O documento descreve a experiência profissional e acadêmica de Paula Carina de Araújo, professora da Universidade de Caxias do Sul. Ela atuou como pesquisadora júnior em inteligência competitiva e bibliotecária em várias instituições, além de ter experiência docente. O texto também apresenta conceitos e processos relacionados à inteligência competitiva, como ciclo de IC, planejamento, coleta, análise, disseminação e avaliação. Por fim, discute o potencial papel dos bibliotecários nessa área.
Grupo de Discussão - Inteligência Competitiva: teoria e prática
1. INTELIGÊNCIA COMPETITIVA
TEORIA E PRÁTICA
Prof. Paula Carina de Araújo
paula.carina.a@gmail.com
UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL (UCS)
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
CURSO DE BIBLIOTECONOMIA
I SEMANA ACADÊMICA
2. Pesquisadora Junior – Knowtec (2008)
Membro da equipe de coleta de dados e informações para inteligência
competitiva.
Bibliotecária – Documentalista – Biblioteca de
Ciências Jurídicas da Universidade Federal do
Paraná (2008- )
Coordenadora da Biblioteca de Ciências Jurídicas (2011-2012 / 2015-atual)
Coordenadora do Programa de Educação Continuada de Usuários (2014- atual)
Membro da equipe de Gestão da Biblioteca Digital de Periódicos (2012-2015)
Programa de Gestão do Conhecimento (2009-atual)
Responsável pelo Serviço de Referência e Informação (2009-2015)
Preparo Técnico de Obras Raras (2008-2009)
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL
3. Docente – Pontifícia Universidade Católica do
Paraná (2013)
Serviços ao Usuário
Gerenciamento de Bibliotecas
Docente – Universidade de Caxias do Sul (2015-
atual)
Serviço de Referência
Geração e Utilização de Bases de Dados
Estudo do Perfil do Usuário
Fontes de Informação II
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL
4. Inteligência – habilidade de um indivíduo, e
por extensão de uma organização social de
adquirir novas informações e conhecimento,
fazer julgamentos, adaptar-se ao meio,
desenvolver novos conceitos e estratégias e
agir de modo racional e efetivo com base em
informações adquiridas. (TARAPANOFF, 2004)
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL
5. ETAPAS NA GERAÇÃO DE
CONHECIMENTO E INTELIGÊNCIA
FIGURA 1 – ETAPAS NA GERAÇÃO DE CONHECIMENTO E INTELIGÊNCIA
FONTE: TJADEN (1996).
6.
7. FIGURA 1 – CICLO DE GESTÃO DA
INFORMAÇÃO
FONTE: Choo (2002, p. 24).
Aquisição de
informação
Necessidades de
informação
Organização e armazenamento
Uso da
informação
Comportamento
adaptativo
Disseminação da
informação
Produtos/
serviços
de informação
Conceito
“Gestão da informação (GI) é um conjunto de seis processos
distintos, mas inter-relacionados [...]”. (CHOO, 2002)
GESTÃO DA INFORMAÇÃO
8. ORIGEM
Meio militar – conhecer o inimigo
Planejamento estratégico
INTELIGÊNCIA + ESTRATÉGIA
INTELIGÊNCIA COMPETITIVA
10. BRASIL
1990 – Profissionais da informação do Instituto
Nacional de Tecnologia (INT) (MARCIAL, 2005)
1996 – Curso de Informação e Estratégia. Parceria
com uma Universidade Francesa. (COELHO et al.,
2006)
1997-2002 – Ações voltadas para:
criação de um núcleo de excelência em IC;
oferta de serviços de IC;
formação de recursos humanos. (COELHO et al., 2006)
INTELIGÊNCIA COMPETITIVA
12. Tyson (1998, p. 1-3) diz que IC é:
– um processo sistemático que transforma dados em
conhecimento estratégico;
– são informações sobre as forças do mercado;
– é a informação sobre produtos específicos e tecnologia;
– composta por informações externas ao mercado;
– capacidade de desenvolver uma compreensão das
estratégias e das mentalidades dos seus principais
concorrentes
CONCEITO
13. “[...]processo sistemático e ético, ininterruptamente
avaliado, de identificação, coleta, tratamento, análise e
disseminação da informação estratégica para a
organização, viabilizando seu uso no processo decisório.
[...] A IC irá embasar a tomada de decisão pois gera
recomendações que consideram eventos futuros e não
somente relatórios para justificar decisões passadas.
(GOMES E BRAGA, 2004)
CONCEITO
14. “[...] um processo informacional proativo que
conduz à melhor tomada de decisão, seja ela
estratégica ou operacional. É um processo
sistemático que visa descobrir as forças que
regem os negócios, para reduzir o risco e
conduzir o tomador de decisão a agir
antecipadamente, bem como proteger o
conhecimento gerado. (ABRAIC, [2011]).
CONCEITO
15. CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO
Gerenciamento de informações formais.
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Ferramentas de gerenciamento de redes,
informações e mineração de dados.
ADMINISTRAÇÃO
Estratégia, marketing e gestão.
CONCEITO
16. • Conhecer a concorrência
• Contribuir para a aprendizagem organizacional
• Melhorar a qualidade e precisão das informações
• Identificar oportunidades e ameaças
• Reduzir riscos
• Penetração em novos mercados
• Tomar as melhores decisões (níveis estratégico e
tático)
POR QUE USAR IC?
17. “Criar uma posição exclusiva e valiosa,
envolvendo um diferente conjunto de
atividades. [...] É a criação de compatibilidade
entre as atividades da empresa. Seu êxito
depende do bom desempenho de muitas
atividades e da integração entre elas”.
(PORTER, 1999)
ESTRATÉGIA
18. A SCIP descreve o ciclo de IC como o processo
pelo qual a informação bruta é adquirida,
reunida, transmitida, avaliada, analisada e
disponibilizada como inteligência para os
decisores utilizarem na tomada de decisão e
ação. (BOSE, 2008).
CICLO DE INTELIGÊNCIA
21. O QUE?
Diagnóstico da empresa
Questões estratégicas
Necessidades de informação
Área de monitoramento
Estabelecer um plano de coleta e análise
COMO?
Entrevista
Análise de documentos
(HERRING, 2002)
PLANEJAMENTO E DIREÇÃO
22. Necessidade de inteligência do governo
americano
Key Intelligence Topic – KIT
Key Intelligence Question – KIQ
(HERRING, 2002)
Serviço de Referência e
Informação
Qual o diferencial dos
SRI oferecidos pelas
Universidades Federais
do Sul do Brasil
Quais os pontos fracos
das Universidades
Federais do Sul do Brasil
com relação ao SRI?
Quais as oportunidades
para oferecimento de
novos SRI nas
bibliotecas do IF/SC?
PLANEJAMENTO E DIREÇÃO
23. MODO RESPONSIVO
O usuário encaminha a necessidade
MODO PROATIVO
O responsável pela unidade de IC faz a demanda
(HERRING, 2002)
PLANEJAMENTO E DIREÇÃO
25. Tyson (1998) afirma que inúmeras fontes
podem prover milhões de bits de informação.
Na coleta, o objetivo não é coletar milhares
de itens, mas somente aqueles necessários e
valiosos.
COLETA
26. FIGURA – MODELO DE REPRESENTAÇÃO DO SUB-PROCESSO DE COLETA
FONTE: ARAÚJO (2011)
COLETA
27. IDENTIFICAÇÃO E SELEÇÃO DE FONTES
Fontes primárias
Discursos
Relatórios
Entrevistas: fornecedores, clientes, etc
Observações pessoais
Fontes secundárias
Jornais e revistas
Artigos científicos e livros
Clippings e videos, etc.
COLETA
28. OBTENÇÃO DE INFORMAÇÃO
– Tipo de fontes
– Operadores boleanos
– O que importa para o tomador de decisão?
COLETA
29. VALIDAÇÃO DE FONTES DE INFORMAÇÃO
Matriz de classificação de fontes de informação
COLETA
31. FIGURA – MODELO DE REPRESENTAÇÃO DO SUB-PROCESSO DE COLETA E DAS CONTRIBUIÇÕES DA GI
FONTE: A AUTORA COM BASE NA PESQUISA
CONTRIBUIÇÕES DA GI PARA A IC
33. Criação do produto de inteligência
Requer especialistas
INFORMAÇÃO
CONHECIMENTO
DO ANALISTA
PRODUTOS DE
INTELIGÊNCIA
FIGURA – ANÁLISE
FONTE: ARAÚJO (2011)
ANÁLISE
40. Identificar os resultados obtidos;
(GOMES; BRAGA, 2004)
Impacto do produto para o cliente.
Avalia dois aspectos:
Desempenho dos sub-processos;
Avaliação do cliente (uso do produto)
AVALIAÇÃO
41. SUGERE-SE:
Pesquisa de satisfação dos usuários;
Avaliação econômica dos resultados obtidos;
Análise de cada sub-processo;
Aprimoramento de cada sub-processo.
AVALIAÇÃO
43. “Bibliotecários são os especialistas da Comunidade de
Inteligência dos Estados Unidos em adquirir, explorar e
gerenciar recursos de informação. O Centro de Recursos
Abertos está procurando candidatos com paixão pela
inovação, serviços ao cliente e expertise em
Biblioteconomia para se juntar à Biblioteca da CIA.
Nossos bibliotecário tem um importante papel na missão
de inteligência ao adquirir, pesquisar e tornal acessível
os recursos de informação mais essenciais que vão ao
encontro das necessidades da CIA e da comunidade de
Inteligência”.
BIBLIOTECÁRIO NA CIA
44. “Os candidados interessados em um cargo de
bibliotecário devem ter fortes habilidades em
pelo menos uma área da Biblioteconomia:
pesquisa, aquisição, catalogação,
desenvolvimento de coleções ou
gerenciamento de conteúdo”.
BIBLIOTECÁRIO NA CIA
45. Requisitos: Mestrado em Biblioteconomia ou
Ciência da Informação, habilidades excelentes
de comunicação, pensamento crítico,
habilidade de análise, conhecimento
documentado e/ou experiência de trabalho
em pelo menos um área da Biblioteconomia.
BIBLIOTECÁRIO NA CIA
46. “Habilidades desejadas: curadoria de dados,
gerenciamento de dados, gerenciamento de
projetos ou software de gestão do
conhecimento; bem como candidados com
habilidades avançadas de leitura e pesquisa
em Árabe, Chinês, Russo são desejadas”.
BIBLIOTECÁRIO NA CIA
47. Especialidade ou visão holística? Ou,
quem sabe os dois para momentos
diferentes da carreira?
REFLEXÃO
49. Interagir com a equipe da Hershey para
desenvolver ferramentas informacionais de coleta
e análise de dados para avaliação da capacidades
novas e existentes dos parceiros.
Formação: Bacharelado em Engenharia
Industrial, Negócios internacionais;
Gerenciamento de Negócios; Finanças;
Engenharia; Bibliotecário Pesquisador ou áreas
relacionadas.
BIBLIOTECÁRIO E IC
51. Dar suporte para a equipe de
desenvolvimento de coleções aperfeiçoando
os metadados para a linha de produto da
coleção princial da H.W. Wilson. Auxiliar para a
atualização dos registros da coleção principal.
BIBLIOTECÁRIO E IC
52. Responsabilidades principais
- Auxiliar na criação do catálogo de registros para a
coleção principal H.W. Wilson – conforme necessário.
- Contribuir para a indexação da coleção principal
usando Sears e Sistema Classificação Decimal de
Dewey;
- Atualizar metadados associados com a coleção
principal;
- Ajudar a promover o sucesso da Coleção principal por
meio de mídias sociais, inteligência competitiva e
outros projetos.
- Tarefas adicionais que lhe forem atribuídas.
BIBLIOTECÁRIO E IC
53. Requisitos
- Matriculado em (ou recém formado) Curso
de Biblioteconomia e Ciência da Informação;
- 1 ano de experiência com MS ACCESS;
- 1 ano de experiência com Excel, Outlook e
Word.
BIBLIOTECÁRIO E IC
55. HABILIDADES ESSENCIAIS
Ser fluente em inglês e outro idioma;
Boa comunicação e ser aberto ao compartilhamento de
ideias;
Estar pronto para tomar decisões;
Ter visão holística dos processos e da organização;
Especializar-se em ao menos uma área da Biblioteconomia;
Atualizar-se SEMPRE.
56. Associação Brasileira dos Analistas de
Inteligência Competitiva – ABRAIC
www.abraic.org.br
Strategic and Competitive Intelligence
Professionals – SCIP
www.scip.org
INSTITUIÇÕES
58. Especialidade ou visão holística? Ou,
quem sabe os dois para momentos
diferentes da carreira?
REFLEXÃO
59. A área de IC está em ascenção para os
bibliotecários?
Vocês vêem na área de IC um mercado
promissor?
REFLEXÃO
60. O Curso de Biblioteconomia da UCS está
preparando profissionais para atuar nesta
área?
Como devo me preparar para concorrer às
melhores vagas para bibliotecários?
REFLEXÃO
61. ARAÚJO, Paula Carina de. CASTILHO JUNIOR, Newton Corrêa de. Constribuições da
gestão da informação para o sub-processo de coleta do processo de inteligência
competitiva. Perspectivas em Gestão & Conhecimento, v.4, n.2, p. 50-66, ul./dez.
2014.
BEIJERSE, R. Questions in knowledge management: defining and
conceptualizing a phenomenon. Journal of Knowledge Management, v.3, n.2,
1999. p 94-109.
CHOO, Chun Wei. Information management for the intelligent organization:
the art of scanning the environment. 3.ed. [s.l.]: ASIST, 2002.
DAVENPORT, T., PRUSAK, L. Ecologia da informação: por que só a tecnologia
não basta para o sucesso na era da informação. São Paulo: Futura, 1998.
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Kira (Org.). Inteligência organizacional e competitiva. Brasília: UNB, 2001. p.
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REFERÊNCIAS
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Janeiro: Campus, 1999.
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vantagem competitiva. In: PORTER, Michael E. Competição: estratégias
competitivas essenciais. 10. d. Rio de Janeiro: Campus, 1999. Cap. 3.
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Disponível em:
http://www.latec.uff.br/mestrado/01.Dado%20Informacao%20Conhecimento
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REFERÊNCIAS
63. TARAPANOFF, Kira. Inteligência social e inteligência competitiva. Enc. Bibli: r.
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TJADEN, Gary S. Measuring the information age business. Technology
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TYSON, Kirk. The complete guide to competitive intelligence: gathering,
analyzing, and using competitive intelligence. Chicago: Kirk Tyson
International, 1998.
VALENTIM, Marta Lígia Pomim. Inteligência competitiva em organizações:
dado, informação e conhecimento. Data Grama Zero, Rio de Janeiro, v.3., n.4,
p.1-13, ago. 2002. Disponível em: http://www.dgz.org.br/ago02/F_I_art.htm
Acesso em: 25 ago. 2008.
REFERÊNCIAS
64. Paula Carina de Araújo
paula.carina.a@gmail.com
http://naeradainformacao.blogspot.com
65. ARAÚJO, Paula Carina de. Inteligência competitiva: teoria
e prática , 2016. 65 slides.
COMO REFERENCIAR
66. Inteligência competitiva: teoria e prática by Paula Carina de
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