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327
Simões BP Rev. bras. hematol. hemoter. 2007;29(3):327-330
Artigo / Article
Transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH) em doenças falciformes
Hematopoietic stem cell transplantation in sickle cell anemia
Fabiano Pieroni1
George M. N. Barros2
Júlio C. Voltarelli3
Belinda P. Simões4
O único tratamento curativo para pacientes com doença falciforme é o transplante de
células tronco hematopoéticas (TCTH). Neste artigo sumarizamos os resultados do
TCTH em pacientes falciformes publicados na literatura e a experiência brasileira. As
indicações atuais para o TCTH nestes pacientes serão discutidas. Rev. bras. hematol.
hemoter. 2007;29(3):327-330.
Palavras-chave: Anemia falciforme; transplante de medula óssea.
1
Médico assistente unidade de TMO – HCFMRP-USP.
2
Pós-graduando da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP.
3
Professor titular da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP.
4
Professor doutor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP.
Correspondência: Belinda P. Simões
Unidade de Transplante de Medula Óssea
Hospital das Clínicas da FMRP-USP
Av. Bandeirantes, no
3900, Campus Universitário – Monte Alegre
14048-900 – Ribeirão Preto-SP – Brasil
Tel: 55-16-3602-2705 – Fax: 55-16-3963-9309
E-mail: bpsimoes@fmrp.usp.br
Introdução
As formas mais graves da doença falciforme ocorrem
em homozigose (SS) e em associação com o gene ß0
da
talassemia.1,2
As manifestações clínicas observadas são decorren-
tes de obstrução vascular causada por células irreversi-
velmente falcizadas e por dano endotelial recorrente e pro-
gressivo.3
Apesar de um trabalho recente2
ter demonstrado au-
mento na sobrevida mediana dos pacientes falciformes na
última década em relação aos anos anteriores, a ocorrência
de infecções, síndrome torácica aguda (STA) ou acidente
vascular encefálico (AVE) ainda constituem causas impor-
tantes de morte nestes pacientes.1,2,4
O objetivo do transplante de células-tronco hemato-
poéticas (TCTH) em pacientes falciformes é o de restabele-
cer uma hematopoese normal, eliminando as obstruções
vasculares causadas pelas hemácias falcizadas e a lesão crô-
nica e recorrente do endotélio vascular.
A cura da doença na maioria dos pacientes falciformes
submetidos ao TCTH com doador HLA-idêntico revela que
os benefícios do procedimento excedem os riscos para paci-
entes selecionados.5-10
A experiência mundial com TCTH mieloablativo
em doenças falciformes
Atualmente mais de 250 pacientes com doença
falciforme foram transplantados em estudos clínicos na Eu-
ropa e nos Estados Unidos daAmérica (EUA).5-10
O objetivo
primeiro destes estudos foi o de definir os riscos e os bene-
fícios da terapêutica e caracterizar a história natural após
TCTH. Nestes estudos, os critérios de elegibilidade foram
inicialmente: idade entre 2-16 anos e a presença de AVE, ou
STA, ou dor intensa recorrente. Porém, pacientes entre 1 e 27
anos já foram transplantados. A essência dos regimes
mieloablativos de condicionamento se baseou no uso de
bussulfano (BU) 14 mg-16 mg/kg e da ciclofosfamida (CY)
200 mg/kg, com ou sem globulina antitimócito (ATG) ou irra-
diação linfóide total (ILT). A maioria destes pacientes rece-
beu enxertos de medula óssea (MO), e a ciclosporina e o
metotrexato como profilaxia para a doença do enxerto contra
o hospedeiro aguda (DECHa). Após uma mediana de cinco
anos de seguimento, a sobrevida global e a sobrevida livre
de doença foram de aproximadamente 90%-95% e 80-85%
respectivamente para pacientes com doador HLA compatí-
vel em todos os estudos.5-10
Entretanto, 5% a 10% destes
pacientes morreram de complicações relacionadas ao trans-
328
Rev. bras. hematol. hemoter. 2007;29(3):327-330 Simões BP
plante, sendo a DECH e o seu tratamento as principais cau-
sas de morte neste subgrupo. As freqüências de DECHa e
DECHc foram de 12% e 25% respectivamente. Reconstituição
autóloga ocorreu em 5% a 10% dos pacientes. Nos dados
franceses, a estimativa de rejeição aos 3 anos de TCTH foi de
27,8% sem o uso da globulina antitimocitária (ATG) e de so-
mente 2,9% com o uso doATG (p=0,004).10
Dentre as compli-
cações crônicas mais comuns, o déficit de crescimento e a
esterilidade foram os mais bem avaliados. De uma forma ge-
ral, somente as crianças que receberam o TCTH próximo ou
durante o estirão de crescimento é que cursaram com baixa
estatura após o TCTH.11,12
Quanto à reversão das lesões preexistentes ao TMO,
as lesões em sistema nervoso central (SNC) e a função pul-
monar estabilizaram ou melhoraram nos pacientes avaliados
em todos os estudos.5-10
Quanto à pega da MO, quimerismo
misto estável ocorreu em aproximadamente 25% das crianças
com doença falciforme que receberam transplantes de doa-
dores HLA-idênticos na série multicêntrica americana.13
Neste
contexto, os níveis de hemoglobina S (HbS) foram similares
aos níveis dos doadores, mas nenhuma das crianças com
quimerismo misto após o TCTH apresentou eventos doloro-
sos ou outras complicações relacionadas a doença falciforme,
sugerindo que um enxertamento total das células do doador
não é necessário para o sucesso do transplante.13
Um único estudo avaliou o TCTH em pacientes porta-
dores de anemia falciforme jovens sem complicações. Trata-
va-se de um grupo de 14 crianças africanas que moravam na
Bélgica e que pretendiam voltar ao seu país de origem onde
sabiam que não teriam um suporte terapêutico adequado e
desta maneira quiseram submeter-se a um procedimento po-
tencialmente curável. Nestas 14 crianças com menos de 14
anos não houve nenhum óbito e apenas em um caso houve
recaída da doença.6
Regimes de condicionamento
não-mieloablativo
Com base nas observações de que um quimerismo mis-
to seria suficiente para curar a doença falciforme, vários gru-
pos iniciaram o emprego de regimes não-mieloablativos para
estes pacientes.14-18
Um regime de condicionamento mini-
mamente tóxico baseado no uso da fludarabina (Flu) 90 mg-
150 mg/m2
e irradiação corporal total (ICT) 200cGy, com ou
semATG,foiexperimentadoem11pacientes(novefalciformes
e dois talassêmicos maiores), com uma mediana de idade de
11 anos, variando de 3 a 30 anos, onde a fonte de células-
tronco hematopoéticas foi a medula óssea em nove pacien-
tes e sangue periférico (SP) em dois. Não ocorreram mortes
nesta série, somente um paciente cursou com DECHa, po-
rém, apesar de um quimerismo misto transitório ter sido indu-
zido, somente um paciente o sustentou por longo período,
enquanto os outros dez rejeitaram o enxerto e recaíram da
doença.14
Em outro estudo, 12 pacientes (11 falciformes e um
talassêmico maior), com mediana de idade de 22 anos, varian-
do de 5 a 56 anos, receberam um regime menos intenso que
os regimes mieloablativos (porém mais mielossupressor do
que o Flu/TBI/ATG descrito acima) com combinações de Flu
120mg-175mg/m2
comBU8mg/kg,ATGeILT500cGy(cinco
pacientes); ou com BU 3,2 mg/kg (dois pacientes); ou com
melfalano (Mel) 140 mg/m2
eATG (dois pacientes); ou com
Mel 140 mg/m2
e alemtuzumab (dois pacientes).14-18
A fonte
de células foi a MO em quatro, SP em um, MO e SP em cinco
e sangue de cordão umbilical em dois. Dois pacientes morre-
ram,quatrotiveramDECHa(grauII-IV),etrêstiveramDECHc
(fatal em dois).Assim, o problema da mortalidade associada
aotransplantenãofoieliminadopeloregimenão-mieloablativo
nos pacientes mais idosos, e a pega da medula óssea, quan-
do ocorreu, foi em sua maioria apenas transitória. Três paci-
entes rejeitaram o enxerto e recaíram da doença e sete estão
livres de doença.14-19
Em relação ao quimerismo, estudos mostraram que pa-
cientes com enxertamento duradouro das células do doador
tenderam a ter quimeras completas, sugerindo que um
quimerismo misto estável pode não ser o resultado dos regi-
mes não mieloablativos para todos os pacientes com doença
falciforme.19
A experiência brasileira de TCTH em doenças
falciformes
AexperiênciabrasileiraemTCTHparadoençafalciforme
se resume a sete pacientes, com mediana de idade de 12
anos, variando de 7 a 38 anos. As indicações foram AVE,
STA, priapismo recorrente, aloimunização grave, e um paci-
ente falciforme transplantado por doença de Hodgkin. Três
pacientes receberam condicionamentos mieloablativos, sen-
do dois com BU 14 mg/kg, Cy 200mg/kg eATG e um com BU
14 mg/kg e Cy 200 mg/kg. Os quatro outros receberam regi-
mes não-mieloablativos, sendo dois com Flu 120 mg/m2
, Cy
120 mg/kg eATG, um com Bu 8 mg/kg, Flu 120 mg/m2
e Cy
120 mg/kg e um com Bu 8 mg/kg, Flu 120 mg/m2
e ATG. A
fonte de células-tronco foi a MO em seis pacientes e san-
gue periférico em um. O paciente com doença de Hodgkin
teve DECHa e morreu como conseqüência do DECH. Outro
teve DECHc controlada com tratamento. Dois pacientes são
quimeras completas e dois são quimeras mistas. Destes úl-
timos nenhum apresenta manifestações clinicas de doença
falciforme. Dois tiveram reconstituição autóloga e recor-
rência da doença.
Fontes alternativas de CTH em doenças
falciformes
Estima-se ainda, que menos de 25% das crianças com
doença falciforme tenham um doador aparentado HLA-com-
patível.20
Assim, o sangue do cordão umbilical (SCU) relaci-
329
Simões BP Rev. bras. hematol. hemoter. 2007;29(3):327-330
onado ou não, bem como MO ou SP de doador não-relacio-
nado, constituem fontes alternativas para crianças com do-
ença de alto risco e que não tenham um doador familiar
compatível. Uma análise de 44 pacientes com hemoglo-
binopatias, incluindo 11 pacientes com doença falciforme,
indicou que a probabilidade de sobrevida livre de eventos
é de 90%, para crianças falciformes, após dois anos de TCTH
com células do cordão umbilical de doador relacionado HLA-
idêntico.21
Uma revisão de buscas por doador não-relacionado
para 77 pacientes com doença falciforme realizadas entre 1989
e 2001, revelou que aproximadamente 60% destes pacientes
irão encontrar pelo menos um doador ou um cordão umbilical
não relacionado compatível 6/6, nos EUA.22
Porém, os riscos
de um transplante não-relacionado como ocorrência de DECH
e infecções fazem destes transplantes uma terapia pouco
empregada, e na realidade somente um pequeno número de
transplantes não-relacionados para pacientes de alto risco
tem sido publicado.23
Indicações de TCTH em doenças falciformes
A doença falciforme é fenotipicamente muito variável;
desta maneira, a existência de potenciais fatores preditivos
de evolução da doença poderia guiar as decisões terapêuti-
cas. Entretanto, ainda há uma carência de fatores preditivos
de evolução bem caracterizados para as crianças com SS ou
talassemia Sß0
,4
e, na verdade, somente duas situações po-
dem ser consideradas como fatores de risco para evolução
grave: fluxo sangüíneo na artéria cerebral média persistente-
mente aumentado (fluxo >200 cm/s2
) ao ultra-som doppler
(risco de 40% para a ocorrência de AVE)24
; e a ocorrência
precoce de STA.4
Pacientes com estas características podem
ser considerados para intervenções precoces que possam
minimizar (hidroxiuréia, transfusão crônica) ou curar (trans-
plante) a doença. No único estudo que transplantou pacien-
tes de forma "profilática", jovens sem complicações tiveram
uma sobrevida global de 100% com uma sobrevida livre de
doença de 96%. Estes dados sugerem que se pudéssemos
predizer um curso mais grave antes das complicações ocor-
rerem poderíamos curar pacientes e evitar as complicações
crônicas e debilitantes. No momento, porém, fora de estudos
clínicos, os critérios mais aceitos para se indicar um TCTH
em pacientes com doenças falciformes são os recentemente
publicados pela Escola Européia de Hematologia (ESH):
• Crises vaso-oclusivas recorrentes e/ou priapismo
(pelo menos dois episódios no ano precedente ou no ano
anterior ao início de um programa de transfusão crônica) ape-
sar de teste com hidroxiuréia
• Presença de vasculopatia cerebral demonstrada por
ressonância nuclear magnética (RNM) e requerendo um pro-
grama de transfusão crônica por pelo menos seis meses.
• Presença de qualquer anormalidade à ressonância
magnética angiográfica (RMA)/RNM (estenoses, oclusões)
• Fluxos arteriais cerebrais anormalmente altos ao US
doppler
• AVE sem anormalidades cognitivas graves
• Osteonecrose em múltiplas articulações
• Aloimunização com dois ou mais anticorpos
• Presença de cardiomiopatia da doença falciforme
detectada por ecocardiograma
• STA recorrente (pelo menos dois episódios no ano
precedente)
Este grupo tem indicado o TCTH para pacientes que já
fizeram uso de hidroxiuréia por pelo menos quatro meses e
que mesmo com o uso da droga cursem com um ou mais dos
fatores relacionados.10
Conclusões
O único tratamento curativo para pacientes com doen-
ça falciforme é o transplante de células-tronco hematopoéticas
(TCTH). Transplantes mieloablativos com doador HLA idên-
tico proporcionam uma sobrevida livre de doença de 80%-
85% em pacientes com doença avançada e grave. Os trans-
plantes não-mieloablativos têm toxicidade relacionada ao tra-
tamento menor quando comparados aos mieloablativos, po-
rém cursam com maior índice de rejeição do enxerto e recidiva
da doença. Os transplantes não-relacionados e com sangue
do cordão umbilical podem ser uma alternativa para pacien-
tes gravemente acometidos e que não disponham de doador
relacionado. Enquanto não se definirem os fatores de risco
para uma evolução mais grave da doença, e a ausência de
trabalhos prospectivos e randomizados comparando hidro-
xiuréia, transfusão crônica e transplante de medula óssea, o
tratamento ainda é individualizado e as decisões devem ser
compartilhadas com os pacientes e familiares quanto à prefe-
rência por determinada terapêutica.
Abstract
The only curative treatment approach for patients with sickle cell
anemia is allogeneic stem cell transplantation. In this article we will
review the published data about stem cell transplantation in patients
with sickle cell disease and the small Brazilian experience in this
field. The possible indications for stem cell patients will be discussed.
Rev. bras. hematol. hemoter. 2007;29(3):327-330.
Key words: Sickle cell anemia; stem cell transplantation.
Referências Bibliográficas
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330
Rev. bras. hematol. hemoter. 2007;29(3):327-330 Simões BP
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extended follow-up and final results. Blood. 2006;108(3):847-52.
O tema apresentado e o convite ao(s) autor(es) constam da pauta
elaborada pelo co-editor, prof. Rodolfo Delfini Cançado.
Avaliação: Co-editor e um revisor externo.
Publicado após revisão e concordância do editor.
Conflito de interesse: não declarado.
Recebido: 02/08/2007
Aceito: 19/08/2007

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Transplante de células-tronco em doença falciforme

  • 1. 327 Simões BP Rev. bras. hematol. hemoter. 2007;29(3):327-330 Artigo / Article Transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH) em doenças falciformes Hematopoietic stem cell transplantation in sickle cell anemia Fabiano Pieroni1 George M. N. Barros2 Júlio C. Voltarelli3 Belinda P. Simões4 O único tratamento curativo para pacientes com doença falciforme é o transplante de células tronco hematopoéticas (TCTH). Neste artigo sumarizamos os resultados do TCTH em pacientes falciformes publicados na literatura e a experiência brasileira. As indicações atuais para o TCTH nestes pacientes serão discutidas. Rev. bras. hematol. hemoter. 2007;29(3):327-330. Palavras-chave: Anemia falciforme; transplante de medula óssea. 1 Médico assistente unidade de TMO – HCFMRP-USP. 2 Pós-graduando da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP. 3 Professor titular da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP. 4 Professor doutor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP. Correspondência: Belinda P. Simões Unidade de Transplante de Medula Óssea Hospital das Clínicas da FMRP-USP Av. Bandeirantes, no 3900, Campus Universitário – Monte Alegre 14048-900 – Ribeirão Preto-SP – Brasil Tel: 55-16-3602-2705 – Fax: 55-16-3963-9309 E-mail: bpsimoes@fmrp.usp.br Introdução As formas mais graves da doença falciforme ocorrem em homozigose (SS) e em associação com o gene ß0 da talassemia.1,2 As manifestações clínicas observadas são decorren- tes de obstrução vascular causada por células irreversi- velmente falcizadas e por dano endotelial recorrente e pro- gressivo.3 Apesar de um trabalho recente2 ter demonstrado au- mento na sobrevida mediana dos pacientes falciformes na última década em relação aos anos anteriores, a ocorrência de infecções, síndrome torácica aguda (STA) ou acidente vascular encefálico (AVE) ainda constituem causas impor- tantes de morte nestes pacientes.1,2,4 O objetivo do transplante de células-tronco hemato- poéticas (TCTH) em pacientes falciformes é o de restabele- cer uma hematopoese normal, eliminando as obstruções vasculares causadas pelas hemácias falcizadas e a lesão crô- nica e recorrente do endotélio vascular. A cura da doença na maioria dos pacientes falciformes submetidos ao TCTH com doador HLA-idêntico revela que os benefícios do procedimento excedem os riscos para paci- entes selecionados.5-10 A experiência mundial com TCTH mieloablativo em doenças falciformes Atualmente mais de 250 pacientes com doença falciforme foram transplantados em estudos clínicos na Eu- ropa e nos Estados Unidos daAmérica (EUA).5-10 O objetivo primeiro destes estudos foi o de definir os riscos e os bene- fícios da terapêutica e caracterizar a história natural após TCTH. Nestes estudos, os critérios de elegibilidade foram inicialmente: idade entre 2-16 anos e a presença de AVE, ou STA, ou dor intensa recorrente. Porém, pacientes entre 1 e 27 anos já foram transplantados. A essência dos regimes mieloablativos de condicionamento se baseou no uso de bussulfano (BU) 14 mg-16 mg/kg e da ciclofosfamida (CY) 200 mg/kg, com ou sem globulina antitimócito (ATG) ou irra- diação linfóide total (ILT). A maioria destes pacientes rece- beu enxertos de medula óssea (MO), e a ciclosporina e o metotrexato como profilaxia para a doença do enxerto contra o hospedeiro aguda (DECHa). Após uma mediana de cinco anos de seguimento, a sobrevida global e a sobrevida livre de doença foram de aproximadamente 90%-95% e 80-85% respectivamente para pacientes com doador HLA compatí- vel em todos os estudos.5-10 Entretanto, 5% a 10% destes pacientes morreram de complicações relacionadas ao trans-
  • 2. 328 Rev. bras. hematol. hemoter. 2007;29(3):327-330 Simões BP plante, sendo a DECH e o seu tratamento as principais cau- sas de morte neste subgrupo. As freqüências de DECHa e DECHc foram de 12% e 25% respectivamente. Reconstituição autóloga ocorreu em 5% a 10% dos pacientes. Nos dados franceses, a estimativa de rejeição aos 3 anos de TCTH foi de 27,8% sem o uso da globulina antitimocitária (ATG) e de so- mente 2,9% com o uso doATG (p=0,004).10 Dentre as compli- cações crônicas mais comuns, o déficit de crescimento e a esterilidade foram os mais bem avaliados. De uma forma ge- ral, somente as crianças que receberam o TCTH próximo ou durante o estirão de crescimento é que cursaram com baixa estatura após o TCTH.11,12 Quanto à reversão das lesões preexistentes ao TMO, as lesões em sistema nervoso central (SNC) e a função pul- monar estabilizaram ou melhoraram nos pacientes avaliados em todos os estudos.5-10 Quanto à pega da MO, quimerismo misto estável ocorreu em aproximadamente 25% das crianças com doença falciforme que receberam transplantes de doa- dores HLA-idênticos na série multicêntrica americana.13 Neste contexto, os níveis de hemoglobina S (HbS) foram similares aos níveis dos doadores, mas nenhuma das crianças com quimerismo misto após o TCTH apresentou eventos doloro- sos ou outras complicações relacionadas a doença falciforme, sugerindo que um enxertamento total das células do doador não é necessário para o sucesso do transplante.13 Um único estudo avaliou o TCTH em pacientes porta- dores de anemia falciforme jovens sem complicações. Trata- va-se de um grupo de 14 crianças africanas que moravam na Bélgica e que pretendiam voltar ao seu país de origem onde sabiam que não teriam um suporte terapêutico adequado e desta maneira quiseram submeter-se a um procedimento po- tencialmente curável. Nestas 14 crianças com menos de 14 anos não houve nenhum óbito e apenas em um caso houve recaída da doença.6 Regimes de condicionamento não-mieloablativo Com base nas observações de que um quimerismo mis- to seria suficiente para curar a doença falciforme, vários gru- pos iniciaram o emprego de regimes não-mieloablativos para estes pacientes.14-18 Um regime de condicionamento mini- mamente tóxico baseado no uso da fludarabina (Flu) 90 mg- 150 mg/m2 e irradiação corporal total (ICT) 200cGy, com ou semATG,foiexperimentadoem11pacientes(novefalciformes e dois talassêmicos maiores), com uma mediana de idade de 11 anos, variando de 3 a 30 anos, onde a fonte de células- tronco hematopoéticas foi a medula óssea em nove pacien- tes e sangue periférico (SP) em dois. Não ocorreram mortes nesta série, somente um paciente cursou com DECHa, po- rém, apesar de um quimerismo misto transitório ter sido indu- zido, somente um paciente o sustentou por longo período, enquanto os outros dez rejeitaram o enxerto e recaíram da doença.14 Em outro estudo, 12 pacientes (11 falciformes e um talassêmico maior), com mediana de idade de 22 anos, varian- do de 5 a 56 anos, receberam um regime menos intenso que os regimes mieloablativos (porém mais mielossupressor do que o Flu/TBI/ATG descrito acima) com combinações de Flu 120mg-175mg/m2 comBU8mg/kg,ATGeILT500cGy(cinco pacientes); ou com BU 3,2 mg/kg (dois pacientes); ou com melfalano (Mel) 140 mg/m2 eATG (dois pacientes); ou com Mel 140 mg/m2 e alemtuzumab (dois pacientes).14-18 A fonte de células foi a MO em quatro, SP em um, MO e SP em cinco e sangue de cordão umbilical em dois. Dois pacientes morre- ram,quatrotiveramDECHa(grauII-IV),etrêstiveramDECHc (fatal em dois).Assim, o problema da mortalidade associada aotransplantenãofoieliminadopeloregimenão-mieloablativo nos pacientes mais idosos, e a pega da medula óssea, quan- do ocorreu, foi em sua maioria apenas transitória. Três paci- entes rejeitaram o enxerto e recaíram da doença e sete estão livres de doença.14-19 Em relação ao quimerismo, estudos mostraram que pa- cientes com enxertamento duradouro das células do doador tenderam a ter quimeras completas, sugerindo que um quimerismo misto estável pode não ser o resultado dos regi- mes não mieloablativos para todos os pacientes com doença falciforme.19 A experiência brasileira de TCTH em doenças falciformes AexperiênciabrasileiraemTCTHparadoençafalciforme se resume a sete pacientes, com mediana de idade de 12 anos, variando de 7 a 38 anos. As indicações foram AVE, STA, priapismo recorrente, aloimunização grave, e um paci- ente falciforme transplantado por doença de Hodgkin. Três pacientes receberam condicionamentos mieloablativos, sen- do dois com BU 14 mg/kg, Cy 200mg/kg eATG e um com BU 14 mg/kg e Cy 200 mg/kg. Os quatro outros receberam regi- mes não-mieloablativos, sendo dois com Flu 120 mg/m2 , Cy 120 mg/kg eATG, um com Bu 8 mg/kg, Flu 120 mg/m2 e Cy 120 mg/kg e um com Bu 8 mg/kg, Flu 120 mg/m2 e ATG. A fonte de células-tronco foi a MO em seis pacientes e san- gue periférico em um. O paciente com doença de Hodgkin teve DECHa e morreu como conseqüência do DECH. Outro teve DECHc controlada com tratamento. Dois pacientes são quimeras completas e dois são quimeras mistas. Destes úl- timos nenhum apresenta manifestações clinicas de doença falciforme. Dois tiveram reconstituição autóloga e recor- rência da doença. Fontes alternativas de CTH em doenças falciformes Estima-se ainda, que menos de 25% das crianças com doença falciforme tenham um doador aparentado HLA-com- patível.20 Assim, o sangue do cordão umbilical (SCU) relaci-
  • 3. 329 Simões BP Rev. bras. hematol. hemoter. 2007;29(3):327-330 onado ou não, bem como MO ou SP de doador não-relacio- nado, constituem fontes alternativas para crianças com do- ença de alto risco e que não tenham um doador familiar compatível. Uma análise de 44 pacientes com hemoglo- binopatias, incluindo 11 pacientes com doença falciforme, indicou que a probabilidade de sobrevida livre de eventos é de 90%, para crianças falciformes, após dois anos de TCTH com células do cordão umbilical de doador relacionado HLA- idêntico.21 Uma revisão de buscas por doador não-relacionado para 77 pacientes com doença falciforme realizadas entre 1989 e 2001, revelou que aproximadamente 60% destes pacientes irão encontrar pelo menos um doador ou um cordão umbilical não relacionado compatível 6/6, nos EUA.22 Porém, os riscos de um transplante não-relacionado como ocorrência de DECH e infecções fazem destes transplantes uma terapia pouco empregada, e na realidade somente um pequeno número de transplantes não-relacionados para pacientes de alto risco tem sido publicado.23 Indicações de TCTH em doenças falciformes A doença falciforme é fenotipicamente muito variável; desta maneira, a existência de potenciais fatores preditivos de evolução da doença poderia guiar as decisões terapêuti- cas. Entretanto, ainda há uma carência de fatores preditivos de evolução bem caracterizados para as crianças com SS ou talassemia Sß0 ,4 e, na verdade, somente duas situações po- dem ser consideradas como fatores de risco para evolução grave: fluxo sangüíneo na artéria cerebral média persistente- mente aumentado (fluxo >200 cm/s2 ) ao ultra-som doppler (risco de 40% para a ocorrência de AVE)24 ; e a ocorrência precoce de STA.4 Pacientes com estas características podem ser considerados para intervenções precoces que possam minimizar (hidroxiuréia, transfusão crônica) ou curar (trans- plante) a doença. No único estudo que transplantou pacien- tes de forma "profilática", jovens sem complicações tiveram uma sobrevida global de 100% com uma sobrevida livre de doença de 96%. Estes dados sugerem que se pudéssemos predizer um curso mais grave antes das complicações ocor- rerem poderíamos curar pacientes e evitar as complicações crônicas e debilitantes. No momento, porém, fora de estudos clínicos, os critérios mais aceitos para se indicar um TCTH em pacientes com doenças falciformes são os recentemente publicados pela Escola Européia de Hematologia (ESH): • Crises vaso-oclusivas recorrentes e/ou priapismo (pelo menos dois episódios no ano precedente ou no ano anterior ao início de um programa de transfusão crônica) ape- sar de teste com hidroxiuréia • Presença de vasculopatia cerebral demonstrada por ressonância nuclear magnética (RNM) e requerendo um pro- grama de transfusão crônica por pelo menos seis meses. • Presença de qualquer anormalidade à ressonância magnética angiográfica (RMA)/RNM (estenoses, oclusões) • Fluxos arteriais cerebrais anormalmente altos ao US doppler • AVE sem anormalidades cognitivas graves • Osteonecrose em múltiplas articulações • Aloimunização com dois ou mais anticorpos • Presença de cardiomiopatia da doença falciforme detectada por ecocardiograma • STA recorrente (pelo menos dois episódios no ano precedente) Este grupo tem indicado o TCTH para pacientes que já fizeram uso de hidroxiuréia por pelo menos quatro meses e que mesmo com o uso da droga cursem com um ou mais dos fatores relacionados.10 Conclusões O único tratamento curativo para pacientes com doen- ça falciforme é o transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH). Transplantes mieloablativos com doador HLA idên- tico proporcionam uma sobrevida livre de doença de 80%- 85% em pacientes com doença avançada e grave. Os trans- plantes não-mieloablativos têm toxicidade relacionada ao tra- tamento menor quando comparados aos mieloablativos, po- rém cursam com maior índice de rejeição do enxerto e recidiva da doença. Os transplantes não-relacionados e com sangue do cordão umbilical podem ser uma alternativa para pacien- tes gravemente acometidos e que não disponham de doador relacionado. Enquanto não se definirem os fatores de risco para uma evolução mais grave da doença, e a ausência de trabalhos prospectivos e randomizados comparando hidro- xiuréia, transfusão crônica e transplante de medula óssea, o tratamento ainda é individualizado e as decisões devem ser compartilhadas com os pacientes e familiares quanto à prefe- rência por determinada terapêutica. Abstract The only curative treatment approach for patients with sickle cell anemia is allogeneic stem cell transplantation. In this article we will review the published data about stem cell transplantation in patients with sickle cell disease and the small Brazilian experience in this field. The possible indications for stem cell patients will be discussed. Rev. bras. hematol. hemoter. 2007;29(3):327-330. Key words: Sickle cell anemia; stem cell transplantation. Referências Bibliográficas 1. Platt OS, Brambilla DJ, Rosse WF, Milner PF, Castro O, Steinberg MH, et al. Mortality in sickle cell disease. Life expectancy and risk factors for early death. N Engl J Med. 1994;330(23):1639-44. 2. Quinn CT, Rogers ZR, Buchanan GR. Survival of children with sickle cell disease. Blood. 2004;103(11):4023-7. 3. Steinberg MH, Rodgers G.P. Physiopathology of sickle cell disease. Role of cellular and genetic modifiers. Seminar Hematol. 2007; 38:299-306.
  • 4. 330 Rev. bras. hematol. hemoter. 2007;29(3):327-330 Simões BP 4. Quinn CT, Shull EP, Ahmad N, Lee NJ, Rogers ZR, Buchanan GR. Prognostic significance of early vaso-occlusive complications in children with sickle cell anemia. Blood. 2007;109(1):40-5. 5. Bernaudin F, Souillet G, Vannier JP, Plouvier E, Lemerle S, Michel G et al. Bone marrow transplantation (BMT) in 14 children with severe sickle cell disease (SCD): the French experience. GEGMO. Bone Marrow Transplant. 1993;12 Suppl 1:118-21. 6. Vermylen C, Cornu G, Ferster A, Brichard B, Ninane J, Ferrant A et al. Haematopoietic stem cell transplantation for sickle cell anaemia: the first 50 patients transplanted in Belgium. Bone Marrow Transplant. 1998;22(1):1-6. 7. Walters MC, Storb R, Patience M, Leisenring W, Taylor T, Sanders JE et al. Impact of bone marrow transplantation for symptomatic sickle cell disease: an interim report. Multicenter investigation of bone marrow transplantation for sickle cell disease. 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