Este documento apresenta um projeto para incentivar a leitura e o aprendizado sobre gêneros discursivos entre estudantes. O projeto visa selecionar textos de diferentes gêneros para serem lidos e organizados em caixas por turma. O objetivo é promover a compreensão e apreciação da leitura de diferentes gêneros textuais.
5. Observa-se a crescente dificuldade na capacidade de
compreensão leitora dos alunos, bem como o parco
conhecimento acerca dos gêneros que permeiam o
discurso social, o que se estende a sociedade como
um todo, já que o que ocorre é a decodificação,
faltando a cultura letrada. Diante disso, como
apresentar ao aluno os gêneros textuais de forma
prazerosa, instigando-o a uma compreensão leitora
mais eficiente?
PROBLEMA
6. Face à premente necessidade de intensificação dos trabalhos de
leitura e de escrita através dos diversos gêneros discursivos,
elabora-se o presente projeto de incentivo à leitura e a escrita
fazendo uso de textos de uso social dando importância ao gosto
dos alunos e valorizando a realidade em que estão inseridos.
Outro fator que prime pelo reforço da leitura é o conhecimento
dolorido de que há, de forma muito abrangente, na escola, a
decodificação, mas falta a cultura letrada, essencial para a leitura
de mundo. Afora a leitura e a escrita, faz-se necessário e urgente
que se entendam as práticas da leitura e da escrita que circulam
na sociedade como forma de auxílio na adaptação e superação
dos desafios presentes no cotidiano.
JUSTIFICATIVA
7. Instigar a leitura e aprendizagem sobre gêneros
discursivos através da seleção de textos pelos
próprios estudantes. Tais textos serão
organizados em caixas e lidos pelas turmas, em
forma de rodízio, semanalmente, com a duração
de meia hora.
OBJETIVO GERAL
8. •Explicitar o que é gênero discursivo;
•conhecer, a partir de leituras, os gêneros discursivos a
serem estudados e selecionados;
•promover a apreciação da leitura dos diversos gêneros;
•selecionar textos de gosto pessoal;
•organizar uma caixa com cada um dos gêneros do
discurso;
•produzir textos dos diversos gêneros.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
9. O vocábulo “gênero”, antes usado apenas como
referência aos textos literários, assume, atualmente,
uma dimensão bem mais ampla. A partir das ideias de
Bakhtin (1992, p.279), que relaciona “todas as esferas
da atividades humana (...) à utilização da língua” e
considera que cada uma dessas esferas “comporta um
repertório de gêneros do discurso”, vem ocorrendo
diversa gama de estudos que possibilitam a
compreensão do processo de que fala Marcuschi
(2002, p.22, ao dizer que “a comunicação verbal só é
possível por algum gênero textual”.
REFERENCIAL TEÓRICO
10. Segundo esse autor,
equivalem-se as expressões
“gênero textual” e “gênero
discursivo”. Para ele, os
gêneros são “fenômenos
históricos, profundamente
vinculados à vida cultural e
social” e se constituem
como “formas de ação
incontroláveis” que têm a
função de “ordenar e
estabilizar as atividades do
dia-a-dia”.
11. Para organizar o ensino de gêneros textuais
de forma que os alunos aprendam mais e
melhor a língua que falam, é interessante
refletir um pouco sobre as razões pelas
quais os gêneros têm sido considerados
excelentes "ferramentas" de ensino. É
simples: são a forma natural pela qual
usamos a língua para nos comunicar.
Trabalhar os gêneros textuais em sala de
aula é uma excelente oportunidade de se
lidar com a língua nos seus diversos usos
do cotidiano. Se a comunicação se realiza
por intermédio dos textos, deve-se
possibilitar aos estudantes a oportunidade
de produzir e compreender textos de
maneira adequada a cada situação de
interação comunicativa.
12. O trabalho de leitura acontecerá
quinzenalmente durante todo o ano letivo, após a
organização das caixas com os gêneros textuais.
CRONOGRAMA
13. A professora de Língua Portuguesa e Literatura de cada
turma será a responsável por apresentar e trabalhar com
os estudantes os gêneros textuais.
Posteriormente, será feito o processo de seleção dos
textos pelos estudantes.
Segue-se a organização das caixas, após o que se dará o
rodízio pelas turmas, no decorrer do ano letivo.
As turmas do Ensino Fundamental serão integradas ao
projeto, assim, abaixo está a turma e os gêneros pelos
quais cada turma será responsável por organizar,
juntamente com a professora:
METODOLOGIA
14. Ensino Fundamental
6º ano – Orações e receitas culinárias
7º ano – Tirinhas e piadas
8º ano – Notícias e Letras musicais
9º ano – Fábulas, Anúncios em cartazes, com erros
(apresentar correção)
15. CRISTIANE KUREK– 9º ANO
Provérbio
Amor
João queria ler. Escolheu, sem saber, a
palavra “amor”, mas não conseguia ler
porque não conhecia as letras. Assim,
precisou aprender uma de cada vez:
aprendeu a ler o A, depois o M, depois
o O, em seguida o R, e então leu
“AMOR”.
Por isso é que se diz: De grão em grão, a
galinha enche o papo.
16. Ensino Médio
1º ano – Cartum e charge, Posts do facebook
2º ano – Poema e Anúncios publicitários
3º ano – Contos e Crônicas
19. Livros e filmes
CRÔNICA Leitura é uma das minhas maiores paixões. Adoro ler livros de aventura, mitologia,
LETÍCIA
BONELLA
3º ANO
entre vários outros, especialmente os que me “tiram desse mundo”, que me fazem
esquecer de tudo que está ao meu redor e me proporcionam viagens sem nem sair do
lugar. Para complementar, sou fascinada por filme, principalmente se for baseado em
algum livro que li, pois fazem os personagens, que até então só estavam em minha
imaginação, ganhar forma, voz e vida. Mas eu nunca trocaria a leitura de um bom livro
por sua versão em filme.
Alimentando essas minhas paixões, esperava eu, em pleno sábado à noite, na minha
casa, pela estreia de um filme baseado num livro de mitologia que li. Eu simplesmente
amei aquele livro, a estória era escrita com riqueza de detalhes, uma verdadeira
perfeição, achei que o filme seria feito no mesmo nível. Triste ilusão.
Todas as minhas expectativas foram dilaceradas na metade do filme, explico o porquê:
os personagens, os locais em que as cenas se passavam, enfim, quase tudo foi
alterado miseravelmente, e, infelizmente, a estória ficou muito pobre, sem sentido e o
seu encanto se perdeu.
Eu entendo que algumas cenas são complicadas de reproduzir e que, muitas vezes, o
orçamento das filmagens não é muito alto, mas alterar a maior parte do livro é
demais! Claro que a essência da estória permanece, mas os detalhes não, e isso me
deixa muito revoltada, pois são eles que tornam tudo mais interessante e nos fixam na
frente da televisão até o final.
Mas não foi só nesse caso que pude perceber isso, várias vezes já li livros com enredos
fascinantes que me prenderam à leitura, fazendo com que quisesse saber cada vez
mais sobre o desfecho da história, mas quando chegou a sua versão cinematográfica a
decepção foi tão grande que me fez pensar se os diretores dos filmes realmente leram
o livro, e o que o autor de tal livro pensa ao ver sua obra modificada em tantos
aspectos importantes.
Embora fique chateada com isso não consigo deixar de assistir os filmes baseados nos
livros que li e dos quais gostei. Acho que é como um vício, cada vez quero saber mais
da história, saber um ponto de vista diferente, e por mais imperfeitos que sejam, os
filmes nos mostram isso.
20. Beijo em pé – Martha Medeiros
CRÔNICA Teatralizada: LETÍCIA, JAÍNE, ALESSANDRA - 3º ANO
21. _____. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio
(PCNEM, 2000), Brasília, DF, MEC, 2000.
BAKHTIN, M. (l992) “Gêneros do Discurso”. In: Estética da Criação
Verbal. São Paulo: Martins Fontes.
BRANDÃO, Helena N. Texto, a articulação: gêneros do discurso e
ensino. In: –––. Estudos sobre o discurso. São Paulo: USP, 2001b, p. 286-
296 (mimeo – manuscrito para livre docência).
MARCUSCHI. Luiz Antônio. Gêneros textuais: definição e
funcionalidade. In: DIONÍSIO. Ângela Paiva; MACHADO, Anna Rachel;
Maria Auxiliadora. Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna,
2002. p. 19 - 36.
SCHENEUWLY, B; DOLZ, J. Gêneros orais e escritos na escola. Trad. e
org. Roxane Rojo e Gláis Sales Cordeiro. Campinas, SP: Mercado das
Letras, 2004.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS