3. Cronograma
Para a elaboração do cronograma, como para qualquer planeamento,
são necessários diversos níveis de informação. Como as condições de
trabalho previstas para a execução da obra não podem ser
completamente avaliadas na fase inicial do planejamento, o grau de
precisão dos dados aumenta com o avanço do planeamento, ou seja,
verifica-se que os dados iniciais mostram-se cada vez mais imprecisos.
Por este motivo, um cronograma para ser coerente, deve ser elaborado
em três níveis:
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4. Cronograma
Elaboração de um cronograma geral, que delimita unicamente as
etapas de execução mais importantes e define para isto prazos
gerais;
Elaboração de um cronograma detalhado que indica com maior
precisão cada etapa de trabalho e suas respectivas atividades;
Controlo durante a execução e adaptação dos desvios ocorridos em
relação ao cronograma geral.
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5. a) Cronograma geral:
Um cronograma geral indica os prazos das etapas de produção mais
importantes, (p.ex.: implantação da infraestrutura da via) sem entrar no
planeamento de prazos das atividades que compõem estas etapas. Ele
abrange o tempo total de construção e serve como principal instrumento
de controlo e gerenciamento da execução. Para a elaboração do
cronograma geral são estipulados primeiramente pelos empreendedores
a data final e os marcos intermediários. Estes prazos devem ser tão
realistas quanto possível.
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6. a) Cronograma geral (Cont):
As etapas de construção determinadas na estruturação do trabalho são
então organizadas a partir de dados como: índices de produtividade,
prazos de execução e recursos de que a empresa dispõe. Para isto não é
necessário, nem conveniente, uma delimitação das atividades como
acontece no cronograma detalhado. Por fim, deve ser feita uma revisão
dos prazos determinados, com o objetivo de se obter uma curva de
alocação de recursos tão nivelada quanto possível, evitando-se uma
alocação extrema de recursos.
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7. b) Cronograma detalhado:
Um cronograma detalhado contém os prazos de execução de cada
etapa e nele são consideradas também todas as atividades e
serviços, fixando-se prazos para elas. Elaborado desta forma, o
cronograma detalhado serve como orientação e previsão do tempo de
construção necessário. Entretanto, ele não foge dos marcos determinados pelo
cronograma geral. Através dele são planeados períodos de compensação para
casos de extrapolação dos prazos, e realizado o gerenciamento de todas as
atividades da obra.
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8. b) Cronograma detalhado (Cont.):
Para a elaboração do cronograma detalhado, deve ser feito o
levantamento de todas as dimensões e quantidades relativas à
construção e seus respectivos índices de produtividade e
desempenho. Estes dados são listados na Lista de Serviços na
mesma sequência em que são executadas as atividades
correspondentes, de tal forma que possam ser planeados os
recursos disponíveis e calculados os tempos de execução.
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9. c) Adaptações durante o período de execução:
As inúmeras influências internas e externas que ocorrem durante o
período de execução de uma obra, tornam necessárias algumas
alterações no cronograma detalhado. Estas alterações devem ser
adaptadas ao cronograma geral, que permanece em vigor. Assim fica
garantido que, apesar destes desvios que ocorrem isoladamente, o tempo
total de execução permanece inalterado. A interdependência entre o grau
de precisão do planeamento e o tempo gasto em planeamento deve ser
considerada de forma crítica na elaboração do cronograma
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10. Índices de produtividade e de rendimento
Índices de produtividade indicam o número de horas de trabalho por
unidade produzida. Eles apresentam as unidades usuais no
levantamento do tempo gasto em atividades com alto emprego de mão-
de-obra.
Índices de rendimento, ou de desempenho, fornecem a quantidade
produzida por unidade de tempo. Em geral são indicados desta maneira
apenas os desempenhos de máquinas e equipamentos.
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11. 7.1. Índices de produtividade e de rendimento
Índices de produtividade e de rendimento podem ser determinados por meio de:
Registros sistemáticos, de preferência de longo prazo, do uso de insumos e dos
cálculos efetuados posteriormente à execução da obra (índices com grande precisão
podem ser levantados dessa forma);
Pesquisas sobre o processo de construção, com coleta de dados das atividades.
Entretanto, como estas pesquisas representam altos custos, recomenda-se que elas
sejam feitas apenas para aquelas atividades de grande influência no processo total,
como por exemplo, a produção e/ou montagem de fôrmas.
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12. Índices de produtividade e de rendimento (Cont.)
Orçamentistas, planeadores e gerentes de obra experientes, os quais podem fazer
estimativas de índices de produtividade e de rendimento de equipamentos, máquinas e
equipes de trabalho com relativa precisão;
Índices tirados de literatura especializada, os quais são os menos precisos de todos,
pois geralmente os rendimentos são dados dentro de uma margem de variação (de/até).
Além disso, as condições de produção consideradas no levantamento destes índices
raramente ocorrem na prática;
Dados técnicos de máquinas e equipamentos (p.ex.: velocidade de levantamento ou
deslocamento de uma grua).
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13. Determinação dos recursos e da duração das
atividades
Em princípio, podem ser distingüidas duas maneiras de se proceder:
a) O volume de recursos a ser empregado (quantidade de mão-de-obra) é conhecido e
a duração das atividades é calculada como se segue:
𝐷𝐴 ℎ =
𝐼𝑝×𝑄
𝑀𝑂
ou 𝐷𝐴 ℎ =
𝐼𝑝×𝑄
𝑀𝑂×𝑇
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14. Determinação dos recursos e da duração das
atividades
DA :duração de uma determinada atividade [h = horas] ou [d = dias];
Ip : índice de produtividade da mão-de-obra que a executa [Homem x
hora/unidade produzida];
Q :quantidade de serviço a ser executado nesta atividade [unidade de
produção];
MO :quantidade de mão-de-obra [Homens];
T :tempo de trabalho por dia [horas/dia].
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15. Determinação dos recursos e da duração das
atividades
b) A duração de uma atividade é pré-determinada e os recursos
(quantidade de mão-de-obra) são obtidos como se segue:
𝑀𝑂 =
𝐼𝑝×𝑄
𝐷𝐴 ℎ
ou MO =
𝐼𝑝×𝑄
𝐷𝐴 ℎ ×𝑇
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16. 7.3. Formas de apresentação
Um cronograma pode ser apresentado em quatro formas principais, de acordo
com o tipo, volume e complexidade da tarefa e, também, segundo a
quantidade de informações que ele deve conter. Estas quatro formas são:
Lista de prazos;
Cronograma de barra ou gráfico de Gantt;
Linha de balanço ou tempo-caminho;
Rede de precedências.
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17. a) Lista de prazos:
Esta é a forma mais simples de apresentação de um cronograma.
É como uma Lista de Serviços completada com as informações:
duração, data de início e data de término de uma atividade. Como
neste caso não é possível mostrar a interdependência com outras
atividades, a lista de prazos serve apenas como ponto de partida
para os demais cálculos de definição de prazos.
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18. b) Cronograma de barras ou gráfico de Gantt:
As vantagens do cronograma de barras estão na sua facilidade de
leitura e compreensão, além da possibilidade de uma visualização
clara do conjunto de atividades. Eles podem ser aplicados também
no planeamento de recursos (mão-de-obra e máquinas). Por estes
motivos, o cronograma de barras costuma ser utilizado para a
visualização do processo, mesmo quando o planeamento foi
realizado com o auxílio da rede de precedências.
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19. b) Cronograma de barras ou gráfico de Gantt:
Os cronogramas de barras puros não oferecem, entretanto,
nenhuma informação sobre o avanço de uma atividade dentro de
um processo, e nem mostram com clareza a ligação lógica existente
entre as atividades. Porém, já existem hoje cronogramas de barras
com informação de precedências, notadamente os gerados por
softwares de gerenciamento de projetos, tais como Power Project,
MS Project Primavera.
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21. c) Linha de balanço:
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Nas linhas de balanço, estão representados em duas dimensões os
tempos de construção e o avanço dos trabalhos de acordo com o
tempo. Por isto, este tipo de cronograma é muito adequado para
construções com grande volume de produção, como é o caso em
construção de estradas e túneis e, também, para construções de
edifícios quando se usa o método de planejamento para trabalho
cadenciado.
23. c) Rede de precedências:
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A rede de precedências é a mais completa mas também a mais
trabalhosa forma de elaboração de um cronograma. A utilização desta
técnica está ligada à utilização de softwares de gerenciamento de
projetos, tais como o MS Project, Primavera, e o PowerProject. A sua
principal vantagem está no fato de que a rede de precedências mostra as
interdependências das diversas atividades entre si. Assim, os efeitos de
atrasos em relação ao cronograma geral podem ser percebidos e
também calculados.
24. c) Rede de precedências:
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No planejamento de cronogramas através do esquema em rede podem ser utilizadas
basicamente duas formas de apresentação:
No CPM (Critical Path Method) cada atividade é representada por uma seta e os nós
demarcam um determinado momento dentro do processo (começo ou fim);
No MPM (Metra Potential Method), as atividades são representadas pelos nós, e as
setas indicam (também de forma quantitativa) as dependências das diversas atividades
entre si.