O documento discute conceitos fundamentais da psicanálise como inconsciente, pulsões, estágios de desenvolvimento, princípio do prazer, compulsão à repetição e como esses conceitos podem ser aplicados no estudo de videogames.
3. diferenças Inicialmente é necessário se elucidar algumas confusões relacionadas a esse tema: Psicologia Psicanálise e Psicoterapia Ciências Cognitivas
4. diferenças Psicologia (psychology) O estudo da natureza, funções e fenômenos do comportamento e da experiência mental. Embora sua etimologia esteja ligada ao estudo da mente, atualmente ela se preocupa mais com o estudo do comportamento. A palavra aparece inicialmente em 1693, como estudo da alma, complementando anatomia, o estudo do corpo (OX).
5. diferenças Psicanálise (psychoanalysis): teoria do inconsciente (OX); método terapêutico (FE). Estuda as estruturas e funções mentais, a partir de um conjunto vagamente conectado de conceitos e proposições. Uma teoria das doenças mentais, e um método associado de psicoterapia (a cura através da conversa), baseado nos escritos de Sigmund Freud (1856-1939).
6. diferenças Psicoterapia (psychotherapy): o tratamento de doenças mentais e problemas afins, a partir de métodos psicológicos (OX).
7. Ciências cognitivas Um campo interdisciplinar de análise que inclui ciências como: psicologia neurociência lingüística filosofia ciências da computação antropologia biologia e física
8. Ciências cognitivas Principais tópicos de estudo: Inteligência Artificial Atenção Processamento de Linguagem Aprendizado e desenvolvimento Memória Percepção e ação
9. Principais autores e obras Sigmund FREUD (1856-1939) A interpretação dos sonhos Carl Gustav JUNG (1875-1961) Arquétipos e o inconsciente coletivo Jacques LACAN (1901-81) Os seminários
11. Abordagens Sigmund FREUD (1856-1939) Biológica Carl Gustav JUNG (1875-1961) Fenomenológica Jacques LACAN (1901-81) Lingüística
12. Freud intruoduz uma diferença básica entre o homem e os outros mamíferos: Além das necessidades físicas e biológicas, este necessita sentir prazer e desejos.
13. O modo de convivermos com a realização e a frustração de nossos desejos, define quem somos. Isso molda a civilização humana e é condição de seu surgimento.
14. Indivíduo e Coletividade Totem e Tabu (1913) Aplicações da psicanálise no campo da arqueologia, antropologia e religião. O totem é o ancestral comum do clã. Seu guardião e socorro. A Civilização e seus descontentamentos (1929) Seres humanos são inerentemente agressivos. Para viver em ums sociedade civilizada, tais seres precisam transformar essa energia na forma de consciência (super-ego) Arquétipos e Inconsciente Coletivo
15. O Inconsciente A psicanálise se constrói sobre esse conceito central Diferente do consciente, este é praticamente insondável É um complexo psíquico daonde brotariam o medo, as paixões, a criatividade, e até mesmo a vida e a morte. (WP)
16. O Inconsciente A descoberta do inconsciente é uma das grandes realizações de Freud: O inconsciente representa a força de nossos desejos (realizados ou não), e que nos move o tempo todo. Tais desejos não precisam ser concretizados, podem permanecer em fantasia (a maioria), para que estes se desenvolvessem inconscientemente na vida adulta.
17. O Inconsciente O termo popular, subconsciente, não existe na terminologia psicanalítica. Na Interpretação dos Sonhos (1900), Freud explica o seu modelo de inconsciente, que traz de Nietzsche e Shopenhauer
18. O Inconsciente Algumas experiências são tão dolorosas que as pessoas não podem suportá-las. Não podendo ser expulsos da mente, são expulsos do consciente para se agregar ao obscuro inconsciente. Essa expulsão se dá inconscientemente, ou seja, este é causa e efeito.
19. O Inconsciente Para entendê-lo, Freud o divide em 3 partes: id: processos primitivos de pensamento. É o motor do pensamento humano, de caráter de desejo e recompensa imediata, sexual e perverso. super-ego: pensamentos morais e éticos; o oposto do id. ego (eu): balanceia os anteriores. É aonde se inclui a consciência.
20. O Inconsciente A relação entre as 3 partes é dada por energias inatas, as pulsões: Eros, pulsão sexual para a preservação da vida Tânatos, pulsão de morte, agressiva, que pode nos fazer voltar ao estado de calma.
21. Instrumentos Freud tentou desenvolver várias maneiras de se chegar ao inconsciente: Cura pela fala, trazer o incosciente para a consciência. Método hipnótico ou catártico, no qual nesse estado a pessoa fala tudo que lhe vem à mente, trazendo alívio emocional Transferência e repetição: O analisado repete ao analista seus desejos, sentimentos e atitudes
22. Instrumentos Vão contra o padrão estabelecido pela medicina neurológica na época. Era necessária uma lesão neurológica que afetasse o comportamento psíquico. Tal método não se preocupava com as causas.
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24. Jung Amigo, colaborador, discípulo e dissidente de Freud. Além de estar em desacordo com a concepção freudiana de libído, igualmente discordava das concepções de sexualidade infantil e do complexo de Édipo.
25. Jung Traz para a psicanálise de Freud, através de suas correspondências, o conceito de psicose a contrução de uma realidade alucinatória, na qual o sujeito fica unicamente voltado para si. [ER] Evolui o conceito de Complexo fragmentos soltos de personalidade [...], e que tem um funcionamento autônomo no inconsciente, de onde podem exercer influência sobre o consciente. [ER]
26. Jung Elabora o conceito de arquétipo (1919): Matrizes arcaicas aonde as configurações semelhantes tomam forma. Alicerces da vida psiquica, comum a todos os seres humanos Nódulo de concentração da energia psóquica. Constituem o inconsciente coletivo, base da psique.
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29. Arquétipos Essa representação simbólica da psique é complementada por tipos psicológicos: características individuais, articuladas em torno da alternância introversão/extroversão, e por um processo de individuação, que conduz o ser humano à unidade de sua personalidade através de uma série de metamorfoses (os estádios freudianos). [ER] Introversão: retraimento da libido para o mundo interno do sujeito.
30. Estádios Conceito comum à psicanálise, psicologia e biologia evolucionista. Idades da vida, fases, ou momentos de evolução. Em Freud estava relacionado com as áreas genitais no desenvolvimento da criança (oral, anal, fálico ou genital – sucção do polegar ou do seio, defecação e masturbação)
31. Estádios Dessa forma, o sujeito passaria por fases de auto-erotismo, narcisismo, homossexualismo e heterossexualismo. Dessa tese “falocêntrica” surgem diversos debates sobre a sexualidade feminina, incluindo Lacan e Melanie Klein.
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33. Estádios Quando jogamos ou brincamos, todos voltamos a ser crianças? Isso tornaria os estádios como fases temporárias, ou oscilatórias?
34. Princípio do Prazer Princípio do Prazer: Tendência de proporcionar prazer, e evitar o desprazer, sem entraves nem limites Princípio de Realidade: Modifica-lhe o primeiro, impondo-lhe as restrições necessárias à realidade externa. Ambos regem o funcionamento psíquico. [ER]
35. Jogo do fort-da Ou jogo do carretel. Brincadeira do neto de Freud, de 18 meses. Acaba se transformando em um dos textos mais “fascinante e mais desconcertante da obra freudiana” (Laplanche): Mais além do princípio do prazer (1920). Pontos principais: Pulsão de morte, compulsão à repetição. Acesso à linguagem. http://www.sedes.org.br/Departamentos/Psicanalise/do_fort-da_ao_objeu_2004.htm
36. Jogo do fort-da O bebê se reconhece a si mesmo na presença e na ausência diante do espelho. Primeira tentativa de relatar uma história sua para a mãe. Bebê-o-o-o-o... Freud demonstra o brincar como um acontecimento engendra a realidade, o si mesmo e a palavra. A repetição ocupa diversos pontos na obra de Freud.
37. Jacques Lacan Lacan encontra nesse texto (Mais alem…), a relação do pensamento com o real. O Real sempre volta ao mesmo lugar em que o sujeito não o encontra, ele não cessa de sempre se apresentar, sendo entretanto inapreensível na sua totalidade (Mascarenhas).
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62. Bibliografia FE: Folha Explica – Freud. Luiz Tenório Oliveira Lima. Publifolha. 2001. OX: Dictionary of Psychology (Colman, 2001) WK: Wikipedia ER: ROUDINDESCO. Dicionário de pscicanálise
63. Bibliografia SILVEIRA, Nise. (2003) Jung. Vida e obra. Paz e Terra. 19a. TAVARES, Roger (2004). Psicanálise dos Avatares, sob a luz do Estágio do Espelho em Lacan. Trabalho apresentado no VII SVR, Symposyum on Virtual Reality.
64. Bibliografia CSIKZENTMIHALY, Mihaly (1991). Flow. The Psychology of the optimal experience. Harper Perennial, NY. CSIKZENTMIHALY, Mihaly (1975). Beyond boredon and anxiety. Experiencing Flow on work and play. 25 th anniversary edition. Jossey-Bass, San Francisco, CA.
66. Web [GN] Glossário nVidia http://www.nvidia.co.uk/object/eswc_lex_uk.html [TG] Terminology used in Game Development http://www.schwiezer.de/Partners/Dictionary/dictionary.html [LG] Petit Lexique du Gamer http://www.macgamezone.com/dossiers/dossiers4.php