18. DESIGN NÃO É JUÍZO DE VALOR
∎ Nem todo design é bom.
∎ Design é uma condição, não é um mérito.
∎ O surgimento do design é um fato
histórico.
∎ Não se pode pensar em design sem
designers.
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19. Ao se classificar uma peça como sendo de design,
não se está dizendo se ela é boa ou não, eficaz ou
não, respeitável, funcional, bonita, harmoniosa, etc.,
mas simplesmente indicando que foi concebida a
partir de determinadas circunstâncias históricas às
quais o termo design faz necessariamente
referência e das quais emerge a atividade como
prática social necessária.
André Villas-Boas, teórico de Design.
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26. DESIGN GRÁFICO É…
... a área do conhecimento e a prática profissional
específicas relativas ao ordenamento estético-formal
de elementos textuais e não-textuais que compõem
peças gráficas destinadas à reprodução com objetivo
expressamente comunicativo.
André Villas-Boas
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27. Só com a industrialização e, mais especificamente, com o
surgimento da sociedade de massas, surgiu a necessidade
(e, daí, a possibilidade) da produção em alta escala de
materiais gráficos (cartazes, folhetos etc.) e, principalmente,
com determinados objetivos e estratégias que passaram a
diferenciar esta produção da eventual ocorrência anterior
desses mesmos objetos. A aplicação de leis para a projetação
desses materiais visando a atender a esses objetivos e
estratégias é, justamente, o que acabou por se convencionar
o que denominamos design gráfico.
André Villas-Boas
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28. EXISTE DESIGN…
∎ De games?
∎ De moda?
∎ De joias?
∎ De interiores?
∎ De superfície?
∎ De bolos?
∎ De festas?
∎ De flores?
∎ De unhas?
∎ De sobrancelhas?
27
38. TODO DESIGN
ATENDE A UMA
FUNÇÃO
Responde a uma demanda, supre a uma
necessidade prática.
39. PARA QUE SERVE O
DESIGN GRÁFICO?
Comunicar/
reforçar uma
mensagem
Incitar a venda
de um produto
Guiar a
leitura
Persuadir o
observador
40. Design gráfico é o universo dos signos
visuais cuja função primária é intencional e
comunicativa.
Icograda (International Council for Graphic Design Associations), 1993.
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41. O DESIGN PREZA
PELA OTIMIZAÇÃO
DE UMA INTENÇÃO
Clareza, coerência, direcionamento, ergonomia, usabilidade.
60. FETICHIZAÇÃO DAS
MERCADORIAS
O design contribui para atribuir valor simbólico para,
então, converter isso em valor de troca. Assim, não é
possível separar o design da sociedade industrial,
capitalista e de massas.
André Villas-Boas
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61. Você estaria disposto a pagar mais pelas partes separadas...
... Ou pelo todo, projetado, funcional e, ainda por cima, bonito?
60
62. O design gráfico, enquanto tal, necessariamente tem
como função transcrever a mensagem [...] para o código
simbólico estabelecido, sob pena de não efetivar-se
enquanto prática comunicativa. E é exatamente por isso
que surgiu - e por isso surgiu exatamente quando
surgiu: a partir da industrialização e da emergência da
sociedade de massas. O público consumidor vivencia o
jogo simbólico das mercadorias.
André Villas-Boas
61
63. O design precisa falar a língua de uma
cultura, uma época, um público
determinado.
62
64. O DESIGN É INTERDISCIPLINAR
MODA
ARTES
ARQUITETURA
ENGENHARIA
LINGUÍSTICA
COMPUTAÇÃO
COMUNICAÇÃO
SOCIAL
ADMINISTRAÇÃO
DESIGN
78. MAS AFINAL, DESIGN É
ARTE?
Design não é e nem será arte. Não há justificativa para
uma interpretação do design como uma atividade
artística, supostamente intuitiva. A arte, através de seus
arquétipos há muito hegemônicos (pintura, escultura,
desenho etc.), não é a única possibilidade da experiência
estética. O mundo do design está ligado ao da estética,
mas não necessariamente ao da arte.
Gui Bonsiepe
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79. E POR QUE NÃO É ARTE?
∎ A arte inspira. O design motiva.
∎ A arte é interpretada. O design é compreendido.
∎ A arte é uma questão de gosto. O design não.
∎ A arte é um talento. O design é uma habilidade.
∎ A arte envia uma mensagem diferente para todos.
O design envia a mesma mensagem para todos.
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81. “Todas as coisas foram feitas por
intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi
feito se fez.”
João 1:3
82. Agradecimentos ao prof. Liandro Roger
pela disponibilização de materiais utilizados
para a produção desta aula.
83. Bibliografia
VILLAS-BOAS, André; o que é (e o que nunca foi) design gráfico.
Editora 2ab , 2008
MARTINS, Luiz G.F. A etimologia da palavra desenho (e design) na sua língua de
origem e em quatro dos seus provincianismos: desenho como forma de
pensamento de conhecimento. In: XXX CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA
COMUNICAÇÃO, São Paulo. 2007.
ROSSI, Dorival C.Design, Desígnio e Desenho. Tríades em Revista. N.oo. Outubro
de 2008.