O documento discute a importância de contextualizar textos para ensinar leitura de forma efetiva, promovendo diálogo entre as leituras dos alunos e a tradição. Também aborda a necessidade de ensinar escrita para produção de conhecimento, e não apenas redações escolares, e a importância de trabalhar com literatura para desenvolver leitores sensíveis.
1. LER E ESCREVER
Alunas: Dilva Melo, Fátima Rosa,
Graziele Dias
Disciplina: Fundamentos e Metod. da
Alfabetização e Letramento
Professora: Nara Raquel Nehme
Borges
2. Este trabalho foi construído a partir
do seguinte texto:
GUEDES, Paulo Coimbra; SOUZA,
Jane Mari. Não apenas o texto, mas o
diálogo em língua escrita, é o
conteúdo da aula.
3. Ler é produzir sentido; ensinar a ler é contextualizar
textos. O leitor atribui ao texto que tem diante de si o
sentido que lhe é acessível.
Ensinar a ler é contextualizar o texto e explorar os
seus possíveis sentidos, aprofundar a leitura é
promover um dialogo da leitura feita pelo aluno com a
leitura feita pela tradição, e essas são tarefas de todas
as áreas.
Ex. Um aluno da 5ª série acabou de ler o Soneto da
fidelidade, chama a professora e diz que gostou muito
da comparação do amor com fogo na gasolina: aqui
sora, “ posto que chama”,
4. SONETO DA FIDELIDADE
De tudo, meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor ( que tive ) :
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Vinícius de Morais
5. Ensinar a lê é alfabetizar, levar o aluno ao
domínio de códigos mais elaborados e mais
especializados.
Ensinar a ler é levar ao aluno a reconhecer a
necessidade de aprender a ler tudo o que já foi
escrito, desde o letreiro do ônibus e os nomes das
ruas, bancos, casas comerciais, ou seja, a leitura
encontrada no dia-a-dia.
6. A LEITURA NA AULA DE PORTUGUÊS
A língua portuguesa é o conjunto dos recursos
expressivos, construídos por escritores portugueses
para expressar por escrito o dialeto de uma língua.
7. A primeira atitude necessária para contextualizar a
língua portuguesa – língua que não falamos, mas que
temos que ler e escrever -é estabelecer sua adequada
relação com a língua que falamos para trazer para
dentro da sala de aula o dialogo entre elas.
A segunda é ensinar o português: dar aos alunos
condições para que dominem a língua escrita, ensinar
português aos alunos para se tornem capazes de
entender os textos que lêem e não se limitar apenas
estigmatiza - lá como incapazes de entender o que
lêem.
8. Ensinar ortografia não para criar problemas ao aluno
que se inicia na língua escrita, mas para resolver
problemas que o aluno começa a detectar em sua
formação como leitor.
Ensinar as formas verbais não como decoreba dos
paradigmas dos tempos dos verbos, mas para explicar
o significado e composição de formas.
Ensinar português e não tratar os alunos como
devessem ter aprendido a língua escrita antes de
chegar a escola, pois eles vão só poder aprende uma
língua que não falam na escola.
9. LEITURA NA ESCOLA, LEITURAS
DA ESCOLA, LEITURA DA
CIDADANIA
São poucos os professores que se dão ao
trabalho de antes de solicitar a seus
alunos o resumo de um determinado texto,
façam eles mesmos, para verificar seu
grau de dificuldade nessa tarefa.
São muitos, no entanto, os que não se
constrangem de deplorar a qualidade da
leitura dos alunos sem nada terem feito a
favor dessa qualidade.
10. Ler para chegar a uma resposta pronta é o
contrario de ler;
Ler é produzir sentido, um aluno só vai produzir
sentido para o que lê com interesse.
Quem ensina os alunos a ler jornais? Quem as
esclarece a respeito das diferentes noticias,
reportagens, entrevistas, sobre biblioteca, museus,
etc? Essa tarefa é de cada um dos professores.
Existe alguma outra instituição além da escola
com condições de propiciar as crianças e aos
adolescentes uma leitura e uma discussão do
estatuto da criança e do adolescente?
11. ESCREVER É PRODUZIR CONHECIMENTO
Na escola o ensino da Língua Portuguesa era somente
uma lista de conteúdos fazendo com que os alunos
construíssem uma imagem da língua escrita como
conjunto de formas dissociadas, opostas a práticas
cotidianas da língua falada.
É necessário que passe da produção de redações
escolares para a produção de discurso com a
finalidade de produzir deliberados efeitos de sentido
sobre bem determinados leitores, fazendo na leitura que
cada leitor torna-se mais rico no confronto com os
sentidos produzidos pelos demais leitores.
12. Referente à escrita escolar, existem duas:
Escrita privada como a carta que se dirige a um
único destinatário e só a ele interessa, e o diário, que
se dirige ao próprio autor, em diálogo interior
objetivado consigo mesmo.
Escrita pública que se dirige ao leitor em geral, essa
escrita pode ter dois tipos de textos os que servem á
leitura e o texto que expressa a produção de
conhecimento. É preciso trabalhar com os dois tipos
sem confundir as suas finalidades.
13. A ESCRITA NA AULA DE PORTUGUÊS
Ensinar a escrever na aula de português é
apresentar os contextos de diálogo em língua
escrita e propiciar aos alunos a participação nesses
contextos;
É preciso criar situações para que o exercício da
escrita pelo aluno se constitua numa atividade
intelectual e não na cópia;
14. A LITERATURA E O LEITOR
Pergunta-se quem é o leitor da literatura.
Encontramos dois momentos:
1° momento: Quem e esse leitor? Tão Difícil
defini-los.
2° momento : O professor com olhar critico e
sensível diz quem são eles.
15. A literatura infantil tem conquistado seus leitores, e
habituando que está a ler o mundo graças à
incorporação de elementos visuais e de linguagem.
Atualmente incorporando recursos literários para
atrair a atenção do consumidor e vender os mais
variados produtos, como da fotografia, do cinema, das
revistas em quadrinhos, das artes plásticas em geral e
quem diria da própria televisão
16. A leitura coloca a necessidade de transformamos
alunos apáticos em leitores sensíveis, de modo que os
textos desencadeiem a interpretação entre a obra e o
leitor, da relação entre o sujeito e seu tempo, do sujeito
e sua memória.
Quando falamos de ler e compreender, estamos
falando de conhecer. O melhor autor é aquele que
faz seu publico avançar na medida em que propõe
novas leituras da realidade. O melhor mediador –
professor- é aquele que gosta da leitura e sabe explorar
um texto.
17. REFERÊNCIA
GUEDES, Paulo Coimbra; SOUZA, Jane Mari.
Não apenas o texto, mas o diálogo em língua
escrita, é o conteúdo da aula. Ler e Escrever:
Compromisso de Todas as Áreas. 6ª ed. Porto
Alegre. UFRGS, 1998.