partilha nº 08
Bebé Vida - Partilha nº 08
 
Câncer de Rim
Câncer de RimCâncer de Rim
Câncer de Rim
 
Diretrizes SBU - Câncer de Próstata
Diretrizes SBU - Câncer de PróstataDiretrizes SBU - Câncer de Próstata
Diretrizes SBU - Câncer de Próstata
 
Oncologia - Dr. Carlos A.S. Ferreira
Oncologia - Dr. Carlos A.S. Ferreira Oncologia - Dr. Carlos A.S. Ferreira
Oncologia - Dr. Carlos A.S. Ferreira
 
Cancer de prostata
Cancer de prostataCancer de prostata
Cancer de prostata
 
Cancer
CancerCancer
Cancer
 
Pesquisa células tronco2
Pesquisa células tronco2Pesquisa células tronco2
Pesquisa células tronco2
 
Seminario de genetica
Seminario de geneticaSeminario de genetica
Seminario de genetica
 
Tx metástases
Tx metástasesTx metástases
Tx metástases
 
Terapia alvo na cancerologia pediátrica
Terapia alvo na cancerologia pediátricaTerapia alvo na cancerologia pediátrica
Terapia alvo na cancerologia pediátrica
 
Câncer Uma doença Genética
Câncer Uma doença GenéticaCâncer Uma doença Genética
Câncer Uma doença Genética
 
Espermograma: OMS e a Prática
Espermograma: OMS e a PráticaEspermograma: OMS e a Prática
Espermograma: OMS e a Prática
 
Aula para segundo ano FMUSP - fisiologia e disfunção erétil
Aula para segundo ano FMUSP - fisiologia e disfunção erétil Aula para segundo ano FMUSP - fisiologia e disfunção erétil
Aula para segundo ano FMUSP - fisiologia e disfunção erétil
 
Carcinogenese e Bases Moleculares Da Oncologia
Carcinogenese e Bases  Moleculares Da OncologiaCarcinogenese e Bases  Moleculares Da Oncologia
Carcinogenese e Bases Moleculares Da Oncologia
 
Apresentação das cc diagnosticadas ao nascimento 2008
Apresentação das cc diagnosticadas ao nascimento   2008Apresentação das cc diagnosticadas ao nascimento   2008
Apresentação das cc diagnosticadas ao nascimento 2008
 
Transfusão sanguínea e Transplante de órgãos
Transfusão sanguínea e Transplante de órgãosTransfusão sanguínea e Transplante de órgãos
Transfusão sanguínea e Transplante de órgãos
 
CâNcer
CâNcerCâNcer
CâNcer
 
Lidiano Oliveira, Artigo - defesa
Lidiano Oliveira, Artigo - defesaLidiano Oliveira, Artigo - defesa
Lidiano Oliveira, Artigo - defesa
 
Artigo bioterra v15_n2_08
Artigo bioterra v15_n2_08Artigo bioterra v15_n2_08
Artigo bioterra v15_n2_08
 

Destaque (12)

Leucemia
LeucemiaLeucemia
Leucemia
 
Lmc
LmcLmc
Lmc
 
Leucemia
LeucemiaLeucemia
Leucemia
 
Leucemia Mieloblastica Aguda
Leucemia Mieloblastica Aguda Leucemia Mieloblastica Aguda
Leucemia Mieloblastica Aguda
 
Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA)
Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA)Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA)
Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA)
 
Leucemia mieloide aguda y crónica
Leucemia mieloide aguda y crónicaLeucemia mieloide aguda y crónica
Leucemia mieloide aguda y crónica
 
LEUCEMIA MIELOIDE CRONICA
LEUCEMIA MIELOIDE CRONICALEUCEMIA MIELOIDE CRONICA
LEUCEMIA MIELOIDE CRONICA
 
LEUCEMIA MIELOIDE CRONICA
LEUCEMIA MIELOIDE CRONICALEUCEMIA MIELOIDE CRONICA
LEUCEMIA MIELOIDE CRONICA
 
Leucemia
LeucemiaLeucemia
Leucemia
 
Interpretação do hemograma
Interpretação do hemogramaInterpretação do hemograma
Interpretação do hemograma
 
Leucemia mieloide cronica
Leucemia mieloide cronicaLeucemia mieloide cronica
Leucemia mieloide cronica
 
Manual de hematologia
Manual de hematologiaManual de hematologia
Manual de hematologia
 

Semelhante a Hematologia

Anticorpo monoclonal no tratamento do câncer de mama
Anticorpo monoclonal no tratamento do câncer de mamaAnticorpo monoclonal no tratamento do câncer de mama
Anticorpo monoclonal no tratamento do câncer de mamaMarco Benetoli
 
Artigo câncer causas, prevenção e tratamento
Artigo câncer   causas, prevenção e tratamentoArtigo câncer   causas, prevenção e tratamento
Artigo câncer causas, prevenção e tratamentoAline Silva
 
LMA slides com caso clínico e explicação
LMA slides com caso clínico e explicaçãoLMA slides com caso clínico e explicação
LMA slides com caso clínico e explicaçãobeautteclinic
 
Preservação da fertilidade em homens jovens com câncer: conceitos atuais e fu...
Preservação da fertilidade em homens jovens com câncer: conceitos atuais e fu...Preservação da fertilidade em homens jovens com câncer: conceitos atuais e fu...
Preservação da fertilidade em homens jovens com câncer: conceitos atuais e fu...Conrado Alvarenga
 
Exames complementares
Exames complementaresExames complementares
Exames complementaresRamon Mendes
 
Tratamento de pacientes pediátricos com tumores cerebrais recorrentes com vim...
Tratamento de pacientes pediátricos com tumores cerebrais recorrentes com vim...Tratamento de pacientes pediátricos com tumores cerebrais recorrentes com vim...
Tratamento de pacientes pediátricos com tumores cerebrais recorrentes com vim...Francisco H C Felix
 
Biomarcadores na Nefrologia (e-book)
Biomarcadores na Nefrologia (e-book)Biomarcadores na Nefrologia (e-book)
Biomarcadores na Nefrologia (e-book)Arquivo-FClinico
 
Artigo irton101113 leucemia mieloide aguda- estudo de caso ufc ceara
Artigo irton101113 leucemia mieloide aguda- estudo de caso ufc cearaArtigo irton101113 leucemia mieloide aguda- estudo de caso ufc ceara
Artigo irton101113 leucemia mieloide aguda- estudo de caso ufc cearaIrton Filho
 
Pcdt anemia irc_alfaepoetina_livro_2010
Pcdt anemia irc_alfaepoetina_livro_2010Pcdt anemia irc_alfaepoetina_livro_2010
Pcdt anemia irc_alfaepoetina_livro_2010Arquivo-FClinico
 
Projeto De Pesquisa Tecsoma
Projeto De Pesquisa TecsomaProjeto De Pesquisa Tecsoma
Projeto De Pesquisa Tecsomajohnatansi
 
Projeto de pesquisa tecsoma
Projeto de pesquisa tecsomaProjeto de pesquisa tecsoma
Projeto de pesquisa tecsomajohnatansi
 
Projeto de pesquisa tecsoma
Projeto de pesquisa tecsomaProjeto de pesquisa tecsoma
Projeto de pesquisa tecsomajohnatansi
 

Semelhante a Hematologia (20)

Nutrição e Quimioterapia
Nutrição e QuimioterapiaNutrição e Quimioterapia
Nutrição e Quimioterapia
 
Anticorpo monoclonal no tratamento do câncer de mama
Anticorpo monoclonal no tratamento do câncer de mamaAnticorpo monoclonal no tratamento do câncer de mama
Anticorpo monoclonal no tratamento do câncer de mama
 
Leucemia slide
Leucemia   slideLeucemia   slide
Leucemia slide
 
Artigo1
Artigo1Artigo1
Artigo1
 
Artigo câncer causas, prevenção e tratamento
Artigo câncer   causas, prevenção e tratamentoArtigo câncer   causas, prevenção e tratamento
Artigo câncer causas, prevenção e tratamento
 
LMA slides com caso clínico e explicação
LMA slides com caso clínico e explicaçãoLMA slides com caso clínico e explicação
LMA slides com caso clínico e explicação
 
Preservação da fertilidade em homens jovens com câncer: conceitos atuais e fu...
Preservação da fertilidade em homens jovens com câncer: conceitos atuais e fu...Preservação da fertilidade em homens jovens com câncer: conceitos atuais e fu...
Preservação da fertilidade em homens jovens com câncer: conceitos atuais e fu...
 
Modelo de artigo_de_revisao
Modelo de artigo_de_revisaoModelo de artigo_de_revisao
Modelo de artigo_de_revisao
 
Exames complementares
Exames complementaresExames complementares
Exames complementares
 
Tratamento de pacientes pediátricos com tumores cerebrais recorrentes com vim...
Tratamento de pacientes pediátricos com tumores cerebrais recorrentes com vim...Tratamento de pacientes pediátricos com tumores cerebrais recorrentes com vim...
Tratamento de pacientes pediátricos com tumores cerebrais recorrentes com vim...
 
Biomarcadores na Nefrologia (e-book)
Biomarcadores na Nefrologia (e-book)Biomarcadores na Nefrologia (e-book)
Biomarcadores na Nefrologia (e-book)
 
Artigo irton101113 leucemia mieloide aguda- estudo de caso ufc ceara
Artigo irton101113 leucemia mieloide aguda- estudo de caso ufc cearaArtigo irton101113 leucemia mieloide aguda- estudo de caso ufc ceara
Artigo irton101113 leucemia mieloide aguda- estudo de caso ufc ceara
 
LLC Hipólito Nzwalo
LLC   Hipólito NzwaloLLC   Hipólito Nzwalo
LLC Hipólito Nzwalo
 
Relevância do hemograma na conduta fisioterapêutica em terapia intensiva
Relevância do hemograma na conduta fisioterapêutica em terapia intensivaRelevância do hemograma na conduta fisioterapêutica em terapia intensiva
Relevância do hemograma na conduta fisioterapêutica em terapia intensiva
 
Pcdt anemia irc_alfaepoetina_livro_2010
Pcdt anemia irc_alfaepoetina_livro_2010Pcdt anemia irc_alfaepoetina_livro_2010
Pcdt anemia irc_alfaepoetina_livro_2010
 
Cancer - Slide.pdf
Cancer - Slide.pdfCancer - Slide.pdf
Cancer - Slide.pdf
 
Artigotcccapulmão
ArtigotcccapulmãoArtigotcccapulmão
Artigotcccapulmão
 
Projeto De Pesquisa Tecsoma
Projeto De Pesquisa TecsomaProjeto De Pesquisa Tecsoma
Projeto De Pesquisa Tecsoma
 
Projeto de pesquisa tecsoma
Projeto de pesquisa tecsomaProjeto de pesquisa tecsoma
Projeto de pesquisa tecsoma
 
Projeto de pesquisa tecsoma
Projeto de pesquisa tecsomaProjeto de pesquisa tecsoma
Projeto de pesquisa tecsoma
 

Último

cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxMarcosRicardoLeite
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaFrente da Saúde
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptxLEANDROSPANHOL1
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelVernica931312
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointwylliamthe
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesFrente da Saúde
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfFidelManuel1
 

Último (8)

cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power point
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
 

Hematologia

  • 1. 20 novembro/dezembro 2012 Onco& C OMO SE SABE,O TERMO LEUCEMIA REFERE-SE A UM GRUPO DE DOENÇAS COMPLEXAS E DIFERENTES ENTRE SI QUE AFETAM A PRODUÇÃO DOS GLÓBULOS brancos.Osprincipaistipossãoaleucemiamieloide crônica, a leucemia linfoide crônica, a leucemia mieloide aguda e a leucemia linfoide aguda. Foram estimados cerca de 351 mil casos novos e 257 mil óbitos por leucemia no mundo para o ano de 2008. Segundo a publicação Estimativas do Câncer 2012, do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), são esperados no Brasil 8.510 novos casos de leucemia, sendo 4.570 casos novos em homens e 3.940 em mulheres. Esses valores correspondem a um risco estimado de 5 casos novos a cada 100 mil homens e 4 a cada 100 mil mulheres. Sem considerar os tumores da pele não mela- noma, a leucemia em homens é a quinta neoplasia mais frequente no Norte (3/100 mil) do Brasil. No Nordeste (4/100 mil), ocupa a oitava posição, no Centro-Oeste (5/100 mil), a décima, e nas regiões Sul (6/100 mil) e Sudeste (5/100 mil), a 11a. Para as mulheres, é a sétima mais frequente no Norte (3/100 mil) e a décima nas regiões Centro-Oeste (4/100 mil) e Nordeste (3/100 mil), enquanto no Sudeste (4/100 mil) e no Sul (5/100 mil), é a 12a e a 13a mais incidente, respectivamente. Leucemia mieloide crônica (LMC) A leucemia mieloide crônica (LMC) é caracte- rizada por uma anormalidade genética adquirida, que foi chamada de cromossomo Philadelphia (por ter sido descoberta na Universidade da Pensilvânia, em 1960); foi a primeira doença neoplásica em que se caracterizou uma alteração cromossômica. Até o ano 2000, sua principal forma de tratamento era o transplante de medula óssea, e dados de institui- ções brasileiras mostram que a sobrevida global em cinco anos era de 59% dos pacientes. A partir do ano 2000, o mesilato de imatinibe se tornou disponível no Brasil, inicialmente para pacientes re- fratários ou intolerantes ao interferon e mais tarde como medicamento de primeira linha. Vários cen- tros de tratamento no Brasil participaram de estudo com acesso expandido ao imatinibe mesmo antes de sua utilização comercial no Brasil. Hoje, a droga é utilizada em primeira linha e disponível a pa- cientes do Sistema Único de Saúde (SUS). O estudo IRIS demonstrou que, após mais de dez anos, os re- sultados são surpreendentes, o que levou especia- listas como o dr. Kantarjian, do MD Anderson, a usar a expressão “cura funcional”. Dados do Brasil mostram mais de 90% de sobrevida global. São disponíveis também as medicações dasa- tinibe (Sprycell) e nilotinibe (Tasigna) para segunda linha. Publicação da Latin America Leukemia Net (LALNET), com ampla participação de centros brasileiros de tratamento, mostrou que mais de 90% dos médicos tiveram acesso ao imatinibe como primeira linha e que 42% tiveram acesso às drogas de segunda linha, em 2010. Essas medicações ne- cessitam de educação adequada dos pacientes para que mantenham a aderência ao tratamento e rea- lizem exames hematológicos, citogenéticos e mole- culares periódicos, de acordo com cronograma es- tabelecido. Dados da Associação Brasileira de Linfomas e Leucemias (ABRALE), enviados para publicação, mostram que a introdução dos ini- bidores de tirosino-quinase melhorou a qualidade de vida dos pacientes brasileiros, que ainda neces- sitam ser mais bem informados e, de uma forma geral, mais bem controlados com exames laborato- riais, principalmente citogenéticos e moleculares. Laboratórios de referência são disponíveis aos pa- cientes e aos médicos. Leucemia linfoide crônica (LLC) Na leucemia linfoide crônica (LLC), as altera- ções em nível de DNA também produzem cresci- mento descontrolado das células linfocitárias na medula óssea, levando a um número aumentado de linfócitos no sangue. Esse aumento de células na medula óssea não impede a produção de células normais, como ocorre na leucemia linfoide aguda, hematologia As leucemias no Brasil Nelson Hamerschlak * Especialista em hematologia- hemoterapia com atuação em transplantes de medula óssea. Doutor pela Universidade de São Paulo. Coordenador médico do Instituto Einstein de Oncologia e Hematologia. Presidente da Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (gestão 1990). Contato: hamer@einstein.br Arquivopessoal p20-23 Nelson:Onco& 02/11/12 20:15 Page 20
  • 2. explicando o curso insidioso da doença e a sua des- coberta, geralmente, em pacientes submetidos a exames médicos e laboratoriais rotineiros. Essa é uma doença de predominância acima dos 50 anos, aumentando sua incidência com o passar dos anos. Observa-se maior prevalência familiar. Sabe-se que o risco de aparecimento da doença é três vezes mais frequente entre parentes de primeiro grau do que entre pessoas não relacionadas entre si. O tratamento atual da LLC depende do estado físico (status performance) do paciente. De modo geral, aos pacientes com condições físicas ade- quadas, a primeira linha de tratamento recomen- dada é o FCR (fludarabina, ciclofosfamida e ritu- ximabe), enquanto para aqueles com comprometi- mento do estado clínico ou idade avançada, o clo- rambucil, uma droga com mais de 50 anos, com ou sem rituximabe, tem sido utilizada. Infelizmente, os pagamentos no sistema público de saúde não contabilizam o rituximabe no tratamento desses pa- cientes. Através de estudos clínicos disponíveis no Brasil, encontramos pacientes em tratamento com lenalidomida, ofatumumabe e várias composições com rituximabe, permitindo que uma parcela sig- nificativa se beneficie de tratamentos modernos. O campath também está aprovado para segunda linha em nosso país. Na LLC, os estádios de Rai e Binet são ainda usados como prognósticos, e o grupo da Universi- dade Federal de São Paulo (Unifesp) já em 2000 comparou resultados de uma série de pacientes a partir desses dois sistemas, concluindo que o índice de Binet foi superior no grupo de pacientes brasileiros. No entanto, hoje temos carência em serviços privados e públicos na realização de testes prognósticos, como o ZAP 70, estado mutante de cadeia de imunoglobulina, e testes de FISH especí- ficos para alterações cromossômicas. Destes, desta- camos o FISH para alterações do cromossomo 17, que tem implicações não somente prognósticas, mas também terapêuticas. A agência nacional da saúde ainda não incluiu esses testes no seu rol de procedimentos. Uma excelente iniciativa de se criar um registro desse tipo de leucemia no Brasil não contou com adesão dos diversos serviços, por uma série de dificuldades. Leucemia mieloide aguda (LMA) A leucemia mieloide aguda (LMA) caracteriza- se pelo crescimento descontrolado e exagerado das células indiferenciadas chamadas “blastos”. Além disso, existe um bloqueio na fabricação das células normais, havendo uma deficiência de glóbulos ver- melhos (anemia), plaquetas (plaquetopenia) e glóbulos brancos (neutropenia). Ocorre na infância, adolescência, entre adultos e idosos. O diagnóstico da LMA é feito através da análise do aspecto das células em microscópio e da identificação dos chamados “blastos”. O material obtido no sangue e/ou medula óssea deve também ser submetido à técnica de imunofenotipagem e à análise do número e do aspecto dos cromossomos (citogenética). A análise cromossômica e testes moleculares são par- ticularmente úteis na indicação do tipo de trata- mento e na análise do prognóstico de cada caso. No Brasil, assim como na maioria dos países do mundo, as drogas utilizadas na fase de indução são a citarabina ou aracytin por sete dias e a idarrubi- cina ou daunorrubicina por três dias (esquema chamado 3 + 7). Geralmente, dois cursos de trata- mento nessa fase são utilizados. O tratamento pós- remissão depende da idade do paciente, das condições clínicas e, principalmente, dos resultados da citogenética e de fatores moleculares (FLT3, NPM1, CEBPA, c-kit), podendo variar desde a in- tensificação da quimioterapia com altas doses de Aracytin em um ou mais ciclos até o uso das diver- sas modalidades de transplantes de medula óssea (autólogo ou alogênico). O Consenso Brasileiro de Transplantes de Me- dula Óssea, publicado em 2009, revisto e em fase de publicação em 2012, estabelece: 1. O autotransplante é procedimento aceito no tratamento de consolidação das LMA após dois ci- clos de indução e pelo menos um de consolidação em pacientes sem doadores e com prognóstico bom ou intermediário; 2. Em casos de mau prognóstico (citogenética des- favorável), o transplante alogênico é superior e deve ser indicado sempre que possível. Parece também superior em casos de prognóstico intermediário. É aceito em casos de leucemia refratária; 3. O autotransplante é procedimento aceito no trata- mento de consolidação das LMA após dois ciclos de indução e pelo menos um de consolidação. A expe- riência brasileira sugere que o autotransplante é su- perior à consolidação apenas com quimioterapia; 4. Na LMA M3, o autotransplante é aceito em se- gunda remissão completa molecular; 5. Não há benefício de quimioterapia adicional pós-remissão completa antes do transplante alo- gênico, que deve ser realizado logo que possível. “A introdução dos inibidores de tirosino-quinase melhorou a qualidade de vida dos pacientes brasileiros, que podem ser mais bem controlados, principalmente com exames citogenéticos e moleculares” Onco& novembro/dezembro 2012 21 p20-23 Nelson:Onco& 02/11/12 20:15 Page 21
  • 3. 22 novembro/dezembro 2012 Onco& Mieloablativo de toxicidade reduzida (Alatrash et al.) Não mieloablativo (Farag et al.) n = 79 n = 94 Sobrevida geral Remissão completa 1 71% 37% Remissão completa 2 44% Doença ativa 32% Sobrevida livre de leucemia Remissão completa 1 68% 32% Remissão completa 2 42% Doença ativa 30% Doença do enxerto vs. hospedeiro aguda 37% 39% Doença do enxerto vs. hospedeiro crônica 34% 39% Tabela 1. Transplantes de células-tronco hematopoiéticas em pacientes acima de 55 anos de idade Portanto, alo-TCTH logo após a RC; auto-TMO após pelo menos uma consolidação; 6. Em pacientes com doença avançada, o sangue periférico parece ser melhor. No sentido de ampliar as indicações dos transplantes para pacien- tes mais idosos, o consenso 2012 analisou duas séries de pacientes: uma do CIBMTR, levantamento retrospectivo multicêntrico da moda- lidade não mieloablativa, e outra que envolveu pacientes do MD Anderson Cancer Center e do Hospital Israelita Albert Einstein, com transplantes mieloablativos de toxicidade reduzida. Os resultados podem ser analisados na Tabela 1. Ambos os estudos recomendaram a indicação da SBHH de transplantes em pacientes com bom estado clínico com mais de 60 anos de idade. No sentido de tornar possível a utilização da citogenética e testes moleculares para a maioria dos centros brasileiros de tratamento, cabe destacar duas iniciativas, uma do Hemocentro da Faculdade de Medi- cina da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto, com auxílio da American Society of Hematology e da Fundação de Am- paro à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), e outra do Hospital Israelita Albert Einstein, com recursos do PROADI (Ministério da Saúde). De particular interesse é a leucemia pró-mielocítica (LPA), que é tratada segundo protocolo brasileiro estimulado pela American Society of Hematology. A taxa de remissão completa foi de 83%, enquanto a sobrevida geral e a sobrevida livre de doença foram, respectivamente, de 80% e 90%. A mortalidade precoce, ao contrário do observado em dados anteriores, foi baixa, 7,5%. Leucemia linfocítica aguda (LLA) A leucemia linfocítica aguda (LLA) resulta na produção descontro- lada de blastos de características linfoides e no bloqueio da produção normal de glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas. Na verdade, o tratamento completo da LLA deve considerar a idade do paciente, a imunofenotipagem, a citogenética, a contagem inicial de glóbulos, as condições clínicas e o envolvimento ou não do sistema nervoso, testículos e gânglios, e é realizado com quimioterapia. Os pacientes necessitam ser tratados assim que o diagnóstico é confirmado, e o ob- jetivo inicial, também aqui, é a remissão com restauração da produção normal de glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas. No Brasil, o tratamento da leucemia linfoide aguda também se dá com a combinação de várias drogas. É importante a escolha adequada do melhor esquema de tratamento e sua sequência para garantir as melhores chances de cura aos pacientes. Hoje, mais de 70% das crian- ças com esse tipo de doença são curadas, assim como cerca de 50% dos adultos jovens. No entanto, para melhores resultados, deve-se escolher adequadamente o esquema quimioterápico com base na idade, quadro clínico, resultados laboratoriais e resposta ao tratamento inicial. A presença de fatores prognósticos desfavoráveis ou recidiva da doença deve dirigir a abordagem do paciente para tratamentos mais agressivos, considerando-se aqui o transplante de medula óssea nas suas diversas modalidades. Uma das causas de prognóstico desfavorável e que ocorre em 5% das LLA da infância e 25% das LLA do adulto é a presença do cromos- somo Philadelphia. Nesses casos, o uso de inibidores da tirosino- quinase, junto com a quimioterapia e transplantes, pode ser útil, uma vez que seu uso isolado mostrou resultados pobres. A fase inicial de p20-23 Nelson:Onco& 01/11/12 00:26 Page 22
  • 4. Onco& novembro/dezembro 2012 23 tratamento é chamada de indução e deve incluir o tratamento ou pre- venção da doença no sistema nervoso central, que inclui a quimiote- rapia no líquido da espinha (intratecal). Uma vez obtida a remissão, os pacientes são submetidos a ciclos de quimioterapia pós-remissão e, posteriormente, passam a usar medicamentos quimioterápicos por aproximadamente dois anos, geralmente via oral, como manutenção. No Brasil, para pacientes adultos, os principais protocolos utilizados são BFM, CALGB e Hyper C VAD. Estudo de Maria Aparecida Zanichelli mostrou que ainda faltam dados de citogenética entre pa- cientes brasileiros. Isso é particularmente grave, pois impede a asso- ciação de inibidores de tirosino-quinase na presença da t 9:22. Os linfomas correspondem ao terceiro tipo de câncer mais comum em países desenvolvidos. Já nos países em desenvolvimento, corres- pondem ao segundo lugar, ficando atrás apenas das leucemias. Desde 1980, o grupo brasileiro de tratamento da leucemia na infância de- dica-se a realizar e controlar protocolos para tratamento de crianças com LLA. Os resultados brasileiros são excelentes nas diversas versões desse protocolo, utilizado pela maioria dos centros de tratamento na- cionais. Já nos protocolos iniciais, a sobrevida livre de eventos era de 70%, com resultados acima de 50% para casos de alto risco. Os resul- tados atuais são ainda melhores. Segundo o consenso brasileiro de transplantes, em LLA, o trans- plante alogênico está indicado em pacientes de prognóstico desfa- vorável, não somente nos pacientes Philadelphia-positivos, mas também em outros grupos de doentes, como aqueles com resposta ina- dequada ao tratamento de indução, com presença de alterações cro- mossômicas 11q23 e os portadores de doença residual mínima. O transplante autólogo não representa indicação nessa doença. Transplante de medula óssea O Brasil realiza transplantes de medula óssea desde 1979. O centro de tratamento pioneiro foi o de Curitiba, localizado no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, e o primeiro transplante foi liderado pelos professores Ricardo Pasquini e Eurípides Ferreira. Hoje, são 70 centros para transplantes de medula óssea e diversas unidades para transplantes com doadores não aparentados: Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, Real Hospital Português de Beneficência em Pernambuco, Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (UFRJ), Instituto Nacional de Câncer (INCA), Hospital das Clínicas Porto Alegre, Casa de Saúde Santa Marcelina, Centro Infantil Boldrini, Grupo e Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (GRAAC), Hospital São Paulo, da Unifesp, Hospital de Clínicas da Fa- culdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP), Hospital A.C.Camargo, Fundação E. J. Zerbini, Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Hospital Amaral Carvalho, Hospital Israelita Albert Einstein e Hospital Sírio-Libanês. Contamos com uma sociedade de especialistas com ampla pro- dução. Fundada em 1996, realiza um congresso por ano e já promoveu dois consensos da especialidade. Mais de mil transplantes são realiza- dos por ano no Brasil, principalmente para leucemias agudas, e nota- se um crescimento enorme nos transplantes não aparentados. Para dar suporte a eles, o número de doadores voluntários tem aumentado expressivamente nos últimos anos. Em 2000, existiam apenas 12 mil inscritos. Naquele ano, dos transplantes de medula realizados, apenas 10% dos doadores eram brasileiros localizados no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). Agora há 2 milhões de doadores inscritos e o percentual subiu para 70%. O Brasil tornou-se o terceiro maior banco de dados do gênero no mundo, ficando atrás apenas dos registros dos Estados Unidos (com 5 milhões de doadores) e da Alemanha (3 milhões de doadores). A evolução deveu-se aos investimentos e às campanhas de sensibilização da população, pro- movidas pelo Ministério da Saúde e órgãos vinculados, como o INCA, que resultaram em um crescimento incrível das atividades dos regis- tros de doadores (Redome) e do Nacional de Receptores de Medula Óssea (Rereme). Referências bibliográficas 1. Binet JL, Auquier A, Dighiero G, et al.: A new prognostic classification of chronic lymphocytic leukemia derived from a multivariate survival analysis. Cancer 48 (1): 198-206, 1981. 2. Farag SS, Maharry K, Zhang MJ, et al. Comparison of reduced-intensity hematopoietic cell transplantation with chemotherapy in patients age 60-70 years with acute myelogenous leukemia in first remission. Biol Blood Marrow Transplant. 2011. 3. Ferreira E, Dulley FL, Morsoletto F, Neto JZ, Pasquini R. Bone marrow trans- plantation in Brazil. Hum Immunol. 1985;14(3):324-32. 4. Hamerschlak N, Souza C, Cornacchioni AL, Pasquini R, Tabak D, Spector N, et al. Diagnosis and treatment of chronic myeloid leukemia in Brazil: pa- tients' perceptions. Submetido para publicação: Cancer Nursing. 5. Hamerschlak N, Souza C, Cornacchioni AL, Pasquini R, Tabak D, Spector N, et al. Quality of life of chronic myeloid leukemia patients in Brazil. Sub- metido para publicação: Cancer Nursing. 6. Hamerschlak N. Transplantes em leucemias agudas no Brasil: para onde vamos? (editorial) [Bone marrow transplantation for acute leukemias in Brazil: where are we going?: (editorial)]. Rev Bras Hematol Hemoter. 2010;32(2):97. 7. Rego EM, Kim HT, Ruiz-Argüelles GJ, Uriarte Mdel R, Jacomo RH, Gutiér- rez-Aguirre H, et al. The impact of medical education and networking on the outcome of leukemia treatment in developing countries. The experience of In- ternational Consortium on Acute Promyelocytic Leukemia (IC-APL). Hema- tology. 2012;17 Suppl 1:S36-8. 8. Santos FP, O'Brien S. Small lymphocytic lymphoma and chronic lymphocytic leukemia: are they the same disease? Cancer J. 2012;18(5):396-403. 9. Silla LMR, Dulley F, Saboya R, Paton E, Kerbauy F, Arantes AM, et al. Trans- plante de células-tronco hematopoéticas e leucemia mieloide aguda: diretrizes brasileiras [Hematopoietic stem cells transplantation and acute myeloid leukemia: Brazilian guidelines]. Rev Bras Hematol Hemoter. 2010;32 (supl. 1):61-5. 10. Zanichelli MA, Colturato VR, Sobrinho J. Indicações em transplantes de células-tronco hematopoéticas em pacientes adultos com leucemia linfoide aguda [Indications for hematopoietic stem cell transplantation in adults in acute lymphoblastic leukemia]. Rev Bras Hematol Hemoter. 2010;32(supl. 1):54-60 p20-23 Nelson:Onco& 01/11/12 00:26 Page 23