SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 13
PRJ – GESTÃO E CONTROLE DE OBRAS
MS PROJECT COMO PERT-CPM
TAREFAS
INTERDEPENDÊNCIAS
LINHA DE BASE
CAMINHO CRÍTICO
FOLGAS
DESVIOS
PLANO DE RECUPERAÇÃO
UM BREVE HISTÓRICO
Em 1958 auge da guerra fria o governo americano necessitava por em prática seu projeto Polaris, um míssil balístico
intercontinental, armado com ogivas nucleares. Eram mais de 70.000 peças para serem fabricadas por
aproximadamente 250 empresas e 9.000 subcontratados. O problema era gerir todo este projeto de forma a utilizar
corretamente o tempo, os recursos e os custos.
A marinha americana em conjunto com a empresa Bozz, Allen & Hamilton desenvolve o Sistema PERT que em português
significa Técnica de Avaliação e Revisão de Projetos e as empresas Remington Rand e Dupont desenvolvem o sistema
CPM que significa Método do Caminho Crítico.
Ambos são sistemas trabalham com rede de precedência e diferem entre si pela forma como tratam o tempo.
Inúmeras dificuldades foram encontradas pelo caminho, mas o projeto foi concluído com êxito.
PRJ – GESTÃO E CONTROLE OBRAS
MS PROJECT COMO PERT/CPM
Na construção civil, mesmo nos grandes projetos não temos esta quantidade enorme de empresas e subcontratados
para gerir, porém muitas vezes parecemos estar em uma guerra fria com nosso cliente e sua gerenciadora, para gerar
informações que indiquem a conclusão da obra.
De um sistema trabalhoso se utilizado manualmente o PERT/CPM passou a ser implementado em computadores com
desenvolvimento de softwares específicos, tornando assim mais ágil a verificação do andamento do projeto e mais cedo
as tomadas de decisões necessárias para correção dos desvios.
O software de gestão de projetos produzido pela Microsoft, o MS Project é o mais popular entre tantos, reproduz o
sistema PERT/CPM e será com este que desenvolveremos todo o nosso trabalho.
PRJ – GESTÃO E CONTROLE DE OBRAS
PREMISSAS
Para se gerir um empreendimento com eficácia e elaborar um cronograma são necessários:
 Conhecer detalhadamente o projeto, suas atividades, suas interdependências, seus prazos e suas folgas e como o
atraso de cada tarefa, influencia na duração total do programa.
 Estabelecer quando cada empresa envolvida deverá iniciar e concluir suas atividades.
 Acompanhar contratação, projetos, fabricação de equipamentos e trabalhos que estejam sendo feitos fora do canteiro
para depois serem trazidos e montados na obra. Incluí-los no cronograma PERT/CPM.
 Manter a gerência informada quanto ao desenvolvimento de cada etapa do projeto, permitindo a constatação
antecipada de qualquer fator crítico que possa impedir o desempenho e possibilitar uma adequada e corretiva
tomada de decisão.
PRJ – GESTÃO E CONTROLE DE OBRAS
FORMAS DE UTILIZAR O MS PROJECT
O software MS Project pode ser usado com várias configurações, alterando-se “Chaves Internas”. Podemos utilizá-lo no
modo estático como um Cronograma de Gantt, ou podemos utilizá-lo de uma forma dinâmica, uma rede PERT/CPM.
UTILIZANDO O MS PROJECT COMO UM CRONOGRAMA GANTT
Desenvolvido pelo engenheiro mecânico Henry Gantt esta é forma mais fácil e mais usual por esta causa, de se controlar
uma obra. As atividades permanecem estáticas e na data de Status, preenche-se o campo % Concluída. Dá-se um peso
para cada Atividade em função de seu custo, verificando-se assim que percentual do projeto foi concluído e qual o
percentual que deveria ter sido concluído, chegando-se a um desvio percentual, tudo isto colocado numa Curva S em
Excel. Esta prática serve apenas para acompanhar o desempenho financeiro do projeto desde que se observe os
conceitos de Valor Agregado.
Não informa se a obra está realmente atrasada já que se pode avançar com uma atividade de alto custo, produzindo um
alto percentual realizado, mas que não faça parte do caminho crítico e com isto ocultar problemas que estejam
ocorrendo em decisões não tomadas que não tem custo algum.
PRJ – GESTÃO E CONTROLE DE OBRAS
UTILIZANDO O MS PROJECT COMO UMA REDE PERT/COM
Para se trabalhar com o sistema PERT/CPM dentro do Project, será necessário utilizar corretamente os conceitos de:
Linha de Base, Interdependência entre tarefas, Tipos de ligações, Latência, Margem de Atraso e Caminho Crítico. As
atividades se deslocarão na linha do tempo em função das medições realizadas, recalculando datas do cronograma
base, sendo necessário alterar, se possível, premissas, logísticas adotadas e contratações para que a obra permaneça
em dia.
PRJ – GESTÃO E CONTROLE DE OBRAS
COMO SE MONTAR UMA REDE PERT/CPM NO MS PROJECT
Deverão fazer parte da rede de tarefas e estarem ligadas às suas interdependências, eventos tais como: projetos
faltantes ou pré-executivos que impeçam a continuidade da obra, decisões do cliente que resultem em
contratações, contratações de serviços que terão partes fabricadas fora do canteiro tais como: equipamentos,
caixilhos de fachadas, estruturas metálicas, elevadores, banheiro pronto, fabricação de peças em mármores e
granitos, etc. Só assim teremos certeza de estarmos com o projeto todo sob controle.
Configurar o Project no modo PERT/CPM onde deverão estar visíveis as colunas: Quantidade, Produtividade,
Número de Oficiais, Duração, Predecessoras, Sucessoras e Margem Total. O Caminho Crítico é quando a Margem
Total fica de zero a um dia. O ideal é que as tarefas não tenham durações maiores do que duas semanas.
Durações muito longas significa que os detalhes do serviço não está entendido.
PRJ – GESTÃO E CONTROLE DE OBRAS
PRJ – GESTÃO E CONTROLE DE OBRAS
Observação:
Como regra básica, a Duração das tarefas não
deverá ultrapassar duas semanas.
A Margem de atraso deverá ser analisada
verificando se a folga corresponde à realidade
Define a duração da tarefaInforma se os links estão corretos
Barra vermelhas
indicam caminho
crítico
Depois de uma análise conjunta com todos que estarão envolvidos com a obra, orçamento, produção,
suprimentos, QSM, projetistas, premissas com o cliente, define-se a Linha de Base, a qual será a referência dos
desvios de cada atividade e da obra como um todo.
PRJ – GESTÃO E CONTROLE OBRAS
CRONOGRAMA EXECUTIVO
PRJ – GESTÃO E CONTROLE DE OBRAS
Criação da Linha de Base
CONTROLE – MEDIÇÕES SEMANAIS
A obra deverá ser medida semanalmente. Com medições semanais:
 O corpo produtivo fica sabendo se produziu adequadamente na semana e se
houve deslocamento da tarefa em relação à Linha de Base,
 Corrige-se desvios menores e orienta-se empreiteiros e mestre na reunião
semanal,
 Informa-se à produção o que eles deverão produzir na semana em questão e das
próximas três semanas.
 Comunica-se antecipadamente ao Suprimentos da necessidade da chegada de
materiais importantes,
 Acompanha-se projetos e fabricação de tudo o que deverá ser produzido fora do
canteiro e o tempo restante para que este evento ocorra, sem que desloque a
data final do projeto.
PRJ – GESTÃO E CONTROLE OBRAS
PRJ – GESTÃO E CONTROLE DE OBRAS
A medição feita no dia 03/09 informa que
houve um deslocamento na Linha de Base,
ocasionando um atraso de 3 dias na obra
CONCLUSÃO
Só através do MS Project pode-se determinar o adiantamento ou atraso de um projeto, de uma obra. Não existe peso
em tarefas que possa determinar isto.
À cada medição o Project elimina o que foi executado e traz para a Data Atual o que não foi executado, reprogramando
assim todos os serviços em função das suas interdependências, reduzindo as folgas ou deslocando os mesmos, podendo
criar um novo Caminho Crítico.
Este processo, com o deslocamento das barras e avanço do Caminho Crítico, permite detectar atrasos em serviços que
ainda nem se iniciaram, possibilitando assim tomar ações que o corrijam trazendo de volta a obra para a sua data base.
PRJ – GESTÃO E CONTROLE OBRAS
Eng. Paulo Ramalho Jr.
peramalhojr@gmail.com
FIM

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Técnicas para o Desenvolvimento de Cronogramas
Técnicas para o Desenvolvimento de CronogramasTécnicas para o Desenvolvimento de Cronogramas
Técnicas para o Desenvolvimento de CronogramasPeter Mello
 
Impactos no avanço físico de um projeto
Impactos no avanço físico de um projetoImpactos no avanço físico de um projeto
Impactos no avanço físico de um projetoFrancisco de Figueiredo
 
Diagrama de Rede e Cronograma
Diagrama de Rede e CronogramaDiagrama de Rede e Cronograma
Diagrama de Rede e CronogramaMarcelo Coutinho
 
Administração de tempo e prazo
Administração de tempo e prazoAdministração de tempo e prazo
Administração de tempo e prazoCiro Lopes
 
Artigo a importância do gerenciamento de escopo na gestão de projetos
Artigo a importância do gerenciamento de escopo na gestão de projetosArtigo a importância do gerenciamento de escopo na gestão de projetos
Artigo a importância do gerenciamento de escopo na gestão de projetosMauricio Santos
 
Planejamento, Execução e Controle: A importância de simulações baseados em um...
Planejamento, Execução e Controle: A importância de simulações baseados em um...Planejamento, Execução e Controle: A importância de simulações baseados em um...
Planejamento, Execução e Controle: A importância de simulações baseados em um...Peter Mello
 
Ciclo+de+vida+do+projeto
Ciclo+de+vida+do+projetoCiclo+de+vida+do+projeto
Ciclo+de+vida+do+projetoDIANE BRAGA
 
Gerenciamento de Projetos de Engenharia – Lições Aprendidas em Empreendimento...
Gerenciamento de Projetos de Engenharia – Lições Aprendidas em Empreendimento...Gerenciamento de Projetos de Engenharia – Lições Aprendidas em Empreendimento...
Gerenciamento de Projetos de Engenharia – Lições Aprendidas em Empreendimento...barcellosreis
 
Escalabilidade do Scrum
Escalabilidade do ScrumEscalabilidade do Scrum
Escalabilidade do ScrumAragon Vieira
 

Mais procurados (20)

Técnicas para o Desenvolvimento de Cronogramas
Técnicas para o Desenvolvimento de CronogramasTécnicas para o Desenvolvimento de Cronogramas
Técnicas para o Desenvolvimento de Cronogramas
 
Gráfico de Gantt
Gráfico de GanttGráfico de Gantt
Gráfico de Gantt
 
REDE PERT CPM
REDE PERT CPMREDE PERT CPM
REDE PERT CPM
 
Canteiro de obras planejamento
Canteiro de obras    planejamentoCanteiro de obras    planejamento
Canteiro de obras planejamento
 
Aula 06 Planejamento e Controle de Obras
Aula 06 Planejamento e Controle de ObrasAula 06 Planejamento e Controle de Obras
Aula 06 Planejamento e Controle de Obras
 
Gráfico de gantt
Gráfico de ganttGráfico de gantt
Gráfico de gantt
 
Redes de Pert
Redes de PertRedes de Pert
Redes de Pert
 
Pert cpm
Pert cpmPert cpm
Pert cpm
 
Impactos no avanço físico de um projeto
Impactos no avanço físico de um projetoImpactos no avanço físico de um projeto
Impactos no avanço físico de um projeto
 
II PROJETOS - vi. CRONOGRAMA DO PROJETO
II PROJETOS - vi. CRONOGRAMA DO PROJETOII PROJETOS - vi. CRONOGRAMA DO PROJETO
II PROJETOS - vi. CRONOGRAMA DO PROJETO
 
Diagrama de Rede e Cronograma
Diagrama de Rede e CronogramaDiagrama de Rede e Cronograma
Diagrama de Rede e Cronograma
 
Administração de tempo e prazo
Administração de tempo e prazoAdministração de tempo e prazo
Administração de tempo e prazo
 
Mapas Gantt
Mapas GanttMapas Gantt
Mapas Gantt
 
Artigo a importância do gerenciamento de escopo na gestão de projetos
Artigo a importância do gerenciamento de escopo na gestão de projetosArtigo a importância do gerenciamento de escopo na gestão de projetos
Artigo a importância do gerenciamento de escopo na gestão de projetos
 
Planejamento, Execução e Controle: A importância de simulações baseados em um...
Planejamento, Execução e Controle: A importância de simulações baseados em um...Planejamento, Execução e Controle: A importância de simulações baseados em um...
Planejamento, Execução e Controle: A importância de simulações baseados em um...
 
Ciclo+de+vida+do+projeto
Ciclo+de+vida+do+projetoCiclo+de+vida+do+projeto
Ciclo+de+vida+do+projeto
 
Gerência de Projetos
Gerência de ProjetosGerência de Projetos
Gerência de Projetos
 
Gerenciamento de Projetos de Engenharia – Lições Aprendidas em Empreendimento...
Gerenciamento de Projetos de Engenharia – Lições Aprendidas em Empreendimento...Gerenciamento de Projetos de Engenharia – Lições Aprendidas em Empreendimento...
Gerenciamento de Projetos de Engenharia – Lições Aprendidas em Empreendimento...
 
Escalabilidade do Scrum
Escalabilidade do ScrumEscalabilidade do Scrum
Escalabilidade do Scrum
 
Redistribuição Opções Teste
Redistribuição Opções TesteRedistribuição Opções Teste
Redistribuição Opções Teste
 

Semelhante a Gestão de obras com MS Project

66 otimização-no-processo-gerencial-projeto-de-construção-civil
66 otimização-no-processo-gerencial-projeto-de-construção-civil66 otimização-no-processo-gerencial-projeto-de-construção-civil
66 otimização-no-processo-gerencial-projeto-de-construção-civilGeorge Soares
 
Fundamentos em Gerenciamento de Projetos - Módulo III
Fundamentos em Gerenciamento de Projetos - Módulo IIIFundamentos em Gerenciamento de Projetos - Módulo III
Fundamentos em Gerenciamento de Projetos - Módulo IIIWilian Fabricio Pereira
 
Gestão de Projetos Hibrida
Gestão de Projetos HibridaGestão de Projetos Hibrida
Gestão de Projetos HibridaAragon Vieira
 
Tecnicas de Programacao de Obras, técnica de gantt
Tecnicas de Programacao de Obras, técnica de ganttTecnicas de Programacao de Obras, técnica de gantt
Tecnicas de Programacao de Obras, técnica de ganttfenamondlane
 
Toc aplicada a gestão de projetos
Toc aplicada a gestão de projetosToc aplicada a gestão de projetos
Toc aplicada a gestão de projetosAragon Vieira
 
Web Aula: Orçamento de obras civis e montagem eletromecânica
Web Aula: Orçamento de obras civis e montagem eletromecânicaWeb Aula: Orçamento de obras civis e montagem eletromecânica
Web Aula: Orçamento de obras civis e montagem eletromecânicaProjetos e TI
 
Projeto Imperatriz - Levantamento Fotogramétrico
Projeto Imperatriz - Levantamento FotogramétricoProjeto Imperatriz - Levantamento Fotogramétrico
Projeto Imperatriz - Levantamento FotogramétricoMarco Coghi
 
Impactos no avanço físico de um projeto
Impactos no avanço físico de um projetoImpactos no avanço físico de um projeto
Impactos no avanço físico de um projetoFrancisco de Figueiredo
 
Impactos na evolução física de um projeto
Impactos na evolução física de um projetoImpactos na evolução física de um projeto
Impactos na evolução física de um projetoFrancisco de Figueiredo
 
METRÔ CURITIBANO
METRÔ CURITIBANOMETRÔ CURITIBANO
METRÔ CURITIBANOMarco Coghi
 
Gestão de-custos
Gestão de-custosGestão de-custos
Gestão de-custoskerybrowser
 

Semelhante a Gestão de obras com MS Project (20)

66 otimização-no-processo-gerencial-projeto-de-construção-civil
66 otimização-no-processo-gerencial-projeto-de-construção-civil66 otimização-no-processo-gerencial-projeto-de-construção-civil
66 otimização-no-processo-gerencial-projeto-de-construção-civil
 
Fundamentos em Gerenciamento de Projetos - Módulo III
Fundamentos em Gerenciamento de Projetos - Módulo IIIFundamentos em Gerenciamento de Projetos - Módulo III
Fundamentos em Gerenciamento de Projetos - Módulo III
 
Gestão de Projetos Hibrida
Gestão de Projetos HibridaGestão de Projetos Hibrida
Gestão de Projetos Hibrida
 
Tecnicas de Programacao de Obras, técnica de gantt
Tecnicas de Programacao de Obras, técnica de ganttTecnicas de Programacao de Obras, técnica de gantt
Tecnicas de Programacao de Obras, técnica de gantt
 
01 modulo v cronogramas e produtividades1
01 modulo  v cronogramas e produtividades101 modulo  v cronogramas e produtividades1
01 modulo v cronogramas e produtividades1
 
Toc aplicada a gestão de projetos
Toc aplicada a gestão de projetosToc aplicada a gestão de projetos
Toc aplicada a gestão de projetos
 
Gp resumo
Gp   resumoGp   resumo
Gp resumo
 
Lean Construction
Lean ConstructionLean Construction
Lean Construction
 
Aula 04 Planejamento e Controle de Obras
Aula 04 Planejamento e Controle de ObrasAula 04 Planejamento e Controle de Obras
Aula 04 Planejamento e Controle de Obras
 
Projeto SAC
Projeto SACProjeto SAC
Projeto SAC
 
Projeto SAC
Projeto SACProjeto SAC
Projeto SAC
 
Web Aula: Orçamento de obras civis e montagem eletromecânica
Web Aula: Orçamento de obras civis e montagem eletromecânicaWeb Aula: Orçamento de obras civis e montagem eletromecânica
Web Aula: Orçamento de obras civis e montagem eletromecânica
 
Indicadores de Desempenho em Escopo, Tempo e Custo e a Tríplice Restriç
Indicadores de Desempenho em Escopo, Tempo e Custo e a Tríplice RestriçIndicadores de Desempenho em Escopo, Tempo e Custo e a Tríplice Restriç
Indicadores de Desempenho em Escopo, Tempo e Custo e a Tríplice Restriç
 
Gerenciamento de projetos Aula05 -exercício cpm-parte1
Gerenciamento de projetos Aula05 -exercício cpm-parte1Gerenciamento de projetos Aula05 -exercício cpm-parte1
Gerenciamento de projetos Aula05 -exercício cpm-parte1
 
Projeto Imperatriz - Levantamento Fotogramétrico
Projeto Imperatriz - Levantamento FotogramétricoProjeto Imperatriz - Levantamento Fotogramétrico
Projeto Imperatriz - Levantamento Fotogramétrico
 
Impactos no avanço físico de um projeto
Impactos no avanço físico de um projetoImpactos no avanço físico de um projeto
Impactos no avanço físico de um projeto
 
Impactos na evolução física de um projeto
Impactos na evolução física de um projetoImpactos na evolução física de um projeto
Impactos na evolução física de um projeto
 
METRÔ CURITIBANO
METRÔ CURITIBANOMETRÔ CURITIBANO
METRÔ CURITIBANO
 
Gestão de Projetos com Ms project
Gestão de Projetos com Ms projectGestão de Projetos com Ms project
Gestão de Projetos com Ms project
 
Gestão de-custos
Gestão de-custosGestão de-custos
Gestão de-custos
 

Gestão de obras com MS Project

  • 1. PRJ – GESTÃO E CONTROLE DE OBRAS MS PROJECT COMO PERT-CPM TAREFAS INTERDEPENDÊNCIAS LINHA DE BASE CAMINHO CRÍTICO FOLGAS DESVIOS PLANO DE RECUPERAÇÃO
  • 2. UM BREVE HISTÓRICO Em 1958 auge da guerra fria o governo americano necessitava por em prática seu projeto Polaris, um míssil balístico intercontinental, armado com ogivas nucleares. Eram mais de 70.000 peças para serem fabricadas por aproximadamente 250 empresas e 9.000 subcontratados. O problema era gerir todo este projeto de forma a utilizar corretamente o tempo, os recursos e os custos. A marinha americana em conjunto com a empresa Bozz, Allen & Hamilton desenvolve o Sistema PERT que em português significa Técnica de Avaliação e Revisão de Projetos e as empresas Remington Rand e Dupont desenvolvem o sistema CPM que significa Método do Caminho Crítico. Ambos são sistemas trabalham com rede de precedência e diferem entre si pela forma como tratam o tempo. Inúmeras dificuldades foram encontradas pelo caminho, mas o projeto foi concluído com êxito. PRJ – GESTÃO E CONTROLE OBRAS
  • 3. MS PROJECT COMO PERT/CPM Na construção civil, mesmo nos grandes projetos não temos esta quantidade enorme de empresas e subcontratados para gerir, porém muitas vezes parecemos estar em uma guerra fria com nosso cliente e sua gerenciadora, para gerar informações que indiquem a conclusão da obra. De um sistema trabalhoso se utilizado manualmente o PERT/CPM passou a ser implementado em computadores com desenvolvimento de softwares específicos, tornando assim mais ágil a verificação do andamento do projeto e mais cedo as tomadas de decisões necessárias para correção dos desvios. O software de gestão de projetos produzido pela Microsoft, o MS Project é o mais popular entre tantos, reproduz o sistema PERT/CPM e será com este que desenvolveremos todo o nosso trabalho. PRJ – GESTÃO E CONTROLE DE OBRAS
  • 4. PREMISSAS Para se gerir um empreendimento com eficácia e elaborar um cronograma são necessários:  Conhecer detalhadamente o projeto, suas atividades, suas interdependências, seus prazos e suas folgas e como o atraso de cada tarefa, influencia na duração total do programa.  Estabelecer quando cada empresa envolvida deverá iniciar e concluir suas atividades.  Acompanhar contratação, projetos, fabricação de equipamentos e trabalhos que estejam sendo feitos fora do canteiro para depois serem trazidos e montados na obra. Incluí-los no cronograma PERT/CPM.  Manter a gerência informada quanto ao desenvolvimento de cada etapa do projeto, permitindo a constatação antecipada de qualquer fator crítico que possa impedir o desempenho e possibilitar uma adequada e corretiva tomada de decisão. PRJ – GESTÃO E CONTROLE DE OBRAS
  • 5. FORMAS DE UTILIZAR O MS PROJECT O software MS Project pode ser usado com várias configurações, alterando-se “Chaves Internas”. Podemos utilizá-lo no modo estático como um Cronograma de Gantt, ou podemos utilizá-lo de uma forma dinâmica, uma rede PERT/CPM. UTILIZANDO O MS PROJECT COMO UM CRONOGRAMA GANTT Desenvolvido pelo engenheiro mecânico Henry Gantt esta é forma mais fácil e mais usual por esta causa, de se controlar uma obra. As atividades permanecem estáticas e na data de Status, preenche-se o campo % Concluída. Dá-se um peso para cada Atividade em função de seu custo, verificando-se assim que percentual do projeto foi concluído e qual o percentual que deveria ter sido concluído, chegando-se a um desvio percentual, tudo isto colocado numa Curva S em Excel. Esta prática serve apenas para acompanhar o desempenho financeiro do projeto desde que se observe os conceitos de Valor Agregado. Não informa se a obra está realmente atrasada já que se pode avançar com uma atividade de alto custo, produzindo um alto percentual realizado, mas que não faça parte do caminho crítico e com isto ocultar problemas que estejam ocorrendo em decisões não tomadas que não tem custo algum. PRJ – GESTÃO E CONTROLE DE OBRAS
  • 6. UTILIZANDO O MS PROJECT COMO UMA REDE PERT/COM Para se trabalhar com o sistema PERT/CPM dentro do Project, será necessário utilizar corretamente os conceitos de: Linha de Base, Interdependência entre tarefas, Tipos de ligações, Latência, Margem de Atraso e Caminho Crítico. As atividades se deslocarão na linha do tempo em função das medições realizadas, recalculando datas do cronograma base, sendo necessário alterar, se possível, premissas, logísticas adotadas e contratações para que a obra permaneça em dia. PRJ – GESTÃO E CONTROLE DE OBRAS
  • 7. COMO SE MONTAR UMA REDE PERT/CPM NO MS PROJECT Deverão fazer parte da rede de tarefas e estarem ligadas às suas interdependências, eventos tais como: projetos faltantes ou pré-executivos que impeçam a continuidade da obra, decisões do cliente que resultem em contratações, contratações de serviços que terão partes fabricadas fora do canteiro tais como: equipamentos, caixilhos de fachadas, estruturas metálicas, elevadores, banheiro pronto, fabricação de peças em mármores e granitos, etc. Só assim teremos certeza de estarmos com o projeto todo sob controle. Configurar o Project no modo PERT/CPM onde deverão estar visíveis as colunas: Quantidade, Produtividade, Número de Oficiais, Duração, Predecessoras, Sucessoras e Margem Total. O Caminho Crítico é quando a Margem Total fica de zero a um dia. O ideal é que as tarefas não tenham durações maiores do que duas semanas. Durações muito longas significa que os detalhes do serviço não está entendido. PRJ – GESTÃO E CONTROLE DE OBRAS
  • 8. PRJ – GESTÃO E CONTROLE DE OBRAS Observação: Como regra básica, a Duração das tarefas não deverá ultrapassar duas semanas. A Margem de atraso deverá ser analisada verificando se a folga corresponde à realidade Define a duração da tarefaInforma se os links estão corretos Barra vermelhas indicam caminho crítico
  • 9. Depois de uma análise conjunta com todos que estarão envolvidos com a obra, orçamento, produção, suprimentos, QSM, projetistas, premissas com o cliente, define-se a Linha de Base, a qual será a referência dos desvios de cada atividade e da obra como um todo. PRJ – GESTÃO E CONTROLE OBRAS CRONOGRAMA EXECUTIVO
  • 10. PRJ – GESTÃO E CONTROLE DE OBRAS Criação da Linha de Base
  • 11. CONTROLE – MEDIÇÕES SEMANAIS A obra deverá ser medida semanalmente. Com medições semanais:  O corpo produtivo fica sabendo se produziu adequadamente na semana e se houve deslocamento da tarefa em relação à Linha de Base,  Corrige-se desvios menores e orienta-se empreiteiros e mestre na reunião semanal,  Informa-se à produção o que eles deverão produzir na semana em questão e das próximas três semanas.  Comunica-se antecipadamente ao Suprimentos da necessidade da chegada de materiais importantes,  Acompanha-se projetos e fabricação de tudo o que deverá ser produzido fora do canteiro e o tempo restante para que este evento ocorra, sem que desloque a data final do projeto. PRJ – GESTÃO E CONTROLE OBRAS
  • 12. PRJ – GESTÃO E CONTROLE DE OBRAS A medição feita no dia 03/09 informa que houve um deslocamento na Linha de Base, ocasionando um atraso de 3 dias na obra
  • 13. CONCLUSÃO Só através do MS Project pode-se determinar o adiantamento ou atraso de um projeto, de uma obra. Não existe peso em tarefas que possa determinar isto. À cada medição o Project elimina o que foi executado e traz para a Data Atual o que não foi executado, reprogramando assim todos os serviços em função das suas interdependências, reduzindo as folgas ou deslocando os mesmos, podendo criar um novo Caminho Crítico. Este processo, com o deslocamento das barras e avanço do Caminho Crítico, permite detectar atrasos em serviços que ainda nem se iniciaram, possibilitando assim tomar ações que o corrijam trazendo de volta a obra para a sua data base. PRJ – GESTÃO E CONTROLE OBRAS Eng. Paulo Ramalho Jr. peramalhojr@gmail.com FIM